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Conheça o Programa Eleições Municipais 2008

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A Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam, que

com-pleta 40 anos a serviço do fortalecimento dos

mu-nicípios paulistas, e com o apoio da Secretaria da

Casa Civil, renova sua tradição em oferecer, aos

gestores públicos e aos candidatos a prefeito, a

vice-prefeito e a vereador de todo o Estado,

infor-mações relevantes acerca do processo eleitoral.

Neste ano, mais do que uma atividade ou

progra-mação, o Cepam organizou um verdadeiro projeto,

denominado Eleições Municipais 2008 e

disponi-biliza desde informações básicas, como o

calen-dário eleitoral, até uma agenda de transição

de-mocrática nos municípios.

Neste jornal, o primeiro movimento do projeto, há um

conjunto exaustivo e relevante de Perguntas e

Respos-tas sobre direito eleitoral, separados em dois grandes

temas: Eleições Municipais e Inelegibilidades.

Essas perguntas, que estão calcadas na longa

tradição e familiaridade de seus técnicos com a

temática das eleições municipais, levam em

con-sideração as mais recentes resoluções dos

Tribu-nais Eleitorais e também a tradição dos julgados

das cortes eleitorais brasileiras e suas súmulas.

Elas foram redigidas em linguagem direta e

acessí-vel, para que todos possam esclarecer suas

dúvi-das e entender a complexidade de nosso sistema

eleitoral e seus normativos.

Conheça o Programa

Eleições Municipais 2008

Ao fazer este trabalho, o Cepam encontra sua

prin-cipal vocação e função pública: oferecer, a todos

aqueles que se interessam pela questão

munici-pal, informações relevantes e que ajudem no

forta-lecimento dos municípios no processo que melhor

representa a democracia, as eleições.

É bom ressaltar que, pela primeira vez,

tere-mos eleições municipais sob a égide da nova

legislação eleitoral, a qual restringiu bastante os

meios e as formas de divulgação e exercício das

ações de campanha, bem como aumentou o

ri-gor, devidamente, sobre a prestação de contas

de campanha. Temos a certeza de que a leitura

atenta dessas questões, bem como sua

perió-dica consulta, servirá como elucidativo apoio e

pesquisa para os interessados, e garantirá

elei-ções municipais livres mais idôneas e legais, em

amplo sentido.

As informações aqui contidas também serão

disponibilizadas no site www.cepam.sp.gov.br ,

em linguagem igualmente fácil e com interface

simples e didática.

O leitor encontrará, nas páginas a seguir, a

progra-mação completa do Programa Eleições Municipais

2008, suas atividades, que se estenderão por todo

o interior paulista, bem como os produtos e serviços

associados. Boa leitura!

Processo

Eleitoral: o

que pode e o

que não pode?

Novo produto

do Cepam.

PÁGINA 24

Que acontece se a

maioria absoluta dos

votos válidos não for

atingida?

PÁGINA 3

De quem é a

responsabilidade das

despesas nas campanhas

eleitorais?

PÁGINA 5

Quais as condições

para os candidatos

concorrerem nas

eleições?

PÁGINA 4

As dependências da câmara

municipal podem ser

utilizadas para propaganda

eleitoral?

PÁGINA 6

Podem ser feitos

shows artísticos nas

inaugurações?

PÁGINA 12

Datas mais importantes

do Calendário

(2)

A Fundação Prefeito Faria Lima - Cepam lança neste ano o Programa Eleições Municipais 2008, que representa um pacote de ações com eventos, capacitações e lançamentos de publicações. O programa percorrerá todo o Estado de São Paulo. “O pacote nasceu com a proposta de enriquecer e orientar as ações que os agentes políticos, e os candidatos aos cargos eletivos de vereador e prefeito, terão de tomar. Essas orientações, passadas por meio das ações previstas no pacote, fo-mentam a transparência em processos como o encerramento de mandato, para uma transição democrática de governo, e o fortalecimento do poder municipal”, explica Felipe Soutello, presidente do Cepam.

Além de orientar os candidatos a vereador, prefeito e vice-prefeito quanto à importância de sua candidatura para a população e da postura que devem assumir durante as eleições, o Programa Eleições Municipais 2008 também vai auxiliar os atuais prefeitos quanto ao encerramento de mandato e fechamento das contas. “Serão quatro etapas”, ressalta o presidente da Fundação: “A Capacitação dos Candidatos às Eleições; a Orientação para Transição de Governo; posteriormente acontecem os Seminários para Novos Prefeitos e Vereadores; e, por último, o tema Exercício de Mandato do Executivo e do Legislativo, que deve acontecer no primeiro semestre de 2009, em seminários voltados aos candidatos eleitos”.

Cepam lança pacote

para Ano Eleitoral

CurSo ElEiçõES MuNiCiPAiS 2008

E TrANSição dE GoVErNo

Abrindo a primeira etapa dos trabalhos deste pacote, o cur-so Eleições Municipais 2008 vai preparar os candidatos a vereador, prefeito e vice-prefeito para o processo eletivo. Serão 15 capacitações, nas 14 regiões do Estado e na ca-pital. Em seguida, já na segunda fase do Programa, o ob-jetivo será auxiliar as equipes de transição com subsídios que servirão como instrumentos facilitadores na “troca das cadeiras” dos governos municipais, por meio de uma vi-deoconferência. “Aqui, mais uma vez, desenvolvemos uma metodologia com ênfase na orientação para que e o pro-cesso de transição seja transparente”, ressalta Soutello. A apresentação de uma série de procedimentos para os que encerram seus mandatos e os que vão iniciar sua ad-ministração a partir do exercício financeiro de 2009 e a im-portância de uma transição de governo democrática são conceitos que compõem os trabalhos a serem desenvolvi-dos nesta fase.

ElEiToS

Iniciando a terceira fase do Programa do Cepam para as Eleições 2008, acontece o IX Seminário para Novos Prefei-tos e Vereadores. Composto por painéis temáticos e deba-tes, o seminário vai reunir os prefeitos eleitos, vice-prefei-tos e vereadores, e outros interessados. Paralelamente ao evento acontecerá uma feira com estandes de secretarias estaduais, organismos multilaterais, e outras instituições de interesse dos municípios, que tenham programas e linhas de financiamento a apresentar às novas equipes de governo. Por fim, a quarta e última etapa, prevista para o primeiro semestre de 2009, será composta por seminários sobre o exercício de mandato, voltados aos candidatos eleitos. Confira, nesta página, mais informações do pacote do Ce-pam sobre o Programa Eleições Municipais 2008.

Fase 1 - Capacitação dos

Candidatos às Eleições

Lançamento das publicações:

- Jornal Cepam Eleições Municipais 2008 – Perguntas e Respostas

- Manual das Eleições Municipais 2008 - Pode! Não Pode! – Campanha Eleitoral 2008 - CD: Legislação e Jurisprudência – Eleições 2008

Datas Previstas

- ABERTURA NO CEPAM – SÃO PAULO – 28/4/2008 - ARAÇATUBA – 5/5/2008

- BAURU – 6/5/2008

- PRESIDENTE PRUDENTE – 13/5/2008 - MARÍLIA – 14/5/2008

- BARRETOS – 26/5/2008

- SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – 27/5/2008 - RIBEIRÃO PRETO – 3/6/2008 - FRANCA – 4/6/2008 - CAMPINAS – 9/6/2008 - ARARAQUARA – 10/6/2008 - REGISTRO 17/6/2008 - SANTOS – 18/6/2008 - SOROCABA – 23/6/2008

- SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – 24/6/2008

Fase 2 - orientação para

Transição de Governo

Videoconferência: Encerramento do Exercício Financeiro do Go-verno Municipal

Lançamento das publicações:

Guia de Transição de Governo – Um Processo Democrático Roteiro dos 100 Dias

Fase 3 - iX Seminário para

Novos Prefeitos e Vereadores

Lançamento das publicações:

Administração do Município – O Papel do Prefeito A Câmara Municipal – O Papel do Vereador Cerimonial Público para o Município Perfil do Prefeito Paulista 2009 – 2012

Fase 4 - Exercício de Mandato do

Executivo e do legislativo | 2009

Saiba mais. Participe e inscreva-se pelo site do Cepam - www.cepam.sp.gov.br – ou envie email com sua solicitação para cepam@cepam.sp.gov.br.

