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Relatório geral e prestação de contas: exercício de 1990

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FUNDAÇAO GETULIO VARGAS

RELATÓRIO GERAL E

PRESTAÇAO DE CONTAS

EXERCíCIO DE 1990

(2)

_,_ ..

,_~dt'~ -AB

BIBLIOTECA

(3)

FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS

PRESIDENTE Luiz Simões Lopes SUPERINTENDENTE GERAL

Celina do Amaral Peixoto Moreira Franco

CONSELHO DIRETOR Presidente Vice-Presidente Membros: Suplentes: CONSELHO CURADOR Presl.dente Vice-Presidente Membros:

Luiz Simões Lopes

Jorge Oscar de Mello Flôres Aldo Baptista Franco

Celina do Amaral Peixoto Moreira Franco Francisco Oswaldo Neves Dornelles

Manoel pio Corrêa Jr.

·Manoel Fernando Thompson Motta Mario Henrique Simonsen

Alfredo de Souza Rangel

Carlos Alberto Pires de Carvalho e Albuquerque

Casimiro Antonio Ribeiro José Luiz Miranda

Luiz Fernando da Silva Pinto Oswaldo Antunes Maciel

Theodoro Arthou Paulo de Tarso Leal Abgar Renault

Associação de Bancos do Estado de São Paulo Alzira Vargas do Amaral Peixoto

Antonio Ribeiro França Filho

Banco de Montreal S.A. - Montrealbank Carlos Moacyr Gomes de Almeida

Diogo Lordello de Mello Domingos Marques Grello

Edmundo Penna Barbosa da Silva Estado de Minas Gerais

Estado de São Paulo Glycon de paiva

Instituto de Resseguros do Brasil Manufactures Hanover Arrendamento

Mercantil S.A.

Mario Abrantes da Sil~a Pinto

Moacyr Velloso Cardoso de Oliveira Rubens D'Almada Horta Porto

Salles Interamericana de Publicidade S.A. Sindicato das Empresas de Seguros Privados

e Capitalização do Rio de Janeiro

(4)

CADEMP CICOM CPD CPDOC DA/DI DF/DI EAESP EBAP EPGE IBRE IESAE INDIPO INDOC IRH ISEC ISOP

. Dirigentes das Unidades da FGV em 1990

Gilnei Mourão Teixeira (Até 29.06.90)

Genival de Almeida Santos

Eugenio Leitão de Carvalho Decourt

Celina do Amaral Peixoto Moreira Franco (atual-mente Superintendente Geral) substitufda por Alzira Alves de Abreu, a partir de 07.06.90

Antonio Manoel de Siqueira Cavalcanti, em exer-cicio na DA/GAB/PORPI, substituido por José Cezar Castanhar, a partir de 20.11.90

Nelson Borba de Araújo (Até 31.12.90)

Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque

Bianor Scelza Cavalcanti

Mario Henrique Simonsen

Julian A. Magalhães Chacel

Raymundo Augusto de Castro Moniz de Aragão (até 30.06.90)

Afonso Arinos de Mello Franco (Até 30.06.90)

Benedicto Silva (Até 30.06.90)

Joaquim Faria Góes Filho (Até 30.06.90)

Aluysio Guimarães (Até 30.06.90)

·Franco Lo Presti Seminério (Até 30.06.90)

(5)

RELATÓRIO GERAL

4

(6)

SU1-1ÁRIO 1 - INTRODUÇÃO · · • • • • • • • • • • • • • • • • • .07

2

ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR 2.1 2.2 2.3 2.4

2.5

Assembléia Geral Conselho Curador Conselho Diretor • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

. . .

Presidência

. . .

. .

. . . .

Superintendência Geral

. . .

.

. .

.09 .10 • 10 .12 .12 3 - ATIVIDADES ACADfu~ICAS 3.1 - Ensino 3.1.1 3.1.2 3.1.3 3.1.4

Cursos Pós-Graduados "sensu stricto" .13 Cursos Pós-Graduados "sensu lato" • • 15 Cursos Superiores de Graduação . • 17 Cursos Avulsos Livres: • • • • • • • • 18 de revisão ou extensão,

de formação ou aperfeiçoamento,

de especialização ou concentração de área

3.2 Pesquisas e Similares

3.2.1 Pesquisas de Seus Centros de Ensino .20 3.2.2 - Estudos do Centro de Pesquisa e

Documentação de História Contemporânea do Brasil • • • • • • • • • • • • • 21 3.2.3 - Pesquisas do Instituto Brasileiro de

Economia • • • • • • • • • .21

3.3 Congressos, Seminários, Conferências

3.3.1 Congressos e Assemelhados • • • • • • 24 3.3.2 - Conferências, Palestras e Seminários .25

4 - ATIVIDADES ACADfu~ICAS COHPLEMENTARES

4 • 1 - Publicações • • • • • • • • • • • • • • • • • 27 4.1.1 Publicações da FGV • • • • • • • • 27 4.1.2 - Publicações Internacionais • ~ • • • • 29 4.2 4.3 Acordos e Convênios • • • • • • Cooperação e Assistência Técnica

• • • • • • • 3 O

(7)

5 - ATIVIDADES DE APOIO E ADMINIST~.TIVAS 6 7

5.1

5.2 Centros de Informática Bibliotecas e Arquivos 5.2.1 Biblioteca Central 5.2.2 - Arquivo Central

. .

• • • • • • • • .32 • • • • • • • • • • 35 • • . • • • • • • • 35 · . • • • • • • • .36

5.3 - 6rgãos Auxiliares de Administração .36

CONCLUSÃO

. .

• • • • • • • • • .37

PRESTAÇÃO DE CONTAS • • • • • • .39

1 Relat6rio do Serviço de Contabilidade .39

2 Balanços 2.1 Balanço 2.2 Balanço 2.3 Balanço 2.4 Balanço • • • .45 Patrimonial

· ·

.46 Orçamentário • • .47 Financeiro .4B da Variação Patrimonial .49

o presente. relatório contém dois anexos que apresentam tabelas sobre a produção acadêmica e intelectual da FGV e tabelas financeiras sobre a execução orçamentária. Os volumes com os respectivos anexos encontram-se à disposição para consulta dos interessados na Presidência e na Sup~rintendência Geral da FGV (122 andar).

(8)

1 - INTRODUÇÃO

Os anos desta década não foram felizes para a situação geral do País, ainda que possam ser colhidos, aqui e ali, aspectos positivos.

Mas é notório que sobretudo nesses dois últimos anos (1999/1990) se tem agravado essa situação: alcançando a casa de 4 dígitos, a inflação brasileira de 1989 mais que duplicou a marca do ano anterior e, em virtude disso, o rigoroso plano econômico do novo Governo (1990) trouxe mais dificuldades à manutenção de instituições públicas, universidades, Fundações etc.

Assim, se era difícil a situação particular da FGV em 1989, tornou-se pior em 1990: aumentaram seus custos anuais de manutenção e decresceram, em termos relativos, seus recursos financeiros provenientes do Orçamento Federal.

Instituições como a FGV não têm como repassar custosi - sua única forma de compatibilizar produção e custos é extinguir órgãos e cursos, diminuir pesquisas e publicações, demitir pessoal, alienando inclusive alguns bens patrimo-niais.

Considerando-se, pois, a necessidade inadiável de re-formular a estrutura básica da FGV, de modo a compatibilizá-la com as atuais condições econômicas e sociais do País, a Direção superior da Fundação viu-se obrigada a reduzir o número de unidades desta Instituição, mediante extinção, redistribuição e fusão de algumas atividades suas.

Nessas condições, sem alternativa e lamentando o cessa-mento de certas atividades importantes e os sacrifícios impostos a tantos servidores dispensados (cerca de 1/3 de seu quadro no Rio de Janeiro), a Fundação em 1990 extinguiu o Instituto de Estudos Avançados em Educação (IESAE), o Instituto Superior de Estudos e Pesquisas psicossociais (ISOP), o Instituto de Direito Público e Ciência Política (INDIPO), o Instituto Superior de Estudos Contábeis (ISEC), o Instituto de Recursos Humanos (IRH), o Instituto de Documentação (INDOC), os Cursos de Administração de Empresas

(CADEMP) e o Conselho de Coordenação'e Pesquisas (CONCEP).

