APLICABILIDADE E EFEITOS DA OCLUSÃO VASCULAR PARCIAL NA REABILITAÇÃO DE JOELHO
APPLICABILITY AND EFFECTS OF PARTIAL VASCULAR OCCLUSION ON KNEE REHABILITATION
SILVEIRA, Ana Paula da1 ZANDONADE, Vitor Vinco¹ BROEDEL, Vanêssa Vinco¹ VARGAS, Carlos Eduardo Pereira de¹ ARIDE, Rhollander Bonicenha²
RESUMO
Introdução: A reabilitação de patologias do joelho comumente inclui protocolos de fortalecimento, sendo que para ganho de força muscular são utilizadas cargas entre 70 a 90% de uma repetição máxima (1RM), no entanto em idosos, pacientes lesionados, em pós cirúrgico e com patologias articulares essa carga pode se tornar contraindicada. A oclusão vascular parcial (OVP) é realizada com a colocação de um manguito pneumático na região proximal do segmento corporal que será trabalhado, ocasionando uma restrição do fluxo sanguíneo, sendo associado a exercícios com baixa carga, cerca de 40% de 1RM, podendo promover resultados semelhantes quanto ao aumento da força muscular quando comparado a exercícios que utilizam de maior carga. Objetivo: Analisar a aplicabilidade e os efeitos de treinamentos resistidos com oclusão vascular parcial na reabilitação de indivíduos com comprometimentos no joelho. Métodos: Foram utilizados 27 artigos, compreendidos entre os anos de 2015 a 2021, encontrados nas bases de dados eletrônicos do Scientific Eletronic Library Online (Scielo), Pubmed e Google Acadêmico. Discussão:
A determinação da pressão ideal utilizada na oclusão vascular parcial é um dos principais fatores que influenciam tanto na segurança, quanto a atingir os objetivos propostos, devendo ser utilizada uma pressão individualizada. A OVP pode ser utilizada em diferentes patologias do joelho como osteoartrite, dor patelofemoral e em pós-cirúrgicos para aumento da força e funcionalidade. Considerações finais: Efeitos semelhantes são encontrados entre o fortalecimento convencional e a utilização de OVP, no entanto a técnica promove menos quadros álgicos, podendo ser uma alternativa viável e segura para indivíduos com comprometimentos do joelho.
¹Graduanda do 8º período do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário São Camilo-ES–
paula.silveira9904@gmail.com.
¹Graduando do 8º período do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário São Camilo-ES–
vitorvincoz@gmail.com.
¹Graduanda do 8º período do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário São Camilo-ES–
vanessa.vinco@gmail.com.
¹Graduando do 8º período do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário São Camilo-ES–
carlospvargas1009@gmail.com.
²Professor Orientador. Mestre em Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente. Fisioterapeuta Especialista em Traumato-Ortopedia. Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário São Camilo-ES–
rhollanderaride@sãocamilo-es.br.
Palavras-chave: Treinamento de Resistência; Oclusão Terapêutica; Articulação do Joelho; Reabilitação; Fisioterapia.
ABSTRACT
Introduction: Rehabilitation of knee pathologies commonly includes strengthening protocols, and to gain muscle strength loads between 70 to 90% of a repetition maximum (1RM) are used, however in elderly, injured patients, post-surgical and with joint pathologies this load may become contraindicated. Partial vascular occlusion (PVO) is performed with the placement of a pneumatic cuff in the proximal region of the body segment that will be worked, causing a restriction of blood flow, being associated with exercises with low load about 40% of 1RM, which can promote similar results regarding the increase in muscle strength when compared to exercises that use greater loads. Objective: To analyze the applicability and effects of resistance training with partial vascular occlusion in the rehabilitation of individuals with knee impairments.
Methods: 27 articles were used, ranging from 2015 to 2021, found in the electronic databases of Scientific Electronic Library Online (Scielo), Pubmed and Academic Google. Discussion: The determination of the ideal pressure used in partial vascular occlusion is one of the main factors that influence both the safety and the achievement of the proposed objectives, and an individualized pressure should be used. The PVO can be used in different knee pathologies such as osteoarthritis, patellofemoral pain and post-surgery to increase strength and functionality. Conclusion: Similar effects are found between conventional strengthening and the use of PVO, however the technique promotes less pain and may be a viable and safe alternative for individuals with knee involvement.
