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A Segurança Eterna da Aliança da Graça

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A Segurança Eterna da Aliança da Graça

Por Silvio Dutra

Set/2019

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A474

Alves, Silvio Dutra

A segurança eterna da aliança da graça Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2019.

44p.; 14,8 x21cm

1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Fé I. Título.

CDD 252

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A salvação de pecadores é feita com base numa aliança de graça feita entre Deus Pai e Jesus Cristo, antes mesmo da criação do mundo.

O homem não havia ainda pecado quando da sua criação, e antes mesmo deste ato a aliança de graça já havia sido celebrada para que fosse alcançada por ela, pecando ou não pecando, porque o trato feito entre o Pai e o Filho era que o homem criado e toda a sua descendência teria para a adoção de filhos de Deus a todos os que O amassem, e estes seriam dados ao Filho, para viverem por sua vida.

Estes que amariam a Deus, quando lhes fosse revelado o Filho pelo Espírito Santo, foram conhecidos por Ele em Sua onisciência, e tendo- os escolhido para Si, no Filho, são chamados de eleitos de Deus, para o propósito de formar com eles uma assembleia de santos, uma igreja, semelhantes a Seu Filho.

A firmeza da confiança do crente na segurança eterna da sua salvação consiste na completa fidelidade de Deus em cumprir e guardar esta aliança de graça feita com o Filho, de também considerar aliançados com Ele, todos os que viessem a crer nEle para serem unidos a Ele na semelhança de todas as coisas (tanto de Sua

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morte, quanto ressurreição, sofrimentos e glória).

Como Jesus não mais morrerá, eles também não morrerão eternamente, segundo a Sua promessa de que todo aquele que nele crê não mais morrerá eternamente.

É por meio destas verdades que vemos quão descabida é a proposição feita por alguns de que Deus deveria salvar a todos os homens sem exceção, pois ainda que este seja o seu desejo conforme declarado nas Escrituras, de que não tem qualquer prazer na morte do ímpio, todavia, a eleição, como já dissemos antes, é para um propósito de santificação dos eleitos, e não há santificação onde não houver uma cooperação voluntária por parte dos que forem santificados pelo Espírito Santo, mediante aplicação da Palavra da verdade às suas vidas.

Quantos estão dispostos a serem santificados, consagrando-se inteiramente à vontade de Deus?

Quantos se esforçam para entrar no Reino do céu, com as motivações corretas, de viverem para a exclusiva glória do Senhor?

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Quanto estão dispostos a mortificar o pecado, a se despojarem dos hábitos da velha criatura, e se revestirem das virtudes de Jesus?

Se a resposta fosse todos, então isto é porque todos são eleitos de Deus. Mas a experiência prova o oposto disto, pois mais são os que se perdem do que os que se salvam, e isto porque sucede o que Jesus disse a Nicodemos:

“17 Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.

18 Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.

19 O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz;

porque as suas obras eram más.

20 Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem arguidas as suas obras.

21 Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus.” (João 3.17-21).

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“39 Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.

40 Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida.” (João 5.39,40).

Disto também nos fala o apóstolo Paulo:

“9 Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira,

10 e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos.

11 É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira,

12 a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça.” (2 Tessalonicenses 2.9-12).

Isto sucede não por falta de poder em Deus para transformar árvores más em árvores boas, pois, na verdade, todos somos árvores más até que sejamos transformados em árvores boas por meio da fé em Jesus Cristo.

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“10 Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come,

11 assim será a palavra que sair da minha boca:

não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.

12 Saireis com alegria e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cânticos diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas.

13 Em lugar do espinheiro, crescerá o cipreste, e em lugar da sarça crescerá a murta; e será isto glória para o SENHOR e memorial eterno, que jamais será extinto.” (Isaías 55.10-13).

Enquanto alguém estiver apegado aos seus pecados e sem buscar lugar de arrependimento em Deus, jamais poderá ser realizada em sua vida o cumprimento desta promessa que Deus faz em Is 55.13.

Somente aos que choram, que lamentam por causa dos seus pecados, e que se arrependem, Deus salvará, conduzindo-os à fé em Cristo para tal propósito.

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“17 Por causa da indignidade da sua cobiça, eu me indignei e feri o povo; escondi a face e indignei-me, mas, rebelde, seguiu ele o caminho da sua escolha.

18 Tenho visto os seus caminhos e o sararei;

também o guiarei e lhe tornarei a dar consolação, a saber, aos que dele choram.

19 Como fruto dos seus lábios criei a paz, paz para os que estão longe e para os que estão perto, diz o SENHOR, e eu o sararei.

20 Mas os perversos são como o mar agitado, que não se pode aquietar, cujas águas lançam de si lama e lodo.

21 Para os perversos, diz o meu Deus, não há paz.” (Isaías 57.12-21).

Jesus revelou claramente em Seu ministério terreno que veio a este mundo para salvar exatamente estes que choram por causa do pecado.

Nós vemos isto especialmente nas palavras do Sermão do Monte, onde diz que são bem- aventurados e herdeiros do céu e da terra, e que são consolados todos aqueles são pobres de espírito, mansos e que choram.

