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ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

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ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

DIENEFER JAQUELINE M. FEIX

O IMPACTO PSICOLÓGICO CAUSADO PELO HPV, RELATADO

PELAS PORTADORAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso –

Campus de Tangará da Serra, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem, sob a orientação da Profª Me.Cristiane Ferreira de Araújo e sob Co-Orientação da Enfermeira Juliana Herreiro da Silva.

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DIENEFER JAQUELINE M.FEIX

O IMPACTO PSICOLÓGICO CAUSADO PELO HPV, RELATADO

PELAS PORTADORAS

RESULTADO:_________

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________ Orientadora: Profª MS. Cristiane Ferreira Lopes de Araújo

___________________________________________________________ Co-orientadora: Enf ª. Juliana Herreiro da Silva

___________________________________________________________ Examinadora: Dr ª Danielle Marcheto

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AGRADECIMENTOS

Além da dedicação, persistência e confiança em Deus, este trabalho contou com o apoio e colaboração de muitas pessoas, às quais dedico os meus agradecimentos especiais:

Primeiramente quero agradecer a Deus, pelo dom da vida, por permitir-me concretizar meus sonhos, por encher minha vida da sua graça, por ser meu refugio e força, onde sempre encontrei respostas para os meus problemas e por acalmar meu coração para enfrentar todas as dificuldades encontradas na execução deste trabalho. Sem Ele nada seria possível

A Universidade do Estado de Mato Grosso- UNEMAT, por tornar possível o curso e o desenvolvimento das pesquisas necessárias. A todos os professores e funcionários que mantêm o funcionamento e a ordem do campus. Em especial a todos os professores e do curso de Enfermagem do Campus de Tangará da Serra, pelos ensinamentos transmitidos, pelo exemplo profissional e pela amizade demonstrada. Ao Professor Mestre Alex Borges que está à frente do departamento de Enfermagem e mesmo diante das dificuldades muito fez e faz pelo bom desenvolvimento do curso..

A minha orientadora Professora Mestre Cristiane Ferreira Lopes de Araújo, pela compreensão, paciência, conhecimentos, ensinamentos, disponibilidade, conselhos, amizade e auxilio na orientação deste trabalho. Cris muito obrigada!

A minha co-orientadora Professora Enfermeira Juliana Herreiro, pelos conhecimentos e auxílios quecontribuírem para o enriquecimento dessa pesquisa.

Aos meus pais Noêmia Feix, Tarzan Feix e Márcio Feix que são um exemplo de força e dedicação em minha vida e principalmente pelo esforço despendido, pela educação recebida, pelo carinho, amor, dedicação, incentivos, orações e por confiarem e acreditarem em mim. Agradeço a Deus por ter me proporcionado pais maravilhosos e abençoados!EU AMO VOCÊS!

A toda a minha família que são meu porto seguro. Muito obrigada pelo carinho, pelo amor, pela compreensão, pelas orações, por acreditarem e confiarem em mim e principalmente por me ajudarem a realizar esse sonho. Vocês são tudo na minha vida! EU AMO VOCÊS!

A minha querida Amanda Giovana F Rosa e toda a sua família, que eu amo muito e que me proporcionaram momentos alegria e força a todo instante.

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um mesmo objetivo se tornar Enfermeira (o), Jéssica Renatti, Franciéli Mattei e Mariane Rauber, AMO MUITO VOCÊS! Muito obrigada, pelo companheirismo, pela dedicação, pela amizade pelo carinho, por me compreenderem, entenderem o meu jeito de ser e me aclamar

quando muitas vezes o desespero falou mais alto. Vocês são demais... “Quero vocês pra

minha vida inteira.”

Ao meu grupo de estágio que como dizemos foi o melhor do mundo mundial composto pelos queridos amigos Jéssica Renatti, Franciéli Mattei, Mariane Rauber e Cristiano Bianchini. Muito obrigada por todos esses anos de carinho, amizade, companheirismo, apoio e dedicação.

A Jéssica Renatti! Muito obrigada pela amizade, pelas caronas durante esses quatro anos, sei que sem você as coisas poderiam ter se tornando ainda mais difíceis. Amiga obrigada por ter sido minha companheira, amiga e confidente e ter me apoiado durante esses anos.

A todos os amigos conquistados na 4° turma de enfermagem, onde caminhamos juntos esses quatro anos enfrentando muitas adversidades, mas SOBREVIVEMOS.

A todos os meus amigos que participaram dessa minha trajetória em especial a Graziele Caroline Cardoso, Regina Rodrigues e Alex Ruiz, Michelle Gurkewisz e todas as suas respectivas famílias. Muito obrigada por todo carinho, amizade, amor, compreensão, companheirismo, dedicação, momentos de alegria e pelas orações.

A Lilia Lima e Flávio Lima e sua família. Muito obrigada por todos esses anos de carinho, amizade, companheirismo, apoio e dedicação.

E agradeço a toda a equipe do CTA-SAE, em especial a Dra Andréia Saad e as Enfermeiras Samara Bortolozo e Alessandra Pedroso, que me apoiaram e tornaram possível a realização da coleta de dados desta pesquisa. Principalmente todas as mulheres participantes deste estudo que me ensinaram a conhecer e compreender suas vivencias e dificuldades diante da doença.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Faixa Etária das mulheres entrevistadas ... 25

Figura 2: Estado Civil ... 25

Figura 3: Sentimentos desenvolvidos pelas portadoras ... 29

Figura 4: Contou a alguém sobre a doença... 30

Figura 5: Parceiros que foram tratados ... 34

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RESUMO

O HPV (Papiloma Vírus Humano) é um vírus não-envelopado, icosaedrico que infecta os queratinócitos e mucosas da pele causando lesões benignas conhecidas como condiloma acuminado, ou pode causar neoplasias no útero.

Considerando que o HPV é uma doença sexualmente transmissível passar a ser portadora do vírus pode ser uma experiência traumática para muitas mulheres, este estudo de natureza quanti-qualitativa teve como objetivo evidenciar os sentimentos desenvolvidos a partir do diagnóstico da doença. A coleta dos dados foi a partir de entrevista semi-estruturada com mulheres portadoras do vírus e que já fizeram ou estão em tratamento. Ao mesmo tempo foi utilizada a técnica de observação para verificar as reações das mulheres frente ao profissional de enfermagem. A pesquisa foi realizada no Centro de Testagem e Aconselhamento e Serviço de Assistência Especializada (CTA-SAE), na cidade de Tangará da Serra-MT nos meses de agosto e setembro. A partir da análise temática dos dados, constatou-se que as mulheres desenvolvem diversos sentimentos negativos em relação a elas mesmas e ao seu parceiro, sendo papel da enfermagem prover todo o tipo de informações e amenizar a angustia dessas mulheres.

