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SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE 1 INTRODUÇÃO À SUSTENTABILIDADE

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SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE 1

INTRODUÇÃO À SUSTENTABILIDADE

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A palavra sustentabilidade está na moda. É comum ouvirmos falar dela e não apenas no universo daqueles que trabalham com a área ambiental.

Este termo é empregado por vários profissionais, das mais diversas áreas. São economistas, empresários, sindicalistas, ambientalistas, publicitários, políticos e tantos outros. As mídias a utilizam com muita frequência e os discursos políticos atuais não seriam os mesmos se não tivessem como “pano de fundo”

a magia da sustentabilidade.

Também são distintas as conotações para esse termo, quase sempre em comunhão com os desejos e interesses, se assim podemos afirmar, do indivíduo ou grupo que o emprega. E nisto há uma contradição, porque retira dessa palavra o seu real sentido, chegando ao extremo de configurar como uma espécie de premissa na qual acabam se justificando ações de impacto negativo no meio em que vivemos.

APRESEN TAÇÃO

Organização Edson Torres

Reitor da UNIASSELVI Prof. Hermínio Kloch

Pró-Reitora do EAD Prof.ª Francieli Stano

Torres

Edição Gráfica e Revisão UNIASSELVI

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INTRODUÇÃO À

SUSTENTABILIDADE

.01

1 “MODA SUSTENTÁVEL”

A palavra sustentabilidade está na moda. É comum ouvirmos falar dela e não apenas no universo daqueles que trabalham com a área ambiental.

Este termo é empregado por vários profissionais, das mais diversas áreas. São economistas, empresários, sindicalistas, ambientalistas, publicitários, políticos e tantos outros. As mídias a utilizam com muita frequência e os discursos políticos atuais não seriam os mesmos se não tivessem como “pano de fundo”

a magia da sustentabilidade.

Também são distintas as conotações para esse termo, quase sempre em comunhão com os desejos e interesses, se assim podemos afirmar, do indivíduo ou grupo que o emprega. E nisto há uma contradição, porque retira dessa palavra o seu real sentido, chegando ao extremo de configurar como uma espécie de premissa na qual acabam se justificando ações de impacto negativo no meio em que vivemos.

FIGURA 1 – MUITAS VEZES O TERMO SUSTENTABILIDADE É UTILIZADO PARA JUSTIFICAR INTERESSES PESSOAIS E AÇÕES NOCIVAS AO MEIO

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De fato, o termo sustentabilidade tornou-se muito flexível. Seu uso muitas vezes foi “flexibilizado” aos interesses de classes e a desejos individuais.

Porém, possui um significado intrínseco, histórico, que revela muito mais do que uma palavra “politicamente correta”. Apesar de não ser uma tarefa fácil, já que sua definição não é consenso na academia, o que precisamos é, como se faz com uma pedra preciosa bruta, polir este termo atual e descobrir seu verdadeiro significado. É este nosso intento aqui.

2 RAÍZES DO TERMO

Nossa primeira impressão é que o conceito de sustentabilidade tem origem recente, principalmente com as publicações da Organização das Nações Unidas (ONU) que chamavam atenção às contradições do modelo de organização da produção e consumo que temos pautado na degradação crescente dos recursos naturais. Porém, as raízes do termo a qual nos referimos já têm mais de 400 anos e têm seu berço na silvicultura (BOFF, 2012, p.33- 34).

Silvicultura é a ciência que se ocupa das atividades ligadas à implantação e regeneração de florestas. Seu objetivo básico é o “aproveitamento e manutenção racional das florestas, em função do interesse ecológico, científico, econômico e social.”

FONTE: Disponível em: <http://home.furb.br/lschorn/index.html>. Acesso em: 23 maio 2012.

A madeira foi a principal matéria-prima do mundo antigo e início da Idade Moderna. Tanto que muitas florestas foram praticamente destruídas, tornando este item cada vez mais escasso. Isto era um problema que necessitava superação.

E foi, como forma de atenuar tal dificuldade que surgiu na Alemanha, na Província de Saxônia (por volta de 1560) a preocupação com o uso racional das florestas, no intuito de possibilitar a manutenção e a regeneração das mesmas. E é em meio a esse panorama que surgiu a palavra Nachhaltigkeit cuja tradução é a palavra “sustentabilidade”.