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Por que Ele diz que são bem-aventurados?

Porque com isto, provam para si mesmos que são de fato eleitos de Deus, e que por conseguinte serão salvos, pois o que é pobre de espírito reconhece que necessita da graça divina para ser verdadeiramente enriquecido no que convém ser; e assim, recorrerá a ele com espírito contrito para achar a salvação. O manso permitirá que Deus opere em sua vida, ainda que seja através de tribulações, para transformar o seu caráter pecaminoso em um caráter santo. E o que chora terá alegria de ver a sua tristeza pelos seus pecados sendo transformada em alegria pelo poder de Deus, por ser perdoado e justificado de todos eles.

“Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.” (Salmo 51.17).

“Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo:

Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos.” (Isaías 51.15).

A eleição não consiste portanto em uma mera questão de escolher por escolher.

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“1 Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos que são forasteiros da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia,

2 eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas.

3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,

4 para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros

5 que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.” (I Pedro 1.1-5) Em Sua presciência Deus nos elegeu para sermos santificados pelo Espírito mediante obediência à Palavra da verdade. É a isto que se refere o apóstolo.

O que está em jogo não se trata de mera questão sentimental, emocional e até mesmo racional, mas eminentemente espiritual, em que

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operações para a transformação de corações de pedra em corações de carne.

“25 Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei.

26 Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne.

27 Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” (Ezequiel 36.25-27).

Esta é uma parte muito importante da eleição, no que diz respeito aos beneficiados por ela, a saber, os crentes, mas a outra parte no que diz respeito ao que foi Eleito por Deus Pai para ser o consumador da aliança (Jesus Cristo) é a mais importante dela, porque é inteiramente dEle que depende a segurança de que jamais nos desviaremos da aliança que temos com Deus por meio dEle, porque os termos principais da aliança foram feitos entre o Pai e Ele, e não temos nenhuma participação nisto, como por exemplo que Ele deveria ser o Sacrifício, o Sacerdote, o Profeta e o Rei para os aliançados, para que estes vivessem eternamente nEle.

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É Jesus, e somente Ele, quem garante a nossa permanência na condição de salvos, e unidos a Deus em espírito. Fracos que somos em nós mesmos jamais poderíamos ser chamados a entrar diretamente em aliança com Deus, de modo que jamais nos desviássemos dEle.

Por isso todas as promessas de segurança da aliança, e por conseguinte da nossa salvação, são dirigidas e não a nós. Ele será o garantidor, o fiador desta aliança e da eternidade desta salvação.

Isto é o cumprimento da seguinte promessa:

“38 Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.

39 Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos.

40 Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim.

41 Alegrar-me-ei por causa deles e lhes farei bem; plantá-los-ei firmemente nesta terra, de todo o meu coração e de toda a minha alma.”

(Jeremias 32.38-41).

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Para que nosso coração jamais se desviasse de Deus depois que nos convertêssemos a Ele pela fé em Jesus Cristo, foi necessário que nos fosse dado tal Fiador, Salvador, Sacerdote e Rei na aliança da graça. Por isso são muitas as profecias que apontam para Jesus como sendo aquele com quem o Pai entrou em aliança para que fôssemos salvos por Ele.

“20 Assim diz o SENHOR: Se puderdes invalidar a minha aliança com o dia e a minha aliança com a noite, de tal modo que não haja nem dia nem noite a seu tempo,

21 poder-se-á também invalidar a minha aliança com Davi, meu servo, para que não tenha filho que reine no seu trono; como também com os levitas sacerdotes, meus ministros.” (Jeremias 33.20,21).

Toda vez que se fala da aliança da graça, em seu caráter eterno, e em que aparece o nome de Davi no texto, a referência recai sobre Jesus Cristo que é da descendência de Davi segundo a carne, mas que seria o único que poderia garantir o caráter eterno da aliança. Davi é citado para se indicar a eternidade do reino de Jesus, que reinaria de fato e efetivamente, pois é sabido que Davi jamais poderia realizar todo o trabalho

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que Jesus realizou e ainda tem realizado para efeito da nossa salvação.

“29 Irmãos, seja-me permitido dizer-vos claramente a respeito do patriarca Davi que ele morreu e foi sepultado, e o seu túmulo permanece entre nós até hoje.

30 Sendo, pois, profeta e sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono,

31 prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou corrupção.

32 A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas.

33 Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis.

34 Porque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo declara: Disse o Senhor ao meu Senhor:

Assenta-te à minha direita,

35 até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés.

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36 Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.” (Atos 2.29-36).

“3 Fiz aliança com o meu escolhido e jurei a Davi, meu servo:

4 Para sempre estabelecerei a tua posteridade e firmarei o teu trono de geração em geração.”

(Salmo 89.3,4).

“28 Conservar-lhe-ei para sempre a minha graça e, firme com ele, a minha aliança.

29 Farei durar para sempre a sua descendência;

e, o seu trono, como os dias do céu.

30 Se os seus filhos desprezarem a minha lei e não andarem nos meus juízos,

31 se violarem os meus preceitos e não guardarem os meus mandamentos,

32 então, punirei com vara as suas transgressões e com açoites, a sua iniquidade.