Entretanto, certas atividades - sobretudo de ensino, pesquisa e consultor{a - que vinh~m sendo desenvolvidas por esses órgãos extintos, passaram transitoriamente à

(9)

responsa-bilidade e cuidados (até a conclusão de seus compromissos e cumprimento de outras exigências) de órgãos adequados rema-nescentes: a Escola Brasileira de Administração Püblica

(EBAP) assumiu os encargos de continuação temporária do IESAE, ISOP I IRH, INDIPO e CADEr:1p; a Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE) ficou responsável pelo término dos cursos do ISEC. Ressalte-se que a EBAP e a EPGE, como responsáveis transitoriamente (isto é, até sua conclusão) pelos cursos p6s-graduados "sensu stricto" extintos, continuaram a pre-servar as caracteristicas anteriores desses cursos, em particular seus aspectos técnico, cientifico e didático, inclusive seu Corpo-Docente e Coordenação, nos moldes aceitos e aprovados pelo Conselho Federal de Educação, procurando-se evitar dificuldades sobretudo para seus alunos concluintes.

Em fins de 1990, por acordo entre as partes, foi transferido para a UERJ o Curso de Hestrado em Ciências Contábeis (ISEC) da FGV que, assim, passa à responsabilidade daquela'Universidade, sem prejuizo de seus atuais alunos. O Conselho Federal de Educação autorizou a transferência dos Cursos Pós-Graduados do ISOP (Mestrado e Doutorado) para a UFRJ, o que é objeto de entendimentos entre as instituições interessadas. A FGV acolheu prontamente a Liminar do 1·1.1-1.

Juiz da 35~ Vara Civil, suspendendo provisoriamente a extinção do IESAE que, aliás, como já se disse, vinha mantendo seus Cursos, assegurando-se o prosseguiment6 dos alunos

matricu-lados.

Por Outro lado, passaram a subordinar-se diretamente à Superintendência-Geral da FGV algumas atividades indispensá-veis, embora reduzidas em sua abrangência e pessoal: Biblio-teca Central , Arquivo Central e Editora da FGV. Outros serviços auxiliares foram reduzidos mediante fusão, como os dois postos da Entidade em Brasilia.

Provavelmente, este relatório não apresente, em termos de produção, alteração sensivel em relação a 1989. A situação geral de incerteza e intranqüilidadepor que passa a Fundação terá se refletido em seu trabalho, predominando a manutenção de suas atividades rotineiras, caracterizando-se 1990 como tempo em compasso de espera, sem inovações e reflexos de melhoria de produtividade, embora tenha havido substancial corte de despesas com a eliminação de oito órgãos seus.

Apesar dessas graves dificuldades que abalaram·a Funda-ção em 1990, caracterizando-se como ano atipico, a ponto de, para sobreviver, reformular sua estrutura, com· extinção,

(10)

redistribuição e fusão de órgãos e atividades, esta insti-tuição cumpriu, nesse exerc1cio de 90, seu papel tradicional no campo do ensino, da pesquisa, da consultoria e da editoração. É o que se verá neste relatório, que inclui suas demonstrações contábeis, completando es'te cenário da FGV, que apenas se delineou nesta introdução.

2 - ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR

2.1 - Assembléia Geral

De acordo com os Arts. 72 e

BQ

dos Estatutos da FGV e segundo os termos do Edital de Convocação e, posteriormente, da respectiva Ata, em 26/04/1990 reuniu-se a Assembléia Geral ordinária da Instituição, em sua Sede, no Rio de Janeiro, para conhecer do balanço geral e do relatório de atividades da Fundação em 1989 e sobre eles deliberar, bem como r'ealizar eleições para preenchimento de vagas em seus Conselhos Curador e Diretor. Conclu1da esta Assembléia, constaram de sua ata:

1) Votos de pesar pelo falecimento dos senhores Alberto Pires Amarante, Henrique Domingos Ribeiro Barbosa e Henrique Sérgio Gregori, todos ex-membros de seu Conselho Curador. 2) Como doadores, foram admitidos membros permanentes da

Assembléia Geral as p"essoas jurídicas: Unisys Eletrônica Ltda., ANCAR S.A., S.A. White Hartins, Supergasbrás S.A., Banco de Hontreal S.A Hontrealbank , Bank of America S.A., Multibanco Internacional de Investimentos S .A., Coca-Cola

IndGstria Ltda., Cimento Nacional de Minas S.A, Manufac-turers Hanover Arrendamento Mercantil S.A., Cia. Força e Luz Cataguases Leopoldina, Citibank 11 .A., IBM Brasil

IndGstria de Máquinas e Serviços Ltda., Banco Crefisul de Investimento S .A., Alcoa S .A., Cias. SiderGrgicas Guanabara, Ricigrandense e Açonorte, Banco Inter-Atlânti-cOi como pessoas físicas, foram admitidos os senhores Nelson Borba de Araújo, Roberto Hermeto Corrêa da Costa e Celina do Amaral Peixoto Moreira Franco.

3) Já do conhecimento prévio dos membros da Assembléia Geral f

foram aprovados por unanimidade os Pareceres dos Conse-lhos Curador e Diretor e o Laudo do Perito-Auditor inde-pendente relativos à Prestação de Contas de 1989, aprovan-do-se inclusive quer a incorporação ao Fundo Patrimonial do resultado do exercício (NCz$ 2.B96.079;96), quer o Relatório Geral das Atividades da Fundação em 1989. 4) Registra ainda es~a Ata que, de acordo com o Art. 9Q dos

Estatutos, foram eleitos por escrutínio secreto e 9

(11)

empossados: para o Conselho Curador (com 112 votos, num total de 114) o Banco de Hontreal S.A. l-10ntrealbank (per1odo 90/91) e Manufacturers Hanover Arrendamento Mercantil S.A. (per1odo 90/95) e, para o Conselho Diretor, o Sr. José Luiz Miranda, eleito Membro Suplente (período

90/92).com 111 votos. .

2.2 - Conselho Curador

Nos termos do Art. 12 dos Estatutos da Fundação, seu Conselho Curador se reuniu, ordinariamente, em 17/04/90 e 30/10/90, sendo que, extraordinariamente, já se havia reunido em 11/04/90. Revendo as respectivas Atas dessas Sessões, pode-se resumir os assuntos tratados em:

1) Exame e aprovação das Contas e do Relatório da FGV, relativos ao exercicio de 1989.

2) Encaminhamento à Assembléia Geral de seu Parecer, que aprova a Prestação de Contas de 1989 e recomenda a incorporação ao Fundo Patrimonial do modesto saldo de 1989 (NCz$ 2.896.079,96).

3) Sensivel preocupação deste Conselho pelas dificuldades financeiras crescentes da Fundação, caracterizadas pelas repetidas rcformulações orçamentárias, pelo estrangula-mento de certas atividades-fins e, inclusive, pelos dissídios coletivos e conseqUentes ações judiciais. 4) Admissão ao quadro de 1-1cmbros Permanentes da 1' ... ssembléia

Geral de novos beneméritos e doadores, pessoas juridicas e pessoas fisicas.

5) Conhecimento e aprovação das medidas discutidas e aprovadas pelo Conselho Diretor que, em consequencia da grave situação financeira da Fundação, extinguia órgãos e demitia pessoal.

6) Votos de pesar pelo falecimento de ilustres membros de seus Conselhos:. Alberto Pires Amarante, Henrique Domingos Ribeiro Barbosa, Henrique Sérgio Gregori e Octávio Gouvêa de Bulhões, este-alvo de homenagem especial.

2.3 - Conselho Diretor

Segundo o Art. 18 dos Estatutos, o Conselho Diretor reuniu-se mensalmente para examinar e deliberar sobre assun-tos relevantes da Instituição. Realizou 13 sessões, sendo 11 ordinárias e 2 extraordinárias. Entre os muitos temas tratados, resumem-se aqui os tópicos principais que constam das atas dessas Sessões:

(12)

1) Redução de despesas, com extinção de atividades e demissão de pessoal, o que aliás se caracteriza como uma tônica de todas essas sessões.

2) Exame de um "Plano de Complementação de Aposentadoria", com o intuito de motivar a aposentadoria dos mais antigos e minimizar maiores gastos futuros.

