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Comportamento de espécies florestais amazônicas quanto à luminosidade

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Comportamento de espécies florestais amazônicas quanto à luminosidade

Resumo

Os autores comparam o crescimento em diâmetro, altura e a sobrevivência de 21 espécies florestais da Amazônia, de interesse econômico, plantadas em duas condições de luminosidade: uma sob sombra de floresta primária não explorada e a outra em plena abertura. Ve-rificaram que o crescimento em altura. diâmetro e a porcentagem de sobrevivência, em plena abertura, foi superior ao plantio sob sombra para quase todas as es· pécies testadas. mostrando que a luz é um fator de im. portância fundamental tanto como limitante do cresci-mento como regulador da sobrevivência de espécies flo-restais. As espécies que apresentaram melhor compor. tamento. com maiores alturas e diâmetros em plena !lbertura, foram Goupia glabra, Cedrelinga catenaefor-mis, Bagassa guianensls, Carapa guianensis, Jacaranda paraensis, Dipteryx odorata, Calophyllum angulare, Pi-thecolobium racemosum e Scleronema micranthum. Sob sombra destacaram-se Goupia glabra, Jacaranda paraen· sls, Cedrelinga catenaeformis, Calophyllum angulare, Ocotea rubra e Tabebula serratifolia. Os auto~es reco· mendam estas espécies para plantios na Amazõn:a, cha-mando a atenção para o fato de que o conhecimento das características ecológicas intrínsecas de cada espé-cie é essencial para o êxito da silvicultura nesta região.

INTRODUÇÃO

Este

é

um trabalho de divulgação dos

ex-perimentos silviculturais estabelecidos na Re-serva Ducke, e tem por objetivo principal ana-lisar o comportamento de espécies florestais

e1n duas condições de plantio:

à

sombra de

floresta primária não explorada e em plena abertura.

Mesmo com as informações já conhecidas, há ainda falta de dados silviculturais que pos-sibilitem a instalação de plantios em escala industrial, e este trabalho pode trazer uma con-tribuição neste sentido. Antes de determina-rem-se as exigências em nutrientes, espaça·

Jurandyr da Cruz Alencar ( * }

Vivaldo Campbell de Araujo ('**)

mentos e tratos silviculturais,

é

imprescindí-vel o conhecimento do comportamento de cada espécie a um determinado ambiente. Sabe-se também que, em face da natureza do ecossis-tema amazônico, é muito aconselhável

pensar-se numa silvicultura que caupensar-se menos danos à

floresta. Por isto, este experimento teve em

vista verificar quais as espécies tolerantes

v

sombra e quais as que necessitam de mais índice de luz para crescer. O conhecimento da aptidão natural de cada espécie

é

fator

funda-mental para

a

desenvolvimento de uma

silvi-cultura mais realista e que leve em considera-ção

a

biologia de cada espécie.

MATERIAL E MÉTODO

O experimento que consta de 21 espécies

florestais , cujas madeire.s são de interesse eco· nômico nos mercados local, nacional e exte-rior, fai feito numa área de 1 hectare, localiza-da na Reserva Ducke; o solo é do tipo latosso-lo amarelatosso-lo de textura pesada de acordo com Fales i

et ai.

(

1969) . A área foi dividida em duas partes por meio de uma entrada com 6m de largura . No primeiro tratamento, a floresta foi totalmente derrubada; no segundo, foram eliminadas apenas as palmeiras e cipós que

compõem o sub-bosque. O plantio foi realizado

em linhas, distanciadas 5m entre si, com 15 mudas por espécie em cada tratamento, no

es-paçamento de Sm

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2,5m , uti lizando-se mudas

de altura média entre 30 - 60cm, conforme a

espécie, em covas de 15cm

X

15cm

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30cm.

sem qualquer adubação química. As 21 espé-cies foram plantadas entre junho 1962 até ju-nho 1966. com replantios no ano seguinte

(Fi g. 2) . Em cada tratamento, foram feitas, anualmente, duas limpezas nas linhas de plan-tio (maio e dezembro), medições das alturas

( •) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus.

