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ANALISE DOS ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS NA IMPLANTAÇÃO DO PBQP-II EM UMA EMPRESA DO RAMO DE CONSTRUÇÃO CIVIL: UM ESTUDO DE CASO

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(1)

DEPARTAMENTO CIÊNCIAS CONTAREIS

DAIANE MATEUS

ANALISE DOS ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS NA

IMPLANTAÇÃO DO PBQP-II EM UMA EMPRESA DO RAMO DE

CONSTRUÇÃO CIVIL: UM ESTUDO DE CASO

(2)

DEPARTAMENTO CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DAJANE

TEUS

ANÁLISE DOS ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS NA

IMPLANTAÇÃO DO PBQP-H EM UMA EMPRESA DO RAMO DE

CONSTRUÇÃO CIVIL: UM ESTUDO DE CASO

Monografia

apresentada

11 Universidade

Federal de Santa Catarina,

como

urn dos

pré-requisitos

para a

obtençfio

do grau de

bacharel

em Ciências Contábeis.

Orientador: Loreei Joao Borges Co-Orientador.

Eves

Ducati

Flotianespolts" iSC

(3)

ANÁLISE

DOS

ASPECTOS

POSITIVOS

E

NEGATIVOS NA

IMPLANTAÇÃO

DO

Pl1QP-11 EM

UMA EMPRESA DO

RAMO

DE

CONSTRUÇÃO

CIVIL: UM

ESTUDO

DE CASO

Esta monografia foi

apresentada como

trabalho

de

conclusao

do

Curso

de

Ciências Contábeis

da

Universidade

Federal de Santa Catarina, obtendo a

nota (média)

de

q

9

atribuida

pela

banca abaixo.

Banca Examinadora:

Orientador

Co-Orientador:

Membro:

(4)
(5)

Agradeço a Deus, pela vida

e

por me iluminar nos momentos em que a idéia de desistir de tudo parecia ser mais forte que a vontade de continuar.

Aos meus pais, Danilo

e

Adir, aos meus irmãos, Leandro, Fernanda

e

Danilo e, a Zélia por todo amor, dedicação, paciência

e

incentivo que me deram sempre em todas as fases de minha vida e, acima de tudo, por terem acreditado na minha capacidade de enfrentar este

desa

fi

o.

Ao meu orientador, Loreci Joao Borges pela paciência

,

. dedicação, companheirismo

e

incentivo que muito me ajudaram a prosseguir com este trabalho.

Ao Erves Ducatti, pela co-orientação, pela colaboração

e

assistência dedicada. A empresa onde trabalho por ter me proporcionado flexibilidade do horário de

serviço

e

tempo

necessário

para que se tomasse

possível

à realização deste trabalho. Aos meus colegas de

trabalho

pela convivência

e

incentivo de todos os dias.

As minhas amadas, Loli

e

Vitória, por estarem comigo todas as vezes que estava frente ao computador desenvolvendo este trabalho.

Aos meus amigos, por todos os momentos de incertezas,

desânimo e

angústia que dividiram comigo, dispensando-me seu afeto, sua paciência

e

sua amizade.

A todos que, direta

e

indiretamente, participaram desta etapa de minha vida

e

me incentivaram para a elaboração

e

conclusão deste trabalho.

(6)

0 maior desafio que as empresas enfrentam é conseguir atingir a perfeição no que se refere

qualidade e à produtividade sem incremento em seus custos, objetivando a redução dos mesmos. Tais objetivos são fatores de sobrevivência num mercado cada vez mais exigente e

competitivo, requerendo alternativas para superar as dificuldades e facilitar a tomada de decisões. Os programas de qualidade implementados pelas empresas brasileiras, conciliados com um eficiente gerenciamento de informações oriundas da engenharia e da contabilidade, podem trazer bons resultados operacionais em termos de ganhos de produtividade e aumento de lucratividade das empresas. A implantação de um programa de qualidade requer recursos humanos, materiais e financeiros. Por meio deles, é possível detectar falhas e desperdícios no processo produtivo. E, pela aplicação de medidas de controle dos custos da qualidade, esses programas podem oferecer informações para gerar melhores resultados. Uma ferramenta eficaz para verificar os beneficios decorrentes da implantação dos programas de qualidade, bem como direcionar as ações de melhorias implementadas, é a identificação e mensuração dos Custos da Qualidade. Serve, ainda, como incentivo à continuidade do programa de qualidade, por apresentar os resultados práticos de forma a facilitar a visualização e

entendimentos dos envolvidos. Por meio da pesquisa bibliográfica seguida do estudo de caso realizado em uma empresa do ramo de construção civil pretende-se analisar os aspectos positivos e negativos do PBQP-H, verificando-se a viabilidade de sua implantação. No primeiro capitulo são apresentados os objetivos que se pretende alcançar, justificando em seguida o motivo da realização do estudo e por fim é demonstrada a metodologia aplicada para a realização do presente trabalho. No segundo capitulo faz-se a revisão bibliográfica na qual se encontra o que os autores já publicaram sobre qualidade, custos da qualidade, qualidade para fins gerenciais e a aplicação dos mesmos no setor da construção civil. No terceiro capitulo, efetuou-se o estudo de caso na aplicação do PBQP-H em uma empresa do ramo de construção de edificios de Florianópolis, fazendo-se a análise de vários aspectos de sua implantação e os benefícios que o mesmo pode trazer para empresa.

(7)

The biggest challenge that the companies face is to reach the quality and the productivity without increment in its custs, objectifying the reduction of the same ones. Such objectives are factors of survival in a market each more demanding and competitive, requiring alternative to surpass the difficulties and to facilitate the taking of decisions. The programs of quality implemented by the Brazilian companies, conciliated with an efficient management of deriving information of engineering and the accounting, can bring good operational results in terms of productivity profits and increase of profitability of the companies. The implantation of one quality program requires human resources, material and financial. Through this, is possible to detect imperfections and wastefulnesses in the productive process. And, through the application of measures of control of the custs of the quality, these programs can offer information to generate better results. An efficient tool to verify the decurrent benefits of the implantation of the quality programs, as well as directing the actions of implemented improvements, is the identification and measures of the Custs of the Quality. Still it serves as incentive to the continuity of the quality program, by showing practical results intending to easier the visualization and understanding of the involved ones. Through bibliographical research followed of the studied case carried through a middle company of civil construction it is intended to analyze the positive and negative aspects of the PBQP-H, verifying the viability of its implantation. In the first chapter it is presented the objectives intends to reach, justifying after that the reason of the accomplishment of the study, and finally the applied methodology for the accomplishment of the current work is done. In the second chapter it is the bibliographical revision where can be found what the authors already had published on quality, custs of the quality, quality for managemental and the application of the same ones in the sector of the civil construction. In the third chapter, the study of case in the application of the PBQP-H in a company of civil construction in Florianópolis, analysing some aspects and the benefits that can bring to companies.

