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ACESSIBILIDADE AS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA (CADEIRANTE) NA BIBLIOTECA MUNICIPAL FRANCISCO MEIRELES EM PORTO VELHO-RO | Anais do Congresso Rondoniense de Carreiras Jurídicas - ISSN 2526-8678

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Anais do I Congresso Rondoniense de Carreiras Jurídicas Porto Velho/RO 29 e 30 de novembro de 2016 P. 561 a 581 ACESSIBILIDADE AS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA (CADEIRANTE) NA BIBLIOTECA MUNICIPAL FRANCISCO MEIRELES EM

PORTO VELHO-RO

Marcos Vinicius Vanzella1 Pedro Abib Hecktheuer2

RESUMO

Este trabalho tem o objetivo de analisar as condições de acessibilidade do prédio da Biblioteca Municipal Francisco Meireles em Porto Velho-RO. Utilizou-se como base para o desenvolvimento do estudo a norma técnica da ABNT, NBR 9050:2004, criada com o intuito de garantir as pessoas com deficiência física o acesso aos edifícios públicos. Para que fosse confeccionado este trabalho, foi feita visita in loco na Biblioteca e coleta de fotografias que demonstram a situação fática do prédio. Os dados coletados embasam a produção dos diagnósticos da situação atual de acessibilidade do espaço da biblioteca. Constatou-se que o prédio da Biblioteca Municipal Francisco Meireles precisa se adequar as normas de acessibilidade para que seja garantido o acesso, que se encontra reduzido, a pessoa com deficiência física.

Palavras chave: Acessibilidade. Cadeirante. Biblioteca Municipal Francisco Meireles. NBR/9050.

ABSTRACT

This work aims to analyze the building accessibility conditions of the Municipal Library Francisco Meireles in Porto Velho. It was used as basis for studying the development of the technical standard ABNT NBR 9050:2004, created in order to ensure people with disabilities access to public buildings. It was made for this work was done on-site visit in the library and collection of photographs that show the factual situation of the building. Data collected underlie the production of diagnoses of the current situation of accessibility of library space. It was found that the building of the Municipal Library Francisco Meireles must fit the standards of accessibility to be granted access, which is reduced, the person with disability.

1 Acadêmico do curso de direito da Faculdade Católica de. Email: marcovanzella@hotmail.com 2

Docente da disciplina de Direito Constitucional da Faculdade Católica de Rondônia. Email:Pedro_abib@hotmail.com

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Keywords: Accessibility. Wheelchair. Library Municipal Francisco Meireles. NBR/9050.

INTRODUÇÃO

Atualmente grande parcela da população da cidade de Porto Velho – RO, que frequenta espaços públicos destinados à cultura e que são portadores de deficiência é baixo. Apesar dessas limitações de ordem física a que estão sujeitas, algumas pessoas sofrem ainda com a discriminação e o descaso do Poder Público, especialmente no que se refere ao atendimento aos usuários da Biblioteca Municipal Francisco Meireles em Rondônia – Porto Velho, principalmente quando se refere à adoção de medidas concretas que visam proporcionar uma política mais inclusiva. Antes de tudo, o foco deste trabalho é apresentar a proteção conferida pelo Direito à pessoa portadora de deficiência, cadeirante, especialmente no que se refere ao atendimento aos usuários da Biblioteca Municipal Francisco Meireles em Rondônia – Porto Velho.

Portanto, para que isso ocorra é necessário um estudo da legislação sobre o assunto, analisando-se os tratados internacionais a Constituição Federal do Brasil de 1988, chegando até a legislação existente do Município de Porto Velho, relativa à matéria.

Após avaliar-se a as condições físicas do prédio quanto a acessibilidade, ficou constatado que o espaço encontra-se em desacordo com a NBR 9050:2004, de modo que resta clara a necessidade de que sejam feitas adaptações no prédio da Biblioteca Municipal Francisco Meireles, a partir do descrito na norma supracitada.

Por fim, apresentam-se algumas considerações finais sobre as principais ideias e argumentos expostos ao longo do texto e fotos da Biblioteca Municipal Francisco Meireles em Porto Velho – RO, que evidenciam a necessidade de adaptação do espaço a norma de acessibilidade mencionada.

