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DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM EFICIENTES

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DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES

DE APRENDIZAGEM EFICIENTES

Para citar este texto:

SOUSA, Thais Costa. O Processo de Avaliação em Ead. Departamento de Extensão e Pós-Graduação. Valinhos, SP:

Anhanguera Educacional, 2011.

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Publicação: Novembro de 2011

© DIREITOS RESERVADOS - Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento, por escrito, da Anhanguera Educacional.

DIRETORIA DE EXTENSÃO E PÓS-GRADUAÇÃO

Silvio Cecchi

Correspondência/Contato

Alameda Maria Tereza, 2000, Valinhos,

São Paulo, CEP. 13.278-181. PREPARAÇÃO GRÁFICA

Lusana Veríssimo

Renata Galdino

Felipe Maia PARECER TÉCNICO

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1. OBJETIVOS

Com o crescimento cada vez maior da EAD, foi necessário romper paradigmas e adotar uma nova forma de pensar e de ver a avaliação. Assim, essa aula tem o objetivo de apresentar e discutir os principais fundamentos do processo de avaliação em EAD. Vamos discutir os pontos principais para o planejamento desta avaliação e o papel do aluno como participante efetivo durante o processo.

2. INTRODUÇÃO

Avaliação é um processo contínuo de pesquisas que visa interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no comportamento, propostas nos objetivos educacionais, a fim de que haja condições de decidir sobre alternativas do planejamento do trabalho do professor e da escola como um todo. (SANTOS apud PILETT, 1987).

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3. AVALIAÇÃO EM EAD E O ALUNO

A avaliação na educação a distância contempla aspectos quantitativos e qualitativos devido à variedade de instrumentos disponíveis para essa finalidade. As provas podem ser dissertativas, de múltipla escolha, mistas. Além de provas, a avaliação pode contemplar trabalhos colaborativos, exercícios, estudos de caso, auto-avaliação, participação em fóruns, listas de discussão, mensuração do tempo em que o aluno ficou online para realizar as atividades.

O ponto de partida para entender e planejar a avaliação em educação a distância é considerar o aluno como o sujeito principal do processo de ensino e aprendizagem.

Bom, considerando a participação ativa dos alunos nesse processo, é preciso pensar em um diagnóstico inicial da “educabilidade cognitiva” desses alunos e a partir daí definir estratégias e metodologias que possam desenvolver as competências e habilidades esperadas, sempre considerando as particularidades e respeitando o multiculturalismo.

Assim, o professor de cursos oferecidos nessa modalidade não pode pensar em avaliar o aluno apenas por meio de provas e trabalhos. É preciso deixar a concepção da avaliação quantitativa em um momento pontual e adotar um processo contínuo, empregando meios para que o aluno seja orientado e estimulado a buscar o conhecimento e aí sim, ser avaliado por isso.

A construção de novos conhecimentos hoje é facilitada pelo crescimento tecnológico. As tecnologias são facilitadoras das inovações no processo de ensino e aprendizagem. Possibilitam inovar o modo de aprender, ensinar e avaliar. Mas para isso é preciso dominar essas tecnologias.

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Portanto, desenvolver metodologias para tornar as avaliações mais dinâmicas e interativas nos cursos a distância é um grande desafio. É preciso rever os métodos que existem hoje para que, além de ganhar o conteúdo, os alunos possam desenvolver outras habilidades por meio de um aprendizado cooperativo, da interatividade entre grupos em diferentes locais, da construção em parceria do conhecimento.

4. A AVALIAÇÃO EM EAD E SUAS CLASSIFICAÇÕES

Podemos nos perguntar: nossos métodos empregados nas aulas correspondem aos objetivos de aprendizado e aos conteúdos que queremos desenvolver? De que forma ensinamos? Conhecemos a melhor metodologia para adaptar a esses objetivos? Como a avaliação geralmente é desvinculada do processo de ensino e aprendizagem, acaba exercendo apenas a função classificatória. E diante desse cenário podemos novamente nos perguntar: quais os critérios que devem ser utilizados em uma avaliação? Ao elaborar uma prova ou propor um trabalho o que de fato avaliamos? O que esperar de nossos alunos em um processo de avaliação?

