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PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO MUNICIPIO DE MOEDA - MG

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PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO

MUNICIPIO DE MOEDA - MG

2.012

(2)

ÍNDICE

TÍTULO I 1

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 1

TÍTULO II 2

DAS ZONAS URBANAS 2

CAPÍTULO I 2

DAS ZONAS E ÁREAS UTILIZADAS NA ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL 2

S EÇÃO I 3

D AS Z ONAS U RBANA E DE E XPANSÃO U RBANA - ZUE 3

S EÇÃO II 4

D A Z ONA DE E SPECIAL I NTERESSE S OCIAL ZEIS 4

S EÇÃO III 5

D A Á REA DE D IRETRIZES E SPECIAIS – ADE 5

S EÇÃO IV 6

D A Á REA DE A DENSAMENTO R ESTRITO - AAR 6

S EÇÃO V 7

D A Á REA DE P RESERVAÇÃO A MBIENTAL - APA 7

S EÇÃO VI 8

D A Á REA U RBANA E SPECIAL – AUE 8

S EÇÃO VII 8

D A Á REA DE I NTERVENÇÃO V IÁRIA - AIV 8

TÍTULO III 9

DA HIERARQUIZAÇÃO DAS VIAS URBANAS 9

CAPÍTULO I 9

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 9

CAPÍTULO II 10

DA CLASSIFICAÇÃO VIÁRIA 10

TÍTULO IV 11

DO USO E DA OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO 11

CAPÍTULO I 11

DISPOSIÇÕES GERAIS 11

CAPÍTULO II 12

DAS CATEGORIAS DE USO DO SOLO 12

S EÇÃO I 12

D O U SO R ESIDENCIAL 12

S EÇÃO II 12

D O U SO E CONÔMICO 12

S EÇÃO III 14

D O U SO I NSTITUCIONAL 14

S EÇÃO IV 14

D O U SO M ISTO 14

S EÇÃO V 15

D OS U SOS E SPECIAIS 15

S EÇÃO VI 17

(3)

2

D OS U SOS C ONFORMES E N ÃO C ONFORMES 17

CAPÍTULO III 18

DO ASSENTAMENTO 18

TÍTULO V 20

DO PARCELAMENTO DO SOLO URBANO 20

CAPÍTULO I 20

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 20

CAPÍTULO II 22

DO PERFIL E DAS CONDIÇÕES DO PARCELAMENTO DO SOLO URBANO 22

S EÇÃO I 22

D OS R EQUISITOS U RBANÍSTICOS 22

S EÇÃO II 23

D O P ADRÃO DE U RBANIZAÇÃO 23

S EÇÃO III 25

D OS P ROJETOS DE L OTEAMENTO 25

S EÇÃO IV 28

D OS P ROJETOS DE D ESMEMBRAMENTO E DE R EMEMBRAMENTO 28

S EÇÃO V 29

D A A PROVAÇÃO DOS P ROJETOS DE P ARCELAMENTO E SUA E XECUÇÃO 29

S EÇÃO VI 33

D OS P ARCELAMENTOS I LEGAIS 33

S EÇÃO VII 35

D OS C ONDOMÍNIOS 35

TÍTULO VI 37

DAS PENALIDADES 37

TÍTULO VII 38

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 38

ANEXO 10 - CONFORMIDADE DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO 41

ANEXO 12 A - VIAS COM PREVISÃO DE FAIXA DE DOMÍNIO E RECUO DE

ALINHAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 42

ANEXO 12 B - LARGURAS MINIMAS 43

ANEXO 13 - PARÂMETROS URBANÍSTICOS 44

ANEXO 14 -VAGAS DE ESTACIONAMENTO 45

ANEXO 15 - PARÂMETROS DE PARCELAMENTO 45

(4)

1 PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 02/2.012

Dispõe sobre o Parcelamento, a Ocupação e o Uso do Solo na Zona Urbana e de Expansão Urbana do Distrito Sede, na Vila Coco, sede do Distrito de Coco e nas Áreas Urbanas Especiais do Município de Moeda.

O povo do Município de Moeda, por seus Representantes na Câmara Municipal aprovou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. Esta Lei integra a Legislação Urbanística Básica do Município de Moeda e se sujeita às diretrizes, princípios, preceitos e normas da Lei Orgânica Municipal e da Lei que instituiu o Plano Diretor Municipal.

