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PERCEPÇÃO DE MEDO NO ESTADO DE MINAS GERAIS Análises sócio-econômicas e de Criminalidade na Região Metropolitana de Belo Horizonte Organização das

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PERCEPÇÃO DE MEDO NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Análises sócio-econômicas e de Criminalidade na Região

Metropolitana de Belo Horizonte – Organização das Bases de Dados.

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EQUIPE:

Coordenação Geral da Pesquisa:

Cláudio Chaves Beato Filho

Equipe de Pesquisadores:

Bráulio Figueiredo Alves da Silva Karina Rabelo Leite Marinho Mariana Magalhães

Mateus Rennó

Rodrigo Alisson Fernandes

Estatístico Responsável pela Amostragem:

Emílio Suyama

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Sumário

1. INTRODUÇÃO ... 5

2. OBJETIVOS DO RELATÓRIO ... 5

3. ORGANIZAÇÃO DAS BASES DE DADOS ... 6

4. ANÁLISE SÓCIO-ECONÔMICA DOS MUNICÍPIOS ... 6

MAPA 1 – MUNICÍPIOSSELECIONADOSPARAAPESQUISA “PERCEPÇÃODE MEDONO ESTADODE MINAS GERAIS” ... 7

5. DIAGNÓSTICO DA CRIMINALIDADE NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE ... 10

TAXADE CRIMES VIOLENTOSPARA MUNICÍPIOSDA REGIÃO METROPOLITANADE BELO HORIZONTENOS ÚLTIMOS 12 MESES – JANEIROA DEZEMBRODE 2007 ... 13

COMPARAÇÃO ANUALDA CRIMINALIDADE VIOLENTA REGIÃO METROPOLITANADE BELO HORIZONTE – 2003 A 2007 ... 14

EVOLUÇÃO MENSALDOS CRIMES VIOLENTOS – MINAS GERAIS ... 16

EVOLUÇÃO MENSALDOS CRIMES VIOLENTOS – BELO HORIZONTE ... 16

EVOLUÇÃO ANUALDA CRIMINALIDADE VIOLENTANA REGIÃO METROPOLITANADE BELO HORIZONTE 2003 A 2007 ... 18

EVOLUÇÃO ANUAL DOS CRIMES VIOLENTOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE - 2003 A 2007...18

5.1. CRIMES VIOLENTOS CONTRA A PESSOA ... 20

TAXADE CRIMES VIOLENTOS CONTRAA PESSOAPARA MUNICÍPIOSDA REGIÃO METROPOLITANADE BELO HORIZONTENOS ÚLTIMOS 12 MESES – JANEIROA DEZEMBRODE 2007 ... 20

EVOLUÇÃO MENSALDOS CRIMES VIOLENTOS CONTRAA PESSOA – REGIÃO METROPOLITANADE BELO HORIZONTE ... 21

EVOLUÇÃO MENSALDOS CRIMES VIOLENTOS CONTRAA PESSOA – BELO HORIZONTE ... 22

EVOLUÇÃO ANUALDA CRIMINALIDADE VIOLENTACONTRAA PESSOA REGIÃO METROPOLITANADE BELO HORIZONTE - 2003 A 2007 ... 23

GRÁFICO 07...23

... 24

5.2. CRIMES VIOLENTOS CONTRA O PATRIMÔNIO ... 25

TAXADE CRIMES VIOLENTOS CONTRAO PATRIMÔNIOPARA MUNICÍPIOSDA REGIÃO METROPOLITANADE BELO HORIZONTENOS ÚLTIMOS 12 MESES – JANEIROA DEZEMBRODE 2007 ... 25

EVOLUÇÃO MENSALDOS CRIMES VIOLENTOS CONTRAO PATRIMÔNIO – REGIÃO METROPOLITANADE BELO HORIZONTE ... 26

EVOLUÇÃO MENSALDOS CRIMES VIOLENTOS CONTRAO PATRIMÔNIO – BELO HORIZONTE ... 27

EVOLUÇÃO ANUALDA CRIMINALIDADE VIOLENTACONTRAO PATRIMÔNIO REGIÃO METROPOLITANADE BELO HORIZONTE - 2003 A 2007 ... 28

EVOLUÇÃO TRIMESTRAL DOS CRIMES VIOLENTOS CONTRA O PATRIMÔNIO NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE - 2003 – 2007...29

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 30

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1. Introdução

O fenômeno da criminalidade violenta nas grandes cidades tem adquirido centralidade no contexto das discussões brasileiras acerca do bem estar da sociedade. Conhecer as principais características, bem como as dinâmicas geradoras desse fenômeno, no entanto, não constitui tarefa das mais simples. A exclusiva consideração dos números oficiais de registros criminais, por exemplo, esconde a diversidade de eventos que constituem o problema da violência e de seus impactos sobre as populações, além de situações que não são registradas por órgãos oficiais.

Por outro lado, poucos estudos têm se preocupado com o impacto que o medo gera nas atividades cotidianas das pessoas. Alguns estudos se voltam para o impacto do medo na saúde coletiva dos indivíduos, outros por sua vez, se preocupam com o impacto em nível social e econômico que o medo pode gerar, por exemplo: processos de migração populacional, perda de recursos econômicos e financeiros e etc.