Keywords: Resistance Training; Therapeutic Occlusion; Knee Joint; Rehabilitation;
Physiotherapy.
INTRODUÇÃO
A articulação do joelho ocupa grande parte das funções do corpo humano, sendo essencial para a prática de exercícios, manutenção da postura ereta e execução de atividades rotineiras como sentar, correr e agachar, por esse motivo se torna amplamente exigida favorecendo o surgimento de lesões, com constante presença de dor, limitações funcionais, fraqueza muscular e instabilidade articular (ROCHA; CAMPOS, 2017).
O Ligamento Cruzado Anterior (LCA) é um dos ligamentos mais
frequentemente lesados, principalmente em atividades esportivas que envolvem
rotação de joelho como futebol, basquete e corrida. A lesão ocorre quando a força
exercida no ligamento excede a sua capacidade elástica podendo acarretar rupturas
parciais ou totais, gerando dor, edema, instabilidade articular, desconforto ao
caminhar e diminuição da amplitude de movimento (PINHEIRO, 2015; ASTUR et al., 2016).
O tratamento cirúrgico é indicado de acordo com as características da lesão e do indivíduo acometido, sendo mais realizado em rupturas ligamentares completas e em pacientes jovens, tendo o objetivo de devolver a estabilidade anatômica a articulação, restaurar a função do ligamento comprometido e conter a possibilidade de outras lesões (PINHEIRO, 2015; OLIVEIRA; CHIAPETTA, 2016).
Após a lesão e a reconstrução do LCA a musculatura do quadríceps é a mais afetada com déficit muscular, sendo assim, no processo de reabilitação deve conter o fortalecimento deste grupo muscular, prevenindo a hipotrofia, com a finalidade de melhorar a função do joelho e diminuir a possibilidade de acometimento da articulação por uma nova lesão (ÁLVARES et al., 2020; OLIVEIRA; CHIAPETTA, 2016).
A osteoartrite (OA) é uma outra patologia que afeta amplamente o joelho, sendo caracterizada por inflamação e degeneração articular. Em indivíduos acometidos por OA comumente é identificado um déficit de força muscular principalmente em quadríceps e isquiotibiais, dessa forma o fortalecimento muscular em especial dos extensores de joelho é essencial para redução da incapacidade (CARAVENELLAS et al., 2017; BARBANERA et al., 2019).
A fraqueza e atrofia do quadríceps e dos isquiotibiais são problemas comuns em pacientes com osteoartrite crônica e após cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior, no entanto o fortalecimento da musculatura do quadríceps em pacientes com lesões no joelho é um dos principais desafios encontrados durante a reabilitação, devido ao fato de ser baseada na sobrecarga muscular conferida pela utilização de cargas elevadas, esse processo ocasiona uma sobrecarga articular que pode não ser tolerável ou ter efeito deletério para alguns pacientes com comprometimentos no joelho (WESTIN; NOYES, 2019; BRYK et al. 2016).
Pacientes que apresentam fraqueza muscular geralmente são submetidos a
treinos resistidos de alta intensidade, dessa forma para se alcançar ganho de força
muscular são utilizadas cargas entre 70 a 90% de uma repetição máxima (1RM). No
entanto cargas de resistência 60-80% de 1RM pode ser desafiadora para
determinados grupos como idosos, pacientes lesionados, em pós-cirúrgico e com
patologias articulares. Desta forma, são investigados outros meios de aquisição de
força como a restrição parcial do fluxo sanguíneo que possibilita aumento de força
semelhante a treinamentos convencionais com menos estresse articular (LIMA et al., 2020; COOK et al., 2017).
A oclusão vascular parcial (OVP) é realizada com a colocação de um manguito pneumático na região proximal do segmento corporal que será trabalhado, exercendo uma pressão local que ocasiona uma restrição do fluxo sanguíneo, sendo associado a exercícios com baixa carga. Os mecanismos fisiológicos que promovem a eficácia desse método de treinamento ainda não são bem compreendidos, no entanto parecem ser promovidos por mudanças do metabolismo, alterações hormonais e produção de radicais livres (BRYK et al., 2016; GUIMARÃES; ALVES; LOPES, 2020).