(8)

FIGURA 1 — Principais normas da Isso . 34

FIGURA — Pirâmide de evolução do . . .... .. . .... 41

FIGURA 3 — Organograma da empresa... ...45

FIGURA 4— Organograma das funções da obra... ... ... . .. .. ... 46

FIGURA 5— Setores que apresentam as maiores deficiênci

as

... ... ... ....49

FIGURA 6— Estrutura Hierárquica do PBQP-H na empresa 53

FIGURA 7— Despesas com o PBQP-H no nível D... .. ... 54

FIGURA 8— Gráfico das despesas com Pl3QP-H no nível .. . . .. . ... 55

FIGURA 9— Despesas com o Pl3QP-H no nível C. . 58

FIGURA 10— Gráfico das despesas com PBQP-H no nível C... . ... ... . .. .. . 59

FIGURA 11 — Despesas com o PBQP-H no nível B..._... ... .... _62

FIGURA 12— Gráfico das despesas com PBQP-H no nível B... ... ... ... 63

FIGURA 13— Despesas orçadas para o PBQP-H no nível ... ... ... 65

FIGURA 14— Gráfico das despesas com PBQP-H no nível A... . . .... 65

(9)

ABNT Associação Brasileira de Normas Tdcnicas

CDHLT-SP Con panbia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de

São Paulo

COliMETRO Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

CRC-SP Conselbo Regional de Contabilidade de São Paulo

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

GQT Gestão pela Qualidade Total

1NIVIETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

INSS Instituto Nacional de Seguro Social

ISO International Organization for Standarrization

NBR Norma Brasileira

PBQP-1-1 Programa. Brasileiro de Qwilidade e Produtividade no Habitat

PPA Plano Plurianuzd

QUALIHAB Programa de Qualidade na Construção Habitacional do Estado de São

Paulo

QUALIESTRADA Programa de Qualidade nas Estradas

QUALIPAV Programa de Qualidade nas Pavimentações

(10)
(11)

1 INTRODUÇÃO 12

1.1 Considerações Iniciais 12

1.2 Tema 14

1.3 Problema 14

1.4 Justificativa 15

1.5 Objetivos 16

1.5.1 Objetivo Geral 16

15.2 Objetivos Específicos 16

1.6 Metodologia 16

1.7 Limitações do Estudo 19

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 20

2.1 Qualidade — Conceitos 20

2.2 Custos da Qualidade 22

2.3 A Qualidade para fins Gerenciais 25

2.4 0 Setor Construção Civil 26

2.5 Custos na Construção Civil 28

2.6 Programa de Qualidade 30

2.7 Normatização da ISO 9000 31

2.8 Certificações 35

2.9 Qualidade na Construção Civil 39

2.10 Etapas do PBQP-H 41

3 ESTUDO DE CASO 44

3.1 Caracterização da Empresa 44

3.2 Situação da empress antes do Programs de Qualidade 47

3.3 Implantação do Programa de Qualidade 48

3.4 Etapas do PBQP-H na empresa 51

3.4.1 Nivel D 51

3.4.2 Nível C 56

3.4.3 Nivel B 60

3.4.4 Nivel A 63

3.5 Expectativas da empresa após a certificação 66

(12)
(13)

1 INTRODUÇÃO

Esta primeira parte consiste em apresentar o tema da pesquisa, identificando os

motivos e o

contexto

no qual o

problema

de pesquisa

foi identificado.

Logo a seguir, têm-se os objetivos que se

pretende alcançar

com a mesma, justificando em seguida o motivo da

realização

do estudo e por fim é demonstrada a

metodologia

aplicada para a

realização

do presente trabalho.

1.1 Considerações Iniciais

Para PICCHI

(1993)

a

indústria

da

construção

civil, tanto no Brasil quanto no exterior, apresenta particularidades que a

caracterizam

como diferente dos demais setores industriais e dentre elas, a característica mais

marcante

é a sua

baixa

produtividade.

SOUZA

(1997) corroba

com esse

argumento

e

completa a

fi

rmando

que apesar de ter evoluído nas

últimas décadas,

tanto na parte da engenharia propriamente dita,

como

no modelo de

comercialização

e

financiamento

de seu

negócio, o

nível de produtividade nos

canteiros

de obra

(processo

produtivo) continua muito aquém do desejado.

A

utilização

de

novos

materiais, processos de montagem e

padrões

de acabamento

podem

contribuir para a

transformação

dos

canteiros

de obras. Atualmente os canteiros de obras

passaram

a ser ambientes industrials de

encaixe

e de

personalização

de detalhes, de

acordo

com

demandas especificas,

ao

contrario

do antigo

modelo

construtivo que era realizado de forma artesanal e com a

utilização

de muita

força

bruta.

Segundo CROSBY

(1994),

a

maioria

das empresas gasta um tempo excessivo

tentando corrigir problemas com a qualidade de sua

produção,

ao

invés

de tentar

soluciona-los

e

descobrir

quais

são

eles ainda durante o seu processo

produtivo.

Esse descompasso

(14)

preço acessível ao produto que adquire. As construtoras, produzindo de maneira incorreta,

geram desperdícios, retrabalho e os custos de sua produção elevam-se, implicando baixa

lucratividade.

PICCHI (1993) diz que o índice de desperdícios na construção civil é bastante

elevado, conotando a ideia de que as obras são desorganizadas, a mão de obra é

desqualificada, a segurança 6. reduzida, entre outras. Essa idéia, porém, começou a mudar

desde que as empresas, preocupadas com sua sobrevivência, começaram a se envolver com

processos de melhoria de qualidade, com a da implementação de sistemas de gestão da

qualidade.

Por sua concepção, essas sistemas são benéficas a longo prazo, para a empresa, já

que contribuirão para reduzir os custos, permitindo uma melhor utilização e desenvolvimento

dos custos da produção.

Sua implantação requer a utilização de ferramentas de controle em busca da

qualidade, com um retomo dos investimentos aceitável para a organização. Além disso, faz-se

necessária a mobilização de todos dentro da empresa, pois a qualidade é o resultado do

esforço de cada um em seu trabalho rotineiro, em consonância com o conjunto do sistema

organizacional.

Surge, assim, uma reorganização interna para a qual o comprometimento da direção

é suporte indispensável.

A questão da qualidade nas empresas, tendo como princípio a conformidade e o

trabalho sem erro começa a ser vista como solução e produz uma reviravolta nos modos

tradicionais de gestão. 0 foco passa a ser o atendimento is especificações prometidas,

assegurando-se ao cliente resultados conforme contrato estabelecido.

REIS (1998) afirma que essa nova gestão vem provocando mudanças na maneira de

(15)

relacionadas A qualidade.

Nesse contexto, começaram, então, a surgir Programas de Qualidade específicos para

empresas construtoras, já que a maioria dos Sistemas de Gestão da Qualidade foi

desenvolvida para aplicação em indústrias de produtos acabados. Dentre esses programas,

destacam-se o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H),

instituído pelo Governo Federal em 1990, e o Programa da Qualidade na Construção

Habitacional do Estado de São Paulo — QUALIHAB, em 1996, promovido pela Companhia

de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de são Paulo — CDHU.

Esses programas trabalham em parceria com diferentes entidades como

universidades, institutos de pesquisa e SINDUSCONS (Sindicatos da Industria e Construção

Civil), pelo estabelecimento de acordos setoriais entre essas entidades e os contratantes ou os

agentes de financiamento, de âmbito local, regional ou nacional.

1.2 Tema

Análise dos aspectos positivos e negativos na implantação do PBQP-H (Programa

Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat) em uma empresa do ramo de construção

civil.

