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Relatório e Contas 2018

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Academic year: 2021

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Relatório e Contas

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Sumário

Pagina

Órgãos Sociais

3

Relatório do Conselho de Administração

4

E

NQUADRAMENTO

E

CONÓMICO

4

ACTIVIDADE DA SOCIEDADE GESTORA

10

E

VOLUÇÃO

F

INANCEIRA

14

PERSPECTIVAS PARA 2019

14

P

ROPOSTA DE

A

PLICAÇÃO DE

R

ESULTADOS

14

Demonstrações Financeiras

16

Anexo às Demonstrações Financeiras

20

Relatório sobre a Estrutura e as Práticas do Governo Societário

Declaração sobre a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização e divulgação da Política de Remuneração dos Titulares

de Funções Essenciais

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

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Órgãos Sociais

Mesa da Assembleia Geral

Presidente: Banco Santander, S.A. (em virtude da fusão incorporação no dia 20 de Setembro de 2018 do Banco Popular Español, S.A. no Banco Santander), representado por Cristina Isabel Cristovam Braz Vaz Serra

Secretário: Daniela Pinto Tojeira da Silva e Sousa Villacampa

Conselho de Administração

Presidente: Joaquim António Aires Mateus de Calça e Pina Vogal: José Manuel Neves

Independente: António do Cazal Ribeiro de Carvalho Juzarte Rolo

Conselho Fiscal

Presidente: António Manuel Mendes Barreira Vogal: António Luís Castanheira Silva Lopes Vogal: António José Marques Centurio Monzelo Suplente: Vitor Manuel Ferreira Lucio da Silva

Revisor Oficial de Contas

BDO & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Lda, representada por Pedro Aleixo Dias

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Relatório do Conselho de Administração

Enquadramento económico

Janeiro ficou marcado pelos dados macroeconómicos, quer na Europa, quer nos EUA, pela reunião da FED e a promulgação da reforma fiscal nos EUA. Na Europa as minutas da última reunião do BCE revelaram abertura para um ajustamento à retirada do programa de compra de ativos de forma mais rápida do que o previsto, o que levou a um disparo das “yields”, do Euro e das acções da Banca. Nos EUA, Donald Trump promulgou a reforma fiscal dos EUA, a mais ambiciosa em 30 anos, no valor de 1,5 biliões de dólares. Este plano incluiu uma redução do IRC de 35% para 21% e um grande corte do IRS para os contribuintes mais ricos, bem como cortes temporários de impostos para alguns particulares e famílias. Em termos macroeconómicos a surpresa veio do mercado laboral, uma subida homóloga de 2,9% na remuneração média por hora, a maior desde 2009. Este dado demonstrou a solidez da economia americana, o que levou ao aumento da expectativa de subida da taxa de referencia por parte da FED na reunião de Março de 2018, algo não esperado anteriormente pelos mercados. Em Fevereiro o receio em torno da subida mais acentuada de taxa de referência pela FED dominou o sentimento. Outro tema importante foi a hipótese de imposição de taxas aduaneiras sobre o aço e o alumínio, dando assim início a uma guerra comercial. Na Europa assistiu-se a uma queda da inflação em 10bps para os 1,2%. Este cenário afastou a ideia de subida de taxas de juro pelo BCE, dada a fraca evolução da inflação. Em termos homólogos, o seu crescimeno foi de 2,7%. Nas actas do BCE foi revelado que ainda era prematuro e não justificada a retirada de estímulos financeiros à economia, apesar de não ser uma opinião unânime. Nos EUA a divulgação do crescimento do PIB confirmou o a sua evolução em cadeia a uma taxa anualizada de 2,5% para o 4º trimestre de 2017, sem surpresas para o mercado. O novo Presidente da Fed, Jerome Powel, defendeu que a correção no mercado de ações entretanto verificada, bem como o aumento das taxas sobre a dívida pública dos EUA não deveriam prejudicar o seu crescimento e que a economia continuava robusta, reforçando o compromisso na subida de taxas (esperados três aumentos em 2018). A inflação ficou acima do previsto em Janeiro, 2,1% vs 1,9% esperados, o que provocou imediatamente uma reação negativa no mercado acionista, mas pouco duradoura. Março ficou marcado, novamente, pelo receio em torno da guerra comercial entre a China e os EUA. Realizou-se também a reunião da FED e do BCE, o acordo sobre a formação do governo na Alemanha e as eleições em Itália. Na Europa, na reunião do BCE, as palavras de Mario Draghi animaram os investidores, ao ter revisto em alta as previsões económicas para 2018 e em baixa a inflação para 2019, o que alimenta o ciclo de taxas de juro baixas por um período de tempo mais longo. Esta ideia saiu ainda mais reforçada quando foi conhecido o valor da inflação de Fevereiro que mostrou uma descida, de 1,3% para 1,1%, em sentido contrário ao pretendido pelo BCE. No rescaldo das eleições italianas, Matteo Salvini, líder do partido Liga, mostrou compromisso com a coligação de centro-direita, afastando temporariamente a ideia de que poderia haver conversações dentro do Bloco Eurocético. Na Alemanha os militantes do SPD aprovaram (66% a favor) o acordo com a CDU e a CSU para a formação

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de uma coligação governativa, acabando assim o impasse que já durava há 6 meses. Nos EUA a Taxa de Desemprego manteve-se nos 4,1%. Os mercados reagiram negativamente ao anúncio do Presidente norte-americano, Donald Trump, de criação de taxas de 25% nas importações de aço e de 10% nas importações de alumínio, preocupados com a hipótese duma guerra comercial. Posteriormente, Donald Trumo confirmou que iria impor taxas às importações chinesas, avaliadas em $50 mil milhões. Trump pretendia assim diminuir o défice comercial com a China. A China respondeu e disse que tinha planeado um imposto de 25% para as importações

norte-americanas, em produtos como a carne de porco e o alumínio reciclado, e 15% em produtos como o vinho e a fruta. Estes movimentos indiciaram o início duma guerra comercial, algo que preocupou os mercados. No entanto, ambas as partes mostraram abertura para negociar. Na primeira reunião de Jerome Powell como presidente da FED, foi decidido a subida do intervalo da taxa de juro de referência em 25 pontos, para 1,50%-1,75%, como era esperado. No plano político surgiram rumores de que a Coreia do Norte estaria disposta a discutir com os EUA a possibilidade de abandonar o seu programa nuclear. Abril continuou marcado pela tensão em torno da guerra comercial entre os EUA e a China e dados macroeconómicos nos dois lados do Atlântico. Na Europa assistimos à divulgação da inflação da Zona Euro que passou de 1,1% para 1,3%, mas, para além de ter sido menos do que o antecipado pelo valor preliminar (1,4%), ficu bem abaixo do pretendido pelo BCE, provocando mais afastamento entre a série do IPC e a meta 2%/ano. O BCE manteve a taxa de referência inalterada, e a continuação do programa de compra de ativos de € 30 mil milhões mensais até Setembro. O discurso do presidente do BCE focou riscos para o crescimento económico, ainda que sublinhando que a atividade na Zona Euro se mantinha forte. A China anunciou perermitir a fabricantes de automóveis estrangeiros deterem mais de 50% de joint ventures com empresas chinesas, caindo uma restrição com duas décadas de existência. Boa notícia para os exportadores, que poderão expandir naquele que é o maior mercado automóvel do mundo. Nos EUA o tema dominante foi a questão das tarifas comerciais à China pelos EUA. A China respondeu a esta imposição da China a anunciando tarifas de até 25% sobre 128 produtos norte-americanos. Ao longo do mês houve uma redução da tensão em torno da guerra comercial após Donald Trump ter escrito na sua conta pessoal do Twitter que os EUA chegarão a acordo com a China. Posteriormente, também através do Twitter, assistiu-se ao reacender da tensão geopolítica entre EUA e Rússia, com Donald Trump a ameaçar a Síria, após um ataque com armas químicas numa região da Síria, algo que posteriormente se confirmou com o lançamento de misseis sobre a região. Nas actas da FED entendeu-se que existia a possibilidade de existência de quatro subidas de juros nos EUA em 2018. Ao longo do mês assistiu-se uma diminuição da tensão geopolítica com a Coreia do Norte, que suspendeu os testes nucleares e balísticos, bem como um encontro histórico entre os dois líderes coreanos, dando início a uma nova era no processo de paz. Maio registou uma crise política em Itália e em Espanha, e a guerra comercial entre EUA e China extendeu-se à União Europeia. Na Europa a inflação de Abril registou uma nova redução ao passar de 1,3% para 1,2%, afastando-se assim ainda mais do tecto para o BCE, 2%. A incerteza em torno do governo italiano, causou muita volatilidade principalmente na Banca, que só ficou esclarecida quando o Presidente Sergio Mattarella deu luz verde à

