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COORDENAÇÃO DO CURSO DE PÔS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA FLORESTAL

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(1)

I N F L U Ê N C I A DA D I O I C I A Nü DIÂMETRO E NA ALTURA DE Araucaria a n g u s t i f o l i a [Bert.) 0 . Ktze." E S U A S I M P L I C A Ç Õ E S NA F O R M A ÇÃO D E ÁREAS D E P R O D U Ç Ã O D E S E M E N T E S NA REGIÃO D E Q U E D A S DO IGUAÇU - ESTADO DO P A R A N Á /

D i s s e r t a ç ã o d e M e s t r a d o apresenta da ao D e p a r t a m e n t o de S i l v i c u l t u r a e M a n e j o do C u r s o de P o s - G r a d u a ç ã o em E n g e n h a r i a F l o r e s t a l do S e t o r de C i ê n c i a s Agrárias da U n i v e r s i d a de F e d e r a l do P a r a n á .

C U R I T I B A - P R

(2)

COORDENAÇÃO DO CURSO DE PÔS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA FLORESTAL

para realizar a arguição da Dissertação de Mestrado apresentada pe la candidata

SUELI AUÃLIA

PE

ANVRAVE

PINTO, sob o título " I N F L U % CIA DA DIOICIA NO DIÂMETRO E NA ALTURA DE AA.aucaA.Za anguu¿¿&0¿ia

(Bert.) 0 . Ktze E SUAS IMPLICAÇÕES NA FORMAÇÃO DE ÁREAS DE PRODU ÇÃ0 DE SEMENTES NA REGIÃO DE QUEDAS DO IGUAÇU - ESTADO DO PARANÁ", para obtenção do grau de Mestre em Ciências - Curso de Pos-Gradua ção em Engenharia Florestal do Setor de Ciências Agrárias da Uni versidáde Federal do Paraná, área de concentração: SILVICULTURA , apôs haver analizado o referido trabalho e argüido a candidata, e realisada a atribuição de conceitos, são de parecer pela "APROVA- ÇÃO COM MËRIT0" da Dissertação, completando assim os requisitos ne cessãrios para receber o Grau e o Diploma de Mestre.

P A R E C E R

Os membros da Comissão Examinadora designada pelo Colegiado do Curso de Pós-Graduação em Engenharia Florestal

Curitiba, 09 de fevereiro de 1979

Segundo Examinador

(3)

I N F L U Ê N C I A D A D I Ü I C I A NO D I Â M E T R O E N A A L T U R A D E A r a u c a r i a a n g u s t i f o l i a ( B e r t . ) 0 . K t z e . E S U A S I M P L I C A Ç Õ E S N A F O R M A ÇÃO DE ÁREAS DE PRODUÇÃO DE SEMEINTTES NA REGIÃO DE QUEDAS DO IGUAÇÚ - ESTADO DO PARANÁ.

D I S S E R T A Ç Ã O

s u b m e t i d a à c o n s i d e r a ç ã o d a C o m i s s ã o E x a m i n a d o r a , c o m o re q u i s i t o p a r c i a l p a r a a o b t e n ç ã o do t i t u l o d e

M e s t r e em C i e n c i a s - M . S c .

no

CURSO DE PÚS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA FLORESTAL. DO SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ.

APROVADA:

• . ( P r e s i d e n t e )

. ( E x a m i n a d o r )

' - ( E x a m i n a d o r )

.CURITIBA-PR

1 9 7 9

ii

(4)

A meu pai , PLÍNIO, in memorian.

A meu esposo, MARCO ANTONIO, companheiro dedicado de todas as horas, que, com muito amor, não mediu esforços para que eu chegasse até o fim.

A minha filha, FLÃVIA CRISTINA, querida e tão amada.

A meus irmãos, FLÃVIO, VÂNIA e MARIA CRISTINA, verdadeiros amigos.

DEDICO

OBRIGADA, MEU DEUS, POR TER-ME FEITO CAPAZ.

(5)

A o p r o f e s s o r R e i n o u t De H o o g h , p e l a o r i e n t a ç ã o dada a e s t e t r a b a l h o . A o s p r o f e s s o r e s D r . A r n o B r u n e e A r a c e l y V i d a l G o m e s , p e l a s v a l i o s a s sugestões a p r e s e n t a d a s .

A o p r o f e s s o r Niro H i g u c h i , p e l a orientação e correção d a d a s nas a n á l i s e s e s t a t í s t i c a s a p r e s e n t a d a s .

A o e n g e n h e i r o f l o r e s t a l K a z u o W a k a s u g i , d i r e t o r d a f i r m a Giacomet- M a rodin Indústria d e M a d e i r a s S / A , que c e d e u o local necessário p a r a o desen- volvimento desta p e s q u i s a .

Ao Reverendo ÊLben M . L . C é s a r , c o n s e l h e i r o e a m i g o d e d i c a d o , p e l a cooperação p r e s t a d a quando de nossa v i n d a para esta e s c o l a . "

A o s p r o f e s s o r e s leda e A m é r i c o S i l v e i r a , p e l o apoio amigo e p e l o i n centivo quando a i n d a no c u r s o de g r a d u a ç ã o .

Ao p r o f è s s o r José G e r a l d o C a r n e i r o e sua e s p o s a , I r a c e m a , p e l a amiza- de e ajuda durante todo o c u r s o .

A F u n d a ç ã o U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d e M a t o G r o s s o , p e l o a f a s t a m e n t o con cedido para a r e a l i z a ç ã o do C u r s o de P o s - G r a d u a ç ã o em Engenharia F l o r e s t a l , na área de c o n c e n t r a ç ã o de S i l v i c u l t u r a , na U n i v e r s i d a d e F e d e r a l do P a r a n á .

A C A P E S através,do P I C D - P l a n o d e I n s t i t u c i o n a l i z a ç ã o e C a p a c i t a ç ã o de D o c e n t e s - p e l o a u x í l i o f i n a n c e i r o d u r a n t e o c u r s o .

A S ô n i a P e r e i r a , p e l o auxílio na c o n f e c ç ã o de listagem da bibliogra fia c o n s u l t a d a .

A t o d o s a q u e l e s q u e , direta ou i n d i r e t a m e n t e , contribuíram, p a r a a rea lização deste t r a b a l h o .

IV

(6)

NOME: Sueli Amália de Andrade Pinto DATA DE .'NASCIMENTO: 21/7/1951

NATURALIDADE: Viçosa, MG

A autora fez os cursos primário e secundário em sua cidade natal, onde também se formou em inglês pelo Instituto Cultural Brasil-Estados Uni dos. Diplomou-se normalista em Barbacena-MG, em 1969. Em 1970, desempenhou a função de professora primária e de inglês, nível secundário, em Viçosa e Vazante-MG, respectivamente.

Em 1971, iniciou o curso de Engenharia Florestal na Escola de Fio resta da Universidade Federal de Viçosa, graduando-se em dezembro/1974.

Em janeira de 1975, foi contratada como Auxiliar de Ensino do Cur so de Engenharia Florestal do Centro de Ciências Agrárias da Fundação Uni versidade Federal de Mato Grosso, exercendo esse cargo até o presente momen to.

Em març o de 1975, iniciou seus estudos no Curso de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, na Área de Concentração de Silvicultura - Opção Me lhoramento Florestal - da Universidade Federal do Paraná, onde concluiu os trabalhos em que se baseia esta dissertação.

Em maio de 1978, foi admitida como sócia da Sociedade Brasileira de Silvicultura.

v

(7)

P á g i n a

L I S T A D E Q U A D R O S C O N T I D O S NO T E X T O .. .. ix L I S T A D E F I G U R A S C O N T I D A S NO TEXTO ... x 1 . INTRODUÇÃO .v... 1

2 . REVISÃO B I B L I O G R Á F I C A 3 2 . 1 . Dioicia em á r v o r e s 3

2 . 1 . 1 . Aspecto geral 3 2 . 1 . 2 . A r a u c a r i a a n g u s t i f o l i a . . . 4

2 . 2 . Algumas c a r a c t e r í s t i c a s b o t â n i c o - t e c n o l ó g i c a s

associadas ao sexo em e s p é c i e s dioicas .. 5

2 . 2 . 1 . C a r a c t e r í s t i c a s m o r f o l ó g i c a s 5 2 . 2 . 2 . C a r a c t e r í s t i c a s f i s i o l ó g i c a s S 2 . 2 . 3 . C a r a c t e r í s t i c a s f e n o l ó g i c a s 7 2 . 2 . 4 . C a r a c t e r í s t i c a s c r o m o s s o m i c a s 8 2 . 2 . 5 . P r o p r i e d a d e s f í s i c a s da m a d e i r a 8 2 . 3 . O b s e r v a ç õ e s a respeito da p r o p o r ç ã o d e p l a n t a s

m a s c u l i n a s e f e m i n i n a s em e s p é c i e s d i o i c a s . . . 9

2 . 3 . 1 . O b s e r v a ç õ e s g e r a i s 9 2 . 3 . 2 . Relação entre p r o p o r ç ã o do sexo e do

s í t i o . . . . 10 2 . 3 . 3 . Relação entre p r o p o r ç ã o do sexo e índice

de m o r t a l i d a d e 11 2 . 3 . 4 . Relação entre p r o p o r ç ã o do sexo e é p o c a

de floração 11 2 . 3 . 5 . P r o p o r ç ã o do sexo em Araucaria angus-

tifolia 12 2 . 4 . Relação entre o sexo e o c r e s c i m e n t o , em DAP e

em a l t u r a 12 2 . 5 . F o r m u l a ç ã o de hipóteses e p o s s í v e i s consequên

cias do d e s b a s t e em áreas de p r o d u ç ã o de semen

tes ... 14

vi

(8)