Evidentemente não possuía a conotação que tem hoje e que veremos adiante.

É por volta do século XVIII, mais precisamente em 1712, que se tem registro do uso da palavra sustentabilidade de uma forma estratégica. Novamente na província de Saxônia, Hans Carl Von Carlowitz, escreveu sobre a importância do uso sustentável da madeira, cada vez mais utilizada nas atividades da época e consequentemente mais escassa. O título de sua obra, em latim foi:

Silvicultura Oeconomica e contava com o lema: “devemos tratar a madeira com cuidado”; caso contrário, os negócios iriam acabar e os lucros da atividade madeireira também. Interessante que após este fato, iniciaram-se ações de replantio de árvores em regiões já degradadas. Inclusive, criou-se a Silvicultura como ciência e muitas academias com esta finalidade. (BOFF, 2012, p. 32- 33).

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Fica evidente que a preocupação em cortar o tanto de madeira que a floresta pudesse suportar ligava-se à manutenção dos negócios e não à simples bondade dos indivíduos.

3 TRAJETÓRIA RECENTE: A PRIMEIRA CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE O HOMEM E O MEIO AMBIENTE

Após muito tempo, o tema da sustentabilidade volta a tomar corpo, agora na publicação da obra “Limites do Crescimento” do chamado Clube de Roma, que alertava ao paradoxo entre o crescimento mundial e a realidade dos recursos naturais limitados.

De cunho internacional, o Clube de Roma define-se como uma organização não governamental, sem fins lucrativos e que congrega lideranças de vários âmbitos (ciência, indústria, chefes de estado, entre outros) preocupados com os principais problemas da humanidade. Sua missão é: “agir como catalisador de mudanças globais, livres de quaisquer interesses políticos, econômicos ou ideológicos”.

FONTE: Disponível em: <http://www.clubofrome.at/brasil/about/index.

html>. Acesso em: 15 maio 2012.

FIGURA 2 – OBRA “OS LIMITES DO CRESCIMENTO, PUBLICADO PELO CLUBE DE ROMA

FONTE: Disponível em: <http://www.clubofrome.at/

brasil/organisation/index.html>. Acesso em: 15 maio 2012.

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O termo foi ganhando mais espaço nas discussões acerca dos problemas ambientais, cada vez mais acelerados com a crescente industrialização, levando a ONU a realizar a Primeira Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente, em Estocolmo, em 1972. Apesar de não apresentar grandes resultados práticos, o termo sustentabilidade ganhou maior visibilidade, adentrando definitivamente nos debates acerca do desenvolvimento das nações. Criou-se ainda o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) (JACOBI, 2002, p. 175).

Criado em 1972, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) é uma agência do Sistema das Nações Unidas (ONU) com a responsabilidade de “promover a conservação do meio ambiente e o uso eficiente de recursos no contexto do desenvolvimento sustentável”.

Define-se ainda como a “principal autoridade mundial em meio ambiente”.

FONTE: Disponível em: <http://www.pnuma.org.br/index.php>. Acesso em: 15 maio 2012.

A seguir, trechos da declaração da conferência referida anteriormente:

Chegamos a um ponto na História em que devemos moldar nossas ações em todo o mundo, com maior atenção para as consequências ambientais.

Através da ignorância ou da indiferença podemos causar danos maciços e irreversíveis ao meio ambiente, do qual nossa vida e bem-estar dependem. Por outro lado, através do maior conhecimento e de ações mais sábias, podemos conquistar uma vida melhor para nós e para a posteridade, com um meio ambiente em sintonia com as necessidades e esperanças humanas…

Defender e melhorar o meio ambiente para as atuais e futuras gerações se tornaram uma meta fundamental para a humanidade.”

FONTE: Trechos da Declaração da Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente (Estocolmo, 1972).

Parágrafo 6. Disponível em: <http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-e-o-meio-ambiente/>. Acesso em: 15 maio 2012.

4 TRAJETÓRIA RECENTE: O RELATÓRIO BRUNDTLAND

“Em 1984 realizou-se outra conferência, cujo principal fruto foi a criação de uma Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, aderindo ao lema “Uma Agenda Global para a Mudança” (BOFF, 2012, p. 34). Vale ressaltar que tal comissão terminou seus trabalhos em 1987, com a publicação do relatório “Nosso Futuro Comum” (também conhecido como Relatório Brundtland), trazendo à comunidade global o conceito de desenvolvimento sustentável, que segue:

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Desenvolvimento sustentável: “é o desenvolvimento que encontra as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades.”