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ao poder duma coligação liderada pelo socialista Pedro Sanchez, com o apoio do “Podemos” e dos partidos separatistas Catalães. Em causa estava a condenação de um caso de corrupção envolvendo o PP. Nos EUA a FED manteve a taxa de referência inalterada, como o mercado esperava, mas ao realçar a melhoria económica e ao dar nota de que a inflação se moveu para a meta dos 2% levantou as expectativas dos investidores na possibilidade da FED poder ser mais agressiva na subida de juros. A inflação registou uma subida de 2,4% para 2,5%, aumentando as expectativas sobre os aumentos de taxa de juro pela FED em 2018. Donald Trump anunciou o abandono dos EUA do acordo sobre o programa nuclear iraniano, com proposta de sanções contra o Irão. A Alemanha, a França e o Reino Unido lamentaram a decisão dos EUA. O petróleo reagiu em alta com o barril de crude a ultrapassar os $70. A Coreia do Norte anulou o encontro com a Coreia do Sul devido aos exercícios militares conjuntos entre esta e os EUA. Os EUA continuaram a trabalhar na preparação do encontro uma vez que não foram notificados da não realização da cimeira. No final do mês o tema

da guerra comercial, regressou com a administração Trump a anunciar a imposição de taxas às importações de aço e alumínio provenientes da União Europeia, Canadá e México, a partir de 1 de Junho de 2018. O presidente da Comissão Europeia reagiu de imediato, referindo que iria contestar a medida junto da OMC e prometeu retaliação da Europa. O México também manifestou a intenção de avançar com medidas, impondo taxas na ordem dos $16,6 mil milhões. Em relação à China o Presidente norte-americano afirmou que levaria adiante a imposição de tarifas de 25% sobre produtos chineses, avaliados em $50 mil milhões. A lista de produtos a serem alvo foi divulgada no dia 15 de Junho. Junho ficou marcado pela escalada da guerra comercial entre a China e os EUA, reuniões do BCE e da FED, política de imigração na Europa e dados macroeconómicos nos dois lados do Atlântico. Na Europa, o PIB do 1º trimestre confirmou que a economia da Zona Euro se expandiu apenas 0,4% em cadeia nos primeiros três meses do ano. O Banco Central Europeu comunicou que o programa de compra de dívida pública seria estendido até ao fim de 2018, três meses além do inicialmente planeado. No entanto, a partir Outubro, o BCE passou a baixar o volume mensal de compra de ativos de € 30 mil milhões para € 15 mil milhões. O BCE comunicou também a manutenção das suas taxas de referência até pelo menos Junho de 2019. Nos EUA. A Fed aumentou a taxa de juro de referência em 25 pontos base para o intervalo 1,75%-2%. Foi a segunda subida em 2018, tendo a Reserva Federal sinalizado a possibilidade de haver 4 aumentos em 2018, mais um do previsto no início do ano. A inflação prevista para 2018 situar-se em 2,1%, aliado à robustez económica, ajudou a justificar estas subidas. Realizou-se a cimeira entre EUA e Coreia do Norte, tendo D. Trump e Kim Jong Un assinado uma carta conjunta após o encontro afirmando ambos que a reunião correu acima das expectativas. Regressou a guerra comercial entre EUA e China, com Trump a confirmar $50 mil milhões de novas tarifas à China. Um porta-voz do governo Chinês afirmou que não queria alimentar uma guerra comercial e que não concordava com a posição da Casa branca, mas tendo em conta a situação seriam forçados a retaliar de forma firme. Posteriormente os EUA ameaçaram a imposição de uma nova tarifa de 10% às importações chinesas, avaliadas em $200 mil milhões, com o intuito de encorajar a China a mudar as suas práticas injustas e de abrir o seu mercado aos bens norte-americanos. A China ameaçou responder da mesma moeda aos EUA. Na reunião dos G7, o tema mais divergente foi a questão das tarifas que os EUA tinham aplicado recentemente aos seus parceiros. Julho assistiu à entrada em vigor das tarifas aduaneiras dos EUA à

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China, ao aumento da tensão com o Irão, às reuniões do presidente dos EUA com Juncker e Putin e aos dados macroeconómicos, quer nos EUA, quer na Europa. Na Europa a reunião do BCE não trouxe surpresas, a instituição manteve o plano de acabar o programa de compra de ativos no final do ano, ao ritmo de € 30 mil milhões/mês até ao final de Setembro, reduzindo para € 15 mil milhões/mês até Dezembro de 2018. Nos EUA a inflação passou dos 2,8% para os 2,9%, em linha com o esperado, mas tratando-se do maior registo em 6 anos, o que deu suporte à Fed para aumentar gradualmente as taxas de juros. As atas da Fed mostraram os membros do comité a defenderem aumentos graduais, consistentes com a expansão sólida da economia norte-americana e robustez do mercado de trabalho. As atas confirmaram ainda que a Reserva Federal norte-americana está atenta ao possível impacto duma guerra comercial. A primeira estimativa do PIB norte-americano apontou para um crescimento sequencial de 4,1% no 2º trimestre de 2018, o ritmo mais forte desde o 3º trimestre de 2014. O consumo privado aumentou 4% face ao trimestre anterior (antecipava-se 3%), o que foi um driver para o crescimento. Entraram em vigor as tarifas aplicadas pelos EUA a produtos importados da China no valor de $34 mil milhões. A China anunciou retaliações e avançou com tarifas às importações norte-americanas, afetando especialmente o setor automóvel. Aumentou o clima de tensão entre EUA e Irão, com os dois presidentes a trocarem ameaças. Na reunião entre Trump e Juncker os dois líderes selaram um acordo permitindo aumentar as exportações norte-americanas de gás natural

liquefeito e de soja para a UE, Trump garantiu tarifas “zero” para os bens industriais. O acordo evitou uma guerra comercial transatlântica e pareceu aliviar o setor automóvel. Neste mês realizou-se a reunião de Trump com Putin, segundo o presidente dos EUA, serviu para melhorar a relação entre os dois países. Em Agosto a tensão em torno das tarifas entre os EUA e a China manteve-se, bem como EUA e Turquia. O governo Italiano manifestou vontade em vetar o próximo orçamento da União Europeia e os dados macroeconómicos, quer nos EUA, quer na Europa foram divulgados. Na Europa o PIB no 2º trimestre foi de 0,3%, um valor mais fraco do que o esperado, a taxa de crescimento mais baixa desde 2016. Face a igual trimestre de 2017, o PIB cresceu 2,1% (estimava-se 2,2%). A Troika saiu da Grécia ao fim de 8 anos, sendo que ainda será alvo de uma vigilância pós-programa reforçada com missões de 3 em 3 meses. Em Itália o governo prometeu vetar o próximo orçamento da União Europeia, dando início ao processo de oposição, depois dos restantes estados membros não cumprirem com o acordo fechado em Junho sobre a política de migração; consequentemente os principais bancos italianos registaram quedas expressivas. Nos EUA a FED manteve as taxas de juro, em linha com as expectativas de mercado. A Reserva Federal referiu que a atividade económica tinha crescido a um ritmo forte, algo que os investidores interpretaram como um sinal de que o ritmo de subida de juros se manteria como planeado. Quanto à guerra comercial entre EUA e China houve indicações de que a Administração Trump estaria a considerar aplicar uma taxa de 25% sobre a importação de produtos chineses, avaliado em $200 mil milhões. A anterior proposta previa uma taxa de 10%. Como resposta a China publicou uma lista de produtos oriundos dos EUA sujeitos a tarifas que vão desde os 5% a 25%. Ambos os países procuraram retomar conversações. Houve um aumento do clima de tensão entre os EUA e a Turquia, uma vez que o presidente Trump anunciou a duplicação das tarifas às importações de aço e alumínio