Para responder a essas questões, primeiro precisamos entender como a avaliação é utilizada no mundo educacional. A tabela 1 apresenta os diferentes enfoques utilizados no processo de avaliação.

A avaliação envolve aspectos pedagógicos e sociais. Ela é o reflexo do processo de aprendizagem e a sua concepção deveria seguir algumas diretrizes:

Assista ao vídeo:

Metodologia ou

tecnologia. “A tecnologia faz mágica na

educação?”

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1) estabelecer de forma clara o que vai ser avaliado;

2) oferecer informações sobre os erros detectados e suas causas; 3) apontar a resposta correta e demonstrar como alcançá-la;

4) selecionar adequadamente as técnicas para realizar a avaliação de acordo com o que se deseja realmente avaliar;

5) utilizar diversas técnicas de avaliação e considerar a avaliação como um meio para alcançar fins.

Tabela 1: Avaliação segundo diferentes enfoques

Educação em um

enfoque: Como se avalia:

Tradicional

Utilização de verificações de curto prazo e prazo mais longo; punição (reprovação, notas baixas) e reforço positivo (aprovação, bons conceitos).

Tecnicista

Avaliação de comportamentos observáveis e mensuráveis; controle de comportamento em face de objetivos pré-estabelecidos.

Libertadora

Verificação direta da aprendizagem é desnecessária; avaliação da prática vivenciada entre educador/educando; auto-avaliação em termos de compromisso assumido com a prática social.

Progressista

A avaliação é realizada a qualquer momento, pois sua preocupação é diagnosticar falhas; observação do desempenho; valorização de outros instrumentos que não a "prova".

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Para Bloom e seus colaboradores, a avaliação pode ser ter três classificações: a formativa, a somativa e a diagnóstica.

Quais as diferenças e similaridades estruturais entre essas classificações?

As avaliações diagnósticas não são mensuráveis por meio de uma nota atribuída, mas são de extrema importância porque aponta o grau de educabilidade cognitiva do aluno. São prognósticas, previsoras. Dão suporte para tomadas de decisões.

Segundo TAROURO (1999), as avaliações formativas acontecem durante todo o momento em que a disciplina ou unidade didática está sendo desenvolvida, visando recuperar as fragilidades percebidas no processo de ensino e aprendizagem. O aluno recebe o “feedback” das suas atividades juntamente com orientações adicionais que possam auxiliá-lo na construção de seu conhecimento. Elas são as mais utilizadas em EAD e são classificadas de diversas formas: participativas, auto-avaliativas, avaliativa interpares, motivadora, processual, entre outras. São orientadoras e motivadoras.

A avaliação formativa possibilita a realização de reajuste das estratégias de ensino e das avaliações e

possibilita acompanhar o processo de aprendizagem com o objetivo de verificar se o aluno está ou não alcançando os objetivos que foram propostos no início do curso. A partir daí é possível identificar a necessidade da inclusão de intervenção para a superação dos limites.

Para saber mais sobre

as classificações

formativa, somativa e

diagnóstica leia o

Anexo1.

Educabilidade Cognitiva

“Promoção de habilidades cognitivas e educação: um modelo de análise de programas de desenvolvimento cognitivo”

http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v15n45/

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As provas somativas têm a função de verificar o que o aluno aprendeu. É aplicada no final de uma disciplina ou unidade didática por meio de várias perguntas. O aluno recebe uma nota pelos acertos e recebe uma “classificação” de acordo com essa pontuação. São creditativas.

O teste somativo apresenta maior abrangência de conteúdo que um teste formativo, por exemplo. Enquanto o primeiro aborda aspectos mais gerais de vários conteúdos desenvolvidos, o segundo se atém a um conteúdo específico.