33 Mas jamais retirarei dele a minha bondade, nem desmentirei a minha fidelidade.

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34 Não violarei a minha aliança, nem modificarei o que os meus lábios proferiram.

35 Uma vez jurei por minha santidade (e serei eu falso a Davi?):

36 A sua posteridade durará para sempre, e o seu trono, como o sol perante mim.

37 Ele será estabelecido para sempre como a lua e fiel como a testemunha no espaço.” (Salmo 89.28-37).

“5 Assim diz Deus, o SENHOR, que criou os céus e os estendeu, formou a terra e a tudo quanto produz; que dá fôlego de vida ao povo que nela está e o espírito aos que andam nela.

6 Eu, o SENHOR, te chamei em justiça, tomar-te- ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios;

7 para abrires os olhos aos cegos, para tirares da prisão o cativo e do cárcere, os que jazem em trevas.” (Isaías 42.5-7).

“1 Ouvi-me, terras do mar, e vós, povos de longe, escutai! O SENHOR me chamou desde o meu nascimento, desde o ventre de minha mãe fez menção do meu nome;

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2 fez a minha boca como uma espada aguda, na sombra da sua mão me escondeu; fez-me como uma flecha polida, e me guardou na sua aljava, 3 e me disse: Tu és o meu servo, és Israel, por quem hei de ser glorificado.

4 Eu mesmo disse: debalde tenho trabalhado, inútil e vãmente gastei as minhas forças;

todavia, o meu direito está perante o SENHOR, a minha recompensa, perante o meu Deus.

5 Mas agora diz o SENHOR, que me formou desde o ventre para ser seu servo, para que torne a trazer Jacó e para reunir Israel a ele, porque eu sou glorificado perante o SENHOR, e o meu Deus é a minha força.

6 Sim, diz ele: Pouco é o seres meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel; também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra.

7 Assim diz o SENHOR, o Redentor e Santo de Israel, ao que é desprezado, ao aborrecido das nações, ao servo dos tiranos: Os reis o verão, e os príncipes se levantarão; e eles te adorarão por amor do SENHOR, que é fiel, e do Santo de Israel, que te escolheu.

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8 Diz ainda o SENHOR: No tempo aceitável, eu te ouvi e te socorri no dia da salvação; guardar-te- ei e te farei mediador da aliança do povo, para restaurares a terra e lhe repartires as herdades assoladas;

9 para dizeres aos presos: Saí, e aos que estão em trevas: Aparecei. Eles pastarão nos caminhos e em todos os altos desnudos terão o seu pasto.

10 Não terão fome nem sede, a calma nem o sol os afligirá; porque o que deles se compadece os guiará e os conduzirá aos mananciais das águas.

11 Transformarei todos os meus montes em caminhos, e as minhas veredas serão alteadas.

12 Eis que estes virão de longe, e eis que aqueles, do Norte e do Ocidente, e aqueles outros, da terra de Sinim.

13 Cantai, ó céus, alegra-te, ó terra, e vós, montes, rompei em cânticos, porque o SENHOR consolou o seu povo e dos seus aflitos se compadece.” (Salmo 49.1-13).

“Porque os montes se retirarão, e os outeiros serão removidos; mas a minha misericórdia não se apartará de ti, e a aliança da minha paz não será removida, diz o SENHOR, que se compadece de ti.” (Isaías 54.10).

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“3 Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, que consiste nas fiéis misericórdias prometidas a Davi.

4 Eis que eu o dei por testemunho aos povos, como príncipe e governador dos povos.

5 Eis que chamarás a uma nação que não conheces, e uma nação que nunca te conheceu correrá para junto de ti, por amor do SENHOR, teu Deus, e do Santo de Israel, porque este te glorificou.

6 Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.

7 Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.” (Isaías 55.3-7).

“31 Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá.

32 Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha

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aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR.

33 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.

34 Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.”

(Jeremias 31.31-34).

“25 Habitarão na terra que dei a meu servo Jacó, na qual vossos pais habitaram; habitarão nela, eles e seus filhos e os filhos de seus filhos, para sempre; e Davi, meu servo, será seu príncipe eternamente.

26 Farei com eles aliança de paz; será aliança perpétua. Estabelecê-los-ei, e os multiplicarei, e porei o meu santuário no meio deles, para sempre.

27 O meu tabernáculo estará com eles; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.

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28 As nações saberão que eu sou o SENHOR que santifico a Israel, quando o meu santuário estiver para sempre no meio deles.” (Ezequiel 37.25-28).

“1 Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o Anjo da Aliança, a quem vós desejais; eis que ele vem, diz o SENHOR dos Exércitos.

2 Mas quem poderá suportar o dia da sua vinda?

E quem poderá subsistir quando ele aparecer?

Porque ele é como o fogo do ourives e como a potassa dos lavandeiros.

3 Assentar-se-á como derretedor e purificador de prata; purificará os filhos de Levi e os refinará como ouro e como prata; eles trarão ao SENHOR justas ofertas.” (Malaquias 3.1-3).

“27 A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos;

28 porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.” (Mateus 26.27,28).