3) Reexame das diretrizes de livre negociação entre a Administração e os servidores passiveis de demissão. 4) Exame de reivindicações salariais do pessoa"l da Fundação

em São Paulo e no Rio, cujos problemas e soluções se prendiam a aspectos distintos dessas comunidades, des-consideràndo-se sobretudo possiveis liberalidades.

5) Considerações e implicações legais sobre a necessidade transitória de ampliar a receita da Fundação às custas de seu Fundo Patrimonial; deliberações sobre critérios

de reajustes salariais. .

6) Reexame da situação peculiar dos dois quadros de servidores da FGV (São Paulo e Rio), em face de repetidas reivindicações e estados de greve, o que consumiu muitas horas de reunião e exaustivos entendimentos das partes. - 7) Deliberação sobre recurso da FGV ao Tribunal Superior do Trabalho contra o aumento salarial de 180,24%, concedido aos funcionários pelo Tribunal Regional do Trabalho, bem

co~o petição de medida cautelar interlocutória para assegurar, por 120 dias, o efeito suspensivo da execução daquela sentença, proferida no Rio de Janeiro.

8) Quanto à questão salarial, foram tomadas duas medidas importantes: ajustamento da curva salarial no primeiro semestre de 1990 e assinatura de acordos salariais com os sindicatos representativos do Rio de Janeiro e de São Paulo no segundo semestre.

9) Exame e aprovação do estudo e proposta de Comissão Especial de Diretores sobre a reestruturação da FGV, considerando a necessidade de seu equilibrio orçamentá-rio, deliberando assim sobre a extinção de 8 órgãos e serviços, e outras conseqüências (como a demissão de cerca de 1/3 de seu pessoal no Rio), conforme se descreve na Introdução deste relatório.

10) Recusa o Conselho rever a decisão de extinção de determinados órgãos, pelo fato de que continuaria deficitária e insustentável a situação econômico-finan-ceira da Fundação, entidade não-lucrativa, subvencionada pelo Governo Federal, compelida agora a tomar tão drásticas medidas para sbbreviver.

11) A última sessão deste Conselho relembra: a FGV, por convênio com a UERJ, transferiu os Cursos de Contabilidade do ISEC para essa Universidade, a partir de- 1991; o

(13)

Conselho Federal de Educação autorizou a transferência, para UFRJ, dos Cursos Pós-graduados em Psicologia, ministrados pelo extinto ISOPi a FGV respeita a liminar do Juiz da 35~ Vara Civil, que suspende provisoriamente a extinção do IESAE, embora a Fundação já se tivesse disposto a mantp~ s~u Curso de Mestrado, até que seus alunos o concluissem, segundo a legislação de ensino. 12) Finalmente, tece o Conselho Diretor considerações sobre

alternativas da situação econômico-financeira da FGV em 1991, prevendo inclusive novas medidas de contenção de despesas.

2.4 - Presidência

o

Art. 14 dos Estatutos da Fundação caracteriza bem toda atividade e responsabilidade do Presidente, e de seu eventual substituto (o Vice-Presidente), particularmente por ser também o Presidente do Conselho Diretor, cujas atribuições discriminadas no Art. 17 foram plenamente exercidas em 1990, como se pode constatar do item anter~or (2.3).

2.5 - Superintendência Geral

A participação do Superintendente Geral na responsabi-lidade "gerencial da Fundação está expressa nos Arts. 21/23 dos Estatutos.

Em 1990, a Superintendência envolveu-se necessariamente numa complexa gama de assuntos e problemas de tal importância e responsabilid~de que, inclusive, impli~ou em substituição: em maio, exonerou-se o Superintendente, Eng. Roberto Hermeto Corrêa da Costa, substituido provisoriamente pelo Vice-Pre-sidente, Eng. Jorge Oscar de Mello Flôres.

Após o parecer do Conselho Diretor, pela Portaria nQ 15,

de 28/05/90, o Presidente da Fundação designou a Sra. Celina do Amaral Peixoto Moreira Franco, membro do Conselho Diretor, para exercer o cargo em comissão de Superintendente Geral, a partir de 04/06/90.

3 - ATIVIDADES ACADÊMICAS

É sabido que a Fundação desempenha, desde seu inicio, atividades de assistência, de assessoria e de cooperação técnica, em geral remuneradas, dirigidas tanto ao setor privado quanto ao setor público.

(14)

Atualmente, sem alterar seus oDJetivos estatutários, sua dominância tem siào a atividade acadêmica, comprometiàa com o desenvolvimento de recursos humanos, atividade esta que se tem desdobrado em cursos de vários 'graus ou· niveis I em

pesquisas e similares, na promoção ou participação de congressos, simpósios e seminários, na editoração cientifica ou técnica, em geral atividades nada ou pouco remunerativas. Para ser exato, a Fundação apresenta-se hoje com as caracte-risticas básicas da universidade dos tempos atuais: além de seus Centros de Ensino e de Pesquisas profissionais, que se dispõem a vender serviços, conta com dois Centros de Informática (que, procurando modernizar o processamento dos trabalhos internos, podem também buscar clientela externa) e com duas grandes bibliotecas, sem dúvida entre as melhores do pais, em suas áreas de especialização. Mas, como se viu na Introdução deste relatório, as dificuldades que afetaram a Fundação recairam particularmente sobre as atividades dominantes, isto é, neste cenário de obs táculos, o maior impacto· recaiu precisamente sobre as atividades acadêmicas subvencionadas: cursos de Mestrado e de Doutorado, pesquisas, --publicações técnico-cientificas etc. Esta a razão por que a Instituição teve que encerrar uma série dessas atividades, como cursos pós-graduados e publicações, abstendo-se inclu-sive de novos equipamentos, aquisição de livros e revistas etc.

Assim, apesar do "estrangulamento de certas atividades-fins" - corno se expressou o Conselho Curador - mais do que quantidade ou números, vejam-se no significado desses resul-tados acadêmicos de 1990 os esforços empreendidos para

atingir-~e metas razoáveis de atuação, dentro de condições tão adversas.

3.1 - Ensino

Para efeitos deste relatório, conforme se antecipa no indice, apresentam-se como atividades de ensino apenas os cursos da Fundação, quer formais (reconhecidos legalmente), quer os avulsos ou livres, definindo-se seu nival, extensão e alcance.

3.1.1 - Cursos Pós-Graduados "sensu s/ricto"

Cursos ~6s-graduados "sensu stricto" (Mestrado e Douto-'rado) são os que se situam dentro da conceituação e dos

requisit,?s formais estipulados pelo Conselho Federal de Educação que, como tais, assim os aceita e credencia por tempo· determinado e renovável.

(15)

Como cursos de dedicação integral da maioria de seus alunos·e professores, de elevado nivel de competência de seu corpo docente e discente (por isso mesmo de seletividade e custos altos), cursos formais que visam criar quadros de elite cultural para atividades. acadêmicas e/ou para gerência e assessoramento empresarial ou público, cursos em que lhes é inerente a produção cientifica escrita (pesquisa e publica-ção), constituem-se assim por natureza e objetivos, sobretudo nos paises em desenvolvimento, modalidades de ensino espe-cializado subvencionadas pelo Poder Público, incapazes de serem auto-financiáveis. No Brasil, apenas parte destes custos é paga pelas Agências do Poder Público (CAPES, CNPq e FINEP) e, assim mesmo, como custeio de bolsas-de-estudo, de modestas taxas escolares e eventuais financiamentos de pesquisas e publicações.

A propósito deste tipo de atividade especializada, talvez se deva observar que, com alguma freqüência (ocorrida também em 1990), alguns professores e técnicos desfalcam os quadros da Fundação: não apenas se lhes oferecendo atrativos ou incentivos em atividades privadas I como também sendo

convocados a assumirem responsabilidades governamentais ou em instituições internacionais (Banco Mundial, FMI, OEA etc.), o que, pela alta qualificação dessas pessoas, traz embaraços às atividades que desempGnham nesta Casa. Disto resulta, inclusive, que alguns destes professores e técnicos, por suas profundas ligações com a Fundação, se disponham a continuar seus serviços apenas em regime de tempo parcial.