É possível um mesmo teste abordar as três funções distintas e assim, de acordo com os resultados, verificar quais as falhas de aprendizagem que precisam ser corrigidas e a relação disso com os conteúdos e objetivos das disciplinas.

5. E AGORA? O QUE CONSIDERAR NO PROCESSO DE

AVALIAÇÃO EM EAD?

Vários autores têm discutido e reforçado a idéia de que o ato de avaliar precisa ser visto por meio de duas perspectivas: a de realmente certificar se a aprendizagem foi ou não bem sucedida e a de observar a formação do aluno (somativa e formativa).

Em primeiro lugar, devemos considerar evidentemente que a avaliação é um processo contínuo, em que o professor acompanha a construção do conhecimento do aluno e que esse aluno é sem dúvida o sujeito principal do processo de ensino.

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Romper a postura autoritária e o caráter punitivo da avaliação significa mudar o papel do professor que neste momento assume um papel importante na construção do conhecimento proporcionando e estimulando as interações dentro dos ambientes virtuais de aprendizagem. Essa nova postura reflete de forma muito positiva o processo de avaliação.

É preciso considerar também que o “avaliar” vai muito além de simplesmente atribuir uma nota ao aluno. Significa acompanhar, observar, analisar, identificar o desenvolvimento dos alunos no que diz respeito à construção de conhecimentos, aquisição ou aprimoramento de habilidades. É um processo ativo, de construção de conhecimento. O professor já não tem mais o papel de simplesmente averiguar o quanto o aluno aprendeu por atribuição de uma nota. Por isso é uma ação tão complexa e difícil de ser realizada.

A avaliação precisa ser dinâmica, fazendo o aluno buscar o resultado por meio de tomadas de decisão. Deve ser um instrumento para identificar habilidades. Assim, o instrumento de avaliação deve ser concebido considerando alguns aspectos muito importantes:

1. Validade: é um instrumento capaz de fazer um diagnóstico do que realmente se quer?

2. Consistência: é um instrumento capaz de traduzir ao professor o que ele realmente espera da avaliação?

Avaliação da Aprendizagem - integrante da coleção Grandes Temas II - ATTA Mídia

“Avaliação da aprendizagem?”

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3. Coerência: é um instrumento que apresenta coerência com os objetivos de aprendizagem e a realidade do aluno?

4. Abrangência: é um instrumento que irá mensurar todo o conhecimento e habilidades que deveriam ser desenvolvidas de acordo com o conteúdo estudado?

5. Clareza: é um instrumento que deixa claro o que é esperado do estudante sem confundir ou induzir respostas?

6. Equidade: é um instrumento que contempla igualmente os estudantes, considerando as características e valores?

Esses itens devem ser identificados e considerados obrigatórios em instrumentos de avaliação para cursos EAD.

As avaliações oficiais das disciplinas de cursos de EAD são realizadas presencialmente, de acordo com a Legislação que determina que para fins de certificação ou diplomação, a avaliação de rendimento deve ser feita por meio de provas presenciais.

Moran (2006) aponta que essa avaliação presencial tende a ser feita em forma de avaliação com o máximo possível de questões de múltipla escolha. O argumento utilizado para essa ação é a dificuldade em avaliar simultaneamente vários alunos por meio de provas dissertativas. Esse é um ponto de atenção porque põe em dúvida a eficácia deste instrumento na verificação da aprendizagem. É essencial que outras formas de avaliação sejam pensadas e praticadas, principalmente as formativas.

É possível também, durante o processo de avaliação, realizar algumas atividades avaliativas online por meio de portfólios, fóruns, chats, entre outros.

Assim, completar o processo de avaliação por meio desses elementos complementares pode ser uma maneira de proporcionar subsídios para a identificação de pontos fortes e fracos do conteúdo, da metodologia escolhida, dos alunos e auxiliá-los na busca da aprendizagem.

