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G E O G R A F I A ESPAÇO NATURAL EVOLUÇÃO GEOLÓGICA DA TERRA

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Academic year: 2021

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EVOLUÇÃO GEOLÓGICA DA TERRA

A Terra se originou há cerca de 4,6 bilhões de anos, muito depois da formação do Universo, que se supõe tenha surgido há cerca de 13 a 15 bilhões de anos, com uma enorme explosão denominada big bang. Para o estudo da formação do nosso planeta utilizamos o tempo

geológico. Antes de falar do tempo geológico, é preciso dizer que nossa noção de tempo é bem mais restrita. Para o ser humano, que vive em média entre 70 e 80 anos, fica difícil ter uma ideia do que significam os 4,6 bilhões de anos do nosso planeta.

O TEMPO GEOLÓGICO

A noção de tempo para a Geologia é muito mais ampla do que a utilizada pela História. Para a Geologia, um milhão de anos é um espaço

relativamente curto.

O tempo geológico é dividido em eras, que são subdivididas em períodos. Nos períodos, podemos reconhecer espaços de tempo menores,

chamados épocas, idades e fases.

O conjunto que reúne as eras geológicas é conhecido como escala geológica. Cada era e seus respectivos períodos são marcados por

acontecimentos importantes da história da Terra, como, por exemplo, as primeiras formas de vida (era Pré-Cambriana), a formação dos Alpes escandinavos (era Paleozoica), o surgimento do Himalaia e dos Andes (período Terciário) e as grandes glaciações (período Quaternário).

VEST

MAPA MENTAL

Fevereiro

@vestmapamental

ESPAÇO NATURAL

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A ORIGEM DOS CONTINENTES

O planisfério acima mostra a configuração atual do nosso planeta. Nele podemos distinguir perfeitamente os continentes (Ásia, África, América, Oceania, Europa e Antártida) e os oceanos (Atlântico, Pacífico, Índico, Glacial Ártico e Glacial Antártico).

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Há muito tempo, cientistas já suspeitavam que os continentes se moviam uns em relação aos outros. Em 1596, o cartógrafo holandês Abraham Ortelius, chamou atenção para evidências de uma possível separação ente Europa, Ásia e África.

No século XIX, suas ideias foram retomadas pelo geógrafo francês Antonio Snider-Pellegrini, que apresentou um mapa elaborado em 1858,

mostrando que a América do Sul e a África já teriam formado um único continente. Essa afirmação baseava-se principalmente em evidências paleontológicas, ou seja, na presença de fósseis de plantas e animais que teriam vivido nos mesmos lugares, em épocas anteriores, e que foram encontrados em partes da Terra hoje separadas.

A TEORIA DA DERIVA DOS CONTINENTES

Em 1912, o geofísico alemão Alfred Lothar Wegener (1880-1930) retomou a ideia de que teria havido um único e supercontinente.

Segundo Wegener, há cerca de 250 a 300 milhões de anos, teria existido uma única grande massa continental, a Pangeia ('' todas as terras''), cercada por único oceano, o Pantalassa ('' todos os mares''). E, nessa época, a Pangeia teria iniciado seu processo de fragmentação, que deu origem aos atuais continentes.

A principal evidência da teoria de Wegener era a possibilidade de u encaixe perfeito entre a costa ocidental da África e a costa oriental da América do Sul. Esse ajuste seria mais se fossem considerados as

plataformas dos dois continentes. Além disso, Wegener se fundamentava em evidencias paleontológicas (fósseis), paleoclimáticas e de semelhança das estruturas geológicas das terras estruturas. As semelhanças maiores estariam entre Europa e América do Norte; Austrália, África e Índia, além da já citada anteriormente entre África e América do Sul.

Alexander Du Toit, professor da Universidade de Johannea Burgo, África do Sul, grande defensor da teoria da deriva continental, propôs que na era Mesozóica (há mais ou menos 250 milhões de anos), a Pangéia teria se dividido em dois continentes: Laurásia (América do Sul, África, Antártida, Austrália e Índia), ao sul, separadas pelo mar de Tétis.

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A partir daí, as divisões foram se sucedendo até os continentes adquirirem a configuração atual: a América do Norte separou-se da Eurásia

originando o Atlântico Norte (há mais ou menos 130 milhões); a América do Sul começou a se afastar da África há cerca de 125 milhões de anos, ao mesmo tempo que a Austrália e Antártica se afastam do continente

africano. Assim se formaram o Atlântico Sul e o oceano Índico. Há mais ou menos 65 milhões de anos, a Índia soltou-se da África e chocou-se com a Eurásia. Com isso, formou-se a cadeia do Himalaia e, com isso isolamento das águas do Índico que separava a África da Eurásia, surgiu o mar

Mediterrâneo. No período Terciário, os continentes já possuíam a configuração atual.

Entretanto, apesar de seus estudos, Wegener não conseguiu explicar um ponto fundamental: por que os continentes se movimentaram pela superfície da Terra no passado?

Por isso suas ideias foram recebidas com reservas pela comunidade científica da época e consideradas fantasiosas. Após a morte de Wegener em 1930, a teoria de deriva dos continentes caiu no esquecimento.

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A EXPANSÃO DO FUNDO DOS OCEANOS

A possibilidade de ter acontecido uma "deriva dos continentes", na história da Terra, voltou a ser considerada quando novas técnicas foram desenvolvidas e utilizadas na fabricação de novos aparelhos e

instrumentos que permitiram conhecer melhor o fundo dos oceanos.

Na década de 1960, os geólogos americanos Harry e Robert Dietz

conseguiram a explicação para o que tanto intrigava Wegener. A resposta estava no fundo dos oceanos.

As principais conclusões contidas nessa teoria eram:

- As rochas do fundo dos oceanos são de formação mais recente do que as das bordas continentais.

- Ao longo das cordilheiras submarinas (dorsais oceânicas) abrem-se fendas por onde passa o material magmático, que após se resfriar forma uma nova crosta, provocando a expansão do fundo dos oceanos.

- Existem diferentes tipos de limite entre as placas tectônicas que

funcionam como verdadeiras “esteiras rolantes” submarinas, responsáveis pela movimentação das placas.

- Nas regiões de contato das placas estão as zonas geologicamente mais instáveis da Terra. Aí ocorrem as atividades responsáveis pelas

modificações da crosta terrestre: vulcanismo e terremotos.

A ideia de Wegener sobre a deriva dos continentes e as descobertas sobre a expansão do fundo dos oceanos permitiram a elaboração da teoria das placas tectônicas.

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