3.1.li Situação geográfica, clima e solo .... . 16

3.1.2. História do talhão ... 16

3.2. Metodologia... ... .... . 17

3.2.1. Identificação dos sexos das árvores... 17

3.2.2. Marcação das parcelas ... .. 18

3.2.3. Medições e contagem ... 18

3.2.3.1. Diâmetro e altura ... 18

3.2.3.2. Numero de árvores ... 20

3.2.3.3. Incremento diametrico dos últi mos três anos ... 20

3.3. Análises estatísticas aplicadas ... ••• 22

3.3.1. Análise para testar a influência do sexo no diâmetro, na altura e no incremento diametrico ... 22

3.3.1.1. Teste "t" para parcelas não em emparelhadas ... ... 22

3.3.1.2. Teste "t" para parcelas empare lhadas ... 23

3.3.2. Análise para testar a igualdade de pro porção dos sexos .... ... . 24

3.3.3. Grau de precisão dos testes estàtisti cos ... ... ... 24

4. RESULTADOS ... ... ... ... . 25

4.1. Influência do sexo no DAP, na altura e no incre mento diametrico dos últimos dois e três anos.. 26

4.1.1. Teste "t" para parcelas não empare lhadas ... ... ^... 27

4.1.2. Teste "t" para parcelas emparelhadas..../ 27

4.2. Proporção dos sexos .... . 27

5. DISCUSSPO ... ... .;... .... ... 30

5.1. Diâmetro (DAP), altura e incrementos diamétricos das árvores amostradas no talhão estudado ... 30

5.2. Proporção dos sexos ... ... 31

vii

(9)

7. RESUMO ... ... ... .... ... ... 34

8. SÜMMARY 36

9. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ... 37

10. APÊNDICE ... ... 41

Quadro 1: Avaliações de diâmetro (DAP) e altura em fun ção do sexo, considerando os respectivos pa res.de árvores, num plantio de A. angustifo- lia de 26 anos, em Quedas do Iguaçu, PR... 42 Quadro 2: Incrementos diamétricos, em mm, em função do

sexo, num plantio de A. angustifolia de 26 anos de idade, em Quedas do Iguaçu, PR»... 48 Quadro 3: Teste de Bartlett para a variável diâmetro

(DAP) para parcelas não emparelhadas ... 54 Quadro 4; Teste de Bartlett para a variável altura para

parcelas não emparelhadas ... . 54 Quadro 5: Teste de Bartlett para a variável diâmetro

(DAP) para parcelas emparelhadas ... ... 55 Quadro 6: Teste de Bartlett para a variável altura para

parcelas emparelhadas ... 55 Quadro 7: teste de Bartlett para o incremento diamétri

co dos últimos dois anos para parcelas empare lhadas ... 56 Quadro 8: Teste de Bartlett para o incremento diamétri

co dos últimos três anos para parcelas empare lhadas ... ... . 56 ÍJuadro 9: Análise de variância desdobrada (" broken -

down") para o DAP para parcelas empare

lhadas ... 57 Figura 1: Polígono de frequência das -classes diamétricas

das árvores masculinas ... 58 Figura 2: Polígono de frequência das classes diamétricas

das árvores femininas ... 59 Figura 3: Polígono de frequência das classes de altura pa

ra as árvores masculinas ... 60 Figura 4; Polígono de frequência das classes de altura das

árvores femininas ... 61

viii

(10)

;P á g i n a

Q u a d r o 1: M e d i a s d o DAP,-da a l t u r a e do i n c r e m e n t o d i a m é t r i ç o dos ú l t i m o s d o i s e três a n o s , em f u n ç ã o do s e x o em um p l a n t i o d e A . a n g u s ti folia de 2 6 a n o s d e i d a d e , em' Q u e

d a s d o I g u a ç u - P R . . 2 5

Q u a d r o 2: T e s t e "t" para p a r c e l a s não e m p a r e l h a d a s ,

p a r a o d i â m e t r o (DAP) e a l t u r a 2 5

Q u a d r o 3: T e s t e "t" para p a r c e l a s e m p a r e l h a d a s , pa ra o D A P , a a l t u r a e o s i n c r e m e n t o s dia

m é t r i c o s dos ú l t i m o s d o i s e três a n o s . . . 2 7

Q u a d r o 4: N ú m e r o d e á r v o r e s , i d e n t i f i c a d a s p e l o se x o e não i d e n t i f i c a d a s , c o n t i d a s nas p a r c e l a s d o e x p e r i m e n t o . d e s e n v o l v i d o em um p l a n t i o de A . a n g u s t i f o l i a d e 2 6 a n o s , e m

Q u e d a s do I g u a ç u - P R 28

Q u a d r o 5: T e s t e de q u i - q u a d r a d o p a r a a- p r o p o r ç ã o

dos s e x o s de A . a n g u s t i f o l i a 2 9

i x

(11)

Pagina

Figura 1: Estrobilo (pinha) de Araucaria angustifo

lia 04

Figura 2: Amentilho (amento) de Araucaria angusti

folia... ... 04

Figura 3: Esquema experimental de campo no talhão

de A. angustifolia estudado... 19

Figura 4: Retirada das amostras de incremento dia

métrico pelo método Osmann... 21

Figura 5: Posição dos anéis de crescimento analisa

d o s ... 21

x

(12)

O Pinheira brasileiro - A r a u c a r i a a n g u s t i f o l i a (Bert..) 0 . K t z e . - é , a t u a l m e n t e , a única conifera nativa do B r a s i l d e g r a n d e v a l o r e c o n ô m i c o e com v i a b i l i d a d e para s e r a p l i c a d a no r e f l o r e s t a m e n t o em g r a n d e escala (KIS

2 7 5Q

S I N ; S I M Õ E S & COUTO ). Ê a m p l a m e n t e usada p e l a s i n d ú s t r i a s de p a p e l , de m o v e i s e d e c o n s t r u ç ã o c i v i l , e s p e c i a l m e n t e no sul do P a i s , tendo as m a i s d i v e r s a s a p l i c a ç õ e s desde c e l u l o s e a t é l â m i n a s e c o m p e n s a d o s . Essa es p é c i e reveste-se ainda d e m a i o r i m p o r t â n c i a ao se c o n s i d e r a r o mercado ex t e m o , p o r r e p r e s e n t a r uma f o n t e de divisas p a r a o B r a s i l , com a exportação de sua m a d e i r a em forma d e tábuas serradas a q u a l , no a n o d e 1 9 7 7 , atirí giu a casa dos 387.246.887 c r u z e i r o s (o que e q u i v a l e a 3 7 . 4 5 5 . 1 0 9 dólares F O B ) (Boletim C A C E *6) .

P o r s e r uma espécie i n t e n s i v a m e n t e u t i l i z a d a , as r e s e r v a s naturais d e A . angustifolia tem sido d e v a s t a d a s em um r i t m o b a s t a n t e a c e l e r a d o . Ba seado no a u m e n t o demográfico e d e c o n s u m o , p r e v ê - s e que o B r a s i l , no f i n a l deste s é c u l o , terá d u z e n t o s m i l h õ e s de h a b i t a n t e s e que o c o n s u m o d e m a d e i r a s d e c o n i f e r a s será da ordem d e 35 m i l h õ e s d e m e t r o s c ú b i c o s a n u a i s (GOL

1 9 .. f

FARI ) . Para s u p r i r essa demanda d o m e r c a d o c o n s u m i d o r , a u s o d e s s a espé cie nos p r o g r a m a s de r e f l o r e s t a m e n t o é a l t a m e n t e j u s t i f i c á v e l . No e n t a n t o , a baixa p r o d u ç ã o de s e m e n t e s , a e s c a s s e z do seu estoque,, devido à d i f i c u l

1 2 ^

d a d e d e armazenamento (DEIChMANN ), e seu e l e v a d o p r e ç o têm c o n s t i t u í d o um p r o b l e m a p a r a as c o m p a n h i a s r e f l o r e s t a d o r a s , g e r a n d o um i n t e r e s s e cada v e z m a i o r na f o r m a ç ã o de áreas de p r o d u ç ã o de s e m e n t e s , u t i l i z a n d o - s e p o voamentos naturais ou p l a n t a d o s .

P o r é m , sua condição de e s p é c i e dióica dificulta os t r a b a l h o s d e im p l a n t a ç ã o dessas á r e a s , no que se refere à . p r á t i c a do d e s b a s t e . I s t o p o r que os desbastes*, nessas-,áreas, s ã o , g e r a l m e n t e , m a i s f o r t e s que num regime n o r m a l , p o i s têm o p r o p ó s i t o d e e s t i m u l a r a f l o r a ç ã o d a s á r v o r e s p e l a dimi nuição da concorrência e pelo a u m e n t o do e s p a ç a m e n t o , o que p e r m i t i r i a m a i o r

4 2

entrada de luz (PITCHER ). P o r essa r a z ã o , o s d e s b a s t e s devem s e r candu zidos na fase j u v e n i l do p o v o a m e n t o , antes da época do a p a r e c i m e n t o dos ó r gãos r e p r o d u t i v o s . Nessa f a s e , ainda não se c o n h e c e o sexo das' á r v o r e s , já

(13)

que até o momento a identificação do sexo de A. angustifolia é efetuado ba seando-se exclusivamente na visualização dos seus órgãos florais. Neste ponto I que surge o problema dos desbastes. 0 desbaste aplicado em . áreas de produção de sementes é. seletivo, eliminando as árvores suprimidas (de menores.alturas) e de menores diâmetros do povoamento,* considerando a hipó tese de. que as árvores femininas tenham menores diâmetros e alturas que as masculinas, a prática do desbaste poderia remover maior número de árvores fe mininas. Resultaria, então, uma menor proporção de árvores femininas no povoamento, o que é uma situação contrária à desejada para a produção de sementes. Uma hipótese alternativa é que as árvores masculinas tenham meno res diâmetros e alturas, o que resultaria numa menor proporção de árvores masculinas após o desbaste. Essa possibilidade não traria consequências ne gativas para a produção de sementes, desde que o número de árvores poliniza doras remanescentes no povoamento 'seja suficiente.