ÓRGÃOS E CURSOS EAESP Meatrado eml Adm. do Empresas AdIO. Pública Ec. de Empresas .Doutorado eml Adm. de Empresas Ec. de Empresas

SÍNTESE DOS CURSOS PÓS-GRADUADOS "SENSU STRICTO", HINISTRADOS EH 1990 4

Dura- Candi- Matri- Matriculas Número de Alunos ção datos à culas p/trimestre

Seleção novas lQ 2Q 3Q 4Q com com Titu-créd. aprov. lados (3) (1) de 1,5 a 5 anos 354 91 213 213 176 176 153 36 10 de 1,5 a 5anos 74 26 62 62 48 48 93 1G de 1,5 a 5· anos 132 19 46 46 38 38 5 2 de 2,5 a 7 anos 34 18 48 48 39 39 75 10 de 2,5 a 7 anos 17 20 21 21 15 15 11 (Continua) 14

(16)

(Continuação)

Dura- Candi- Matrl- Hatrlculas Número de Alunos . Órgãos e ção datos à cuIas p/trimestre

Cursos Seleção novas 10 20 ;}O 40 com com Titu-cr6d aprov. lados ( 2

EDAP (1) Mestrado eml

Adm. Pública 3 anos 50 33 50 50 37 37 8 5 9 EPCE (2) Mestrado em 18 Economia meses 156 23 43 43 43 43 20 20 11 . Doutorado em 36 Economia meses 13 3 15 15 15 15 9 9 3 IESAE (1 ) Mestrado em Educação 4 anos 177 164 114 28 ISEC (1) Mestrado em 42 Ciências meses 94 20 20 20 26 12 12 Contábeis ISOP (1) Mestrado em Psicologia 3 anos 42 18 58 54 32 32 17 Doutorado ·em Psicologia 4 anos 7 2 5 5 3 3 2 TOTAIS 973 273 758 682.470 411 549 145 92 08S.1 (1) esta duração 6 o tempo válido ou disponivel pa~a a conclusão dos Cursos,

aqui incluida elaboração e defesa de TeHc;

(2) aqui se estipula apenas a duração normal dos Cursos havendo, porém, mais 5 anos para eventual retardo desta conclusão, inclusive elaboração, apresentação e defesa de Tese;

(3) fique claro, entretanto, que sem a apresentação e aprovação da Tese não há titulação (Mestre ou Doutor), ainda que os cursos tenham sido

(4)

(S)

concluidos com êxito;

em resumo, Cursos pós-graduados ·sensu strlcto· são os que conferem graús de Mestre e Doutor, na forma definida pelo Parecer n2 977/65, do Conselho Fedcral de Educação, visando sobretudo satisfazer as exigências dos quadros do magistério superior, em atividades de direção, ensino e pesquisa;

finalmente, pode-se relatar que, em média, há uma carga anual de aulas e seminários de cerca de 800h. para o Mestrado (em dois anos, cerca de 1.600h.) e de 700h. para o Doutorado (em 3 anos, cerca de 2.100h.), não se computando as horas de pesquisa individual e atividades paralelas, caracteristica sobretudo do Curso Doutoral.

3.1.2 - Cu.rsos Pós-Graduados "scllsulalo"

Dentro do regime da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, as Universidades e os estabelecimentos de ensino superior vêm instalando cursos de simples especialização que, não adstri-tos às exigências dos pós-graduados "sensu stricto" (parti-cularmente a dedicação exclusiva), procuram o equilíbrio de duas demandas: os objetivos do desenvolvimento científico e tecnológico e as aspirações individuais por uma melhor qualificação profissional em determinado ramo ou área. São os cursos pós-graduados "sensu lato".

(17)

Assim, enquanto os pós-graduados "sensu stricto" cons-tituem um sistema de cursos regulares que se superpõem à graduação, visando a desenvolver, em ~~plitude e

profundida-de,

os estudos anteriores, conduzindo inclusive à obtenção de graus acadêmicos formais mais elevados (Mestre e Doutor), os p6s-graduados "sensu ~ato" não se superp6em, necessaria-mente, à graduação em sua estrutura curricular, podendo inclusive ser realizados através de trabalho escolar diluido ao longo do tempo, sem comprometer a ocupação'principal do aluno e a boa qualidade desses estudos. Não visam titulos acadêmicos formais (Mestre ou Doutor), mas urna conveniente especialização ou dominio de determinado campo ou área de conhecimento. Sem que flexibilidade seja sinônimo de afrou-xamento, parece válida esta iniciativa de nosso ensino superior de criar tipos e graus diferenciados de formação superior de pessoal, como boa alternativa para os que não possam ou não queiram dedicar7se ao Mestrado Ou ao Doutorado. Assim, agregam-se aqui, como Pós-graduados "sensu lato",

os cursos de especialização, em geral multidisciplinares, com ponderável duração ou carga horária escolar diluida, bom nivel de complexidade acadêmica, sem contudo apresentarem as caracteristicas e finalidades dos pós-graduados "sensu stric-to" (que visam, sobretudo, a formação de professores para o ensino ·superior). ÓRGÃOS E CURSOS EAESP Curso deI Esped:alização Administração Espec. em Adm. em

SÍNTESE DOS CURSOS PÓS-GRADUADOS "SENSU LATO", MINISTRADOS EM 1990

Duração ou Carga lIorária(6) média de.2,5 anos (400h) média de 2

Candida- Matriculas Total Concluintes tos Con- Novas de Matri- no Ano/1990 correntes culados

1. 600 578 2.536 470

78 48 48 ainda não Hospitalar e 5ist. anos (800h) concluido de Saúde

EBAP

Curso deI

Espec. em Adro. 2 anos 27 27 27 ainda não

de Empresas (1) (410h) concluido

Espec. em Adro. 14 meses 20 20 20 ainda náo

Financeira (2) (464 h) concluido

(Continua)

16

(18)

(ConU nuação)

Duração ou Carga Horária(')

Candida- HatrIculas Total Concluintcs

ÓRGÃOS E CURSOS

tos Con- Novas de Hatri- no Ano/1990

correntes cu lados

EPGE

IXX Curso de Espec.

em Mercado de . 11 meses Capitais (360h) X Curso de Espec. em Mercados de Capitais IESAE Curso deI Espec. em Educaçáo(3) Espec. em Plane-jamento e Adm. no âmbito das Ciênc. Soc. (4) ISEC Curso de 11 meses (360h) 2 anos (360h) 2 anos (390h) Espec. em 9 meses Ciênc. Conlábeis(S) (410h) ISOP Curso deI Espec. em Psico-logia Pedagógica Espec. em Psico-logia do Trabalho 8 meses (360h) 15 meses (600h) Espec. em Dcscn- 8 meses volv~menlo de Rcc. (360h) lIumanos TOTAIS ~ S.214h. 120 40 14 45 28 36 35 2.111 OBS. I (1) (2) (RGS), Realizado em Pelotas Ministrado em Brasilia, DF 109 109 32 32 68 14 14 29 39 28 28 36 36 35 35 1. 024 2.992 em convênio com o CIPEL.

109 a concluir-se em 1991 ainda não concluldo P ) faltam os certificados(8) 33 11 ainda não concluido 33

(3) Ministrado em Macapá, destinado a Educadores da Secretaria de Educação

do l~apá. (4) (5) (6) P) (8)

Ministrado em Cascavel, destinado ã Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

Realizado em Convênio com o IDORT (Rio de Janeiro).

Deve-se lembrar que esses cursos, embora de elevado nlvel, não se processam em J;egime de concentração intensiva (e, muito menos, com dedicação exclusiva) I seu desempenho acadêmico (aulas, seminários e

exerclcios de pesquisa) se prolonga e dilui ao longo do tempo.

Os Certificados de Conclusão deste Curso serão conferidos após a oferta de mais 3 disciplinas (1991).

Embora se tenha totalizhdo a carga horária deste Curso (conforme Resolução 12/1983, do elE), os Certificados de Conclusão ainda não foram entregues.