Elaboração do texto | Coordenadoria

de Assistência Jurídica

Autor | José Carlos Macruz Estagiário | André Zanardo

Elaboração e coordenação editorial | Assessoria de

Comunicação e Marketing

Jornalista responsável | Uirá Lopes

MTB 36.446

revisão | Eva Célia Barbosa e Karen

Layher (estagiária)

Projeto gráfico, diagramação e arte-final | Jorge Monge, Marina

Brasiliano e Oca Som e Imagem

ilustração | Sérgio Fabris Tiragem | 10.000

cepam@cepam.sp.gov.br

Av. Professor Lineu Prestes, 913 Cidade Universitária - CEP 05508-000 São Paulo - SP

11 3811-0300 - Fax 3813-5969 www.cepam.sp.gov.br

(3)

ElEiçõES MuNiCiPAiS

Quando acontecem as eleições para prefeito, vice-prefeito e vereador?

Elas se realizarão simultaneamente no primeiro do-mingo do mês de outubro do ano em que houver eleições, ou seja, em 5 de outubro de 2008.

PrEFEiTo E ViCE-PrEFEiTo

A eleição para prefeito e vice-prefeito é em um úni-co turno ou em dois turnos?

Para os municípios com menos de 200.000 eleito-res, a eleição se resolve em um único turno. Basta que o candidato tenha a maioria dos votos válidos. Para os municípios com mais de 200.000 eleitores, somente há um segundo turno se nenhum candida-to obtiver a maioria absoluta dos vocandida-tos válidos. Mas, se a obtiver, a eleição também se encerra.

Que são os votos válidos?

São os votos efetivamente dados a um candidato. Não são considerados válidos os votos brancos e nulos.

Que vem a ser a maioria absoluta dos votos válidos?

É o primeiro número inteiro acima da metade dos votos efetivamente conferidos pelos eleitores a um candidato. Em um município com, por exemplo, 300.000 eleitores, onde são obtidos 250.000 votos válidos, o candidato que obtiver 125.001 desses vo-tos é considerado eleito.

Que acontece se a maioria absoluta dos votos váli-dos não for atingida?

Far-se-á o segundo turno e apenas com os dois candidatos mais votados.

No segundo turno, quem ganha as eleições?

Ganha o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos, não computados os votos brancos e nulos.

E quando serão realizadas as eleições na hipótese de segundo turno?

No último domingo de outubro do ano eleitoral. No caso, em 26 de outubro de 2008.

Há alguma medida a ser tomada na hipótese de um dos candidatos que disputariam o segundo turno morrer, desistir ou sofrer um impedimento?

Nessa hipótese, será convocado, entre os candida-tos remanescentes, o de maior votação.

VErEAdor

Qual o sistema de eleição dos vereadores?

Os vereadores são eleitos de acordo com o sistema

da representação proporcional, pelo qual as cadei-ras existentes na câmara serão distribuídas na pro-porção dos votos dados a cada legenda partidária.

Como serão distribuídas as cadeiras na câmara municipal?

Para a distribuição, deve-se encontrar o quociente eleitoral e o quociente partidário.

Como se determina o quociente eleitoral?

Determina-se o quociente eleitoral com a divisão do número de votos válidos pelo número de lugares a preencher na câmara municipal, desprezada a fra-ção igual ou inferior a meio, arredondando-se para um a fração superior a meio.

E como se obtém o quociente partidário?

Obtém-se o quociente partidário de cada partido com a divisão do número de votos dados à legen-da pelo quociente eleitoral, desprezalegen-da a fração.

Quem estará eleito pelo sistema de representação proporcional?

Estarão eleitos tantos candidatos registrados por um partido ou coligação quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha recebido.

Na distribuição das cadeiras pode acontecer de não serem todas preenchidas?

Sim. Neste caso, é utilizada a técnica da maior mé-dia, pela qual se adiciona mais um lugar aos que foram obtidos pelos os partidos; depois, toma-se o número de votos válidos atribuídos a cada parti-do e divide-se por aquela soma; o primeiro lugar a preencher caberá ao partido que obtiver a maior média. Repete-se a mesma operação tantas vezes

quantas forem as sobras, até sua total distribuição pelos diversos partidos.

Como serão determinados os eleitos?

O preenchimento dos lugares com que cada partido for contemplado far-se-á segundo a ordem de vota-ção de seus candidatos.

Qual o procedimento a ser adotado quando ne-nhum partido obtiver o quociente eleitoral?

Pode acontecer de nenhum partido conseguir obter o quociente eleitoral, que é o número de votos ne-cessários à eleição de cada candidato. Neste caso, considerar-se-ão eleitos, até serem preenchidos to-dos os lugares, os candidatos mais votato-dos.

No caso de haver coligação, há um procedimento especial para a eleição dos vereadores?

No caso de haver coligação, como funciona como um grande partido político, a ela aplicam-se todas as re-gras do sistema de representação proporcional.

ColiGAçõES

É permitido aos partidos políticos, dentro da mes-ma circunscrição, celebrar coligações?

Sim, a coligação é permitida aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, tanto para a eleição majoritária (prefeito e vice-prefeito), quanto para a proporcional (vereador) ou para ambas.

No caso de coligação para as eleições proporcio-nais é permitido, dentre os mesmos partidos que formaram a coligação para a eleição majoritária, formarem coligação entre si?

Sim. A vedação é relativa à inclusão, na coligação para

(4)

as eleições proporcionais, de partidos estranhos à coligação majoritária. (Parecer Cepam 23.252/2004 – Laís de Almeida Mourão)

Como pode se dar a composição partidária na coli-gação para as eleições proporcionais?

Dentre os partidos A, B e C que se coligaram para a eleição majoritária, para efeito da proporcional, pode usar a mesma composição ou, ainda, A + B; B + C ou A + C.

A coligação deve ter denominação própria?

A coligação, para efeito de processo eleitoral, no trato dos interesses interpartidários e no relacio-namento com a Justiça Eleitoral, deve ter deno-minação própria, que pode ser a junção de todas as siglas dos partidos que a integram e a ela são atribuídas as obrigações e prerrogativas de parti-do político.

Feitas as coligações, como as siglas partidárias serão utilizadas?

Para efeito de propaganda, a coligação feita para a eleição majoritária municipal usará, obrigatoriamen-te, sob sua denominação, todas as siglas dos parti-dos políticos que a integram. No caso da coligação feita para a eleição proporcional, cada partido usará apenas sua legenda sob o nome da coligação.

Na formação das coligações podem inscrever-se candi-datos filiados a qualquer um dos partidos integrantes?

Sim, podem inscrever-se candidatos filiados a qual-quer um dos partidos integrantes, cujo registro deve ser subscrito pelos presidentes, delegados, bem como pelos representantes ou pela maioria dos membros dos órgãos executivos de direção dos par-tidos coligados respectivos.

Como a coligação é representada perante a Jus-tiça Eleitoral?

É representada pela pessoa designada pelo partido político integrante da coligação ou por delegados indicados pelos partidos que a compõem, podendo ser nomeados até:

- três delegados perante o Juízo Eleitoral;

- quatro delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral (TRE);

- cinco delegados perante o Tribunal Superior Elei-toral (TSE).

CoNVENçõES PArTidáriAS

Em que documento são estabelecidas as normas para a escolha, substituição de candidatos e for-mação de coligações?

As normas devem estar estabelecidas no estatuto do partido, observadas as disposições da lei eleitoral.

E se o estatuto do partido político for omisso quan-to às normas para a escolha, substituição dos can-didatos e formação das coligações?

No caso de omissão do estatuto, cabe ao órgão de direção nacional do partido fazê-lo, devendo publi-car no Diário Oficial da União até 180 dias antes das eleições municipais (8 de abril de 2008).

Quando serão feitas as escolhas dos candidatos pelo partido e a deliberação sobre as coligações?

Entre os dias 10 e 30 de junho de 2008, lavrando-se ata em livro aberto, bem como rubricado pela Jus-tiça Eleitoral.

Quais as condições para os candidatos concorre-rem nas eleições?