A questão do efeito do desbaste em áreas de produção de sementes de Araucaria foi levantada pela firma "Giacomet - Marondin Indústria de 11’adei ras S.A.", de Quedas do Iguaçu - PR, que enfrentava dificuldade na escolha da metodologia dos desbastes que deveriam ser aplicados em um talhão de A. angustifolia, de 26 anos de idade, destinado a área deprodução de se mentes. Um primeiro desbaste foi aplicado quando o talhão apresentava 23 anos. 0 problema consistia em como proceder ao segundo desbaste, pois ha via receio de prejudicar a área como produtora de sementes, pelos aspectos já discutidos anteriormente.

Foi esse problema da prética florestal que levou à execução da pre sente pesquisa, que tem como objetivos:

. Determinar se há influência do sexo no crescimento em diâmetro (DAP) e em altura de árvores de Araucaria angustifolia (Bert.) 0. Ktze).

. Testar a igualdade de proporção dos sexos em um plantio destinado a áres . de produção de sementes, após sofrer desbaste.

(14)

: 2 . R E V I S Ã O B I B L I O G R A F I C A

2.1« Piálela em á r v o r e s 2.1.1e " A s p e c t o :geral

0 termo "dioico" refere-se às p l a n t a s q u e p r o d u z e m flores m a s c u l i n a s e f e m i n i n a s em i n d i v í d u o s s e p a r a d o s , sendo uma c o n d i ç ã o rara nas a n g i o s p e r m a s

2 1

e m a i s comum nas g y m n o s p e r m a s (GRANT ). Entre a s e s p é c i e s f l o r e s t a i s , in

• c l u i n d o a s f r u t í f e r a s , que a p r e s e n t a m essa p a r t i c u l a r i d a d e c i t a m - s e :

- Araucaria a n g u s t i f o l i a (Bert.) 0 . Ktze., P i n h e i r o B r a s i l e i r o (Araucariaceae) - A r a u c a r i a a r a u c a n a Koch ( A r a u c a r i a c e a e )

- Ginkgo biloba L . (Ginkgoaceae)

- Juniperus c o m m u n i s L . ( C u p r e s s a c e a e ) - Juniperus sabina L . ( C u p r e s s a c e a e ) - F r a x i n u s americana L . ( O l e a c e a e )

- C h l o r o p h ò r á excelsa (Welw.) B e r t h e Hook (Moraceae)

~ T r i c h i l i a m o n a d e l p h a De W i l d e (Meliaceae) - Ficus m o r u s L., amora ( M o r a c e a e )

- F i c u s c a r i c a L., figo ( M o r a c e a e )

- Diospyros m e l a n o x y l o n R o x b . , c a q u i (ebenaceae) - Phoenix dactylifera L., támara ( P a l m a c e a e ) - Carica p a p a y a L., m a m ã o ( C a r l c a c e a e )

- P i s t a c i a vera L., p i s t a c h o ( A n a c a r d i a c e a e )

- E s p é c i e s p e r t e n c e n t e s ao g ê n e r o P o p u l u s , c h o u p o (Salicaceae) - Espécies p e r t e n c e n t e s ao g ê n e r o S a l i x , c h o r ã o (Salicaceae) - Espécies p e r t e c e n t e s a o g ê n e r o P o d o c a r p u s (Podocarpaceae)

/• 1 1 6 2 1 2 3 3 2 34 4 0 (ALLARD ; F E R N A L D ; GRANT ; HUNT ; L A W T O N ; L L O Y D & W E B B ; NOVACK ).

2 . 1 . 2 . A r a u c a r i a a n g u s t i f o l j a

A s á r v o r e s f e m i n i n a s d o P i n h e i r o B r a s i l e i r o são r e c o n h e c i d a s pela p r e s e n ç a d o s e s t r ó b i l o s (pinha', F.ig. l ) e as m a s c u l i n a s p e l o s a m e n t i l h o s ( a m é n t o , F i g . 2 ) , quando estão em f a s e d e f l o r a ç ã o e f r u t i f i c a ç ã o (BÄNDEL & GUR

(15)

3 2 2 3 6 4 7

GEL ; HERTEL ; M A R T I N O ; REITZ & K L E I N ). O sexo d e s s a s á r v o r e s somente p o d e ser identificado a t r a v é s da v i s u a l i z a ç ã o d e s s a s I n f l o r e s c e n c i a s , já q u e até agora não s e c o n h e c e nenhuma outra c a r a c t e r í s t i c a determinante que sirva para a d i f e r e n c i a ç ã o d o s s e x o s (BÄNDEL & GURGEL ). ~ 3

Embora a espécie seja d i ó i c a , j á se constataram c a s o s d e i n d i v í

. 3 3 6 3 7 4 7 , d u o s m o n o i c o s (BÄNDEL & GURGEL ; M A R T I N O ; M A T T O S ; REITZ & KLEIN ) .REITZ

4 7

& KLEIN consideram q u e t a l v e z essa a n o m a l i a se deva ao a t a q u e do fungo Uleiela paradoxa S c h r o e t e ou a algum t r a u m a , p o d e n d o m a n i f e s t a r - s e d e dife rentes formas:

- árvores p r o d u z i n d o f l o r e s m a s c u l i n a s e f e m i n i n a s todos os anos;

- á r v o r e s p r o d u z i n d o somente f l o r e s m a s c u l i n a s em alguns a n o s e f l o r e s m a s c u l i n a s e f e m i n i n a s , c o n j u n t a m e n t e , em outros;

- árvores m a s c u l i n a s q u e , a p a r t i r de uma determinada é p o c a , passaram a p r o d u z i r somente f l o r e s f e m i n i n a s . ,, s

• -r •• •'•• ¡."• ••» - * .-»v-

-Is' C\'.v \ ^ ;

i i-• }•:•'.• -C.O-:

-íftei \f-}J t

\ « i V- V Ï k f i

F i g u r a 1 . Estróbilo (pinha) de Araucaria an-

uí ',

¡\À '

IV

i r ^ ^ v . ^ -

''i J'/

i- s

r m m ,

''iyÁlí/^kJ-y

M

; s ' i ¡- '¿y

F i g u r a 2 . ./Vnenti-lho (amento) de Araucaria an-'

Fonte: JOLY

g u s t i f o l i a .

26 Fonte: JOLY

g u s t i f o l i a . 26

(16)

e m a i o ( S H Y M O I A ^ ) . D p e r í o d o e n t r e .a p e l i n i z a ç ã o e a f r u t i f i c a ç ã o (produção

d e p i n h o e s j e de d o i s a n o s e o i t o m e s e s (KO S C I K K I ; S H Y M O I A ) . A s . a r v o r e s começam a f r u t i f i c a r a p a r t i r d o s 1 5 - 2 0 a n o s d e i d a d e •(•BÄNDEL. & G U R G E L ) . 3

2 . 2 . • A l g u m a s c a r a c t e r í s t i c a s b o t á n i c o - t e c n o l ó g i c a s a s s o c i a d a s ao sexo em e s p é c i e s d i o i c a s

2 . 2 . 1 . C a r a c t e r í s t i c a s m o r f o l ó g i c a s

P e s q u i s a s p r e l i m i n a r e s f e i t a s com C h i o r o p h o r a e x c e l s a i n d i c a r a m que t a l v e z h a j a u m a c o r r e l a ç ã o e n t r e o s e x o e a f o r m a da c o p a d a s á r v o r e s (LAWTON ) . T a m b é m f o i o b s e r v a d o q u e as a r v o r e s femininas têm c o p a s m a i s l a r 3 2

-. .. 3 4

g a s q u e as m a s c u l i n a s , em G i n k g o b i l o b a (GRIER* c i t a d o p o r L L O Y D & W E B B ) e J u n i p e r u r c o m m u n i s ( P A U L E Y ^ ) .

Em F i c u s m o r u s , a p ó s a f l o r a ç ã o , as á r v o r e s f e m i n i n a s p r o d u z e m fo l h a s m e n o r e s d o que as m a s c u l i n a s ( C O U L T E R e t a l . ^ c i t a d c s p o r L L O Y D &

W E B B ) . 3 4

Em S i l è n e a l b a ( M i l l e r ) K r a u s e e S . d i o i c a , (L.) C l a i r v . , as p l a n t a s f e m i n i n a s têm f o l h a s m a i s l a r g a s e c o m p r i d a s o q u e as d a s m a s c u l i n a s (f.TG

3 9 ~ T E V E C K t ) , o m e s m o o c o r r e n d o com as de; M e r c u r i a l i s p e r e n i s L . ( L L O Y D &

W E B B ) . 3 4

G R E E R , N . M . 1 9 1 7 S e x u a l d i m o r p h i s m and v a r i a t i o n i n G i n k g o b i l o b a . T o r r e v a 1 7 : 2 2 5 .

C O U L T E R , J . M . ; B A R N E S , C . R . ; C O W L E S , H . C . 1 9 1 1 . A textbook of b o t a n y . A m e r i c a n Book C o . , N e w Y o r k . 2 v o l s . 9 6 4 p .

(17)

Em P o p u l u s s p . , j á é p o s s í v e l d e t e r m i n a r o sexo das á r v o r e s atra vés da c o l o r a ç ã o de s u a s f o l h a s , (BUGALA®) e em P o p u l u s tremula L . o compri m e n t ó dos p e c í o l o s das f o l h a s foi de 2 0 a 25)0 m a i o r nas árvores m a s c u l i n a s

( I L ' I N2 5) .