1.3 Problema

Para manterem a sua sobrevivência de forma competitiva no mercado atual, as

empresas apresentam grande interesse pelos novos métodos de trabalho, desde o planejamento

até o controle financeiro. Dessa forma, o programa de qualidade tem como finalidade orientar

(16)

Diante dessa perspectiva, este trabalho pretende solucionar o seguinte problema:

viável a implantação do PBQP-H em uma empresa do ramo da construção civil,

considerando-se a relevância de seus aspectos positivos e negativos?

1.4 Justificativa

A competitividade no ramo da indústria e construção civil faz com que cada vez mais o mercado exija qualidade nos imóveis e melhores condições de pagamento.

Com isso as construtoras tern aderido ao programa PBQP-H (Programa Brasileiro

Qualidade e Produtividade do Habitat) para fins de controle interno dos processos e

construção, financiamento junto a bancos e até como instrumento de marketing.

Para auxiliar no processo de redução dos custos em busca da qualidade desejada,

porém, toma-se necessário que a Area da contabilidade da empresa esteja preparada e

informatizada para receber e processar as informações dos diversos departamentos da

empresa. Além disso, a Area de contabilidade dará suporte à direção da empresa, apresentando dados financeiros, que permitam a tomada de decisões no sentido de redução dos custos em

busca de um produto de qualidade.

Ai reside a justificativa maior deste estudo, contribuir, de maneira geral, com as

empresas envolvidas com esses sistemas de gestão da qualidade, analisando a viabilidade de

sua implantação diante das exigências do governo e de entidades financiadoras balizando-as pelas melhorias advindas dessa iniciativa.

(17)

1.5 Objetivos

1.5.1 Objetivo Geral

Analisar os aspectos positivos

e

negativos da implantação do PBQP-H em uma

empresa do ramo de construção civil de Florianópolis.

1.5.2 Objetivos

Específicos

Os objetivos especificas são:

verificar as dificuldades de implantar um programa de qualidade;

averiguar a viabilidade do programa de qualidade;

- analisar a relação custo-beneficio com a implantação

e

sustentação do programa de qualidade.

1.6 Metodologia

Para se de

fi

nir 0 delineamento do

processo

de pesquisa, primeiramente, analisa-se a metodologia a ser aplicada para facilitar a compreensão do assunto.

Para LAKATOS

e

MARCONI (1997, p.40-41):

o mdtodo é um conjunto das atividades sistemáticas e racionais que com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e avaliando decisacs do cientista.

O

presente estudo consistirá em uma monografia apresentada corno trabalho de

(18)

Segundo

LAKATOS e

MARCONI

(1997),

monografia

é

um estudo sobre um tema

especifico ou particular, com

suficiente

valor

representativo e

que obedece à rigorosa

metodologia. Investiga determinado assunto

não só

em profundidade, mas também em todos

os

ângulos e

aspectos, dependendo dos fins a que se destina.

A

abordagem

sera qualitativa, porque

não

faz uso de

métodos

ou

técnicas estatísticas, o

ambiente natural

será

a fonte direta para coleta dos dados,

e o

pesquisador

é

instrumento

chave tanto para

o

levantamento, quanto para a

análise

indutiva das

informações.

Para

TESCH (1991),

a

análise

qualitativa deve ser feita em constante

interação

com

os

dados. Costumeiramente,

os dados

são

palavras escritas, obtidas de documentos escritos ou

documentos orais que foram previamente

transcritos, como entrevistas e

depoimentos.

A pesquisa sera

exploratória

quanto aos

objetivos.

Esse tipo de pesquisa

expõe

maior

familiaridade

com

o

problema com vistas a

torná-lo

explicito.

Como entende

TRIVIN-

OS

(1990, p. 109):

permite ao pesquisador, baseado numa teoria, elaborar um instrumento ou uma escala de opinião para ser aplicado numa determinada população. Com esse procedimento, o pesquisador planeja um estudo exploratório para encontrar os elementos necessários que lhe permitem, em contato com determinada população, obter os resultado que deseja.

Desse modo, o planejamento

da pesquisa sera feito a partir de levantamento

bibliográfico,

necessidades

levantadas

na

indústria

da

construção e análise

comparativa de

exemplos ou

situações

semelhantes para estimular a

compreensão

dos fatos estudados.

RUIZ

(1977) afirma

que a pesquisa

bibliográfica é o

estudo de material

existente,

para levantamento

e análise

do que

se produziu sobre um determinado assunto.

0

material

utilizado na pesquisa

bibliográfica é

principalmente

extraido

de livros

e artigos científicos.

(19)

O questionário pode ser definido como um instrumento de coleta de dados constituídos por uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante, sem a presença do pesquisador.

GIL (1999) define o questionário como uma técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito as pessoas, tendo como objetivo o conhecimento de suas opiniões, crenças, sentimentos, interesses,

expectativas, situações vivenciadas.

O questionário é diferente de entrevista que é uma técnica de informação em que o

investigador apresenta-se pessoalmente à população selecionada e formula perguntas, com o objetivo de obter dados necessários para responder à questão estudada. Funciona como uma forma de diálogo em que um dos elementos busca coletar dados e o outro é a fonte de

pesquisa, assim defmida por BEUREN etal.(2003, p.130).

As informações =alisadas serão apresentadas visando a um melhor gerenciamento e

controle de materiais e produtividade dos funcionários nas empresas de construção civil. Ressalva-se que, por ser um estudo de caso, e os resultados desta pesquisa

restringem-se apenas

a

uma empresa, objeto do estudo. Isso significa que os resultados

poderão ser outros se implantado o programa ern uma outra empresa.

Para GIL (1988) o estudo de caso apresenta limitações, do que decorre a dificuldade

de generalização dos resultados obtidos, pois pode ocorrer que a unidade escolhida para

investigação seja bastante anormal ern relação as muitas de sua espécie.

Enfim, este trabalho sera desenvolvida uma pesquisa bibliográfica seguido de um estudo de caso e a aplicação de uma entrevista formal, acompanhado de entrevistas informais

(20)

17

rdO

Este

- Ópolis,

-

ci

de

qualidade,

(21)

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capitulo apresenta-se uma revisão bibliográfica, ou seja, a base literária, a estrutura conceitual do trabalho, na qual se encontra o que os autores já publicaram sobre qualidade, custos da qualidade, qualidade para fins gerenciais e a aplicação dos mesmos no setor da construção civil.

2.1

Qualidade

— Conceitos

A preocupação com a qualidade já existe há muito tempo, embora não houvesse, uma noção muito clara do que fosse qualidade.

Segundo ALGARTI e QUINTANILHA (2000) a qualidade começou a ser incorporada à produção industrial a partir da década de 1920, para impedir que produtos com defeito chegassem As mãos dos clientes. Com o advento da produção em massa, para atender a mercados em crescimento, foram sendo introduzidas técnicas de controle estatístico da qualidade.

Esse conceito evoluiu, para a garantia da qualidade, que consiste na demonstração, perante clientes e público em geral, de que determinados produtos e serviços possuem qualidade.

SANTOS e MELLO (2001) definem qualidade como sendo um conjunto de

características contidas num produto ou serviço que atende e, por vezes, supera as expectativas dos clientes. Engloba: qualidade propriamente dita, o preço adequado, o prazo adequado e pós-venda ou pós-transação.

(22)

Para PALADINI (1997, p.10):

A qualidade total não é um conjunto de ideas, conceitos e recursos teóricos, sem

nenhum compromisso com a prática. Na verdade, ao enfatizar resultados que a

adoção dos Programas de Qualidade Total obtém nas organizações como um todo,

observando-se a atenção e o zelo dedicado ao processo de implantação dos conceitos

e estratégias que compõem tais programas. E justificam-se os esforços para a

estruturação de meios perfeitamente adequados à organização para tal fim.