3.1.3 - Cursos Superiores de Graduação

São cursos de formação profissional superi9r tradicio-nal, existentes no pais, regulamentados, aprovados e fisca-lizados pelo MEC, através do Conselho Federal de Educação ou órgãos delegados. Nesses últimos anos, a elevação sistemática

(19)

de seus custos e, por outro lado, o controle das taxas escola~es têm trazido uma série de dificuldades às Es~olas ·Superiores privadas, o que levou a Fundação a fechar (há algum

tempo) o Curso de Graduação em Adminis~ração Pública minis-trado pela EBAP, no Rio de Janeiro. Atualmente, apenas a Escola de Adminis tração de Empresas de São Paulo (EAESP) continua com seus dois Cursos Graduados: o de Administração de Empresas e de Administração Pública, mantidos ambos em virtude de seu razoável número de alunos pagantes, do auxilio .do Governo de São Paulo e por outras receitas extraordinárias (convênios de serviço ou de assistência, doações espontâneas etc. ) •

CURSOS

SíNTESE DOS CURSOS SUPERIORES GRADUADOS MINISTRADOS PELA EAESP EM 1990

Dura- Candidatos Matricu- NO de Total de

çáo à Scleçáo- las novas turmas matriculas

NO de Graduados(3) 10sem 20sem lI/sem 20sem lI/sem 20scm lI/sem 20sem lI/sem 22sem

Graduação em 8 sem. (1 ) (2) 150 150 02 02 1210 1199 141 135

Adm. de Empr.

Graduação em 8 sem. (1) (2 ) 50 50 01 01 408 408 50 31

Adm. Pública

Totais 5440 4659 200 200 03 03 1618 1607 191 166

OBS.I (1) O total de candidatos à seleção, para ambos os Cursos, no 10 sem/90 foi

de S.440 concorrentes:

(2) O total de candidatos à seleção, em ambos os Cursos, no 20 sem/90 foi de 4.659 inscrições:

(3) O total de éoncluintes (bacharéis) foi de 357, dentro dos 1.607 alunos

que terminaram o ano letivo de 1990.

3.1.4 - Cursos Avulsos Livres

Como "nem todos os caminhos são para todos os caminhan-tes", nem todos têm o privilégio de continuar seus estudos em Cursos Pós-graduados, "stricto" ou "sensu lato". Assim, considerando a necessidade de acertos de estudos anteriores, correções de falhas ou distorções, exigências de atualização, melhor preparo e, particularmente, adequação ou certa espe-·cialização setorial, Universidades e Centros Superiores de

ensino desde muito desenvolvem cursos avulsos ou suplementa-res, independentes de prescrições oficiais, variáveis em condições e objetivos, repetitivos ou eventuais, enl.geral de

(20)

breve duração, diurnos e noturnos, de nivel superior mas acessl~eis à maioria dos interessados: são os chamados cursos de revisão ou reciclagem, básicos ciu de iniciação, de extensão ou aperfeiçoamento, de alguma concentração ou especialização de área.

As vantagens desses cursos estão em suas alternativas, condições e possibilidades razoáveis, na demanda espontânea de seus interessados, no atendimento de necessidades cultu-.rais eventuais, no ajustamento ou adequação de mão-de-obra

especializada. Em geral, são estudos suplementares que parecem atender às necessidades dos já engajados ~o mercado de trabalho, tendo em vista que a maioria desses cursos tem caráter de formação complementar ou supletiva, pois raramente integram curriculos de estudos anteriores desses alunos, ainda que seu nivel e carga de trabalho não sejam suficientes para satisfazer sempre as necessidades e expectativas dos que os procuram.

Acrescente-se que esses cursos r~alizados na sede, além -de preencherem eventuais folgas de espaço e horários

(sobre-tudo noturnos), freqüentemente são ministrados ou auxiliados, no todo ou em parte, por Mestrandos e Doutorandos que, assim, se iniciam no exercicio didático do magistério superior.

QUADRO SINÓPTICO DOS CURSOS AVULSOS LIVRES - 1990

ÓRGÃOS DA FGV 1 - CADEMP 2 - CPD 3 - CICOM 4 - CPDOC 5 - EAESP 6 - EBAP 7 - EPGE 8 - ISEC TOTAIS llO To-tal üe cursos 66 29 41 1 32 8 6 2 185

Oferece OfereCe Realiz. Total na Sede fora da no Exte- Horas

Sede rior IAulas

66 3.724h. 24 5 952h. 7 2 32 922h. 1 20h. 29 3 2.790h. 6 2 592h. 6 246h. 2 340h. 140 13 32 9.586h. Total Total Matricu- Cone

lu-lados intes 1. 363 246 1. 463 1. 229 246 1. 463 fi compt. partie. 875 766 126 S7 215 20S 49 46 4.337 4.045

ODS. r Os dados desta sinopse .apresentam-se discriminados no Anexo 1, Volume 2, deste Relatório, considetando tratar-se de extensa relação.

(21)

3.2 - Pesquisas e Similares

Na verdade se, de um lado, o nive! de qualificaç50 de pesquisadores e professores se espelha no nivelou qualidade de suas investigações, por outro lado, é na atividade da investigação cientifica ou técnica que se encontra o melhor exercicio 'de capacidade criadora. Dai a necessidade do desenvolvimento de h§bitos de pesquisa nos centros de estudos especializados, quer de caráter básico ou teórico, quer de natureza aplicada, como ocorre com a maior parte das pesquisas e sondagens do ,Instituto Brasileiro de Economia (lBRE).

E aqui, tratando-se genericamente de pesquisas na Fundação deve-se lCIT~rar: embora evidentemente nem todos os artigos tenham características de pesquisa, foram mui tas dezenas os artigos originais publicados em 1990, não apenas em seus periódicos, como em outros veiculos, inclusive do exterior que, no mínimo, se apresentam. como prévias ou ensaios de investigações em andamento ou cogitação.

3.2.1 - Pesquisas de Seus Centros de Ensino

No inicio, como já se disse, a FGV se caracterizava basicamente como um Centro promocional de pesquisa das áreas de economia, politica e administração públicas, de que

res~ltavam serviços de a~scssoria, assistência e cooperação

técnica, desenvolvendo paralelamente alguma atividade de ensino dessas áreas, enquanto parte de suas atenções se voltava ao estudo experimental da didática, a nivel de escola secundária. A Fundação nasceu, assim, e se desenvolveu possuida da idéia da necessidade da investigação, que tomou vulto, em importância e em volume, com a criação sucessiva, de seus vários Centros de Pós-Gradução, que têm a pesquisa como parte substancial de sua vida acadêmica.

No entanto, não são apenas professores e pesquisadores profíssionais que, na Fundação, desenvolvem pesquisâs e similares, mas também, e particularmente, seus alunos pós-graduados, cujas Teses de /.!estrado e de Doutorado constituem conhecimentos novos, em sua essência, em aspectos ou pontos visualizados, em sua metodologia ou critérios de análise. Na verdade, é através da investigação, freqüentemente longa e trabal hosa, que se alcançam conhecimentos novos, que se incorporam ao acervo de nossas bibliografias acadêmicas, à disposição da comunidade cientifica.

(22)

Isto posto, não por deferência, mas por sua relevância,

inicia~se abaixo deste capitulo a relação das pesquisas (e

estudos similares) desenvolvidas em 1990 na Fundação preci-samente pelas teses apresentadas, defendidas e aprovadas em seus Centros de PÓs-Gradu~ção.

3.2.2 -Estudos do Centro de Pesquisa c Documentação de História COlltemporânea do Brasil

Como seu próprio nome indica, este Centro - o mais novo

dos criados pela Fundação surgiu da necessidade de

desenvolver-se o que ainda era uma atividade inc~piente ou menos criativa no Brasil: estudos sistemáticos, dentro de critérios e metodologias modernas, de investigação cientifica na área da história contemporânea de nosso pais~ Seus objetivos indicam exatamente suas grandes linhas de atuação: promover e/ou realizar estudos e pesquisas do interesse atual de nossa cultura histórica; constituir (através de doações), organizàr, siste~atizar, preservar e divulgar o acervo inédito de documentos privados de personalidades de relevante participação na história política e sócio-econômica brasi-leira no século contemporâneo, particularmente após os anos 30; montar precioso acervo de depoimentos orais de politicos e de pessoas outras de destaque que, de alguma forma, influíram ou.participaram da história recente do país; manter inter-câmbio com universidades e instituições congêneres, nacionais e estrangeiras, ampliando seu espectro de atuação, na busca de seus objetivos.