No e n t a n t o , em P o p u l u s tremuloides M i c h x . , o â n g u l o de inserção

„ ; 13 dos galhos não diferiu s i g n i f i c a t i v a m e n t e entre os sexos (EINSPAHR ), e ne

nhuma relação f o i e n c o n t r a d a entre o sexo e a f o r m a do tronco e o tipo de ra m i f i c a ç ã o de P o p u l u s deltoides M a r s h (FARMER"'"4).

' Em se tratando de A . a n g u s t i f o l i a , e s t u d o s feitos nesse sentido prendem-se somente às o b s e r v a ç õ e s visuais sobre a m o r f o l o g i a da á r v o r e , como i n c l i n a ç ã o d o s g a l h o s da c o p a , rotação d o s g a l h o s , sentido de rotação da in serção d a s a c í c u l a s nos g a l h o s , número de a c í c u l a s e de ramos p o r g a l h o , não se e n c o n t r a n d o nenhuma relação entre essas c a r a c t e r í s t i c a s m o r f o l ó g i c a s e o sexo das á r v o r e s (BÄNDEL & GURGEL ).

2.2.2., C a r a c t e r í s t i c a s f i s i o l ó g i c a s

C o n s t a t o u - s e que a a t i v i d a d e da p e r o x i d a s e nas folhas de árvores f e m i n i n a s de P o p u l u s tremula f o i de 1,4 a 4 , 2 vezes m a i s intensa do que nas árvores m a s c u l i n a s e que a oxidação de suas e n z i m a s , e s p e c i a l m e n t e a polife n o l o x i d a s e , f o i m a i o r nas m a d e i r a s de alburno de árvores f e m i n i n a s , quando

28

comparadas às m a s c u l i n a s (KOCANVSHIJ ). já a taxa d e f o t o s s í n t e s e nas árvo res m a s c u l i n a s dessa m e s m a espécie foi 1 5 a 20/0 m a i o r que nas árvores femini nas ( F E D 0 R 0 V1 5) .

Em Silene a l b a , as p l a n t a s m a s c u l i n a s têm m a i s a n t o c i a n i n a nos 3 9

caules que as femininas (NIGTEVECHT ). •

; * 34 48

H E S L O P - H A R R I S O N , citado p o r L L O Y D & WEBB e SALISBURY & ROSS ,

* H E S L O P - H A R R I S O N , J . 1 9 5 7 . The e x p e r i m e n t a l m o d i f i c a t i o n of sex expres sion in flowering p l a n t s . B i o l . R e v . C a m b r i d g e P h i l o s .

S o c . 3 2 : 3 8 - 9 0 .

(18)

postulam que o sexo de p o p u l a ç õ e s de angiosperrnas dioicas seja d e t e r m i n a d o a través do balanço de a u x i n a - g i b e r e l i n a d u r a n t e a diferenciação do botão fio ral: uma tendência de formas f e m i n i n a s ocorre q u a n d o há um alto conteúdo de auxina e uma tendência d e • f o r m a s m a s c u l i n a s ocorre com u® alto c o n t e ú d o . de g i b e r e l i n a .

Com relação a A . a n g u s t i f o l i a , n e n h u m a pesquisa f o i feita para sa b e r se há influência cb sexo nas c a r a c t e r í s t i c a s fisiológicas das p l a n t a s , q u e r em fase de v i v e i r o , q u e r em arvores a d u l t a s .

2 . 2 . 3 . C a r a c t e r í s t i c a s f e n o l ó g i c a s

V a r i a s p e s q u i s a s têm d e m o n s t r a d o q u e , g e r a l m e n t e , as p l a n t a s m a s c u l i n a s p r o d u z e m m a i o r n ú m e r o d e i n f l o r e s c e n c i a s que- as femininas.. Em Pa p u l u s t r e m u l o i d e s , as á r v o r e s com p o u c a f l o r a ç ã o s ã o s e m p r e f e m i n i n a s ( E I N S

1 3 5 * P A H R ) . BAW-A & O P L E R , em e s t u d a s r e a l i z a d o s com várias e s p é c i e s d i o i c a s ,

em C o s t a R i c a , e n c o n t r a r a m m a i o r n ú m e r o d e i n f l o r e s c ê n c i a s em p l a n t a s de se x o m a s c u l i n o . Em Rumex a c e t o s a L . , q u a n d o as p l a n t a s apresenter. b a i x o ' p e s o s e c o , o n ú m e r o d e i n f l o r e s c ê n c i a s ê q u a s e i g u a l e n t r e os s e x o s . Assim que a u m e n t a o p e s o s e c o , o n ú m e r o tie i n f l o r e s c ê n c i a s p r o d u z i d a s p e l a s p l a n t a s m a s c u l i n a s a u m e n t a m a i s r a p i d a m e n t e o q u e o n ú m e r o p r o d u z i d o p e l a s f e m i n i

4 4

n a s [PUTIVAIN & H A R P E R ) . R e s a l t a d o s i m i l a r também foi o b s e r v a d o em p l a n t a s dß M y r i c a g a l e L . : n u m a s u b - p o p u l a ç ã o em q u e o p e s o s e c o d a s p l a n t a s f o i b a i x o , o número médio de i n f l o r e s c ê n c i a s p o r caule, f o i q u a s e i d ê n t i c o e n t r e os s e x o s , j á n u m a s u b - p o p u l a ç ã o c o n t í g u a o n d e o peso seco d a s plarr tas f o i e l e v a d o , as p l a n t a s m a s c u l i n a s p r o d u z i r a m m a i o r n ú m e r o d e i n f l a r e s 34 c ê n c i a s ( L L O Y D & W E B B } .

N a d a s e c o n h e c e a i n d a a r e s p e i t o d a s d i f e r e n ç a s f e n o l ó g i c a s en t r e o s s e x o s d e A . a n g u s t i f o l i a , cem r e s p e i t o a o número d e i n f l o r e s c ê n c i a s e a. é p o c a d e f l o r a ç ã o .

(19)

2 . 2 . 4 . C a r a c t e r í s t i c a s c r o m o s s o m i c a s

Estudas c i t o l ó g i c o s também têm sido f e i t o s p a r a d e s c o b r i r d i f e renças nas c a r a c t e r í s t i c a s c r o m o s s o m i c a s de á r v o r e s m a s c u l i n a s e f e m i n i n a s em especies d i o i c a s [ M I T T W U C H . J. 8 ,

Em Ginkgo b i l o b a , a n á l i s e s d e m a t e r i a l reprodutivo, a nível cro m o s s ô m i c o , : mostraram que á r v o r e s m a s c u l i n a s e f e m i n i n a s têm o m e s m o número

~ 4 3 3 3

cromossômico ( 2 n = 2 4 ) (POLLOCK ; L E E ) , com q u a s e i d ê n t i c a m o r f o l o g i a , d i f e r i n d o s o m e n t e n o c o m p l e m e n t o s o m á t i c o ( L E E ^ ) . Em R u m e x , s u b g ê n e ro A c e t o n a , e em Silene a l b a , os c r o m o s s o m o s d e p l a n t a s m a s c u l i n a s e f e m i

- "" - r 34 ninas sao p e r f e i t a m e n t e d i f e r e n c i a d o s (LLOYD & W E B B ) .

j á nas e s p é c i e s d e P o p u l u s e de F r a g a r i a não foram d e s c o b e r t a s

~ 3 4

•diferenças c r o m o s s o m i c a s e n t r e os s e x o s (LLOYD & W E B B ) .

H á e v i d ê n c i a s d e q u e , em a l g u m a s e s p é c i e s d i o i c a s , a p r o d u ç ã o d e f l o r e s , assim como a é p o c a do i n í c i o da f l o r a ç ã o , e s t á a s s o c i a d a com as d i ferenças c r o m o s s o m i c a s e n t r e o s s e x o s (LLOYD & W E B B ) . 34

S o b r e A . a n g u s t i f o l i a , nada se c o n h e c e n e s s e s e n t i d o até o m o

m e n t o .

2 . 2 . 5 . P r o p r i e d a d e s f í s i c a s d a m a d e i r a

Entre as p r o p r i e d a d e s f í s i c a s d a m a d e i r a , a d e n s i d a d e é c o n s i d e radá uma d a s m a i s i m p o r t a n t e s , p o r q u e é u s a d a c o m o r e f e r e n c i a na d e t e r m i n a

~ 2 9 ç ã o da q u a l i d a d e da m a d e i r a (KOLLMANN ) . Também a u m i d a d e se c o n s t i t u i em valioso í n d i c e , p o i s d e l a d e p e n d e g r a n d e p a r t e d a s p r o p r i e d a d e s d e resis

2 9

tincia d a m a d e i r a (KOLLMANN ) . D e v i d o a i s t o , a l g u m a s p e s q u i s a s foram d e senvolvidas p a r a t e s t a r a p o s s í v e l v a r i a b i l i d a d e d e s s a s p r o p r i e d a d e s físi cas entre as m a d e i r a s d e á r v o r e s f e m i n i n a s e m a s c u l i n a s , v i s a n d o a determrL n a r se h á d i f e r e n ç a s e n t r e os s e x o s .

(20)

^ P0PuJ -us t r e m u l a , os v a l o r e s da d e n s i d a d e e do t e o r d e u m i d a d e de a m o s t r a s d e m a d e i r a de á r v o r e s m a s c u l i n a s f o r a m , r e s p e c t i v a m e n t e , 3>/0 e en

4-5 tre 3/0 e lOyí, m a i s a l t o s q u e ern a r v o r e s f e m i n i n a s (RANGELOV ) .

Com A . a n g u s t i f o l i a , os t e s t e s d e d e n s i d a d e da m a d e i r a ao n í v e l d e D A P , no s e n t i d o m e d u l a - c a s c a , não a p r e s e n t a r a m d i f e r e n ç a s s i g n i f i c a t i v a s 2 e n t r e as a m o s t r a s d e á r v o r e s m a s c u l i n a s e f e m i n i n a s (AMARAL et a l . ; B A N Z A T T O et a l .4} .