V8-se, pois que a garantia da qualidade envolve a empresa como um todo,

incorporando visão de planejamento e de sistemas, ou seja, deve haver um comprometimento direto de representantes da administração dando apoio em termos de fornecer recursos,

participar de reuniões do comitê da qualidade, além de cobrar resultados. Segundo TEBOUL (1995, p. 31):

Qualidade é aquilo que não cria problemas e pode ser esquecido; que é feito de maneira impecável e do qual não se fala; respeita as especificações, ao orçamento e aos prazos de entrega; que funciona e é de fácil utilização; tem uma resposta rápida e adequada; um produto seguro que dura bastante é econômico, resistente e de fácil

manutenção.

A qualidade muitas vezes é associada ao valor do produto, ou seja, quando o cliente fica satisfeito com o produto adquirido, não reclama do preço pago.

JURAN (1993) diz que as definições de qualidade não são sucintas e realmente precisas, mas uma defmiçã'o obteve larga aceitação: qualidade é adequação ao uso. Esse

conceito fornece um rótulo curto e compreensível, mas não com a profundidade necessária.

Pode-se dizer que a qualidade é um processo utilizado para garantir o atendimento As

necessidades e expectativas dos clientes.

De acordo com estudos de pensadores como KOTLER e ARMSTRONG (1995), DAY

(2001) e HAMMER (2002), a qualidade do produto final é fortemente vinculada A percepção

de seus clientes com relação A marca e aos beneficios que o produto agrega.

A marca seria um nome ou símbolo que serve para identificar um produto ou serviço

dos seus concorrentes no mercado, como exemplos conhecidos têm-se: "Coca-Cola", "McDonald's". Essas são marcas conhecidas mundialmente e geralmente são tidas como

(23)

produtos, elas já criaram uma imagem no mercado

e

satisfazem

às

necessidades imediatas dos

clientes. Dessa forma, estabelecem-se desafios como fornecer produtos

e

serviços capazes de

encantar

o

cliente, atendendo As suas novas necessidades.

De acordo com HAMMER (2002), já houve um esforço das melhores empresas na

redefmição de processos na produção, no papel dos gerentes

e

nos sistemas de mensuração.

Essas praticas, porém, restringiram-se a poucos, inclusive como resposta estratégica diante

dos desafios cada vez mais crescentes do mercado.

Faz-se necessário, portanto, repensar as relações industriais com base em seus

processos, a otimização desses mesmos processos

e

vinculação na cadeia

logística,

tanto com

fornecedores quanto com clientes.

HAMMER (2002) diz, ainda, que se os processos de trabalho forem concebidos para

a sua própria conveniência,

e

não para

o

beneficio dos clientes, estes arcarão com

prejuízos

que, a longo prazo, recairão sobre a empresa.

Quanto maior for a dificuldade de fazer negócios, maiores serão os anus

e

os custos

para

o

cliente; comprometendo, obviamente a competitividade da empresa. A qualidade deve

ser

considerada do ponto de vista do cliente, no entanto não se deve perder de vista o custo para atingi-la.

2.2 Custos da Qualidade

Os custos da qualidade estão associados com a produção, identificação, prevenção ou

retrabalho de produtos que não estão conforme as especi

fi

cações. A definição de custo da

qualidade pode variar conforme a definição de qualidade

e

as estratégias adotadas em cada

empresa.

(24)

representam a diferença entre

o

custo atual de um produto ou serviço

e o

custo ideal, se não houvesse

o

serviço fora do padrão, falha de produtos, ou defeitos na manufatura.

Nessa definição, os custos da qualidade são uma medida dos custos associados com

o

atendimento das especificações (requerimentos) do produto.

Segundo CROSBY (1994), os custos da qua

li

dade estão relacionados com a

conformação ou

ausência

de conformação aos requisitos do produto ou serviço.

Pode-se dizer que os conceitos de custos da qualidade

e o

próprio conceito de qualidade são, além de distintos, inversos quanto suas presenças. Enquanto a presença da

qualidade não é algo muito aparente,

e

sua ausência torna-se fundamental;

o

custo com a

qualidade tem sua presença obrigatória é considerada

e

sua ausência talvez nem seja

mencionada.

Para

o

CRC-SP (1995), os custos da qualidade são definidos como sendo os custos incorridos na criação do controle de qualidade, na prevenção, na avaliação

e

na cone* do trabalho defeituoso. A mudança de

hábitos e

formas de manipular materiais e/ou produtos podem diminuir os custos de produção

e

com a qualidade.

Assim como aos custos de um produto são incorporados todos os desembolsos para

aquisição, criação, armazenagem

e

venda do mesmo, os custos com a qualidade também

envolvem um conjunto de ações, desde desembolsos com a criação ou implantação da

qualidade dentro da empresa até a prevenção

e

sustentação para que ela permaneça ativa dentro das atitudes

e

atividades do seu cotidiano

e

não fique somente na parte burocrática

e

documental.

Para CORAL (1996), os custos de prevenção são todos os custos incorridos para

evitar que falhas aconteçam, com objetivo de controlar a qualidade dos produtos, de forma a

evitar gastos provenientes de erros no sistema produtivo.

(25)

atividades desenvolvidas na identificação de unidades ou componentes defeituosos antes da

remessa para os clientes.

Para FREITAS (2003, p.15) qualidade 6:

a medida em que um bem ou serviço se adapta aos padrões especificados. Quando estes padrões estão ausentes, qualidade é uma questão de opinião, não sendo controlável cientificamente. A falta de conformidade com os padrões de qualidade preestabelecidos chama-se defeito, ocorrendo desperdícios e retrabalho.

Desperdício não pode ser visto apenas como o material refugado (rejeitos), mas sim

como toda e qualquer perda durante o processo. Portanto, qualquer utilização de recursos

além do necessário à produção de determinado produto é caracterizada como desperdício

classificado conforme seu controle, sua natureza e sua origem.

Retrabalho é fazer de novo aquilo que já foi feito, como corrigir urn produto

defeituoso ou refazer um serviço. É perda de tempo, aumenta os custos e faz a empresa perder

competitividade no mercado.

Esses requerimentos incluem as especificações de mercado, especificações de

produto e processo, pedidos de engenharia, desenhos e procedimentos operacionais e

administrativos, regulamentos governamentais e qualquer outro documento ou necessidade do

consumidor que possa afetar a definição do produto ou serviço.

Para MACEDO e POVOA FILHO (1994), conceituam custos da Qualidade como

sendo a parte dos aspectos econômicos da qualidade, considerando-se os gastos incorridos

para assegurar e garantir a qualidade, bem como as perdas incorridas quando a qualidade

satisfatória não é obtida.

As perdas podem ser qualquer tipo de material, produto e/ou tempo gasto

desnecessariamente para a produção de um bem ou serviço, devido A ausência ou falha da

qualidade.

MOTTA (1997, p.4.2) cita as seguintes definições, para uma melhor compreensão do

(26)

a função da qualidade é o conjunto de todas as atividades, em todos os departamentos da empresa, através das quais obtem-se produtos adequados ao uso, ou em conformidade com as especificações e os custos da qualidade representam a quantia de recursos gasta pela função qualidade.