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ABSTRACT

HPV (Human Papilloma Virus) is a non-enveloped viruses, icosahedral that infects keratinocytes of the skin and mucous membranes causing benign lesions known as condylomata acuminata, or may cause cancer in the uterus.

Given that HPV is a sexually transmitted disease become a carrier of the virus can be a traumatic experience for many women, this study of quantitative and qualitative nature aimed to highlight the feelings developed from the diagnosis of disease. Data collection was from semi-structured interviews with women with the virus and who have already or are in treatment. At the same time we used the technique of observation to see the reactions of women facing the nursing professional. The survey was conducted at the Center for Testing and Counseling Service Expert Assistance (CTA-SAE) in the town of Tangara da Serra-MT in August and September. From the thematic analysis of data, it was found that many women develop negative feelings about themselves and their partner, and the nursing role to provide all kinds of information and ease the anguish of these women.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 10

1REFERENCIAL TEÓRICO ... 12

1.1 O PAPILOMA VÍRUS HUMANO ... 12

1.1.1 Histórico ... 12

1.1.2 Taxonomia e Nomenclatura... 13

1.1.3 Biologia ... 14

1.1.4 Ciclo de vida ... 15

1.2 CONDILOMA ACUMINADO ... 15

1.2.1 Forma Clínica ... 15

1.2.2 Forma Subclinica ... 16

1.2.3 Forma Latente ... 17

1.2.4 Diagnóstico ... 17

1.2.5 Tratamento ... 18

1.3 O HPV E O CÂNCER DO COLO UTERINO ... 18

1.3.1 Vacinas ... 18

1.4 ASPECTOS E IMPACTOS PSICOLÓGICOS DOS PACIENTES COM HPV ... 19

2 METODOLOGIA ... 21

2.1 DESENHO DO ESTUDO ... 21

2.1.1 Área de Estudo ... 21

2.1.2 Sujeitos da Pesquisa... 21

2.1.3 Métodos de Investigação e Tipo de Estudo ... 22

2.1.4 Amostra ... 22

2.1.5 Análise dos Dados ... 23

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 24

3.1 Perfil das mulheres com infecção por HPV... 24

3.2 Conhecimento sobre os aspectos da Doença ... 26

3.3 Como descobriram a doença... 28

3.4 O Impacto Psicológico Causado pelo HPV ... 28

3.5 Como o HPV afetou a vida das mulheres entrevistadas ... 31

3.6 Impactos no Relacionamento com o Companheiro ... 32

3.7 Sexo Seguro ... 34

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 36

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ... 37

(10)

INTRODUÇÃO

O Papilomavirus Humano (HPV) é causador de uma doença sexualmente transmissível que pode apresentar-se em ambos os sexos, como verrugas (condilomas genitais). Nas mulheres, além dessas verrugas, pode causar alterações neoplásicas no colo do útero, difíceis de serem vistas a olho nu. Existem mais de 200 subtipos de HPV, os quais são classificados em tipos de baixo e de alto risco de câncer. Assim, os HPV de tipo 6 e 11, encontrados na maioria dos condilomas genitais e papilomas laríngeos, parecem não oferecer nenhum risco de progressão para malignidade, apesar de serem encontrados em pequena proporção de tumores malignos. Os vírus de alto risco (HPV tipos 16, 18, 31, 33, 45, 58 e outros) têm probabilidade maior de persistir e estão associados a lesões pré-cancerígenas. Os tipos 6 e 11 estão presentes em 90% dos casos de verrugas genitais, e os tipos 16 e 18, de alto risco de câncer do colo do útero, estão presentes em 70% dos casos. Existem ainda muitas lacunas na assistência de mulheres portadoras do HPV, principalmente no que diz respeito a convivência com a doença, por se tratar de uma DST relativamente desconhecida e que não tem cura apenas controle das lesões (PASSOS, 2009).

Para muitas mulheres descobrir-se portadora do HPV não acomete apenas os seus genitais, mas também impacta negativamente seu psíquico, desenvolvendo diversos sentimentos negativos em relação a doença, seu parceiro e até mesmo contra elas mesmas.

O aparecimento das verrugas genitais causadas pelo HPV é responsável por um grande impacto psicológico na vida das portadoras e na maioria das vezes sendo piores do que o diagnóstico de lesão pré-câncer, esse impacto e/ou desequilíbrio emocional muitas vezes atrapalha na adesão do tratamento causando a recidiva da infecção, sendo que estudos comprovam que infecção pelo HPV está diretamente ligada ao sistema imunológico individual, quando as mulheres são impactadas com o diagnóstico e desenvolvem um sofrimento relacionado a doença seu sistema de auto defesa fica mais vulnerável dificultando a resposta imunológica individual (CAMPANER, 2010).

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1REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 O PAPILOMA VÍRUS HUMANO

1.1.1 HISTÓRICO

O condiloma acuminado clássico foi descrito por um historiador romano de nome Martius, no primeiro século da era cristã, e desde então foram feitas várias citações nos tratados médicos antigos. Embora gregos e romanos já descrevessem as lesões, as citações na Idade Média eram imprecisas, em grande parte pela grande confusão reinante já há algum tempo, que incluía todas as doenças venéreas numa única entidade (ROSENBLAST, 2010).

Registros da Grécia antiga faziam referência a lesões verrucosas ou papilomatosas em algumas regiões como as áreas genitais, palmares e plantares, a doença foi associada a práticas homossexuais e registrada por poetas eróticos e satíricos, assim como em escritos médicos (RAMOS apud BAFVERSTEDT, 1967).

Durante a Idade Média descrições precisas das verrugas genitais eram atribuídas como manifestações da sífilis e, quando isso deixou de ser acreditado, quase um século depois, as lesões foram relacionadas com a gonorréia novamente, somente no final do século XIX, as verrugas genitais passaram a ser correlacionadas com as verrugas cutâneas, levando a suposição da origem única das verrugas, a chamada teoria unitária (ROSENBLAST apud ORIEL, 1971).

A incriminação sexual, contudo, atribuindo-lhe o caráter sexualmente transmissível, veio de Barret et al, (1954), que verificaram a presença de verrugas genitais nas esposas de soldados que voltavam da guerra da Coréia, onde haviam mantido relações com mulheres nativas com alta prevalência de condilomatose genital (ROSENBLAST apud BARRET, 1954).

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1.1.2 TAXONOMIA E NOMENCLATURA

A taxonomia e a nomenclatura dos vírus são elaboradas por um comitê internacional de taxonomia viral-The International Comitte on Taxonomy of Viruses- ICTV- da Divisão de Virologia, da União Internacional de Associações de Microbiologia. A partir do sexto relatório do comitê, foi criada a família Papillomaviridae, na qual passou a ser incluído o gênero Papillomavirus que são vírus de DNA de dupla fita que infectam vertebrados (RAMOS apud CAMARA, 2000).