1. CONCEITO: ACESSIBILIDADE E PESSOA PORTADORA DE DEFICIENCIA

O conceito, segundo a NBR 9050:2004, está atrelada a questão de promover a facilitação da vida cotidiana da pessoa portadora de deficiência, de modo lhe seja

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garantida autonomia e segurança quando da utilização das edificações e espaços urbanos, assim conforme a NBR 9050:2004:

Acessibilidade é a possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos. (NBR/9050, 2004)3

Com relação ao conceito, aqui fundamentado, há ainda no Decreto 914/93, segundo o qual a pessoa portadora de deficiência, é aquela que em caráter permanente perde alguma de suas funções básicas a realização de suas atividades cotidiana, in verbis:

Do mesmo modo que as definições restritivas, as definições genéricas geralmente aparecem em atos normativos do Poder Executivo. Nesse sentido, o Dec. n. 914/93 que regulamentava a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (PNIPPD), define a expressão nos seguintes termos: “Considera-se pessoa portadora de deficiência aquela que apresenta, em caráter permanente, perdas de sua estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, que gerem incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano” (art.3.° do Dec. n. 914/93), (Queiroz e Pozzoli, 2005, pag.239).4

Com base nas definições médicas e sociais, entende-se portador de necessidades especiais como aquele que sofreu com a perda ou anormalidade de estrutura ou função anatômica, temporária ou permanente incluindo-se defeito ou perda de membro, órgão, tecido ou outra estrutura do corpo.Note-se como nesse sentido pensa Verônica Camisão:

Acrescentam-se, a essas, as Deficiências Múltiplas, com a concomitância de um ou mais dos tipos acima, na mesma pessoa.

Contudo, não se reputa apenas aos chamados "deficientes" a condição de portador de necessidade especial. Qualquer ser humano pode ser considerado, mormente em algumas situações especificas, como sujeito de algum tipo de necessidade especial, ainda que momentânea (CAMISÃO, 2003)5

As pessoas portadoras de deficiência, em razão de sua própria condição, necessitam que as normas de acessibilidade sejam observadas, de modo a reduzir

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as situações em que se encontram diante da redução de sua autonomia e segurança por conta da inobservância de tais normas.

2. DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DAS PESSOAS PORTADORAS DE

DEFICIÊNCIA

A Declaração dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência foi aprovada em 1975 pela Assembléia Geral da Organização Geral da Organização das Nações Unidas em dezembro de 1975, por via da Resolução 2542/75.

A Declaração dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência de 1975 traz insculpido em seu texto o princípio da igualdade, de modo a deixar claro que seja com o intuito de aumentar o rol e mesmo a extensão dos direitos destas pessoas. Extrai-se tal entendimento do item 4 da Declaração:“ As Pessoas Deficientes têm os mesmos direitos civis e políticos que outros seres humanos ”.6

A Declaração da ONU dos Direitos das Pessoas Deficientes proclamou a necessidade de proteger os direitos e assegurar o bem estar e reabilitação daqueles que estão em desvantagem física ou mental.

O termo pessoas deficientes refere-se a qualquer pessoa incapaz de assegurar a si mesma, total ou parcialmente, as necessidades de uma vida individual ou social normal, em decorrência de uma deficiência, congênita ou não, em suas capacidades físicas e mentais.7

3

Considerando-se a necessidade de prevenir deficiências físicas e mentais e de proporcionar assistência às pessoas deficientes a fim de que desenvolvam suas habilidades nas diversas atividades e oferecer desta maneira conforme possível, sua integração na vida normal.Aliás, como ensinou Rui Barbosa:

"a regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam. Nesta desigualdade social, proporcionada a desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da igualdade... Tratar com desigualdade a iguais, ou a

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CAMISÃO, Verônica. Manual de acessibilidade aos prédios residenciais da cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: PMRJ/FUNLAR/CVI Rio/IBAM,2003.