FONTE: Disponível em: <http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu- e-o-meio-ambiente/>. Acesso em: 15 maio 2012.

Vejamos alguns trechos dessa declaração:

Um mundo onde a pobreza e a desigualdade são endêmicas estará sempre propenso a crises ecológicas, entre outras…O desenvolvimento sustentável requer que as sociedades atendam às necessidades humanas tanto pelo aumento do potencial produtivo como pela garantia de oportunidades iguais para todos.

Muitos de nós vivemos além dos recursos ecológicos, por exemplo, em nossos padrões de consumo de energia… No mínimo, o desenvolvimento sustentável não deve pôr em risco os sistemas naturais que sustentam a vida na Terra: a atmosfera, as águas, os solos e os seres vivos.

Na sua essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de mudança no qual a exploração dos recursos, o direcionamento dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão em harmonia e reforçam o atual e futuro potencial para satisfazer as aspirações e necessidades humanas.

FONTE: Trecho do Relatório “Nosso Futuro Comum” (Brundtland). Disponível em: <http://www.

onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-e-o-meio-ambiente/>. Acesso em: 15 maio 2012.

5 TRAJETÓRIA RECENTE: A “RIO 92”

Todas as recomendações relatadas pela comissão acima descrita levaram à convocação de uma nova conferência – a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada em nosso país, na cidade do Rio de Janeiro, entre os dias 3 a 14 de julho de 1992. Essa Conferência ficou conhecida como Cúpula da Terra e teve como principais frutos a introdução do assunto da sustentabilidade diretamente na agenda pública, bem como a adoção da Agenda 21 e da Carta do Rio de Janeiro.

FONTE: Disponível em: <http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-e-o-meio-ambiente/>.

Acesso em: 15 maio 2012.

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A “Agenda 21” é considerada o principal resultado da Cúpula da Terra, organizada pela ONU em 1992 e utilizada no mundo todo para nortear discussões de políticas públicas, além de ser um “guia para o planejamento de ações locais que fomentem um processo de transição para a sustentabilidade”.

FONTE: Disponível em: <http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu- e-o-meio-ambiente/>. Acesso em: 15 maio 2012.

Cabe ressaltar que a Cúpula da Terra levou ao comprometimento das nações em adotar os princípios da sustentabilidade no seu processo de crescimento. Infelizmente isso não aconteceu da forma como deveria, ficando mais no discurso. Ocorreu ainda uma sessão especial, a chamada “Cúpula da Terra +5”, ocorrida em 1997, também no Rio de Janeiro. Sua função básica foi fazer uma revisão e avaliação da implementação da Agenda 21 no mundo.

6 TRAJETÓRIA RECENTE: CÚPULA MUNDIAL SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Eram notórias as contradições entre o que se tinha na realidade e o que se acordavam nos documentos. Tanto que a ONU convocou mais uma Assembleia, intitulada Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada em Joanesburgo, em 2002. Nesta, estiveram presentes representantes de 150 nações, e buscou-se “fazer um balanço das conquistas, desafios e das novas questões surgidas desde a Cúpula da Terra de 1992”.

FONTE: Disponível em: <http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-e-o-meio-ambiente/>.

Acesso em: 15 maio 2012.

Muitos autores veem esta conferência como frustrante, já que ao invés de ser permeada por um espírito solidário, acabou se pautando por grandes disputas por interesses econômicos corporativos, sendo predominantes as decisões dos países ricos, apoiados pelas grandes corporações e os países produtores de petróleo (BOFF, 2012, p. 36).

A realidade mostra que pouca coisa mudou. Infelizmente, posturas baseadas em interesses de grupos privados e de países desenvolvidos atravancaram um processo mais vigoroso de mudança. Porém, todos estes esforços somaram-se a muitos outros e conseguira crescer a consciência da humanidade para a sustentabilidade. Tanto que em quase tudo que ouvimos ou organizamos tal termo aparece em destaque.

Só para registrar, neste ano (2012), o Brasil, mais precisamente a cidade do Rio de Janeiro acolherá a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, intitulada Rio+20.