O nome papilomavirus foi composto do latim papila, diminutivo de papula, projeção ou saliência em forma de mamilo e da desinência – oma, usada pelos antigos médicos gregos para designar as tumorações ou os entumescimentos. As espécies de papilomavírus são nomeadas de acordo com o grupo de animais que eles infectam, seguindo uma nomenclatura binominal, em inglês: Bovine papillomavirus (BPV), Canine papillomavirus, Cottonnail rabbit papillomavirus, Deer papillomavirus, European elk papillomavirus, Human papillomavirus e Ovine papillomavirus (CAMARA apud Regenmortel et al, 2000).

Á medida que diferentes tipos de HPV foram sendo descobertos, receberam números seqüenciais como, por exemplo: HPV-6, HPV11, HPV-16 e HPV-18. A classificação em sorotipos não é aplicada aos HPVs. Testes de neutralização, que permitem a distinção entre sorotipos de vírus, não podiam ser realizados com os HPVs pela dificuldade em cultivá-los em células, por isso sua classificação é feita com base nas diferenças do próprio genoma. Assim, os tipos são genótipos e não sorotipos (CAMARA apud WHITE & FENNER, 1994).

A classificação atual dos HPVs em tipos baseia-se na comparação de seqüências de nucleotídeos do gene L1 dos diversos HPVs. Cada tipo de HPV difere dos outros tipos em pelo menos 10% na seqüência de nucleotídeos de L1(CAMARA apud DOOBAR & STERLING, 2001; BURK, 1999). Quando essa homologia varia menos do que 2%, fala-se em variante e, entre 2% e 10%, em subtipo (CAMARA apud BURK, 1999).

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Os HPVs 6, 11, 40, 42, 44, 54, 61, 70, 72, 81 estão comumente associados ao condiloma acuminado, condilomas planos ou neoplasia cervical intra-epitelial de baixo grau (RAMOS apud BOSCH et al., 2002).O HPV 16 e o HPV 18 são os mais prevalentes, representam cerca de 70% dos tipos virais envolvidos no carcinoma de células escamosas a nivel global (RAMOS apud MUNOS et al., 2006).

1.1.3 BIOLOGIA

Os Papilomavirus são vírus pequenos, não-envelopados, com forma icosaedrica são virus de DNA que se replicam no núcleo de células epiteliais escamosas. As partículas do papilomavirus apresentam diâmetro de 52 a 55nm. As partículas virais consistem numa única molécula de DNA circular de dupla hélice de aproximadamente 8kb, contida numa proteína esférica, o capsídeo, que é composto por 72 capsômeros. O capsídeo é composto por 2 proteínas estruturais: a proteína de capsídeo maior (L1), de 55kD tamanho, da qual representa 80% da proteína total viral e a proteína menor (L2) de peso molecular de 70kD. Ambas as proteínas, L1 e L2, são viralmente codificadas. A L2 é importante para a encapsidação do DNA do vírus em capsídeos virais e portanto, provoca o aumento da infectividade dos viriões do papilomavirus. Os papilomavirus humanos (HPVs) são vírus de DNA de dupla-hélice que induzem lesões hiperproliferativas do epitélio cutâneo e da mucosa. (ROSENBLAST, 2010).

As regiões do genoma viral com potencial para codificar proteínas, são denominadas open reading frames (ORFs) ou fases abertas de leituras. O genoma do HPV contém aproximadamente 8 ORFs que são expressas através de RNA mensageiros (RNAm) policistrônicos transcritos por uma única fita de DNA (RAMOS apud DUENSING E MUNGER, 2004; LONGWORTH E LAIMINS, 2004).

O papilomavirus induz tumores epiteliais e fibroepiteliais nos seus hospedeiros naturais, além de apresentar um tropismo específico em células epiteliais escamosas. A infecção produtiva do vírus, dentro da célula hospedeira, pode ser dividida em 2 estágios, precoce e tardio. Tais estágios estão relacionados as etapas da diferenciação celular(ROSENBLAST, 2010).

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detectados na camada superior da epiderme. Tais características histológicas refletem as propriedades biológicas do papilomavirus sendo que as mudanças morfológicas são induzidas por produtos gênicos virais específicos (ROSENBLAST, 2010).

1.1.4 CICLO DE VIDA

Acredita-se que a infecção do papilomavirus ocorra através de microtraumas ocorridos no epitélio, expondo as células basais a entrada do vírus, seguido da entrada do vírus nos queratinócitos, na camada basal, o genoma do HPV se estabelece como episomo, aproximadamente 50 cópias por célula, que por sua vez se replica em sincronia com o DNA da célula hospedeira (ROSENBLAST, 2010).

O estabelecimento e a manutenção dos genomas do HPV estão associados à expressão dos genes precoces E6, E7 e E5, que codificam suas respectivas oncoproteínas, assim como as proteínas de replicação E1 e E2, durante a divisão celular, as células basais deixam a camada basal, migram para a região suprabasal e começam a se diferenciar (ROSENBLAST, 2010).

Nos HPVs oncogênicos, a transcrição viral é iniciada a partir de dois promotores principais: p97 (HPV 16 e HPV 31) e p105 (HPV 18) sendo que o período de incubação do HPV varia entre 2 semanas a 8 meses e por estar relacionado com a competência imunológica individual (RAMOS apud LORINCZ,1996).

1.2 CONDILOMA ACUMINADO 1.2.1 FORMA CLÍNICA

Os condilomas acuminados são tumores benignos transmitidos por contato sexual que possuem uma aparência macroscópica claramente verrucosa, podem ser solitários, mas na maioria das vezes são múltiplos e amiúde. São causados principalmente pelos HPVs 6 e 11, os quais estão associados a lesões genitais benignas e se replicam no epitélio escamoso (ROBBINS & CONTRAN, 2005).

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meato uretral e na região perianal. Nos casos de lesão uretral, pode haver prurido, queimação, sangramento e obstrução (ROSENBLAST, 2010).

Exceto nos indivíduos imunodeprimidos, os condilomas acuminados regridem espontaneamente e não são consideradas lesões pré-cancerosas, mas não deixam de ser indicadores de doença sexualmente transmitida (ROBBINS & CONTRAN, 2005).

1.2.2 FORMA SUBCLÍNICA

As lesões subclínicas foram inicialmente descritas por Meisels et al (1977), e são muito mais freqüentes que as clinicamente evidentes e mais bem visualizadas por meio de colposcopia ou peniscopia, após aplicação de solução de ácido acético a 5% nas áreas suspeitas. Compreendem respectivamente cerca de 60% e 95% das infecções pelo HPV no trato genital externo e cérvix, são representadas por lesões levemente elevadas, com borda irregular, acetobrancas, com superfície áspera, puntiformes ou em padrão de mosaico, denominadas de condiloma plano (ROSENBLAST, 2010).