Os candidatos devem possuir a nacionalidade bra-sileira, estarem no pleno exercício de seus direitos políticos e alistados como eleitores, terem a idade mínima de 21 anos de idade para concorrerem ao mandato de prefeito e vice-prefeito e 18 anos para o mandato de vereador, domicílio eleitoral e filiação partidária deferida pelo partido, ambos até um ano antes do pleito, prazo esse que, para as eleições do ano 2008, expirou em 7 de outubro de 2007.

Como ficará a filiação partidária do candidato cujo partido fundiu-se ou incorporou-se a outro partido?

No caso de fusão ou incorporação de partidos, é considerada, para efeito de filiação partidária, a data de filiação do candidato ao partido de origem.

Os atuais detentores de mandato de vereador, e os que tenham exercido esses cargos em qualquer período da legislatura que estiver em curso, têm assegurado o registro de candidatura para o mes-mo cargo pelo partido a que estejam filiados?

Não. A candidatura nata foi afastada por decisão do Tribunal Pleno da Corte Suprema, na Ação Direta de Inconstitucionalidade 2.530 – DF, cujo relator foi o ministro Sidney Sanches, publicada no DJ de 21 de novembro de 2003, p. 7. Todo e qualquer pretendente ao mandato de vereador, em respeito ao princípio da isonomia entre os pré-candidatos, deve ser escolhido em convenção.

rEGiSTro dAS CANdidATurAS

Quantos candidatos podem ser registrados por partido político para as eleições proporcionais?

Cada partido poderá registrar candidatos para as câmaras municipais, até 150% do número de luga-res a preencher. Se forem 20, as cadeiras, podem ser registrados até 30 candidatos.

E se houve coligação?

No caso de coligação, independentemente do número de partidos que a integram, somente po-dem ser registrados candidatos em número cor-respondente ao dobro do número de lugares a preencher. Se forem 15 as cadeiras, 30 podem ser os candidatos registrados.

Quantas vagas devem ser reservadas para cada sexo nas eleições proporcionais?

Cada partido político e/ou coligação deve reservar o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candida-turas de cada sexo.

E se cada cálculo levar a uma fração?

Em todos os cálculos, será sempre desprezada a fração, se inferior a meio, e igualada a um, se igual ou superior. Por exemplo: se o resultado for igual a

3,4 iguala-se para menor, ou seja, três, e se de 3,5 a 3,9 arredonda-se para quatro.

No caso de as convenções para a escolha de can-didatos não atingirem o número máximo de candi-datos permitidos, isto é, diante de sobra de vagas, os órgãos de direção dos partidos respectivos po-dem preencher essas vagas?

Sim, os órgãos de direção dos partidos respectivos podem preencher as vagas remanescentes até 60 dias antes do pleito. No entanto, sempre observan-do a regra que impõe os percentuais mínimos e má-ximos para cada sexo.

Qual é o prazo para os partidos e coligações regis-trarem os candidatos na Justiça Eleitoral e quais os requisitos necessários para tal?

Os partidos e coligações terão até as 19 horas do dia 5 de julho de 2008 para registrar seus candi-datos na Justiça Eleitoral, com a apresentação de cópia da ata da convenção; autorização por escrito do candidato; prova de filiação partidária; declara-ção de bens assinada pelo candidato; cópia do título eleitoral ou certidão fornecida pelo cartório eleitoral de que o candidato é eleitor na circunscrição ou que requereu sua inscrição; ou, ainda, transferência de domicílio dentro do prazo permitido; certidão de qui-tação eleitoral; certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição da Justiça Eleitoral estadual e federal; fotografia do candidato, nas dimensões es-tabelecidas nas Instruções da Justiça Eleitoral, para inserção no painel da urna eletrônica de votação.

E se os partidos e coligações não registrarem os seus candidatos?

Os candidatos devem providenciar os seus respec-tivos registros perante a Justiça Eleitoral até as 19 horas do dia 7 de julho de 2008, ou seja, nas 48 horas seguintes ao encerramento do prazo previsto para que os partidos ou coligações o façam.

Que medida deve ser tomada pelos Tribunais de Contas com relação aos candidatos que tiveram suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável e por decisão irrecorrível do órgão competente?

Até o dia 5 de julho de 2008, os tribunais devem dis-ponibilizar à Justiça Eleitoral o rol dos que tiveram suas contas rejeitadas por irregularidade insanável e por decisão irrecorrível do órgão competente, ressal-vados os casos em que a questão estiver sendo sub-metida à apreciação do Poder Judiciário, ou em que já exista sentença judicial favorável ao interessado.

O candidato a vereador pode registrar as suas va-riações nominais?

Sim, pode indicar, no pedido de registro, além do seu nome completo, as variações nominais com que deseja ser registrado, até o máximo de três opções, com menção da ordem de preferência que deseja registrar-se, podendo ser o prenome, sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido ou nome pelo qual é mais conhecido, desde que não se estabele-ça dúvida quanto à sua identidade, não atente con-tra o pudor, e não seja ridículo ou irreverente.

(5)

Quando existir caso de homonímia entre os candi-datos, qual o procedimento a ser adotado pela Jus-tiça Eleitoral?

Em caso de coincidência dos nomes indicados pelo candidato com os de outro candidato, o procedi-mento, pela ordem, será o seguinte:

- havendo dúvida, poderá exigir do candidato pro-va de que é conhecido por dada opção de nome, indicada no pedido de registro;

- ao candidato que, na data máxima prevista para o registro, esteja exercendo mandato eletivo ou o te-nha exercido nos últimos quatro anos, ou que, nesse mesmo prazo, se tenha candidatado com um dos nomes que indicou, será deferido o seu uso no re-gistro, ficando outros candidatos impedidos de fazer propaganda com esse mesmo nome;

- ao candidato que, pela sua vida política, social ou profissional, seja identificado por um dado nome que tenha indicado, será deferido o registro com esse nome, observado o disposto na parte final do inciso anterior;

- tratando-se de candidatos cuja homonímia não se resolva pelas regras dos dois incisos anterio-res, a Justiça Eleitoral deverá notificá-los para que, em dois dias, cheguem a acordo sobre os respectivos nomes a serem usados;

- não havendo acordo no caso do inciso ante-rior, a Justiça Eleitoral registrará cada candi-dato com o nome e o sobrenome constantes no pedido de registro, observada a ordem de preferência ali definida.

No caso de dúvida na apuração dos votos dados a homônimos, qual é o procedimento a ser tomado?

Em caso de dúvidas na apuração de votos dados a ho-mônimos, ou seja, nas hipóteses de nomes, sobreno-mes, ou variações nominais registradas que coincidam, prevalecerá o número sobre o nome do candidato.

A Justiça Eleitoral pode exigir do candidato prova de que é conhecido por determinada opção de nome por ele indicado?

Sim, quando seu uso puder confundir o eleitor.

A Justiça Eleitoral pode indeferir todo pedido de variação de nome coincidente com nome de candi-dato a eleição majoritária?

Sim, salvo para candidato que esteja exercendo mandato eletivo ou o tenha exercido nos últimos quatro anos, ou que, nesse mesmo prazo, tenha concorrido em eleição com o nome coincidente.

O partido ou coligação pode substituir candidato, após o término final do prazo do registro?

Sim, para aquele que for considerado inelegível, renun-ciar ou falecer ou, ainda, que tiver seu registro indeferi-do ou cancelaindeferi-do. Tem O partiindeferi-do ou a coligação tem o prazo de até dez dias contados do fato ou da decisão judicial que deu origem à substituição para requerer a substituição junto à Justiça Eleitoral.

Na hipótese de se tratar de candidato de coligação, para as eleições majoritárias, qual o procedimento a ser adotado para a substituição?

A substituição deverá fazer-se por decisão da maio-ria absoluta dos órgãos executivos de direção dos

partidos coligados, podendo o substituto ser filia-do a qualquer partifilia-do dela integrante, desde que o partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de preferência.

Até quando podem ser substituídos os candidatos nas eleições majoritárias?

As substituições dos candidatos a cargos majori-tários podem se dar até o dia anterior ao da elei-ção, quando as cédulas não serão alteradas e os votos dados ao nome do substituído serão con-tados para o substituto, conforme entendimento manifestado pelo TRE de São Paulo, durante o processo eleitoral de 1996, em face de idêntico dispositivo contido na Lei 9.100/95, que regulou aquelas eleições.