2 . 3 . O b s e r v a ç õ e s a respeito da p r o p o r ç ã o de p l a n t a s m a s c u l i n a s e f e m i n i n a s em e s p é c i e s d i o i c a s

2 . 3 . 1 . O b s e r v a ç õ e s g e r a i s

As p e s q u i s a s s o b r e p r o p o r ç ã o do s e x o em e s p é c i e s d i o i c a s revelam

^ 2 1

que a p r o p o r ç ã o t e ó r i c a e s p e r a d a , d e 1 : 1 , nem s e m p r e se v e r i f i c a (GRANT ).

1 3 2 3 Enquanto a l g u m a s p e s q u i s a s c o n f i r m a m t a l p r o p o r ç ã o (EINSPAHR ; H U N T ; L A R

31 34 "

.SEN ; L L O Y D & W E B B ), o u t r a s m o s t r a m q u e p o d e o c o r r e r um d e s e q u i l í b r i o na , 9 2 0 2 1 3 4 ,

m e s m a (CAREV ; G R A M U G L I O ; GRANT ; L L O Y D & W E B B ).

Em p o v o a m e n t o s n a t u r a i s de F r a x i n u s a m e r i c a n a e de P o p u l u s tremu l o i d e s , a p r o p o r ç ã o do sexo não d i f e r i u s i g n i f i c a n t e m e n t e d e 1 : 1 , t a n t o em

34

p o p u l a ç õ e s n a t u r a i s como n o s c r u z a m e n t o s c o n t r o l a d o s (LLOYD & W E B B ). Em al g u m a s e s p é c i e s n a t i v a s de Nova Z e l â n d i a como P l a g i a n t h u s b e t u l i n u s A . C u n n . e P . d i v a r i c a t u s S o r t s ( M a l v a c e a e ) , Ç o p r o s m a a u s t r a l i s F o r s t . ( R u b i a c e a e ) e Dacrydium c u p r e s s i n u m L a m b . ( P o d o c a r p a c e a e ) , v e r i f i c o u - s e q u e a p r o p o r ç ã o de 21 p l a n t a s m a s c u l i n a s p a r a as f e m i n i n a s também f o i de 1 : 1 (GRANT ).

9 2 0 „ Ja C A R E V e G R A M U G L I O , e s t u d a n d o a p r o p o r ç ã o do sexo em p o v o a

* ~ m e n t o s n a t u r a i s de P o p u l u s t r e m u l a , e n c o n t r a r a m u m a relaçao de 1 : 4 , 5 e 1 : 2 , 5

e n t r e á r v o r e s f e m i n i n a s e m a s c u l i n a s , respectivamente. T a m b é m em P e t a s i t e s j a p o n i c u s ( S i e b , e Z u c c . ) M a x i m , p l a n t a s c o l e t a d a s de p o p u l a ç õ e s s e l v a g e n s m o s t r a r a m u m a s i g n i f i c a n t e p r e p o n d e r â n c i a de i n d i v í d u o s m a s c u l i n o s , de a c o r do com IMAZU e F U J I S H I T A , c i t a d o s p o r L L O Y D & W E B B , o m e s m o o c o r r e n d o com 34 S i l e n e o t i t e s (L) W i b e l (GRANT ) . 21

* IMAZU e F U J I S H I T A . 1 9 6 1 . M o r p h o l o g i c a l , e c o l o g i c a l and c y t o l o g i c a l s t u d i e s on c u l t i v a t e d and wild b u t t e r b u r s , P e t a s i t e s j a p o n i c u s . J a p a n S o c . H o r t . S e i . J . 3 0 : 2 9 1 - 2 9 8 .

(21)

Bu c o n t r a s t e , uma m a i o r p r o p o r ç ã o de p l a n t a s f e m i n i n a s s o b r e as m a s c u l i n a s foram e n c o n t r a d a s em Melandrium albu L . , C a n n a b i s sativa L . , Humu lus japonicus L . , H . l u p u l o s u s L . , ñumex a c e t o s a , _R. t h y r s i f l o r u s Fing.- e Si

21 14 lene alba (GRANT ; L L O Y D & W E B B ).

2 . 3 . 2 . Relação entre p r o p o r ç ã o do sexo e o sítio

P o u c a s p e s q u i s a s têm sido feitas com relação ao efeito do sítio sobre a p r o p o r ç ã o de á r v o r e s m a s c u l i n a s e f e m i n i n a s nas e s p é c i e s d i o i c a s . C o n . t u d o , há e v i d ê n c i a s de q u e p o d e h a v e r uma p r e p o n d e r â n c i a de um sexo sobre o

* 34 o u t r o , de.acordo com o s i t i o . D A R W I N , citado p o r L L O Y D & W E B B , notou que

épocas secas favorecem a - p r e s e n ç a de formas f e m i n i n a s de T h y m u s serpyllum L . 34

D O M M É E citado p o r L L O Y D & W E B B , e s t u d a n d o a e s p é c i e Thymus vulgaris L i j

observou uma relação e n t r e a d i s t r i b u i ç ã o do sexo e o m e i o ambiente: em con dições d e solo p o b r e , r o c h o s o , com v e g e t a ç ã o r a s t e i r a , h á uma m a i o r p r e p o n d e rancia de indivíduos m a s c u l i n o s sobre os f e m i n i n o s . Em M e r c u r i a l i s p e r e n n i s , os indivíduos femininos ocorrem com m a i o r f r e q ü ê n c i a sob baixas intensidades de luz e os m a s c u l i n o s são m a i s f r e q ü e n t e s sob i n t e n s i d a d e s de luz m a i s altas

, 3 4 . 34 (LLOYD & W E B B ). FORSBERG , citado p o r L L O Y D & W E B B , encontrou uma m a i o r

freqüência de arvores m a s c u l i n a s de J u n i p e r u s communis sob condições pobres de s o l o . A r v o r e s . f e m i n i n a s de D i o s p y r o s m e l a n o x y l o n ocorrem em m a i o r p r o p o r , 4 6 , ç a o na base q u e nos topos das m o n t a n h a s (RATHORE J.

2 . 3 . 3 . Relação entre p r o p o r ç ã o do sexo e o í n d i c e de m o r t a l i d a d e Varias p e s q u i s a s têm d e m o n s t r a d o que um m a i o r índice de m o r t a l i dade de um determinado sexo numa p o p u l a ç ã o p o d e c o n t r i b u i r para a l t e r a r a p r o p o r ç ã o teórica e s p e r a d a , 1 : 1 . A s s i m , em Rumex a c e t o s a , o s i n d i v í d u o s mascu linos têm um m a i o r índice de m o r t a l i d a d e q u e os f e m i n i n o s , g e r a n d o um m a i o r

34 44 numero de i n d i v í d u o s f e m i n i n o s (LLOYD & W E B B ; P U T W A I N & H A R P E R ). Em expe

rimentos com híbridos de S i l è n e alba e S . dioica houve alta m o r t a l i d a d e dos individuos m a s c u l i n o s (LLOYD & W E B B ) .

* D A R W I N , C . 1 8 7 7 . T h e d i f f e r e n t f o r m s of f l o w e r s on p l a n t s of the same spe c i e s . M u r r a y , L o n d o n . 352 p .

* D 0 M M É É ,

B . 1 9 7 3 . Recherches s u r la g e n e t i q u e é c o l o g i q u e de T h y m u s vulgaris S c . N a t . T h e s i s , U n i v e r s i t é des S c i e n c e s e t T e c h n i q u e s du L a n g u e d o c , M o n

t p e l l i e r . 129 p . « í - . .

* FOfiSBERG, G . E . 1 8 8 8 . U e b e r die G e s c h l e c h t e r v e r t e i l u n g bei J u n i p e r u s com m u n i s . B o t . Z e n t r a l b l . 3 3 , 9 1 - 9 2 .

(22)

já em Asparagus o f f i c i n a l i s L . , P o t e n t i l l a fruticosa L . e Junipe rus c o m m u n i s , o índice de m o r t a l i d a d e dos i n d i v í d u o s femininos é m a i s eleva do que o dos m a s c u l i n o s , de acordo corn FORSBERG" e ROBBINS & JÜNEs" citados

34 , em LLDYD & W E B B , ROBBINS & J O N E S explican o alto índice de mortalidade.das

p l a n t a s f e m i n i n a s d e A . o f f i c i n a l i s como sendo d e v i d o ao fatö de as p l a n t a s m a s c u l i n a s produzirem m a i s m a t e r i a l v e r d e que as f e m i n i n a s , t e n d o , p o r t a n t o , m e l h o r e s c o n d i ç õ e s de s o b r e v i v ê n c i a .

2 . 3 . 4 . Relação entre p r o p o r ç ã o do sexo e é p o c a de floração

Nem todas as d i f e r e n ç a s na p r o p o r ç ã o de árvores m a s c u l i n a s e fe mininas em espécies dioicas são d e v i d a s ao í n d i c e de m o r t a l i d a d e dos s e x o s ou ás diferenças na sua a d a p t a ç ã o ao s í t i o . D i f e r e n ç a s existentes entre os se x o s , com relação à época de f l o r a ç ã o , resultam também em um d e s e q u i l í b r i o na contagem da p r o p o r ç ã o entre o número de árvores femininas e o de m a s c u l i n a s

~ 34

em uma p o p u l a ç ã o (LLOYD & W E B B ). Em um c o n s i d e r á v e l número de e s p é c i e s di_

ó i c a s , os i n d i v í d u o s m a s c u l i n o s iniciam a f l o r a ç ã o m a i s cedo q u e os femini nos J como p o r e x e m p l o , em arvores de G i n k g o b i l o b a , F i c u s c a r i c a , T r i c h i l i a 2 1 34 m o n a d e l p h a e Humulus lupulus L . (GRANT ; LLOYD & W E B B ). I s s o também o c o r re em p l a n t a s de C l e m a t i s g e n t i a n o i d e s L . (GODLEY ), Spinacia oleracea L . 18

34

Silene otites e S . roemeri F r i v . (LLOYD & W E B B ), de Rumex a c e t o s e l l a L . (PUTWAIN & H A R P E R4 4) e e m - e s p é c i e s d e C o r t a d e r i a ( C O N N O R1 0) . Um dos m o t i v o s p e l o qual as plantas m a s c u l i n a s iniciam a época de f l o r a ç ã o m a i s cedo pode ser o fato de as femininas gastarem p r o p o r c i o n a l m e n t e mais de suas reservas 34 de energia na reprodução s e x u a l que as m a s c u l i n a s (LLOYD & W E B B ).

