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O desenho infantil: Descoberta criativa da criança

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Academic year: 2021

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Aluno: Pietra Medeiros Nível: Infantil III

Professora: Antônia Luciana da Silva Auxiliar: Rozimeyre da Silva Marques

O desenho infantil: Descoberta criativa da criança

A criança, ainda bem pequena, já tenta, por imitação, utilizar o lápis e esboçar seus primeiros rabiscos. Depois, tanto o lápis, quanto os outros materiais que servem de instrumentos de registro passam a ter espaço signifcativo em sua infância. Com o tempo, os desenhos vão evoluindo e passam a apresentar elementos diferencia- dos em suas produções, de acordo com a fase em que se encontra cada uma.

Geralmente, as crianças gostam de desenhos desde muito pequenas; por isso, então há necessidade de estimulá- las a exercitar o desenho livre dentro e fora da escola. Cabe aos pais e aos educadores a organização do espaço e do material adequado a essa tarefa. Colocar à disposição lápis, papéis, giz de cera, tintas, hidrocores em um cantinho especial da casa ou da escola é uma maneira de apoiá-las no processo de descoberta e criação.

Quando desenha, a criança se expressa e se comunica com o mundo que a cerca, garantindo assim a interrelação de alguns aspectos importantes para o desenvolvimento infantil, tais como fsico, intelectual, afetivo, cultural, dentre outros. Na verdade, o desenho é para a criança um conjunto de oportunidades que unem particularidades (escrita, arte, cultura, grafsmoo e necessidades (comunicação com os demais, expressão de sentimentos, interação socialo. Por meio deste, ainda se expressa todo o universo da criança e o que a invenção criativa proporciona, como as ações de:

sonhar, viajar, planejar, comunicar, interagir sobre o meio através dos rabiscos, cores e elementos colocados no papel.

O desenho infantil é de extrema relevância por este falar por si só de sentimentos, situações e vivências nas quais a criança transmite o que sente e o que busca em determinados momentos, quando não consegue externar esses fatos e conflitos por palavras.

Na escola, toda ação proposta às crianças é intencional e planejada; no desenho isso também acontece. As etapas ou fases do desenho infantil permite-nos acompanhar a evolução do grafsmo do desenvolvimento infantil, ou seja, de como mudam os seus desenhos, sua organização, seus elementos, e assim, ocorre o despertar para a arte e para a escrita.

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Fases ou etapas do desenho infantil

1. Rabiscação

Já podemos observar diferenças nos desenhos das crianças ainda muito cedo, de acordo com as particularidades de cada uma, de forma que, umas rabiscam com mais força, outras mais delicadamente. E nessa fase, que ocorre geralmente antes dos 3 anos, já podemos ver uma evolução, quando observamos a subdivisão entre descontínua e contínua.

• Rabiscação descontínua: A criança tem prazer em manipular o lápis ou o instrumento de registro. Não tem noção do espaço do papel e não se limita a este. Ainda não revela coordenação de movimentos e intenção de comunicação através destes. Os rabiscos não apresentam uma sequência, ou seja, a criança retira o lápis do papel ao desenhar, sem dar continuidade ao traço.

• Rabiscação contínua: Ainda não há expressão de pensamentos por meio dos desenhos, mas o nível de coordenação está mais aperfeiçoado. Dessa maneira, os traços surgem num "vai e vem" mais ritmado. A criança repete os traços variando para movimentos mais complexos, e estes se complementam quando ela não retira o lápis do papel.

2. Células

Nessa fase, que acontece por volta dos 3 anos e meio, a criança começa a observar que o traço pode ter outras formas, e então descobre a fórmula de fechar os rabiscos anteriores, o que forma a célula. Quando isso ocorre, a criança passa a valorizar ainda mais suas produções, até porque percebe que os adultos começam a se interessar e a elogiar seus desenhos. Nessa etapa também passa a verbalizar o que desenhou mas ainda não demonstra a intenção de expressar alguma ideia por meio destes. Os signifcados dos desenhos mudam; ora um sol, ora o papai. Tudo dependerá da vontade da criança no momento.

3. Garatujas

É por volta dos 4 anos que as garatujas aparecem, quando também as mãos já ganharam maior destreza de movimentos. Surgem do interior das células, quando destas saem radiais ou traços que representam os braços e as pernas, bem como pontos que indicam o nariz e a boca. Nessa fase, as crianças fcam muito estimuladas com seus progressos, e cabe aos adultos estimularem as produções. Elas gostam também de dar nome a seus desenhos de acordo com sua própria interpretação, o que denota a intencionalidade de se expressar por meio do desenho. Depois da primeira garatuja criada, a criança inicia o desenho intencionalmente feito. Ela pensa, relembra e refaz, ou tenta fazer, e isso prova que os homens têm condições de expressar o seu pensamento através da forma gráfca, como já faziam os homens da caverna. A criatividade deve ser estimula- da, e não ser imposta de forma a oferecer modelos prontos para cópia ou pintura simplesmente. É interessante deixar a criança se comunicar por meio de suas descobertas criativas.