“6 Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também

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Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas.

7 Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda.

8 E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá,

9 não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor.

10 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei;

e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.

11 E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo:

Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior.

12 Pois, para com as suas iniquidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei.

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13 Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer.”

(Hebreus 8.6-13).

“Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.”

(Hebreus 9.15).

“Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança,”

(Hebreus 13.20).

Em muitas outras passagens bíblicas podemos ver citações relativas a esta aliança eterna que foi feita entre o Pai e o Filho para o benefício dos que creem.

Quanto à segurança desta aliança de graça, registramos algumas citações de Thomas Boston, a seguir:

Cristo, o segundo Adão, consentindo com a aliança, também é aquele que a garante:

Heb. 7:22, "Jesus se tem tornado fiador de superior aliança" ou, como outros leem, de uma

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aliança melhor. Uma garantia é alguém que se compromete com o outro, obrigando-se a pagar sua dívida, civil ou criminal, ou pela execução de uma ação. Para que possamos então entender corretamente o fiança de Cristo, é necessário considerarmos:

1. Para quem,

2. Pelo que ele se tornou fiador na aliança.

Primeiro, para quem Cristo se tornou fiador na aliança. Encontro duas coisas nessa questão, a saber:

(1) que ele se tornou garantia para Deus (2.) garantia para pecadores contra Deus.

Para o primeiro deles, Cristo se tornou fiador de pecadores para Deus, bem como garantia para pecadores contra Deus, empreendendo, por parte de Deus, que todas as promessas serão cumpridas para a semente, a saber, para todos os que acreditam. Não há dúvida, mas as promessas de Deus são, em relação à sua verdade e veracidade infalíveis, muito firmes e seguras em si mesmas, e não podem deixar de ser cumpridas: mas, sendo criaturas culpadas, demoramos para acreditar; e, portanto, é preciso o que pode torná-las mais seguras para

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nós, ou assegurar aos nossos corações que elas serão realizadas para nós. É por isso porque ele nos deu sua palavra de promessa sob sua mão nas santas Escrituras, e um penhor da herança prometida, Ef. 1:14; o selo do Espírito, verso 13; 2 Cor. 1:22: os selos sacramentais, Romanos 4:11; sim, e seu juramento solene também, no assunto, de mostrar aos herdeiros da promessa a imutabilidade de seu conselho, Heb. 6:17. E se Jesus Cristo é a garantia para Deus para nós, não há dúvida para o mesmo fim.

Mas duvido que a sagrada Escritura chame a Cristo de garantia nesse sentido. Na passagem prevista, Heb. 7:22, o único texto em que Cristo é expressamente é chamado de fiador, é evidente, que sua fiança mencionada nele respeita ao seu ofício sacerdotal, em que ele lida com Deus por nós; verso 20.

"E tanto quanto não sem juramento, ele foi feito sacerdote", 21. (- "por aquele que lhe disse: O Senhor está ciente, e não se arrependerá; tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque) verso 22, Jesus fez uma garantia de um testamento melhor. "Mas sua busca por Deus para nós, não podemos nos relacionar com seu ofício sacerdotal, mas com seu ofício real, em relação a que todo o poder é dado a ele no céu e na terra; e consequentemente um poder

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para ver que todas as promessas sejam cumpridas ao seu povo. E portanto, sua fiança mencionada nesse texto é para nós para Deus, e não por Deus para nós. É apenas em outros dois textos, tanto quanto eu observei, que lemos sobre uma fiança relativa ao caso entre Deus e um pecador: e em ambos, a fiança não é para o pecador, mas para ele. Eles são o Salmo 119: 122:

"Seja fiador do teu servo para sempre;" e Jó 17:

3. "Colocar em garantia contigo." A fraseologia ou expressão original é o mesmo no último texto e no primeiro; e o mesmo em ambos, como no caso da fiança de Judá por Benjamin, a seu pai, Gênesis 43: 9; e 44:32. Agora, a menos que os oráculos sagrados se apresentem diante de nós, ao propor Cristo como uma garantia para Deus para nós, não vejo razão, por que o ser de uma coisa dessas deve ser entregue aos adversários, que fazem uso pernicioso disto. Quanto ao conforto que possa surgir disso para nós, o mesmo é totalmente garantido, na medida em que toda a administração da aliança está comprometida nas mãos de nosso Senhor Jesus Cristo; e ele é o administrador e testador da aliança ou dos benefícios da aliança.

Mas, sem toda a aventura, Cristo, o Mediador e o segundo Adão,

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ser fiador na aliança, para pecadores a Deus; como as Escrituras declaram abundantemente: Salmo 89:19: "Outrora, falaste em visão aos teus santos e disseste: A um herói concedi o poder de socorrer; do meio do povo, exaltei um escolhido." 1 Tim. 2: 5, "Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem," Verso 6, "que se deu um resgate por todos". 2 Cor. 5:21, "Ele o fez pecado por nós, aquele que não conheceu o pecado". Isaías 53: 6, "O O Senhor colocou sobre ele a iniquidade de todos nós." Gál. 3:13, "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição no nosso lugar. "Isa 53: 5, "Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados." A aliança da graça foi feita com a semente espiritual em Cristo, o segundo Adão, assumindo o fardo sobre ele como sua garantia. E a garantia não poderia ter sido feita com eles. Porque eles eram uma companhia de homens desviados, devido mil vezes mais do que todos valeram a pena: e sua palavra em uma nova barganha pela vida e pela salvação não valia nada; não poderia haver consideração no céu. Lá nem a verdade nem a habilidade os deixaria depois que a primeira aliança foi quebrada.