Deste modo, compreender aspectos relativos à percepção de medo, em especial o impacto que a violência e criminalidade produz no sentimento de segurança da população dos municípios do Estado de Minas Gerais é nosso intuito. Pesquisas dessa natureza procuram conhecer detalhadamente a freqüência e a natureza da ocorrência de crimes e seus impactos na sensação de insegurança dos indivíduos. Seu objetivo central está em obter informações sobre vítimas de crime e seu relacionamento com os agressores, sobre as circunstâncias de sua ocorrência (hora e local de ocorrência, uso de armas, conseqüências econômicas etc), além de medir o impacto desses fatores sobre a sensação de insegurança dos cidadãos entrevistados..

2. Objetivos do Relatório

O presente relatório tem como objetivo a apresentação dos critérios utilizados para planejamento e construção da amostra de domicílios e indivíduos a serem entrevistados em cada um dos municípios considerados, além de apresentar um panorama da criminalidade violenta na região metropolitana de Belo Horizonte nos últimos cinco anos. Entre os critérios, destacam-se a organização de bases de dados sobre os municípios selecionados e um diagnóstico com aspectos socioeconômicos que contribuiu para a elaboração de um índice de vulnerabilidade social dessas cidades mineiras.

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3. Organização das Bases de Dados

Para a definição da amostra, nos termos desta pesquisa de percepção de medo, foi necessária, fundamentalmente, a utilização de três bases de dados secundários:

a) Dados georeferenciados sobre os municípios de Minas Gerais; b) Dados sócio-econômicos do Censo de 2000;

c) Dados de criminalidade violenta registrados pela Polícia Militar de Minas Gerais. Os dados georeferenciados sobre os municípios de Minas Gerais são provenientes do portal eletrônico GeoMINAS (Programa Integrado de Uso da Tecnologia de Geoprocessamento pelos Órgãos do Estado de Minas Gerais), unidade do governo do estado de Minas Gerais responsável pela divulgação e produção sistemática de informações digitais geográficas e georeferenciadas sobre o território mineiro.

Para classificar as cidades que compõem a amostra em termos sócio-econômicos, utilizou-se a base de dados do Censo Demográfico realizado em 2000 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Esses dados são georeferenciados na unidade de setores censitários para todos os municípios com população superior a 25 mil habitantes. Utilizaram-se os dados definitivos do universo amostrado que abrangem as características da população, das pessoas responsáveis pelos domicílios e dos domicílios e seus respectivos moradores.

4. Análise Sócio-econômica dos Municípios

O mapa a seguir apresenta a distribuição dos municípios selecionados para realização da pesquisa de medo. O tom mais escuro representa os municípios com população menor que 10.000 habitantes, enquanto o tom mais claro diz respeito a cidades-pólo das respectivas macro-regiões administrativas do estado de Minas Gerais.

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Mapa 1 – Municípios selecionados para a pesquisa “Percepção de Medo no Estado de Minas Gerais”

Fonte: CRISP / UFMG

Para classificar os setores censitários das cidades que fazem parte desta pesquisa, elaborou-se um diagnóstico a partir de um conjunto de variáveis sócio-econômicas obtidas a partir do Censo Demográfico de 2000. Tal classificação foi elaborada por uma metodologia

desenvolvida pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE1. Como se pode

verificar, estas medidas dizem respeito às características estruturais dos domicílios e de sua população e foram utilizadas para construção de um Índice de Vulnerabilidade Social:

• Percentual de responsáveis pelo domicílio alfabetizados

• Percentual de responsáveis pelo domicílio com ensino fundamental

• Média dos anos de estudo dos responsáveis pelo domicílio

• Média da renda do responsável pelo domicílio

• Percentual de responsáveis pelo domicílio com rendimentos até 3SM

• Percentual de responsáveis pelo domicílio com idade entre 10 e 29 anos

• Idade média do responsável pelo domicílio

• Percentual de crianças de 0 a 4 anos

• Percentual de pessoas por domicílio

1 A apresentação dos objetivos principais e utilização prática do Índice de Vulnerabilidade Social pode ser obtida

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• Número de mulheres responsáveis pelo domicílio com até 8 anos de estudo

• Percentual de domicílios sem abastecimento de água

• Percentual de domicílios sem esgotamento sanitário

A construção de um indicador de vulnerabilidade social permite ao gestor público e à sociedade uma visão mais detalhada das condições de vida do seu município, com a identificação e a localização espacial das áreas que abrigam os segmentos populacionais mais vulneráveis à pobreza. Este indicador se baseou na metodologia utilizada pela Fundação SEADE do Estado de São Paulo para a construção do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social.

De acordo com a metodologia original, este indicador se baseou em dois pressupostos. “O primeiro foi a compreensão de que as múltiplas dimensões da pobreza precisam ser consideradas em um estudo sobre vulnerabilidade social. Nesse sentido, buscou-se a criação de uma tipologia de situações de exposição à vulnerabilidade que expressasse tais dimensões, agregando aos indicadores de renda outros referentes à escolaridade e ao ciclo de vida familiar. O segundo pressuposto foi a consideração de que a segregação espacial é um fenômeno presente nos centros urbanos e que contribui decisivamente para a permanência dos padrões de desigualdade social que os caracteriza. Isso levou à utilização de um método de identificação de áreas segundo os graus de vulnerabilidade de sua população residente, gerando um instrumento de definição de áreas prioritárias para o direcionamento de políticas públicas, em especial as de combate à pobreza. Para tanto, entendeu-se que os resultados precisavam ser fortemente detalhados do ponto de vista espacial, de forma a permitir o desenho de ações locais focalizadas, especialmente por parte do poder público municipal”

As informações utilizadas para a construção do Índice de Vulnerabilidade Social nos municípios mineiros selecionados para a pesquisa de percepção de medo são provenientes do Censo Demográfico 2000, detalhadas por setor censitário, sendo essa a única fonte de dados existente em escala intra-urbana para todos os municípios brasileiros com população superior a 25 mil habitantes naquele ano de realização do Censo. Adotou-se um Sistema de Informação Geográfica (SIG), para que os setores censitários urbanos fossem tratados e representados em cartografias temáticas.