A equipe de pesquisadores profissionais deste Centro, deliberadamente selecionada para esses propósitos, se vem dedicando a quatro atividades básicas, que refletem sua· estrutura organizacional: Documentação, Pesquisa, História Oral e Dicionário da História Politica Brasileira. Destaquem-se, aqui, suas atividades de pesquisa e documentação, que se desepvolvem hoje nas seguintes linhas de investigação: E~ites' políticas nacionais e regionais; Partidos políticos; Elites culturais e científicas; .Historiografia; Relações interna-cionais. As demais atividades decorrem, de certo modo, do ritmo daquelas prioritárias.

3.2.3 - Pesquisas do Instituto Brasileiro de Ecollomia

Nesse ano de 1990, o Instituto Brasileiro de Economia se destacou no quadro desta Fundação, como aliás ocorre desde muito, por seus estudos e investigações, muitos de caráter pioneiro, oferecendo ao Pais apreciável acervo de informações

(23)

e dados ào mais alto valor, reconhecidamente necessarlOS à interpretação, orientação e formulação de po11ticas econômi-cas no Brasil. Isto resulta de sua atual ênfase em certas linhas de trabalho, isto é, dcdica-~e prioritariamente a pesquisas na área de estatisticas derivadas e da economia aplicada.

Tendo incursões em tarefas de levantamentos estatisticos primários, empenhou-se de certa forma nas investigações permanentes sobre preços, a nivel rural e urbano, suprindo assim falhas e distorções nas informações então existentes, propiciando respaldo seguro não só à parte de seus estudos, como ainda aos de instituições e técnicos externos, públicos ou privados, nacionais ou estrangeiros.

Mas nas linhas de sua atuação, concentrou-se tqmbém em atividades paralelas, como temas macroeconômicos, episódicos ou permanentes, tidos como relevantes e tempestivos.

Procurando manter sempre a retidão e a coerência em suas investigações e conclusões, esses resultados analíticos e seu material básico (estatístico e bibliográfico), de que se originam mais estudos, sem constrangimento ou empecilhos do lBRE, f.icam à disposição de centros congêneres e de interes-sados privados, servindo-se de valiosa bagagem técnica desenvolvida, sistematizada e atualizada. Com este propósito, constituiu-se no lBRE volumoso e precioso acervo de informa-ções e dados econômicos, analisados, catalogados e armazena-dos sobretudo em seus computadores, capaz de satisfazer necessidades g6vernamentais e interessei privados.

Por outro lado, grande parte de suas investigações é transparente, isto é, posta a serviço imediato da comunidade nacional, através de suas publicações avulsas ou eventuais e, especialmente, através de seus dois veiculos periódicos:

Conjuntura Econômica (que se caracteriza melhor, mais adian-te) e o opúsculo Agroanalysis.

Registre-se, ainda, que em virtude das dificuldades da Fundação, expostas anteriormente, o lBRE viu-se obrigado em 1990 a concentrar suas atividades e esforços em poucas áreas: as que exigem estudos continuados, sem interrupções ou quebras da cadeia de informações, ·trabalho este compensado pela alta qualidade de seus resultados, particularmente no que toca a certas projeções, sondagens conjunturais, preços etc.

(24)

Vê-se, enfim, que a própria estrutura básica deste Instituto determina e delimita os objetivos de suas pesquisas que, talvcz'ambiciosa nas atuais circunstâncias da Fundação, abrange Centros: de Estudos Agricolas, Industriais, de Análise Macroeconômica, de Estatistica dc Preços, de Consumo, de Empresas, Fiscais, Monetários e de Economia Internacional, além de uma Gerência e Economia da Informação.

Seguem-se os quadros sin6pticos relativos a esse acervo de pesquisas realizadas ou em andamento nas unidades da FGV, destacando-se os trabalhos de Tcse~.

I - QUADRO SINÓPTICO DAS TESES CONCLUíDAS EM 1990 NOS VÁRIOS CURSOS PÓS-GRADUADOS "SENSU S'l'RICTO"

Teses de

ESCOLAS OU INSTITUTOS Mestrado Doutorado Total EAESP - Escola de Administração

de Empresas de São Paulo 21 ,2 23

EDAP - Escola Urasileira de

-"Administração Pública 9 9 EPGE - Escola de Pós-Graduação

em Economia 11 3 14

IESAE - Instituto de Estudos

Avançados em Educação 28 28

ISEC - Instituto Superior

de Estudos Contábeis 7 7

ISOP - Instituto Superior

de Estudosc Pesquisas 17 2 19

Psicossociais

TOTAIS 93 7 100

ODS. I Apresenta-se no AIlEXO 2, Volume 2, a relação completa destas teses (matéria

e autor).

11 - QUADRO SINÓPTICO DAS DEMAIS PESQUISAS E ASSEMELHADOS - 1990

ESCOLAS, INSTITUTOS OU CENTROS

CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil

EAESP - Escola de Administração de Empresas de São Paulo

EDAP - Escola Brasileira de Administração Póblica

EPGE - Escola de pós-Graduação em Economia

Pesquisas e Trabalhos Semelhantes

Concluidos Em execução Renováveis Total

(a) (b) ou (a)+(b) Repetitivas(l) 38 16 54 12 50

-

62 02 03 05 27 02 29 (Continua)

(25)

Continuação

Pesquisas e Trabalhos Semelhantes

ESCOLAS, INSTITUTOS Concluldos Em execução Renováveis Total

OU CENTROS (a) (b) ou (a)+(b)

Repetitivas(l) IBRE - Instituto Brasileiro de

Economia 85 18 96 103

IESAE - Instituto de Estudos

. Avançados em Educação 02 22 24

. INOOC - Instituto de

. Documentação 02 01 03

ISOP - Instituto Superior de Estudos e Pesquisas

Psicossociais 09 09

TOTAIS(2) 168 121 96 289

OBS. J (1) Renováveis ou repetitivas são pesquisas ou sondagens que se renovam anual, semestral, mensal ou semanalmente, como ocorre com estudos de economia aplicada, desenvolvidos sobretudo pelo IBRE.

(2) No ANEXO 2, Volume 2, consta a relação completa desses trabalhos, de caráter permanente ou conjuntural, alguns inclusive iniciados em 1988

e 89.

3.3 Congressos, Seminários, Conferências

Na dinâmica da atividade acadêmica se tem destacado essa forma de transmissão e divulgação do conhecimento: além de publicações, é através de congressos, simpósios, encontros, seminários, conferências, debates públicos "et similia", que outros interessados (não simplesmente alunos e professores) podem beneficiar-se de novos conhecimentos ou de informações atualizadas.

Assim, como ou~ras instituições culturais, a Fundação dentro do possivel tem promovido, co-promovido ou apenas colaborado com sua participa~ão nesses eventos, no pais e fora dele, sempre que de real interesse e realizados na linha de suas atividades de ensino e pesquisa.

3.3.1 - Congressos e Assemcllzado.s

Apenas por convenção e para efeitos didáticos deste relatório, definem-se e catalogam-se como congressos as chamadas reunl.oes, encontros, seminários ou simpósios de especialistas, com duração de alguns dias, sucessivos ou não, .que tratam de assuntos e problemas técnico-cientificos, por

vezes sintetizados em anais ou documentos equivalentes. Este tipo de atividade pode ser promovido por Centros ciu órgãos. da FGV ou ter sua co-produção ou simplesmente sua presença participat.iva.

(26)

QUADRO SINÓPTICO DE CONGRESSOS E ASSEHELHADOS OCORRIDOS EH 1990

Promoção Co-Promoção Apenas

CENTROS E ÓRGÃOS Partici~

pação CICOM - Centro Interamericano

.de Comercialização 1

CPD - Centro de Processamento

de Dados 1 5

CPDOC - Centro de Pesquisa e

Documentação de História

Contemporânea do Brasil 16

EAESP - Escola de Administração

de Empresas de São Paulo 2 3 41

EBAP - Escola Brasileira de

Administração Pública 2 2 21

EPGE - Escola dePós-Craduação

em Economia 4

lBRE - Instituto Brasileiro de

Economia 2

IESAE - Instituto de Estudos

Avançados em Educação 19

INDOC - Instituto de

Documentação 2

ISEC - Instituto Superior de

Estudos Contábeis 1

TOTAIS 6 6 110

OBS. I outras informações estão no ANEXO 3, Volume 2.