(••) - Curso de Pós-Graduação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e Fundação da Universioade do Amazonas (FUA) - Ecologia. Manaus .

(2)

e diâmetros e levantamento da sobrevivência. Os dados dendrométricos analisados referem-se ao período 1970 a 1978.

Em face da baixa sobrevivência de Bagassa

guianensis, Platymiscium ulei, Clarisia racemo-sa, Vouacapoua pal/idior, Caryooar villosum

e Cedrela odorata, com a maioria dos dados em

falta em 1978, estas espécies não foram in-cluídas na análise estatística. Entretanto, apa-recem nas Fig. 1a, 1b, 2 e 3, exceto

Platymis-cium ulei que apresentava 100% de

mortali-dade em ambos os tratamentos. Para as 15

espécies restantes, - considerando ainda a

existência de dados em falta, que tornariam

inviável a análise de variância, - foram

toma-dos, ao acaso, 10 indivíduos de cada espécie em cada um dos tratamentos . Foi feito um teste de Bartlett para cada uma das duas variá-veis (altu:·a e diâmetro à altura do peito) para testar a homogeneidade dos dados e um teste de Tukey (nível 5%) , para analisar os contras-tes entre as médias das variáveis nos trata-mentos.

REsULTADOs

Nas fig. 1 a e 1 b, são apresentadas as cur-vas de crescimento em altura, referentes ao

período 1970 a 1978. com exceção de

Platymis-cium uleí que, já em 1970, apresentava 100%

de mortalidade tanto à sombra da floresta como

em plena abertura. Nestas figuras, verifica-se quanto ao tratamento em plena abertura, que

se destacaram em altura as espécies Goupia

glabra, Cedrelinga catenaeformis, Bagassa guia-nensis, Garapa guiaguia-nensis, Jacaranda paraen-sis, Dipteryx odorata, Calophyllum angulare,

Caryocar villosum, Pithecolobium racemosum

e Scleronema micranthum; num segundo grupo,

com alturas entre 1 O e 5 m, destacaram-se

Clarisia racemosa, Aniba duckei, Copaifera multijuga, Mezilaurus itauba, Ocotea rubra, Ta-bebuia serratifolia, Aniba canelilla, Cedre/a

odorata

e

Andira parviflora. Vouacapoua

palli-dior teve igual comportamento como

Platymis-cim ulei, totalmente mortos já em 1970. O

crescimento em altura, sob sombra da floresta. foi inferior ao verificado em plena abertura para todas as espécies testadas, destacando-se, entretanto. as espécies Goupia glabra,

Ja-

436-caranda paraensis, Cedrelinga catenaeformis, Vouacapoua pallidior, Ca/ophyllum angulare;

Ocotea rubra, Tabebuia serratifolia,

e

Dipteryx

odorata; no levantamento feito em 1978, todos

os indivíduos de Cedrela odorata, Clarisia

ra-cemosa, Bagassa guianensis e a citada

Platy-miscium ulei estavam totalmente mortos, no

tratamento sob sombra, o que mostra serem

espécies não tolerantes à sombra e que

neces-sitam de luz para desenvolverem-se.

Ouétnto à variável D.A.P. (diâmetro à altura do peito) , vê-se, pela fig. 2, que as melhores

espécies em plena abertura foram Cedrelinga

catenaeformis, Garapa guianensis, Jacaranda paraensis, Goupia g/abra, Calophyllum angula-re, Scleronema micranthum, Dipteryx odorata, Caryocar villosum, Pithecolobium racemosum.