F O R S B E R G , G . E . 1 8 8 8 . U e b e r die G e s c h l e c h t e r v e r t e i l u n g bei J u n i p e r u s com m u n i s . B o t . Z e n t r a l b l . 3 3 , 9 1 - 9 2 .

* R O B B I N S , W . & J O N E S , H . A . 1 9 2 5 . S e c o n d a r y sex c h a r a c t e r s in A s p a r a g u s of f i c i n a l i s . H i l g a r d i a 1 : 1 8 3 - 2 0 2 .

(23)

B a s e a d o nessas o b s e r v a ç õ e s , d e p e n d e n d o d a é p o c a d a f l o r a ç ã o em que se v a i c o n t a r o número d e p l a n t a s m a s c u l i n a s e f e m i n i n a s em espécies d i õicas,.para s e e s t a b e l e c e r uma p r o p o r ç ã o entre os s e x o s , p o d e r á o c o r r e r uma p r e p o n d e r â n c i a rio número de' i n d i v í d u o s m a s c u l i n o s s o b r e os femininos identi f i c á v e i s .

' 2„3o5„ P r o p o r ç ã o do sexo em Araucaria a n g u s t i f o l i a

O s e s c a s s o s l e v a n t a m e n t o s s o b r e a p r o p o r ç ã o do sexo d e A . angusti f o l i a em p o v o a m e n t o s naturais e p l a n t a d o s não d e s b a s t a d o s revelam m a i o r p o r centagem d e p l a n t a s m a s c u l i n a s s o b r e as f e m i n i n a s . Um l e v a n t a m e n t o realizado

3 - ~ p o r BANDEL & G U R G E L em v i n t e p o v o a m e n t o s naturais nao d e s b a s t a d o s , nos Esta

d o s d o P a r a n á , S a n t a C a t a r i n a e Rio G r a n d e do S u l , e também em d o i s p o v o a m e ß tos p l a n t a d o s no Estado d e São P a u l o revelou uma p r o p o r ç ã o e s t a t i s t i c a m e n t e significativa d e 52,4}/0 d e á r v o r e s m a s c u l i n a s p a r a 47,&/0 d e f e m i n i n a s , 0 sexo dessas árvores f o i i d e n t i f i c a d o a t r a v é s d a v i s u a l i z a ç ã o d o s seus órgãos fio . r a i s , d e s c o n s i d e r a n d o - s e a q u e l a s á r v o r e s cuja i d e n t i f i c a ç ã o não f o i

p o s s í v e l . 3 7

M A T T O S , p o r é m , encontrou uma p r o p o r ç ã o de 55,254 de á r v o r e s m a s y culinas p a r a 44,S/0 de á r v o r e s f e m i n i n a s em e s t u d o s r e a l i z a d o s em p i n h e i r a i s no Estado de Santa C a t a r i n a . Esse a u t o r não m e n c i o n a s e essa p r o p o r ç ã o é es tatisticamente s i g n i f i c a t i v a ou n ã o .

Na l i t e r a t u r a c o n s u l t a d a não se encontrou nenhuma p e s q u i s a que compare a p r o p o r ç ã o de árvores m a s c u l i n a s e f e m i n i n a s em p o v o a m e n t o s não d e s b a s t a d o s e após terem s o f r i d o d e s b a s t e s . .

2 . 4 . Relação entre o sexo e o c r e s c i m e n t o - e m DAP e em altura

Vários estudos têm s i d o f e i t o s com o i n t u i t o de c o m p r o v a r se há ou não uma relação e n t r e o sexo e o c r e s c i m e n t o em DAP e em altura nas espé cies d i o i c a s .

14.

F A R M E R , tentando r e l a c i o n a r o sexo com o c r e s c i m e n t o em a l t u r a , em p o v o a m e n t o s naturais de P o p u l u s d e l t o i d e s , verificou que nas árvores d o sexo m a s c u l i n o esse p a r â m e t r o ê s i g n i f i c a t i v a m e n t e m a i o r .

(24)

Também em Taxus baccata L. e Ginkgo biloba as árvores masculinas tim.'maior crescimento. em - altura que as femininas, o mesmo ocorrendo com es

3 4

.

pecies do qenero Aciphylla (LLOYD & WEBB . J.

7 *

Em contraste. BORSER relata que as árvores femininas de Populus tremula .tiveram mãior’ incremento em altura e em DAP que as masculinas. Em Rumex acetosa, as plantas.'femininas também têm maior crescimento em altura, o mesmo ocorrendo com - Silene roemeri' e Antennaria dioica (L.) Gaertn.(LLOYD

3 4

&..WEBB ). Em Petasites nivens (Baumg), as plantas femininas somente tim maior altura que as masculinas após o início da floração (GOEBEL citado por LLOYD & WEBB ].

Contudo,.há pesquisas que mostram que nem em todas as espécies dióicas o crescimento em altura e em DAP difere entre os sexos. De acordo

13

com EINSPAHR , não houve diferença estatística significativa entre os ■ se xos das árvores e o crescimento em altura e em DAP de Populus treftiuloides.

Com Populus deltóides, o D/sP das árvores também não diferiu significatif vãmente entre os sexos (FARMER)^, o mesmo acontecendo com plantas Satureja

34-

hortensis L. (ginodióica) em relação à altura (LLOYD & WEBB )■

Observa-se que, com base no exposto, o crescimento em altura e/ou em DAP pode ser maior ou menor nas árvores femininas ou masculinas, de acordo com a espécie. Se há influência do sítio sobre a relação " sexo e crescimento diamétrico e em altura", ainda é desconhecido.

* GOEBEL, K. 1910. Uber sexuellen dimorphismus bei Pflanzen.

Biol. Centralbi 30-: 657-679.

(25)

2«5. Formulação de hipóteses e possíveis consequências do desbaste em areas de produção de sementes

As.implicações decorrentes da influência do sexo sobre o crescimen to diamétrico e em altura., em espécies dióicas, podem ser prejudiciais no que se refere aos desbastes feitos em áreas destinadas à produção de sementes. Is to porque essas áreas são manejadas, desde cedo, para produzir sementes prec£

ces e em abundância. Para conseguir esse objetivo, uma das práticas utiliza das

ê

o desbaste baixo, forte e seletivo, que visa a beneficiar as árvores es colhidas como produtoras dè sementes, abrindo maior.espaço para melhor desen volvi/nento de suas copas (PITCHER ]. Sendo assim, esse tipo de desbaste eli_42

^ /v 51

mina as árvores suprimidas e de menores diâmetros no povoamento (SMITH }.

Consequentemente, esta prática poderia representar um risco para a produção de sementes de A. angustifolia, se o sexo feminino estivesse associada com meno res diâmetros e alturas. Nesse caso, o desbaste eliminaria maior número de in.

divíduos femininos, gerando uma situação altamente indesejável numa área de produção de sementes. Teoricamente, pode haver várias situações, consideradas nas seguintes hipóteses:

13 hipótese:

0 crescimento diamétrico (DAP) e em altura das árvores femininas e masculinas diferem entre si, devido à constituição genética.

Nesse caso, haveria duas consequências, advindas de um desbaste e fetuado no talhão: uma, negativa, se o sexo feminino das árvores estivesse as sociado com os menores diâr.etros e. alturas, porque haveria maior número ds ár vores masculinas em relação às femininas, influindo negativamente na produção de sementes. Outra, positiva, se as árvores femininas tivessem maiores diâme tros e alturas, em relação às masculinas porque,,então, haveria maicr número de indivíduos femininas em relação aos masculinos, gerando uma situação dese jável em áreas de produção de sementes, desde que o número de árvores pclini zadoras (masculinas] fosse suficiente.

14

(26)

Os crescimentos diamétricos e em altura das arvores femininas são significantemente menores, em relação às masculinas, somente após o início da reprodução 'sexual quando suas reservas de' energia são translocadas para a formação do :amentilho 'e da pinha» Essa hipótese está baseada na teoria do es forço .reprodutivo em.espécies dióicas, segundo a qual a produção de óvulos e

_

34

sementes requer!maior ;energia que a produção de'pólen (LLOYD & WEBB ].

Considerandc^-se essa hipótese, o desbaste só afetaria ■. a proporçâb de árvores masculinas e femininas remanescentes no povoamento quando fosse feito somente após os anos posteriores quando a maioria das árvores estiverem produzindo sementes. Antes do início da sua produção, o efeito do desbaste se ria inteiramente ao acaso, porque ainda nao haveria diferenças em DAP e ' em altura entre os sexos.

33 hipótese;

Não há diferenças no crescimento diamêtrico e em altura entre as árvores masculinas e femininas.

Nesse caso, o desbaste não teria nenhum efeito no número de árvo res femininas e masculinas remanescentes. Como consequência,poderia ser apli cado nas áreas de produção de sementes assim que se fizesse necessário, inde pendentemente da floração das arvores. -

(27)

16

3. materiais e métodos

3.1.:'Local da estudo.