3.3.2 - Conferêllcias, Palestras e Seminários

Total 1 6 16 46 2S 4 2 19 2 1 122

Também por convenção pragmática, classifica-se aqui como conferência o que, na vida acadêmica, se costuma denominar também como palestra, seminário ou debate: sessões isoladas de estudo conjunto, realizadas por entendidos e participação de outros interessados e convidados, de curta duração (normalmente, entre 2 e 3 horas), que em geral tratam e debatem tema especifico ou restrito. Também aqui, não raro, há a participação de especialistas estrangeiros. Como nos anos anteriores, em 1990 foi significativa essa atividade acadê-mica na Fundação, tanto internamente quanto fora de seus órgãos, inclusive com participação no exterior.

(27)

SINOPSE DAS COUFERÊHCIAS E EVENTOS SEHELHANTES REALIZADOS EH 1990 ÓRGÃOS Em sua sede 1 - CICOM - Centro Interamcricano de Comercialização 2 - CPD - Centro de Processamento de Dados 3 - CPDOC - Centro de Pesquisa e Documcntação de Hist6ria Contem-porânca do Brasil 4 - EAESP - Escola de Administração de Empresas de São Paulo 5 - EDAP - Escola Brasileira de Administração . Pública 6 - EPGE - Escola de PÓS-Graduação em Economia 7 - IBRE - Insti-tuto Drasilciro de Economia 8 - lESAl; - Insti-tuto de Estudos Avançados em Educação ~ - ISEC - Insti-tuto Superior de Estudos Contábeis 10 - !lIDOC Instituto de Document<l:ção TOTAIS 2 2 10 10 47 3 5 79

Fora da Sede De sua No No Promo-Brasil Exterior ção

5 16 61 17 6 3 64 1 1 174 2 2 2 5 5 10 2 10 47 9 5 23 76 Em co- promo-ção 4 9 Apenas Partici-pação 5 23 19 2 3 76 1 1 191 Total 2 7 23 76 29 53 3 76 6 1 276 OBS. pormenores sobre essas conferências estão relatados no ANEXO 4, Volume 2.

4 - ATIVIDADES ACADÊMICAS COMPLEMENTARES

Estas fundamentalmente se concentram em ttês tipos de atividade: publicaç6e~, acordos ou convênios e cooperação ou assistência técnica, que resultam de convênios ou entendi-mentos análogos (formais ou não).

(28)

4.1 - Publicações

As publicações na Fundação, em geral resultantes de seu ensino e atividades de pesquisa, assumem á forma de documen-tos, editados como livros, relatórios, opúsculos, folhedocumen-tos, separatas e artigos de revis tas, que se apresentam como 'periódicos, seriados e eventuais (avulsos).

o

aneXo 5, Volume 2, relaciona as publicações de 1990 _originárias dos vários órgãos da Fundação, editadas por meios próprios ou através da Editora da FGV ou mesmo por editoras externas.

A maioria, porém, dessas publicações é constituida de opúsculos, folhetos, "apostilas" e similares, de tiragem modesta e de caráter preliminar ou prevl.o, de circulação restrita, de que entretanto, freqüentemente I se originam

publicações definitivas ou terminais.

Acrescente-se que, além das publicações originárias de

SUàS atividades de ensino e pesquisa, a FGV publica

eventual-mente textos de instituições internacionais de renome, objeto de acordos que, de certo modo, demonstram o prestigio e competência desta Instituição.

Registre-S8: ainda, que o ano de 1990 encerra o grande ciclo de revistas ou periódicos originários da Fundação: a partir de 1991, continuarão apenas quatro revistas, a saber, Conjuntura Econômica, Revista Brasileira de Economia, Revista de Administração Pública e Revista de Administração de Empresas. Por razões já apresentadas, foram suspensas as demais publicações periódicas. Cfr. o que se adiciona, a tal -respeito, ao final do ANEXO 5, do Volume 2, deste relatório.

4.1.1 -Publicações da FGV

Como se disse, as publicações da FGV não são apenas as originárias de suas atividades especificas, embora estas constituam sua quase totalidade: há trabalhos relevantes de fora, inclusive do exterior, que são aqui preparados para divulgação.

Segue-se o quadro sinóptico destas publicações I editadas

(29)

,.

PUBLICAÇÕES DE 1990

EDITADAS PELA FGV OU POR OUTROS MEIOS (incluem-se edições renovadas)

ÓRGÃO DE QUE PROCEDEM 1 - CADEMP - Cura,os de AdID. de Empresas 2 - CICOM - Ce.ntro Interamericano de Comercialização 3 - CPD/BIBLIODATA Centro de Proc. de Dados 4 - CPDOC - Centro de Pesq.e Doc. de Hist. Contemporânea do Brasil 5 - EAESP - Escola de Adm.de Emp. de São Paulo 6 - EDJ\.P - l~scola Brasileira de Adm. Pública 7 -'EPGE - Escola de Pós-Graduação em l';conomia e - IDRE - Insti-tuto Brasileiro de Economia 9 - INDIPO - Insti-tuto de Direito póblico e Ciência politica 10 - IESAE - Insti-tuto de Est.Avan-çados em Educação 11 - nmoc -Instituto de Documentação 12 - ISOP - Inst. Sup. de Est. Pesq. psicossociais TOTAIS Total (l) (2) (3) 4l 59 7 23 2 13 26 19 2 6 9 5 212 Opóaculos Apostilas Livros e Similares (2) 4l 59 3 17 12 21 17 4 3 177 6 1 4 1 1 6 1 20 Peri6-dicos (3) 4 1 1 1 1 2 1 3 1 15 Editadas em 11ngua estrangeira no pais 33 7 40 no exterior 1 1

OBS.I 1) na coluna ·Opúsculos, Apostilas e Similares· incluem-se as separatas

folhetos (Cfr. relação "Editora da FGV")j

2) na coluna ·Periódicos·, inclui-se produção da Rede BIDLIODATA:

3) melhores informações no ANEXO 5, Volume 2, em particular na relação "Editora da FGV" ,

28

(30)

Conviria advertir que apenas algumas Teses se tornam edições públicas: sempre há, po~ém, cópias mimeografadas para bibliotecas. do ramo e, em particular, para o Banco de Teses, sediado hoje junto à Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro), que edita catálogo de sua divulgução, destinado a Universi-dades, Centros de Pesquisa e outros interessados~ Das cerca de 54 mil teses hoje acumuladas nesse Banco, cerca de 1/3 já estão nos computadores de nosso CPD.

Cabe destacar neste documento a importância que, em seu meio, assumiram certos periódicos da Fundação, como as Revista de Administração de Empresas, Revista de Administração Pública, Revista Brasileira de Economia e, sobretudo,

Con-juntura Econômica de tanto alcance e repercussâo, no pais e fora dele, credenciando-se inclusive como um dos "termôme-tros" na economia brasileira, lembrando-se que uma das formas de aferir-se a respeitabilidade de uma publicação cientifica ,é a constância de referências e citações por outros. Encabeça cada número desta revista um dos documentos mais importantes da análise da economia ocorrente brasileira: a Carta do IBRE, de ponderável peso (inclusive no Congresso Nacional) na apreciação da condução de nossa economia.

4.1.2 - Publicações Internacionais

Segundo acordos firmados com entidages internacionais, a Fundação em 1990, através de seu Instituto de Documentação (INDOC), cumpriu com regularidade oS encargos assumidos, a saber:

1 - Com a UNESCO: vertendo para a lingua portuguesa, foram publicados 12 números sucessivos do Correio da UNES CO , revista de assuntos culturais e cientificos, traduzida hoje para 34 idiomas, sendo o português de responsabili-dade exclusiva desta Fundação. Tiragem média de 15.000 exemplares.

2 - Com o Fundo Honetário Internacional: traduziram-se para o português, publicaram-se e distribuiram-se os 4 números trimestrais da revista Finanças e Desenvolvimento que, vertida em sete línguas, se caracteriza por temas de atualidade mundial. Tiragem média de 7.500 exemplares. 3 - Com o Banco Mundial: publicou-se e distribuiu-se a versão

portuguesa do Relatório Sobre o Desenvolvimento Mundial

- 1990 que, traduzido em sete idiomas e passando em revista a situação da economia mundial, se tornou fonte autorizada e copiosa de informações sobre a economia das Nações, particularmente dos 102 paises membros do FMI. Tiragem de 2.000 exemplares.