Aniba duckei e Mezifaurus itauba . Sob sombra

da floresta primária, não submetida à explora·

ção comercial, todas as espécies apresentaram também diâmetros médios inferiores aos do plantio em plena abertura. Neste tratamento, as espécies que apresentaram maiores

diâme-tros foram: Goupia glabra, Jacaranda paraensis,

Vouacapoua pai/Jdior, Cedrelinga catenaefor-mis, Calophyl!um angulare, Ocotea rubra, Tabe-buia serratifolia, Garapa guianensis. Andira

parviflora, Pithecolobium racemosum

e

Capai-fera muftiJuga apresentaram os menores

diâ-metros.

A fig. 3 mostra as porcentagens de sobre· vivência anual de cada espécie, onde se verifi-ca que. em 1978, a sobrevivência em plena abertura foi maior do que sob sombra, para to-das as espécies testato-das, com exceção de

Vouacapoua pallidior

e

Cedrelinga

catenaefor-mis, demonstrando a importância do fator luz,

como limitante no desenvolvimento de espé-cies florestais.

Com referência à análise de 15 espec1es.

excluindo Platymiscium ulei, Clarisia racemosa,

Vouacapoua pal/idior, Caryocar villosum

e

Ce·

drela odorata que apresentavam, em 1978 alta

freqüência de dados em falta, os resultados de um teste de Bartlett revelaram uma heteroge-neidade na variância dos dados, tanto para a variável altura como para o diâmetro (D.A.P.). Por isto, uma análise de variância não teria vai idade. Entretanto, um teste de Tukey ao ní-vel de 5% de probabilidade, mostrou, para a

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2 Angelim rajado - Pithecolobium racemosum

3 Caroba (*) - Jacaranda paraensis 4 Cedro (*) - Cedrela odorata

5 Louro (*•) - Ocotea rubra

6 Pau-rosa (**) - Aniba duckei

7 Andiroba - Carapa gul anensis

8 Copaíba - Copaifera multijuga

9 Cedrorana (**•) - Cedrelinga cat enaeformis

10 Jacareúba - Calophylum angulare

11 Casca preciosa - Aniba canelilla 12 Guariúba - Carisia racemosa 13 Cumaru (*) - Dipteryx odorata 14 ltaúba - Mezllaurus itauba 15 Sucupira (*) - Andira parviflora 16 Piquiá - Caryocar villosum

17 Cupiúba (*) - Goupia glabra

18 Pau d'arco (***) - Tabebuia serratifolia

19 Tatajuba (*) - Bagassa guianensis

20 Acapu - Vouacapouo pallidior 21 M acacaúba - Platymiscium ulei

Fig. 2 - Diâmetros médios de plantio sob sombra de floresta primária não explorada e em plena abertura. Idades 16 anos; 14 (*); 13 (**); 12 (***).

altura e D .A . P. , as médias e o agrupamento das espécies que tiveram igual comportamento

(Quadro 1 e 2) .

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

Alguns autores já apresentaram resultados satisfatórios sobre várias espécies florestais como Pedroso

et a/.

(1969). Pedroso (1971).

Volpato

et a/.

(

1972 e 1973), Alencar &

Fernan-Comportamento ...

des (1978). Alencar

et a/.

(s/ d). mostrando

ser possível hoje definir um grupo de espécies promissoras para a implantação de povoamen-tos florestais com objetivo industrial .

Sabemos, todavia, pelos ensinamentos da ecologia que a luz, a temperatura e a água re-presentam os fatores ambientais mais relevan-tes num ecossistema terrestre, não só como limitant es mas também como reguladores .

Odum (1977) expõe claramente que nenhum

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QUADRO 1 - Médias dos diâmetros (D . A . P.) de 10 obsetvações em ordem decrescente. Teste de Tukey (5% )

Tratamento

Plena abertura

Sob sombra

Espécie

Cedrelinga catenaeformis Csrapa guianensis Jacaranda paraensís Goupia glabra Calophyllum angulare Scleronema micranthum Dipteryx odorata