Nessa forma da infecção, em vez de o HPV produzir um condiloma clássico evidente, a doença caracteriza-se por áreas difusas de hiperplasia epitelial não-papilífera. Apesar das diferenças macroscópicas entre o condiloma e essa forma da infecção, ambas são caracterizadas por proliferação da camada germinativa basal, desnaturação do epitélio e alterações citológicas características. A maior diferença histológica é que o condiloma é francamente papilar enquanto a forma subclínica é plana ou micropapilar (LINHARES et al, 2004).

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1.2.3 FORMA LATENTE

A infecção latente representa a fase durante o período de incubação do vírus, que pode se estender indefinidamente, assim como a fase final da regressão da lesão (LINHARES, 2004).

Como o vírus não se encontra funcionante nessa forma de infecção, não existem alterações citológicas decorrentes de sua presença. Não são conhecidos os mecanismos pelos quais o HPV permanece nesse estado em vez de estabelecer infecção produtiva, na qual seriam observadas as alterações citológicas ou teciduais. Provavelmente, fatores imunológicos são determinantes dessa condição. Seu significado biológico é desconhecido e não se sabe quanto tempo o vírus pode permanecer nesse estado nem quantos casos progridem dessa forma de infecção para as demais (ROSENBLAST, 2010).

1.2.4 DIAGNÓSTICO

O diagnóstico do condiloma é basicamente clínico, podendo ser confirmado por biópsia, embora isto raramente seja necessário. Segundo o Ministério da Saúde esse procedimento está indicado quando:

• existir dúvida diagnóstica ou suspeita de neoplasia (lesões pigmentadas, endurecidas,

fixas ou ulceradas);

• as lesões não responderem ao tratamento convencional;

• as lesões aumentarem de tamanho durante ou após o tratamento; • o paciente for imunodeficiente.

Nesses casos recomenda-se a realização de várias biópsias, com material retirado de vários locais diferentes da lesão. As lesões cervicais, subclínicas, são geralmente detectadas pela citologia oncótica, devendo ser avaliadas pela colposcopia e biópsias dirigidas (BRASIL, 1999).

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1.2.5 TRATAMENTO

O objetivo principal do tratamento da infecção pelo HPV é a remoção das verrugas sintomáticas, levando a períodos livres de lesões em muitos pacientes. Verrugas genitais freqüentemente são assintomáticas. Nenhuma evidência indica que os tratamentos atualmente disponíveis erradicam ou afetam a história da infecção natural do HPV. A remoção da verruga pode ou não diminuir sua infectividade. Se deixados sem tratamento, os condilomas podem desaparecer ou permanecer inalterados, ou aumentar em tamanho ou número. Nenhuma evidência indica que o tratamento do condiloma prevenirá o desenvolvimento de câncer cervical. Os tratamentos disponíveis para condilomas são: crioterapia, eletrocoagulação, podofilina, ácido tricloroacético (ATA) e exérese cirúrgica (BRASIL, 1999).

1.3 O HPV E O CÂNCER DO COLO UTERINO

Varias são as evidencias que indicam que a infecção pelo HPV seja um fator de risco primário para o câncer do colo uterino e exerça um papel central em sua carcinogênese.Os argumentos para essa associação causal se baseiam em que 85 a 100% das NIC 2 e NIC 3(Neoplasia Intra-epitelial Cervical) e virtualmente todos os casos de carcinoma invasor estão associados ao HPV, identificado através do seu DNA (LOPES apud KOUTSKY et al .,1992; WALBOOMERS et al .,1999).Todavia, o HPV não é suficiente para que um carcinoma do colo uterino se desenvolva, pois a grande maioria das infecções por HPV regride espontaneamente,sem manifestações clinicas (LOPES apud SELLORS et al ., 2002).

Até o presente momento, cerca de 200 tipos ou subtipos de HPV foram identificados, dos quais cerca de 40 tipos já foram isolados do epitélio ano-genital, os que podem causar câncer são conhecidos como HPV oncogênicos ou de alto risco, e os mais freqüentes em pacientes com carcinoma do colo uterino são dos tipos 16, 18, 45, 31, 33, 52,58 e 35). O espectro de HPV encontrado no carcinoma invasor do colo uterino e semelhante ao encontrado na população feminina em geral (LOPES apud FRANCO et al , 2003).

1.3.1 VACINAS

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O desenvolvimento da vacina foi inicialmente prejudicado pela incapacidade de obter partículas virais em cultura de tecidos e pela falta de modelos animais. Como ainda não existem meios suficientes de produzir partículas virais quantitativamente, não é possível preparar vacinas tradicionais de maneira convencional contra o HPV. O tropismo específico do vírus por células epiteliais humanas da pele e mucosas é a primeira limitação para o desenvolvimento de sistemas capazes de estudar as relações vírus-hospedeiro em condições naturais e, conseqüentemente, reproduzir partículas virais em grandes quantidades para programas de vacinação. Um bom tecido para produção de partículas seria o epitélio maduro. Porém, neste epitélio as infecções naturais também não são muito produtivas, com poucas partículas virais produzidas (ROSENBLAST, 2010).

1.4 ASPECTOS E IMPACTOS PSICOLÓGICOS DOS PACIENTES COM HPV

Quando uma pessoa infectada toma o conhecimento de ser portadora do vírus HPV, a angústia é justificada pela ignorância dos aspectos biológicos do vírus e da sua interação com o organismo, associada ao modo como o profissional transmite a informação, pode colaborar para ocorrer um stress emocional, por vezes desnecessário (ROSENBLAST, 2010).

As seqüelas psíquicas para as pessoas com diagnósticos típicos, suspeitos ou errados de HPV podem ser tão mais severas que a trajetória no sentido da malignização, já foram relatadas agressão física ao parceiro, tentativa de homicídio do imaginário parceiro infectante, tentativa de suicídio, aversão às práticas sexuais, inadequação sexual (impotência, anorgasma, diminuição da libido...), repudio à área sexual, ofensas verbais ao parceiro sexual, sensação de traição, sensação de culpa, separação(PASSOS, 2005).

Uma situação específica como esta (o contágio pelo vírus HPV) pode provocar nos pacientes fantasias inconscientes na comunicação das suas idéias. Como conseqüência dessas fantasias, o paciente demanda de atos defensivos no processamento do conflito psíquico que foi gerado pela situação (ROSENBLAST, 2010).

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O sentimento de culpa, associado por esta situação de contágio do vírus, pode ser uma manifestação dos processos de defesa do paciente, advindo da necessidade inconsciente de punição ou de castigo. Dessa forma, a situação dolorosa é vivenciada de forma primitiva, ou seja, elaborada da mesma forma que uma criança o faz, por meio de fantasias. Quando o paciente opera defensiva e inconscientemente o conhecimento da sua contaminação, sofre tanto a ação da informação, desencadeando afetos que causam a angústia; como as defesas mobilizadoras por parte inconsciente do ego (ROSENBLAST, 2010).