Disponível em http://www.vitruvirus.com.br/revista/read/arquitextos/08.088/209 6 Disponível em http://www.sabrinabelon.org.br/ 7 Disponível em http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/dec_def.pdf 8 Disponivel em http://www.publicadireito.com.br/conpedi/manaus/arquivos/Anais/sao_paulo/2684.pdf

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desiguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real" (Barbosa, R).8

Conforme relata Rui Barbosa, o intento da Declaração dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência é de promover a garantia a segurança às pessoas portadoras de deficiência, de modo que possam exercer suas atividades cotidianas de forma autônoma.

3. CONSTITUIÇÃO E LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL DO BRASIL NA ACESSIBILIDADE DA BIBLIOTECA FRANCISCO MEIRELES

A Constituição da República Federativa do Brasil, mediante os artigos 5°, caput; 7°, XXXI; 203, IV; 227, §2°, 244, e em leis especificas, conforme a 7.853/89 e 10.098/2000, constituem os direitos básicos e a acessibilidade de pessoas portadoras de necessidades especiais.

O direito do cidadão constitui um dos princípios fundamentais do "Estado Democrático de Direito", ou seja, o estado de quem ostenta direitos e obrigações, garantindo a dignidade, exercendo a solidariedade e pleiteando o que lhe é de direito (Medeiros, 2004).

Restando claro ser imprescindível à efetivação da acessibilidade ao portador de deficiência, como meio de garantir seu direito a um cotidiano marcado pela autonomia e segurança na realização de suas atividades. Tal entendimento se vislumbra quando da observância do artigo 5°, da Constituição Federal tem como principal estruturação, o principio da igualdade formal ou principio da isonomia, em que todos são iguais mediante lei. Todavia, isso não quer dizer que essa igualdade seja absoluta. Portanto, o principio da igualdade é abordado de maneira proporcional às partes, isto é, tratar igual os iguais, e desigual os desiguais.

Exemplo de materialização da aplicação do princípio da isonomia encontra-se no texto do artigo 7°, inciso XXXI da Constituição Federal que proibiu qualquer discriminação no que se refere ao salário e processo de admissão do trabalhador portador de deficiência, segundo determina o artigo. A Lei Federal n. 7853 de 24 de outubro de 1989, atribuiu ao Ministério Público a defesa dos interesses difusos e coletivos da Pessoa Portadora de Deficiência além de tratar sobre diversas matérias que se associam extensão de uma melhor qualidade de vida a essas pessoas, como saúde, educação e trabalho.

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Nesse sentido vale ressaltar o prescrito no artigo 203, inciso IV da Constituição Federal que trata da assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, assegurando que ela será prestada a quem dela precisar, independentemente de contribuição e dentre outros objetivos a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e o incentivo de sua integração à vivência comunitária, tal como a garantia de um salário mínimo de beneficio mensal à pessoa portadora de deficiência que comprove não possuir meios de exercer a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.

Atento ao artigo 227, §2° neste dispositivo constitucional o Ministério da Educação, houve por bem definir, pela portaria n.° 1.679, de 2 de Dezembro de 1999, que sejam incluídos dispositivos destinados a avaliar as condições de oferta de cursos superiores, bem como para sua renovação, requisitos que garantam às pessoas portadoras de deficiência o essencial acesso à educação. De modo que os espaços físicos estejam aptos a proporcionar acessibilidade chegando-se assim ao escopo do artigo 244 da Constituição Federal que visa proporcionar a exclusão de obstáculos arquitetônicos e a obrigação da normatização a respeito da construção de logradouros e dos edifícios de uso publica, bem como da fabricação de veículos de transporte coletivo, é ponto de fundamental importância para pessoas portadoras de deficiência, pois o acesso adequado é, após a prévia conscientização, o próximo passo para obter os demais direitos.

Notadamente sobre o artigo 244 da Constituição Federal, foram editadas algumas leis que podem ser consideradas especificas no que diz respeito à acessibilidade em imóveis, construção e adaptação, com o intento de garantir a autonomia e a segurança das pessoas portadoras de deficiência por meio da acessibilidade.