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Veja seu caráter em questão de verdade ou veracidade, Romanos 3: 4, "Que Deus seja verdadeiro, mas todo homem é um mentiroso" e em termos de capacidade, cap. 5: 6, "quando ainda estavam sem força, no devido tempo, Cristo morreu pelos ímpios."

As demandas desse pacto eram altas e muito acima de sua capacidade de resposta: e, além disso, eles próprios eram falsos e volúveis.

Então havia uma necessidade absoluta de garantia para eles. E Jesus Cristo se tornou garantia para eles; então a nova aliança, da qual depende toda a sua salvação foi feita e assegurada.

Salomão nos diz que "Quem fica por fiador de outrem sofrerá males, mas o que foge de o ser estará seguro." Pro. 11:15. Nosso Senhor Jesus sabia muito bem, o fardo que ele assumiu em sua busca pelos pecadores; o caráter daqueles por quem ele se tornou fiador; e que ele não poderia ter alívio deles; mas seu amor à glória de seu Pai e à salvação de pecadores, engajaram- no, tendo a certeza de serem salvos, assim como parece considerar,

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Em segundo lugar, pelo que ele se tornou fiador na aliança. A Fiança, em respeito ao objeto, é de dois tipos.

1. Existe uma fiança para pagar a dívida:

Prov. 22:26, "Não estejas entre os que se comprometem e ficam por fiadores de dívidas,"

A realização de uma ação: cap. 20:16, "Não estejas entre os que se comprometem e ficam por fiadores de dívidas,", que é dele quem é garantia por seu bom comportamento; pois ela os deixará em perigo.

Agora, a fiança de nosso Senhor pelos pecadores era do primeiro tipo. Cristo como o segundo Adão, concordando com a aliança, garantiu-se na garantia da dívida da semente representada por ele. A dívida deles era pela eterna predição de Deus conhecida e declarada a partir do pacto quebrado das obras, em latitude das demandas que eles tinham; e ele se tornou fiador por isso, batendo as mãos com seu pai para pagá-lo completamente, e,

1. Ele se tornou fiador do débito de castigo que eles como pecadores eram responsáveis pelo pagamento, como diz o original, 2 Tes. 1: 9. Que era a dívida devida à justiça divina, por todos os

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seus pecados, original ou real. O demérito de seus pecados, como ofensas contra um Deus infinito, foi um castigo infinito. Eles estavam sujeitos a suportar as dores de morte, em plena latitude; sofrer a força da vingança da ira, para a completa satisfação da justiça infinita, e reparação total da ação de Deus em sua honra ferida. Esta era a sua dívida de punição: uma dívida que eles mesmos nunca poderiam ter limpado, embora pagando o máximo possível, através dos tempos da eternidade. Mas essa é a dívida deles que Cristo garantia, obrigando-se a dar a vida pela deles, perdida segundo a lei:

Salmo 40: 6, 7: "Sacrifícios e ofertas não quiseste;

abriste os meus ouvidos; holocaustos e ofertas pelo pecado não requeres. Então, eu disse: eis aqui estou, no rolo do livro está escrito a meu respeito;" João 10:15, "dou minha vida pelas ovelhas." Verso 18 "Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai."

Davi, no meio do sofrimento, pela morte de seu filho Absalão, deseja que ele morresse por ele 2 Sam. 18:33; Rúbem vai arriscar a vida de seus dois filhos por Benjamim, Gn 42:37; e Judá se aventurará por ele, cap. 43: 9, enquanto ainda havia esperança de que todos estivessem seguros; mas nosso Senhor Jesus

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deliberadamente prometeu sua própria vida pelos pecadores, quando estava além, a promessa preciosa seria perdida na causa, e que a morte que ele sofreria seria milhões de mortes em uma.

Alguns têm oferecido avais em causas capitais e abraçaram a morte, por seu país ou amigos: e

"porventura, para um homem bom, alguns até se atrevem a morrer. Mas Deus recomenda seu amor por nós, enquanto ainda éramos pecadores (e inimigos), Cristo morreu por nós", Romanos 5: 7, 8, 10.