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continuaram a ser o centro das atenções para os mercados face ao seu impacto na economia mundial. O Orçamento de Itália foi outro tema, mais especificamente o défice proposto que ficaria acima do acordado com a União Europeia. Portugal ficou com perspetivas positivas para a subida de rating pela S&P, depois de em Setembro de 2017 a agência de notação financeira ter retirado o rating da dívida portuguesa do patamar especulativo, vulgarmente designado por “lixo”. Desta feita manteve a notação em BBB-, no entanto elevou o outlook de estável para positivo. O orçamento do Estado Italiano para 2019 contemplava uma meta de -2,4% de défice, um valor superior ao considerado aceitável pelos analistas e aos -2% que poderiam ser o ponto de convergência com a União Europeia. Volkswagen, Daimler e BMW enfrentaram os reguladores europeus devido à suspeita de fraude no desenvolvimento e implantação de tecnologia de emissões limpas para carros. Nos EUA a Fed elevou a taxa de referência em 25 pontos base para 2%-2,25%, tratando-se assim do 3º aumento em 2018. A economia norte-americana cresceu mesmo 4,2% no 2º trimestre, tendo este valor reiterado o que já havido sido apontado anteriormente Outubro ficou marcado pelos recuos e avanços relativamente à guerra comercial entre EUA e China e as divergências entre a União Europeia e o governo Italiano sobre o orçamento de 2019, nomeadamente, o seu défice. Luigi Di Maio não cedeu à União Europeia e no défice para o orçamento de 2019 inscreveu -2,4%, valor bem acima dos 2% (limite estipulado pela EU) tendo afirmado que não seria para alterar. Jean-Claude Juncker alertou que a proposta orçamental italiana poderia levar a uma crise igual à da Grécia. A Moody’s, cortou o rating da dívida italiana, de Baa2 para Baa3, um nível acima do patamar considerado “lixo” e o seu Outlook ficou em estável. Já a S&P manteve o rating, mas desceu o Outlook, sinalizando que esse corte, poderia estar próximo. Não houve novidades na política monetária. Após duas décadas como presidente, Angela Merkel decidiu deixar a liderança da CDU, levantando dúvidas quanto à sua permanência como chanceler até ao final do mandato. Isto aconteceu depois dos resultados nas eleições

para o parlamento regional de Hesse, onde a coligação de Merkel teve o pior resultado desde 1966. Nos EUA, surgiram notícias de que o presidente Trump estaria a preparar um possível acordo com a China, aproveitando a reunião do G20 na Argentina; mas no caso da reunião entre Trump e Xi Jinping falhar, os EUA preparariam uma nova vaga de tarifas para todas as importações vindas da China. As atas da reunião da FED mostraram alguns membros a defender que a política monetária teria que ser moderadamente restritiva de forma temporária, podendo elevar a taxa de juro acima do que seu nível de longo prazo. A própria Fed define os 3% como o nível neutral de longo prazo, pelo que o mercado interpretou a opinião dos membros como um sinal de que a taxa de juro nos EUA poderia exceder esse patamar. EUA, Canadá e México chegaram a acordo para a revisão do Acordo do NAFTA. O nome do novo tratado será Acordo EUA-México-Canadá (USMCA). No Brasil, o candidato Jair Bolsonaro venceu a segunda volta das eleições presidenciais com 55,1% vs 44,9% de Fernando Haddad. A vitória de Bolsonaro foi vista como positiva para a bolsa brasileira, levando também o real brasileiro a apreciar. Novembro ficou marcado novamente pela guerra comercial EUA-China, pela questão do orçamento em Itália, pelo “Brexit”, pela reunião da FED, pelas eleições intercalares nos EUA e quedas do preço do Petróleo. O primeiro-ministro anunciou que Portugal iria reeembolsar até dezembro a totalidade da sua dívida ao FMI. Na Europa, o governo italiano, sinalizou, através do seu vice primeiro-ministro, Matteo Salvini, maior abertura quanto ao défice a inscrever no Orçamento de 2019. Theresa May teve uma

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reunião de emergência com os seus ministros, depois dos negociadores do Governo britânico e UE terem chegado a um entendimento sobre o Brexit. Foi agendado um Conselho de Ministros de emergência para se discutir esse documento, onde foi dada luz verde para a proposta de acordo negociada a nível técnico. Este acordo teria ainda que passar pelo Parlamento Britânico, o teste mais difícil. A UE convocou uma cimeira para assinatura do acordo do Brexit a 25 de Novembro. Nos EUA, os Republicanos ganharam o Senado e os Democratas a Câmara dos Representantes. Os Republicanos manterão o controlo do Senado por mais dois anos, enquanto os Democratas conseguiram a maioria na Câmara dos Representantes. A Casa Branca adiou as novas tarifas à importação de veículos estrangeiros. No final do mês o Presidente dos EUA admitiu uma nova ronda de tarifas às importações chinesas que incluíam os iPhones. Verificou-se em Novembro uma queda significativa no preço do petróleo devido à produção record Saudita de petróleo, atingindo cerca de 11 milhões de barris/ dia e aos comentários do presidente Putin que sugeriu nada fazer para estabilizar o preço desta matéria-prima. Em Dezembro foi finalmente aprovado o acordo sobre o “Brexit” por parte da UE, o governo italiano dispôs-se a fazer alterações ao orçamento, o Presidente da Fed congratulou-se pelo acordo alcançado entre EUA e China que suspendeu a guerra comercial por 90 dias e verificaram-se as primeiras manifestações dos coletes amarelos em França. Os líderes dos 27 Estados-membros da União Europeia aprovaram o acordo para o Brexit, apesar da necessidade da sua ratificação nos Parlamentos Europeu e Britânico. Theresa May confirmou o adiamento da votação do acordo sobre o Brexit no Parlamento britânico, reiterando que não haveria nenhum compromisso negociado com a União Europeia que não incluisse o backstop (mecanismo de salvaguarda) para a fronteira irlandesa. A Rússia e a Arábia Saudita acordaram estender em 2019, o seu acordo para gerir o mercado petrolífero, conhecido como OPEP+, embora não tenham confirmado qualquer corte na produção. A maior província produtora no Canadá anunciou que iria cortar a produção, o que impulsionou os preços do barril. Em Itália, o governo italiano apresentou uma proposta de orçamento para 2019 contemplando um défice de -2,04% sobre o PIB, o que evita um procedimento de infração por parte da União Europeia. Em França, o presidente francês tentou acalmar a revolta social liderada pelos "coletes amarelos" tendo anunciado que a taxa sobre os combustíveis seria anulada, ao invés da suspensão durante seis meses anunciada anteriormente. As medidas anunciadas pelo presidente francês podem significar um aumento do défice para -

3,5% do PIB em 2019 (vs. -2,6% estimado para 2018); Macron anunciou também o aumento do salário mínimo em €100 mensais para os €1288 e a anulação da contribuição social generalizada para os reformados com rendimentos inferiores a €2000/ mês, bem como a não sujeição fiscal das horas extraordinárias e prémios de fim de ano. O BCE confirmou o fim do programa de compra líquida de dívida. A partir de janeiro de 2019, o programa enfrentará uma fase de reinvestimentos que vai manter-se por um extenso período de tempo, para lá da data em que os juros começarem a subir. Os juros aplicados às operações principais de refinanciamento mantiveram-se em zero. As taxas para a facilidade permanente de cedência de liquidez também se mantiveram em 0,25%, assim como as da facilidade permanente de depósito, em -0,40%. Nos EUA, o presidente da Fed afirmou que o panorama económico continua "sólido", intensificando a especulação de um aumento dos juros na reunião de janeiro. Isto

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China confirmou oficialmente o prazo de 90 dias para prolongarem as conversações com os EUA. A China disse ainda estar preparada para comprar gás natural liquefeito e soja aos EUA. Donald Trump admitiu encontrar-se com Xi Jinping para acelerar as conversações no âmbito de um potencial acordo que pusesse fim à guerra de tarifas.