Essa afirmação facilita a compreensão de que os custos da qualidade não são apenas responsabilidade do departamento de controle da qualidade; pelo contrário, a maior parcela

dos custos da qualidade está fora desse departamento.

MOTTA (1997, p.43) afirma ainda que:

Os custos da qualidade Vein por objetivo principal determinar melhores oportunidades para a redução de custos. Para isso é necessário conhecer as relações entre a causa e efeito dos custos envolvidos, que é a função dos direcionadores de custo, e fazer com que o sistema de custeio encaixe-se As necessidades do sistema de custos da qualidade.

Uma atividade importante dentro do Gerenciamento dos Custos da Qualidade é o

tratamento das informações das falhas que ocorrem nos processos internos e no campo

(clientes). 0 sistema da qualidade da empresa deve prever uma sistemática de coleta, análise e

tratamento dessas informações e, com o uso de métodos de solução de problemas, melhorar continuamente seus processos internos.

2.3 A Qualidade para fins Gereneiais

A empresa necessita, além de outros fatores externos, de um sistema de informações

internas para ser administrada eficazmente.

Nesse sentido, KAPLAN e COOPER (1998) mencionam que os gerentes desejam

informações precisas e adequadas sobre custos para tomar decisões estratégicas e conseguir aprimoramentos operacionais. Dessa forma, se os gerentes possuírem informações

consistentes podem tomar decisões com mais segurança.

As empresas que estiverem supridas de informações internas pertinentes serão mais

flexíveis e adaptáveis As mudanças. Essa necessidade de informações toma-se presente em

(27)

desempenhada.

evidente que a qualidade da informação irá determinar a qualidade da decisão

tomada. Exemplo disso são relatórios de qualidade que quantifiquem monetariamente os

fatores da qualidade, o gestor da empresa dispõe de informações relevantes para iniciar ações

voltadas para melhoria continua pela da rninimização dos desperdícios e perdas do processo.

Esses documentos possibilitariam, também, o aumento de lucratividade por um controle mais

efetivo, sem a necessidade de aumentar as vendas.

Relatórios de qualidade, combinados corn as avaliações do desempenho

departamental e da empresa como um todo, fornecem ao gestor oportunidade de implantar

ações corretivas no sentido de melhorar o desempenho.

2.4 0 Setor da Construção Civil

importante compreender o setor da construção civil para perceber a importância da

implantação de um Programa de Qualidade. É um setor que se insere na atividade imobiliária

que é considerada um segmento mais amplo que a construção civil, pois segundo COSTA

(2000, p,31):

Compreende o desmembramento de terrenos, loteamentos, incorporação de imóveis, construção própria ou de condominios, locação de imóveis próprios ou de terceiros e administração de centros comerciais, shopping centers e condomínios residenciais.

Há também o conceito de empresa construtora que, segundo a Instrução Normativa

N° 18 do Instituto Nacional de Seguro Social — INSS 6:

A pessoa jurídica legalmente constituída, com registro no Conseil() Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia — CREA, que executa obra ou serviços de construção civil sob sua responsabilidade, podendo assumir a condição de proprietário, dono da obra, incorporador, condomínio, empreiteira e sub-empreiteira.

Embora os dois termos popularmente podem até ser considerado a mesma coisa,

(28)

inserida.

0 setor da construção civil apresenta uma série de peculiaridades, que o diferencia

dos demais setores industriais, dentre as quais PICCHI (1993, p35) destaca:

caráter nômade, com dificuldade de constância de materiais e processos; produtos geralmente únicos e não seriados; produtos fixos e operários móveis, ao contrário da produção em cadeia (produtos móveis e operários fixos), dificultando a organização e controle; indústria muito tradicional, com grande inércia is alterações; uso de mão de obra pouco qualificada, com possibilidades de promoção escassas; longo ciclo de aquisição-uso-reaquisição, com pouca repercussão posterior da experiência do usuário; responsabilidades dispersas e pouco definidas; grau de precisão quanto a orçamento, prazos, características, muito menor de que em outras indústrias.

Essas características refletem um desenvolvimento histórico diferenciado da

construção, em relação as demais indústrias.

SOUZA (1997, p.27) diz que:

a indústria da construção civil é uma das mais importantes do Brasil, qualquer que seja o parâmetro que se contemple: volume de produção, capital circulante, número de pessoas empregadas, utilidade dos produtos e outros. Apesar disso, do ponto de vista da qualidade e, com todas as exceções que se façam, a construção em geral aparece como uma indústria atrasada.

Por outro lado, esse setor ainda serve de maneira eficaz para retomar o crescimento e

diminuir o desemprego dada a sua capacidade de gerar vagas diretas e indiretas no mercado

de trabalho.

SOUZA (1997, p.28) diz ainda que a cadeia da construção civil tem passado por

significativas mudanças, tanto diretamente no segmento construtivo quanto ao longo da

cadeia. Afirma o autor que há claras pressões de mercado forçando a melhoria da qualidade

por parte dos consumidores finais e do público.

Os consumidores estão cada vez mais conscientes dos seus direitos, previstos no

Código de Defesa do Consumidor (1990), e o Poder Público tem utilizado sua capacidade de

(29)

2.5

Custos na

Construção

Civil

Qualquer que

seja

o

tipo

de bem

produzido sempre

terá

um custo, que

será

relevante para delimitar

o

valor final do produto

fabricado.

Da mesma forma, qualquer

implantação

de um

programa

de melhoria

e

controle de qualidade gera custos para a empresa. No

entanto, normalmente

esses custos

são muito

pequenos

se

comparados

aos

beneficios obtidos

pela

eficiência

do

processo

produtivo

após

a implantação.

PORTER

(1996) argumenta

que

o

conhecimento dos custos

incorridos

é

um dos principais tipos de

vantagem

competitiva que a empresa pode possuir. As

empresas,

geralmente, têm

grande

dificuldade para avaliar as

posições

de custos dos

concorrentes,

uma etapa essencial na

avaliação

de suas

próprias ações.

Elas

recorrem

a

comparações

simplistas de

custos

de

matéria-prima

e

mão-de-obra.

Conforme

FERNANDEZ

(1993),

as

variações

de custos, mais especificamente no setor da

,

construção

civil, são

oriundas

das seguintes causas:

a) projetos:

falta de projetos

e

ausência de

detalhamentos;

b) mão-de-obra: falta

de

treinamento

e

qualificação;

c) equipamentos:

operação,

tempo de

operação

e

manutenção;

d) materiais: de

acordo

com

o

preço de mercado

e o

modo de

consumo.

Neste contexto, verifica-se a

importância

da contabilidade de custos que, devidamente integrada com

o

departamento de engenharia,

é

fundamental para que se apurem

e

analisem

custos

oscilantes,

os quais

certamente servirão

de base para os

empresários

do ramo tomarem as

decisões necessárias

e

garantirem

que seu produto continue no

mercado

competitivo.

(30)

maioria dos outros setores. Enquanto nestes é o produto que passa pelos centros de custos,

recebendo assim alocação de recursos a cada etapa transpassada, na construção civil são os

centros de custos que passam pelo produto, que aloca recursos a cada etapa concluída,

adquirindo assim características especificas para o seu custeamento.