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A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável será realizada de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro. É também intitulada como “Rio + 20” porque marca o vigésimo aniversário da realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92). Contará com dois temas principais: a) A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza. b) A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.  Seu objetivo é: “a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes”.

FONTE: Disponível em: <http://www.rio20.gov.br/sobre_a_rio_mais_20>.

Acesso em: 15 maio 2012.

7 SUSTENTABILIDADE: UM TERMO DE MUITAS DEFINIÇÕES

Já vimos que o conceito de sustentabilidade está na moda. Muitos o utilizam e há uma gama de autores que o descrevem e o conceituam. Como nos alerta Ruscheinsky (2003), possui uma perspectiva dinâmica e dessa forma, não se caracterizando estático. Sua conceituação é ampla, admite variações e é pouco consensual na academia. Porém isso não nos significa relativizá- lo ao adjetivo de inutilidade, mas sim, significa que “seu uso requer cuidado e atenção”. (SCHEFFER, 2012, p. 3).

Na verdade, a base do termo sustentabilidade é a palavra latina sustentare (sustentar). Encarada a partir da definição usual no dicionário, possui um significado passivo e outro ativo: o primeiro refere-se ao que podemos definir de “suportar, impedir a ruína, impedir que caia”. Já o segundo (positivo) quer exprimir um sentido de “conservar, manter, proteger, alimentar, conservar-se sempre bem, fazer prosperar, viver...”.

Sobre esta ótica, a sustentabilidade seria o conjunto de ações orientadas à garantia de que um ecossistema não decaia ou entre em ruína, bem como que permita que o mesmo se mantenha vivo, protegido, capaz de estar bem, inclusive pronto aos riscos futuros.

FONTE: Boff (2012, p. 31-32)

Apesar de um tema controverso, vejamos como a ONU compreende a sustentabilidade no seu relatório, associando ao Desenvolvimento Sustentável:

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Aquele que atende as necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender as suas necessidades e aspirações. (CMMA, 1991).

8 O TRIPÉ DA SUSTENTABILIDADE

Partindo deste padrão da ONU, associa-se ao conceito um “tripé”

(intitulado Triple Bottom Line, ou melhor, a linha das três pilastras), que afirma que qualquer ação/modelo sustentável deva ser ao mesmo tempo ECONOMICAMENTE VIÁVEL (sustentabilidade econômica), SOCIALMENTE J U S TO ( s u s t e n t a b i l i d a d e s o c i a l ) E A M B I E N TA L M E N T E C O R R E TO (sustentabilidade ecológica).

FIGURA 3 – O TRIPÉ DA SUSTENTABILIDADE

Fonte: Disponível em: <http://www.agendasustentavel.com.br/artigo.

aspx?id=4111>. Acesso em: 15 maio 2012.

Normalmente, são estas características que encontramos nos discursos oficiais, nas propagandas e nos relatórios das empresas. Analisemos mais detalhadamente cada item destacado acima:

ECONOMICAMENTE VIÁVEL: significa uma alocação eficiente dos recursos, respeitando o meio ambiente e o bem estar das pessoas. A principal medida dessa dimensão é dada justamente por critérios sociais. Pressupõe ainda o investimento equilibrado de recursos privados e públicos na economia.

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SOCIALMENTE JUSTO: resumidamente, consiste em um desenvolvimento que reduza as desigualdades sociais e promova a igualdade. Suas ações devem abranger não só as necessidades materiais das pessoas, mas também as não materiais. São ações de distribuições da riqueza, desenvolvimento humano, entre outras.

AMBIENTALMENTE CORRETO: implica ações que respeitem a biodiversidade, permitindo o equilíbrio dos ecossistemas. Pressupõe a manutenção da vida na terra, permitindo sua continuidade. Atitudes que além de atender as necessidades dos indivíduos, preservam os recursos naturais.

9 AS CINCO DIMENSÕES

Alguns autores acrescentam mais duas dimensões ao termo da sustentabilidade, tornando-o mais completo: DIMENSÃO ESPACIAL/

GEOGR ÁFICA (sustentabilidade espacial) e DIMENSÃO CULTUR AL (sustentabilidade cultural). Vejamos:

DIMENSÃO ESPACIAL/GEOGRÁFICA: são as ações que buscam desenvolver equitativamente todas as regiões, inclusive com ações que evitem a concentração excessiva de população em determinadas regiões, em detrimento de outras. Ainda, procura equilibrar a população urbana com a do campo e desenvolver ações locais.