Actividade da Sociedade Gestora

A POPULAR GESTÃO DE ACTIVOS – Sociedade Gestora de Fundos de Investimentos, S.A. (Sociedade Gestora ou POPULAR GESTÃO DE ACTIVOS) foi constituída em 1 de Abril de 2009, pela incorporação da PREDIFUNDOS - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. constituída em 17 de Agosto de 1993, na GERFUNDOS - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. constituída em 21 de Dezembro de 1992, e tem por objecto a administração, gestão e representação de fundos de investimento.

Em 7 de Junho de 2017 o Banco Santander España adquiriu o Banco Popular Español, tendo sido realizada a fusão por incorporação do Banco Popular Español, S.A. no Banco Santander em 20 de Setembro de 2018.

Em 28 de Fevereiro de 2018 o Conselho de administração da Popular Gestão de Activos deliberou liquidar o fundo Popular Euro Obrigações, tendo em conta a reduzida dimensão do fundo e as características próprias do mercado de obrigações, que obrigam à negociação de montantes mínimos, o que dificulta bastante a sua gestão na salvaguarda dos princípios de diversificação dos activos que o constituem, bem como do cumprimento dos limites legais e regulamentares do fundo.

Essa decisão materializar-se-ia no melhor momento de mercado, de forma a salvaguardar os interesses dos participantes do fundo.

Um dos factores impeditivos da decisão tomada foi o facto do fundo possuir uma emissão de 250.000 euros de obrigações do Banif (ISIN XS023980445), cujo valor era de 0, e que, apesar de já estar reflectido no valor da unidade de participação do fundo, não tinha qualquer liquidez em mercado, o que foi evidenciado pela incapacidade da PGA em encontrar comprador para a referida emissão, ainda que a valor nulo.

Consequentemente, a Sociedade requereu à CMVM autorização para que pudesse ser feita uma transmissão da referida emissão do fundo para a PGA, através de um contrato de transmissão de valores mobiliários, onde ficasse explícito o dever da PGA em diligenciar pela recuperação dos créditos sobre o Banif, ficando com a obrigação de devolução do que for recuperado aos participantes do fundo, caso esta ocorra.

Em 16 de Julho de 2018, a CMVM enviou um ofício à PGA no qual foi autorizada a referida transmissão e realçada a obrigação da Sociedade em diligenciar pela recuperação destes créditos e respectiva devolução aos participantes, caso ela ocorra.

Consequentemente, em 19 de Agosto de 2018 a PGA celebrou o contrato de transmissão de valores mobiliários com o fundo Popular Euro Obrigações, nos termos referidos no parágrafo anterior.

Em 31 de Agosto de 2018, todo o património do Fundo encontrava-se em liquidez, já não existindo nenhum título activo em carteira.

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Por acordo dos participantes, durante 2018 a PGA decidiu transferir a gestão do Imourbe para o Montepio Valor SGFI SA, tendo diligenciado para esse efeito junto da CMVM. Em 26 de Outubro de 2018 a CMVM autorizou a sua transferência, bem como a mudança de entidade depositária do Banco Santander Totta para a Caixa Económica Montepio Geral. Essa transferência materializou-se em 4 de Janeiro de 2019.

Fundos de Investimento Mobiliário

No ano de 2018, os montantes sob gestão e FIM’s geridos pela PGA tiveram a evolução que se apresenta, tendo ficado abaixo da tendência que se verificou no mercado.

Consequentemente, a quota da PGA sofreu uma descida de 1.3% para 1.1%.

PGA Indústria

Montante (M) Var (%) Var (%)

2013 96,83 56,15% 0,66% 2014 138,95 43,50% -6,70% 2015 158,58 14,13% 3,10% 2016 145,52 -8,20% -7,00% 2017 173,98 19.56% 0.45% Jan 180,99 4,03% 1,51% Fev 179.55 -0,79% -0,26% Mar 176.13 -1,91% -0,81% Abr 176.11 0,00% 0,67% Mai 163.96 -6,91% 0,00% Jun 159.80 -3,09% -1,88% Jul 156.04 -1,80% -1,77% Ago 153.26 -1,78% -1,12% Set 148.06 -3,39% -0,12% Out 139.89 -5,52% -1,92% Nov 135.02 -3,48% -1,36% Dez 126.83 -6,07% -1,95% 2018 -27,10% -8,71%

A evolução mensal dos montantes sob gestão, em comparação com a indústria é apresentada no quadro abaixo:

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Fundos de Investimento Imobiliário

Em 2018, os montantes sob gestão e FII’s geridos pela PGA mostram a evolução que se apresenta. Em 2018 a PGA apenas geria o Imourbe, que transitou, já em 2019 para o Montepio Valor, SGFI, SA.

PGA Indústria

Montante (M) Var (%) Var (%)

2013 172,37 55,04% 7,46% 2014 96,20 -44,20% -7,30% 2015 93,17 -3,16% -7,90% 2016 30,86 -66,90% -8,80% 2017 11,9 -61,44% 3.52% Jan 11,94 0,35% -3,07% Fev 11,99 0,39% -0,07% Mar 12,05 0,55% 1,11% Abr 12,37 2,65% -0,70% Mai 12,42 0,37% -0,10% Jun 12,47 0,38% 1,29% Jul 13,05 4,69% 1,05% Ago 13,53 3,69% 0,08% Set 12,43 -8,14% 0,39% Out 12,53 0,80% 1,31% Nov 12,49 -0,33% 0,03% Dez 12,52 0,25% -2,60% 2018 5.21% -1,38%

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A evolução mensal dos montantes sob gestão comparada com a verificada na indústria é a que se apresenta no quadro abaixo:

Actividade da PGA em 2018

Em 2018, foi decidida a mudança de Sociedade Gestora em relação ao fundo Imourbe, para o Montepio Valor, SGFI, SA, que se veio a concretizar em 4 de Janeiro de 2019, após a autorização da CMVM, por ofício datado de 26 de Outubro de 2018.

Em 31 de Agosto de 2018 foi liquidado o fundo Popular Obrigações.

De seguida apresentam-se os montantes sob gestão da PGA em 31 de Dezembro de 2017 e 2018:

Montantes sob gestão

Fundos Sob Gestão

Tipo de Fundo

2017

2018

Variação

Pop. Acções

FIM Aberto

7.081.208,68

4.658.820,86 -34,21%

Pop. Euro Obrigações

FIM Aberto

2.012.837,88

n.a.

n.a.

Pop. Global 25

FIM Aberto

50.777.727,80

41.872.010,40 -17,54%

Pop. Global 50

FIM Aberto

43.605.039,82

34.095.166,04 -21,81%

Pop. Global 75

FIM Aberto

21.397.117,64

15.804.266,88 -26,14%

Pop. Tesouraria

FIM Aberto

43.384.858,29

26.157.098,28 -39,70%

Popular Global 5

FIM Aberto

5.717.872,16

4.238.447,38 -25,87%

Total Fundos de Investimento Mobiliário

173.976.662,27 126.825.809,84 -27,10%

Imourbe

FII Fechado

11.898.165,04

12.519.889,68

5,23%

(14)

Evolução Financeira

Apesar da redução dos activos sob gestão em 2018, o decréscimo nas comissões geradas foi residual (2%). Fruto de uma diminuição nos custos de funcionamento da Sociedade, A PGA diminuiu em 43% os prejuízos registados em 2017, apresentando um resultado líquido negativo de 83 milhares de euros. 2018 2017 Variação (milhares de euros) Activo Líquido 1480 1680 -12% Capitais Próprios 1412 1495 -6%

Rendimentos de Serviços e Comissões 1268 1289 -2% Encargos com Serviços e Comissões -761 -773 -2%

Resultado Líquido -83 -145 43%

Os encargos com Serviços e Comissões correspondem, quase na íntegra, à remuneração pelas actividades de comercialização paga pela Sociedade Gestora à entidade comercializadora, que comercializa as unidades de participação. Quer os encargos atrás referidos, quer os rendimentos, registaram variações negativas em função do decréscimo médio dos activos em gestão.