A OVP associada a treinamentos de força de baixa carga tem sido atualmente fortemente relatada na literatura por promover efeitos semelhantes a treinos convencionais com alta carga, entretanto ainda não existe um consenso sobre a sua aplicabilidade, principalmente em relação a pressão do manguito que deve ser utilizada (SOUSA et al., 2019).
A restrição do fluxo sanguíneo quando combinada com exercícios de força com baixa intensidade (40% de 1RM) tem produzido efeitos positivos induzindo aumento na atividade metabólica local, por ser realizado um trabalho muscular em metabolismo anaeróbico. Quando utilizada na reabilitação promove resultados semelhantes quanto ao aumento da força muscular quando comparado a exercícios que utilizam de maior carga, no entanto a oclusão vascular parcial pode gerar ao paciente um menor desconforto no joelho durante o treinamento (LETIERE et al., 2016; BRYK et al., 2016).
O objetivo desta revisão integrativa é analisar a aplicabilidade e os efeitos de treinamentos resistidos com oclusão vascular parcial na reabilitação de indivíduos com comprometimentos no joelho.
MATERIAIS E MÉTODOS
O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa elaborada entre os
meses de março a maio de 2021, com a utilização das bases de dados eletrônicos do
Scientific Eletronic Library Online (Scielo), Pubmed e Google Acadêmico por meio de
palavras-chave indexadas nos Descritores em Ciências da Saúde (DECS), sendo elas
em português: treinamento de resistência, oclusão terapêutica, articulação do joelho,
reabilitação e fisioterapia. Bem como suas correspondentes para língua inglesa:
resistance training, therapeutic occlusion, knee Joint, rehabilitation e physicaltherapy.
Os estudos pesquisados foram de literatura nacional e internacional nos anos de 2015 a 2021. As palavras-chave em alguns momentos foram utilizadas de forma isolada ou combinada de acordo com o interesse dos pesquisadores por um assunto específico. Dessa forma, foram encontrados 81 estudos que através da leitura do título foram selecionados em um primeiro momento, posteriormente a análise dos resumos foi realizada, 51 foram excluídos por não abordarem o assunto proposto e 3 foram excluídos por terem sido publicados anteriormente a 2015. Após esse processo destacam-se 27 artigos que foram utilizados nesta revisão integrativa por terem relevância com a temática e estarem em concordância com os critérios de inclusão e exclusão pré-determinados.
Os critérios de exclusão foram os artigos publicados anteriormente a 2015, estudos em outros idiomas que não fossem língua portuguesa ou inglês e artigos que segundo a leitura realizada do título e do resumo não se adequavam a temática proposta.
DISCUSSÃO
A realização de exercícios físicos combinados com restrição parcial do fluxo sanguíneo para fortalecimento de extremidades vem ganhando crescente interesse pela capacidade do treinamento de baixa carga em associação a OVP promover o aumento na massa e força muscular de forma semelhante a exercícios convencionais que utilizam alta carga (ZENG et al., 2019; BRYK et al., 2016).
A oclusão vascular parcial é realizada através de uma compressão vascular externa, normalmente por meio de um manguito pneumático com manômetro ou faixa elástica, posicionado na região proximal do músculo em que será realizado o treinamento. Entretanto o manguito pneumático é mais indicado, pois permite visualizar a pressão que está sendo aplicada durante a oclusão vascular (TAMEIRÃO, SÁ 2020; CERQUEIRA; VIEIRA, 2019).
Jessee et al. (2016), realizaram um estudo experimental com o objetivo de
analisar fatores que influenciam na pressão do manguito em restrições de fluxo
sanguíneo. Segundo os autores a largura do manguito, os com 5 cm de largura exigem
maior pressão de inflação quando comparados aos de 10 cm e 12 cm, pressão arterial
sistólica e diastólica, circunferência e comprimento do membro, sexo e raça do paciente são fatores que podem influenciar na pressão adequada de oclusão vascular para que ocorra a diminuição do aporte sanguíneo.