Em qual prazo pode haver a substituição de candi-dato a vereador?

A substituição pode ser feita até dez dias após a renúncia, inelegibilidade, falecimento, indeferimento ou cancelamento do registro, desde que efetiva-da até 60 dias antes efetiva-das eleições (4 de agosto de 2008). Após esse interregno, nenhuma substituição para vereador pode ocorrer.

Que pode ocorrer com os registros dos candida-tos expulsos de seus partidos políticos até a data das eleições?

Os candidatos estão sujeitos ao cancelamento do registro, a ser decretado pela Justiça Eleitoral, após solicitação do partido.

Quando é enviada ao TSE a relação dos candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores?

Até 45 dias antes das eleições (19 de agosto de 2008), quando os TREs enviarão ao TSE a relação dos candidatos às eleições para prefeito e vice e para vereadores, da qual constarão, obrigato-riamente, a referência ao sexo e ao cargo a que concorrem, tendo por objetivo a centralização e a divulgação de tais dados.

ArrECAdAção E APliCAção

dE rECurSoS NAS

CAMPANhAS ElEiTorAiS

De quem é a responsabilidade das despesas nas campanhas eleitorais?

É dos partidos ou de seus candidatos.

Qual o limite de gastos na campanha para os car-gos em disputa?

Caberá à lei, observadas as peculiaridades locais, fixar até o dia 10 de junho de cada ano eleitoral o limite dos gastos de campanha para os cargos em disputa.

E se não for editada a referida lei limitadora dos gastos de campanha?

Não sendo editada lei até a data estabelecida, ca-berá a cada partido político fixar o limite de gastos, comunicando-o à Justiça Eleitoral, que dará a essas informações ampla publicidade.

Quando serão comunicados os valores máximos de

gastos que cada partido ou coligação fará por car-go eletivo?

Serão comunicados aos respectivos tribunais eleito-rais na ocasião do pedido de registro de seus candida-tos, observados os limites estabelecidos em lei ou pe-los partidos políticos. Tratando-se de coligação, cada partido que a integra fixará o valor máximo de gastos.

Qual a conseqüência na hipótese de haver gastos além do limite máximo estabelecido pelos partidos e coligações para cada cargo eletivo?

O responsável sujeita-se ao pagamento de multa no valor de cinco a dez vezes a quantia excedente.

Quando o partido deve constituir seus comitês financeiros?

Até dez dias úteis após a escolha de seus candida-tos em convenção, para que possam arrecadar re-cursos e aplicá-los em suas campanhas eleitorais.

Até quando os comitês devem ser registrados?

Até cinco dias após sua constituição, nos órgãos da Justiça Eleitoral competentes para registrarem os candidatos.

Deve haver um comitê financeiro para cada uma das eleições para as quais o partido apresente candidato próprio?

Sim, sem prejuízo de poder haver a reunião, em um único comitê, das atribuições relativas às eleições de uma dada circunscrição.

A quem incumbe a administração financeira da campanha?

Incumbe ao candidato a cargo eletivo, que a fará, di-retamente ou por intermédio de pessoa por ele desig-nada, usando recursos repassados pelo comitê, inclu-sive os relativos à cota do Fundo Partidário, recursos próprios ou doações de pessoas físicas ou jurídicas.

O candidato e a pessoa responsável pela admi-nistração financeira de sua campanha respondem pela veracidade das informações financeiras e contábeis da campanha?

Sim, a responsabilidade é solidária, devendo ambos assinar a respectiva prestação de contas.

Os partidos e os candidatos devem abrir uma conta bancária?

Sim, devem obrigatoriamente abrir conta bancária es-pecífica para o registro de todo o movimento financeiro da campanha. Em razão disso, nenhum banco poderá se recusar a fazer a abertura de referidas contas e nem exigir limite mínimo de depósito.

Há alguma exceção à obrigatoriedade de abertura de conta bancária?

Sim, no caso da eleição municipal para prefeito e ve-reador, em municípios nos quais não houver agência bancária e para as eleições para vereador em muni-cípios que tenham menos de 20.000 eleitores.

Qual a conseqüência pelo uso de recursos finan-ceiros para pagamento de gastos eleitorais que não provenham da conta aberta para tal finalidade?

(6)

partido ou candidato; comprovado o abuso de poder econômico, será cancelado o registro da candidatura ou cassado o diploma, se já houver sido outorgado.

Que ocorre se as contas do candidato forem rejeitadas?

A Justiça Eleitoral remeterá cópia de todo o pro-cesso ao Ministério Público Eleitoral para que este represente à Justiça Eleitoral, diretamente ao corre-gedor-geral ou regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, des-vio ou abuso do poder econômico em benefício de candidato ou de partido político.

Em que momento as pessoas físicas podem fazer doações?

Somente a partir do registro dos comitês financeiros.

De que forma as doações podem ser feitas?

Em dinheiro ou em quantias estimáveis em dinheiro, mediante recibo eleitoral. As doações de recursos financeiros somente podem ser efetuadas na conta aberta pelo candidato ou pelo partido e devem ser feitas por meio de cheques cruzados e nominais ou transferência eletrônica de depósitos ou em depósi-tos em espécie devidamente identificados.

Existem limitações para as doações?

Sim. Se a doação for de pessoa física, a quantia fica restrito a 10% dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior à eleição, no caso, em 2007. Se a doação en-volver recursos do próprio candidato, ela ficará restrita ao valor máximo estabelecido por seu partido.

Há alguma conseqüência para doação acima dos limites estabelecidos?

Sim. A doação de quantia acima dos limites fixados sujeita o infrator ao pagamento de multa no valor de cinco a dez vezes a quantia em excesso.

O candidato pode doar dinheiro ou bens a terceiros?

Não. Ficam vedadas quaisquer doações em dinhei-ro, bem como de troféus, prêmios, ajudas de quais-quer espécies feitas por candidato, entre o registro e a eleição, a pessoas físicas ou jurídicas.

As pessoas jurídicas podem contribuir para a cam-panha eleitoral?

Sim, podem fazer doações e contribuições e apenas a partir do registro dos comitês financeiros dos par-tidos ou coligações.

Há limitação para a doação e contribuição das pes-soas jurídicas?

Sim, ficam limitadas a 2% do faturamento bruto do ano anterior à eleição.

E se a doação e contribuição das pessoas jurídicas excederem o limite?

Sujeita a pessoa jurídica ao pagamento de multa no valor de cinco a dez vezes a quantia em excesso, além de estar proibida de participar de licitações pú-blicas e de celebrar contratos com o Poder Público pelo período de cinco anos, por determinação da

Justiça Eleitoral, em processo no qual seja assegu-rada ampla defesa.

Quem está proibido de doar recursos a partidos políticos e candidatos?

Estão proibidos de doar, de forma direta ou indire-ta, tanto em dinheiro quanto em valor estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qual-quer espécie:

- as entidades ou governos estrangeiros;

- os órgãos da Administração Pública direta e indi-reta ou fundações mantidas com recursos prove-nientes do Poder Público, portanto, englobadas as autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista, assim como subsidiárias mantidas por recursos públicos;

- os concessionários ou permissionários de serviço público;

- as entidades de direito privado que recebam, na condição de beneficiárias, contribuição compul-sória em virtude de disposição legal;

- as entidades de utilidade pública, de classe ou sindical; - as pessoas jurídicas sem fins lucrativos que

rece-bam recursos do exterior;

- as entidades beneficentes e religiosas;

- as entidades esportivas que recebam recursos públicos; - as organizações não-governamentais que

rece-bam recursos públicos; e

- as organizações da sociedade civil de interesse público.

Quais as conseqüências ao partido que descum-prir as normas relativas à arrecadação e aplica-ção de recursos?

Perde o direito de receber a quota do Fundo Par-tidário do ano seguinte, sem prejuízo de respon-derem, os candidatos beneficiados, por abuso de poder econômico.

Que são considerados gastos eleitorais sujeitos a registro e aos limites legais?