Pithecolobium rscemosum Aniba duckei

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Pithecolobium racemosum Copaifera multíjuga

fator físico

é

de maior interesse ao ecólogo,

do que a luz; porque ela é a fonte de energia

para toda a vida, fator limitante e regulador da atividade diári•a e estaciona/ de organismos

vegetais e animais. Por isto ser verdade, o

ex-perimento agora exposto teve como objetivo maior verificar a importância do fator luz no desenvolvimento de espécies florestais, antes de pensgr na determinação ou maximização de incrementos. A luz é, de fato, o fator funda-mental no crescimento de árvores em zona tro-pical, principalmente quanoo se deseja realizar uma silvicultura com espécies mistas e sob sombra. Verificamos, pelos resultados da so-brevivência das espécies plantadas sob sombra

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da floresta primária não explorada comerci

al-mente que apenas 4 espécies dentre as testa·

das (Ceêfrelinga catenaeformis, Tabebuia

serra-tifo/ia, Pithecolobium racemosum

e

Jacaranda

paraensis) , apresentaram uma sobrevivência

entre 60 - 79 % , enquanto em plena abertura

1 í espécies alcançaram essa porcentagem,

sendo que 5 espécies (Aniba duckei, Garapa

guianensis, Tabebuia serratifolia, Ocot ea rubra

e Jacaranda paraensis) atingiram entre 80 a

100% de sobrevivência (Ver fig . 3) .

Isto vem reforçar e confirmar a tese de que a luz, funciongndo como um " freio ", é um fator regulador da sobrevivência e limitant e do cres· cimento dos vegetais. Convém ainda salientar.

(8)

ressaltando aqui o conceito da "lei do mínimo" de Leibig, de que, tornando-se a taxa de luz tão baixa, ela poderá limitar o crescimento mesmo na presença de doses elevadas de fertilizantes, água ou outro fator. Araujo (1970), ao relatar resultados qualitativos deste experimento, afir-mava que: concorda-se, segundo princípios

ge-rais, que a competição é mais ou menos

restri-ta entre os inàivíduos de uma comuniàade, dependendo de suas necessidades. E por

con-seguinte, os elementos de competição são : primeiro a luta por espaço, segundo por luz e terceiro por nutri entes.

Conforme expusemos na introdução, se se deseja o desenvolvimento de uma silvicultura

que funcione em harmonia com o ecossistema f lorestal amazônico, devemos dar atenção ao modo como as espécies florestais se compor-tam quando plantadas em diferentes níveis de

luz. Verificamos entre as 21 espécies estuda-das que maiores incrementos em altura e diâ-metro podem ser obtidos com Goupia g/abra, Cedrelinga catenaeformis, Garapa guianensis, Jacaranda par aensis, Dipteryx odorata, Calo-phyflum angulare, Pithecolobium racemosum

e Sc/eronema micranthum em plantios em

ple-na abertura (Quadro 1 e 2, f ig. 1 a, 1 b e 2) .

Vimos que o crescimento sob sombra de flo-resta primária foi inferior ao em plena abertura,

mas Goupia glabra, Jacaranda paraensis,

Cedre-QUADRO 2 - Média das alt uras de 10 observações em ordem decrescente. Teste de Tukey (5% )

Tratament o

Plena abertura

Sob sombra Plena abertura

Sob sombra

442-Espécies

Goupia glabra

Cedrelinga cat enaeformis Carapa guianensis Jacaranda paraensis Dipteryx odorata Calophy llum angulare

Pithecolobi um racemosum Scleronema micranthum Aniba duckei

Goupia glabra Copaifera multijuga Mezilaurus itauba Ocotea rubra Tabebula serratifolia Aniba canelilla Andira parviflora Jacaranda paraensis Cedrellnga catenaefor mis Calophyllum angulare Ocotea rubra

Tabebuia serratifolla Dlpteryx odorata Scleronema micranthum Ani ba duckei

Pithecolobium racemosum Aniba canelilla

Carapa guianensls Andira parviflora Mezilaurus itauba Copaifera multijuga

Média

( em)