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Tabela 1 - Estatística de tendência central dos aspectos socioeconômicos que compõem o IVS, separado

por município.

Betim Belo Horizonte Contagem Juiz de Fora Poços de Caldas Salinas Uberaba

Média Média Média Média Média Média Média

Percentual de responsáveis pelo domicílio alfabetizados 89,962 94,165 92,729 94,564 94,340 76,797 93,961

Percentual de responsáveis pelo domicílio com ensino fundamental 41,974 23,371 32,385 23,194 23,639 26,809 29,771

Média dos anos de estudo dos responsáveis pelo domicílio 6,202 8,436 6,710 7,794 7,359 5,777 7,650

Média da renda do responsável pelo domicílio 512,723 1245,927 621,714 937,135 1026,958 540,384 910,429

Percentual de responsáveis pelo domicílio com rendimentos até 3SM 53,101 38,380 47,840 45,843 39,149 65,085 45,169

Percentual de responsáveis pelo domicílio com idade entre 10 e 29 anos 0,194 0,131 0,159 0,113 0,131 0,138 0,171

Idade média do responsável pelo domicílio 41,616 46,318 43,816 47,402 46,999 47,008 43,641

Percentual de crianças de 0 a 4 anos 10,520 7,677 8,974 7,272 7,391 8,928 8,007

Percentual de pessoas por domicílio 3,863 3,532 3,729 3,416 3,322 3,897 3,437

Número de mulheres responsáveis pelo domicílio com até 8 anos de

estudo 15,345 16,870 16,998 17,823 14,444 11,414 15,183 Percentual de domicílios sem abastecimento de água 2,598 1,606 1,735 0,410 0,215 12,128 0,789

Percentual de domicílios sem esgotamento sanitario 0,643 1,119 2,628 1,074 1,174 0,395 0,704

Percentual de domicílios sem coleta de lixo 0,362 2,190 4,835 1,288 0,643 0,234 0,294 Aspectos sócioeconômicos

Fonte: IBGE – Elaboração CRISP / UFMG

Tabela 2 - Estatística de tendência central dos aspectos socioeconômicos que compõem o IVS, separado por município.

Gov. Valadares Ibirité Montes Claros Patos de Minas Rib. das Neves Santa Luzia

Média Média Média Média Média Média

Percentual de responsáveis pelo domicílio alfabetizados 87,518 88,274 87,323 90,511 87,847 89,887

Percentual de responsáveis pelo domicílio com ensino fundamental 27,017 43,869 27,562 29,035 41,267 36,834

Média dos anos de estudo dos responsáveis pelo domicílio 6,794 5,376 7,082 6,672 5,341 5,890

Média da renda do responsável pelo domicílio 733,902 371,334 646,071 755,593 370,353 439,705

Percentual de responsáveis pelo domicílio com rendimentos até 3SM 54,230 60,698 59,862 57,146 62,280 57,744

Percentual de responsáveis pelo domicílio com idade entre 10 e 29 anos 0,145 0,202 0,157 0,141 0,200 0,166

Idade média do responsável pelo domicílio 45,726 41,547 44,649 45,108 41,845 43,671

Percentual de crianças de 0 a 4 anos 8,927 11,351 9,273 8,233 11,044 10,323

Percentual de pessoas por domicílio 3,703 3,908 4,029 3,527 3,941 3,933

Número de mulheres responsáveis pelo domicílio com até 8 anos de

estudo 15,792 15,398 14,497 13,947 17,149 20,469 Percentual de domicílios sem abastecimento de água 6,609 4,703 7,888 1,192 4,840 3,681

Percentual de domicílios sem esgotamento sanitario 7,276 5,013 1,219 2,156 1,679 2,119

Percentual de domicílios sem coleta de lixo 3,881 1,306 1,386 0,991 13,591 1,204 Aspectos sócioeconômicos

Fonte: IBGE – Elaboração CRISP / UFMG

O fator sócio-econômico composto pelas 13 variáveis descritas anteriormente foi utilizado para classificar os setores censitários dos municípios conforme sua vulnerabilidade social. Esta classificação é fundamental para representar a heterogeneidade inerente às estruturas sociais intra-municipais. Diferenças dessa natureza são importantes termômetros para captar variadas percepções de segurança dos habitantes dessas cidades.

De uma maneira geral, a construção do Índice de Vulnerabilidade Social viabiliza captar a percepção do sentimento de insegurança em diferentes estratos sociais dos municípios aqui considerados. Nesse sentido, refinamentos dessa natureza são de grande importância para pesquisadores acadêmicos, na medida e que disponibilizam variáveis pertinentes para a construção de modelos explicativos para a sensação de insegurança. Modelos explicativos de medo necessariamente incorporam as circunstâncias em que ocorrem os delitos, bem como

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informações acerca do relacionamento do criminoso com as vítimas, além das variáveis demográficas a respeito das vítimas e dos agressores.