Inicialmente atenta-se que a Lei n. 7.853 de 24 de outubro de 1989 que dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, seu ajustamento social, sobre a Corde, institui a tutela jurisdicional de interesses difusos ou coletivos dessas pessoas, ordenando a atuação do Ministério Publico, define crimes e dá outras providencias.

Ainda sobre a Lei n. 7.853 de 24 de outubro de 1989, em seu artigo 2°, V demonstra que visa a adoção e a efetiva execução de normas que garantam a

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funcionalidade das edificações e vias públicas, que evitem ou removam os óbices às pessoas portadoras de deficiência, permitam o acesso destas a edifícios, a logradouros e a meios de transporte.

Com o intuito de regulamentar a Lei n. 7.853/89, tem-se o Decreto n. 3.298 de 20 de dezembro de 1999, que traz disposições sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolidando normas de proteção.

Consoante às diretrizes da Política Nacional para a integração da Pessoa Portadora de Deficiência tem-se como parâmetro de critérios básicos para que seja consolidada a promoção da acessibilidade a Lei n. 10.098 de 19 de dezembro de 2000. Tendo-se a regulamentação desta Lei por via do Decreto n. 5.296 de dezembro de 2004 que estabelece prioridade de atendimento às pessoas que especifica além da Lei n. 10.098 de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios para a efetivação de acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

4. EVOLUÇÃO DA REGULAMENTAÇÃO DA ACESSIBILIDADE PELA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS PELA NBR 9050/2004

O Decreto n. 5.296/2004 define-se acessibilidade como:

Artigo 8° I – A condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.

O imóvel acessível não deve conter barreiras ou qualquer obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de movimento com segurança da pessoa portadora de deficiência.

A acessibilidade é garantida através da observância das Normas Técnicas da ABNT (Associação brasileira de Normas Técnicas), merecendo destaque as seguintes normas:

NBR 9050:2004 – Acessibilidade a Edificações, Mobiliários e Equipamentos Urbanos;

NBR 13994:2000 – Elevadores de passageiros – Elevadores para transporte de pessoa portadora de deficiência;

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A acessibilidade deve ser garantida a pessoa com deficiência física, visual, auditiva, mental e múltipla, o que gera inúmeras situações, conforme as normas técnicas da ABNT. Fundamentalmente, esta acessibilidade pode ser garantida com:

 Circulação interna acessível;

 elevadores de acesso à área externa do imóvel, como também internamente;

 Estacionamento ou garagem reservados;

 Escada com antiderrapantes

 Piso tátil e direcional,

 Rampas de acesso ao imóvel;

 Sanitários;

De acordo com a destinação do imóvel, como, por exemplo, escolas, teatros, praças públicas e bibliotecas, devem ocorrer obras para assegurar a acessibilidade destes ambientes.

A Prefeitura Municipal de Porto Velho se mobilizou e aprovou a Lei n°1.954 de 13 de Setembro de 2011, onde se insere: ‟Estabelece padronização para as calçadas no município de Porto Velho-RO e dá outras providências”.

Apesar da vasta legislação existente e do conjunto de normas disponíveis, observa-se que a maioria dos Estados brasileiros não atende às necessidades da acessibilidade de maneira eficaz. O Estado de Rondônia pertence a esta maioria. Poucas são as edificações acessíveis existentes, principalmente nas unidades públicas culturais, (NBR 9050).

Como amparo legal deste estudo, menciona-se a Lei n°10.098 de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade por pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. As normas foram estabelecidas para assegurar a integração social por meio do exercício dos direitos individuais e sociais, embasadas no respeito à dignidade e na justiça social, no intuito de possibilitar às pessoas com limitação física acesso à educação, à saúde, ao lazer, à previdência social, além de

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amparo à infância e à maternidade. Assim, a lei contempla basicamente todas as áreas indispensáveis à inclusão social das pessoas com limitação. Portanto, visa garantir ações institucionais voltadas a suprimir discriminações e preconceitos de qualquer espécie.