Perspectivas para 2019

O ano de 2019 pode ser marcado por um abrandamento económico a nível mundial, pois os três principais blocos (Europa, China e EUA) estão a atravessar algumas dificuldades para manter o crescimento económico. Um tema transversal é a Guerra Comercial entre os EUA e a China que está longe de ser resolvida e que já levou o país asiático a ter em 2018 um crescimento de 6,6%, o mais pequeno desde o 1º trimestre de 2009. Com ou sem acordo entre as partes, estes meses de tarifas mútuas vão deixar marca na economia mundial. Na Europa tanto a Alemanha, como a França e a Itália estão a ter indicadores económicos que demonstram um abrandamento. Além disso existem temas de ordem política como o “Brexit” por esclarecer e as eleições europeias que podem demonstrar um crescimento dos partidos com posições mais extremas, algo que é preocupante numa região cujo projecto (U.E.) tem como base a união dos países e das economias. Nos EUA a nível interno tivemos um impasse face ao “Shutdown” que durou 35 dias, o maior da história, em consequência da falta de diálogo entre Donald Trump e a câmara dos Representantes, relação que pode levar a outras situações semelhantes de impasses ou “shutdowns” ao longo do ano de 2019 .

Proposta de aplicação de Resultados

Propõe-se que o resultado líquido do exercício de 2018, negativo e no montante de

82.635,45

euros, seja transferido para a conta de Resultados Transitados.

(15)

Anexo 1 – Posição acionista dos membros dos órgãos de administração e

fiscalização

(Artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais) Nada a reportar

Anexo 2 – Participações qualificadas

(Artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais e Artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários)

Accionistas Nº Acções Participação no Capital Social Direitos de Voto

Banco Santander, SA 135.000 100% 100%

Lisboa, 26 de Março de 2019

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Joaquim António Aires Mateus de Calça e Pina

António do Cazal Ribeiro de Carvalho Juzarte Rolo

(16)

Demonstrações Financeiras

(valores em euros) Notas/ Quadros anexos 31-12-2018 31-12-2017 Rendimentos de juros 11 0,00 4.433,34 Margem financeira 0,00 4.433,34

Rendimentos de serviços e comissões 12 1.268.007,50 1.288.498,65 Encargos com serviços e comissões 12 -760.969,27 -773.175,78 Resultados de reavaliação cambial 197,92 -454,19 Outros resultados de exploração 13 64,79 -23.482,01

Produto da atividade 507.300,94 495.820,01

Custos com pessoal 19 -49.795,50 -52.255,50 Gastos gerais administrativos 14 -540.140,89 -558.447,02 Amortizações do exercício 0,00 -8.601,80 Provisões do exercicío 0,00 -21.338,80

Resultado antes de impostos -82.635,45 -144.823,11

Impostos sobre lucros 0,00 0,00

Resultado líquido do exercício -82.635,45 -144.823,11

Outro rendimento integral 0,00 0,00 Total do rendimento integral do exercício -82.635,45 -144.823,11

Resultado por acção (euro) -0,61 -1,07

(17)

(valores em euros)

Notas/Quadro

s anexos 31-12-2018 31-12-2017

Demonstração do Balanço - Activos

Caixa, saldos de caixa em bancos centrais e outros depósitos à ordem 1.468.982,05 1.561.222,78

Outros depósitos à ordem 6 1.468.982,05 1.561.222,78

Ativos por impostos 2.770,14 0,00

Ativos por impostos correntes 15 2.770,14 0,00

Outros ativos 7 8.130,32 118.610,07

ATIVOS TOTAIS 1.479.882,51 1.679.832,85 Demonstração do Balanço - Passivos

Provisões 20 21.338,80 21.338,80

Outros passivos 8 46.269,11 163.584,00

PASSIVOS TOTAIS 67.607,91 184.922,80 Demonstração do Balanço - Capital próprio

Capital 675.000,00 675.000,00

Capital realizado 9 675.000,00 675.000,00

Outras reservas 10 819.910,05 964.733,16

Resultado líquido do exercício -82.635,45 -144.823,11

CAPITAL PRÓPRIO TOTAL 1.412.274,60 1.494.910,05 CAPITAL PRÓPRIO TOTAL E PASSIVOS TOTAIS 1.479.882,51 1.679.832,85

(18)

Euros

Capital Social Reservas Legais Outras Reservas Resultados transitados Resultado líquido Capital Balanço em 01 de Janeiro de 2017 675 000 796 100 50 817 101 122 16 694 1 639 734

Transferência para resultados transitados 16 694 - 16 694 0

Transferência para reserva legal 0

Transferência para outras reservas 0

Pagamento de dividendos 0

Resultado do exercício - 144 823 - 144 823

Resultado do exercício 290 808 290 808

Saldo a 31 de Dezem bro de 2017 675 000 796 100 50 817 117 816 - 144 823 1 494 911

Transferência para resultados transitados - 144 823 144 823 0

Transferência para reserva legal 0

Transferência para outras reservas 0

Pagamento de dividendos 0

Resultado do exercício - 82 635 - 82 635

Saldo em 31 de Dezem bro de 2018 675 000 796 100 50 817 - 27 007 - 82 635 1 412 275

(19)

(em euros)

31-12-2018 31-12-2017

Actividades Operacionais

Juros e comissões recebidos 1 382 457 1 303 048 Juros e comissões pagos - 829 474 - 778 635 Pagamento a fornecedores - 553 304 - 587 493

Resultados operacionais antes de alterações nos fundos operacionais - 321 - 63 080

Aumentos/(diminuições) dos activos operacionais

Créditos sobre instituições de crédito 0 1 500 000 Outros activos operacionais 5 868 17 086 Aumentos/(diminuições) dos passivos operacionais

Outros passivos operacionais - 95 018 - 54 841

Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais - 89 471 1 399 165

Impostos pagos sobre lucros - 2 770 8 323

Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais - 92 241 1 407 488

Actividades de Financiam ento

Dividendos pagos -

-Fluxos de caixa líquidos das actividades de financiam ento 0 0 Efeitos da alteração da taxa de câm bio em caixa e seus equivalentes 0 0 Aum ento líquido em caixa e seus equivalentes - 92 241 1 407 488

Caixa e seus equivalentes no início do período 1 561 223 153 735 Caixa e seus equivalentes no fim do período Nota 6) 1 468 982 1 561 223 - 92 241 1 407 488

(20)

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

(Valores expressos em euros)

1 - Actividade

A POPULAR GESTÃO DE ACTIVOS, S.A., adiante designada por Sociedade, foi constituída em 1 de Abril de 2009, pela incorporação da PREDIFUNDOS - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento constituída em 17 de Agosto de 1993, na GERFUNDOS - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento constituída em 21 de Dezembro de 1992, e tem por objecto a administração, gestão e representação de fundos de investimento.

A fusão, por incorporação, foi aprovada pelo Banco de Portugal em 20 de Março de 2009.

Em 28 de Dezembro de 2010, o Banco Popular Español adquiriu ao Banco Popular Portugal, S.A. a totalidade das acções representativas de 100% do capital da POPULAR GESTÃO DE ACTIVOS, S.A.

O Conselho Único de Resolução, na qualidade de autoridade de resolução competente no quadro da União Europeia, decidiu proceder, no dia 7 de Junho de 2017, à venda do Banco Popular Español, S.A. ao Banco Santander, S.A., no âmbito de uma medida de resolução aplicada ao Banco Popular Español, S.A., ascendendo o montante da operação a um euro. A medida de resolução determinada pela autoridade europeia de resolução beneficiou da cooperação com a autoridade de supervisão competente, que é o Banco Central Europeu – Mecanismo Único de Supervisão.

A filial portuguesa do Banco Popular Español, S.A. – o Banco Popular Portugal, S.A. – não foi objecto de qualquer medida de resolução e está incluída no perímetro de venda, pelo que passa a integrar o Grupo do Banco Santander.