Agora, no segundo Adão a fiança para a dívida criminal de sua semente espiritual não havia garantia de pagamento de uma maneira ou de outra, somente; como em simples advertência:

mas houve troca de pessoas; Cristo sendo substituto no lugar deles e levando toda a obrigação sobre si mesmo. Essa é a graça gratuita de Deus que o credor admitiu, quando ele poderia ter insistido, que a alma que pecou morresse: e, sendo concedido algum atraso no momento do pagamento, Deus assim manifestou sua paciência, celebrada pelo apóstolo, Romanos 3:25. E em virtude dessa substituição, Cristo se tornou devedor, obrigado a pagar a dívida que ele não contraiu; restaurar o que ele não tirou, Salmo 69: 4. Pois, tornando-

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se uma garantia para eles, até o fim pode ser estabelecido uma fundação, na lei e na justiça, para cobrar sua dívida de punição dele, a culpa foi transferida sobre ele, Isa. 53: 6. "Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos." Isso foi apontado, na imposição da mão na cabeça dos sacrifícios nos termos da lei, especialmente na cabeça do bode expiatório, Lev. 16:21. "Arão porá ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo e sobre ele confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel, todas as suas transgressões e todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem à disposição para isso." Todos os pecados de todos os eleitos foram imediatamente imputados ao Fiador, e assim se tornou dele, assim como sua justiça se torna nossa, a saber, julgamento da lei, 2 Coríntios. 5:21. "Porque ele fez pecado por nós quem não conheceu o pecado; para que sejamos feitos justiça de Deus nele "

E ele mesmo fala assim deles, Salmo 40:12. " Não têm conta os males que me cercam; as minhas iniquidades me alcançaram, tantas, que me impedem a vista; são mais numerosas que os cabelos de minha cabeça, e o coração me desfalece.", como vários intérpretes valiosos o

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entendem, conforme o apóstolo nos dá orientação, determinando o próprio Cristo como sendo o orador neste salmo. Heb. 10: 5, 6, 7. Ele estava de fato sem pecado inerente a ele; mas não sem o pecado imputado a ele, até que em sua ressurreição, ele recebeu sua alta, tendo liquidado a dívida com sua morte e sofrimentos. Então ele foi justificado no Espírito, 1 Tim. 3:16 e assim aparecerá na segunda vez, sem pecado, Heb. 9:28; o pecado que foi sobre ele, por imputação, a primeira vez que ele apareceu, sendo eliminado em sua ressurreição. Essa relação de nosso pecado com Cristo é necessária a partir da natureza da garantia da dívida; Nesse caso, ninguém duvida, mas a dívida torna-se garantia, quando uma vez ele tem as mãos para isso. E como mais a lei poderia ter procedido com justiça contra Cristo? Como nossa punição seria infligida a ele na justiça, se ele não tivesse uma relação com o nosso pecado? Se a lei não pudesse cobrar nosso pecado sobre ele, em virtude de sua própria iniciativa voluntária, não poderia haver fundamento na justiça para infligir nossa punição a ele.

2. Ele se tornou fiador por sua dívida de dever ou obediência; o que também é uma dívida de acordo com o estilo da sagrada Escritura, Gal. 5:

3, " De novo, testifico a todo homem que se deixa

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circuncidar que está obrigado a guardar toda a lei." A lei como uma aliança de obras, embora tenha sido violada por eles, e eles haviam sofrido a penalidade, mas não deixou de exigir deles a obediência que a princípio exigia do homem, como condição da vida. Eles ainda estavam fadados à perfeição de obediência, e em termos mais baixos poderiam ter vida eterna, como nosso Senhor ensinou ao doutor da lei por sua humilhação, Lucas 10:28, "Você respondeu certo: faça isso, e você viverá." O pagamento da dívida da punição pode satisfazer quanto à penalidade do vínculo; mas ainda há mais por trás, para quem se intrometer nos negócios da companhia quebrada. Como deve a quantia principal contida nela ser paga; ou seja, a dívida de obediência à lei, para a vida e salvação? A honra de Deus poderia não permitir a desistência: e eles eram absolutamente incapazes de pagar apesar disso, isso teria ocorrido no céu; na medida em que estavam sem força, Romanos 5: 6, e mortos em ofensas e pecados, Ef. 2: 1, tão inadequados para a parte que faz, quanto para a parte que sofre. Mas Cristo garantia também para essa dívida deles, a saber, a dívida de obediência à lei como uma aliança, que foi e é a única obediência a ela por toda a vida; obrigando-se a limpá-lo, obedecendo em seu lugar, e cumprindo o que a lei poderia exigir deles desse tipo: Salmo 40: 7, 8,

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"Então, eu disse: eis aqui estou, no rolo do livro está escrito a meu respeito; agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei.", Mat. 3:15, "Assim nos convém cumprir toda a justiça." Cap. 5:17, "Não pense que eu vim destruir a lei, eu não vim para destruir, mas para cumprir."

E aqui também houve uma troca de pessoas jurídicas, Cristo substituindo em nosso lugar e assumindo sua obrigação: em virtude da qual, ele se tornou o devedor da lei por essa obediência devida por eles; e isso ele próprio possuía solenemente, por ser circuncidado, Lucas 2:21, de acordo com o apóstolo, Gal. 5: 3

"testemunho novamente a todo homem que é circuncidado, é devedor de cumprir toda a lei."

Por se tornar uma garantia para eles neste ponto também, ele se transferiu para seu estado de servidão, pelo qual a lei tinha o direito de cobrar essa dívida dele, que eles, por violação da aliança de obras, eram responsáveis pelo pagamento.