- confecção de material impresso de qualquer na-tureza e tamanho;

- propaganda e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação, destinada a con-quistar votos;

- aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral;

- despesas com transporte ou deslocamento de can-didato e de pessoal a serviço das candidaturas; - correspondência e despesas postais;

- despesas de instalação, organização e funcionamento de comitês e serviços necessários às eleições; - remuneração ou gratificação de qualquer espécie

a pessoal que preste serviços às candidaturas ou aos comitês eleitorais;

- montagem e operação de carros de som, de pro-paganda e assemelhados;

- a realização de comícios ou eventos destinados à promoção de candidatura;

- produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os destinados à propaganda gratuita; - realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais; - aluguel de bens particulares para veiculação, por

qualquer meio, de propaganda eleitoral; - custos com a criação e inclusão de sítios na Internet;

- multas aplicadas aos partidos ou candidatos por infração ao disposto na legislação eleitoral. - produção de jingles, vinhetas e slogans para

pro-paganda eleitoral.

O candidato pode receber recursos de eleitor em apoio à sua candidatura?

Sim, até a quantia equivalente a 1.000 Ufirs, não sujei-tos a contabilização, desde que não reembolsados.

PrESTAção dE CoNTAS

Quem está sujeito à prestação de contas?

Tanto os candidatos às eleições majoritárias (prefei-to e vice-prefei(prefei-to), quan(prefei-to os candida(prefei-tos às eleições proporcionais (vereador).

Quem tem a incumbência de prestá-las nas eleições majoritárias?

Cabe ao comitê financeiro, devendo a prestação de contas vir acompanhada dos extratos das contas bancárias referentes à movimentação dos recursos financeiros usados na campanha e da relação dos cheques recebidos, com a indicação dos respectivos números, valores e emitentes.

E nas eleições proporcionais?

Pode ser feita pelo próprio candidato ou pelos co-mitês financeiros.

Ao receber as prestações de contas e demais infor-mações dos candidatos às eleições majoritárias e dos candidatos às eleições proporcionais que opta-rem por prestar contas por seu intermédio, quais os cuidados que os comitês financeiros devem ter?

Os comitês financeiros devem:

- a verificar se os valores declarados pelo candi-dato à eleição majoritária como tendo sido rece-bidos por intermédio do comitê conferem com seus próprios registros financeiros e contábeis; - resumir as informações contidas nas prestações

de contas, de forma a apresentar demonstrativo consolidado das campanhas dos candidatos.

E tem prazo para as prestações de contas dos can-didatos e do próprio comitê serem encaminhadas à Justiça Eleitoral?

Sim. O encaminhamento deve ser feito até o trigési-mo dia posterior à realização das eleições, isto é, até 4 de novembro de 2008.

E se houver segundo turno, no caso das elei-ções majoritárias?

Havendo segundo turno, o encaminhamento da prestação de contas dos candidatos que o dispu-taram, referente aos dois turnos, deve se dar até o trigésimo dia posterior à sua realização, isto é, 25 de novembro de 2008.

Se os candidatos às eleições proporcionais opta-rem por prestar contas diretamente à Justiça Elei-toral, tem prazo para fazê-lo?

Sim. A prestação de contas deve ser encaminhada até o trigésimo dia posterior à realização das elei-ções, que é 4 de novembro de 2008.

(7)

Qual a conseqüência para a inobservância do pra-zo de encaminhamento da prestação de contas à Justiça Eleitoral?

É uma irregularidade que impede a diplomação dos eleitos, enquanto perdurar.

Quando será publicada a decisão da Justiça Eleito-ral sobre a prestação de contas dos eleitos?

Será publicada em sessão até oito dias antes da di-plomação. A diplomação dar-se-á até 18 de dezem-bro de 2008 e a publicação tem que ocorrer até 10 de dezembro do mesmo ano.

Erros materiais ou formais corrigidos podem levar à rejeição da prestação de contas?

Não, muito menos à cominação de sanção a candi-dato ou partido.

A Justiça Eleitoral pode requisitar técnicos do Tri-bunal de Contas do Estado para auxiliá-la no exa-me das contas?

Sim, pelo tempo que for necessário, assim como, havendo indício de irregularidade na prestação de contas, requisitar diretamente do candidato ou do comitê financeiro as informações adicionais neces-sárias, bem como determinar a complementação dos dados ou o saneamento das falhas.

Por quanto tempo os candidatos e partidos devem conservar a documentação relativa às contas?

Por até 180 dias depois da diplomação e, se houver alguma pendência judicial relativa às contas, con-servadas até decisão final.

Que providência pode ser tomada por partido po-lítico ou coligação com o objetivo de apurar con-dutas em desacordo com a Lei Eleitoral relativas à arrecadação e gastos de recursos?

Pode representar à Justiça Eleitoral relatando fatos e indicando provas e pedir a abertura de investigação judicial para apurar as condutas tidas por ilegais, aplicando-se o procedimento previsto no artigo 22 da Lei Complementar 64/1990.

Que ocorre se for comprovada a captação, ou gas-tos ilícigas-tos, de recursos para fins eleitorais?

Será negado diploma ao candidato, ou cassado, se já houver sido outorgado.

A sobra financeira de campanha deve ser declara-da na prestação de contas?

Sim, e após julgados todos os recursos, deve ser transferida ao partido ou à coligação, neste caso, para divisão entre os partidos que a compõem.

A sobra de recursos financeiros da campanha pode ser utilizada pelos partidos políticos para qualquer fim?

Não. Deve ser utilizada, total e exclusivamente, para criar e manter instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação política.

PESquiSAS ElEiTorAiS

As pesquisas de opinião pública sobre as eleições ou os candidatos, para conhecimento público,

devem ser registradas na Justiça Eleitoral?

Sim. As entidades e empresas por ela responsável são obrigadas a registrar cada pesquisa realizada na Justiça Eleitoral.

O registro da pesquisa deve ser feito até quando?

Até cinco dias antes da divulgação dos resultados.

Quais informações são registradas?

São registradas nos órgãos da Justiça Eleitoral, aos quais compete fazer o registro dos candidatos, as seguintes informações:

- quem contratou a pesquisa;

- valor e origem dos recursos despendidos no trabalho;

- metodologia e período de realização da pesquisa; - plano amostral e ponderação quanto a sexo,

ida-de, grau de instrução, nível econômico e área física de realização do trabalho, intervalo de con-fiança e margem de erro;

- sistema interno de controle e verificação, con-ferência e fiscalização da coleta de dados e do trabalho de campo;

- questionário completo aplicado ou a ser aplicado; - o nome de quem pagou pela realização do trabalho.

A Justiça Eleitoral tem o dever de dar publicidade ao registro de pesquisa?

Sim. Ela afixará imediatamente, no local de costu-me, aviso comunicando o registro das informações, colocando-as à disposição dos partidos ou coliga-ções com candidatos ao pleito, os quais a elas terão livre acesso pelo prazo de 30 dias.

Qual a conseqüência por ter sido divulgada pesqui-sa sem o devido registro?

Sujeita os responsáveis a multa no valor de 50.000 a 100.000 Ufirs.

E se for divulgada pesquisa fraudulenta?

A divulgação de pesquisa fraudulenta constitui cri-me, punível com detenção de seis meses a um ano e multa no valor de 50.000 a 100.000 Ufirs.

Os partidos podem ter acesso ao sistema interno de controle, verificação e fiscalização da coleta de dados das entidades que divulgaram pesquisas de opinião relativas às eleições, incluídos os referen-tes à identificação dos entrevistadores?

Sim, mediante requerimento à Justiça Eleitoral, e, por meio de escolha livre e aleatória de planilhas individu-ais, mapas ou equivalentes, podem confrontar e con-ferir os dados publicados, preservada a identidade dos respondentes.

Qual a sanção imposta àquele que impedir o aces-so ao sistema interno de controle, verificação e fis-calização da coleta de dados ou a qualquer ato que vise a retardar, impedir ou dificultar a ação fiscali-zadora dos partidos?

Constitui crime, punível com detenção, de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo prazo, e multa no valor de 10.000 a 20.000 Ufirs. A esse crime se sujeitam, tam-bém, os representantes legais da empresa ou entida-de entida-de pesquisa e do órgão veiculador.

E se houver a comprovação de irregularidade nos dados publicados?

Os responsáveis praticam crime, punível com detenção, de seis meses a um ano, com a alter-nativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo prazo, e multa no valor de 10.000 a 20.000 Ufirs, sem prejuízo da obrigatoriedade da veiculação dos dados corretos no mesmo es-paço, local, horário, página, caracteres e outros elementos de destaque, de acordo com o veícu-lo usado. A esse crime se sujeitam, também, os representantes legais da empresa ou entidade de pesquisa e do órgão veiculador.