Ainda na área da acessibilidade a legislação garante acesso à promoção da educação, cultura e programas de acessibilidade específicos, de tal modo que estas pessoas tenham acesso à rede de serviços especializados em reabilitação e habilitação, bem como a tratamento adequado nos estabelecimentos culturais público e coletivo.

Consoante estabelecido pela mencionada lei, configura-se crime, punível com reclusão de um a quatro anos e multa, recusar, retardar ou dificultar de alguma forma o acesso da pessoa portadora de deficiência física a educação, ou negligenciar assistência cultural, quando possível, a essas pessoas. (Brasil Lei 10.098, 19 de dezembro de 2000)9

6. CONTEXTUALIZAÇÃO DA INSPEÇÃO NA BIBILOTECA MINICIPAL FRANCISCO MEIRELES

Em virtude da ausência de itens de segurança e acessibilidade no interior da Biblioteca Municipal Francisco Meireles, a Defensoria Publica do Estado de Rondônia (DPE-RO), propôs a Prefeitura o TAC (Termo de Ajuste de Conduta) N.0020750-80.2013.8.22.0001, de modo a sanar as irregularidades existentes no prédio, ficando acordado o prazo de cumprimento em 6 (seis) meses. Todavia, conforme o exposto a seguir, baseado em visita in loco, observa-se que o intento não foi alcançado.94

Conforme demonstrado no TAC e comprovado em visita “in loco” as irregularidades apontadas, embora transcorrido os prazos fixados não foram sanados.

No TAC a DPE recomendou que fosse feito o rebaixamento da calçada em frente a entrada da Biblioteca, como meio de facilitar o acesso dos portadores de

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necessidades especiais a rampa que os leva ao centro de estudo, o que não aconteceu.

A DPE solicitou ainda fosse feito o conserto imediato do elevador - único meio de acesso dos portadores de necessidades especiais a parte superior da Biblioteca – além da fixação de barras nas laterais e fundos da cabine, além da instalação de piso com superfície dura e antiderrapante e ainda um sistema de som com anúncio verbal para automaticamente na parada e saída do elevador, o que não aconteceu.

Solicitou-se ainda a instalação sonora e luminosa nas saídas de emergência, além do alargamento dos corredores existentes entre as prateleiras de livros como meio de facilitar o trânsito dos cadeirantes, o que não aconteceu.

Por fim, solicitou-se ainda a instalação de placas indicativas no interior da edificação para a sinalização de rotas em cores contrastantes; disponibilização de telefone público - inclusive para portadores de necessidades especiais - além da inserção em todos os degraus da escada que liga o térreo ao piso superior, de sinalização visual na borda do piso em cores contrastantes e antiderrapante, o que não aconteceu.

Consoante o cenário apresentado pertinente ressaltar o Decreto Federal N°5.296/200417, no tocante a questão de que devem possuir todas as condições necessárias às edificações no acesso e o uso universal de todas as pessoas, principalmente as que possuem algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida.

E ainda nesse cenário importante destacar a Legislação Federal N°7.405/8518, que torna obrigatória a colocação do ‟Símbolo Internacional de Acesso” em todos os locais e serviços que permitam sua utilização por pessoas portadoras de deficiência e dá outras providências.

Assim tem-se a Ação Civil Pública de nº 0020750-80.2013.8.22.0001 na 2ª Vara da Fazenda Pública, em face do Município de Porto Velho, no qual se discute a questão da acessibilidade no âmbito da Biblioteca Municipal Francisco Meireles. Na inicial produzida pela DPE, é feita referencia ao supracitado TAC, além de juntada de documentos acompanhados de relato do MP, de que desde o ano de 2005, este tem tentado por via administrativa a solução da controvérsia à cerca da questão em análise, não tendo obtido sucesso no intento.

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Na Ação Civil Pública em comento, vale ressaltar que foi feita por parte da DPE, inspeção judicial na qual se verificou a necessidade de intervenção de modo a atender ao pedido feito na inicial. Decorrido o prazo de contestação, foi designada Audiência de Conciliação, em 24/06/2014, na qual foram definidos os pontos de ação, com base no conteúdo do TAC, por parte da SEMED, no sentido de atender a demanda, com base em inspeção judicial, na qual se observou que o trabalho realizado pela 17ª Brigada do Exército não foi suficiente para atender o que se pretende por parte da DPE (Sentença em anexo). Sendo ainda fixado o prazo de 30 dias para que fosse apresentado o cronograma de execução do acordado. Este cronograma foi apresentado, em prazo dilatado, todavia a DPE reclama não haver diligência por parte do Município em cumprir o acordo.