Na indústria da construção civil, o processo inicia a partir do terreno, por onde

passam todas as etapas da construção, recebendo os diversos tipos de materials, até que o

imóvel seja concluído. Os principais custos de produção podem ser identificados pelos itens

matéria-prima, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação.

A matéria-prima é classificada como todos os materiais (brutos ou elaborados)

utilizados num processo de produção. Sua composição varia de empresa para empresa, tendo

uma grande representatividade no custo da produção. Também são vistas como matérias a

serem transformadas.

0 custo de mão-de-obra, segundo RIBEIRO (1997), consiste em quaisquer

pagamentos efetuados a trabalhadores, a titulo de remuneração por contribuições fornecidas

ao processo produtivo, acrescido de todos os encargos decorrentes. Trata-se da contribuição

humana ao processo de produção de bens ou serviços.

O custo da mão-de-obra é composto basicamente de salário, horas extra, adicional, honorário, refeições, estadias, encargos sociais e outros. Ou seja, são todos os gastos com o

pessoal envolvido na produção da empresa.

Já os gastos gerais de fabricação são os custos indiretos incidentes no processo de

fabricação. São todos os gastos necessários para se produzir em determinados bens, cuja

incidência no valor do bem não é tão evidente quanto os custos da matéria-prima e da

(31)

2.6 Programas de Qualidade

Com o avanço tecnológico, as Leis de Proteção ao Consumidor mais rígidas e os produtos/serviços com ciclos de vida cada vez mais curto acabam tomando o consumidor mais exigente. As empresas se vêem obrigadas a adotar algum modelo de gestão pela qualidade, visando atender as necessidades dos consumidores.

A literatura especifica apresenta muitos sistemas de qualidade, antes, porém, de descrever alguns deles, é necessário conceituar a expressão sistema de qualidade.

De acordo com a ABNT, em sua ISO 8402 (1994), sistema de qualidade 6 a estrutura organizacional, procedimentos, processos e recursos necessários para implementar a gestão da qualidade. Essa definição denota a necessidade da existência de uma organização e, dentro dela, a presença de recursos financeiros e humanos para se colocar em pratica o

sistema.

De acordo com SILVA (1996), o sistema de gestão da Qualidade surgiu no Japão e

recebeu o nome de Total Quality Control — TQC, a partir de ensinamentos dos autores

Deming e Juran, com o objetivo de melhorar a imagem dos produtos japoneses no mercado internacional, pela melhoria continua.

Nos Estados Unidos, é chamado de Total Quality Management — TQM. No Brasil,

esse mesmo sistema recebe o nome genérico de Gestão pela Qualidade Total — GQT, sendo um sistema administrativo aperfeiçoado no Japão, a partir de idéias americanas introduzidas

após a Segunda Guerra Mundial.

Outro programa que auxilia na conquista da qualidade é o Programa 5S que, de acordo com SILVA (1996), teve sua origem no Japão a partir da década de 50 e pode-se dizer que ele é a primeira etapa para implementar a gestão da qualidade total.

(32)

interpretadas como senso, que significa apreciar ou julgar.

Segundo VICTORINO (1999) os cinco sensos são: Seiri é o senso da utilização e

organização, Seiton é o senso de arrumação e ordem, Seiso é o senso da limpeza, Seiketsu é o senso da salde e conservação e Shitsuke é o senso de disciplina consciente ou autodisciplina.

0 objetivo desse programa é criar um ambiente digno de trabalho, no qual o homem possa sentir-se bem no seu local de trabalho, consigo mesmo e com aqueles que o rodeiam.

O local de trabalho deve estar sempre limpo, de maneira a proporcionar um

ambiente agradável que deixe os funcionários e clientes bem acomodados, fazendo o possível para que os mesmos sejam impressionados e atraidos por esse ambiente.

Outro sistema é o QUALIHAB — Programa de Qualidade na Construção

Habitacional do Estado de São Paulo. Segundo PICCHI (2001), foi um dos primeiros

programas da qualidade para o setor de habitação popular no Brasil. Foi instituído pelo Decreto Lei n° 41.337, de 25 de novembro de 1996, sendo coordenado e implementado pela

CDHU/SP — Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo. Esse programa envolve a cadeia produtiva da construção civil, na parte de projetos,

obra, materiais e componentes. Ele acabou incentivando o desenvolvimento de outros programas de qualificação de construtoras brasileiras, como o PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat), o QUALIESTRADA (Programa Qualidade nas Estradas), o QUALIPAV (Programa Qualidade nas Pavimentações), entre outros.

2.7 Normatização da ISO 9000

De acordo com SILVA (1996), normatização é uma atividade que estabelece, em

(33)

Os objetivos da normatização, de acordo com a Associação Brasileira de Normas

Técnicas

(ABNT), são em relação aos aspectos de economia, comunicação, segurança, proteção do consumidor

e

eliminação de barreiras técnicas

e

comerciais. Seus beneficios podem ser quantitativos ou qualitativos.

Segundo CARRADORE, et.al. (2000, p.85):

a entidade ISO (International Organization for Standarrization) foi criada em 23 de fevereiro de 1947, em Genebra, Silica e cerca de 102 países estâo envolvidos e representados nesta Organizaçao, inclusive o Brasil, através da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

No Brasil, a ABNT adotou a mesma numeração da série ISO 9000, chamando-a de

série NB 9000. A serie ISO 9000 é um conjunto de normas denominadas: ISO 9000, ISO

9001, ISO 9002, ISO 9003

e

ISO 9004.

Segundo

o

Instituto Nacional de Metrologia, Normalização

e

Qualidade Industrial - INMETRO (2005) a ISO 9001 é a referencia normativa pela qual são feitas as certificações de

sistemas da qualidade das organizações, embora a certificação não seja concedida pela ISO,

mas sim por uma outra entidade devidamente credenciada.

No Brasil, foi estabelecido pelo CONMETRO (Conselho Nacional de Metrologia,

Normalização

e

Qualidade Industrial)

o

Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade, tendo sido

o

INMETRO designado por aquele Conselho como organismo credenciador oficial do Estado brasileiro.

Como a Norma ISO 9001 tem

caráter

voluntário, as certificações podem ser feitas fora do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade por organismos credenciados ou

não pelo INMETRO.

De acordo com CARRADORE, et.al (2000, p.85), as normas 9001, 9002

e

9003 são

normas contratuais

e

auxiliam nas relações comerciais entre as empresas garantindo a

qualidade externa. A norma 9004 funciona como um complemento da ISO 9000, servindo

(34)

garantindo a sua qualidade interna, Elas do revisadas a cada cinco anos. As primeiras

revisões foram feitas em 1994 e 1998, sendo que nesta última a ISO 9001 passou a englobar

as non= 9002 e 9003.

Segundo OLIVEIRA (1996p, 27), essas certificações garantem a qualidade do

processo produtivo da empresa e não especificamente a qualidade do produto, já que:

a ISO 9001 especifica um modelo de Sistema da Qualidade para uso quando um

contrato entre duas partes requer a demonstraçao da capacidade do fornecedor em projetar, produzir, instalar e prestar assistência pós-venda de -um produto.

A ISO 9002 e 9003 sao semelhantes a ISO 9001, porém a ISO 9002 é para Garantia

da Qualidade em produto, instalaçao e assistência técnica, nao incluindo projeto. E

a ISO 9003, é pars Garantia da Qualidade em inspeção final e ensaios somente. .1A, a ISO 9004 fornece diretrizes para implantação de um Sistema de Gestão da

Qualidade e determina a extenso da aplicação de cada um dos elementos do

Sistema da Qualidade.