(31)

Embora extinto o Instituto de Documentação (INDOC), que assumia esse encargo, continuaram esses serviços de caráter internacional.

4.2 - Acordos e Convênios.

Certas atividades ou tarefas desta Fundação têm origem em acordos ou convênios estabelecidos com entidades públicas e privadas. Aliás, esta tem sido uma prática bastante .generalizada nas universidades e centros de pesquisa,

inclu-sive no Brasil. Assim, dentro de sua competência e como extensão dos trabalhos que desenvolve, a Fundação .nem sempre pode furtar-se a assumir certos compromissos que representam serviços relevantes, até mesmo quando prestados a institui-ções do exterior, mas de interesse da FGV. Há, inclusive, serviços contratados, de que a Fundação não pode prescindir, como certos "sistemas" de computação.

Estes atos formais têm como resultado modalidades diferentes de serviços culturais, de certa continuidade ou eventuais, como assessoria e consulta técnica, pesquisas e estudos similares, participação em comissões e colegiados, cursos, seminários etc. que, em geral, remuneram apenas os custos reais da Fundação, sobretudo quando dirigidos a instituições públicas ou como intercâmbio normalizado.

Segue abaixo quadro sinóptico desses acordos ou convê-nios de 1990 (novos ou renovados), deixando-se para a seção de anexos a relação completa dos trabalhos desenvolvidos.

QUADRO SINÓPTICO DOS ACORDOS E CONVftNIOS OCORRIDOS EM 1990

Com

6RGÃOS entidades

no pais 1 - CPD - Centro de Processamento de Dados 1 2 - EAESP - Escola de Administração de

Empresas de São Paulo 22 3 - EDAP -Escola Brasileira de'

Administração Pública

4 - EPGE - Escola de Pós-Graduação em Economia

5 - IBRE - Instituto Brasileiro de Economia

6 - IESAE - Instituto de Estudos .Avançados em Educação

7 - INDOC - Instituto de Documentação TOTAIS 8 6 12 9 16 74 Com entidades do exterior 23 1 2 26 Total 1 45 8 7 12 9 18 100 OBS.I pormenores sobre estes acordos e/ou convênios encontram-se em anexos.

(32)

4.3 Cooperação o Assistência Técnica

Como se disse anteriormente, a cooperação, em termos de assessoria, assistência técnica e outras formas de prestação de serviços, se tem desdobrado particularmente em análises e pareceres, estudos e projetos, bem como em outras relações

i culturais, como cursos, seminários, congressos, participação

em bancas de exames e de concursos, em comissões ou colegiados técnicos, intercâmbio de professores e alunos etc.

Resultam, quase sempre, de acordos, conv~nios ou enten-dimentos prévios com as partes solicitantes interessadas. A propósito de cooperação, conviria relatar que, no inicio de 90, o "Centro de Economia Hundial" da EPGE tomou a iniciativa, endossada pela FGV, de criar o "Comitê de Cooperação Empresarial" (CCE) que, con~ti tuido hoje por 3 O empresas privadas, que mediante contribuições anuais, viabilizam um programa de seminar~os e conferências de especialistas brasileiros e estrangeiros sobre economia e politica mundiais e seus reflexos no Brasil, levando inclusive ao exterior visão mais objetiva da realidade econom~ca, social e politica brasileira, mediante palestras e simpósios externos. Nesta linha de cooperação, faça-se ainda referência ao Conselho de Doadores do CPDOC, seleto grupo de pessoas e instituições que, em 1990, se reu~iu regularmente, reiterando sua dispo-sição de colaboração com este Centro, o que lhe tem proporcionado certo impulso aos trabalhos que vem desenvol-vendo nesses últimos anos.

Ainda sobre cooperação c intercâmbio, que tendem a desenvolver-se, registre-se que, em 1990, a Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP) enviou ao exterior oito alunos para completar seus estudos, recebendo em contrapartida quatro.

Segue-se quadro sinóptico desses estudos I sondagens, levantamentos, projetos, análises, eventos de treinamento etc. realizados como cooperação em 1990.

(33)

QUADRO SINÓPTICO DE EVENTOS E PROJETOS DE

COOPERAÇÃO E ASSISTf:UCIA TÉCNICA - 1990

Projetos e outros eventos . 6RGÃOS EXECUTORES Concluídos Em Em estudo Total

1 - CPD/BIBLIODATA - Centro de Processamento de Dados

2 - CPDOC - Centro de Pesquisa e Doc. de Hist6ria Contemporânea do Brasil

3 - EAESP - Escola de Adm. de Empresas de São Paulo

4 - EBAP - Escola Brasileira de Administração Pública

5 - EPGE - Escola de P6s~Graduação

em Economia

6 - IBRE - Instituto Brasileiro de Economia

7 - INDOC - Inst. de Documentação 8 - ISEC - Instituto Superior de Estudos Contábeis TOTAIS 3 12 8 3 1 27 Execução prévio 53 13 7 5 10 2 2 91 20 66 3 24 20 3 17 3 2 138

OBS.I pormenores sobre este t6pico estão apresentados no ANEXO 7, Volume 2, em que há outras considerações.

5 - ATIVIDADES DE APOIO E ADMINISTRATIVAS

Ê evidente que uma instituição complexa e diversificada, com uma atividade acadêmica que se foi desdobrando ao longo de mais de 40 anos e com atuação no exterior, necessite de atividades de apoio técnico e administrativo. E estas se resumem no papel que desempenham na Fundação os serviços de

Informática, das ·Bibliotecas e Arquivos e de seus Órgãos

Administrativos.

5.1 - Centros de Informática

A FGV, reconhecendo a Informática como um dos fatores criticos para o sucesso de suas atividades técnico-cientifi-cas e administrativas, tem como meta promover a constante atualização nesta área, visando atender aos órgãos usuários na sistematização e automação de suas atividades. Externa-mente, a FGV atende a outras instituições prestando servlços de automação bibliográfica e consulta "on line" ao Banco de Dados. Suas principais linhas de atuação em 1990 foram:

(34)

-Sistema~ Estatísticos e Cálculo de Índices

Executam-se os trabalhos de proce~samento de dados para a produção dos indices de preços na construção civil, preços de terras agricolas; preços recebidos e pagos pelos agricul-tores, preços por atacado, sondagem conjuntural e sondagem da construção civil.

- Sistemas de Apoio a Estudos e Pesquisas

Há na FGV sistemas desenvolvidos externamente, instala-dos mediante contratos ou convênios: servem para a recuperação de dados bibliográficos (STAIRS), estatisticos (SPSS,TROLL e SAS), econométricos (ESP) e também para ligação com a Rede Internacional de Instituições de Pesquisa (BITNET). ,

Internamente já foram desenvolvidos programas para pesquisas sobre os 100 primeiros dias do Governo Collor, para regionalização das Contas da União, interfaces com os sistemas MICROISIS e STAIRS, e Guia dos Arquivos do CPDOC, preparado também para atender a outras Instituições.

- Banco de Dados da FGV

Constitui-se de uma Base de Dados Bibliográficos (CALCO) e de uma Base de Dados Econômicos estruturados sob a forma de séries temporais (RESETE).

a) A Base CALCO conta atualmente com 367.000 referências bibliográficas, com ênfase na área de clencias sociais, baseando-se no conteúdo de 200 bibliotecas das 60 instituições que compõem a rede BIBLIODATA. As bibliotecas das universi-dades brasileiras representam', hoje, o núcleo mais dinâmico do processo de constituição do CALCO. Esta base produz fichas

catalog~áficas, etiquetas para dorso, etiquetas para cartão

de empréstimo, emissão de bibliografias e fornecimento de dados em fitas magnéticas, disquetes, microfichas e consulta "on line" interna e externa via Rede Telefônica ou RENPAC.

b) A Base RESETE contém 3.000 séries temporais sobre o comportamento da economia brasileira e algumas séries demo-gráficas, abrangendo todos os indices econômicos e de preços produzidos pelo IBRE (ÁRIES)" além de indicadores referentes à produção agricola, produção industrial e comércio. Permite consulta' "on line" interna e externa via RENPAC' e Redes 'relefônica ou Telex. Dispõe de Disseminação Seletiva de índices (INDEX), atendendo a cerca de 2.000 empresas

Referências

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