ProPAGANdA ElEiTorAl

Que é propaganda eleitoral?

É aquela “que leva ao conhecimento geral, ainda que de forma dissimulada, a candidatura, mesmo que apenas postulada, a ação política que se pre-tende desenvolver ou razões que induzam a con-cluir que o beneficiário é o mais apto ao exercício de função pública. Sem tais características, poderá haver mera promoção pessoal, apta, em determi-nadas circunstâncias a configurar abuso de poder econômico, mas não propaganda eleitoral. (...)” (Ac. 16.183, de 17/2/2000, rel. Min. Eduardo Alckmin; no mesmo sentido o Ac. 15.732, de 15/4/1999, do mes-mo relator, e o Ac. 16.426, de 28/11/2000, rel. Min. Fernando Neves.).

A partir de quando é permitida a propaganda eleitoral?

A partir do dia 6 de julho de 2008, sob pena de su-jeitar o responsável pela divulgação da propagan-da antecipapropagan-da e, quando comprovado seu prévio conhecimento, o beneficiário, à multa no valor de 20.000 a 50.000 Ufirs ou equivalente ao custo da propaganda, se este for maior.

O postulante a cargo eletivo pode realizar propaganda interpartidária com vistas à indicação de seu nome?

Sim, é possível realizá-la, na quinzena anterior à escolha pelo partido, vedado o uso de rádio, televi-são e outdoor, sob pena de sujeitar o responsável pela divulgação da propaganda e, quando compro-vado seu prévio conhecimento, o beneficiário, à mul-ta no valor de 20.000 a 50.000 Ufirs ou equivalente ao custo da propaganda, se este for maior.

Há restrições de uso de bens públicos para propa-ganda eleitoral?

Sim. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permis-são do Poder Público, ou que a ele pertençam, e nos de uso comum, inclusive postes de iluminação pública e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de propaganda de qualquer na-tureza, inclusive pichação, inscrição a tinta, fixação de placas, estandartes, faixas e assemelhados.

E se forem veiculadas propagandas eleitorais nos bens públicos?

O responsável fica sujeito, após a notificação e compro-vação, à restauração do bem e, caso não cumprida no prazo, a multa no valor de R$ 2.000,00 a R$ 8.000,00.

(8)

As dependências da câmara municipal podem ser utilizadas para propaganda eleitoral?

Sim, ficando a cargo da mesa diretora o seu disciplinamento.

É possível propaganda eleitoral por meio de fixação de faixas, placas, cartazes, pinturas ou inscrições em bens particulares?

Sim, desde que autorizado pelo proprietário ou pos-suidor do bem, ressalvados os preceitos de higiene e estética urbana constantes da legislação munici-pal pertinente. Além disso, independe da obtenção de licença municipal e de autorização da Justiça Eleitoral para tanto.

A polícia deve expedir licença para a realização de ato de propaganda partidária ou eleitoral?

Não. Qualquer ato de propaganda partidária ou eleitoral, seja em recinto aberto ou fechado, inde-pende de licença da polícia. No entanto, o candi-dato, partido ou coligação promotora do ato fará a devida comunicação à autoridade policial em, no mínimo, 24 horas antes de sua realização, a fim de que esta lhe garanta, segundo a prioridade do avi-so, o direito contra quem tencione usar o local no mesmo dia e horário.

E quais providências devem ser tomadas pela auto-ridade policial diante do ato de propaganda?

As necessárias à garantia de sua realização e ao funcionamento do tráfego e dos serviços públicos que o evento possa afetar.

Qual o horário permitido para o funcionamento de alto-falantes ou amplificadores de som?

Entre as 8 e as 22 horas.

Em que hipóteses são vedados a instalação e o uso de alto-falantes ou amplificadores de som?

São vedados a instalação e o uso desses equipa-mentos em distância inferior a 200 metros:

- das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos muni-cípios, das sedes dos Tribunais Judiciais, dos quar-téis e outros estabelecimentos militares;

- dos hospitais e casas de saúde;

- das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e tea-tros, quando em funcionamento.

Em que horário são permitidas a realização de comícios e a utilização de aparelhagem de so-norização fixa?

São permitidas no horário compreendido entre as 8 e as 22 horas.

No dia da eleição é permitido o uso de alto-falan-tes e amplificadores de som ou a promoção de co-mício ou carreata?

Não, constituindo crime punível com detenção, de seis meses a um ano, com a alternativa de presta-ção de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de 5.000 a 15.000 Ufirs.

Existem outras propagandas eleitorais vedadas no dia da eleição?

Sim. A arregimentação de eleitor ou a propaganda de

boca-de-urna e a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos, mediante publicações, cartazes, camisas, bonés, broches ou dísticos em vestuário, ambas tidas por crimes puníveis com detenção, de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo pe-ríodo, e multa no valor de 5.000 a 15.000 Ufirs.

Durante a campanha eleitoral é permitida a distri-buição de bens ou materiais aos eleitores?

Está vedada na campanha eleitoral a confecção, utilização e distribuição por comitê, candidato, ou com a sua autorização, de camisetas, chaveiros, bo-nés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor.

Pode ser realizado showmício para a promoção de candidatos?

Não. Está proibida a realização de showmício ou de evento assemelhado para promoção de candidatos, e a apresentação, remunerada ou não, de artistas com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral.

Está autorizada a realização de propaganda eleito-ral mediante outdoors?

Não, e o seu descumprimento sujeita a empresa responsável, os partidos, coligações e candidatos à imediata retirada da propaganda irregular e ao paga-mento de multa no valor de 5.000 a 15.000 Ufirs.

É permitida propaganda eleitoral que use símbolos, frases ou imagens, associadas ou semelhantes às empregadas por órgão de governo, empresa públi-ca ou sociedade de economia mista?

Não, e o seu descumprimento constitui crime, puní-vel com detenção, de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de 10.000 a 20.000 Ufirs.

A propaganda eleitoral pode ser cerceada ou cons-tituir-se em objeto de multa?

Não. A propaganda eleitoral não pode ser cerceada ou constituir-se objeto de multa, sob o pretexto do exercício do poder de polícia, desde que realizada em obediência aos permissivos legais.

Quando ocorre a captação de sufrágio?

Quando o candidato doar, oferecer, prometer ou en-tregar ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusi-ve emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição.

E se restar comprovada a captação?

O candidato está sujeito a pena de multa de 1.000 a 50.000 Ufirs e cassação do registro ou do diploma, observado o procedimento previsto no artigo 22 da Lei Complementar 64/1990.

ProPAGANdA ElEiTorAl

NA iMPrENSA

É permitida a realização de propaganda eleitoral na

imprensa escrita?

Sim, desde que observado o espaço máximo, por edição, para cada candidato, de um oitavo de pági-na de jorpági-nal padrão e um quarto de págipági-na de revista ou tablóide, cujo desrespeito sujeita os responsá-veis pelos veículos de divulgação e os partidos, coli-gações ou candidatos beneficiados a multa no valor de R$ 1.000,00 a R$ 10.000,00 ou equivalente ao da divulgação da propaganda paga, se este for maior.

ProPAGANdA ElEiTorAl

No rádio, NA TElEViSão

E NA iNTErNET

Quando é possível realizar propaganda eleitoral na televisão e no rádio?

Apenas durante o horário gratuito, sendo proibida a propaganda paga.

As emissoras de rádio e televisão estão sujeitas a restrições em sua programação normal e noticiário no ano eleitoral?

Sim, a partir de 1º/7/2008.

E quais são as restrições?

Sob pena de sujeitar as emissoras de rádio e televi-são e os sítios da internet ao pagamento de multa no valor de 20.000 a 100.000 Ufirs, duplicada em caso de reincidência, elas não podem:

- transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jor-nalística, imagens de realização de pesquisa ou qualquer outro tipo de consulta popular de nature-za eleitoral em que seja possível identificar o entre-vistado ou em que haja manipulação de dados; - usar trucagem, montagem ou outro recurso de

áu-dio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou produzir ou veicular programa com esse efeito; - veicular propaganda política ou difundir opinião

favorável ou contrária a candidato, partido, coli-gação, seus órgãos ou representantes;

- dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação;

- veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crí-tica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente, exceto programas jornalísti-cos ou debates polítijornalísti-cos;

- divulgar nome de programa que se refira a candi-dato escolhido em convenção, ainda quando pree-xistente, inclusive se coincidir com o nome do can-didato ou com a variação nominal por ele adotada. Sendo o nome do programa o mesmo que o do candidato, fica proibida a sua divulgação, sob pena de cancelamento do respectivo registro.