5. Diagnóstico da Criminalidade na Região Metropolitana de Belo Horizonte

O enfrentamento da violência e da criminalidade exige do estado cada vez maior empenho na adequada e eficiente utilização das informações disponíveis. A intervenção depende do planejamento e o mesmo não é desenvolvido sem o diagnóstico preciso da situação da criminalidade em diferentes regiões. Nesse intuito, este tópico de caráter descritivo procura apontar relevantes tendências na evolução da criminalidade violenta, mensurada a partir de dados oficiais.

Para a realização do trabalho, foi imprescindível a parceria com a Polícia Militar de Minas Gerais – PMMG que forneceu os dados dos registros de ocorrências no estado. O relatório está organizado em três grandes seções onde são apresentadas as análises para a Região Metropolitana de Belo Horizonte. Na primeira identifica-se dados sobre a evolução das ocorrências de crimes violentos em geral; na segunda seção apresentamos um diagnóstico dos crimes violentos contra a pessoa; já na terceira seção apresentamos um panorama da criminalidade violenta contra o patrimônio na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A fim de estabelecer uma série temporal, a qual pode fornecer informações sobre o comportamento dos indicadores em um intervalo dado, consideramos os registros de crimes violentos entre os anos de 2003 e 2007.

Neste relatório estaremos tratando os dados de crime registrados pela Polícia Militar de Minas Gerais. A prioridade dada à compreensão desses crimes deve-se à seriedade como têm sido considerados pelo público em geral, uma vez que são percebidos como uma ameaça aos direitos fundamentais à vida e a propriedade bem como à qualidade e bem estar social. Como resultado, a definição e classificação desses tipos de crimes, aqui utilizados, torna-se mais acurada e mais precisa aos objetivos desse relatório, estando sujeito a diferenças institucionais de classificação.

Portanto, os crimes violentos tratados neste trabalho são compostos pelos seguintes tipos de delito:

• Roubos consumados sem utilização de arma;

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• Tentativas de homicídio e homicídios consumados;

• Tentativas de estupro e estupros consumados;

• Latrocínios;

• Extorsão mediante seqüestro; e

• Seqüestro e cárcere privado.

Divididos em crimes violentos contra a pessoa:

• Tentativas de homicídio e homicídios consumados;

• Tentativas de estupro e estupros consumados;

E crimes violentos contra o patrimônio:

• Roubos consumados sem utilização de arma;

• Roubos consumados a mão armada (assaltos);

Observação: As variáveis utilizadas para compor os crimes violentos contra o patrimônio e contra a pessoa são distintas daquelas tradicionalmente utilizadas pelo CRISP, que incluem delitos como os de tentativas de roubos e assaltos, atentado violento ao pudor, entre outros, não utilizados neste trabalho por causa da base de dados a qual o CRISP teve acesso, referente ao sistema SM20 da Polícia Militar de Minas Gerais.

As análises referentes às variações médias de crimes violentos, crimes contra o patrimônio, crimes contra a pessoa e homicídios, entre os anos de 2003 e 2007 para Belo Horizonte, separadamente, foram realizadas utilizando-se o banco de dados de ocorrências mensais da Polícia Militar de Minas Gerais. Procedendo desta maneira, foi possível testar a significância estatística das variações percentuais ao longo deste período.

Em decorrência da migração para o Sistema Integrado de Defesa Social o processo de coleta de dados da Policia Militar de Minas Gerais sofreu algumas variações. Por este motivo, os dados referentes a Belo Horizonte e Ribeirão das neves a partir do 2º semestre de 2007 poderão sofrer alterações posteriores quanto ao número de crimes registrado mensalmente.

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CRIMES VIOLENTOSNA REGIÃO METROPOLITANADE BELO HORIZONTE

Mapa 01 - Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte

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Taxa de Crimes Violentos para Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte nos Últimos 12 Meses – Janeiro a Dezembro de 2007

Os mapas a seguir permitem a visualização das taxas de crimes violentos por 100 mil habitantes nos 34 municípios que compõem a Região Metropolitana de Minas Gerais. As análises permitem comparações entre as taxas de crimes violentos observadas no ano de 2003 e aquelas observadas 4 anos depois, em 2007. Os municípios foram diferenciados (coloridos) no mapa em função de suas taxas.

Como se pode observar, 5 municípios, incluindo a Capital, se destacam no mapa relativo ao ano de 2003, com taxa de crime violento superior a 1030 ocorrências por 100 mil habitantes. Por outro lado, os municípios menores e mais distantes de Belo Horizonte foram aqueles em que as taxas de crimes violentos no ano de 2003 ficou inferior a 240 ocorrências para cada grupo de 100 mil habitantes.

No mapa referente às taxas de crimes violentos em 2007, somente a cidade de Belo Horizonte e Contagem se encontram com um incidência de crimes violentos superior a 1030 ocorrências por 100 mil habitantes. Ao mesmo tempo em que ocorreu uma diminuição significativa de cidades com taxas de crimes violentos muito elevadas, passando de 5 municípios em 2003 para apenas 2 em 2007, o número de cidades com taxas inferiores a 240 ocorrências por 100 mil habitantes aumentou, passando de 9 para 10 cidades na região Metropolitana de Belo Horizonte.