Parágrafo único. Juntamente com esta Lei integram a Legislação Básica do Município a Lei do Plano Diretor Municipal e o Código de Obras Municipal.

Art. 2º. - Esta Lei estabelece as normas de parcelamento, de uso e de ocupação do solo para as Zonas Urbana e de Expansão Urbana correspondentes à Sede Municipal de Moeda e à sede do Distrito de Coco, denominada Vila Coco, para as áreas de parcelamentos aprovados e regularmente implantados não inseridos nas zonas acima, bem como para as Áreas Urbanas Especiais - AUE, constituídas pelos povoados e Áreas de Adensamento Restrito - AAR.

§ 1º. Consideram-se Zonas Urbanas e de Expansão Urbana as abrangidas pelo perímetro urbano da Sede Municipal, pelos perímetros urbanos da sede do Distrito de Coco e Áreas Urbanas Especiais.

§ 2º. As Áreas Urbanas Especiais acima referidas poderão ser definidas em função da dinâmica de ocupação e adensamento do território municipal, observadas suas potencialidades e restrições, mediante lei municipal específica que lhes estabeleça a delimitação, a partir da avaliação e aprovação pelo Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR, pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente - CODEMA, pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural e pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável.

Art. 3º. Os Anexos 1 a 16 constituem parte integrante desta Lei, a saber:

I - Anexo 1 - Perímetro Urbano da Sede Municipal de Moeda;

II - Anexo 2 - Perímetro Urbano da Vila Coco;

III - Anexo 3 - Perímetro Urbano correspondente a parcelamento do solo para fins urbanos, legalmente aprovado e regularmente implantado em data anterior à vigência desta lei;

IV - Anexo 4 - Delimitação de Área de Diretrizes Especiais - ADE;

V - Anexo 5 - Delimitação de Área de Preservação Ambiental - APA;

(5)

2 VI - Anexo 6 - Delimitação de Área Urbana Especial - AUE;

VII - Anexo 7 - Delimitação de Área de Adensamento Restrito - AAR;

VIII - Anexo 8 - Zona de Especial Interesse Social - ZEIS;

IX - Anexo 9 - Perímetros de Tombamento e do Entorno ao Tombamento da Serra da Moeda;

X - Anexo 10 - Conformidade de Uso e Ocupação do Solo Urbano;

XI - Anexo 11 - Mapa das Áreas de Intervenção Viária.

XII - Anexo 12 A - Vias com previsão de faixa de domínio ou recuo de alinhamento das construções;

XII - Anexo 12 B - Larguras Mínimas das vias;

XIII - Anexo 13 - Parâmetros Urbanísticos;

XIV - Anexo 14 - Vagas de Estacionamento;

XV - Anexo 15 - Parâmetros de Parcelamento;

XVI - Anexo 16 - Glossário.

§ 1º Para efeito de regularização urbanística, os perímetros correspondentes aos Anexos 3 e 7, referidos nos incisos III e VII deste artigo, deverão ser delimitados, por leis especificas, em até 120 (cento e vinte) dias contados da data de aprovação desta Lei.

§ 2º Os perímetros referidos nos Anexos 4, 5, 6 e 8, constantes nos incisos IV, V, VI e VIII deste artigo, deverão ser delimitados, por leis especificas, em qualquer prazo, caso não tenham sido instituídos na data de aprovação desta Lei.

§ 3º. Os perímetros correspondentes aos Anexos 3 e 7, no caso de parcelamentos aprovados posteriormente a esta Lei, deverão ser delimitados em até 60 (sessenta) dias contados da aprovação do respectivo projeto de parcelamento do solo, ouvidos previamente o Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR e o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – CODEMA.

TÍTULO II

DAS ZONAS URBANAS

CAPÍTULO I

DAS ZONAS E ÁREAS UTILIZADAS NA ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL

Art.. 4º. Em obediência ao que dispõe o Plano Diretor de Moeda, o solo urbano do Município será dividido nas seguintes zonas e áreas:

I - Zona Urbana e de Expansão Urbana - ZUE, contidas no Perímetro Urbano;

II - Zona de Especial Interesse Social - ZEIS;

III - Área de Diretrizes Especiais - ADE;

IV - Área de Adensamento Restrito - AAR;

(6)

3 V - Área de Preservação Ambiental - APA;

VI - Área Urbana Especial - AUE;

VII - Área de Intervenção Viária - AIV.