Essas restrições também alcançam os sítios divul-gados na internet?

Sim. Atingem os sítios mantidos pelas empresas de comunicação social na internet e demais redes des-tinadas à prestação de serviços de telecomunica-ções de valor adicionado.

Que emissoras de televisão são atingidas pelas re-gras de propaganda eleitoral?

(9)

As que operam em VHF e UHF e os canais de te-levisão por assinatura sob a responsabilidade do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, das Assembléias Legislativas, da Câmara Legislativa do Distrito Federal ou das câmaras municipais.

Os partidos, as coligações ou os candidatos podem usar recursos, em suas propagandas eleitorais gra-tuitas, com o objetivo de ridicularizar ou degradar os adversários?

Não. Está vedado o uso de trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer for-ma, degrade ou ridicularize candidato, partido ou co-ligação, ou produzir ou veicular programa com esse efeito, assim como transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jornalística, imagens de realização de pesquisa ou qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possível identificar o entrevistado ou em que haja manipulação de dados.

A partir de quando não pode mais ser transmi-tido programa apresentado ou comentado por candidato escolhido em convenção?

A partir do resultado da convenção, sob pena de sujeitar a emissora ao pagamento de multa no valor de 20.000 a 100.000 Ufirs, duplicada em caso de reincidência.

Quando é veiculada a propaganda eleitoral gratuita nas emissoras de rádio e televisão?

No prazo de 45 dias anteriores a antevéspera das eleições, ou seja, a partir de 19/8/2008.

Podem ser realizados debates nas emissoras de rádio e televisão?

Independentemente da propaganda eleitoral gra-tuita, está autorizada a realização de debates para as eleições majoritárias e proporcionais com a participação de candidatos dos partidos com repre-sentação na Câmara dos Deputados, e facultada a dos demais.

Como são feitos os debates nas eleições majoritárias?

Nas eleições majoritárias, a apresentação dos de-bates poderá ser feita:

a) em conjunto, estando presentes todos os candi-datos a um mesmo cargo eletivo;

b) em grupos, estando presentes, no mínimo, três candidatos.

E como será feito o debate nas eleições proporcionais?

Os debates deverão ser organizados de modo que assegurem a presença de número equivalente de candidatos de todos os partidos e coligações a um mesmo cargo eletivo, podendo desdobrar-se em mais de um dia, sendo vedada a presença de um mesmo candidato à eleição proporcional em mais de um debate da mesma emissora.

Pode ser feito debate sem a presença de algum candidato?

Sim, desde que o veículo de comunicação responsá-vel comprove havê-lo convidado com a antecedên-cia mínima de 72 horas da realização do debate.

Quais regras devem ser observadas pelas emissoras

para a realização dos debates?

Os debates deverão ser parte de programação pre-viamente estabelecida e divulgada pela emissora, fazendo-se mediante sorteio a escolha do dia e da ordem de fala de cada candidato, salvo se celebra-do acorcelebra-do em outro senticelebra-do entre os particelebra-dos e coli-gações interessados.

Qual a conseqüência para a emissora que desa-tender as regras estabelecidas para a feitura dos debates?

O descumprimento sujeita a empresa infratora à suspensão, por 24 horas, de sua programação normal, transmitindo, durante esse período, a cada 15 minutos, a informação de que se encontra fora do ar por ter desobedecido à Lei Eleitoral, sem prejuízo de, no caso de reiteração de conduta, ter duplicado o período de suspensão.

Em quais dias e horários serão veiculadas as pro-pagandas eleitorais gratuitas para prefeito e vice-prefeito nas emissoras de rádio?

Serão veiculadas às segundas, quartas e sextas-fei-ras, das 7h às 7h30 e das 12h às 12h30.

Em quais dias e horários serão veiculadas as pro-pagandas eleitorais gratuitas para prefeito e vice-prefeito nas emissoras de televisão?

Serão veiculadas das 13h às 13h30 e das 20h30 às 21h às segundas, quartas e sextas-feiras.

Em que dias e horários serão veiculadas as propa-gandas eleitorais gratuitas para vereador nas emis-soras de rádio?

Às terças, quintas e sábados, das 7h às 7h30 e das 12h às 12h30.

Em quais dias e horários serão veiculadas as pro-pagandas eleitorais gratuitas para vereador nas emissoras de televisão?

Às terças, quintas e sábados, das 13h às 13h30 e das 20h30 às 21h.

Como serão distribuídos os horários reservados à propaganda eleitoral gratuita nas eleições?

Serão distribuídos entre todos os partidos e coli-gações que tenham candidato e representação na Câmara dos Deputados, observados os seguintes critérios:

- um terço, igualitariamente;

- dois terços, proporcionalmente ao número de representantes na Câmara dos Deputados, con-siderado, no caso de coligação, o resultado da soma do número de representantes de todos os partidos que a integram.

E qual é o parâmetro para se definir a representa-ção de cada partido na Câmara dos Deputados?

É a representação partidária, resultante da eleição.

E se houve fusão ou incorporação de partidos?

O número de representantes de partido que tenha resultado de fusão ou que se tenha incorporado a outro corresponde à soma dos representantes que os partidos de origem possuíam quando do resulta-do da eleição.

Caso não haja emissora de televisão ou de rádio no município, quais as providências que devem ser adotadas pelos partidos?

Nos municípios em que não houver emissora de te-levisão e de rádio, os órgãos regionais de direção da maioria dos partidos participantes da eleição podem requerer à Justiça Eleitoral a reserva de 10% do tempo destinado à propaganda eleitoral gratuita para divulga-ção em rede da propaganda dos candidatos desses municípios pelas emissoras geradoras que os atingem, cabendo à Justiça Eleitoral definir a divisão do tempo entre os candidatos dos municípios vizinhos, de forma que o número máximo de municípios a serem atendi-dos seja igual ao de emissoras geradoras disponíveis.

Como será feita a propaganda eleitoral gratuita nos municípios em que houver segundo turno?

Se houver segundo turno, as emissoras de rádio e televisão devem reservar, a partir de 48 horas da proclamação dos resultados do primeiro turno e até a antevéspera da eleição (24/10/2008), horário des-tinado à divulgação da propaganda eleitoral gratui-ta, dividido em dois períodos diários de 20 minutos para cada eleição, iniciando-se às 7 e às 12 horas no rádio, e às 13 e às 20h30 na televisão, cujo tempo de cada período diário será dividido igualitariamente entre os candidatos.

Como é feita a escolha da ordem de veiculação da propaganda de cada partido ou coligação no pri-meiro dia do horário eleitoral gratuito?

É feita por meio de sorteio efetuado pela Justiça Eleitoral. Após o primeiro dia do horário eleito-ral gratuito, a cada dia que se seguir, a propa-ganda veiculada por último, na véspera, será a primeira, apresentando-se as demais na ordem do sorteio.

As emissoras de rádio e televisão devem reser-var espaço em sua programação diária para in-serções partidárias relativas à propaganda elei-toral gratuita?

Sim. Devem reservar 30 minutos diários para a pro-paganda eleitoral gratuita, a serem usados em in-serções de até 60 segundos, a critério do respectivo partido ou coligação, assinadas obrigatoriamente pelo partido ou coligação, e distribuídas, ao longo da programação veiculada entre as 8 e as 24 horas, obedecido o seguinte:

- o tempo será dividido em partes iguais para a utilização nas campanhas dos candidatos às eleições majoritárias e proporcionais, bem como de suas legendas partidárias ou das que compo-nham a coligação, quando for o caso;

- destinação exclusiva do tempo para a campanha dos candidatos a prefeito e vice-prefeito, no caso de eleições municipais;

- a distribuição levará em conta os blocos de audiência entre as 8 e as 12 horas, as 12 e as 18 horas, as 18 e as 21 horas, as 21 e as 24 horas; - na veiculação das inserções é vedada a utilização

de gravações externas, montagens ou trucagens, computação gráfica, desenhos animados e efei-tos especiais, e a veiculação de mensagens que possam degradar ou ridicularizar candidato, par-tido ou coligação.

