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Curso Preparatório de Obreiros

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Academic year: 2021

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Curso Preparatório de

Obreiros

IGREJA INTERNACIONAL DA

GRAÇA DE DEUS

(2)

IGREJA INTERNACIONAL DA GRAÇA DE DEUS

CURSO

PREPARATÓRIO

DE OBREIROS

(as)

VOLUNTÁRIOS

(as)

Sede Estadual Avenida São João, 791 – Centro São Paulo – Capital Líder Estadual Pastor Jayme de Amorim Campos

(3)

Índice

Prefácio

02

Introdução

03

Conteúdo:

Zelo – Postura – Comportamento 04

Estatutos e Requisitos para o Obreiro de Deus

06

Aprendendo com os Erros dos Primeiros Discípulos

11

Frutos do Espírito Santo

15

Obras da Carne

18

O Obreiro Aprovado por Deus

21

(4)

Prefácio

H

á algum tempo fui tocado por Deus para dar continuidade ao Curso de Candidatos a Obreiros, que iniciado no ano de 1999 por outros pastores, na Sede da nossa igreja.

Fui tomando gosto pela nova missão que o Senhor Deus me dera à época, fazendo assim a vontade do Senhor. O trabalho foi crescendo a cada dia que passava e o interesse de nossos membros foi aumentando.

Lembro-me. Que o Senhor começou a me dar inspirações para escrever textos relacionados com o assunto, e muitos desses escritos ajudaram as pessoas que se candidatavam ao curso. Hoje, muitos desses irmãos e irmãs tornaram-se obreiros, obreiras, pastores e pastoras que já dirigem igrejas.

Fui percebendo que Deus estava nessa obra, e me consagrava ainda mais para que Ele pudesse operar muito mais. O tempo se passou e a procura das pessoas era grande a ponto do Senhor colocar no meu coração para realizar as entrevistas para selecionar melhor os candidatos, o que está sendo feito até ao dia de hoje.

Com a liderança maior do nosso amado Deus, estamos empenhados em dar seqüência a essa obra linda que Ele nos deu, debaixo da cobertura espiritual do pastor Jayme de Amorim Campos, que é o nosso líder Estadual de São Paulo.

Hoje temos essa apostila de preparação graças ao Senhor, que vem nos inspirando a cada dia, para melhor preparar os nossos voluntários. Sou grato ao Senhor por colocar pessoas ungidas para me auxiliar, e assim atender melhor as expectativas dos interessados ao curso de candidatos a obreiros.

Obrigado Senhor Jesus por fazermos parte dessa importante obra.

Pr. Fernandes Lima

Pastor e Levita na Igreja Internacional da Graça de Deus.

(5)

Introdução

A

Palavra de Deus nos orienta que deveremos nos apresentar a Deus aprovados. O que quer dizer: “Trabalhe arduamente, para que Deus possa dizer-lhe: Muito be m”. Seja um bom obreiro, um obreiro que não precisa ficar envergonhado quando De us examina o seu trabalho. Saiba que a sua Palavra diz e o que Ela significa.

Obreiro é o que auxilia, o que coopera, o que tem compromisso real e verdadeiro com o Senhor Deus, o que cumpre a sua vida de Cristão, o que não escolhe posição, o que se consagr a ao plano do Altíssimo, o que entende a chamada de Deus, o que aprende com o seu mestre, o que observa os mandamentos para cumpri-los, o que é submisso. Eu poderia trazer muitas outras qualidades que existem em um obreiro do Senhor, mas essas já dão uma idéia de como ele deve ser.

Você que se prepara para ingressar no corpo de obreiros, deve saber que sua missão é muito importante porque irá lidar com almas humanas. Irá conduzir vidas ao Reino dos Céus, você será o cartão de visitas da igreja, estará auxiliando o anjo da igreja, que é o pastor. Você estará sob ordens de líderes que são levantados com a missão de organizar e cuidar da obra de Deus. Somos a equipe do Senhor Jesus por isso temos que trabalhar com união.

Veja com bastante atenção essa passagem em Êxodo 18.13-27. O sogro de Moisés, Jetro,

orienta-o a levantar obreiros, auxiliares, que pudessem ajudá-lo. Veja que categoria de obreiros ele pede:

“Homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza” (v 21). No versículo 22 ele diz o seguinte: “Para que julguem este povo (esse julgar aqui é o mesmo que orientar) em todo o tempo, e seja que todo negócio grave tragam a ti, mas todo negócio pequeno eles o julguem”. Os homens aqui escolhidos para a obra foram sobre bases morais e não intelectuais.

Veja também a escolha dos obreiros em Atos 6:3: “Escolhei dentre vós, varões de boa

reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio”. Observe que todas as missões que recebemos de Deus para executarmos são de grande

importância. As qualidades destacadas aos obreiros escolhidos são: “boa reputação (bom nome), cheios

do Espírito Santo (obediência ao Espírito e batizado nEle), e de sabedoria (que vem pela palavra –

capacidade para agir e julgar)”.

A escolha é pela aprovação, por isso Paulo dizia: “Procura apresentar-te a Deus aprovado”. Ele chama, escolhe e envia. (cf Mt 10:1-5). O Senhor Jesus viu algo que impedia os que queriam seguir-Lhe... A falta de renúncia. Por isso, muitos são chamados e poucos escolhidos, pois nem todos querem abandonar o que lhes apraz. (cf Lc 14:33).

Levantar obreiros aprovados não vem do homem, mas de Deus e de uma vida de intimidade com, Ele, uma vida separada do pecado.

Dentre as várias fases do obreiro aprovado a primeira é a preparatória e nem todos passam por ela.

(Jo 6:60-66).

Tornar-se o obreiro aprovado por Deus só depende de você!

Seja bem vindo (a), ao exército do Deus vivo, tornando-se um (a) obreiro (a) aprovado (a).

Pr. Fernandes Lima

(6)

Zelo, Comportamento e Postura do

Obreiro

Veremos como convém ao obreiro andar (se portar) dentro da Casa do Senhor.

Além de consagrar-se ao ministério que o Senhor lhe está confiando, o obreiro deve ter sempre consigo princípios éticos, morais e sociais que nunca podem sair de diante dele.

Veremos, resumidamente, alguns desses princípios básicos que foram divididos em zelo, comportamento e postura do obreiro.

Zelo

O zelo do obreiro deve ser especial (cf - I Tm 4:16). O apóstolo Paulo declara que primeiramente se deve ter cuidado de si próprio. Esse cuidado deve ser interpretado também em seu sentido literal, representando o zelo por tudo aquilo que se refira a nós mesmos, ou seja, nossa aparência, nosso testemunho, dentre outros.

Comportamento

O obreiro deve se lembrar sempre que ele é modelo para aqueles que entram na igreja e por isso deve ser o bom exemplo (cf - I Tm 4:12). Ele é o cartão de visita da igreja, por isso seu comportamento é tão importante. Lembre-se: todos olham para o obreiro e o tomam por exemplo.

 Tolerância é indispensável ao obreiro (cf - (Confira) (Ef 4:1-3 RA)

 Não se mostre emocionalmente frágil, obreiro é a pessoa que deve demonstrar posição autoridade (porém não de autoritarismo);

 Ser sempre amigável, nunca “espancador”;

 Procure não parecer individualista (eu fiz, eu faço, mas sempre nós faremos, a igreja estará em oração etc.);

 Procure sempre inteirar as pessoas, nunca excluí-las (Isso independe de sua simpatia a ela);  Não se alimente à vista dos membros;

 Nunca tente tirar proveito de situações por causa do cargo ou autoridade que lhe foi dada como obreiro (vendas, obtenção de favores etc.);

 Não é conveniente ao obreiro mascar chicles durante o cumprimento de sua escala;

 Não se mostre cansado, aborrecido ou coisas do gênero diante dos membros, pois vieram até a igreja em busca de auxílio, precisam sentir-se seguras e bem nela;

 Seja sóbrio e inteligente ao fazer orações pelas pessoas (nunca utilize-se de coisas do tipo: forçar a cabeça, falar alto, fazer perguntas indiscretas, dar opiniões próprias, o dever do obreiro é orientar segunda a Palavra, (cf - I Pe 4:11);

 Lembre-se sempre de que você está assumindo compromisso com Deus e com a Igreja, assim, seja zeloso com os horários, é necessário chegar com antecedência para participar no auxílio das reuniões;

 Ao conversar com colegas, procure ser o exemplo, cuidado com suas palavras (cf - Tt 2:7-8)  O temor nunca pode apartar-se de seu coração, respeite seus líderes e aqueles que

hierarquicamente estão “acima” de você (cf - Tt 2:9-10 RA) por amor ao Senhor.