É importante ressaltar, também, que na medida em que as cidades vão se distanciando da capital, suas respectivas taxas de crimes violentos diminuem drasticamente. Este fato pode ser verificado tanto para o ano de 2003 quanto para o mapa relativo ao ano de 2007.

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Mapa 02 - Taxa de Crimes Violentos por 100.000 Habitantes Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte

2003 e 2007

FONTE: ACII - SEDS / PMMG / CRISP (tabulação própria)

Comparação Anual da Criminalidade Violenta Região Metropolitana de Belo Horizonte – 2003 a 2007

Observa-se na Tabela 01, que durante o período de tempo analisado, houve redução no número de crimes em todas as categorias em questão. Observados de forma agregada, os crimes violentos na RMBH (sem Belo Horizonte) apresentaram queda de aproximadamente 30% entre 2003 e 2007, com destaque para o intervalo 2004-2005, período o qual apresentou maior alteração dentro da série histórica apresentada. Os números de Belo Horizonte apontam na mesma direção. A redução de casos de crimes violentos entre 2003 e 2007 foi de mais de 19.000 casos, uma redução de cerca de 43%.

Tomados separadamente, tanto os crimes violentos contra o patrimônio quanto os contra pessoa apresentaram grande redução no número de casos, porém com maior intensidade no primeiro. Enquanto o número de crimes contra o patrimônio apresentou queda de 37,20% na

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RMBH e de 42,29% em Belo Horizonte, o número de crimes contra a pessoa teve redução de 11,04% e 24,95%, respectivamente.

Em todos os casos, o período entre 2003 e 2004 compreendeu as menores reduções relativas de casos, com destaque para os crimes contra a pessoa em Belo Horizonte, que apresentou o pouco significativo, mas único, crescimento da série: 0,17% ou 06 casos no período.

Tabela 01 - Evolução Anual da Criminalidade Violenta na Região Metropolitana de Belo Horizonte - Período: 2003 a 2007

2003 2004 2005 2006 2007

RMBH (sem Belo Horizonte) 23.859 22.756 19.753 17.374 16.689

Belo Horizonte 45.754 43.726 36.592 30.494 26.118 RMBH (sem Belo Horizonte) 20.526 19.435 16.587 14.336 12.890 Belo Horizonte 42.295 40.267 33.507 27.792 24.406 RMBH (sem Belo Horizonte) 3.305 3.299 3.067 2.935 2.940 Belo Horizonte 3.426 3.432 2.976 2.590 2.571 NÚMERO DE CRIMES

Crimes Violentos

Crimes Contra o Patrimônio

Crimes Contra a Pessoa

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Evolução Mensal dos Crimes Violentos – Minas Gerais

A evolução mensal dos crimes violentos na RMBH observada acima demonstra a queda significativa no número de casos ocorrida entre o primeiro e o ultimo ano da série histórica, como já mostrava a tabela 1. É interessante ressaltar, porém, o fato de que essa queda não se dá de forma homogênea durante os meses do ano, havendo oscilações no número de casos de mês a mês. Destaca-se que os picos de casos ocorrem na maioria das vezes no mês de março dos anos em questão, com exceção de 2003 e 2007 em que, apesar do grande número de casos observados em março, o mês de maio foi o que apresentou o maior número de ocorrências.

Gráfico 01

Evolução da Criminalidade Violenta na Região Metropolitana de Belo Horizonte - Período: 2003 a 2007

Evolução da Criminalidade Violenta

Região Metropolitana de Belo Horizonte - Janeiro de 2003 a Dezembro de 2007

1500 2500 3500 4500 5500 6500 ja n fe v m ar abr mai jun ju l ag o se t ou t no v de z ja n fe v m ar abr m ai jun jul ag o se t ou t no v de z ja n fe v m ar abr m ai jun jul ag o se t ou t no v de z ja n fe v m ar abr m ai jun jul ago se t ou t no v de z ja n fe v m ar abr mai jun ju l ag o se t ou t no v de z 2003 2004 2005 2006 2007

FONTE: ACII - SEDS / PMMG / CRISP (tabulação própria)

Evolução Mensal dos Crimes Violentos – Belo Horizonte

Assim como na RMBH, os crimes violentos em Belo Horizonte apresentaram queda no número de casos ao longo dos anos analisados, não sendo essa queda homogênea se observada mensalmente. Assim como no gráfico anterior, há concentração de casos nos meses de março

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de 2004, 2005 e 2006 e de maio em 2003 e 2007. As regressões realizadas apontam para a variação média de -51,25% para os 5 anos da série.

Por fim, comparando-se os gráficos gerados, nota-se que a evolução mensal do crime violento na RMBH acompanha o comportamento de Belo Horizonte em quase todos os períodos, com a diferença de que na metrópole, os números são sempre maiores.