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4. Figuras Isoladas

Por volta dos 5 anos, a coordenação dos movimentos já deve estar mais aperfeiçoada, e a percepção e memória de detalhes também em processo contínuo de evolução; por isso, a criança começa a desenhar fguras que fcam soltas no papel como se estivessem voando, mas essas fguras têm agora bastante relação com os objetos ou pessoas conhecidas. Geralmente, representam a fgura humana, casas, animais, sol, flores, brinquedos. A cor e o tamanho ainda não têm muita relação com o real, estando mais ligados ao seu estado emotivo. É uma fase que claramente se encontra entre as garatujas e a próxima fase, cenas simples, por isso, os incentivos são imprescindíveis.

5. Cena simples

As cenas simples revelam um aprimoramento da organização de ideias, um nível maior de coordenação motora. O desenho tem pouca variedade de elementos, poucos detalhes e cores, e reduzida orientação espacial. Porém, é possível observar características que indicam progresso, como cabelos na fgura humana, céu com sol e nuvem, chão e, algumas vezes, as orelhas. Há um avanço na expressão do pensamento relacionado ao desenho feito, ou seja, há expressão por meio de frases curtas, mas coerentes com a produção.

6. Cena completa

Por volta dos 6 anos e meio, a criança utiliza o desenho como forma de expressar a construção aperfeiçoada do pensamento. Há mais elementos que compõe o desenho, signifcativa relação entre eles e também mais detalhes nas pessoas, nos objetos e nas coisas que registra.

Nessa fase, a linguagem da criança sobre o desenho se amplia e ela conta pequenas histórias relaciona- das a ele.

Agora, conhecendo todas as fases do desenho infantil, é interessante observar que a evolução deste ocorre de maneira gradual, geralmente, atendendo a uma faixa etária, mas de uma forma que pode não ser tão previsível. Como tudo, dependerá das intervenções realizadas, materiais oferecidos e dos estímulos recebidos pela criança. Porém, sabe-se que essa sequência ocorre de forma semelhante mesmo em crianças com realidades culturais e sociais totalmente diferentes, como mencionado anteriormente.

Sugestões de leitura

• A criança e seu desenho – O nascimento da arte e da escrita. Philippe Greig (Editora Artmedo.

• A criança e sua arte. Viktor Lowenfeld (Editora Mestre Jouo.

• Educação Pré-escolar. Gilda Rizzo (Editora Francisco Alveso.

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D – Desenvolvido

RM – Realizado com mediação ED – Em desenvolvimento

NV – Não vivenciado

Avaliação de Acompanhamento da Aprendizagem e Desenvolvimento A Educação Infantil no

contexto da Educação Básica

Como primeira etapa da Educação Básica, a Educação Infantil é o início e o fundamento do processo educacional. A entrada na instituição escolar signifca, na maioria das vezes, a primeira separação das crianças dos seus vínculos afetivos familiares para se incorporarem a uma situação de socialização estruturada.

Nessa direção, e para potencializar as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças, a prática do diálogo e o compartilhamento de responsabilidades entre a instituição de Educação Infantil e a família são essenciais.

Considerando que, na Educação Infantil, as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças têm como eixos estruturantes as interações e a brincadeira, assegurando-lhes os direitos de conviver, brincar, partcipar, explorar, expressar-se e conhecer-se , a organização curricular da Educação Infantil na BNCC (Base Nacional Comum Curricularo está estruturada em cinco campos de experiências, no âmbito dos quais são defnidos os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Os campos de experiências constituem um arranjo curricular que acolhe as situações e as experiências concretas da vida cotidiana das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural.

Os campos de experiências em que se organiza a BNCC são: O eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Traços, sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamento e imaginação; Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.

Reconhecendo as especifcidades dos diferentes grupos etários que constituem a etapa da Educação Infantil, os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento estão sequencialmente organizados nos campos de experiências, que correspondem, aproximadamente, às possibilidades de aprendizagem e às características do desenvolvimento das crianças.

www.basenacionalcomum.mec.gov.br/

Esta avaliação de Acompanhamento do Desenvolvimento e Aprendizagem registra os dois bimestres de 2021 de acordo com os “Campos de experiências” organizados pela BNCC, e assinalados com a legenda:

Atenciosamente, Equipe Pedagógica Educação Infantil.

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Infantil III

Campo de experiências: O eu, o outro e o nós

Na Educação Infantil, são criadas oportunidades para que as crianças entrem em contato com outros grupos sociais e culturais, outros modos de vida, diferentes atitudes, técnicas e rituais de cuidados pessoais e do grupo, costumes, celebrações e narrativas. Nessas experiências, elas podem ampliar o modo de perceber a si mesmas e ao outro, valorizar sua identidade, respeitar os outros e reconhecer as diferenças que nos constituem como seres humanos.