(7)

Postura

Postura é a forma como uma pessoa se coloca diante de determinada situação. Esse item é de grandíssima importância na vida do obreiro, pois este tem que saber que conforme a postura que tomar diante de cada situação, haverá uma conseqüência, que pode ser benéfica ou não (cf - I Co 9:12). Nessa passagem, o apóstolo Paulo nos dá seu exemplo de que apesar de ter direitos, suportava tudo para não pôr empecilho algum ao progresso do Evangelho. Da mesma forma, nossa postura deve ser como a de um soldado que dá sua vida a fim de cumprir sua missão.

 Santidade (não só aparentar santidade, mas ser santo em toda a vossa maneira de viver,  (cf - I Pe. 1:15);

 Amor (amar é optar por cumprir aquilo que diz a Palavra em relação ao tratamento com o próximo, (cf - I Co. 13:4-7);

 Confiança (o obreiro deve expressá-la sempre, (cf – II Tm. 1:7);  Segurança (as pessoas precisam sentir-se seguras);

 Sinceridade (As pessoas devem ver no obreiro (a) sinceridade, saber que ele está dizendo a verdade, independente de qual seja ela; passar bem-estar aqueles que o procurarem;

 Ao recepcionar as pessoas faça isso com alegria dando muita atenção a elas.

Durante a reunião

 Atenção aos membros e não ficar “assistindo ao culto”;

 Preste atenção ao que o pastor falar, pois poderão te perguntar algo sobre isso;  Não se encoste nas paredes, para não aparentar cansaço;

 Não arrumar cabelos no salão, não retocar maquiagem, não ficar arrumando a roupa dentro do salão;

 Gestos estranhos causam constrangimento (como: coçar-se, bocejar (No caso leve a mão a boca), expressões faciais de insatisfação, entre outros);

 Posicionar-se sabiamente dentro do salão;

 Ao passar envelopes vazios, não recolha os cheios (cf – Ico. 14:40);  Não dê troco de cheques nunca, não trocar dinheiro...

 Esteja atento aos valores que o pastor citar para as ofertas alçadas;

 Nunca ponha as mãos no bolso no momento das doações para não ser mal interpretado;  Não traga problemas pessoais ao seu ministério, isso poderia afetar sua atenção;

 Seja discreto e sóbrio a atender pessoas do sexo oposto (lembre-se de que elas podem ter carências demasiadas);

 Nunca esteja sem caneta;

 Nunca dispense o uso do: Por favor, obrigado (a), por gentileza, sim senhor (ra), Deus te abençoe...;

 Seja prático;

 Cuidados com gestos (podem ser acusadores ou revelar o que a pessoa está te contando);  Saiba fazer críticas construtivas de forma que não ofenda a ninguém;

 Saiba, também, receber e fazer críticas sobre si mesmo (cf – ICo. 11:28).

“Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e

eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum” (II Pe. 1:10 RA)

Pastor: Fernandes Lima

(8)

Estatutos e Requisitos para o Obreiro de Deus

A Palavra de Deus é o nosso único e perfeito manual. Nela nos inspiramos e dela adquirimos toda gama de conhecimento e ordenanças de Deus simultaneamente revelado com a manifestação da Sua vontade a nosso respeito como Igreja de Cristo.

Veremos aqui os requisitos que o Espírito Santo menciona como indispensáveis a todos aqueles que têm recebido o chamado de Deus e são reconhecidos pela Igreja como pessoas aptas para este chamado.

Como deve ser o obreiro (a) em sua caminhada e testemunho? Dividimos em três esferas os requisitos:

I - Em suas relações com Deus

II - Em suas relações com o próximo

III - Em sua vida privada e familiar

I-

Em suas relações com Deus

Fiel

Esta palavra tem um significado muito forte (que honra o seu compromisso com Deus). Se você deseja ter sucesso na obra de Deus, observe com cuidado o que lhe será ensinado (a ). A Bíblia afirma que Deus é fiel (cf 1Tm 3:1), por isso o obreiro (a) deve ser fiel para com Deus, para com a doutrina (ensinamento) que prega, para com a Igreja que serve e para consigo mesmo. A palavra nos orienta que a fidelidade deve ser até a morte (cf. Ap 2:10); se quisermos e formos fiéis, a Palavra garante que seremos acumulados de bênçãos (cf. Pv 28:20a).

Irrepreensível

Que não dá lugar à repreensão, isso quer dizer: de uma conduta perfeita, vivendo de modo correto no caminho do Senhor.

A pessoa deve perguntar-se: mas a Bíblia não diz que Deus repreende o filho a quem ama? Concordo plenamente, mas estamos nos referindo a uma vida incorreta diante de Deus, sem temor. Essa repreensão é um aperfeiçoamento e não significa que vivemos uma vida de pecado, a pessoa que sempre vive recebendo correção da igreja por viver errada, não pode ser um obreiro (a) aprovado (a)

(II Pe 3:14).

Cuidadoso

O obreiro precisa ser zeloso, diligente, entusiasmado e dedicado ao seu posto. O obreiro do Senhor é observado por todos. Nós ministramos o que é honesto e verdadeiro (cf. 2Co 8:21). O cuidado do obreiro é triplo: ter cuidado consigo mesmo (cf. 1Tm 4:16); ter cuidado com a doutrina

(cf. 1Tm 4:16); e ter cuidado com o rebanho (cf. At 20:28).

(9)

Ter conhecimento bíblico

O obreiro necessita manejar bem a Palavra da verdade (cf 2Tm 2:15). Como poderemos manejar bem uma arma que desconhecemos? Temos que reter mui firme a fiel palavra, para orientarmos os necessitados, não com nossas palavras, mas sim com a sã doutrina (cf Tt 1:9). A recomendação principal de Deus a Josué foi justamente para não se apartar do conhecime nto da Palavra, para que se fizesse tudo conforme Ela lhe dizia (cf Js 1:8).

Justo

Aquele que é conforme a justiça. Recebemos a justificação da parte de Deus (cf Rm 5:1). O obreiro (a) precisa de um senso de justiça para aprender a reger sabiamente a obra de Deus (cf Tt 1:8).

A Bíblia afirma que toda injustiça é pecado, mas é justo todo aquele que executa a justiça; e que ninguém vos engane (cf 1 Jo 3:7).

Santo

Aquele que nos chamou é completamente Santo, e nos ordena que sejamos santos em toda a nossa maneira de viver (cf 1Pe 1:15). Se não buscarmos a santidade não O veremos (cf Hb 12:14). Você pode até questionar: “Ora! Não existe santo!”, mas veja que Ele dá as ordens, e, se obedecermos, a Ele nada é impossível; Ele que é o Senhor e não dá sugestão e sim a ordem. Veja você mesmo qual é a ordem (cf 1 Pe 1:16). Observe na Palavra que é algo bem individual (cf 1Ts 4:4). Ou você acha que O servirá de qualquer modo? Não se engane! (Cf 1Ts 4 -7).

II Em suas relações com o próximo

Hospitaleiro

Quando lemos essa palavra pensamos logo em acolher a pessoa em casa e etc. Mas o obreiro de Deus deve ser hospitaleiro em seu coração, acolhendo a pessoa com o seu amor em Cristo, com o seu carinho, com sua atenção, com sua simplicidade e com a sua paciência. O obreiro deve ter satisfação em acolher a pessoa que o procura para pedir uma orientação. Observe que a ordem é para todos

(cf 1Pe 4:9). Vejam alguns exemplos de hospitalidade: (Gn 18 Abraão), (Gn 19 Ló), (1Sm 9:22 Samuel), (2Sm 6:19 Davi), (2Re 4:8 A Sunamita), (Lc 5:29 Mateus), (Lc 19:6 Zaqueu), (At 16:15 Lídia). Hospitalidade é algo que exercemos para obter, praticamos para reter, vivemos para merecer.

Estar apto para ensinar

Você que tomou a decisão de fazer a obra de Deus, independente da sua chamada ou do cargo que você terá, deve observar o que o Apóstolo Paulo deixa escrito para nós (cf 2Tm 2:24). O nosso lema é ensinar e imitar o nosso Bom Mestre (cf. Jo 8:2). E isto só pode vir dEle, que nos fez idôneos

(cf Cl 1:12), assim, devemos falar somente segundo a Palavra de Deus (cf 1Pe 4:11). Não espancador

O obreiro de Deus deve ser: amável, educado, pacífico e moderado. Pois assim a Palavra de Deus nos orienta (cf 1Tm 3:3). Você que decidiu cuidar do povo de Deus deve ser suficientemente inteligente e equilibrado para saber ouvir e na ocasião certa aplicar a disciplina nas ovelhas, sem, no entanto, necessitar espancá-las. A nossa posição é sempre na Palavra.