§ 1º Nas zonas e áreas definidas nas alíneas I, IV e VI deste artigo, o uso e a ocupação do solo deverão observar, além das demais condições estabelecidas nesta Lei, a capacidade do solo e as possibilidades de instalação de infra-estrutura urbana, assim como as condições de salubridade do ambiente urbano e construído, em conformidade com o Plano Diretor e a Legislação Urbanística Básica.

§ 2º. Os usos permitidos em cada zona ou área estão definidos no Anexo 10 - Conformidade de Uso e Ocupação do Solo Urbano.

§ 3º A Zona e as Áreas definidas nos incisos II a VI deste artigo serão delimitadas por Decreto, dentro de 30(trinta) dias após a aprovação desta Lei, ouvido o Conselho Municipal de Política Urbana.

Art. 5º. Respeitadas as disposições estabelecidas no Plano Diretor e nesta Lei, quaisquer atividades poderão se instalar na Zona Urbana e de Expansão Urbana, desde que garantidas as condições sanitárias, urbanísticas e ambientais a seguir:

I - abastecimento de água;

II - coleta e tratamento adequado de esgoto sanitário e rejeitos;

III - drenagem;

IV - acondicionamento e destinação de resíduos sólidos;

V - observação dos índices urbanísticos previstos nesta Lei;

VI - acesso ao sistema viário;

VII - áreas de estacionamento proporcionais à demanda gerada pela atividade a ser instalada;

VIII - preservação do meio ambiente natural e cultural;

IX - observação da legislação ambiental vigente;

X - respeito aos índices de controle de poluição.

Parágrafo único. O não atendimento de qualquer das condições acima impede o licenciamento dos projetos urbanísticos e construtivos.

Seção I

Das Zonas Urbana e de Expansão Urbana - ZUE

Art. 6º. Constituem-se Zonas Urbana e de Expansão Urbana áreas aptas à ocupação

urbana, delimitadas pelos respectivos perímetros e destinadas a usos ou atividades

diversificados e complementares, residenciais e não residenciais, conforme os perfis

de uso previstos nesta Lei, condicionados os mesmos usos e atividades à infra-

estrutura urbana e social disponível ou potencial, à observação das normas

ambientais, de edificação e posturas, bem como à harmonia, bem estar e segurança

da coletividade.

(7)

4 Parágrafo único. A Zona de Expansão Urbana - ZEU corresponde às áreas vazias pertencentes ao perímetro urbano do Distrito Sede e da Vila Coco, onde a ocupação urbana é permitida, em razão das condições de relevo, oferta efetiva ou potencial de infra-estrutura básica, bem como articulação com áreas já ocupadas, visando atender o Decreto Estadual 44.646-2007

Art. 7º. Nas zonas urbanas e de expansão urbana serão permitidos usos residenciais unifamiliar, multifamiliar horizontal com até 2 (dois) pavimentos, multifamiliar vertical com até 4 (quatro) pavimentos, usos econômicos (comerciais de varejo e de atacado, de prestação de serviços e industriais) de pequeno e médio porte e usos institucionais locais, de baixo impacto no meio urbano e no sistema viário.

§ 1º. Usos institucionais de maior impacto deverão ter sua implantação previamente avaliada pelos Conselhos Municipais de Política Urbana - COMPUR e de Defesa do Meio Ambiente - CODEMA.

§ 2º. Qualquer uso ou atividade, independentemente do porte, poderá ser objeto de Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV e do relatório de Impacto de Circulação - RIC, cuja elaboração e aprovação deverão se adequar às diretrizes e critérios fixados pelo órgão municipal competente e organismos previstos no § 1° deste artigo.

§ 3º. Os usos econômicos de grande porte serão admitidos, mediante aprovação de Estudo de Impacto de Vizinhança, na forma prevista no parágrafo anterior.

§ 4º. Os usos Especiais somente serão admitidos mediante aprovação de Estudo de Impacto Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente - RIMA, conforme o § 2º deste artigo, e devem ser observados os dispositivos na Deliberação Normativa COPAM 74/2004.

§ 5º. A aplicabilidade do EIV/RIC e do EIA/RIMA será disciplinada pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente - CODEMA, mediante Deliberação Normativa.