Em 27 de Dezembro de 2017, o Banco Santander Totta, S.A. procedeu à aquisição e fusão com o Banco Popular Portugal, S.A. O Banco Popular Portugal, S.A. deixou de existir enquanto entidade jurídica, sendo todos os seus direitos e obrigações transferidos para o Banco Santander Totta, S.A.

Para a Popular Gestão de Activos, S.A. esta medida não implica qualquer alteração na actividade, que continua a operar como até agora, mas integrados num novo grupo bancário.

À data de balanço a Sociedade gere 7 fundos num total de 139 407 190 euros (2017: 185 874 827 euros), dos quais 6 mobiliários e 1 imobiliário.

Em consequência do processo de aquisição e fusão do Banco Popular Portugal, S.A., por parte do Banco Santander Totta, S.A., este passou a ser o Banco depositário dos Fundos sob gestão. Adicionalmente, o acordo para a prestação de serviços de comercialização e distribuição das unidades de participação dos Fundos que

(21)

existia entre a PGA e o Banco Popular Portugal, S.A., passou a ter como contraparte o Banco Santander Totta, S.A.

2 – Bases de apresentação e principais políticas contabilísticas e comparabilidade

A Sociedade Gestora está sujeita à supervisão do Banco de Portugal, por força do nº 1 do artigo 1º e da alinea b) do nº 1 do artigo 6º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.

Em conformidade com o artº 2º do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, datado de 7 de Dezembro, a partir de 1 de Janeiro de 2017, as entidades sujeitas à supervisão do Banco de Portugal, devem elaborar as demonstrações financeiras em base individual, de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), tal como adoptadas, em cada momento, por regulamento da União Europeia, e respeitando a estrutura conceptual para a preparação e apresentação de demonstrações financeiras que enquadra aquelas normas, a exemplo do que já era anteriormente requerido para as demonstrações financeiras em base consolidada, quando aplicável.

Estas demonstrações financeiras foram preparadas pela Sociedade de acordo com as IFRS adoptadas pela União Europeia (“IFRS”), emitidas e em vigor, ou emitidas e adoptadas à data de 1 de Janeiro de 2017.

Não se registaram impactos nas demonstrações financeiras em base individual da Sociedade em 1 de Janeiro de 2017, decorrentes da aplicação das IFRS.

As demonstrações financeiras agora apresentadas, reportam-se ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2018 e foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos registos contabilísticos e respectivo suporte documental, mantidos de acordo com os princípios consagrados nas IFRS e demais disposições emitidas pelo Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe foi atribuída pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, sendo comparáveis com as demonstrações financeiras anuais a 31 de Dezembro de 2017 que foram preparadas com base nestas mesmas normas.

As demonstrações financeiras foram aprovadas para emissão pelo Conselho de Administração em 26 de Março de 2019 e estando sujeitas à aprovação da Assembleia Geral.

A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as IFRS requer que a Sociedade efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectem a aplicação de políticas contabilísticas e os montantes de proveitos, custos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças face à realidade poderão ter impactos sobre as actuais estimativas e julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade, ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativos na preparação das demonstrações financeiras encontram-se analisadas na Nota 5.

As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras, foram as seguintes:

(22)

a) Especialização dos exercícios

Os custos e os proveitos são reconhecidos de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios, sendo registados quando se vencem, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Reconhecimento de rendimentos e encargos de serviços e comissões i) Comissão de gestão

A Sociedade, no âmbito da actividade de gestão de fundos de investimento, conforme previsto nos respectivos Prospectos e Regulamentos de Gestão dos Fundos, debita directamente aos Fundos comissões devidas pela gestão, sendo estas registadas na rubrica de “Rendimentos de serviços e comissões” na demonstração de resultados por contrapartida de “Outros activos” em balanço.

Para a generalidade dos fundos esta comissão é calculada diariamente e ao "pro-rata" sobre o valor patrimonial de cada fundo.

Em relação ao fundo Imourbe, a comissão é calculada em base mensal sobre o valor do activo do fundo no último dia do mês.

As taxas praticadas em relação a cada fundo são as seguintes: Fundos Administrados

31-12-2018 31-12-2017 Fundos Mobiliários

Popular Acções 1,20% 1,20%

Popular Euro Obrigações (ii) 0,80% 0,80%

Popular Global 5 0,50% 0,50%

Popular Global 25 0,70% 0,70%

Popular Global 50 0,93% 0,93%

Popular Global 75 1,15% 1,15%

Popular Tesouraria 0,45% 0,45%

Popular Objectivo Rendimento 2021 (i) - 0,55% Fundos Imobiliários

Imourbe 0,25% 0,25%

Popular Arrendamento (i) - 1,20% Comissão de Gestão

(i) Fundos liquidados durante o exercício de 2017. (ii) Fundos liquidados durante o exercício de 2018.

(23)

ii)Comissão de comercialização

Esta comissão corresponde à remuneração paga pela Sociedade ao Banco que comercializa as unidades de participação, sendo registada em custos na rubrica “Encargos com serviços e comissões”. A Comissão corresponde a 60% do montante das comissões recebidas pela gestão dos fundos investimento.

c) Impostos sobre os lucros

Os impostos sobre os lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre os lucros são reconhecidos em resultados, excepto quando estão relacionados com itens que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida dos capitais próprios. Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada.

Os impostos diferidos são calculados sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas e que se espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.

Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis, excepto até ao ponto em que esse passivo por impostos diferidos resultar do reconhecimento inicial de um activo ou passivo numa transacção que não afete, no momento da transacção nem o lucro contabilístico nem o lucro tributável (perda fiscal).

Os impostos diferidos activos são reconhecidos apenas na medida em que seja expectável que exista lucros tributáveis no futuro, capazes de absorver as diferenças temporárias dedutíveis.

A Sociedade encontra-se sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) e às correspondentes derramas. No exercício de 2018, em função dos prejuízos apurados, não foi calculado valor de IRC, o qual é apurado com base numa taxa nominal de 21% sobre a matéria colectável, à qual acresce a taxa de derrama municipal de 1,5%, que incide sobre o lucro tributável e uma taxa de derrama estadual a uma taxa variável de acordo com os escalões abaixo indicados:

- Lucro Tributável menor do que 1,5 Meuros 0% - Lucro Tributável entre 1,5 Meuros e 7,5 Meuros 3% - Lucro Tributável entre 7,5 Meuros e 35 Meuros 5% - Lucro Tributável maior do que 35 Meuros 7%

(24)

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais da Sociedade estão sujeitas a eventuais correcções por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos contado a partir do exercício a que respeitam. Desta forma, os exercícios de 2014 a 2017 poderão ainda ser sujeitas a revisão pelas autoridades fiscais.

A Administração da Sociedade entende que as eventuais correcções que possam vir a resultar de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações fiscais de impostos não deverão ter um efeito significativo nas Demonstrações Financeiras.

d) Reconhecimento de juros

Os juros relativos a aplicações de curto prazo em outras instituições de crédito são reconhecidos no período a que dizem respeito na rubrica de “Juros e proveitos similares”, por contrapartida da respectiva rubrica do activo, “Disponibilidade em outras instituições de crédito”.

e) Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da preparação da demonstração dos fluxos de caixa, são considerados na rubrica de “Caixa e seus equivalentes” os valores registados no balanço de aplicações de muito curto prazo, disponíveis de imediato sem perda de valor, com maturidade inferior a 3 meses a contar da data de início das aplicações, onde se incluem, os saldos das rubricas “Caixa e disponibilidades em bancos centrais”, “Disponibilidades em outras instituições de crédito”, e “Aplicações em instituições de crédito”, que cumpram estas condições.