Para esclarecer isso, deve-se considerar que toda a humanidade era da primeira aliança, a aliança das obras, que constituía servos contratados por Deus; e efetivamente entraram nesse serviço, sob a cabeça do primeiro Adão.

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E, como sinal disso, somos todos naturalmente inclinados nesse personagem a lidar com Deus; embora na queda ao pecado nos tornemos incapazes de executar o dever disso, Lucas 15:19,

"Faça de mim um dos teus servos contratados". O trabalho que eles deveriam trabalhar, era perfeita obediência à santa lei; e o pagamento que eles deveriam ter pelo trabalho, era vida, Romanos 10: 5, "O homem que faz essas coisas, viverá por eles. "A penalidade de romper com seu mestre, era cativeiro sob a maldição, Gal. 3:10, "Maldito é todo aquele que não continua em todas as coisas que estão escritas no livro da lei para praticá-las.” Violando a aliança de serviço contratado, eles se afastam de seu Senhor e Mestre: para que eles não apenas perdessem todo tipo de recompensa, mas também tornaram-se escravos sob a maldição; ainda obrigado a prestar serviço, e que, além disso, na miséria de um estado de servidão, Gal. 4:24: "Estas coisas são alegóricas;

porque estas mulheres são duas alianças; uma, na verdade, se refere ao monte Sinai, que gera para escravidão; esta é Agar." A queda deles sob a maldição inferia a perda de sua liberdade e os constituiu servos; como aparece na natureza da coisa, e instâncias do amaldiçoado em outros casos, como Gen. 9:25, "Maldito seja Canaã; ele

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será um servo de servos". Josué 9:23, "Agora, pois, sois malditos (os gibeonitas); e dentre vós nunca deixará de haver escravos, rachadores de lenha e tiradores de água para a casa do meu Deus." (Gênesis 3:17). O amaldiçoado cai sob escravidão, de acordo com as Escrituras, Romanos 8:21.

Agora, Cristo viu toda a sua semente espiritual neste estado de servidão; mas incapaz de suportar a miséria, ou cumprir o serviço; ficou

no lugar deles como eram

escravos; transferindo seu estado de servidão para si, e, portanto, servindo como servo deles.

A sagrada Escritura coloca esse assunto sob uma luz clara. Isso é um claro testemunho disso, Filipenses 2: 6-8, "pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz." A forma que ele tomou sobre ele, era a forma de um servo.

Assumir a forma de servo, deve necessariamente indicar que ele se tornou realmente um servo de vínculo, como

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realmente o homem fez, que foi trazido à servidão ou estado de servidão.

O Pai declara solenemente a transferência de nosso estado de servidão em Cristo, falando com ele sob o nome de Israel, como foi esclarecido antes, Isaías 49: 3: "Tu és o meu servo, és Israel, por quem hei de ser glorificado." Como se o Pai lhe dissesse: "Filho, seja sabido, que eu te tomo no lugar de Israel, a semente espiritual, para realizar o serviço devido em virtude do contrato original quebrado: Tu em seu lugar és meu servo; meu eleito ", como a palavra é traduzida, em Lev.

25:39, e em outros lugares: "é da tua mão que procurarei esse serviço".

Aqui está o relato que temos de nossa redenção da maldição, Gal. 3:13. ou seja, que Jesus Cristo foi "amaldiçoado por nós: por isso está escrito:

Maldito todo aquele que é pendurado no madeiro." Com o que Cristo morreu, na cruz, a pena capital dos fiadores.

Veja a solenidade da tradução, Salmo 40: 6,

"Sacrifícios e ofertas não quiseste; abriste os meus ouvidos; holocaustos e ofertas pelo pecado não requeres."

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Aqui traduzido, significa apropriadamente escavado, como pode ser visto na margem de nossas Bíblias: e assim são as palavras: "Meus ouvidos foram furados".

Isso tem uma visão manifesta daquela lei relativa ao servo de obrigação voluntária, Êxodo 21: 6, "Então, o seu Senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta ou à ombreira, e o seu Senhor lhe furará a orelha com uma sovela;

e ele o servirá para sempre.", isto é, na linguagem da lei, até a morte.

Isto é confirmado por Oseias 3: 2, "Então eu a comprei por quinze peças de prata ", que era a metade do preço declarado de uma serva, Êxodo 21:32. No original é: "Então eu a cavei através de mim"; a mesma palavra sendo aqui usada pelo Espírito Santo, como Salmos 40: 6. É uma palavra que é praticamente a mesma em significado; e o sentido é que eu a comprei e furei a sua orelha na minha porta, para ser minha escrava: de acordo com a lei, Deut. 15:17:

"então, tomarás uma sovela e lhe furarás a orelha, na porta, e será para sempre teu servo; e também assim farás à tua serva."

José era um tipo eminente de Cristo, como servo do Pai. E isso é observável que ele era primeiro

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um servo de servos e depois um servo honorário. No estado anterior, sendo vendido como um servo, Salmo 105: 17, ele era um tipo de Cristo, um servo em seu estado de humilhação; de quem a vida mais preciosa foi vendida por Judas por trinta moedas de prata, o preço declarado da vida de um servo; Êxodo 21:32, "Se o boi chifrar um escravo ou uma escrava, dar-se-ão trinta siclos de prata ao Senhor destes, e o boi será apedrejado."