A determinação da pressão ideal utilizada na oclusão vascular parcial é um dos principais fatores que influenciam tanto na segurança, quanto a atingir os objetivos propostos. Sendo assim, deve ser selecionada com cautelosa, pois pressões muito altas podem comprometer a segurança do paciente durante o exercício, mas pressões muito baixas podem não induzir as respostas musculares almejadas (PATTERSON, 2019).
Deve ser utilizada uma pressão personalizada, baseada na pressão de oclusão total do membro, que pode ser calculada tanto manualmente como automaticamente com a utilização de um fluxômetro Doppler, ou ainda pela pressão de oclusão arterial calculada por uma fórmula que possui a pressão arterial sistólica e o coeficiente de preenchimento do tecido encontrado pela medição da circunferência do membro.
Esses métodos são utilizados para determinar a menor pressão necessária para interromper o fluxo sanguíneo arterial para a extremidade distal ao manguito (TUNCALI et al., 2018).
Para minimizar a oclusão arterial e padronizar a pressão do manguito utilizada na OVP, está sendo utilizado a determinação da pressão de oclusão total arterial, e aplicado uma porcentagem desse valor durante a realização dos treinamentos, sendo que a utilização de pressões mais baixas conferem redução no fluxo sanguíneo de forma semelhante a pressões mais altas, além de promover mais segurança durante a realização da técnica de forma menos estressante para o paciente aumentando a adesão ao tratamento (CROSSLEY et al., 2019).
O quadro 1 localizado abaixo apresenta as características dos participantes,
pressão do manguito utilizada na realização da oclusão vascular parcial (OVP),
protocolo realizado, sessões e duração e a conclusão dentre os artigos selecionados.
Quadro 1- Características dos participantes, pressão utilizada na realização de exercícios resistidos com oclusão vascular parcial (OVP), protocolo, sessões e duração dos exercícios propostos e conclusão apresentada dentre os artigos selecionados.
Autor e ano de publicação
Características dos
participantes
Pressão do manguito
Protocolo Sessões/
duração
Conclusão
Bryk et al., (2016)
Patologia:
osteoartrite de joelho.
N: 34
Sexo: mulheres Idade: média 61 anos
200 mmHg Grupo convencional e grupo de oclusão:
- Alongamento de isquiotibiais, ponte isométrica para o CORE, treino sensório motor em mini trampolim, 3 repetições de 30s cada;
- Exercícios com faixa elástica em decúbito lateral, 3 séries de 10 repetições cada;
- Fortalecimento de panturrilha, abdutores e adutores de quadril com caneleira, 3 séries de 10 repetições cada;
- Exercício de extensão de joelho sentado, 90°-0° de flexão no aparelho, 3 séries de 10 repetições*;
*Associado à oclusão parcial no grupo de oclusão.
(Carga 70% de 1RM grupo convencional. Carga 30% de 1RM grupo de oclusão)
18
sessões 3 vezes por semana durante 6 semanas.
Os ganhos foram semelhantes nos dois grupos para aumento de força, melhora da função e alívio da dor no joelho. Porém, o grupo de oclusão demonstrou uma diminuição significativa no desconforto durante a realização dos exercícios em comparação com o grupo convencional.
Hughes et al., (2019)
Patologia: pós cirúrgico de reconstrução LCA unilateral com autoenxerto de isquiotibiais.
N: 28
Sistema de torniquete automático.
80% da
pressão de oclusão total do membro.
.
Grupo restrição de fluxo sanguíneo (BFR-RT) e Grupo resistência de carga pesada (HL-RT):
-5 minutos de aquecimento na bicicleta sem carga;
-Leg press 10 repetições unilaterais com peso leve;
-4 séries (30,15,15,15 rep. com 30s de descanso) com carga 30% de 1RM e 80% pressão de oclusão somente para o grupo BFR-RT;
-3 séries de 10 rep. (30s de descanso) com carga 70% de 1RM somente para o grupo HL-RT.
16
sessões 2 vezes por semana durante 8 semanas.
O Grupo BFR-RT foi capaz de gerar ganho de hipertrofia e força muscular semelhante ao grupo HL-RT, além de uma maior redução na dor e na efusão articular do joelho.
Ferraz et al., (2017)
Patologia:
osteoartrite de joelho.
N: 48
Sexo: mulheres.
Idade: entre 50 e 65 anos.
Doppler vascular.
70% da
pressão de oclusão total do membro.