3 – Normas contabilísticas

Em 2018, passaram a ser de aplicação obrigatória novas normas e interpretações ou suas alterações, as quais tiveram impacto nulo ou pouco significativo nos montantes reportados e divulgações efetuadas nas demonstrações financeiras da Sociedade Gestora:

(25)

1. Novas normas, interpretações e alterações, com data de entrada em vigor a partir de 1 de janeiro de 2018

 Adoção da IFRIC 22: Transações em Moeda Estrangeira e Retribuição Antecipada (Regulamento

2018/519, de 28 de março)

- A IFRIC 22 estabelece a data da transação como o fator determinante para o cálculo a taxa de câmbio a

usar nas contraprestações pagas ou recebidas em adiantado em moeda estrangeira. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018.

 Transferências de Propriedades de Investimento – Alterações à IAS 40 (Regulamento 2018/400,

de 14 de março)

- As alterações à IAS 40 - Propriedades de Investimento - vêm clarificar que a transferência de ativos só pode ser efetuada quando existe prova da sua alteração de uso, sendo que a alteração de decisão da gestão não é suficiente para ser efetuada a transferência. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018.

 Classificação e Mensuração de transações de pagamentos com base em ações – Alterações à IFRS

2 (Regulamento 2018/289, de 26 de fevereiro)

- Estas alterações à IFRS 2 estão relacionadas com aspetos de classificação e de -mensuração para um conjunto de aspetos em que as orientações existentes na Norma não eram muito claras. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018.

 Melhoramentos anuais: ciclo 2014-2016 (Regulamento 2018/182, de 7 de fevereiro)

- Os melhoramentos incluem pequenas emendas a três normas internacionais de contabilidade, das quais duas são aplicáveis aos exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2018:

 IFRS 1 Adoção pela Primeira Vez das IFRS: Esta melhoria elimina as isenções temporárias previstas na transição para a IFRS 7, IFRS 10 e IAS 19.

 IAS 28 Investimentos em Associadas e Empreendimentos Conjuntos: Esta melhoria clarifica que os investimentos em associadas ou empreendimentos conjuntos detidos por uma sociedade de capital de risco podem ser mensurados, de forma individual, ao justo valor. A melhoria refere ainda que uma entidade que não é uma entidade de investimento, mas detém investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos que são entidades de investimento, pode manter a mensuração ao justo valor da participação que essas associadas ou empreendimentos conjuntos têm nas suas próprias subsidiárias, na aplicação do MEP (método de equivalência patrimonial).

 Aplicar a IFRS 9 Instrumentos Financeiros com a IFRS 4 Contratos de Seguros – Alterações à IFRS

4 (Regulamento 2017/1988, de 3 de novembro)

- Estas alterações à IFRS 4 dão resposta às preocupações das entidades cuja atividade predominante seja a

de seguradora sobre a implementação da nova norma sobre instrumentos financeiros (IFRS 9) antes da entrada em vigor da IFRS 17 - Contratos de Seguros. Estas alterações são aplicáveis aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018.

(26)

- Esta nova norma aplica-se a contratos para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar ativos ou prestar serviços é satisfeita e pelo montante que reflete a contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto na “metodologia dos 5 passos”. Esta norma será aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018.

 Rédito de Contratos com clientes – Clarificações à IFRS 15 (Regulamento 2017/1987, de 31 de

outubro)

- Estas alterações à IFRS 15 vieram clarificar alguns requisitos e proporcionar uma maior facilidade na transição para as Entidades que estão a implementar esta Norma tais como: a) a determinação das obrigações de desempenho de um contrato; b) determinação do momento do reconhecimento do rédito de uma licença de propriedade intelectual; c) seleção de novos regimes transitórios previstos para implementação da IFRS 15. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018.  IFRS 9: Instrumentos Financeiros (Regulamento n.º 2016/2067, de 22 de novembro)

- A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos ativos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura. A adoção desta norma acarreta, igualmente e em conformidade: (i) alterações das normas (IAS/IFRS) e interpretações (IFRIC/SIC): IAS 1, IAS 2, IAS 8, IAS 10, IAS 12, IAS 20, IAS 21, IAS 23, IAS 28, IAS 32, IAS 33, IAS 36, IAS 37, IAS 39, IFRS 1, IFRS 2, IFRS 3, IFRS 4 Contratos de Seguro, IFRS 5, IFRS 7, IFRS 13, IFRIC 2, IFRIC 5, IFRIC 10, IFRIC 12, IFRIC 16, IFRIC 19, SIC 27; e (ii) revogação da IFRIC 9 Reavaliação de Derivados Embutidos. Esta norma será aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018.

2. Novas normas, interpretações e alterações, com data de entrada em vigor em exercícioscom início em ou após 1 de janeiro de 2019

 Alterações à IFRS 9: Características de pagamentos antecipados com contribuição negativa

(Regulamento 2018/498, de 22 de março)

- Esta alteração à IFRS 9 passa a permitir que determinados os instrumentos se possam qualificar para mensuração pelo custo amortizado ou pelo valor justo através do outro rendimento integral (dependendo do modelo de negócio) ainda que não satisfaçam as condições do teste SPPI. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019.

 IFRS 16: Locações (Regulamento 2017/1986, de 31 de outubro)

- A IFRS 16 estabelece os princípios aplicáveis ao reconhecimento, à mensuração, à apresentação e à divulgação de locações. O objetivo da norma é garantir que os locatários e os locadores fornecem informações pertinentes de uma forma que represente fielmente essas transações, revogando IAS 17 - Locações, assim como um conjunto de interpretações (SIC e IFRIC), nomeadamente: IFRIC 4 – Determinar se um Acordo Contém uma Locação; SIC 15 – Locações Operacionais – Incentivos; e SIC 27 – Avaliação da Substância de Transações que Envolvam a Forma Legal de uma Locação. Esta norma será aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019.

(27)

 Adoção da IFRIC 23: Incerteza quanto aos tratamentos do imposto sobre o rendimento

(Regulamento 2018/1595, de 23 de outubro)

- Esta interpretação clarifica como devem ser aplicados os requisitos de reconhecimento e de mensuração da

IAS 12 quando existem incertezas quanto aos tratamentos do imposto sobre o rendimento. Esta interpretação será aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019.

3. Normas (novas ou revistas) emitidas pelo “International Accounting Standards Board” (IASB) e interpretações emitidas pelo “International Financial Reporting Interpretation Commitee” (IFRIC) e ainda não endossadas pela União Europeia

Adicionalmente, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, encontram-se ainda emitidas pelo IASB as seguintes normas e interpretações, ainda não endossadas pela União Europeia:

 Venda ou Contribuição de Ativos entre um Investidor e a sua Associada ou Empreendimento

Conjunto - Alterações à IFRS 10 e à IAS 28 (emitida pelo IASB em 11set14)

- Esta alteração vem clarificar o tratamento contabilístico para transações quando uma empresa-mãe perde o

controlo numa subsidiária ao vender toda ou parte do seu interesse nessa subsidiária a uma associada ou empreendimento conjunto contabilizado pelo método da equivalência patrimonial. Ainda não foi definida a data de aplicação destas alterações e o processo de endosso pela União Europeia apenas será iniciado após confirmação da data de aplicação das alterações pelo IASB.

 IFRS 14: Contabilização de Diferimentos Regulatórios (emitida pelo IASB em 30jan14)

- Esta norma permite aos adotantes pela primeira vez das IFRS, que continuem a reconhecer os ativos e passivos regulatórios de acordo com a política seguida no âmbito do normativo anterior. Contudo para permitir a comparabilidade com as entidades que já adotam as IFRS e não reconhecem ativos / passivos regulatórios, os referidos montantes têm de ser divulgados nas demonstrações financeiras separadamente. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016, tendo a Comissão Europeia decidido não iniciar o processo de endosso desta norma transitória e aguardar pela norma definitiva a emitir pelo IASB.

 IFRS 17: Contratos de Seguros (emitida pelo IASB em 18mai17)

- A IFRS 17 resolve o problema de comparação criado pela IFRS 4 exigindo que todos os contratos de seguros sejam contabilizados de forma consistente, beneficiando assim quer os investidores quer as empresas de seguros. As obrigações de seguros passam a ser contabilizadas usando valores correntes em vez do custo histórico. A informação passa a ser atualizada regularmente, providenciando mais informação útil aos utilizadores das demonstrações financeiras. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2021, estando esta nova norma ainda sujeita ao processo de endosso pela União Europeia.  Alterações à IAS 28: Interesses de longo prazo em associadas e empreendimentos conjuntos

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- Esta alteração vem clarificar que uma entidade deve aplicar a IFRS 9 aos interesses de longo prazo em associadas e empreendimentos conjuntos em que o método da equivalência patrimonial não é aplicado. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019, estando esta nova norma ainda sujeita ao processo de endosso pela União Europeia.