Sendo governante sobre toda a terra do Egito, Salmo 105: 21, 22; Gênesis 41:40, ele era um tipo de Cristo, naquele serviço mais honroso e glorioso ou ministério, que lhe foi conferido em seu estado de exaltação, em que ele foi constituído um servo, por cuja lei as ilhas esperarão, Isa. 40: 1,4; Deus tendo lhe dado um nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus, todo joelho deve dobrar-se, Filipenses 2: 9, 10. Este último serviço de Cristo pertence à promessa da aliança: mas o primeiro, a saber, o serviço de fiança, sendo seu serviço de caução, pertence à condição de pacto. Portanto, ressuscitando dentre os mortos, tendo cumprido a condição do pacto, pagou a dívida pela qual ele se tornou fiador e levantou a quitação, ele adiou para sempre a forma e o caráter de um servo. "Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser

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Senhor tanto de mortos como de vivos."

Romanos 14: 9.

E, portanto, parece claramente como a obediência do homem Jesus Cristo vem, em virtude da aliança, a ser imputada aos crentes por justiça, bem como sua satisfação pelo sofrimento: por esse tipo de obediência que ele

realizou como nossa fiança, não era mais devida por ele, antecedentemente a seu contrato de fiança, do que sua satisfação pelo sofrimento. É verdade, a natureza humana de Cristo, sendo uma criatura, devia obediência a Deus em virtude de sua criação; e deve-o para sempre, na medida em que a criatura, como criatura, está sujeita à lei natural, a regra eterna da justiça:

mas Cristo está se colocando em estado de servidão, levando nele a forma de servo, e na qualidade de servo, obediência à lei, como foi declarado na aliança, por toda a vida e a salvação era inteiramente voluntária. A obediência à lei natural foi devido pelo homem Jesus Cristo, por um laço natural. E a obediência de um filho à lei natural, ele devia naturalmente: mas obediência a essa ou a qualquer outra lei, no caráter de um servo de servos e, assim, para obter vida eterna e salvação, ele não devia senão

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por um pacto. A natureza humana de Cristo tinha o direito completo de vida eterna, e na verdade possuía-a em virtude de sua união com a natureza divina; para que não houvesse ocasião para ganhar vida para si mesmo por sua obediência. Portanto, Cristo está assumindo a forma de um servo de servos e nesse caráter obedecendo a lei pela vida e salvação, foi um mero trabalho voluntário dele, como garantia para os pecadores; em que ele fez aquilo que ele não era de outra maneira. vinculado a, do que por sua própria empresa.

Agora, na medida em que a obediência de Cristo imputada aos que creem na justiça é apenas sua obediência desse tipo; existe um fundamento claro para sua imputação a eles de acordo com a aliança.

E assim vimos que a fiança de Cristo na aliança é de garantia para pagar a dívida; e qual era a dívida em que ele se tornou garantia para nós.

Se for perguntado, se a fiança de Cristo também é da natureza de garantia para a realização de uma ação? Ou, se Cristo se tornou garantia de cautela ao Pai, para que os eleitos acreditem, arrepender-se e cumprir obediência sincera?

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Eu respondo, embora os eleitos estejam crendo, arrependendo-se e com obediência sincera, estão infalivelmente garantidos no pacto; para que quem seja sujeito capaz dessas coisas faça viver e morrer sem eles, sem dúvida perecerá, e não são eleitos de Deus: ainda assim eu julgo que Cristo não se tornou fiador no pacto, como cautela para com o Pai, de que os eleitos realizem esses atos, ou qualquer outro; e que esse modo de falar não é tão bom de acordo com o relato das Escrituras da aliança. Porque,

Obscurece em parte a graça, a graça livre da aliança; considerando que o pacto é propositalmente ordenado, de modo a manifestá-la ilustrativamente, sendo de fé, para que possa ser pela graça, Romanos 4:16.

Por tal fiança, ou advertência para a realização dessas coisas pelos eleitos, deve as necessidades pertencer à condição da aliança, propriamente dita; como sendo uma ação do Mediador, pela qual ele promete algo a Deus, e pede que seja realizado por eles; e assim estas coisas por eles executadas em conformidade, deve fazer parte da condição do pacto.

Mas que os próprios pecadores realizam qualquer parte da condição da aliança, propriamente dita, não pode ser admitido sem

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prejuízo para a graça da aliança: na medida em que realizamos, em nossa própria pessoa, em qualquer parte da condição, a recompensa não é da graça, mas da dívida; Porque para aquele que trabalha é recompensa não reconhecida pela graça, mas pela dívida, Romanos 4: 4. Mas a recompensa é totalmente de graça para nós, como é devida a Cristo; porque "àquele que não trabalha, mas crê naquele que justifica o ímpio, A sua fé é contada como justiça ", ver. 5. Cap. 11:

6, "se é pela graça, então não é mais pelas obras; caso contrário, a graça não é mais graça."

Referências

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