Gráfico 02

Evolução da Criminalidade Violenta em Belo Horizonte Período: 2003 a 2007

Evolução da Criminalidade Violenta

Belo Horizonte - Janeiro de 2003 a Dezembro de 2007

1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 ja n fe v m ar abr m ai jun jul ago set out nov dez jan fev m a r ab r m a i ju n jul a go set out nov dez jan fev m ar abr m a i ju n jul a go set out nov dez jan fev m ar abr m ai jun jul ag o se t o ut no v de z ja n fe v m a r ab r m ai jun jul ago set out nov dez 2003 2004 2005 2006 2007

Belo Horizonte = variação média de -51,25% em 5 anos

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Evolução Anual da Criminalidade Violenta na Região Metropolitana de Belo Horizonte 2003 a 2007

Tomando em conjunto os número da RMBH e Belo Horizonte tem-se dimensão da redução dos casos em questão. Em números absolutos, entre 2003 e 2007 o número crimes violentos caiu de 69.613 casos para 42.807, uma diferença de 26.806 casos em cinco anos. A maior queda relativa foi entre 2004 e 2005, 15,24%, e a menor entre 2003 e 2004, 4,49%.

GRÁFICO 03

EVOLUÇÃO ANUALDOS CRIMES VIOLENTOSNA REGIÃO METROPOLITANADE BELO HORIZONTE - 2003 A 2007 69613 66482 56345 47868 42807 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000 2003 2004 2005 2006 2007

FONTE: ACII - SEDS / PMMG / CRISP (tabulação própria)

A evolução trimestral dos crimes violentos na RMBH já mostra um comportamento mais homogêneo que a evolução mensal. Observa-se que em quase todo o período há queda regular nos números, com exceção dos segundos trimestres de 2003 e 2007 onde há aumento significativo de ocorrências, sendo seguida por nova queda, ainda mais acentuada, levando os números ao patamar do trimestre anterior ao pico.

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Evolução Trimestral dos Crimes Violentos na Região Metropolitana de Belo Horizonte - 2003 - 2007 8000 10000 12000 14000 16000 18000 20000 1 trim estre 200 3 2 trim estre 200 3 3 trim estre 200 3 4 trim estre 200 3 1 trim estre 200 4 2 trim estre 200 4 3 trim estre 200 4 4 trim estre 200 4 1 trim estre 200 5 2 trim estre 200 5 3 trim estre 200 5 4 trim estre 200 5 1 trim estre 200 6 2 trim estre 200 6 3 trim estre 200 6 4 trim estre 200 6 1 trim estre 200 7 2 trim estre 200 7 3 trim estre 200 7 4 trim estre 200 7

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5.1. CRIMES VIOLENTOS CONTRA A PESSOA

Taxa de Crimes Violentos Contra a Pessoa para Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte nos Últimos 12 Meses – Janeiro a Dezembro de 2007

O mapa a seguir permite a visualização das taxas por 100 mil habitantes de crimes violentos contra pessoa. Como se pode observar, neste caso, também ocorreu uma diminuição no numero de cidades com as taxas mais elevadas, representada abaixo por valores superiores a 120 ocorrências para cada grupo de 100 mil habitantes.

Um fato importante que deve ser destacado ao se comparar as taxas de crimes violentos na Região Metropolitana de Belo Horizonte entre os anos de 2003 e 2007 é o fato de que a cidade de Belo Horizonte, antes com taxa superior a 120 ocorrências por 100 mil habitantes, não se encontra nesse grupo no ano de 2007, com taxa de crimes violentos contra pessoa entre 80 e 120 ocorrências por 100 mil pessoas.

Mapa 03 - Taxa de Crimes Violentos Contra a Pessoa por 100.000 Habitantes Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte

2003 e 2007

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Evolução Mensal dos Crimes Violentos Contra a Pessoa – Região Metropolitana de Belo Horizonte

O gráfico 09 mostra a evolução mensal dos crimes contra a pessoa na RMBH. Observa-se um comportamento bastante heterogêneo. Apesar da clara queda de patamar ocorrida em 2005, há uma forte oscilação durante os meses do ano, não havendo padrões observáveis entre os meses de pico. Por outro lado, o menor número de casos em cada ano parece concentrar-se entre junho e agosto, podendo haver diferenças.

Gráfico 05

Evolução da Criminalidade Violenta Contra a Pessoa na Região Metropolitana de Belo Horizonte - Período: 2003 a 2007

Evolução da Criminalidade Violenta contra a pessoa RMBH - Janeiro de 2003 a Dezembro de 2007 100 200 300 400 500 600 700 800 ja n fe v m ar abr m ai jun jul ag o se t o ut n ov dez jan fev m ar abr m ai jun jul ag o se t ou t no v d ez jan fev m a r a br m ai jun jul ag o se t ou t no v de z ja n fe v m ar abr m a i ju n jul ag o se t ou t no v de z ja n fe v m ar abr m ai jun jul a go set out nov dez 2003 2004 2005 2006 2007

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Evolução Mensal dos Crimes Violentos Contra a Pessoa – Belo Horizonte

Como já foi dito anteriormente, o comportamento dos crimes violentos da RMBH acompanha o de Belo Horizonte. Assim, da mesma forma que o observado no primeiro gráfico de evolução mensal de crimes violentos contra a pessoa, a queda do patamar de número de casos por mês pode ser observado a partir de 2005, ano que teve em seus primeiros 6 meses a maior queda contínua de toda a série. Assim como nos outros gráficos de evolução mensal vistos anteriormente, este mostra grande oscilação mensal no número de casos, sem que haja um padrão observável entre os meses de pico ou vale.

A regressão rodada com os dados disponíveis, apontaram para uma diferença de -34,84% casos nos 5 anos da série.