O Senhor Deus, no evangelho de Mateus, constituiu servos prudentes para trabalhar na Sua casa. Será feliz aquele que o Senhor encontrar servindo com amor (cf Mt 24:46-51).

(10)

Não contencioso

No livro de Provérbios há orientações de seis coisas com as quais Senhor se sente aborrecido e a sétima a Sua alma abomina. O obreiro deve cautelosamente ser brando para com as pessoas e também para com seus irmãos, e não entrar nesse laço do diabo, causando fofocas e semeando discórdias. O obreiro que tudo fala, por qualquer motivo discute só ele sabe tudo... (cf Pv 6:14-19). Existem todos os tipos de pessoas, cada uma com suas opiniões. Então, o obreiro (a) sábio respeitará e saberá que não nos convém discutir (cf. 2Tm 2:24).

Ter bom testemunho do que estão de fora

Em nós que somos de Deus, o bom testemunho deve ser reflexo do nosso modo de viver; em 2 Crônicas nós temos um dos maiores exemplos de bom testemunho que é do Rei Salomão: a Rainha de Sabá, ouvindo sua fama, veio constatar de perto se realmente eram verdadeiros os boatos, e a Bíblia diz que ela viu e ficou fora de si (cf 2Cr 9:1-6). Cuidado irmãos, existem muitas Rainhas de Sabá querendo ver de perto a nossa fama e o nosso modo de viver: o que elas encontrarão?

Não iracundo

Iracundo significa o homem que tem tendência a irar-se (cf Tt 1:7). A Bíblia declara de modo bem claro que o homem iracundo gera contendas (cf Pv 15:18), e a mesma Bíblia também combate esse veneno mortal, nos orientando e dizendo que ao servo de Deus não convém contender (cf 2Tm

2:24), e que uma resposta branda é melhor do que uma dura (cf Pv 15:1).

II-

Em sua vida privada e familiar

Marido de uma só mulher

O obreiro do Senhor sendo casado sabe que é permitido ter uma só mulher. Isso foi decretado por Deus na Sua Palavra desde o princípio (cf Gn 2:24), e O Senhor Jesus ratificou este mandamento

(cf Mt 19:5).

Vigilante

O obreiro do Senhor deve ser vigilante em tudo, e se tornar uma benção para a Igreja, sendo sempre cauteloso e diligente. A vigilância exercida pelo o obreiro do Senhor é uma medida de precaução contra os possíveis acidentes no desempenho do seu ministério, não dando lugar ao diabo, mas sim, abrindo o seu coração para o Senhor comandar.

Sóbrio

Ou seja, discreto em tudo: nos negócios, na vestimenta, no comportamento. Seguro, que não se desespera com a má notícia, que ora e pede direção a Deus. Ex: As irmãs devem ter cuidado com a maquiagem em excesso, suas vestimentas devem ser em completo pudor.

A Palavra de Deus é um manual completo para nos orientar a viver; o diabo anda em nosso derredor aguardando uma brecha (cf 1Pe 5:8). O texto diz que é ao nosso derredor, isso quer dizer: rondando-nos, trazendo todo tipo de tentação. Observe que é você que deve procurar viver a Palavra, sendo obediente a Deus (cf 2Tm 4:5), e assim cumprindo o seu ministério.

(11)

Honesto

“Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus e tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta -te” (cf 2Tm 3:2-5). O obreiro do Senhor deve isolar-se de todas essas coisas, porque essas características são próprias da desonestidade.

Não ser dado ao vinho

O cristão não deve tomar qualquer bebida alcoólica, porém, em alguns casos, ele erra ao beber em casamentos, festas sociais, reuniões de trabalho e etc. Nós não temos tal costume.

Não ser cobiçoso de torpe ganância

Este tópico fala sobre o perigo de desejar lucros desonestos ou excessivos (cf 1Tm 3:3). O obreiro (a) não deve nunca usar métodos excusos para retirar vantagens pessoais. Saiba que a ganância é irmã da cobiça e amiga do estelionatário.

Moderado

É o obreiro que ocupa o meio termo entre opiniões extremas (cf Tt 1:8), este versículo nos exorta a sermos moderados. Aquele que modera seus lábios é qualificado pela Palavra de Deus como prudente (cf Pv 10:19). Devemos ser sempre extremamente pacientes e não tomar decisões precipitadas. Fuja do radicalismo e do extremismo.

Não avarento

O obreiro deve se precaver dessa semente maligna, que traz a mesquinhez. O autor do livro de Hebreus nos orienta de forma simples a termos cuidado com nossos costumes e manter nosso contentamento no nosso Deus, que jamais nos abandonará e nada nos deixará faltar, Ele tudo supre

(cf Hb 13:5 e Sl 37:25).

Governar be m sua própria casa

Esse é um ponto onde o obreiro do Senhor deve ter muito cuidado (cf 1Tm 3:4), devemos administrar muito bem a nossa casa, principalmente quando habitamos com membros da família que não são convertidos. Essa palavra governar significa ter autoridade, dominação e administração superior. Essa qualidade habita em cada um de nós. O profeta Isaias profetizava o nascimento de um menino, o Senhor Jesus, e dizia: “o governo estava sobre o seu ombro” (cf Is 9:6). O governar bem nossa casa, vida, ministério, enfim, está com cada um de nós.

Ter seus filhos em sujeição

Outro ponto muito visado pelo adversário é a família do obreiro. Nós conhecemos a história do Sacerdote Eli que teve a infelicidade de gerar dois filhos rebeldes aos olhos do Senhor. Tanto ele como os filhos não tiveram o final feliz (cf 1Sm 2:22-25, 4:11-22). E para isso não acontecer o caminho é a intercessão e a disciplina da Palavra. Um filho sábio traz alegria ao pai (cf Pv 10:1).

(12)

Ser o exemplo

A vida exemplar do obreiro deve ser cuidadosamente preparada por ele próprio. Nós temos um grande exemplo: o menino Samuel quando ainda servia ao Sacerdote Eli (cf 1Sm 2:18), tinha prazer de ministrar, (v. 26). Samuel seguia sendo um exemplo, e por isso o seu ministério foi confirmado

(cf 1Sm 3:19-20). Jesus nos deixou exemplos a seguir. Idôneo

Há crentes que nunca amadurecem e os tais não podem ser conduzidos ao ministér io. Ser idôneo já faz parte da natureza cristã. Deus nos fez idôneos (capazes), (cf Cl 1:12). Na criação, o Deus todo poderoso viu que o homem precisava de uma auxiliadora idônea ( cf Gn. 2:18). E essa capacidade Ele já nos deu.

Conservar-se puro

Pureza na vida, nos negócios, no caráter (ser puro em período integral). O Apóstolo Paulo nos aconselha que deveremos conservar puros a nós mesmos (cf 1Tm 5:22b), e se temos esperança nEle devemos nos purificar a nós mesmos. (cf 1 Jo 3:3).

Sofredor

O sofrer desse texto refere-se a suportar tudo por amor a Cristo. Se não suportarmos; Colocaremos impedimento ao Evangelho de Cristo (cf 1 Co 9:12). A Bíblia que é a pura e verdadeira vida de Deus declara que para amar é necessário tudo sofrer, crer esperar e supor tar (cf 1Co 13:7). Jesus, nosso maior exemplo, tudo sofreu por nós.

Perseverante

A pessoa que diz ter o chamado não pode se cansar de sua jornada. Tem que perseverar confiante em Deus até os dias finais de sua carreira (cf 2Tm 3:14). Quando o combate terminar, ele será recebido pelo Sumo Pastor, que na Sua vinda lhe concederá uma coroa de Glória e Justiça.

(13)

Aprendendo com os Erros dos Primeiros

Discípulos (baseado em Lc. 9)

Este capítulo do Evangelho de Lucas retrata uma série de situações que os discípulos de Jesus enfrentaram que muito bem nos servem como alerta. Você notará que os erros que os discípulos cometeram são os principais erros que pessoas que fazem a obra hoje continuam cometendo.