Seção II

Da Zona de Especial Interesse Social ZEIS

Art. 8º. A instituição da Zona de Especial Interesse Social - ZEIS tem por objetivo garantir o princípio da função social da cidade e da propriedade, diminuindo as desigualdades sociais expressas no território e proporcionando melhoria da qualidade de vida à população de baixa renda, através do acesso à habitação, em condições urbanísticas regulares e adequadas.

§ 1º Para cumprir os objetivos estabelecidos neste artigo, dever-se-á:

I - incentivar a participação comunitária na delimitação, planejamento, urbanização e regularização jurídica das zonas referidas nesta seção;

II - estabelecer índices especiais de uso e ocupação do solo que possibilitem a regularização jurídica e urbanística de assentamentos habitacionais já existentes ou a serem implantados;

III – corrigir situações de riscos potenciais devidos à ocupação de áreas impróprias à

habitação; e

(8)

5 IV - assegurar condições de habitabilidade, através de investimentos em infra- estrutura, equipamentos urbanos e comunitários.

§ 2º As Zonas referidas neste artigo serão instituídas nas hipóteses adiante:

I – assentamentos ocupados pela população de baixa renda, em condições precárias e inadequadas, onde o Poder Público intervirá, de forma a promover sua regularização urbanística e jurídica;

II - áreas vazias ou sub-utilizadas, onde o Poder Público promoverá a implantação de loteamentos ou a execução de programas habitacionais populares.

§ 3º Será vedada a criação de Zonas de Especial Interesse Social – ZEIS em áreas não edificáveis, conforme o disposto nesta Lei.

§ 4º As Zonas de que trata este artigo serão instituídas mediante lei, que determinará as intervenções do Poder Público, dentre outras:

I – urbanização, através de investimentos em infra-estrutura básica e equipamentos coletivos;

II - regularização fundiária, onde se priorizará a titulação da terra e da habitação;

III - disciplinamento de usos, adotando-se, preferencialmente, os de características locais e de pequeno porte.

§ 5°A infra-estrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas habitacionais declaradas por lei como de interesse social consistirá, no mínimo, de:

I - vias de circulação;

II – escoamento das águas pluviais;

III – rede para o abastecimento de água potável; e

IV – soluções para o esgotamento sanitário e para a energia domiciliar.

Seção III

Da Área de Diretrizes Especiais – ADE

Art. 9°. A Área de Diretrizes Especiais – ADE compreende edificações e espaços de relevância para a preservação da memória histórica, cultural e simbólica do Município, assim como os espaços vizinhos, necessários à preservação da paisagem e à uniformidade do conjunto urbano.

§ 1º O núcleo histórico do Distrito de Vila Coco, o entorno e o conjunto formado pela Capela de São Caetano da Moeda, as ruínas da fundição clandestina de moedas de ouro e a Estrada da Calçada, incluindo faixas laterais de 7,00 m (sete) metros contados do seu eixo, classificam-se como Área de Diretrizes Especiais de interesse histórico-cultural. .

§ 2º O Executivo Municipal promoverá estudos para a delimitação e

caracterização urbanística e ambiental das Áreas definidas neste artigo,

estabelecendo os respectivos parâmetros de uso e ocupação do solo, ouvidos

(9)

6 previamente os Conselhos Municipais do Patrimônio Cultural e de Defesa do Meio Ambiente, bem como a população local, neste caso, através de audiência publica.

§ 3º O Município promoverá, em conjunto com a sociedade e instituições afins, planos, programas, projetos e ações que visem à recuperação dos conjuntos arquitetônicos de valor histórico e cultural, estimulando a articulação entre a cultura e a atividade turística, de acordo com as diretrizes constantes no Plano Diretor e nas demais normas legais sobre a matéria.

§ 4º O controle da ocupação e uso do solo nas Áreas de que trata este artigo tem por objetivo a salvaguarda dos núcleos históricos e culturais, suas edificações, vias, paisagens naturais e visadas urbanas, integrando estes valores às funções urbanas atuais e preservando a integridade dos conjuntos, mediante as diretrizes a seguir:

I - manter baixa densidade de ocupação do solo, de forma a preservar as características da paisagem urbana;

II - manter o traçado viário original;

III - manter os usos econômicos quando mesclados às residências;

IV – proibir a demolição e a descaracterização das edificações históricas existentes, promovendo sua recuperação;

V - manter as características de volumetria, (altura e área da construção), cobertura, aberturas e harmonia nas reformas e construções;

VI – proteger o entorno dos núcleos e das edificações, permitindo a visualidade e a manutenção da paisagem em se encontram.