DIMENSÃO CULTURAL: pressupõe um desenvolvimento que respeite a pluralidade cultural existente. São ações que respeitam a especificidade de cada sistema, de cada local, inclusive na resolução dos problemas.

Dessa maneira, de um tripé, a sustentabilidade passa a conter cinco dimensões principais, que interligadas buscam resolver os principais problemas da civilização (aquecimento global, crises diversas). Resumidamente, no quadro a seguir, Montibeller (2004) nos apresenta alguns componentes e objetivos de cada dimensão:

DIMENSÃO COMPONENTES OBJETIVOS

Sustentabilidade social - Criação de postos de trabalho que permitam a obtenção de renda individual adequada (a maior condição de vida; a maior qualificação profissional).

Redução das desigualdades sociais.

QUADRO 1 – DIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE

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Sustentabilidade econômica

- Fluxo permanente de investimentos públicos e privados (estes últimos com especial destaque para o cooperativismo).

- Manejo eficiente dos recursos.

- Absorção pela empresa, dos custos ambientais.

- Endogeneização: contar com suas próprias forças.

Aumento da produção e da riqueza social, sem dependência externa.

Sustentabilidade ecológica

- Produzir respeitando os ciclos ecológicos dos ecossistemas.

- Prudência no uso de recursos naturais não renováveis.

- Prioridade à promoção da biomassa e à industrialização de insumos naturais não renováveis.

- Redução da intensidade energética e aumento da conservação da energia.

- Tecnologias e processos produtivos de baixo índice de resíduos.

- Cuidados ambientais.

Melhoria da qualidade do meio ambiente e preservação das fontes de recursos energéticos e naturais para as próximas gerações.

Sustentabilidade espacial/

geográfica

- Desconcentração espacial (de atividades; de população).

- Desconcentração/

democratização de poder local e regional.

- Relação cidade/campo equilibrada (benefícios centrípetos).

Evitar excesso de aglomerações.

Sustentabilidade cultural - Soluções adaptadas a cada ecossistema.

- Respeito à formação cultural comunitária.

Evitar conflitos culturais com potencial regressivo.

FONTE: Montibeller (2004, p. 51)

10 E NA REALIDADE?

Muitos autores criticam a visão da sustentabilidade da ONU, justamente por dar a impressão de querer garantir, num primeiro plano, a satisfação das necessidades humanas e não propriamente a proteção do meio ambiente. Na verdade, as conceituações em si são muito ricas e base para muitas atitudes de mudança. Porém, a prática, na maioria das vezes mostra o contrário.

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Faremos nessa seção uma breve reflexão, colocando face a face as dimensões da sustentabilidade destacadas anteriormente com a realidade de nosso desenvolvimento, como forma de entender quando esse termo adquire um discurso vazio e retórico.

10.1 DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA X SUSTENTABILIDADE

Nossa análise se dará sob o paradigma civilizatório hegemônico em que vivemos, sustentado pela empresa capitalista, industrial e consumista.

Dessa maneira, quando ouvimos falar em desenvolvimento de uma nação, nos discursos oficiais, é comum associá-lo ao crescimento econômico, ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), aumento da renda das pessoas, das empresas, do consumo e tantas outras variáveis que agregam aumentos em escala progressiva.

No mundo dos negócios não é diferente, relaciona-se ao fato de crescer, ou seja, produzir mais, vender mais e consequentemente obter mais lucros.

De fato, é o que se configura como alcançar a lucratividade máxima com o mínimo de investimento possível.

E aqui mora uma contradição, difícil de conjugar. Afinal, de um lado temos este modelo de desenvolvimento, que privilegia o indivíduo, o particular e é tido como sinônimo de crescimento crescente, inclusive às custas do meio em que vivemos. Inclusive, gerador de assimetrias, como riqueza concentrada de um lado e pobreza generalizada de outro. E de outro lado a sustentabilidade privilegia o coletivo, a harmonia, a cooperação, a inter-relação, o equilíbrio.

O que não podemos é cair na armadilha de considerar o modelo de desenvolvimento que temos e que é tão bem utilizado por diversos governos, políticos, empresas e mídias como de fato sustentável. Na verdade, precisamos ver o que ele realmente produz. Fica evidente que adjetivar um desenvolvimento como sustável sugere muito mais do que uma palavra bonita:

significa mudança das relações, do modo de se produzir e de repartir.