Exercícios resistidos em leg press bilateral e exercícios de extensão de joelho.
-Grupo treinamento resistido de alta intensidade (HI-RT): 1º semana 4 séries de 10 repetições 50% de 1RM;
A partir da 2º semana 80% de 1 RM;
A partir da 5º semana 5 séries.
-Grupo treinamento resistido de baixa intensidade (LI-RT): 1º semana 4 séries de 15 repetições 20% de 1 RM;
A partir da 2º semana 30% de 1RM;
A partir da 5º semana 5 séries.
2 vezes por semana durante 12 semanas
Exercícios resistidos de alta intensidade e exercícios resistidos de baixa intensidade com OVP, apresentaram efeitos semelhantes na força, massa e funcionalidade do quadríceps das participantes.
Sendo que a OVP diminui a probabilidade de dor e estresse
-Grupo treinamento resistido de baixa intensidade com OVP (BFRT): Mesmo protocolo do grupo com baixa intensidade, porém utilizando de OVP.
articular, sendo eficaz e viável em casos de osteoartrite.
Giles et al., (2017)
Patologia: dor patelofemoral N: 79
Idade: 18 a 40 anos
Ultrasson Doppler 60%
da pressão de oclusão total do membro.
Grupo padrão e Grupo BFR- treino para fortalecimento do quadríceps:
- Aquecimento 5 min de bicicleta ergométrica intensidade leve;
- Leg press 0°-60° de flexão de joelho*
- Exercício de extensão de perna 90°-45° de flexão*
*3 séries de 15 rep. para o grupo BFR.
*3 séries de 7-10 repetições para o grupo padrão.
(30% de 1 RM para o grupo BFR. 70% de 1RM para o grupo padrão com BFR placebo- não inflado).
3 sessões por semana durante 8 semanas.
O fortalecimento do quadríceps no grupo BFR foi mais eficaz na redução da dor durante atividades diárias e mais eficaz no ganho de força do quadríceps, porém não resultou em uma maior melhora da dor durante a realização dos exercícios.
Korakakis, Whiteley, Giakas (2018)
Patologia: dor anterior no joelho
N: 40
Sexo: homens
Doppler vascular 80%
da pressão de oclusão total do membro.
Grupo LLRT (exercícios resistidos de baixa carga) e grupo LLRT-BFR:
Ambos os grupos: Exercício de extensão de joelho em cadeia cinética aberta com 4 séries (1ª máx. repetições + 3 séries de 15 repetições) com 30s de descanso;
Máximo 5Kg e máximo de dor relatada 4/10;
Ambos os grupos: treinamento de resistência de membros inferiores, CORE e equilíbrio.
3 x 15 rep. Não houve diferença significativa entre os grupos LLRT-BFR e LLRT para as variáveis de estudo. LLRT-BFR reduziu a dor nas atividades funcionais após a intervenção.
Tennent et al., (2016)
Patologia: pós artroscopia do joelho
N: 17
Idade: 18 a 65 anos
Doppler vascular 80%
da pressão de oclusão total do membro.
Grupo controle (N:7) e grupo BFR (N:10): protocolo de fisioterapia convencional para artroscopia não reconstrutiva.
Grupo BFR: Leg press, leg extension, reverse press com 4 séries (30/15/15/15 repetições) com 30s de descanso 30% de 1RM.
12 sessões em aproxima damente 6
semanas.
Grupo BFR apresentou um aumento 2x maior para força de flexão e extensão do joelho em comparação com o grupo de terapia convencional.
Harper et al., (2019)
Patologia:
osteoartrite de joelho
N: 34
Idade: ≥ 60 anos
Determinada pela equação [pressão mm Hg = 0,5 (PAS) + 2 ( Circunferênci a da coxa) + 5].
Leg press, leg extension, flexão da perna e flexão da panturrilha;
Grupo BFR: 20% de 1RM;
Grupo treinamento de resistência com intensidade moderada (MIRT) s/OVP: 60% de 1RM.
3 vezes por semana durante 12 semanas
Mais relatos de dor no joelho no grupo com exercícios resistidos de intensidade moderada comparados ao grupo BFR.
O BFR é uma alternativa segura e viável para indivíduos de mais idade com osteoartrite de joelho.