§ 5º Os projetos de construção ou reforma serão submetidos, previamente à sua aprovação pela Prefeitura, não sendo admitidas construções, ampliações nem alterações de uso que possam descaracterizar o conjunto ou as edificações a serem preservadas.

§ 6º No caso de edificações isoladas de interesse histórico e cultural, não pertencentes à Área de Diretrizes Especiais - ADE, os projetos de intervenção no imóvel ou em imóveis vizinhos deverão ser objeto de análise prévia pela Prefeitura.

§ 7º Nas áreas de que trata este artigo, os parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo serão sempre mais restritivos que os das demais zonas e áreas estabelecidas nesta Lei.

Seção IV

Da Área de Adensamento Restrito - AAR

Art. 10. A Área de Adensamento Restrito - AAR corresponde à área de parcelamento

do solo para fins urbanos, localizada em perímetro urbano criado no ato de aprovação

dos projetos, desde que este tenha sido legalmente aprovados pelo órgão municipal

competente e integralmente implantado, conforme laudo de vistoria, comprovando a

regularidade das obras de urbanização e definição dos espaços livres de uso público.

(10)

7 § 1º A cada parcelamento corresponderá uma AAR, estabelecida mediante decreto especifico, atendidas as condições estabelecidas no caput.

§ 2º. A AAR corresponderá, ainda, à área que apresente possibilidade de ocupação por meio de loteamentos em condomínios ou chacreamentos e à área onde é recomendável o controle da ocupação e sua densidade em função de:

I - relevo acidentado;

II- estrangulamento do sistema viário;

III - acessibilidade restrita;

IV - desarticulação em relação à malha urbana.

§ 3º. Fica estabelecido que os empreendimentos constantes das AAR´S (Área de Adensamento Restrito) não suportarão os efeitos da Lei Municipal n. 915/2002.

Art. 11. Na AAR serão admitidos usos residenciais uni e multifamiliares de baixa densidade, usos econômicos e institucionais de porte local e de baixo impacto ambiental, em edificações com até 2 pavimentos acima do nível médio do logradouro publico e taxa de ocupação máxima de 50%.

Parágrafo único. Os usos econômicos e institucionais mencionados no caput deste artigo serão admitidos mediante Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV e o Estudo de Impacto Ambiental – EIA , conforme o § 5º do art. 7º desta Lei.

Seção V

Da Área de Preservação Ambiental – APA

Art. 12. A Área de Preservação Ambiental - APA engloba espaços das Zonas Urbana, de Expansão Urbana e Rural, não parceláveis e não edificáveis para fins urbanos, por serem representativos dos ecossistemas locais ou regionais, sendo neles vedadas atividades e alterações que possam degradar a paisagem ou o meio ambiente.

Parágrafo único. No perímetro urbano, constituem Áreas de Preservação - APA aquelas que são protegidas pela legislação ambiental, em especial:

I – faixas de proteção às nascentes e cursos d'água, nos limites da lei;

II – encostas com declividade acima de 47% (quarenta e sete por cento);

III – áreas com cobertura vegetal expressiva.

Art. 13. Ainda que não integrantes de Área de Preservação Ambiental – APA, terão o mesmo tratamento, em todo o território municipal, as seguintes áreas:

I - encostas ou parte destas, com declividade superior a 47º (quarenta e sete graus), equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive;

II - áreas inundáveis, exceto quando tiverem uso especial previsto em Lei;

III- cursos d' água existentes no Município e suas margens, os quais não podem ser

utilizados como depósitos de lixo ou rede de esgotos, nem ser ocupados, aterrados

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8 ou desviados, exceto quando as interferências forem devidamente aprovadas pelos órgãos ambientais municipais e estaduais, ouvidos o Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR e o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente - CODEMA;

IV- áreas de proteção, com largura mínima de 15 metros, além da faixa de domínio, situadas ao longo de ferrovias, linhas de transmissão, aquedutos e oleodutos, rodovias federais, estaduais e vias regionais ou de ligação regional (LMG 825).

Art. 14. O Poder Público providenciará a desocupação das áreas mencionadas no art.