10.2 ECONOMICAMENTE VIÁVEL

Partindo da mesma ótica, observemos nossa realidade, nossas relações e pensemos criticamente sobre elas. Vejamos se, em sua maioria, correspondem às características anteriormente descritas.

Tomemos como exemplo um fato bem conhecido por todos: a última crise econômica mundial, originada com a “bolha imobiliária” nos EUA.

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efeitos da crise, o que fizeram os governos? Em sua maioria aprovaram pacotes milionários para salvar da falência bancos e empresas. E o mais interessante:

de imediato.

Até mesmo o Brasil fez isso, através de incentivos a empresas multinacionais e bancos. Cabe o questionamento: quem pagou a conta?

A resposta é simples: eu e você, ou seja, o povo. Sim, foram os impostos e contribuições de cada cidadão.

Quem causou o prejuízo foram algumas instituições privadas, interessadas em interesses individuas, porém quem pagou a conta do estrago foram todos.

Mais uma vez na história, utilizou-se da produção socialmente construída para atender a interesses individualmente construídos. O contrário seria possível?

Pensemos mais: se do dia para a noite, grandes esforços foram feitos para salvar megaempresas, por que não se faz o mesmo para erradicar a fome no mundo?

São perguntas que nos deixam inquietos, mas servem para vermos que na realidade, pouco se vê de uma dimensão econômica viável em nosso mundo. Não nos deixemos enganar por discursos baratos.

10.3 AMBIENTALMENTE CORRETO

Infelizmente, o atual modelo de progresso que sustentamos vê a natureza como provedora de riqueza, a qual podemos sempre retirar. O ideal de sociedade pregado pelas instituições tratou de separar o ser humano da natureza, sendo este fenômeno uma das explicações à degradação.

Segundo o índice do Planeta Vivo da ONU (BRASIL, 2010), a biodiversidade global decaiu em 30% em cerca de 40 anos e de 1998 até agora houve um salto de 35% nas emissões de gases de efeito estufa, que tornam o aquecimento global um “monstro” sem precedentes.

De fato, nosso desenvolvimento, tem pouco ou quase nada de ambientalmente correto. Ele é ancorado no consumismo e na criação infinita de necessidades. Utilizamos os recursos naturais sem a menor responsabilidade, como se nunca fossem acabar e como sua degradação não afetaria o todo, inclusive o ser humano.

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FIGURA 4 – ÍNDICE PLANETA VIVO MOSTRA QUE POPULAÇÕES DE ESPÉCIES DE VERTEBRADOS SOFRERAM REDUÇÃO DE QUASE 30% ENTRE 1970 E 2007

FONTE: Brasil (2010)

10.4 SOCIALMENTE JUSTA

Da mesma forma que as considerações anteriores, nossa economia é cheia de contradições e criadora de assimetrias. Muito se produz coletivamente, mas pouco a expropriação é individual. E isso nos leva a concluir que ela tem pouco de “socialmente justa”.

Alguns dados de nosso Brasil nos provam isto: somos a sexta maior economia do mundo, porém ostentamos um Índice de Desenvolvimento Humano pífio. Estamos entre os países com maior concentração de riqueza do globo. De acordo com IPEA (2010 apud BOFF, 2012), são apenas 5 mil famílias que controlam 46% do PIB em nosso país. Imaginem quase metade de toda riqueza nas mãos de pouquíssimas pessoas. Sem contar que apenas 1% de nossa população detém 48% das terras. Os outros 99% (inclusive quem vos escreve) ficam com o resto, definitivamente.

Onde ficam os preceitos da sustentabilidade social?

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FIGURA 5 – DESIGUALDADE NO BRASIL

FONTE: Disponível em: <http://www.vetorial.net/site/?n_

link=charges&charges_id=157>. Acesso em: 15 maio 2012.

10.5 CULTURAL

A realidade nos mostra grande padronização dos modos de vida. Todo dia somos bombardeados com estereótipos de como devemos ser, agir, pensar.

E quase sempre, vindo de locais ditos mais desenvolvidos. Aprendemos a tratar o diferente como inferior, ao invés de enxergar a riqueza na diferença.