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2 METODOLOGIA

2.1 DESENHO DO ESTUDO

2.1.1 ÁREA DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na cidade de Tangará da Serra região Sudoeste do Estado de Mato Grosso conhecida como Médio Norte está a 240 quilômetros da capital Cuiabá. Latitude 14º 04' 38'' S - Longitude 57º 03' 45'' W de acordo com o IBGE a população estimada em 2009 era de 81.960 habitantes (IBGE, 2009). Possui uma área territorial de 11.566(Km²). O município conta ainda com 18 unidades de saúde para atendimento ambulatorial, a pesquisa foi realizada no Centro de Aconselhamento e Testagem e Serviço de Assistência Especializada (CTA-SAE), localizado na Rua Sebastião Barreto, n° 8245 Centro (PREFEITURA MUNICIPAL DE TANGARÁ DA SERRA).

2.1.2 SUJEITOS DA PESQUISA

Os sujeitos da pesquisa foram mulheres entre 15 a 50 anos que de caráter voluntário, foram selecionadas 10 mulheres com o diagnóstico de HPV positivos e que já estavam em tratamento no Centro de Aconselhamento e Testagem e Serviço de Assistência Especializada (CTA-SAE) no Município de Tangará da Serra-MT, as mulheres foram entrevistadas logo após as consultas realizadas pela ginecologista da unidade.

A pesquisa seguiu a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, envolvendo seres humanos, garantindo o anonimato e assegurando o direito de desistirem da pesquisa a qualquer momento. Todos os sujeitos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido de acordo com o formulário sugerido pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado de Mato-Grosso (UNEMAT).

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2.1.3 MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO E TIPO DE ESTUDO

O estudo tratou-se de uma pesquisa de campo onde o objetivo foi conseguir informações e/ou conhecimento acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou uma hipótese, que se queira comprovar, ou ainda, de descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles (LAKATOS & MARCONI, 2010).

Para a obtenção dos dados o estudo foi dividido em duas partes onde foram feitas a observação participante dos sujeitos e a entrevista semi-estruturada.

A observação participante é uma técnica de coleta de dados onde conseguimos obter informações utilizando os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade, não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos que se deseja estudar (DIEHL et al TATIM , 2004).

Na Entrevista semi-estruturada o entrevistador tem mais espontaneidade nas suas respostas, podendo inclusive colaborar e influenciar no conteúdo da pesquisa (CRUZ, 2009).

Para que houvesse a possibilidade de uma nova abordagem e conclusões inovadoras sobre o tema utilizamos também a pesquisa bibliográfica, desenvolvida com base em trabalhos já realizados anteriormente sobre o mesmo tema estudado, principalmente de livros e artigos científicos que permitiram identificar e selecionar os métodos e técnicas a serem utilizados, e fornecendo subsídios para a revisão da literatura do trabalho (CRUZ & RIBEIRO, 2003).

2.1.4 AMOSTRA

O método de amostragem escolhido foi o proposital/intencional que é baseado no pressuposto de que o conhecimento do pesquisados sobre a população pode ser usado para pinçar os casos a serem incluídos na amostra, é possível que o pesquisador decida e selecione propositalmente os sujeitos considerados típicos da população em questão, ou particularmente conhecedores do assunto em questão (POLIT et al, 2004).

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2.1.5 ANÁLISE DOS DADOS

Os dados foram avaliados de maneira quanti-qualitativa, sendo caracterizada pelo uso de quantificação por meio da compreensão, classificação de processos dinâmicos vividos por determinados grupos sociais proporcionando maior entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos (DIEHL et al TATIM ,2004).

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados obtidos neste trabalho são resultados de entrevista realizada com 10 mulheres portadoras do vírus HPV, na faixa etária entre 15 a 50 anos (Figura 1), que realizam ou já realizaram tratamento no Centro de Aconselhamento e Testagem e Serviço de Assistência Especializada (CTA-SAE) e compareceram a consultas com a ginecologista na unidade. Além da entrevista também foi usada a técnica de observação participante realizada pela própria pesquisadora. Para preservar a identidade das mulheres entrevistadas, durante a discussão dos resultados foram atribuídas letras do alfabeto de forma aleatória para identificação das falas das mesmas.

3.1 PERFIL DAS MULHERES COM INFECÇÃO POR HPV

Segundo Zaia et al (2008) a infecção pelo HPV é considerada uma doença sexualmente transmissível, atualmente de alta prevalência entre as pessoas sexualmente ativas, sua maior incidência ocorre entre os 20 e 40 anos de idade, que coincide com o pico de atividade sexual.

Ramos et al (2006) acredita que embora a prevalência da infecção por HPV seja maior em mulheres jovens quando comparada com mulheres com mais de 30 anos, muitas destas infecções irão regredir espontaneamente dentro de um período de 24 meses, sendo consideradas infecções transitórias sem lesões intra-epiteliais devido ao desenvolvimento de anticorpos neutralizantes.

(25)

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%

15 a 20 anos 30 a 40 anos 40 a 50 anos

40 a 50 anos

30 a 40 anos

15 a 20 anos

FONTE: Questionário/ Feix, 2011.

FIGURA 1: FAIXA ETÁRIA DAS MULHERES ENTREVISTADAS

Constatou-se que as entre as mulheres pesquisadas 50% eram casadas, 40 % solteiras, porém com parceiros fixos e 10% em relacionamento estável (Figura 2).

Estado Civil

40%

50% 10%

Solteira

Casada

Relação estavel

FONTE: Questionário/ Feix, 2011.

FIGURA 2: ESTADO CIVIL

Diante do exposto percebe-se que a infecção por HPV está mais presente entre as mulheres casadas do que entre as solteiras, o que revela-nos que na maioria das vezes as mulheres ou até mesmo seus companheiros possam ter contraído a infecção em relacionamentos anteriores, mas como não podemos ao certo determinar quem contaminou quem, a dúvida e desconfiança acabam florescendo nesses relacionamentos.

(26)

relação é segura e estável essas mulheres se submeterem ao sexo dito inseguro (sem preservativos), sem calcularem os riscos de contraírem um DST e até mesmo contaminar seus companheiros involuntariamente.

3.2 CONHECIMENTO SOBRE OS ASPECTOS DA DOENÇA

Embora o aparecimento de lesões precursoras indicativas de infecção pelo vírus HPV apresente uma alta frequência nos exames ginecológicos (de 20% a 50%), muitas mulheres desconhecem o processo evolutivo da doença.