Os seis erros que identificamos neste capítulo, basicamente, derivam da superestima que os discípulos desenvolveram a partir da bem sucedida missão, descrita em (Lc 9:1-6). Eles receberam poder e autoridade sobre todos os demônios e para curarem doenças (v. 1), e saíram pelas aldeias anunciando o Evangelho e fazendo curas por toda parte (v. 6). Eles pensaram que já estavam prontos, maduros. Quando nos superestimamos, conseqüentemente, tendemos a subestimar o poder do nosso Deus! Passamos a agir como se não mais precisássemos dEle.

1º Erro

Estabelecer Planos Baseados em Nossa Lógica (Lc 9:12)

O verso 12 relata que os doze chegaram a Jesus com um plano perfeito: “Despede a

multidão, para que, indos às aldeias e aos sítios em redor, se hospedem, e achem o que comer; porque aqui estamos em lugar deserto”. Eles estavam tão seguros de que tinham a melhor

solução que nem se deram ao trabalho de perguntar a Jesus o que achava deste plano. Não trouxeram uma sugestão, uma possibilidade, mas um plano que, para eles, era a melhor opção.

Bem nos alerta o Senhor através do profeta Isaías: “Porque os meus pensame ntos não são

os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os me us caminhos, diz o Senhor. Porque assim como o céu é mais alto do que a terra, assim são os me us caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos” (cf Is 55: 8,9).

Para surpresa dos presunçosos discípulos, o Senhor apresenta o Seu plano: “Dai-lhes vós de

comer” (v. 13). Tanta presunção não os permitia entender de que maneira poderia o plano do

Senhor dar certo, afinal, só dispunham de 5 pães e dois peixinhos! Estavam redondamente enganados: o Senhor multiplicou de forma maravilhosa os pães e os peixes e foram alimentados mais de 5 mil homens, mais mulheres e crianças. O verso 17 registra ainda que todos se fartaram e que o que sobejou encheu 12 cestos.

(14)

2

o

Erro

Querer Falar dEle sem ouví-Lo (Lc 9:33-35)

Pode existir maior prova de soberba num obreiro do que esta? A de querer falar de Deus sem antes ter parado para ouvi-lo? O verso 33 descreve que, estando Pedro, Tiago e João no monte da transfiguração, o primeiro tomou a iniciativa e propôs: “Mestre, bom é estarmos nós aqui;

façamos, pois, três cabanas, uma para ti, uma para Moisés, e uma para Elias, não sabendo o que dizia”.

Quão imprópria e fora de contexto foi à palavra dirigida por Pedro a Jesus! Tanto que nem mereceu resposta do Senhor. O próprio Pai foi quem interrompeu a infeliz palavra de Pedro: “E da

nuvem saiu uma voz que dizia: “Este é o meu Filho, o meu eleito, a ele ouvi” (v. 35).

É preciso aprender ouví-Lo, antes de querer falar dEle! Em (João 10), o Senhor descreve suas ovelhas como aquelas que ouvem e conhecem Sua voz: “Quando o Bom Pastor tira para

fora todas as ovelhas que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque conhecem a sua voz” (cf Jo 10:4); “Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco; a essas também me importa conduzir, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um pastor

(Jo 10:16); As minhas ovelhas ouve m a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem”. (cf Jo 10:27).

3

o

Erro

Deixando-se Dominar pelas Fraquezas da Carne (Lc 9:28-36)

O mesmo trecho de Lucas 9 que retrata o episódio da transfiguração do Senhor revela que os três apóstolos levados por Jesus ao monte se haviam deixado vencer pelo sono (v. 32). Notemos que enquanto o Senhor se transfigurava e falava com Moisés e Elias, seus discípulos estavam vencidos pelo sono!

O sono pode simbolizar as coisas que estão no mundo para satisfazer a carne e que provocam a embriaguez da alma. Uma alma embriagada de “sono” é impedida de reconhecer a Glória de Deus (compare os versos 29 e 32; quanta coisa gloriosa será que os apóstolos deixaram de presenciar enquanto dormiam?).

Em (Mateus 26:36 ss), no Getsêmane, os mesmos discípulos dormiram novamente! Observe que o verso 37 conta que Jesus entristecia-se e angustiava-se. No verso 38 Ele mesmo declarou: “A

minha alma está triste até a morte”. Apesar de Jesus ter sido tão enfático eles não conseguiram

vigiar nem sequer uma hora!

Quando você deixa de vigiar, “dorme”, fica a mercê de cair em tentação. O texto de

(II Samue l 11:1, 2), que narra a queda do rei Davi, bem ilustra esta verdade: “Tendo decorrido um

ano, no te mpo em que os reis saem à guerra, Davi enviou Joabe, e com ele os seus servos e todo o Israel; e eles destruíram os amonitas, e sitiaram a Rabá. Porém Davi ficou em Jerusalém. Ora, aconteceu que, numa tarde, Davi se levantou do seu leito e se pôs a passear no terraço da casa real; e do terraço viu uma mulhe r que se estava lavando; e era esta mulher mui formosa à vista”. Para evitar este erro o apóstolo Paulo recomendou a disciplina de um atleta (I Co 9:24-27).

(15)

4º Erro

Querendo Ser o Maior sem Passar pela Prova do Serviço (Lc 9:46)

O texto bíblico narra: “Suscitou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o

maior”. O texto paralelo de (Marcos 9:33) acrescenta: “Chegaram a Cafarnaum. E estando ele em casa, perguntou-lhes: que estáveis discutindo pelo caminho? Mas eles calaram, porque pelo caminho haviam discutido entre si qual deles era o maior”. A questão de qual era o mais

importante incomodava o grupo de discípulos de Jesus.

Eles não entendiam ainda do que Jesus realmente falava quando se referia a morrer

(cf Lc 9:44, 45 e Mc 9:32). Eles experimentaram o poder, viram o Senhor alimentar os mais de cinco mil homens, a transfiguração, a cura do menino epilético e muito mais! Os discípulos esperavam participar de um reino indestrutível, político, glorioso.

Houve outras ocasiões quando os discípulos deixaram a vaidade aflorar.

Em (Lucas 22:24 a 27) lemos: “Levantou-se também entre eles contenda sobre qual

deles parecia ser o maior. Ao que Jesus lhes disse: os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que sobre eles exercem autoridade são chamados benfeitores. Mas vós não sereis assim; antes, o maior entre vós seja como o mais novo; e que m governa como quem serve”. O pedido da mãe

dos filhos de Zebedeu, Tiago e João, em (Mateus 20:21) também podem ser incluídos – ela queria que seus filhos fossem os maiores no reino de Jesus.

A lição que Jesus deu aos apóstolos é maravilhosa e inclui a figura de uma criança

(cf Lc 9:47 e 48): “Qualquer que receber esta criança em me u nome, a mim me recebe. (...), pois aquele que entre vós todos é o menor, esse é grande”.

5

o

Erro

Faltando com o Amor (Lc 9:49 e 50)

Que Deus tenha misericórdia de nós! O apóstolo João veio até Jesus com o seguinte testemunho: “Mestre, vimos um home m que em teu nome expulsava demônios, e lho proibimos,

porque não segue conosco”. (v. 49). No mínimo, João e os que com ele estavam foram intolerantes

para com o tal homem que expulsava demônios em nome de Jesus. A intolerância é sintoma de falta de amor. Neste engano corremos o risco de tratarmos um aliado como um adversário, simplesmente porque ele não comunga no nosso grupo! Observe a resposta de Jesus: “Não o

proibais; porque quem não é contra nós é por nós” (v. 50).

Podemos encontrar em Moisés uma lição contra a nossa intolerância para com outros irmãos em Cristo. Leia Núme ros 11:25 a 30. Essa passagem é nada mais nada menos que um paralelo de

Lucas 9: 50; o mesmo fato que ocorreu com os discípulos, ocorreu com Josué. Observe o que diz o

texto: (v. 28) “E Josué, filho de Num, servidor de Moisés, um dos seus jovens escolhidos,

respondeu e disse: Senhor meu, Moisés, proíbe -lho”.

Se não tomarmos cuidado acharemos que só a nossa igreja é a correta, e as demais não passam de uma mentirada. Moisés deixou bem claro que nele não havia nenhum sintoma de intolerância e responde: “Tomara que todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes

desse o seu Espírito!” (v.28 b).

O mesmo João, que depois veio a se destacar pelo amor, protagonizou outro vexame. Os

versos (Lc 54 e 55) expõem uma lamentável falta de amor aos perdidos samaritanos: “Vendo isto os discípulos Tiago e João disseram: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir como Elias também fez?” Quanta fé mal direcionada, não acha?