3.1.1. Situação geográfica, clima e solo

Esta pesquisa foi feita em um plantio de A. angustifolia, perten cente à firma Giacomet-Marodin Indústria de Madeiras S.A., sm Quedas do Igua çu, Estado do Paraná, a uma latitude de 252 47' S, longitude de 522 90' W e altitude de 560 m s.n.m.

~ *

0 clima da região e do tipo "Cfb" , segundo a classificaçao cli mática de Koeppen. A temperatura média anual é de 18,6 9 C, a média das máxi mas do mês mais quente é de 29,79 C e a média das mínimas do mês mais frio é de 8,22 c. A precipitação média anual é de 1797 mm (DE H00.GH & DIETRICH^).

0 solo foi classificado como sendo pertencente ao tipo Latossolo.

Roxo Distrófico (DE H00GH &■ DIETRICH11).

3.1.2. História do talhão

0 talhão de A. angustifolia estudado tinha 26 anos de idade, ten do sido semeado em 1951. A produção de sementes foi iniciada aos 21 anos de idade. Tem uma área total.de 24,2 ha, apresentando-se uniforme com relação ao índice de sítio baseado na altura dominante das árvores.

* Cfb; sub-tropical úmido sem estação seca

(28)

Foi designado para ser uma área de produção de sementes para suprir grandes quantidades de sementes de que a firma necessita para seus plantios.

Foi feito um único desbaste seletivo, aos.23 anos de idade, ado tando-se o seguinte critério para a escolha das árvores remanescentes:

- espaçamento de 5m x 5m entre as árvores remanescentes;

- árvores com fustes retilíneos, cilíndricos, sem bifurcações e nós;

- árvores com copas bem desenvolvidas;

- arvores com características de resistência natural contra pragas e doen ças;

- árvores predominantes e dominantes, com caráter de bom crescimento.

Na execução do desbaste, a área total foi divididda em pequenas areas de 2.500 m 2 (50m x 5 0 m ) , com o intuito de facilitar a distribuição 1

das árvores matrizes segundo o espaçamento.

Foram obtidas os seguintes dados na conclusão da marcação das árvores remanescentes;

- número total de árvores selecionadas para matrizes = 5.978 árvores/24,2ha - média do número de árvores selecionadas por ha = 247 árvores/ha.

3.2. Metodologia

3.2.1. Identificação dos sexos das árvores

Durante os meses de novembro/75, f e ve re ir o/ 76, agosto/76 ma io/77 fpram marcadas as árvores masculinas e femininas identificáveis em to do o talhão, através da visualização dos orgãos florais, a alho nu e com bi nóculos. As árvores que apresentavam amentilhos foram assinaladas com um M (Masculina), no tronco, e as que apresentavam estróbilos foram assinaladas com um F (Feminina), utilizando-se tinta branca. As árvores identificadas pe lo sexo não se distribuíam uniformemente no talhão, mas aglomeravam-se em certas á r e a s .

(29)

18

3 .2 .2 . Marcação das p a rc e la s

No ta lh ã o , nas áreas ern que havia m aior concentração de árvores id e n tific a d a s em que o espaçamento era uniforme foram d e lim ita d a s tr ê s par ce la s (A, B, C) cada uma com 50 x.lOO m, deixando-se uma fa ix a de 20 m na bordadura do ta lh ã o . Cada p a rc e la f o i s u b -d iv id id a em 8 su b-parcelas de 25 x 25 m (F ig . 4 ) , para o r ie n t a r na medição e contagem das á rv o re s .

3 .2 .3 . Medições e contagem

Os parâmetros e s c o lh id o s para serem medidos foram o diâmetro (DAP) e a a ltu ra t o t a l . As medições foram efetu ad as somente em árvores cujo

sexo tin h a sid o id e n t ific a d o .

3 .2 .3 .1 . Diâmetro e a ltu r a

A c irc u n fe rê n c ia das árvores f o i medida em cm com aproximação, a.

1,30 m do s o lo , com o uso de uma f i t a m étrica , e , d e p o is , c o n v e rtid a em DAP.

As a ltu ra s das á rvo res foram medidas em m com aproximação, u tili_

zando-se um hipsômetro Blum e-Leiss.

Sempre que uma á rvo re masculina e uma fem in in a se encontravam pro ximas, eram consideradas como sendo um par. Com i s t o , p reten d eu -se, u n ifo r m izar ao máximo as in flu ê n c ia s am bientais e de espaçamento, que perm itiu uma a n á lis e mais p re c is a dos dados o b tid o s .

(30)

Figura 3: Esquema e x p e r i m e n t a l de campa no talhão d e -A. angustifolLa estu d a d o .

Escala: 1:4000

(31)

° ,2.3.2. Numero d e á r v o r e s

Dentro de c a d a p a r c e l a f o i c o n t a d o o número d e árvores d e cada sexo e o número de árvores d e sexo não i d e n t i f i c a d o , para testar a igualda d e de p r o p o r ç ã o do número, de árvores f e m i n i n a s e m a s c u l i n a s após o desbas- t e .

3 . 2 . 3 . 3 . I n c r e m e n t o d i a m é t r i c o d o s ú l t i m o s três anos

* j Do p r i m e i r o p a r d e arvores m e d i d o aleatoriamento d e n t r o de ca

da sub-parcela extráíram-se d u a s a m o s t r a s , com o trado d e i n c r e m e n t o , opos tas entre s i , observando-se um ângulo de 4 5 9 em relação à d i r e ç ã o d o m a i o r diâmetro do corte t r a n s v e r s a l d a á r v o r e , a 1,30 m do solo (método Osmann , 3 5 , segundo LOETSCH et a l . J . A retirada das amostras foi feita conforme a F i g . 5 .

Nessas a m o s t r a s foram m e d i d o s os anéis de c r e s c i m e n t o d o s últi mos três a n o s , p a r a verificar-se havia ou não d i f e r e n ç a s no incremento dia métrico entre as árvores femininas e m a s c u l i n a s d o p o v o a m e n t o , após o i n í cio da p r o d u ç ã o de s e m e n t e s .

C o n s i d e r o u - s e como s e n d o 39 anel de crescimento o último incre mento ocorrido na árvore ( F i g . 6 ) .

Os d a d o s das m e d i ç õ e s obtidas no campo foram anotados em formu l á r l o , c o n s i d e r a n d o - s e os r e s p e c t i v o s pares de árvores (Quadros 1 é 2 , do Apêndice).

(32)

amostra

1

_f

I

~---

amostra

2 - - - - -

Figura 4: Retirada das amostras de incremento diamétrico pelo método Osmann (LOETSCH et a1.35

).

19 anel 29 anel J9 anel

Figura 5: Posição dós a~éis de crescimento analisados.

(33)

3 . 3 . A n á lis e s e s t a t ís t ic a s a p lic a d a s

3 . 3 . 1 . A n á lis e para t e s t a r a in f lu ê n c ia do se x o no d iâ m e tro , na a lt u ra ve no incre m e nto d ia m é tric o

3 . 3 . 1 . 1 . T e s te , " t " . para p a rc e la s não emparelhadas

Na a n á lis e dos dados f o i usado o t e s t e " t " para p a rc e la s não emparelhadas (F R E E S E 17) , ° que s e r v iu para v e r i f i c a r a in f lu ê n c ia do sexo no DAP e na a lt u r a .

Nesse t e s t e , as unid ad es e x p e rim e n ta is são as á rv o re s in d iv id u a i s , cada á rv o re considera da como sendo uma p a rc e la ( l - tre e p l o t ) .

A nte s de p roceder aos c á lc u lo s d e sse t e s t e , foram v e rif ic a d a s as c o n d ic io n a n te s para a sua a p lic a ç ã o , que são as s e g u in t e s : *

- As v a riâ n c ia s devem s e r homogêneas, v e r if ic a d a s a tra v é s do t e s t e de Ba_r t l e t t (F R E E S E 1 7 ) .

-O s dados dévém s e g u ir uma d is t r ib u iç ã o n o rm a l, v e rif ic a d o a tra v é s de po líg o n o s de fre q u ê n c ia , baseados nos v a lo re s de DAP e a lt u r a , para in d ic a rem a tendência da c u rva .

- Os dados devem s e r a le a t ó r io s .

A h ip ó te se te sta d a para cada parâm etro su p ra mencionado f o i que não há d ife re n ç a e s t a t is tic a m e n t e s ig n if ic a t iv a e n tre os s e x o s .

U so u -se a se g u in te fó rm u la (F R E E S E 17) :

X

t = A

2 ,n + n ,

s ( A 3)

( V (" b )

^ e . ■ Xg = média a ritm é tic a dos g rup o s A e B ;

n,Á 6 °B = n^mero 0)0 ob serva Ç °e s nos g rup o s A e 8 (n^ e n^ não precisam s e r ig u a i s ) ;

(34)

2 .

s = v a ria n c ia do grupo;

SQC e SGjC = soma dos quadradas c o r r ig id o s de A e B

A B

s2 s q c a + s q c b ( n - I ) + ( n - l )

A B

3 . 3 . 1 .2. T e s t e " t " para p a rc e la s emparelhadas

F o i usado também o t e s t e " t " 'p a r a p a rc e la s emparelhadas, para a n a lis a r a in f lu ê n c ia do se xo no DAP, na a lt u r a e no inc rem ento d ia m é tric o dos ú lt im o s d o is e t r ê s a n o s. Nesse ca so, as unidades e x p e rim e n ta is (á rvo r e s ) foram agrupadas em p a re s (v e ja também ite m 3.2.3.1), e sp e ra n d o -se , as s im , e lim in a r as p o s s ív e is v a ria ç õ e s e d á fic a s e de espaçamento.