As mulheres pesquisadas (100%) foram investigadas quanto ao conhecimento sobre os aspectos da doença, 100% destas, demonstraram não possuir conhecimento, no entanto muitas conheciam a origem sexual. Observou-se que o fato de muitas mulheres não conhecerem a verdadeira relação do vírus com o câncer do colo do útero, leva as mesmas a criarem vários tabus e mitos em torno da doença. Para muitas mulheres a presença de lesões já é indicativa de câncer, isto faz com que estas desenvolvam sentimentos de medo.

Junto com a magnitude do problema da infecção por HPV em mulheres está o desconhecimento acerca do próprio vírus, dos sinais e sintomas da infecção, da relação com o câncer cervical e das formas de transmissão, por exemplo. A carência de informações adequadas a respeito do HPV pode favorecer o desenvolvimento de concepções errôneas que, por sua vez, podem interferir de forma negativa no comportamento da portadora do papilomavírus humano, bem como das pessoas que fazem parte de seu contexto sócio-familiar. Essas concepções errôneas encontram-se, na maioria das vezes, fundamentadas em elementos culturais, tais como crenças, mitos e tabus, que têm um grande significado para o indivíduo (BARROSO et al, 2008).

Existem muitas informações disponíveis que não possuem fundamentação científica. Na busca de informações as portadoras recorreram a diversas fontes, onde adquiriram conceitos variados e equivocados sobre a doença, entre essas fontes foram citados: amigos, parentes, internet, jornais e revistas. Pode-se perceber isso através do depoimento de três das entrevistadas:

(27)

[...] Olha, eu assim saber assim eu sabia, só que nunca passei por esse tipo de problema, eu nunca, nunca vi como que era ter o HPV néh [...](D).

[...] Não, nem sabia o que era! HPV pra mim era só o câncer de útero, não sabia que era isso![...] (G).

Diante do exposto, nota-se claramente que as mulheres portadoras do vírus, estão adquirindo conhecimento e informações reais quanto à doença, somente após o diagnóstico, durante o tratamento por intermédio dos profissionais envolvidos, mas mesmo tendo pessoas capacitadas nas unidades para tirar todas as duvidas relacionadas as DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) algumas mulheres demonstraram desconhecimento total, a maioria delas durante a entrevista fizeram varias perguntas referentes a doença, o que mostra a dificuldade das mesmas em adquirir informações e tirarem suas duvidas.

O objetivo principal do tratamento da infecção pelo HPV é a remoção das verrugas sintomáticas, levando a períodos livres de lesões em muitos pacientes, nenhuma evidência indica que os tratamentos atualmente disponíveis erradicam ou afetam a história da infecção natural do HPV (BRASIL, 2010).

A possibilidade de recidivas das lesões e o fato do vírus permanecer no organismo, é uma das grandes duvidas das mulheres e responsável pelo desenvolvimento de sentimentos de impotência diante da infecção, percebe-se que as mulheres desconhecem o fato de que a doença apresenta apenas cura clínica, ou seja, erradicação das lesões. Esse aspecto mostra o desconhecimento da doença, onde a maioria das entrevistadas não acreditam que o HPV possa não ter cura. Percebe- se isso diante do depoimento de duas das entrevistas:

[...] Mas diz pra mim!È verdade que isso (HPV) não tem cura? Vou passar isso (HPV) pra todo mundo agora?[...] (E1).

[...] É mentira que não tem cura néh?[...] Vou ter HPV pra sempre?[...] (D)

Um sistema imune saudável suprime o vírus, é difícil, entretanto, quando as lesões não estão bem evidentes, saber quando o HPV está ou não no seu período de contagio. O autor ressalta que especialistas discordam se o vírus é eliminado do corpo ou se ele é reduzido a níveis indetectáveis. A visão atual, porém, é acreditar que em muitos casos exista, realmente o completo desaparecimento do vírus:quando a imunologia local (área do corpo onde o vírus foi introduzido) e geral estão equilibradas (PASSOS, 2005).

(28)

qual o vírus fica incubado no organismo, não podemos criar nessas pacientes falsas esperanças, visto que muitas delas podem apresentar recidivas das lesões fazendo com sofram novamente (CARVALHO, 2003).

Ter uma doença sexualmente transmissível onde a primeira informação que se tem é a sua relação com o câncer cervical a possibilidade de carregar essa doença pra sempre, impacta as mulheres negativamente, criando sentimentos de culpa, e muitas vezes medo de morrer decorrente da possibilidade de um suposto câncer. Vale ressaltar aqui que o principal vilão nesses casos é a falta de informações adequadas ou incompletas, levando as mulheres infectadas a um sofrimento psicológico devastador.

3.3 COMO DESCOBRIRAM A DOENÇA

A maioria das entrevistadas (70%) afirma ter descoberto a doença sozinha, diante do aparecimento dos condilomas, outras (30%) descobriram durante a coleta de preventivo, percebe- se diante dos depoimentos que as mesmas evidenciam as “verruguinhas ou bolinhas”

como costumam dizer a partir do auto-exame, mas que no primeiro instante não associam com a possibilidade de ser uma DST, apenas após a persistência dos sintomas que resolvem procurar um médico.

[...] Começou a dar essas verrugas na minha vagina, eu queria saber o que era, porque eu nunca tive isso na minha vida e queria saber o que era![...](G)

[...] “Então, meu marido é caminhoneiro, daí quando ele viaja eu meu me resolvo” sabe neh” (risos), daí um dia eu tava me tocando e senti uma coisa diferente, uma bolinha sei lá, achei que fosse algo da depilação ou algo assim, mas a bolinha aumentou e não sumiu, então resolvi procurar um médico porque fiquei encucada com aquilo que não sumiu e só aumentava [...] (E2)

[...] Foi aparecendo aquelas bolinhas, e só aumentava [...] (E1).

Como a infecção na maioria das vezes é assintomática, ou seus principais sintomas são os condilomas (verrugas genitais), nota-se que as mulheres não associam o aparecimento das verrugas como o começo de uma DST. Segundo Campaner, 2010 evidenciar as verrugas genitais pode ser mais traumático do que o diagnóstico de uma lesão pré-câncer cervical, pois este último não é visível.

(29)

Descobrir ser portadora do HPV pode ocasionar o desenvolvimento de diversos sentimentos (culpa, raiva, desconfiança, depressão, isolamento, medo, perda da libido e vontade de se matar), principalmente por tratar-se de uma DST relativamente desconhecida e que dependo do subtipo pode desenvolver o câncer de colo de útero. O diagnóstico pode, também, gerar mudanças de comportamento na mulher, principalmente em relação ao companheiro (BARROSO et al, 2008).

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% Des conf

iança Raiva Des

esper o

Med o de

Mor rer

Vont ade

de se M

atar Susto

Susto

Vontade de se Matar

Medo de Morrer

Desespero

Raiva

Desconfiança

FONTE: Questionário/ Feix, 2011.