(16)

Penso que aqui provavelmente resida nosso ponto mais crítico. Precisamos pedir ao Senhor uma “unção de amor”. Sem amor até os dons espirituais que recebemos de nada aproveitam!

Observe os textos do Novo Testamento que ensinam acerca dos dons:

a) (Rm 12:4-8) descreve diferentes dons que nos foram outorgados. b) (I Co 12) ensina sobre os diversos dons e sua eficácia na Igreja.

c) (Ef 4:1-14) também ensina acerca dos dons conferidos aos cristãos e sua utilidade. d) (I Pe 4:10-11) dos dons espirituais que recebemos.

6

o

Erro

Entrar na Batalha sem o Devido Preparo (Lc 9:37-45)

O texto bíblico descreve que ao retornar do monte da transfiguração Jesus encontrou seus discípulos numa grande dificuldade. Um pai e seu único filho estavam em meio a uma multidão que procurava benefícios em Jesus. O problema que assolava aquele menino é descrito no verso 39:

“um espírito se apodera dele, fazendo-o gritar subitamente, convulsiona-o até escumar e, mesmo depois de o ter quebrantado, dificilmente o larga”. Em (Marcos 9:21 e 22) temos um

relato ainda mais dramático da situação: “E perguntou Jesus ao pai dele: Há quanto tempo

sucede-lhe isto? Respondeu o pai daquele menino: “Desde a infância; e muitas vezes o tem lançado no fogo, e na água, para o destruir”.

A dificuldade dos discípulos de Jesus consiste em não conseguir lidar com aquele tipo de demônio. Observe no verso 40, de Lc 9, que o pai do menino conta a Jesus: “e roguei aos teus

discípulos que o expulsassem, mas não puderam”.

Jesus fez um comentário acerca disto (cf Lc 9:41).

Aqueles discípulos tinham experiências com libertação? Claro que sim! Basta ler os primeiros versos do capítulo 9 de Lucas para certificar-se. Então, por que eles não conseguiram lidar com este caso? (cf Mc 9:28, 29).

É um erro estar despreparado na batalha espiritual. Medite sobre cuidados devemos ter para recebermos este preparo.

(Este texto não deixa dúvidas de que crianças possam ficar endemoninhadas).

(17)

Fruto do Espírito Santo

O fruto do Espírito é o que resulta da vida de plena comunhão com Cristo. Isso não consiste em resoluções morais e esforços humanos, pelo contrário, o interior do crente vai sendo transformado segundo a natureza Divina (cf Ef 3:19). E esse processo de transformação moral está muito além da capacidade do homem. O profeta Amós quando fala aos Israelitas; faz-lhes uma pergunta: “Andarão dois juntos se não estiverem de acordo”? (Am 3:3 RC). (Revista corrigida)

Vejamos os trechos escritos em: (Mt 3:8; 7:16; Jo 5:36; 15:8; 15:5; Rm 1:13; 6:21).

E através da sua generosidade, o Espírito Santo nos concede Nove Dons que se encontram na lista de (1 Co 12:8-11), e ainda faz aparecer em nossa vida Nove Frutos que encontramos em: (Gl 5:22).

Vejamos os frutos alistados:

Amor (Caridade), Alegria (Gozo), Paz, Longanimidade, Benignidade, Bondade,

Fidelidade (Fé), Mansidão, Domínio Próprio (Temperança)

Amor

Afeição Profunda. O amor é o solo onde são cultivadas todas as demais virtudes espirituais -

Essa é a mensagem de (Gálatas 5:22); e em (1 Coríntios 13). O amor é a fonte de toda a espiritualidade, e, tem início na regeneração, essa palavra significa: Restabelecimento do que estava destruído (cf 1 Jo 4:7,8). (Cf. Significa confira)

O amor é a principal característica da divina família, governa todas as ações dentro dessa família, passando do Pai para o filho, (cf Jo 14:21 e 15:10). O amor consiste em querer para outros aquilo que queremos para nós mesmos; é a dedicação ao próximo (cf Mt 22:39), o amor inspira e vitaliza a fé (cf Gl 5:6).

Alegria

Contentamento; Júbilo; Prazer Moral. Não referente à alegria natural, mas sobrenatural,

trata-se de felicidade no espírito. A alegria cristã, entretanto, não é uma emoção artificial, antes, é uma ação do Espírito de Deus no espírito humano. Para que você venha conhecer que o Senhor Deus está no seu trono, e que tudo está sob seu controle em tua vida.

A alegria envolve pensamentos sobre Cristo, e é gerada de uma relação correta com Deus. O Senhor não aprecia a dúvida e o desânimo, Ele abomina o pensamento melancólico e tristonho. Deus gosta de corações animados. Paulo disse: “Regozijai-vos sempre no Senhor”; Cristo disse:

“Regozijai-vos antes porque vossos nomes estão escritos nos céus”; o salmista disse: “Servi ao Senhor com alegria” (cf Fp 4:4; Lc 10:20b; Sl 100:2a). (As letras depois dos versículos sig: Parte B do versículo e parte A do versículo)

Essa alegria é a inspiradora da esperança, da coragem, da confiança em Deus e a satisfação de estarmos vivos em Cristo. Ele só responde na alegria do coração.

Na presença Dele há abundância de alegria e a alegria é eterna

(cf Ec 5:20b; Sl 16:11; Is 35:10).

Paz

Tranqüilidade de alma. A paz é o contrário exato do ódio, da desavença, da contenda, do

conflito, da inveja, dos excessos de tudo que são obras da carne.

Deus é a fonte da verdadeira paz (cf Rm 1:7; 15:33). Pois, isso requer uma harmonia que não será possível sem o favor Divino. À queda do homem destruiu a paz com Deus, com os homens, co m o próprio ser, com a própria consciência. Veja que o apóstolo Paulo na epístola aos Romanos declara que a paz deve incluir a restauração (cf Rm 5:1 RA) “Justificados, pois, me diante a fé, tenhamos

(18)

paz com Deus, por meio do nosso Senhor Jesus Cristo”. Foi por meio da cruz do calvário que

Deus estabeleceu a paz (cf Cl 2:10). Por estarmos unidos com Cristo temos também essa natureza. Ele domina todos os poderes e autoridades espirituais. Cristo nos deixou a paz (cf Jo 14:27), o Senhor conserva em paz aquele cujo propósito é firme, porque confia Nele (cf Is 26:3).

A paz conserva a mente e a alma crendo na confiança do Senhor, pois oferece as condições necessárias para que Deus acolha o homem (cf Fp 4:7). Mediante essa paz, que nos é dada através da reconciliação com Deus, os homens podem viver em paz uns para com os outros (cf Rm 12:18).

Confiem sempre no Senhor, pois Ele é o nosso eterno abrigo.

Longanimidade

Paciência para suportar ofensas. Podemos observar em toda esta lista que as qualidades

mencionadas são supremamente qualidades morais de Deus. Isso significa que Ele tolera pacientemente a cada um de nós não se deixando arrebatar por explosões de ira e furor, o que só poderia significar a destruição do homem. Nisso se manifesta o amor de Deus como também a sua bondade e gentileza.

Os homens cometem pecados, falhas, provocam desorde ns; mas Deus se mostra longânimo ante tais coisas, aplicando sua misericórdia e não sua indignação justa.

De nós, crentes, é esperado que a nossa convivência com o próximo se caracterize pela longanimidade, do mesmo modo que Deus tem agido conosco. Veja alguns trechos que nos chama m atenção a cumpri-los (cf II Co 6:6; Cl 1:11; 3:12). Observe e viva a longanimidade de Jesus Cristo para com os homens (cf I Tm 1:16), e à de Deus para com os homens (cf Rm 2:4; 9:22; I Pe 3:20;

II Pe 3:9,15). A longanimidade do Senhor nos é salvação, não poderia mesmo haver salvação sem a

longanimidade divina, e isso mostra a imensa importância da longanimidade.

A longanimidade consiste em: Suportar as fragilidades e provocações alheias. Suporte todas as tribulações e dificuldades da vida sem murmurações e rebeldias, se não, colocaremos impedimento ao Evangelho de Cristo (cf I Co 9:12); você pode até se perguntar, como isso é possível? A palavra de Deus nos responde. Observe e medite estas passagens com muita atenção.