Gráfico 06

Evolução da Criminalidade Violenta Contra a Pessoa em Belo Horizonte Período: 2003 a 2007

Evolução da Criminalidade Violenta

Belo Horizonte - Janeiro de 2003 a Dezembro de 2007

100 150 200 250 300 350 400 450 ja n fe v m a r ab r m ai jun jul ag o se t o ut n ov dez jan fev m a r ab r m a i ju n jul ag o se t ou t no v d ez jan fev m ar abr m ai jun jul a go set out nov dez jan fev m ar abr m ai jun jul a go set out n ov dez jan fev m ar abr m a i ju n jul ag o se t ou t n ov dez 2003 2004 2005 2006 2007

Belo Horizonte = variação média de -34,84% em 5 anos

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Evolução Anual da Criminalidade Violenta contra a Pessoa Região Metropolitana de Belo Horizonte - 2003 a 2007

Tomadas em conjunto a RMBH e Belo Horizonte, observa-se que a queda de crimes violentos contra a pessoa não é tão intensa, mantendo-se o mesmo número de casos nos dois primeiros anos analisados. Em números absolutos, as maiores reduções de casos ocorreram entre 2004 e 2005 e entre 2005 e 2006, sendo essa retração de 688 e 518 crimes, respectivamente.

Gráfico 07

Evolução Anual dos Crimes Violentos contra a Pessoa na Região Metropolitana de Belo Horizonte - 2003 – 2007 6731 6731 6043 5525 5511 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 2003 2004 2005 2006 2007

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A evolução trimestral de crimes violentos contra pessoa da RMBH incluindo Belo Horizonte aponta a grande oscilação presente no período, mesmo com a redução final observada. Além da grande queda vista nos dois primeiros trimestres de 2005, que como foi dito anteriormente, diminuiu o patamar observado, não há outro período que aponta a redução numérica de casos de maneira regular e consecutiva.

Gráfico 08

Evolução Trimestral dos Crimes Violentos contra a Pessoa na Região Metropolitana de Belo Horizonte - 2003 - 2007 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900 2000 1 trimestre 2003 2 trimestre 2003 3 trimestre 2003 4 trimestre 2003 1 trimestre 2004 2 trimestre 2004 3 trimestre 2004 4 trimestre 2004 1 trimestre 2005 2 trimestre 2005 3 trimestre 2005 4 trimestre 2005 1 trimestre 2006 2 trimestre 2006 3 trimestre 2006 4 trimestre 2006 1 trimestre 2007 2 trimestre 2007 3 trimestre 2007 4 trimestre 2007

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5.2. CRIMES VIOLENTOS CONTRA O PATRIMÔNIO

Taxa de Crimes Violentos Contra o Patrimônio para Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte nos Últimos 12 Meses – Janeiro a Dezembro de 2007

Os mapas abaixo apresentam as taxas de crimes contra o patrimônio, por 100 mil habitantes, nas cidades que compõem a Região Metropolitana de Belo Horizonte. Como se pode observar, as cidades de Contagem e Belo Horizonte, tanto nos anos de 2003 quanto em 2007, se destacam por apresentarem taxas superiores a 1000 crimes para cada grupo de 100 mil pessoas.

Vale destacar que, embora as cidades mais violentas da RMBH no que diz respeito às taxas de crimes contra o patrimônio permaneceram as mesmas entre os anos de 2003 e 2007, ocorreu uma forte diminuição no número de cidades com taxas de crimes contra o patrimônio variando entre 500 e 1000 ocorrências por 100 mil pessoas. O que pode ser um reflexo da significativa redução do número de crimes violentos observada na RMBH nos últimos anos, apresentada nos gráficos a seguir.

Mapa 04 - Taxa de Crimes Violentos Contra o Patrimônio por 100.000 Habitantes Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte - Janeiro a Dezembro de 2007

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Evolução Mensal dos Crimes Violentos Contra o Patrimônio – Região Metropolitana de Belo Horizonte

No Gráfico 13 fica claro a significativa redução sofrida pelos casos de crimes violentos contra o patrimônio na RMBH (sem Belo Horizonte). Mesmo com as oscilações, é visível uma tendência regular para queda em toda a série, sendo possível ainda identifica um padrão de picos nos meses de março e maio dos anos em análise. Observa-se que enquanto em 2003 o pico de maio corresponde a mais 5.500 casos, em 2007 o pico não alcança 4.500 ocorrências no mês.

Gráfico 09

Evolução da Criminalidade Violenta Contra o Patrimônio na Região Metropolitana de Belo Horizonte - Período: 2003 a 2007

Evolução da Criminalidade Violenta Contra o Patrimônio na RMBH - Janeiro de 2003 a Dezembro de 2007 1500 2500 3500 4500 5500 6500 ja n fe v m ar abr m ai jun jul ag o se t ou t no v de z ja n fe v m ar abr m ai jun jul a go set out nov dez jan fev mar abr mai jun ju l ag o se t ou t n ov dez jan fev m a r ab r m ai jun jul ag o se t ou t no v d ez jan fev m ar abr m a i ju n jul a go set out nov dez 2003 2004 2005 2006 2007

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Evolução Mensal dos Crimes Violentos Contra o Patrimônio – Belo Horizonte

Mais uma vez, nota-se que os dados da RMBH tendem a acompanhar os casos ocorridos em Belo Horizonte. Assim, nota-se mais uma vez a clara tendência a queda e picos concentrados nos meses de maio de 2003 e 2007 e março dos demais anos em análise. A diferença entre os picos de 2003 e 2007 é ainda mais acentuada, próxima a 1.500 casos.