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Bimestre

2o 3o

Demonstra atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos. ED Demonstra imagem positiva de si e confança em sua capacidade para enfrentar difculdades e

desafos. ED

Compartilha objetos e espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos. ED Comunica-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender. ED Percebe que as pessoas têm características fsicas diferentes, respeitando essas diferenças. ED Respeita regras de convívio social nas interações e brincadeiras, com a orientação de um

adulto. RM

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Campo de experiências: Corpo, gestos e movimentos

A instituição escolar promove oportunidades ricas para que as crianças possam, sempre animadas pelo espírito lúdico e na interação com seus pares, explorar e vivenciar um amplo repertório de movimentos, gestos, olhares, sons e mímicas com o corpo, para descobrir variados modos de ocupação e uso do espaço com o corpo.

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Bimestre

2o 3o

Apropria-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras. ED Desloca seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo,

dentro, fora etc., ao se envolver em brincadeiras e atividades de diferentes naturezas. RM Explora formas de deslocamento no espaço (pular, saltar, dançaro, combinando movimentos e

seguindo orientações. ED

Demonstra progressiva independência no cuidado do seu corpo. ED Desenvolve progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar,

rasgar, folhear, entre outros. RM

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Campo de experiências: Traços, sons, cores e formas

A Educação Infantil promove a participação das crianças em tempos e espaços para a produção, manifestação e apreciação artística, de modo a favorecer o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da expressão pessoal das crianças, permitindo que se apropriem e reconfgurem, permanentemente, a cultura e potencializem suas singularidades, ao ampliar repertórios e interpretar suas experiências e vivências artísticas.

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Bimestre

2o 3o

Cria sons com materiais, objetos e instrumentos musicais, para acompanhar diversos ritmos de

música. RM

Utiliza materiais variados com possibilidades de manipulação (argila, massa de modelaro, explorando cores, texturas, superfcies, planos, formas e volumes ao criar objetos tridimensionais.

RM

Utiliza diferentes fontes sonoras disponíveis no ambiente em brincadeiras cantadas, canções,

músicas e melodias. ED

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Campo de experiências: Escuta, fala, pensamento e imaginação

Na Educação Infantil, a imersão na cultura escrita parte do que as crianças conhecem e das curiosidades que deixam transparecer. As experiências com a literatura infantil, propostas pelo educador, mediador entre os textos e as crianças, contribuem para o desenvolvimento do gosto pela leitura, do estímulo à imaginação e da ampliação do conhecimento de mundo.

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Bimestre 2o 3o Dialoga com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e

opiniões. ED

Identifca e cria diferentes sons e reconhece rimas e aliterações em cantigas de roda e textos

poéticos. ED

Demonstra interesse e atenção ao ouvir a leitura de histórias e outros textos, diferenciando escrita de ilustrações, e acompanhando, com orientação do adulto- leitor, a direção da leitura (de cima para baixo, da esquerda para a direitao.

ED

Formula e responde perguntas sobre fatos da história narrada, identifcando cenários,

personagens e principais acontecimentos. ED

Relata experiências e fatos acontecidos, histórias ouvidas, flmes ou peças teatrais assistidos. ED Cria e conta histórias oralmente, com base em imagens ou temas sugeridos. ED Manuseia diferentes portadores textuais, demonstrando reconhecer seus usos sociais. ED Manipula textos e participa de situações de escuta para ampliar seu contato com diferentes

gêneros textuais. ED

Manuseia diferentes instrumentos e suportes de escrita para desenhar, traçar letras e outros

sinais gráfcos. ED

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Campo de experiências: Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

A Educação Infantil promove experiências nas quais as crianças fazem observações, manipulam objetos, investigam e exploram seu entorno, levantam hipóteses e consultam fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações. Assim, a instituição escolar cria oportunidades para que as crianças ampliem seus conhecimentos do mundo fsico e sociocultural e possam utilizá-los em seu cotidiano.

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Bimestre

2o 3o

Explora e descreve semelhanças e diferenças entre as características e propriedades dos

objetos (textura, massa, tamanhoo. ED

Observa, relata e descreve incidentes do cotidiano e fenômenos naturais (luz solar, vento, chuva

etc.o. ED

Compartilha, com outras crianças, situações de cuidado de plantas e animais nos espaços da

instituição e fora dela. ED

Identifca relações espaciais (dentro e fora, em cima, embaixo, acima, abaixo, entre e do ladoo e

temporais (antes, durante e depoiso. RM

Classifca objetos, considerando determinado atributo (tamanho, peso, cor, forma etc.o. RM Utiliza conceitos básicos de tempo (agora, antes, durante, depois, ontem, hoje, amanhã, lento,

rápido, depressa, devagaro. ED

Conta oralmente objetos, pessoas, livros etc., em contextos diversos. RM Registra com números a quantidade de crianças (meninas e meninos, presentes e ausenteso

e a quantidade de objetos da mesma natureza (bonecas, bolas, livros etc.o. ED

Fase do desenho infantil:

2o Bimestre: RABISCAÇÃO DESCONTÍNUA

3o Bimestre:

Referências

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