A ISO publicou urna série de normas que complementam as normas bisictts,

orientando a sua implementação. Na Figura 1 demonstra-se a relação das principais normas

(35)

NBR ISO 8402/1994 Gestão da qualidade e garantia da qualidade - Terminologia NBR ISO 9000-1/1994 Normas de gestão da qualidade e garantia da qualidade

Parte 1: Diretrizes para seleção e uso NBR ISO 9000-2/1994

Normas de gestão da qualidade e garantia da qualidade

Parte 2: Diretrizes gerais para aplicação dos NBR ISO 9001, 9002

e 9003

NBR ISO 9000-3/1993 Normas de Parte 3: Diretrizes para aplicação da NBR ISO 9001 ao gestão da qualidade e garantia da qualidade desenvolvimento, fornecimento e manutenção de "software" NBR ISO 9000-4/1993 Normas de Parte 4: Guia para a gestão do programa de dependabilidade gestão da qualidade e garantia da qualidade NBR ISO 9001/1994 projetos /desenvolvimento, produção, instalação Sistemas da Qualidade - Modelo para a garantia da qualidade para e serviços

associados

NBR ISO 9002/1994 produção, instalação Sistemas da Qualidade - Modelo para garantia da qualidade em e serviços associados NBR ISO 9003/1994 Sistemas da Qualidade - Modelo para garantia da qualidade em inspeção e ensaios finais NBR ISO 9004-1/1994 Gestão da qualidade Parte 1: Diretrizes e elementos do sistema da qualidade NBR ISO 9004-2/1993 Gestão da qualidade Parte 2: Diretrizes de serviços e elementos do sistema da qualidade NBR ISO 9004-3/1994 Gestão da qualidade Parte 3: Diretrizes para materiais processados e elementos do sistema da qualidade NBR ISO 9004-4/1993 Gestão Parte 4: Diretrizes para melhoria da qualidade da qualidade e elementos do sistema da qualidade NBR ISO 10005/1997 Diretrizes para plano da qualidade

NBR ISO 10007/1996 Diretrizes para a gestão da configuração

NBR ISO 10011-1/1993 Diretrizes para auditoria do sistema da qualidade Parte 1: Auditoria

NBR ISO 10011-2/1993 Diretrizes para auditoria de sistema da qualidade Parte 2: Critérios para qualificação de auditores de sistemas de qualidade

NBR ISO 10011-3/1993 Diretrizes para auditoria de sistema da qualidade Parte 3: Gestão dos programas de auditoria NBR ISO 10012-1/1993

Requisitos de garantia da qualidade para equipamento de medição Parte 1: Sistema de comprovação metrológica para equipamento de medição

NBR ISO 10013-1/1995 Diretrizes para o desenvolvimento de manuais da qualidade

(36)

Após

todo

o processo

de

normatização, e

sendo

avaliada como conforme, é

concedida a entidade um

certificado

ISO

9000,

que representa que a empresa

esta

conforme as

normas

do referido padrão, que opera um sistema de

gestão da qualidade, o

qual assegura

o

atendimento aos

requisitos

de

garantia

da qualidade,

e

possui procedimentos para lidar com

problemas de não-conformidade. Esse

certificado é válido por

um

período

de

dois

a

três

anos,

após

esse prazo ele precisa ser renovado, além

disso, o

sistema a cada seis meses

é auditado

para

verificar

se ele continua a atender aos requisitos da

norma.

2.8 Certificações

A Associação

Brasileira

de Normas Técnicas

- ABNT (1994, p.17)

conceitua

certificações como sendo:

um conjunto de atividades desenvolvidas por um organismo independente da relação comercial com o objetivo de atestar publicamente, por escrito, que determinado produto, processo ou serviço esta em conformidade com os requisitos especificados. Estes requisitos podem ser: nacionais, estrangeiros ou internacionais.

A

certificação

demonstra a clientes,

concorrência, fornecedores, funcionários e

investidores que uma

organização utiliza praticas

respeitadas pela

indústria. Conforme

a ABNT

(1994)

podem ser obtidos os seguintes certificados:

• Certificado

de

Registro

de Empresa ABNT

-

atesta a conformidade do Sistema

de Garantia da Qualidade de uma

empresa (fabricante

de produtos ou prestadora de

serviços)

em

relação

aos requisitos de

uma

das Normas da série

NBR

ISO

9000.

• Certificado de

Sistemas

de Gestic) Ambiental ABNT

para toda empresa que

possui um Sistema de

Gestão

Ambiental implantado segundo a norma

NBR

ISO

14001,

que

atesta a

conformidade

de seu sistema em

relação

aos requisitos da norma em referência.

• Certificado

de Marca de Conformidade ABNT

-

atesta a qualidade

e aptidão

ao

(37)

• Certificado de Marca de Segurança ABNT - atesta a que um produto atende às características de segurança especificadas nas Normas Brasileiras.

• Certificado de Conformidade ABNT - quando as empresas necessitam

demonstrar que seus produtos e serviços cumprem com especificações técnicas ou Normas Brasileiras, Internacionais ou Estrangeiras. Esses Certificados têm finalidades especificas como, por exemplo, quando as peculiaridades do produto não permitem a aposição da Marca de Conformidade ABNT (Q), ou no caso de lotes para exportação ou ainda em serviços certificados.

• Certificado do Rótulo Ecológico ABNT - Qualidade Ambiental - É o certificado que atesta que um produto está em conformidade com critérios ambientais de excelência estabelecidos para uma determinada categoria de produtos. Portanto, identifica os produtos com menor impacto ambiental em relação a outros produtos comparáveis, disponíveis no mercado.

• Certificado de Manejo Florestal

sustentável

ABNT /CERFLOR - É o

certificado concedido a uma unidade de manejo florestal manejada segundo os Princípios,

Critérios e Indicadores de sustentabilidade florestal ABNT /CERFLOR. Com esse certificado,

o produtor florestal pode comprovar que a madeira vem de origem sustentável.

Para TAKASHINA e FLORES (apucl TEIXEIRA, 1999) a qualificação do processo pode ser atestada pela utilização de indicadores, os quais são formas de representação

qualificáveis das características de produtos e processo. São utilizados pela organização para controlar e melhorar a qualidade e o desempenho dos seus produtos e processos ao longo do tempo.

Segundo TEIXEIRA (1999) os indicadores são importantes para as empresas, pois são sinais vitais da organização. Eles informam o que é importante para toda a organização: a

(38)

As empresas medem continuamente os seus desempenhos, contudo não é a simples

obtenção do indicador que garantirá a melhoria na organização. A partir dos dados analisados

é possível organizar um planejamento quanto: à redução de desperdícios, à melhoria da

qualidade, as previsões para o futuro, A. visão da empresa no mercado, entre outros.

Para comprar com confiança, um consumidor precisa acreditar em um produto de

determinada empresa que tenha um histórico confidvel de venda de produtos.

Segundo a EMBRAPA (1999, p.240), a facilidade na identificação de selos dos

produtos certificados agrega um novo valor de mercado ao produto no que se refere a sua

aceitação em função da qualidade e "segurança ambiental" oferecidas, tomada de decisão

diante da escolha de produtos similares e recomendações de compra.