 Melhoramentos anuais: ciclo 2015-2017 (emitida pelo IASB em 12dez17)

- Os melhoramentos incluem pequenas emendas a três normas internacionais de contabilidade, como segue:

 IFRS 3 Concentrações de atividades empresariais e IFRS 11 Acordos conjuntos  IAS 12 Impostos sobre o rendimento

 IAS 23 Custos de empréstimos obtidos

Estas emendas serão aplicáveis aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019, estando ainda sujeitas ao processo de endosso pela União Europeia.

 Alterações à IAS 19: Alteração, redução ou liquidação de plano de benefícios definidos (emitida

pelo IASB em 7fev18)

- Esta alteração exige que uma entidade utilize pressupostos atualizados para a remensuração do custo do

serviço corrente e do custo líquido de juros para o período remanescente após a modificação do plano. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019, estando esta alteração ainda sujeita ao processo de endosso pela União Europeia.

 Alterações às referências para a Estrutura Concetual das IFRS revista (emitida pelo IASB em

29mar18)

- Em março de 2018 o IASB procedeu à revisão da Estrutura Concetual das IFRS. Para as entidades que usam

a Estrutura Concetual para desenvolver políticas contabilísticas quando nenhuma IFRS se aplica a uma determinada transação particular, a Estrutura Concetual revista é efetiva para os períodos anuais iniciados em ou após 1 de janeiro de 2020. As necessárias alterações às diversas IFRS decorrentes da revisão da Estrutura Concetual foram também já emitidas pelo IASB estando essa alteração ainda sujeita ao processo de endosso pela União Europeia.

 Alterações à IFRS 3 – Concentrações de atividades empresariais (emitida pelo IASB em 22out18)

- Estas alterações à IFRS 3 vêm aperfeiçoar a definição de concentração de atividade empresarial, ajudando

as entidades a determinar se uma determinada aquisição efetuada se refere de facto a uma atividade empresarial ou apenas a um conjunto de ativos. Para além da alteração da definição, esta alteração vem providenciar algumas orientações adicionais. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2020, estando esta nova norma ainda sujeita ao processo de endosso pela União Europeia.

 Alterações à IAS 1 e à IAS 8: Definição de Material (emitida pelo IASB em 31out18)

- Estas alterações à IAS 1 e à IAS 8 vêm atualizar a definição de “material”, de forma a facilitar os julgamentos efetuados pelas entidades sobre a materialidade. A definição de “material”, um importante conceito contabilístico nas IFRS, ajuda as entidades a decidir sobre se a informação deverá ser ou não incluída nas demonstrações financeiras. As alterações clarificam a definição de “material” e a forma como a mesma deverá ser utilizada através da inclusão na definição de orientações que até ao momento não faziam

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parte das IFRS. Adicionalmente, as explicações que acompanham essa definição foram aperfeiçoadas. Por último, as alterações efetuadas asseguram que a definição de “material” é consistente ao longo de todas as IFRS. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2020, estando esta nova norma ainda sujeita ao processo de endosso pela União Europeia.

4 – Gestão de Risco Financeiro

A actividade da Sociedade, dada a sua natureza, encontra-se exposta a alguns riscos financeiros que requerem a sua análise, avaliação, aceitação e gestão de um certo nível de risco ou combinações de risco. Assumir o risco é a essência da actividade financeira e o risco operacional é uma consequência inevitável desta.

No exercício da sua actividade, a Sociedade assegura o equilíbrio apropriado entre o risco que assume e o proveito da sua actividade, minimizando potenciais efeitos adversos da sua performance financeira.

A actividade desenvolvida pela Sociedade compreende essencialmente a gestão de activos de Fundos de Investimento Mobiliários e Imobiliários.

4.1 Risco de Crédito

A Sociedade não se encontra significativamente exposta ao risco de crédito, uma vez que esta actividade não lhe é permitida. O risco de crédito é aplicável apenas às suas aplicações financeiras.

Na perspectiva da actividade dos fundos, e enquanto gestora dos mesmos, o risco de crédito dos activos que compõem a carteira dos mesmos é avaliado de acordo com a política de investimento definida nos respectivos prospectos dos fundos.

4.2 Risco de Mercado

O risco de mercado, pelas características específicas da actividade da Sociedade e pela composição do seu balanço, não existe, não assumindo esta Sociedade riscos de mercado relevantes uma vez que não é um market maker e não assume posições significativas em dívida emitida, acções, moeda estrangeira e outros títulos, mercadorias ou em instrumentos financeiros equivalentes, nomeadamente derivados.

O risco de mercado dos activos sob gestão dos fundos é acompanhado através de reavaliações diárias, sendo desenvolvidos mecanismos de cobertura sempre que tal se mostre apropriado, para os activos mais líquidos, de forma a dar cumprimento às políticas de investimento de cada fundo.

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4.2.1 Risco Cambial

A Sociedade detém a maioria dos activos e passivos em euros, existem contudo algumas despesas incorridas em USD, pelo que o risco cambial é reduzido.

O risco cambial dos activos sob gestão dos fundos denominados em moeda estrangeira é acompanhado através de reavaliações diárias, e caso aplicável são desenvolvidos instrumentos de cobertura de forma a dar cumprimento às políticas de investimento de cada fundo.

4.2.2 Risco de Taxa de Juro

O risco de taxa de juro associado a fluxos de caixa corresponde ao risco dos fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro variarem devido a alterações nas taxas de juro de mercado.

Uma vez que os proveitos da Sociedade dependem do desempenho dos fundos por si geridos, e tendo em consideração que as alterações nas taxas de juro de mercado têm um impacto nas respectivas performances

dos fundos, o risco a que a Sociedade está exposta traduz-se num impacto indirecto por via da comissão de gestão que é cobrada.

4.3 Risco de Liquidez

A Sociedade assume deliberadamente uma posição prudente e conservadora em matéria de gestão de liquidez, procurando manter em níveis confortáveis os principais indicadores.

5 – Principais estimativas e julgamentos utilizados na elaboração das demonstrações financeiras

Na elaboração das demonstrações financeiras, a Sociedade efectuou estimativas e utilizou pressupostos que afectam as quantias relatadas dos activos e passivos. Estas estimativas e pressupostos são apreciados regularmente e baseiam-se em diversos factores incluindo expectativas acerca de eventos futuros que se consideram razoáveis nas circunstâncias.

Utilizaram-se estimativas e pressupostos essencialmente no que se refere à estimativa dos impostos sobre os lucros, pois existem algumas transacções e cálculos para os quais a determinação do valor final de imposto a pagar é incerto durante o ciclo normal de negócios.

Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período.

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colectável, resultantes, principalmente, de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção da Sociedade, de que não haverá correcções significativas aos impostos sobre lucros registados nas demonstrações financeiras.

6 – Disponibilidades em outras instituições de crédito

Em 31 de Dezembro de 2018 e 2017, os montantes registados nesta rubrica são integralmente constituídos por depósitos à ordem no Banco Santander, S.A., conforme segue:

31-12-2018 31-12-2017

Depósitos à ordem 1 468 982 1 561 223

Juros -

-1 468 982 1 561 223

7 – Outros activos

Esta rubrica engloba os seguintes saldos:

31-12-2018 31-12-2017

Outros devedores diversos 35 184 Comissões de gestão 0 114 450 Outros encargos diferidos 8 096 3 976 8 130 118 610

As comissões de gestão correspondem às comissões a receber dos Fundos geridos pela Sociedade, especializadas até ao mês de Dezembro, de acordo com os prazos de pagamento previstos nos regulamentos de gestão e prospectos dos diferentes fundos.

8 – Outros Passivos

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