Ressalte-se que o dito cronograma foi elaborado em dezembro de 2014 e apresentado em janeiro de 2015.

Levando-se em conta a data de 01/10/2015, quando foi feita a visita em in loco para a confecção deste trabalho, quase um ano se passou e o que se observa é que a ação da DPE não gerou o efeito desejado, pois embora se tenha reconhecido a relevância do tema e a responsabilidade do Município, mais uma vez não se observa eficácia social na decisão do Poder Judiciário.

Assim, diante de tudo o que foi relatado tem-se que, embora a acessibilidade tenha resguardo no texto constitucional e na legislação infraconstitucional, que descreve os direitos bem como os mecanismos de exercício para que sejam esses direitos efetivados, vislumbra-se um cenário em que, na Biblioteca Municipal Francisco Meireles, não se efetiva a autonomia e a segurança a que faz jus o Portador de Deficiência.

A DPE por via administrativa e judicial intentou fossem feitas adequações de modo a promover a acessibilidade, todavia, a Prefeitura, embora reconheça a importância e a ausência da promoção da acessibilidade, efetivamente não resolve a questão e oferta apenas paliativos de modo a não satisfazer a garantia da autonomia e da segurança das pessoas portadoras de deficiência.

E por fim, encontram-se na decisão da Ação Civil Pública argumentos atrelados a questões orçamentarias. Restando claro que não se vislumbra a curto ou médio prazo a solução da questão da falta de acessibilidade na Biblioteca Municipal Francisco Meireles.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao analisar o texto constitucional, bem como a legislação infraconstitucional, observa-se a vasta produção legislativa no sentido de normatizar e regulamentar os direitos e garantias dos portadores de deficiência, todavia, quando da observação da realidade cotidiana, por meio da pesquisa e coleta de dados, vislumbra-se uma realidade completamente paradoxal.

Ainda assim, pode-se dizer que já é um grande progresso ter no Brasil alguns instrumentos de proteção para pessoa portadora de deficiência, como por exemplo, o sistema de cotas, que visa garantir a sua efetiva integração social. Embora, seja muito pequeno o campo de abrangência dos direitos e garantias, que chegam, de fato, a efetividade.

Note-se que a Constituição não estabelece limites ou restrições, mas contempla garantias e direitos ao gênero, ou seja, a todas as pessoas “portadoras de deficiência”.

Assim sendo, a pouca abrangência supra, demonstra uma verdadeira omissão estatal, que não encontra amparo na Carta Magna, mas sim acaba indo de encontro a seus preceitos relativos aos portadores de Deficiências.

Nos ensina Queiroz e Pozzoli: “Em hipóteses como essas, as definições especificadoras ou restritivas não conseguem abranger todas as situações, posto que tais definições estabeleçam limites, de certa forma, rígidos ou inflexíveis”.

Com esses limites corre-se o risco de excluir das garantias e direitos contemplados determinadas categorias de “pessoas portadoras de deficiência” que não deveriam ser excluídas. Para não correr esse tipo de risco, aparecem as definições genéricas ou universais.

Desse modo, observa-se que a tentativa de uma definição que fuja da abrangência necessária acaba por afligir ou mesmo ser meio de violar os direitos dos portadores de necessidades especiais.

Além da Constituição Federal, a Lei n. 7.853/89, que dispõe “sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas e define crimes”, é um exemplo

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de lei ordinária que exige uma definição genérica do conceito “pessoa portadora de deficiência” para a sua fiel aplicação.

Como se vê a própria Constituição e a legislação infraconstitucional repreende qualquer tentativa de restrição ou mesmo de diminuição do campo de efetividade dos direitos das pessoas portadoras de deficiência.