A aplicação d e sse t e s t e é ju s t if ic a d a p e lo fa t o de s e r m a is r i goroso que o t e s t e para p a rc e la s não em parelhadas, quando a va ria çã o e n tre o s p a res é m a io r que a va ria çã o d e n tro dos p a re s (F R E E S E 17) , o que f o i com provado a tra v é s da a n á lis e desdobrada ("b roke m -d o w n") (HUSCH e t a l. 24) .

0 número de unidades e x p e rim e n ta is f o i menor ne sse t e s t e que no t e s t e para p a rc e la s não em parelhadas, porque nem toda s as á rv o re s se en contravam em p a re s. As c o n d ic io n a n te s para a sua aplicação são as mesmas do t e s t e " t " para p a rc e la s não emparelhadas.

À h ip ó te se te sta d a para cada parâm etro f o i que não e x is t e d if e rença e s ta tis tic a m e n te s ig n if ic a t iv a e n tre p s s e x o s .

1 7 , U so u -se a se g u in te fo rm u la [F R E E S E J:

X - X d 1

t = A B

. com (n - l ) g ra u s d e 'lib e rd a d e , em que;

(35)

X e X = c e d ia s a rit m é t ic a s dos g rup o s A e 0

A B

n= número de p a re s de p a rc e la s

2 . . . .

S v a ria n c ia das d ife re n ç a s in d iv id u a is e n tre A e B :

l i d )

S = --- :— --- :--- :--- .— , em que d. = A. - B.

d n — 1 1 1 1

3 . 3 . 2 , A n á lis e para t e s t a r a .ig u a ld a d e de proporção dos se x o s

P a ra v e r i f i c a r se as d ife re n ç a s e n tre as p rop orções dos s e x o s , esperadas e o b se rva d a s, eram s i g n if ic a t iv a s , a p lic o u -s e o t e s t e de q u i-q u a drado para contagem sob h ip ó te s e , conforme a fó rm u la apresentada p o r FR E

2 2

% - rK - mi )

i . l " i

com (k - 1 ] g ra u s de lib e rd a d e , em que:

K = número de g ru p o s;

X .= contagem observada no i- é s im o grupo;

m.= contagem esperada no i- é s im o g rup o , se a h ip ó te se é v e rd a d e ira » .

A h ip ó te se te sta d a f o i que a proporção de á rv o re s fe m in in a s e m a sc u lin a s é de 1 : 1 .

3 . 3 . 3 . Grau de p re c isã o d os t e s t e s e s t a t ís t ic o s

Todos os t e s t e s e s t a t ís t ic o s foram e fe tua d o s ao n ív è l de 0 .9 5 de p ro b a b ilid a d e .

(36)

4 . R E S U L T A D O S

4 . 1 . I n f l u ê n c i a do sexo no D A P , na -altura e no incremento d i a m e t r i c o dos ú l t i m o s dois e três anos

O s v a l o r e s i n d i v i d u a i s das m e d i ç õ e s obtidas no campo são apresen tados no q u a d r o s 1 e 2 do a p ê n d i c e .

O s valores m é d i o s d a s m e d i ç õ e s obtidas no campo são a p r e s e n t a d o s no quadro 1 .

Quadro 1 . M é d i a s do D A P , da altura e do i n c r e m e n t o diamétrico d o s . ú l t i m a s dois e três a n o s , em f u n ç ã o do s e x o , em um plantio de A . a n g u s t i f o lia de 2 6 anos de i d a d e , em Quedas do I g u a ç ú - P R .

Valores M e d i o s

DAP A l t u r a . 22 + 32 I . D . 12 + 29 + 39 I . D .

(cm). (m) (mm) (mm)

F M F M F . M F M •

M é d i a d e

6 7 F 3 0 . 3 5 1 9 . 4 3

-

e

1 1 3 M 2 9 . 2 1 18.80

M é d i a d e

4 7 A.EMP 30.12 2 9 . 2 8 1 9 . 2 5 19.00 M é d i a d e

2 4 A.EMP 6 . 8 3 6.66 9 . 7 9 9.40

F = árvore feminina M = árvore m a s c u l i n a

A.EMP.= á r v o r e s e m p a r e l h a d a s I . D . = i n c r e m e n t o d i a m é t r i c o

(37)

A n a l i s a n d o a quadra a n t e r i o r , v e r i f i c a - s e , à p r i m e i r a v i s t a , que as m é d i a s dos d i â m e t r o s , d a s a l t u r a s e d o s i n c r e m e n t o s d i a m é t r i c o s dos últimos três a n o s das á r v o r e s f e m i n i n a s são m a i o r e s que as das árvores m a s c u l i n a s .

4 . 1 . 1 . T e s t e "t" para p a r c e l a s não e m p a r e l h a d a s

As c o n d i c i o n a n t e s para a a p l i c a ç ã o do teste 111" p a r a p a r c e l a s não e m p a r e l h a d a s foram s a t i s f e i t a s , c o n f o r m e s e vê nos Q u a d r o s 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 e as F i g s . 1 , 2 , 3 e 4 , d o A p ê n d i c e .

ü teste "t" para a altura é e s t a t i s t i c a m e n t e s i g n i f i c a t i v o , ao nível de 0 . 9 5 de p r o b a b i l i d a d e , m a s , em relação ao D A P , d e m o n s t r a o contra r i o , ao m e s m o n í v e l , c o n f o r m e se p o d e v e r i f i c a r no q u a d r o 2 .

Quadro 2 . T e s t e "t" para p a r c e l a s não e m p a r e l h a d a s p a r a o d i â m e t r o (DAP) e a l t u r a

, R e s u l t a d o s

Variavel • •

"t" c a l c u l a d o "t" tabelado

Altura t = 2.71*

t = 1.96

~ : ' ; " 1 7 8 , 0 . 0 5 . DAP t = 1 . 8 1 n . s .

n . s . = não s i g n i f i c a t i v o

* = significativo ao nível d e 0 . 9 5 d e p r o b a b i l i d a d e

(38)

4.1.2. Teste "t" para parcelas emparelhadas

A análise desdobrada ("broken-down") mostrou que a variação do diâmetro (DAP) entre os pares é maior que a variação dentro dos p a re s (Qua dro 9, do apêndice).

□s testes "t" para as variáveis DAP, altura e incrementos diamê tricos dos últimos dois e três anos não mostraram diferenças- estatistica mente, significativas conforme o. quadro. 3.

Quadro 3. Teste "t" para parcelas incrementos diamétricos

emparelhadas para o DAP., dos últimos dois e três

a altura .e os anos.

Variáveis

Resultados

"t" calculado "t" tabelado

DAP t = 1.86 n.s. t '

46,0.05

= 2,0

Altura t = 0.99 n.s.

29 + 39 I.D.

t = 0.33 n.s. t = 2.069

19 + 29+

39 I.D.

t = 0.52 n.s.

I.D. ■ = • Incremento Diamétrico n.s. = não significativa

4.2. Proporção dos sexos

Os resultados da contagem do número de á rv o r e s de sexos identi ficados são apresentados no Quadro 4.

(39)

p l a n t i o de A . a n g u s t i f o l i a d e 2 6 a n o s , em Q u e d a s do I g u a ç ú - P R

P a r c e l a N<2 de M N2 de F Soma do N9 N9 d e m t o t a l

d e M e F N . ,1. d a p a r c e l a

V . A .

%

V . A .

%

V . A .

%

V . A .

%

V . A .

%

A .47 32.64 3 9 2 7 . 0 8 8 6 5 9 . 7 2 58 4 0 . 2 8 144 1 0 0 . 0

1:1 . 2 3 17.!'// 18 14.06 4 1 3 2 . 0 3 0 7 6 7 . 9 7 128: 100.0

C 4 3 3 4 . 3 0 10 8 . 0 0 5 3 4 2 . 4 0 72 5 7 . 6 0 1 2 5 100.0

A +.B + C 1 1 3 2 8 . 4 6 . 6 7 16.88 ' 180 4 5 . 3 4 2 1 7 5 4 . 6 6 397 1 0 0 . 0

M = árvore m a s c u l i n a F = árvore f e m i n i n a

N . I . = árvore não i d e n t i f i c a d a Vi A . = v a l o r absoluto

(40)

O b s e r v a n d o -o quadro 4 , nota-se q u e , no cómputo total des d a d o s , o número d e árvores m a s c u l i n a s é m a i o r que o de á r v o r e s f e m i n i n a s , havendo uma diferença de 4 6 á r v o r e s . 0 número de árvores d e s e x o s i d e n t i f i c a d o s é m e n o r em relação às não i d e n t i f i c a d a s , havendo uma diferença de 37 árvores

0 teste tís q u i - q u a d r a d o u s a d o p a r a t e s t a r a i g u a l d a d e d e . p r o p o r ç ã o entre os s e x o s foi e s t a t i s t i c a m e n t e s i g n i f i c a t i v o , ao nível de 0 . 9 5 de probabilidade (Quadro 5 ) , o que leva à acei-tação da hipótese de que a pro .porção d o s s e x o s é d i f e r e n t e d e 1:1 entre á r v o r e s em i d a d e reprodutiva aos 2 6 a n o s .

Quadro 5 . T e s t e de q u i - q u a d r a d o , p a r a a p r o p o r ç ã o dos sexos de A . a n g u s t i f o l i a

H i p ó t e s e de Proporção-. M = 0.50 F = 0 . 5 0

T-ipo M F T o t a l

O b s e r v a d o : 1 1 3 6 7 .180

Esperado (m^) 90 90 180

X tabelado 2

2

c a l c u l a d o

J 2 = 3.Í

1 , 0 . 0 5

34 11.75*

IV! = árvore m a s c u l i n a F = árvore f e m i n i n a

* = significativo ao n í v e l . d e 0 . 9 5 de p r o b a b i l i d a d e

Referências

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