Observa-se ainda que, de acordo com a regressão realizada, há uma variação média de -52,58% de casos nos cinco anos analisados.

Gráfico 10

Evolução da Criminalidade Violenta Contra o Patrimônio Belo Horizonte - Período: 2003 a 2007

Evolução da Criminalidade Violenta Contra o Patrimônio em Belo Horizonte - Janeiro de 2003 a Dezembro de 2007

1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 ja n fe v m ar abr m ai jun jul ag o se t ou t no v d ez jan fev m a r ab r m a i ju n jul a go set out nov dez jan fev mar abr ma i ju n jul a go set out nov de z ja n fe v m ar abr m ai jun jul ag o se t o ut no v de z ja n fe v m a r ab r m ai jun jul ag o se t ou t no v de z 2003 2004 2005 2006 2007

Belo Horizonte = variação média de -52,58% em 5 anos

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Evolução Anual da Criminalidade Violenta contra o Patrimônio Região Metropolitana de Belo Horizonte - 2003 a 2007

A redução de ocorrências de crimes contra o patrimônio no período fica ainda mais clara se observados em conjunto os dois espaços em análise. Em números absolutos essa redução chega a 25.525 casos, em números relativos a 40,63%. A maior queda pode ser observada entre 2004 e 2005, seguida por 2005 e 2006, sendo essas de 16,09% e 15,90%, respectivamente.

Gráfico 11

Evolução Anual dos Crimes Violentos contra o Patrimônio na Região Metropolitana de Belo Horizonte - 2003 – 2007 62821 59702 50094 42128 37296 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000 2003 2004 2005 2006 2007

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A evolução trimestral dos crimes contra o patrimônio na RMBH (incluindo Belo Horizonte) mostra uma redução bastante regular dos casos, sem grandes oscilações, excetuando-se os picos presentes nos segundos trimestres de 2003 e 2007. É muito significativa a diferença entre o número de ocorrências do primeiro e do ultimo trimestre da série, diferença essa que se aproxima de 7.000 casos.

Gráfico 12

Evolução Trimestral dos Crimes Violentos contra o Patrimônio na Região Metropolitana de Belo Horizonte - 2003 – 2007 6000 8000 10000 12000 14000 16000 18000 1 trim estre 200 3 2 trim estre 200 3 3 trim estre 200 3 4 trim estre 200 3 1 trim estre 200 4 2 trim estre 200 4 3 trim estre 200 4 4 trim estre 200 4 1 trim estre 200 5 2 trim estre 200 5 3 trim estre 200 5 4 trim estre 200 5 1 trim estre 200 6 2 trim estre 200 6 3 trim estre 200 6 4 trim estre 200 6 1 trim estre 200 7 2 trim estre 200 7 3 trim estre 200 7 4 trim estre 200 7

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6. Considerações finais

O presente relatório teve com intuito traçar um panorama das etapas da pesquisa “Percepção de Medo no Estado de Minas Gerais”. Neste documento apresentamos o processo de organização dos dados utilizados para o planejamento e elaboração do plano amostral proposto para a pesquisa. As bases de dados utilizadas nessa etapa são provenientes de diferentes instituições estatais e foram essenciais para a confecção deste instrumento bem como para o desenvolvimento da pesquisa em andamento.

Os dados sócio-econômicos foram de suma importância para a construção do Índice de Vulnerabilidade Social para os municípios considerados na amostra. Baseado em dois pressupostos, o primeiro busca a criação de uma tipologia de situações de exposição à vulnerabilidade que expressasse tais dimensões, agregando aos indicadores de renda outros referentes à escolaridade e ao ciclo de vida familiar. O segundo pressuposto foi a consideração de que a segregação espacial é um fenômeno presente nos centros urbanos e que contribui decisivamente para a permanência dos padrões de desigualdade social que os caracteriza. Isso levou à utilização de um método de identificação de áreas segundo os graus de vulnerabilidade de sua população residente, gerando um instrumento de definição de áreas. Essa estratificação foi fundamental para distribuir a amostra planejada para a pesquisa, tal distribuição pode captar possíveis aspectos explicativos para a sensação de insegurança nesses diferentes municípios e regiões administrativas do estado de Minas Gerais.

Num segundo momento deste documento apresentamos um diagnóstico sobre a criminalidade violenta na região metropolitana de Belo Horizonte, instrumentos dessa natureza são importantes ferramentas para planejadores de políticas de segurança pública. De maneira geral, a criminalidade violenta na RMBH vem reduzindo consideravelmente a partir do final de 2003. Considerando os crimes contra o patrimônio separadamente também verificamos essa queda nos registros de ocorrências dessa natureza. Por outro lado, quando analisamos os crimes praticados contra a pessoa essa redução é menos acentuada, apesar de ser verificada.

Por fim, cabe ressaltar o caráter inovador dessa pesquisa no âmbito nacional. Além de mapear a percepção de medo dos cidadãos busca confrontar essa percepção com indicadores objetivos de criminalidade. Do ponto de vista analítico, além de diagnosticar a percepção de insegurança no estado esta pesquisa fornecerá um excelente instrumento para propor políticas públicas voltadas a minimizar os efeitos da criminalidade.

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