Como evidenciado, e de acordo com os anexos apensos a este artigo, os resultados do estudo confirmam barreiras arquitetônicas no interior e exterior da Biblioteca Municipal Francisco Meireles, com consequente comprometimento do deslocamento de pessoas portadoras de deficiência, cadeirante.

Estas barreiras são constituídas por escadas sem antiderrapantes em cores contrastantes, rebaixamento de calçada para acessar a rampa de acesso, falta de sinalização nos corredores da biblioteca, elevador quebrado, instalação de sistema de som com anúncio verbal para soar automaticamente na parada e saída do elevador, espaço entre as prateleiras de livros estreitas, fixação de barras nas laterais, instalação sonora e luminosa nas saídas de emergência do prédio e inadequação dos mobiliários e equipamentos que não atendem a legislação.

Cabe, portanto, à administração governamental e gestores da Biblioteca estar atentos à legislação e cumpri-la. Para isto, é preciso auxiliar-se de profissionais da área, ou seja, arquiteto e engenheiro membros da Comissão de Estudos sobre Acessibilidade do Comitê Brasileiro de Normas Técnicas da ABNT.

A atuação da Defensoria Pública do Estado de Rondônia através de seus representantes exerce papel de grande importância como defensor dos interesses das pessoas portadoras de deficiência. Através dos compromissos de ajustamento de conduta firmados com a Secretaria Municipal de Obras de Porto Velho do Estado de Rondônia - SEMOB buscou-se medidas para que realizem as obras e adaptações necessárias a tornar plena a acessibilidade de todas as pessoas, contribuindo para a integração social das pessoas portadoras de deficiência.

Porém, não se pode resolver a questão pela via administrativa, sendo necessária a ação civil pública supracitada, na qual discutiu-se os mesmos apontamentos feitos no TAC, todavia, não se obteve sucesso pela via judicial. Pois como se observou no contexto desta pesquisa não se vislumbra a promoção da acessibilidade na Biblioteca Municipal Francisco Meireles.

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A base da fundamentação da sentença está atrelada a questão do orçamento, girando em torno do fato de que embora seja reconhecido o direito das pessoas portadoras de deficiência a acessibilidade no espaço da Biblioteca Municipal Francisco Meireles, não se pode efetivar as adaptações necessárias a adequação da biblioteca, em virtude de esta vir a comprometer todo o planejamento e de ferir as diretrizes desse orçamento, ressaltando-se que as necessidade da sociedade são infinitas, enquanto que os recursos de que dispõe a Administração Pública são finitos.

Portanto, a pesquisa realizada não se esgota com a elaboração deste sucinto artigo, que consiste apenas em um primeiro e parcial resultado das investigações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ASSIS, Olney Queiroz. Pessoa portadora de deficiência: direitos e garantias/Olney Queiroz Assis, Lafayette pozolli - 2ª edição – São Paulo: Damásio de Jesus, 2005, pag. 233.

BRASIL. Lei N° 7.853, de 24 de outubro de 1989. Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para a integração da Pessoa Portadora de Deficiência – CORDE, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério público, define crimes e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7853.htm. Acesso em 20 de julho de 2015. BRASIL. Lei N° 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para promoção de acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida e dá outras providências (legislação na

internet). Brasília; 2000. Disponível

em:http://www.planalto.gov.br/ccivil/Leis/L10098.htm Acesso em 20 de julho de 2015.

CAMISÃO, Verônica. Manual de acessibilidade aos prédios residenciais da cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: PMRJ/FUNLAR/CVI Rio/IBAM,2003.