(cf Mt 19:26; Hb 12:2; Gn 18:14; Jó 42:2; Jr 32:17; Lc 1:37; 18:27)

Benignidade

Qualidade de que m pratica atos bondosos. Significa: Gentileza, Bondade, também indica Excelência de Caráter, Honestidade. Jesus nos deixou modelos para seguirmos, o crente que

possui essa qualidade é: Gracioso e gentil para com os semelhantes, não se mostrando inflexíveis e exigentes. Os seguidores do evangelho não devem ser inflexíveis e amargos, porém gentis, suaves,

corteses e de fala mansa, o que deveria encorajar outros a buscare m sua companhia.

A gentileza pode disfarçar as faltas alheias e encobri-las. A gentileza pode dar-se bem até mesmo com pessoas ousadas e difíceis.

O nosso Senhor Jesus Cristo, foi uma pessoa imensamente gentil, conforme os evangelhos e as epístolas O retratam (cf Lc 6:35; II Co 10:1a;I Ts 2:7; Tt 3:2).

Bondade

Qualidade do que é bom. Essa qualidade influencia outra pessoa a buscar a Cristo (cf Mt 5:13), o Senhor Jesus dando seqüência ao ensinamento das bem - aventuranças nos diz: “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora e ser pisados pelos homens”. Entendemos que essa qualidade na vida do crente torna

tudo suportável; se perdermos o nosso sabor as coisas ficam difíceis de serem entendidas. Jesus nos deu esse valor, se ficarmos insípidos seremos jogados fora e tratados como uma coisa sem valor (você se lembra da música que diz: “Quero que valorize o que você tem, você é um ser, você é

alguém, tão importante para Deus...”??). O apóstolo Pedro nos instrui a termos uma boa conduta,

para exemplo aos que estão de fora (cf I Pe 2:12). A bondade não é somente passiva, mas também ativa; “o homem bom tira boas coisas do seu bom tesouro, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más” (cf Mt 12:35), o nosso tesouro é Jesus, Ele é repleto de bondade

(19)

(cf Mt 5:16; Cl 1:10; Tt 3:8). Você que deseja ser um obreiro (a) aprovado (a) mantenha sua vida cheia de bondade (Rm 15:14), pois, o obreiro (a) bom, o pastor que pratica a bondade, o pai, o filho, o amigo. Atrai união e todas as pessoas querem estar perto dela (cf At 11:24).

Fidelidade

O cristão e mais ainda o obreiro aprovado deve ser fiel em tudo: Nos negócios, nos tratos, no casamento, nos estudos, nos compromissos com Deus, com a igreja e com o próximo. A palavra já fala por sim mesma (Lc 12:43-46)

Mansidão

Brandura de gênio ou índole. Pode ser entendida com outros significados; segundo os

estudiosos na tradução do vocábulo Grego (Prautes) significa: “Placidez, Modéstia, Gentileza,

Cortesia”. Uma das qualidades exaltadas na terceira bem - aventurança, uma qualidade de caráter

daqueles que haverão de herdar a terra (cf Mt 5:5). No trecho de (Mateus 11:29) vemos que Cristo refere-se a si mesmo como aquele a quem os homens devem achegar-se e em quem devem confiar, para que Ele lhes tire suas cargas, por ser Ele manso e humilde de coração.

Se observarmos a passagem de (Filipenses 2:1-11) cremos que essa qualidade é associada à mente de Cristo e consiste em Espírito de mansidão e gentileza no trato com o próximo. Essa qualidade expressa na Bíblia Sagrada é uma submissão do espírito humano para com Deus, e, e m seguida, para com o próximo.

Alguns trechos que nos orientam a ter essa qualidade e com suas finalidades estão escritos de forma be m clara, para que todas as pessoas tementes a Deus possam compreender.

COM AMOR E ESPÍRITO DE MANSIDÃO (I Co 4:21);

ROGO PELA MANSIDÃO E BENIGNIDADE DE CRISTO (2 Co 10:1); COM TODA HUMILDADE E MANSIDÃO... SUPORTANDO-VOS (Ef. 4:2);

REVESTI-VOS... DE MANSIDÃO (Cl. 3:12); SEGUE... A CONSTÂNCIA A MANSIDÃO (I Tm. 6:11);

DISCIPLINANDO COM MANSIDÃO (II Tm. 2:25); ACOLHEI COM MANSIDÃO A PALAVRA (Tg. 1:21);

MOSTRE EM MANSIDÃO DE SABEDORIA... AS SUAS OBRAS (Tg 3:13).

A mansidão é resultado da verdadeira humildade, por causa do reconhecimento do valor alheio, com a recusa de nos considerarmos superiores. Deus é a fonte dessa graça, e Cristo Jesus é o Seu exemplo supremo, que Ele demonstrou em todo o seu modo de tratar os homens.

Domínio Próprio

Temperança, Autocontrole. Na passagem de (I Co 7:9) essa palavra é usada em relação ao

controle do impulso sexual; mas, observemos (I Co 9:25) Veja como o texto chama atenção para toda forma de autocontrole e autodisciplina que um atleta precisa exercer para ser bem-sucedido em suas tentativas de obter a coroa da vitória.

Esse texto obtém um paralelo com a passagem que o próprio apóstolo Paulo faz em

(Gl 5:19,21) sobre o domínio dos vícios, nesta passagem alistados. Para que sejamos vitoriosos e

obtenhamos a coroa na luta contra o mal, o crente precisa de uma completa autodisciplina e total autocontrole; mas isso só poderá ocorrer com a ajuda de Deus.

(20)

Obras da Carne

A Palavra de Deus nos orienta a andar no Espírito para, dessa forma, nunca cumprir as concupiscências da carne. Neste capítulo estudaremos as obras (ou concupiscências) da carne e

algumas das conseqüências sofridas pelos que por elas se deixam dominar.

“Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente!”

(Jr. 48:10 RA)

Prostituição, Impureza, Lascívia, Idolatria, Feitiçarias, Inimizades,

Porfias, Emulações, Iras, Pelejas, Dissensões, Heresias, Invejas,

Homicídios, Bebedices, Glutonarias

Prostituição

Meretrício; exposição pública. Orientação bíblica: os que se prostituem ficarão de fora,

não entrarão no Reino de Deus. (cf Ap 22:15). Inclui-se aqui a fornicação, a masturbação e o adultério físico ou por pensamento.

Impureza

Mácula moral: SUJO, SÓRDIDO, IMUNDO, IMORAL e OBSCENO. A orientação

que a Palavra de Deus nos dá é que o Senhor nos chamou pra vivermos fora da imundícia.

(cf 1Ts 4:5). Temos de ser puros sem qualquer tipo de malícia dos homens. Ex. Palavras de duplo

sentido, piadas sujas e desejos proibidos.

Lascívia

Luxúria; Sensualidade; Devassidão. (sem controle moral). Veja a orientação bíblica. (cf Cl 3:5ª; Mc 7:22;). A pessoa infectada por este fruto maligno entra na: DEVASSIDÃO, INCONTINÊNCIA (sem domínio das emoções e sentimentos), INFIDELIDADE E LUXÚRIA.

Idolatria

Adoração dos ídolos; veneração a ídolos ou image m. Sabemos que o Senhor. Deus é o

único digno de ser adorado, o Senhor Jesus nos deixou um grande ensinamento quando foi tentado por Satanás a adorá-lo (cf Mt 4:10). Cuidado, pois se corre o risco de adorarmos ao carro, a família ou a outra coisa, colocando-a no lugar de Deus.

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Feitiçarias

Encantame nto; sortilégio. O Senhor Deus comparou a desobediência com o pecado de

feitiçaria (REBELIÃO). Assim, o ato de não obedecer a Deus e as autoridades nos torna feiticeiros espiritualmente falando. (cf 1 Sm 15:23)

Inimizades

Aversão; malquerença. As inimizades se alastram entre irmãos da fé, irmãos biológicos, marido

e mulher, pai e filho etc. O apóstolo Tiago nos mostra na Palavra que podemos nos tornar inimigos de Deus com tal atitude. (cf Tg 4:4; Ef 2:14)

Porfias

Contendas de palavras. É o mesmo que: Discutir, questionar obstinadame nte, brigar, contender. A Bíblia Sagrada nos orienta que porfiar é como iniqüidade (cf 1 Sm 15:23).

Emulações

Sentimento que incita a imitar ou a exceder outre m. Isto quer dizer: sentimento que

incita a igualar ou superar alguém; o mesmo que competir (cf Is 14:14).

Ira

Cólera; tendência a irar-se. Mantenha-se em paz. Veja a orientação que o Senhor Jesus

nos dá (cf Mt 5:22a). Você pode até questionar esse versículo “Qualquer que sem motivo”, mas se a passagem diz sem motivo, eu posso irar-me se eu tiver motivo? Claro que não!