FUGURA 3: SENTIMENTOS DESENVOLVIDOS PELAS PORTADORAS

Verificou-se uma variedade de sentimentos negativos relacionados ao diagnóstico e ao convívio com o HPV que as mulheres investigadas desenvolveram, vale ressaltar que uma única mulher desenvolve no mínimo três sentimentos negativos relacionados a doença (Figura 3). Percebeu-se que 100% das mulheres desconfiaram dos seus companheiros, sendo a desconfiança relatada por todas as entrevistadas e posteriormente os outros sentimentos.

(30)

tornando imensurável e marca negativamente a vida das mulheres e muitas vezes causam traumas inesquecíveis.

[...] Ai eu fiquei muito abalada, eu chorei bastante, isso mexe bastante com ... com o emocional da gente, a cabeça fica a mil né ! Porque você pensa assim se eu tenho isso daqui (HPV), de repente pode vim mais coisa né ![...] (D).

[...] Eu tive vontade de me matar, eu tenho vontade de me matar [...] (G)

[...] Entrei em choque, no próprio consultório comecei a chorar, fiquei com muita raiva do meu namorado ele tinha sido meu único parceiro e me passou isso (HPV), eu queria sumir, meu deu um desespero, fiquei pensando e agora o que eu faço![...] (J).

[...] Uma total tristeza, porque pra mim que isso (HPV) não tinha cura. Entrei em PANICO![...] (M).

Aqueles que contraem o HPV sofrem, entre outras pressões, a vergonha de serem julgados como promíscuo, o medo de serem rejeitadas por seu homem, a tristeza de serem considerados indignos pelas famílias e amigos; sofrem o temor do nojo provocado naqueles com quem vão lidar, enfim, sofrem do medo da sua morte afetiva e social (BARROSO, 2008).

Percebeu-se que para muitas mulheres, estar com HPV se torna motivo de vergonha, pois muitas acreditam que por se tratar de uma DST está diretamente associado à promiscuidade, mas acredita-se que 75 % da população sexualmente ativa em algum momento da sua vida possam adquirir o vírus HPV, o que deixa claro que nem sempre se pode atribuir a infecção ao fato de múltiplos parceiros (ZAIA et al, 2008).

Contou a alguém

80% 20%

não

sim

FONTE: Questionário/ Feix, 2011.

(31)

80% das mulheres admitiram sentir vergonha ou medo de contarem a alguém sobre a infecção, o que revela-nos mais um indício de impacto psicológico causado pela infecção. Nos depoimentos abaixo esse traço de vergonha fica ainda mais evidente:

[...] Não!Porque se você contar pra suas amigas, as pessoas fazem muito descriminamento, ai eu peguei e guardei pra mim, eu não quero andar e os outros apontar [...] (B)

[...] Não, eu não contei e nem vou contar, por assim até pra vir aqui parece que todo mundo ta focando em você assim, é muito constrangedor, é muito chato [...] (D)

[...] Não, porque não se eu falar lá em casa minha mãe me mata [...] (E1)

Diante do exposto percebeu-se que as mulheres sofrem com medo de serem descriminadas pelos seus familiares, amigos ou meio de convívio social, fazendo com que se isolem desse circulo de convivência por medo e vergonha de serem julgadas. Apesar de todas as informações disponíveis sobre as DSTs alguns conceitos relacionados a sexualidade ainda está fortemente fundamentado em gerações anteriores, onde a sexualidade era ligada a promiscuidade (BARROSO et al, 2008).

O sentimento de vergonha e culpa associados por situação de contágio do vírus pode ser uma manifestação dos processos de defesa do paciente, advindo da necessidade inconsciente de punição ou de castigo. Quando o paciente opera defensiva e inconscientemente o conhecimento da sua contaminação, sofre tanto a ação da informação, desencadeando afetos que causam a angústia; como as defesas mobilizadoras por parte inconsciente do ego (ROSENBLAST, 2010).

3.5 COMO O HPV AFETOU A VIDA DAS MULHERES ENTREVISTADAS

As seqüelas psíquicas para as pessoas com diagnósticos típicos, suspeitos ou errados de HPV podem ser tão mais severas que a trajetória no sentido da malignização, já foram relatadas agressão física ao parceiro, tentativa de homicídio do imaginário parceiro infectante, tentativa de suicídio, aversão às práticas sexuais, inadequação sexual (impotência, anorgasma, diminuição da libido...), repudio à área sexual, ofensas verbais ao parceiro sexual, sensação de traição, sensação de culpa, separação (PASSOS, 2005).

(32)

O fato de estar com HPV faz com que aflore nas mulheres reações emocionais impactantes que as mesmas levarão por toda a sua vida, percebe- se que as vezes essas mulheres precisam de um acompanhamento mais intenso da parte do profissional, onde o mesmo deve se dispor a tirar todas as dúvidas e ceder todas as informações necessárias para minimizar o sofrimento dessas mulheres e o trauma causado pelo fato de estar infectado. Percebe- se isso diante do seguinte depoimento:

[...] Eu tive vontade de me matar, eu tenho vontade de me matar [...] (G)

Diante do depoimento acima fica evidente o descontrole emocional da portadora do vírus, podemos perceber através da observação da mesma durante as consultas subseqüentes que as lesões ao mesmo tempo em que regrediam apareciam novas e maiores o que deixa evidente a ligação do vírus com o estado imune individual.

De acordo com Carvalho (2003) além da predisposição individual de cada um para a infecção, o HPV ocorre com maior freqüência em indivíduos imunossuprimidos como diabéticos, transplantados, pacientes com AIDS, corticóides, entre outros.

Passos (2005) também acredita que as recidivas da infecção está diretamente ligada ao sistema imune, argumenta ainda que um sistema imune viável possa exterminar o vírus do organismo.

3.6 IMPACTOS NO RELACIONAMENTO COM O COMPANHEIRO

A maioria das mulheres (60%) entrevistadas tiveram apenas um parceiro no último ano, o que faz com que essas mulheres liguem o fato de estarem com HPV diretamente com uma suposta traição do companheiro, percebeu-se diante disso a falta de conhecimento das mulheres em relação ao vírus e seu período de latência, o que deixa evidente que em muitos casos o fato de contrair HPV não está diretamente ligado a traição, pois o vírus pode permanecer no organismo durante meses, anos ou até mesmo uma vida inteira. Percebeu-se também que as mesmas nunca atribuem o fato do contágio a elas mesmas sempre atribuindo a doença a seu parceiro visto que não podemos definir ao certo quem contagiou quem.

(33)

Um fator importante a ser considerado é que tais pacientes possam ter dificuldades de aceitar sua parcela de responsabilidade na criação da doença, apresentando dificuldades em receber ajuda pela fragilidade de sua estrutura psicológica, tornando-se mais infelizes, mais desesperadas ou mais raivosas do que antes. Esses desajustes dificilmente podem ser medidos, quando a pessoa apresenta a doença, justifica-se a angústia da necessidade de reflexão sobre o episódio. Refletir sobre o comportamento sexual, sobre a fidelidade, geralmente é cansativo (PASSOS, 2005).