FEDERAL, DECRETO N°5.296, de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis n°10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e Lei n°10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras

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providências.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10048.htm Acesso em 22 de agosto de 2015,

MUNICIPAL, LEGISLAÇÃO, LEI N° 1.954 de 13 de setembro de 2011. Estabelece padronização para as calçadas no município de Porto Velho-Ro e dá outras providências. SITES CONSULTADOS http://dp-ro.jusbrasil.com.br/noticias/111934616/falta-de-acessibilidade-na-francisco-meireles-leva-dpe-a-propor-tac-ao-municipio http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11680478/artigo-3-da-lei-n-7853-de-dezembro-de-2011 http://www.defensoria.ro.gov.br/site/index.php/component/content/article/1-ultimas-noticias/417-falta-de-acessibilidade-na-francisco-meireles-leva-dpe-a-propor-tac-ao-municipio http://www.defensoria.ro.gov.br/site/index.php/component/content/article/1-ultimas-noticias/603-semed-assina-acordo-com-a-dpe-se-comprometendo-a-dotar-biblioteca-com-acessibilidade http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2013/09/termo-exige-que-prefeitura-solucione-irregularidades-em-biblioteca-de-ro.html http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2015/05/prefeitura-de-porto-velho-tera-que-garantir-acessibilidade-em-biblioteca.html https://www.google.com.br/#q=resumo+do+artigo+244+da+constitui%C3%A7%C3%A3o+federal http://www.jusbrasil.com.br/topicos/2772846/inciso-iii-do-artigo-129-da-constituicao-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11680478/artigo-3-da-lei-n-7853-de-dezembro-de-2011 http://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=177338 http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/10500/10500_5.PDF http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5296.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7853.htm http://www.publicadireito.com.br/conpedi/manaus/arquivos/Anais/sao_paulo/2684.pdf http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-filefield-description%5D_24.pdf http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/109863/lei-7405-85 http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/dec_def.pdf http://www.vitruvirus.com.br/revista/read/arquitextos/08.088/209

(16)

576

Anexo

A escada necessita de antiderrapante em cores contrastantes, de acordo com as normas do ABNT.

O espaço entre as prateleiras de livros são estreitas, não permitindo o acesso dos cadeirantes.

(17)

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Falta sinalização para indicar o acesso às áreas dentro do prédio

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Na saída de emergência não existe identificação visual.

O rebaixamento da calçada para que os cadeirantes tenham acesso à rampa de entrada.

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580

11. Anexo

Falta de acessibilidade na Francisco Meireles leva DPE a propor TAC ao Município

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Publicado por Defensoria Pública de Rondônia - 2 anos atrás

A falta de itens de segurança e de acessibilidade na parte interna da biblioteca Francisco Meireles levou a Defensoria Pública do Estado (DPE-RO) a propor Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) ao prefeito da Capital, Mauro Nazif, visando sanar as irregularidades constatadas no prédio.

O TAC22 foi discutido durante reunião realizada entre o chefe do Executivo Municipal e o coordenador do Núcleo de Ações Coletivas da DPE-RO, defensor público Marcus Edson de Lima. O prazo máximo para que o TAC seja cumprido é de seis meses.

O defensor público explicou que a Defensoria propôs o acordo para evitar que seja ajuizada ação civil pública contra o Município. No caso de não aceitação ou omissão do acordo, segundo o defensor, a DPE não terá outra alternativa a não ser adotar as medidas judiciais cabíveis para garantir o direito dos cidadãos.

No TAC, a Defensoria recomenda que seja feito o rebaixamento da calçada em frente à entrada da biblioteca para que os portadores de necessidades especiais tenham acesso à rampa que os leva ao centro de estudo.

Foi solicitado ainda o conserto imediato do elevador (único meio dos portadores de necessidades especiais ingressarem ao pavimento superior), fixação de barras nas laterais e fundos da cabine desse equipamento, assim como a instalação de piso com superfície dura e antiderrapante e sistema de som com anúncio verbal para soar automaticamente na parada e saída do elevador.

(21)

581

O TAC 23propõe também a Instalação sonora e luminosa nas saídas de emergência do prédio, bem como o alargamento dos corredores existentes entre as prateleiras de livros para facilitar o trânsito dos cadeirantes no local.

Outro ponto incluído no documento é a instalação de placas indicativas no interior da edificação para sinalização de rotas em cores contrastantes; disponibilização de telefone público e bebedouro, inclusive para portadores de necessidades especiais e, por fim, a inserção em todos os degraus da escada que liga o térreo ao piso superior, de sinalização visual na borda do piso, em cores contrastantes e com acabamento antiderrapante.

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