(cf Rm 12:18; Hb 12:14; Mc 9:50)

Pelejas

Combates, Sustentação de discussões. A pessoa que gosta ou sente prazer em criar

discussão é contenciosa. Observe a orientação que o apóstolo Paulo nos dá em (2Tm 2:23); temos que rejeitar as questões que não nos trazem edificação (cf Tt 3:9).

Dissensões

Divergência de opiniões, disputas, desavenças. O mesmo que discórdia. Pessoa que

gosta de polemizar certos assuntos. Só a opinião dela é a correta, é algo formado no caráter da pessoa. Os fariseus, saduceus e judeus gostavam de estar envolvidos em dissensões. Pessoas religiosas vivem assim (cf Jo 9:16; 10:19; At 23:7).

Herezias

Doutrinas opostas aos ensiname ntos divinos e que tendem a promover facções. É o

ensinamento falso que se baseia na Bíblia, mas com um pequeno desvio. Para morrer você não precisa de um prato de veneno, basta uma pequena porção numa bela refeição.

A palavra facção é equivalente a HEREZIA, é traduzida também por SEITA, que quer dizer: BANDO SEDICIOSO, PARTIDO POLÍTICO QUE CAUSA DIVISÕES.

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Inveja

Misto de desgosto e ódio provocado pela prosperidade ou alegria de outrem.

Têm-se ciúmes do que é próprio. E inveja do que o próximo possui. Veja alguns exemplos de invejas e veja o que ocorreu:

CAIM (Gn 4:5); OS FILISTEUS (Gn 26:14); OS IRMÃOS DE JOSÉ (Gn 37:11); JOSUÉ (Nm 11:28,29); CORÁ (Nm 16:3 e Sl 106:16); SAUL (1Sm 18:8);

PRINCIPAIS SACERDOTES (Mc 15:10); OS JUDEUS (At 13:45 e 17:5)

Homicídio

Ação que resulta na perda da vida de um ser. Neste caso, o homicida é o físico e o

espiritual. A Bíblia nos orienta que “o irmão que aborrece o outro é homicida” (cf 1Jo 3:15). É um fruto tão maligno que a pessoa infectada corre o risco de perder a própria salvação

(cf 1Jo 3:15; Ap 22:15).

Bebedice

Vício da embriaguez. Veja alguns versículos referentes a essa maldita obra.

(cf Dt 29:19; Is 5:11; Rm 13:13; 1Pe 4:3).

Glutonaria

Qualidade ou vício de glutão. O mesmo que comer muito, com avidez. É tudo que se faz

em excesso. Trazendo isso ao mundo espiritual, trata-se da pessoa que fica de igreja em igreja, comendo de tudo no mundo espiritual; ficará obesa e doente (cf Pv 23:2,3; Mt 11:29)

“E coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro como já antes vos disse,

que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus”( Gl. 5:21)

(23)

O Obreiro Aprovado por Deus

Neste estudo estaremos, por fim, aprendendo como ser obreiros aprovados por Deus naquilo que Ele mesmo nos tem chamado a realizar: Sua obra. Sobretudo, que você possa sempre lembrar -se de estudar a Palavra do Senhor, pois Ela se renova a cada dia, e sempre terá novos ensinamentos para cada um de nós. Por isso, buscar o conhecimento das Escrituras deve fazer parte de nosso dia-a-dia.

“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se

envergonhar, que maneja bem a Palavra da verdade.”

(2 Tm 2:15 RC)

Como uma pessoa pode se tornar um obreiro (a) aprovado (a) por Deus?

Vejamos 1 Tm 4:16: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina.” (ensinamento) Podemos nos

esquecer de tudo, mas não nos esqueçamos desse texto. O termo que aqui é traduzido como “cuidado” aparece também em Atos 20:28. Significa “concentrar-se”, “firmar a me nte em”, “fixá-la e m”,

“limitá-la”, “restringi-la”, “confiná-la”, “fazê-la convergir para nós mesmos e para aquilo que ensinamos”. É uma palavra forte, uma palavra que nos prende e desperta. E ela designa aquilo que

temos de fazer se quisermos ser obreiros aprovados por Deus.

Vejamos, primeiramente, quem é que diz isso, e a quem ele o diz. Aqui o apóstolo Paulo redige uma mensagem a Timóteo. O método empregado pelo apóstolo é o da formação de um aprendiz. Esse é o método divino para formar obreiro.

No passado, os grandes pintores geralmente tinham aprendizes trabalhando com eles. O artista mandava o aluno misturar as tintas. Nos intervalos, o jovem observava o mestre pintando. E devagar, aos poucos, fazendo aquele serviço pesado, e atentando para o chefe, ele aprendia a “ter cuidado”. Esse era também o método que Paulo empregava.

A mãe e a avó de Timóteo eram mulheres santas. E ele aprendeu acerca das realidades espirituais por esse método. Para que uma pessoa se torne um obreiro que trabalha na cura de almas, Deus irá colocá-lo sob a orientação de líderes e professores. Essa é a fórmula que o Senhor sempre emprega. E Ele não pode usar em sua obra alguém que seja indisciplinado. Graças a Deus por cada obreiro que já foi colocado na posição de aprendiz.

“Tem cuidado de ti mesmo”. Não é uma questão de realizar-se, mas de preparar-se. E com

relação a essa preparação, vejamos 1 Tm 4:13: “Aplica-te à leitura”. A palavra “leitura” aqui não tem o sentido que comumente lhe atribuímos, o de abrir um livro e ficar olhando para ele. Não. Significa o conhecimento que adquirimos através de algo como pregação expositiva (contar, narrar,

explicar, revelar).

“Timóteo, ousa esse tipo de pregação. Leia esse tipo de manuscrito, e ao abrir a boca para falar, siga esse exemplo”.

O que é “pregação expositiva?” É ler um versículo dentro do seu contexto e aplicá-lo da forma como deve ser aplicado, e não tirá-lo do seu contexto para que sirva de tema de mensagem.

Pergunto-me quantos obreiros estão se aplicando à leitura dessa maneira expositiva. Qual será o tipo de pregador que temos prazer em ouvir? Que tipo de livros gostamos de ler? Que tipo de ensino gostamos de escutar? A primeira coisa de que Timóteo deveria cuidar, diz Paulo, é essa importante prática: “Aplica-te à leitura”.

Observemos com bastante atenção a passagem de Gênesis 2:16-17. Quando a obra divina da criação completou-se, logo após o surgimento de Adão, Deus lhe deu o primeiro mandamento, o qual tem a forma de uma profecia condicional. De acordo com os vv. 16-17: “E o Senhor Deus lhe deu

esta orde m: De toda árvore do jardim come rás livre mente, mas da árvore do conhecimento do be m e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás “(RA).

Vejamos agora Gênesis 3:1-3. Após a criação de Eva, Satanás a abordou, na forma de uma serpente (cf Ap 20:2), e perguntou-lhe: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do

(24)

Observe que a pergunta vai a desencontro com o que Deus disse, privando o homem de algo que já era legitimamente seu. A Bíblia registra: “Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do

jardim pode mos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais”.

Em sua resposta Eva acrescentou uma palavra que Deus não havia dito, e omitiu o que o Senhor dissera: “certamente morrerás”. Essa é a maior missão de Satanás, fazer com que os pregadores, obreiros e todos que fazem a obra de Deus, venham omitir aquilo que o Senhor Deus deixou em sua Palavra; porque o diabo conhece todos os mandamentos que o Senhor Deus e ordena aos seus.

Foi a orientação do apóstolo Paulo a Timóteo: “Aplica-te à leitura, tem cuidado de ti mesmo

e do teu ensino”. Ser achado por ele como um obreiro aprovado tarefa nossa, Ele irá escolher os

aprovados para sua obra. Isto não é tarefa do homem. Quando Samuel chegou à casa de Jessé, ele foi logo escolhendo o rei às suas vistas. O Senhor Deus não escolhe por aparência, por beleza, por cultura, mas sim pelo coração. E você sabe o que Deus disse para Samuel? Que si rva hoje para você que quer ingressar na obra do Senhor (cf 1 Sm 16:7).

Vejamos um exemplo de mensagem expositiva em Ne 8:4,5: “Esdras, o escriba, estava num

púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim... Esdras abriu o livro à vista de todo o povo, porque estava acima dele; abrindo-o ele, todo o povo se pôs de pé”(RA). Essa é a maneira

determinada por Deus para se fazer à exposição de sua Palavra.