Um bom exemplo da falta da dimensão cultural são a gradativa tentativa de homogeneização e radicalização das culturas indígenas. O desrespeito ao modo de vida dos povos originários foi e é frequente, quase sempre aliado à necessidade do capitalismo em se difundir.

10.6 GEOGRÁFICO

Percebemos grandes desigualdades regionais em nosso país. De um lado regiões que concentram indústria, tecnologia, educação, saúde, melhores empregos e oportunidades e de outro, regiões periféricas, que concentram precariedade.

Fenômenos como a litoralização, o crescente envelhecimento de nosso campo somado ao êxodo rural crescente, inchaço de algumas cidades são exemplos da falta da dimensão geográfica a qual a sustentabilidade nos indica.

Sem contar que ainda são tímidas as políticas e ações que promovem a ação de atores locais no desenvolvimento socioeconômico.

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É fato que tudo isso contradiz com os preceitos da sustentabilidade e por isso precisamos ter muito cuidado quando ouvimos falar desse termo. Políticos, governos, empresas, mídias, enfim, muitos o utilizam para mascarar o que realmente acontece. Ações realmente sustentáveis são a resposta aos principais problemas de nossa civilização (sociais e econômicas, ambientais, geográficas e tantas outras). É nossa tarefa discernir o que é e o que não é sustentável.

11 ESSÊNCIA DO TERMO: SUSTENTABILIDADE PARA A VIDA

Infelizmente, a máxima moderna, que prevê o crescimento contínuo às custas da natureza mostrou-se suicida. É no mínimo contraditório considerar que um modelo consumista como o nosso, baseado na suposta satisfação das ilimitadas necessidades humanas com a alocação dos recursos escassos, possa ser realmente sustentável. Os impactos das atividades humanas no meio ambiente são cada vez mais intensos, o que os torna mais difíceis de superação.

Neste contexto crítico, de degradação do planeta e do ser humano é que a prática da sustentabilidade assume maior centralidade, tornando-se primordial.

Partindo daquele conceito da ONU, concebemos a sustentabilidade como um conjunto de ações e processos capazes de manter o equilíbrio da vida na Terra. Seu paradigma deve ser capaz de satisfazer as necessidades das presentes e das futuras gerações, com responsabilidade e cuidado, possibilitando que a Terra continue sendo habitável a toda manifestação da vida. Ela precisa ser verdadeira e real, não se conjugando apenas em um discurso retórico. Precisa agir em nível local e global, partindo do princípio do cuidado e da preservação.

FONTE: Boff (2012, p.14)

São muitos os riscos que ameaçam nosso presente e nosso futuro, assim como de toda biodiversidade. Muitas ações e pessoas empreendem a luta de um mundo mais justo e equilibrado, mas ainda são poucos. Precisamos nos conscientizar, mesmo que haja uma multidão “dando de ombros”.

Ações sustentáveis não são indispensáveis apenas aos governos ou empresas: são responsabilidade de toda sociedade, de todo indivíduo. Ações

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De nada adianta separar o lixo, considerando-o um ato sustentável se continuamos a consumir de forma inconsciente, produzindo cada vez mais dejetos. De nada adianta, espalhar latas de lixo nos grandes eventos se não empreendemos ações para mitigar seu impacto, como tecnologias limpas.

Não adianta o Estado falar em sustentabilidade e financiar a produção de energias nocivas ao meio, ao invés de investir em energias limpas.

São muitos os exemplos, mas o fato é que temos um longo caminho a percorrer e não nos resta muito tempo.

A noção de sustentabilidade implica ainda, em seu íntimo, que precisamos definir limites ao próprio crescimento, pelo menos nos moldes em que se apresenta hoje, além de ações que busquem a conscientização dos atores sociais, pra que todos se sintam corresponsáveis, tanto pela degradação como pela mudança de hábitos e de atitudes.

A seguir uma imagem que pode representar o conceito de sustentabilidade como apresentado aqui. Ela é uma representação da expressão Sumak Kawsay, originária da língua kichua, idioma dos Andes e quer dizer, basicamente

“Bem Viver”. Faz parte da utopia e riqueza da sabedoria dos povos indígenas e seu desenho nos mostra um conjunto organizado, sustentável de vários sistemas que convivem e se interligam, garantindo a realização do bem viver.

Interessante que não considera apenas a relação ser humano e natureza, mas todas as esferas da vida, como econômicos, políticos, culturais e outros.