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também são indicadores que apontam sua habilidade em resolver problemas mais complexos.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

É incontestável a importância da avaliação no processo ensino e aprendizagem dos alunos de cursos EAD uma vez que proporciona o retorno (feedback) ao aluno e

ao professor.

A avaliação na EAD possui dimensão mediadora e possibilita, por meio de análise, a compreensão dos limites dos alunos e as possibilidades de desenvolvimento de habilidades. E, devido a isso, o processo de ajuste das metodologias é permanente.

A avaliação deve ser coerente com os objetivos de aprendizagem pré definidos e por isso deve ser muito bem planejada. Essa avaliação deve ganhar características que permitam o acompanhamento e a contribuição para o processo de aprendizagem. Parte dela pode ser concebida por meio de tarefas e atividades interativas que acabam tendo um papel mais confiável na avaliação da aprendizagem do aluno que a prova presencial. É fundamental que o professor tenha conhecimento das atividades desenvolvidas pelos alunos.

As tendências pedagógicas do momento e as tecnologias levam a um caminho para uma avaliação com alicerces fortes na reflexão e na investigação.

O aluno, ao realizar uma tarefa proposta pelo professor, deve evidenciar seus conhecimentos e fornecer informações para a avaliação. É preciso respeitar o estilo individual d aprendizagem de cada aluno.

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Apesar dos ambientes colaborativos de aprendizagem e da existência de ferramentas avaliativas, é preciso considerar que ainda há um longo caminho pela frente uma vez para estudar e aprimorar essas ferramentas, uma vez que a maioria proporciona apenas análise de dados quantitativos.

7. VAMOS PENSAR?

Existem várias fragilidades no processo de avaliação de cursos a distância. Os instrumentos muitas vezes não conseguem avaliar os resultados significativos da aprendizagem, enfatizando muitas vezes memorização de conteúdos, com pouco ou nenhum estímulo ao raciocínio e ao desenvolvimento de habilidades. Assim, construa um texto respondendo às seguintes questões: como podemos avaliar os alunos e professores de acordo com os conteúdos e metodologia utilizadas em cursos de educação a distância? Como executar essa avaliação?

8. PONTUANDO

A concepção de um processo avaliativo efetivo em cursos EAD é um grande desafio por dois grandes motivos: falta de domínio das tecnologias e resistência à modalidade.

O aluno é o principal sujeito do processo ensino aprendizagem, por isso, a avaliação precisa ser um instrumento de apoio e contínua motivação necessária ao processo de construção do conhecimento.

O processo avaliativo para cursos EAD deve ser um processo contínuo em que o aluno gradativamente desenvolve as competências e habilidades propostas de acordo com o conteúdo e metodologia de ensino.

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9. REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS

FONSECA, João José Saraiva. Avaliação em EAD. Disponível em http://sites.google.com/site/cursoavancadoemead/avaliacao-em-ead Acesso em 01 de novembro de 2011.

O processo de avaliação na educação a distância. Disponível em http://www.pgie.ufrgs.br/webfolioead/biblioteca/artigo6/artigo6.html. Acesso em 01 de novembro de 2011.

MORAN, José Manuel. Avaliação da EAD no Brasil. Disponível em:

http://www.eca.usp.br/prof/moran/avaliacao.htm. Acesso em 01 de novembro de 2011.

PEREIRA, Juliana Danielle dos Reis. Processos avaliativos da

aprendizagem em EAD: desafio a Formação docente. Disponível em

http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2008/anais/pdf/177_830.pdf. Acesso em 01 de novembro de 2011.

POLAK, Y. A avaliação do aprendiz em EAD. In: LITTO, Fredric e FORMIGA, Marcos (org). Educação a distância – o estado da arte, Ed. Pearson, São Paulo, 2008.

Imagem

Tabela 1: Avaliação segundo diferentes enfoques  Educação em um

Referências

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