(10)

A partir de quando a Justiça Eleitoral convocará os partidos e representantes das emissoras de televi-são para a elaboração dos planos de mídia da pro-paganda eleitoral gratuita?

A partir do dia 8 de julho de 2008, garantida a todos participação nos horários de maior e me-nor audiência.

Os programas eleitorais gratuitos podem ser cen-surados?

Não serão admitidos cortes instantâneos ou qual-quer tipo de censura prévia nos programas eleitorais gratuitos.

As propagandas eleitorais gratuitas podem ridicu-larizar candidatos?

Não. É vedada a veiculação de propaganda que possa degradar ou ridicularizar candidatos, sujei-tando-se o partido ou coligação infratores à perda do direito à veiculação de propaganda no horário eleitoral gratuito do dia seguinte. Pode o candidato, o partido ou a coligação requerer à Justiça Eleitoral, ainda, que seja impedida a reapresentação de pro-paganda ofensiva à honra de candidato, à moral e aos bons costumes.

Existem condições para a participação de cidadãos na propaganda eleitoral gratuita no primeiro turno?

Sim. Dos programas de rádio e televisão destinados à propaganda eleitoral gratuita de cada partido ou coligação pode participar, em apoio aos candida-tos deste ou daquele, qualquer cidadão não filiado a outra agremiação partidária ou a partido integrante de outra coligação, sendo vedada a participação de qualquer pessoa mediante remuneração.

E no segundo turno? Também existem condições para a participação dos cidadãos?

No segundo turno das eleições não é permitida, nos programas de rádio e televisão destinados à pro-paganda eleitoral gratuita de cada partido ou coli-gação, a participação de filiados a partidos que te-nham formalizado o apoio a outros candidatos.

A propaganda eleitoral gratuita feita por partido, coligação ou candidato também sofre restrições?

Sim. São vedados:

I – transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jornalística, imagens de realização de pesquisa ou qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possível identificar o entrevista-do ou em que haja manipulação de daentrevista-dos;

II – usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou produzir ou veicular programa com esse efeito.

Quais as conseqüências ao partido, coligação e candidato pelo descumprimento das restrições im-postas à sua propaganda eleitoral?

A inobservância sujeita o partido ou coligação à perda de tempo equivalente ao dobro do usado na prática do ilícito, no período do horário gratuito subseqüen-te, dobrada a cada reincidência, devendo, no mesmo período, exibir-se a informação de que a não veicula-ção do programa resulta de infraveicula-ção da Lei Eleitoral.

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Após que momento será assegurado o direito de resposta a candidato, partido ou coligação atingi-do por ofensa?

A partir da escolha de candidatos em convenção, é assegurado o direito de resposta, ainda que de forma indireta, por conceito, imagem ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente in-verídica, difundidos por qualquer veículo de comu-nicação social.

Quais os prazos para requerer o direito de resposta?

O ofendido, ou seu representante legal, pede o direito de resposta à Justiça Eleitoral nos seguintes prazos, contados a partir da veiculação da ofensa:

I – 24 horas, quando se tratar do horário eleitoral gratuito;

II – 48 horas, quando se tratar da programação nor-mal das emissoras de rádio e televisão;

III – 72 horas, quando se tratar de órgão da impren-sa escrita.

Com o recebimento do pedido de direito de respos-ta, que deve fazer a Justiça Eleitoral?

Recebido o pedido, a Justiça Eleitoral deve notificar imediatamente o ofensor para que se defenda em 24 horas, devendo a decisão ser prolatada no prazo má-ximo de 72 horas da data da formulação do pedido.

No caso de pedido de resposta relativo à ofensa veiculada na imprensa escrita, quais regras devem ser observadas?

a) o pedido deverá ser instruído com um exemplar da publicação e o texto para resposta;

b) deferido o pedido, a divulgação da resposta dar-se-á no mesmo veículo, espaço, local, página, tama-nho, caracteres e outros elementos de realce usados na ofensa, em até 48 horas após a decisão ou, tra-tando-se de veículo com periodicidade de circulação maior que 48 horas, na primeira vez em que circular; c) por solicitação do ofendido, a divulgação da res-posta será feita no mesmo dia da semana em que a ofensa foi divulgada, ainda que fora do prazo de 48 horas;

d) se a ofensa for produzida em dia e hora que inviabilizem sua reparação dentro dos prazos estabelecidos nas alíneas anteriores, a Justiça Eleitoral determinará a imediata divulgação da resposta; e) o ofensor deverá comprovar nos autos o cumpri-mento da decisão, mediante dados sobre a regular distribuição dos exemplares, a quantidade impressa e o raio de abrangência na distribuição.

No caso de pedido de resposta relativo à ofensa veiculada em programação normal das emissoras de rádio e televisão, quais regras devem ser ob-servadas?

a) a Justiça Eleitoral, à vista do pedido, deverá notifi-car imediatamente o responsável pela emissora que realizou o programa para que entregue em 24 horas, sob as penas do artigo 347 do Código Eleitoral, có-pia da fita da transmissão, que será devolvida após a decisão;

b) o responsável pela emissora, ao ser notificado pela Justiça Eleitoral ou informado pelo reclamante

ou representante, por cópia protocolada do pedido de resposta, preservará a gravação até a decisão final do processo;

c) deferido o pedido, a resposta será dada em até 48 horas após a decisão, em tempo igual ao da ofensa, porém nunca inferior a um minuto.

E no caso de pedido de resposta relativo à ofensa veiculada no horário eleitoral gratuito, quais regras devem ser observadas?

a) o ofendido usará, para a resposta, tempo igual ao da ofensa, nunca inferior, porém, a um minuto; b) a resposta será veiculada no horário destinado ao partido ou coligação responsável pela ofensa, devendo necessariamente dirigir-se aos fatos nela veiculados;

c) se o tempo reservado ao partido ou coligação responsável pela ofensa for inferior a um minuto, a resposta será levada ao ar tantas vezes quantas se-jam necessárias para a sua complementação; d) deferido o pedido para resposta, a emissora gera-dora e o partido ou coligação atingidos deverão ser notificados imediatamente da decisão, na qual deve-rão estar indicados quais os períodos, diurno ou no-turno, para a veiculação da resposta, que deverá ter lugar no início do programa do partido ou coligação; e) o meio magnético com a resposta deverá ser en-tregue à emissora geradora, até 36 horas após a ciência da decisão, para veiculação no programa subseqüente do partido ou coligação em cujo horá-rio se praticou a ofensa;

f) se o ofendido for candidato, partido ou coligação que tenha usado o tempo concedido sem responder aos fatos veiculados na ofensa, terá subtraído tempo idêntico do respectivo programa eleitoral; tratando-se de terceiros, ficarão sujeitos à suspensão de igual tempo em eventuais novos pedidos de resposta e à multa no valor de 2.000 a 5.000 Ufirs.

E se a ofensa ocorrer em dia e hora que inviabilizem sua reparação dentro dos prazos legais?

A resposta será divulgada nos horários que a Justi-ça Eleitoral determinar, ainda que nas 48 horas an-teriores ao pleito, em termos e forma previamente aprovados, de modo a não ensejar tréplica.

Da decisão sobre o exercício do direito de resposta cabe recurso?

Sim. Cabe recurso às instâncias superiores, em 24 horas da data de sua publicação em cartório ou ses-são, assegurado ao recorrido oferecer contra-razões em igual prazo, a contar da sua notificação.

Qual o prazo para a Justiça Eleitoral proferir suas decisões acerca do direito de resposta?

O prazo máximo é de 24 horas, sob pena de sujeitar a autoridade judiciária às penas previstas no artigo 345 do Código Eleitoral.

Qual a conseqüência para o não-cumprimento inte-gral ou em parte da decisão judicial que conceder a resposta?

O infrator está sujeito ao pagamento de multa no valor de 5.000 a 15.000 Ufirs, duplicada em caso de reiteração de conduta, sem prejuízo do disposto no artigo 347 do Código Eleitoral.

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