Por ser um círculo nos remete à ideia de igualdade e de equilíbrio. Caberia muito a discorrer sobre essa figura, mas fica como reflexão e símbolo de sustentabilidade dessa etapa.

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FIGURA 6 – O SUMAK KAWSAY, O BEM VIVER, A UTOPIA DOS POVOS ANCESTRAIS DA ABYA YALA

FONTE: Disponível em: <http://latinoamericana.org/images/2012PortadaGrande.

jpg>. Acesso em: 15 maio 2012.

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AUTOATIVIDADE

1 Ouvimos muito sobre sustentabilidade atualmente. Esse termo entrou definitivamente em nosso cotidiano e seu alcance é um dos principais objetivos de muitos setores da sociedade. Apesar de muitas controvérsias, possui um sentido íntimo. Discorra sobre seu real significado.

2 A verdadeira noção de sustentabilidade vem ao encontro da superação dos principais problemas de nossa civilização, como a crise ecológica. Em um primeiro momento temos a impressão de ser um tema cuja elaboração é atual. Você concorda? Disserte sobre as raízes do termo.

3 A palavra sustentabilidade está na moda. Todos ou quase todos a utilizam, seja na academia, nos discursos políticos, nos relatórios de projetos de empresas e do governo, entre tantos outros. Em muitos casos torna-se vazio e retórico. Comente quando a sustentabilidade é utilizada dessa maneira e exemplifique.

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REFERÊNCIAS

BOFF, Leonardo. Sustentabilidade: o que é – o que não é. 1. ed. Petrópolis:

Vozes, 2012.

BRASIL, WWF. Planeta vivo: biodiversidade, biocapacidade e

desenvolvimento. Relatório 2010. Disponível em: <http://www.wwf.org.

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GABARITO

1 Ouvimos muito sobre sustentabilidade atualmente. Esse termo entrou definitivamente em nosso cotidiano e seu alcance é um dos principais objetivos de muitos setores da sociedade. Apesar de muitas controvérsias, possui um sentido íntimo. Discorra sobre seu real significado.

R.: O verdadeiro sentido de sustentabilidade vem ao encontro da resolução dos problemas a qual passa o ser humano (problemas socioecômicos, ambientais, culturais, entre outros) e dessa maneira deve ser aquele pautado em um conjunto de ações e processos capazes de manter o equilíbrio da vida na Terra. Precisa ser capaz de atender tanto as necessidades presentes como das futuras gerações aliado à responsabilidade e cuidado, possibilitando que a Terra continue sendo habitável a toda manifestação da vida.

2 A verdadeira noção de sustentabilidade vem ao encontro da superação dos principais problemas de nossa civilização, como a crise ecológica. Em um primeiro momento temos a impressão de ser um tema cuja elaboração é atual. Você concorda? Disserte sobre as raízes do termo.

R.: Apesar de atual, o termo sustentabilidade já remonta há mais de 400 anos.

Sua origem está na Silvicultura e apareceu pela primeira vez na Província de Saxônia, na preocupação do uso racional das florestas, no uso sustentável da madeira (matéria-prima muito utilizada), permitindo que esta pudesse se regenerar. No século XX o termo ganha espaço novamente, agora como resposta ao paradoxo do crescimento econômico e da destruição dos recursos naturais. Passa a adentrar na agenda pública através das conferências da ONU (que acontecem ainda hoje).

3 A palavra sustentabilidade está na moda. Todos ou quase todos a utilizam, seja na academia, nos discursos políticos, nos relatórios de projetos de empresas e do governo, entre tantos outros. Em muitos casos torna-se vazio e retórico. Comente quando a sustentabilidade é utilizada dessa maneira e exemplifique.

R.: Isso acontece quando o termo sustentabilidade é utilizado para justificar ações nocivas ao meio ambiente e ao próprio ser humano e suas relações.

Muitos discursos a utilizam como forma de mascarar o que realmente tem por trás de seus projetos. É quando ela justifica desejos de grupos distintos e interesses individuais. Exemplos: político que se elegeu sob o discurso da sustentabilidade, mas aprova projetos de construção civil em área de preservação; governos que adjetivam seu desenvolvimento como sustentável ao mesmo tempo em que financiam a produção de energias nocivas ao meio, ao invés de investir em energias limpas.

Referências

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