19,73

J

19,30 15,51 13,66 13,23 12,74 10,13 10,01 9,04

8.41 8,12

7,95 7.04 6,91 6,86 6,35 5,63 4,95 4,39 3,54 3,45 3,33 3,22

2,86

2,63 2,52 2,49 2,45

2.42

1,54

(9)

Jinga catenaeformis, Calophyllum angulare,

Ocotea rubra, Tabebuia serratifolia, podem ser

plantados sob sombra . Convém, ainda, chamar a atenção para o fato de que se tratou de dar um grau de sombra em floresta não explorada comercialmente, sem a rea lização de qualquer desbaste ou adubação química, porque se dese-jou ensaiar valores extremos. No caso de floresta já devidamente explorada e desde que o número de árvores remanescentes seja tec ..

nicamente conduzido, seguramente, ter-se-ão maiores crescimentos tanto em altura como em diâmetro para estas espécies com este trata· mento . Alencar et ai. (s/d) sugerem o plantio

nestas condições para Aniba duckei , uma vez

que teve alta taxa de sobrevivência naquele experimento.

Concluindo, recomenda-se que nos futuros reflorestamentos em implantação na Amazônia, se dê preferência para plantios de Goupia g/a-bra, Cedrelinga catenaeformis, Garapa guianen· sis, Jacaranda paraensis, Dipteryx odorata, Ca lophyllum angu!are, Ocotea rubra, Pithecofo ..

bium racemosum, Sc/eronema micranthum

e

Aniba duckei, enquanto não se conheçam es·

pécies mais promissoras com o desenvolvi-mento natural da ciência florestal nesta região . Para estas espécies, sugerimos que se façam estudos de procedências de sementes, espaça mentos e ensaios com aplicação de fertilizan-tes, ao mesmo tempo em que se deveria ini c i ar o melhoramento destas essências.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao Prof. Hugo Me-nezes dos Santos por sua valiosa colaboração na análise estatística dos dados; ao Sr. Joa-quim Menezes Ferreira pela listagem e prepa-ração de cartões para computação e a Eliana Minelli de Oliveira pela datilografia do texto. Agradecem ainda ao Dr. Guido Ranzani e Dr. William Rodrigues pela correção do texto.

SUMMARY

The authors compare the growth in diameter and height and the survival of 21 amazonian forest species, of economic value, planted under two hight conditions:

Comportam ento ...

one under the shade of undisturbed high forest and the other in full light.

They verify that the growth in height and diameter and the percentage survival. in full light, was superior to that under shade for almost ali the species tested, showing that light is an lmportant, fundamental factor as much as a limiting factor to growth as a regulator of survival of forest species . The species which

pt esented the better appearance with the greater heights and diameters in full light were Goupia glabra, Cedrelinga catenaeformis, Bagassa guianensis, Carapa guianensis, Jacaranda paraensis, Dipteryx odorata, CaJo. phyllum angul<lre, Pithecolobium racemosum and Scle-ronema micranthum. Under the shade of undisturbed high forest the better species were Goupia glabra, Ja-caranda paraensis, Cedrelinga cateaneformis, Calophyl-lum l:lngulare, Ocotea rubra e Ti'lbebuia serratifolia. The authors recommend these species for plantations in the Amazon, calling attention to the fact that the knowledge of intrinsic ecological characteristics of each species is essential for silvicultura! success in this region.

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(Aceito para publicação em 20/ 03/ 80)

Imagem

Fig .  1a. - Crescimento  em  altura  (m)  de  espécies  florestais,  plantadas  sob  sombra  de  floresta  não  explorada(----)  e  em  plena  abertura(- -)
Fig .  1 b.  - Crescimento  em  altura  (m)  de  espécies  flores tais,  plantadas  sob  sombra  de  floresta  rão  explorada  (.- • ·)  e  em  plena  abertura  (- -)
Fig.  2  - Diâmetros  médios  de  plantio  sob  sombra  de  floresta  primária  não  explorada  e  em  plena  abertura

Referências

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