Ficou evidente entre as entrevistas que durante a trajetória (diagnóstico e tratamento) da doença 100% apresentaram diminuição da atividade sexual por um determinado tempo relacionada ao medo de serem reinfectadas, ou até mesmo como punição ao companheiro por acreditarem que a infecção pudesse ter vindo em virtude de uma suposta traição.

A diminuição da atividade sexual é outra conseqüência de conviver com o HPV. Embora a mulher acentue que reduzir a freqüência das relações sexuais seja mais difícil para o homem, ela se sente incomodada por tal fato lhe abalar profundamente a auto-estima, sobretudo por achar que seu casamento será ameaçado quando deixar de atendê-lo em suas demandas (SOUSA et al, 2004).

[...] As relações estão de vez em quando, mas é raro [...] (G).

[...] Não tenho mais vontade nenhuma de ter relação, e quando tenho fico sempre com medo de pegar de novo, sei lá achei muito injusto isso ter acontecido comigo! [...] (J)

[...] Não sei, na hora da relação ficou estranho, medo de pegar de novo, desconfiança, sei lá! [...] (B).

A infecção por HPV apresenta três fases principais sendo: forma clinica, subclínica ou assintomática e latente. Na fase assintomática ou subclínica a infecção, em vez de o HPV produzir um condiloma clássico evidente (verrugas genitais), a doença caracteriza-se por áreas difusas de hiperplasia epitelial não-papilífera e não visíveis clinicamente (LINHARES et al, 2004).

(34)

Parceiros Tratados

40%

60%

Sim

Não

FONTE: Questionário/ Feix, 2011.

FIGURA 5: PARCEIROS QUE FORAM TRATADOS

Apenas 40% dos parceiros das mulheres entrevistadas fizeram algum tipo de tratamento, 60% por não evidenciarem sintomas clínicos não recorreram ao tratamento.

3.7 SEXO SEGURO

A prevenção é a estratégia básica para o controle da transmissão das DST, se dá por meio da constante informação para a população geral e das atividades educativas que priorizem: a percepção de risco, as mudanças no comportamento sexual e a promoção e adoção de medidas preventivas com ênfase na utilização adequada do preservativo (BRASIL, 2006).

As mulheres mesmo sabendo que o uso do preservativo é necessário como pré-requisito para o tratamento e prevenção de futuras complicações relacionadas a outras DSTs, 30% delas admitem não estarem usando, mas, demonstram uma certa vontade em inserir em seus relacionamentos o que é justificado pelo medo da reinfecção. Percebe-se nas entrevistadas dificuldades nas mudanças comportamentais relacionadas ao auto- cuidado e prevenção, muitas afirmam que já tentaram usar preservativos, mas que não conseguiram se adaptar.

[...] Ha então agente se cuida como dá (RISOS)! [...]

(35)

Os motivos para a não-adesão à "camisinha" vão desde a idéia de que a contaminação só ocorre com os outros, passam pela falta de informação, pela diminuição da auto-estima, pelo descaso com o auto-cuidado das pessoas, pela falta de autonomia ou mesmo pela vergonha e pelo medo de se expor a uma situação embaraçosa em função do uso do preservativo (SOUSA et al, 2005).

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

Não Sim

Sim

Não

FONTE: Questionário/ Feix, 2011.

FIGURA 6: USO DE PRESERVATIVOS

70% das mulheres entrevistadas acreditam que o uso de preservativos em todas as relações sexuais deve se tornar um hábito, pois após contraírem HPV sofrem com o medo de contraírem outras possíveis DSTs.

(36)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo permitiu que percebêssemos que apesar da alta prevalência de casos de HPV, a doença ainda é desconhecida por muitas pessoas e por mais que existem várias informações sobre as DSTs algumas mulheres apresentaram desconhecimento de fatores relacionados a doença como as formas de tratamento e prevenção.

Diante dos resultados desse estudo, percebemos que a falta de conhecimento das mulheres portadoras do vírus faz com as mesmas desenvolvam sentimentos negativos em relação ao diagnóstico e convívio com a doença, resultando em impactos e traumas psicológicos que afetam diretamente a retomada da vida normal.

Em contrapartida percebeu-se que após o diagnóstico de HPV, as mulheres tiveram seus relacionamentos abalados por fatores relacionados a desconfiança e diminuição da atividade sexual, ressaltamos, portanto a necessidade de um cuidado e a atenção integrada a essas mulheres, fornecendo informações esclarecedoras sobre os conceitos verídicos da doença.

O fornecimento de informações adequadas além de contribuir para adesão ao tratamento proporciona conforto emocional, minimizando os traumas e impactos causados pela doença, uma vez que as mulheres passam a compreenderem o contexto da infecção, favorecendo um comportamento favorável á saúde.

Através desse estudo percebemos que nós, profissionais de saúde, temos por dever assistir e auxiliar os indivíduos a manter ou readquirir o bem-estar e a saúde por meio de uma abordagem educativa benéfica que possibilite, dentre outras coisas, o enfrentamento de doenças e a busca pela saúde por meio da prevenção.

Espera-se com este estudo, juntamente com outros da mesma temática, contribuir para uma reflexão sobre as estratégias que possam ser desenvolvidas nas instituições especializadas ou até mesmo de atenção básica, em especial no setor de DSTs, com o intuito de minimizar o impacto psicológico causado pelo diagnóstico e convívio com o fato de ser portadora do HPV.

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(41)

APÊNDICE I

Questionário a ser aplicado às mulheres.

Questionário 1. Idade

( ) 15 a 20 ( ) 20 a 30 ( ) 30 a 40 ( ) 40 a 50 ( ) 50 a 60 2. Estado Civil

( ) Solteira ( ) Casada ( ) Relação estável

3. Quantos parceiros sexuais você teve nos cinco últimos anos?

________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ____________________________________________________

4. Você sabe o que é HPV?

________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ____________________________________________________

5. Você sabe como se transmite o HPV?

________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ____________________________________________________

6. Como você descobriu que tinha HPV?

________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ____________________________________________________

7. O que você sentiu quando descobriu que estava com HPV?

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8. Após o diagnóstico do HPV, como ficou seu relacionamento com seu parceiro?

(42)

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9. Seu parceiro foi tratado?

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10. Você contou para alguém sobre o diagnóstico de HPV?

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11. Como o HPV afetou sua vida?

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Imagem

FIGURA 1: FAIXA ETÁRIA DAS MULHERES ENTREVISTADAS
FIGURA 4: CONTOU A ALGUÉM SOBRE A DOENÇA
FIGURA 5: PARCEIROS QUE FORAM TRATADOS
FIGURA 6: USO DE PRESERVATIVOS

Referências

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