*-“Esdras, o escriba” (significa: copista e mestre das Escrituras). Existem várias passagens no

Antigo Testamento que se referem a um secretário real onde se emprega a palavra escrivão. Chamados também como doutores da Lei ou intérpretes da Lei, no Novo Testamento.

Portanto, é como se Paulo estivesse dizendo para Timóteo o seguinte: “Quando você estiver lendo, ouvindo ou ensinando, lembre-se do método divino, que já passou no teste do tempo. Suba ao seu ”púlpito” e seja um obreiro com autoridade.

Existem dois tipos de obreiros. O primeiro é o que pode tornar-se desqualificado. Era o que Paulo mais temia. Disse ele: “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que tendo

pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado” (1 Co 9:27 RA). O outro tipo de

obreiro é aquele que constitui um exemplo vivo daquilo que ele próprio ensina. Nós que esta mos na obra temos que tomar cuidado com os nossos próprios ensinamentos, Deus não tem compromisso com isso, e sim com sua Palavra. Na obra de Deus não temos que adotar as famosas frases:

“EU ACHO, EU PENSO ASSIM, SE EU FOSSE VOCÊ e etc” (cf Jr 1:12).

O ponto que quero ressaltar aqui é o seguinte: Você que está se preparando para a obra do Senhor deve ter a sua vida transparente para que todos vejam que você é de Deus, dando assim o testemunho de um verdadeiro cristão, se comportando como tal, vivendo o que prega, o que ensina, sendo o exemplo de um crente fiel. (cf 1 Sm 2:26).

Obreiro de Deus - em que você fixa a mente quando ouve um pregador ou lê um livro? Quando Jesus Cristo disse: “Amarás o Senhor, teu Deus de todo o teu coração”, Ele não parou por aí. Disse mais: “... de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento” (cf Lc 10:27

RC). Quero incentivá-los falando de pessoas que se levantaram da sarjeta da ignorância por terem se

aplicado com força de vontade às atividades da vida secular. Queira Deus que tenhamos a mesma perseverança em relação às coisas espirituais! Pessoas que se empenham em estudos dia e noite para ingressar numa faculdade... Poderia dar aqui muitos exemplos, mas não é o nosso foco.

Essa palavra de Paulo se aplica a isso: “Tem cuidado.” Concentre-se, persevere nisso, fixe a mente nisso, atenta para a leitura. Tenha cuidado na sua preparação pessoa”.

Permita Deus que sejamos aprovados por Ele naquilo que edificamos. Quando Paulo mencionou a questão da conversa, disse: “Atente para que sua conversa seja sempre edificante”. Ela precisa ser bem diferente, não um palavreado religioso, mas algo que seja sólido e verdadeiro, que sirva para fortalecer outros na Palavra de Deus, no caráter e no viver diário. Há uma outra mensagem importante de Paulo para Timóteo.

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“Recomenda estas coisas. Dá testemunho solene a todos perante Deus, para que evitem

contendas de palavras que para nada aproveitam, exceto para perversão dos ouvintes.” (cf 2 Tm 2:14 RA).

E diz também: “Evita, igualmente, os falatórios inúteis e profanos, pois os que deles usam

passarão a impiedade ainda maior. Além disso, a linguagem deles corrói como cânce r; entre os quais se incluem Himeneu e Fileto.” (cf 16:17 RA). E diz mais: “E repele as questões insensatas e absurdas, pois sabes que só engendram (geram, produzem) contendas.” (v. 23). Não discutamos.

Não entremos em polêmicas por motivo algum. Paulo recomendou a Timóteo que evitasse entrar em controvérsias a todo custo.

O motivo de ele haver dito a Timóteo (e a nós também) para não discutir, é que nós o fazemos para defender nossos próprios pontos de vista. Em vez de querer discutir por amor à Verdade, queremos provar que estamos com razão. Permita Deus que aprendamos a ter cuidado para que não entremos em discussões. Será que algum obreiro de Deus tem a tendência para se desviar do caminho certo ao batalhar pela fé cristã? (cf Pv 4:20). Precisamos pedir a Deus em oração que Ele nos cure da ânsia de estarmos sempre nos defendendo.

Tenha cuidado, fixe a sua mente nesse ensino: nunca deixe que ninguém lhe incite a uma discussão. Um dos maiores problemas que a Igreja de Cristo sofre hoje, são essas “baboseiras”, de querer discutir questões que não nos trazem edificação alguma.

O apóstolo Paulo tinha o maior cuidado com a Igreja, advertindo os seus pastores com bons ensinamentos, e a Tito, Paulo também dá orientações acerca da: “discórdia, das questões loucas, nos debates acerca da Lei, ao homem herege” (cf Tt 3:8-11). A missão desses santos homens de Deus era pregar o Evangelho. É o que temos que fazer hoje. Mais um ponto que Paulo visa dizendo a Timóteo:

“Prega a Palavra, instes a tempo e fora de tempo”. Com isso, Paulo lhe dizia o seguinte: Quer seja

oportuno, ou não. Em toda situação, seja boa ou má, a Palavra deve ser proclamada. Você que será um obreiro do Senhor, deve exercer sua função sem olhar para o tempo, ou melhor, dizendo, sem olhar para a situação. (cf 2Tm 4:5). Você está disposto (a) a ser sóbrio (a) em tudo, a sofrer as aflições por amor a Cristo, assumir a sua posição e cumprir o seu ministério? Pense bem. Não se iluda a obra de Deus não é ilusão, não é fonte de renda, não é mérito humano, não é passa tempo, é mais que um desejo, é renúncia da própria vida. Os discípulos, profetas, e todos aqueles que foram chamados por Deus, enquanto não renunciaram o que amavam, eram apenas chamados. A passagem para os escolhidos é: RENÚNCIA.

E por último, Paulo também diz: “continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás

tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes.” (cf 1 Tm 4:16 RA). Aí está o “alvará” para o obreiro ser

um exemplo para outros. “Ninguém despreze a tua mocidade” (v. 12). Será que Paulo estava dizendo a Timóteo que ele deveria levantar-se e dizer algo assim: “Sei que sou jovem, mas desafio a quem quiser contradizer-me”? Não. O que o apóstolo estava dizendo era: “Não deixe que outros o depreciem por causa de sua juventude, você está começando agora, você não passa de um obreiro, eu estou aqui há mais tempo, e coisas desse tipo. E, em seguida, ele afirma: “... “Pelo contrário, torne-se

padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza”. A única maneira pela

qual um jovem pode evitar que outros o menosprezem é vivendo em harmonia com que ele prega. Seu ensino deve se apoiar nisto: na sua conversa, no procedimento, na pureza, numa vida cristã exemplar. Devemos ser não apenas obreiros enviados por Deus, mas exemplo do que o Senhor pode realizar.

Sejamos obreiros aprovados por Deus “que manejam bem a Palavra da verdade”.

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Uniformes

Obreiros

 Terno preto liso. (Sem detalhes)

 Camisa Branca. (Ter cuidados com: A gola e o punho da camisa, pelo

fato ser de cor branca. Suja com facilidade.

 Gravata preta.  Meia preta.

 Sapato preto, bem engraxado.

 Cabelos aparados, barba feita. Observe a higiene bucal, as axilas.

Obreiras

 Blazer preto liso (Sem detalhes)  Calça preta (Não deve ser justa)

 Saia preta com a prega na frente (Não deve ser justa)  Colete preto com o logotipo da igreja

 Camisa branca de manga curta

 Camisa branca de manga comprida (Uso para Santa Ceia)  Meia fina FIO 15

 Sapato preto (Sem detalhes)

Obs

Os sapatos não podem ter detalhes de outra cor (Ex: Fivelas

prateadas, douradas e etc.)

Na Santa Ceia, as obreiras devem estar com os cabelos totalmente presos. Para cabelos mais lisos, recomendamos o uso do gel ou um tipo de fixador.

Crachás

Os crachás têm suas validades de 6 em 6 meses. Quando vencidos, procure o seu líder; para a atualização.

O crachá deve estar num cordão pendurado no pescoço, não é autorizado o uso preso em qualquer parte da roupa, não esqueça o seu crachá, para não ocorrer à penalidade de não poder executar a sua tarefa e não cumprir a sua escala do dia.

Para executar “qualquer” tarefa na igreja, o obreiro (a) deve estar

uniformizado (a), no caso de ter esquecido qualquer parte do uniforme ou o crachá, procure o líder da escala para informá-lo, caso contrário, não poderá

naquele dia cooperar no culto.

Referências

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