Assim, o valor agregado não se reflete, necessariamente, em valores monetários, mas

na decisão de compra por parte do consumidor e, portanto, na garantia de mercado para os

produtos produzidos.

ISRAELIAN et al (1996) apontam alguns dos beneficios trazidos para uma empresa

certificada:

Abertura de novos mercados, maior conformidade e atendimento is exigências dos clientes, menores custos de avaliação e controle, melhor uso de recursos existentes, aumento da lucratividade, maior integração entre os setores da empress, melhores condições para acompanhar e controlar os processos e a diminuição dos custos de remanufattu-a.

Para as empresas que atuam no mercado internacional, a certificação é algo

necessário, uma vez que as normas ISO 9000 foram elaboradas para padronizar os critérios de

qualidade, de forma que o conceito de qualidade de um produto em um pais também seja

considerado em outro pais.

OLIVEIRA (1996) acredita que a política de comércio tende para o processo de

Certificação de Sistemas da Qualidade, cuja certificação sera fundamental para negociar

(39)

2.9 Qualidade na Construção Civil

A qualidade

é

um importante fator de competitividade em todo

o

processo produtivo, porém deve-se defini-la, produzi-la, comprová-la, demonstrá-la

e

documentá-la. Pode-se dizer que a busca pela qualidade só

terá êxito

se os empresários criarem novos mecanismos para preservarem seu pessoal mais qualificado

e

se forem melhor avaliados os métodos utilizados na produção, principalmente, as formas de organização

e

de relacionamento no trabalho.

Segundo PICCHI (1997), os conceitos gerais da qualidade, apesar de terem sido

desenvolvidos em setores industriais com realidades diferentes ao da construção civil, têm se demonstrado como universais podendo ser adaptados as particularidades de determinados

setores, para maior eficiência.

0 CRC-SP (1995, p.13) a

fi

rma que:

o controle da qualidade na construção civil é realizado através do controle de materiais recebidos e serviços realizados na obra e, dependendo do material, ensaios de laboratório. Porém, esse tipo de controle só detecta problemas depois que os mesmos já ocorreram, servindo apenas para repará-los, não agregando valor ao produto. Portanto, é necessário que sistemas de qualidade sejam desenvolvidos ao longo de toda a cadeia de produção de uma edificação de forma a não apenas detectar falhas, mas, antes disto, evitá-las.

A preocupação com a qualidade tem gerado

o

diagnóstico não só de infrações das normas técnicas, mas de falhas nos processos produtivos

e

na gestão desses negócios. Mais ainda, muitos problemas ocorrem por falta de coordenação de ações

e

interesses entre os elos da cadeia produtiva. Assim, esses gargalos podem ser divididos entre aqueles diretamente

impactantes nas relações com outros elos (qualidade do produto, por exemplo) e

os

inicialmente

internos

as empresas (gestão financeira, por exempla).

Além dessas condições objetivas, que demandam ações

e

adequações das empresas, ressalta-se a própria importância desse como um dos mais complexos de toda a

economia.

(40)

Brasileiro de Qualidade

e

Produtividade - PBQP, cujo principal objetivo era modernizar a cadeia produtiva nacional, dar orientação

e

auxiliar as empresas no enfrentamento da abertura comercial brasileira.

A estratégia era mobilizar os diferentes segmentos com vistas a promover

o

aumento

da qualidade

e

produtividade que resulta em maior competitividade de bens

e

serviços

produzidos no pais.

SANTOS

e

MELLO (2001) a

fi

rmam que se instituiu, então, em 1998, com a

assinatura da Portaria no 134, do então Ministério do Planejamento

e

Orçamento,

o

Programa Brasileiro de Qualidade

e

Produtividade na Habitação — PBQP-H, cujo objetivo era elevar para 90%, até

o

ano 2002,

o

percentual médio de conformidade com as normas técnicas dos

produtos que compõem a cesta

básica

de materiais de construção. No ano 2000, foi

estabelecida a necessidade de uma ampliação do escopo do Programa, que passou a integrar

o

Plano Plurianual (PPA) e, a partir de então, englobou também as Areas de Saneamento

e

Infra-estrutura Urbana. Assim,

o

"H" do Programa passou de "Habitação" para "Habitat", conceito mais amplo

e

que reflete melhor sua nova area de atuação.

PINTO

e

PINTO (1995, p.11) dizem que:

o PBQP-H se propõe a organizar o setor da construção civil em torno de duas questões principais: a melhoria do habitat e a modernização produtiva. Envolve um aspecto relativamente amplo de ações, entre as quais se destacam: qualificação de construtoras e de projetistas, melhoria da qualidade de materiais, formação e requalificaçao de mão de obra, normalização técnica, capacitação de laboratórios, aprovação técnica de tecnologias inovadoras e comunicação e troca de informações.

Com essas ações, espera-se

o

aumento da competitividade no setor, a melhoria da qualidade de produtos

e

serviços, a redução de custos

e

a otimização do uso dos recursos públicos. 0 objetivo de longo prazo

é

criar um ambiente que propicie soluções mais baratas

e

de melhor qualidade para a redução do deficit habitacional no pais e, em especial, atender as

famílias consideradas de interesse social.

(41)

setor de edificações da construção civil vem tomando vulto nos últimos anos, alicerçado por

empresas lideres de

vários

estados da Unido. Essas empresas, entendendo que

o

setor necessita de um choque de gestão com foco na lucratividade

e

no cliente, vêm promovendo a

repercussão

de casos de construtoras que, sustentadas pela

adoção

de gestão da qualidade, têm seus produtos

e

serviços diferenciados perante a concorrência, passando inclusive a trabalhar de forma mais enxuta.

0 Ministério das Cidades (2004) definiu alguns objetivos do programa de qualidade,

entre eles estão:

a otimização da qualidade dos materiais, componentes, sistemas construtivos, projetos e obras nos empreendimentos; o estabelecimento de acordos setoriais de qualidade, com os segmentos da construção civil; a implantação de processos de qualificação, homologação e certificação de produtos (materiais, componentes e

sistemas) e serviços (projetos e obras), visando à melhoria das obras contratadas. Os resultados alcançados em âmbito nacional com

adesão

de dezesseis estados

e

agentes financeiros, como a Caixa Econômica Federal, BRADESCO S.A, BANCO ITAU S.A

e

ABN AMR° Bank S.A, credenciam

o

programa a se constituir num legitimo modelo para unificação das demais certificações hoje existentes.

O PBQP-H é estruturado em projetos que solucionam problemas

específicos

na

área

da qualidade, organizados inicialmente para a

área

de construção habitacional em diferentes

níveis

de desenvolvimento.

Os projetos que estruturam

o

PBQP-H são: a) Estruturação

e

Gestão do PBQP-H;

b) Sistema Nacional de Aprovações Técnicas;

c) Apoio A. utilização de Materiais;

d) Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços

e

Obras; e) Qualidade de Materiais

e

Componentes;

Imagem

FIGURA  2—   Pirâmide   de   Evolução   do PBQP-H  Fonte: Do autor (2005).
FIGURA  5 —  Setores que apresentam as maiores  deficiências  Fonte: SENAI  / SEBRAE, 2001
FIGURA 7- Despesas com o PBQP-H no  nível D  Fonte: Setor de Qualidade da Empresa
FIGURA  8— Gráfico das despesas com  o  PBQP-H no   nível   D  Fonte: Do autor (2005)
+6

Referências

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