13 e seus incisos, promovendo o reassentamento das famílias porventura aí residentes.

Seção VI

Da Área Urbana Especial – AUE

Art. 16. Constituem Áreas Urbanas Especiais - AUE os povoados que apresentam características urbanas incipientes ou que têm potencialidade para tal, sendo aptos à ocupação urbana diversificada, conforme os perfis de uso previstos nesta Lei.

§ 1º Serão admitidos nas áreas acima definidas usos residenciais uni e multifamiliar até 2 pavimentos, usos econômicos abrangendo os comerciais de varejo e de atacado, prestação de serviços e indústrias de pequeno porte, bem como institucionais locais, conforme o Anexo 10 desta Lei.

§ 2º Ficam vedados os usos econômicos de médio porte e institucionais de maior impacto, salvo prévio Estudo de Impacto Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente - RIMA, que acate e condicione a implantação destes usos.

§ 3° O Poder Público deverá estabelecer, em Lei municipal específica, a delimitação da AUE, em consonância com o estabelecido nesta Lei e no Plano Diretor, sendo que as propostas de delimitação deverão ser previamente analisadas e aprovadas pelo Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR e (pelo) Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente - CODEMA.

§ 4º O Poder Público promoverá a participação da comunidade interessada na delimitação, disciplinamento urbanístico e planejamento de ações nas Áreas definidas neste artigo.

Seção VII

Da Área de Intervenção Viária - AIV

Art. 15. A Área de Intervenção Viária - AIV é destinada à implantação de projetos ou intervenções físicas destinados a melhorar o sistema viário e a mobilidade urbano- rural, tais como:

I - implantação de faixa de domínio e recuo obrigatório;

II - implantação de rotatórias ou martelos em vias sem saída;

(12)

9 III - interligação de vias sem comunicação;

IV - implantação de novas vias de acesso e revestimento das vias existentes.

§ 1º As áreas definidas neste artigo poderão receber edificações, desde que:

I - o terreno faça parte de parcelamento regularmente aprovado pela Prefeitura Municipal e não tenha sido declarado de utilidade pública para fins de desapropriação;

II – sejam observados os recuos obrigatórios e as faixas de domínio, conforme Anexo 11 - Mapa das Áreas de Intervenção Viária ou Anexo 12 - Vias com previsão de faixa de domínio ou recuo de alinhamento das construções;

III – seja observado o projeto geométrico viário elaborado e aprovado pelo órgão municipal competente, conforme Informação Básica requerida pelo proprietário;

IV – sejam observados os demais parâmetros urbanísticos legais;

V – sejam observadas as faixas de domínio de rodovia estadual e municipal, bem como as recomendações técnicas fixadas pelos órgãos competentes, quando do ato de aprovação dos respectivos projetos.

§ 2º Aprovado o projeto geométrico relativo à AIV, os espaços remanescentes não necessários à sua execução ficarão excluídos desta área.

§ 3º Concluída a intervenção viária, a AIV ficará descaracterizada, deixando de se submeter ao disposto neste artigo.

§ 4º As Áreas de Intervenção Viária - AIVs deverão constar do Plano Viário Municipal.

TÍTULO III

DA HIERARQUIZAÇÃO DAS VIAS URBANAS

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 17. A hierarquização das vias urbanas caracteriza e classifica o sistema viário, como forma de subsidiar a Política Urbana, dado o papel estruturante do mesmo sistema no ordenamento físico-territorial.

Parágrafo único. A hierarquização das vias urbanas tem como objetivo:

I - ordenar a rede viária atual, independentemente das características geométricas das vias, de acordo com a função que desempenham nas ligações regionais, municipais e locais;

II - estabelecer parâmetros para vias futuras ou projetadas, condizentes com as características físicas dos diferentes tipos de vias, de acordo com as respectivas funções;

III - oferecer subsídios para a definição de prioridades na implantação,

ampliação e manutenção de vias, em função da importância relativa de cada uma para

o funcionamento do conjunto;

(13)

10 IV - delimitar as faixas para a abertura de novas vias e, quando for o caso, prever o recuo de alinhamentos para o alargamento das existentes;

V - definir normas para a implantação de vias em novos loteamentos e nas iniciativas do Poder Público;

VI - padronizar critérios e nomenclatura de classificação viária.

CAPÍTULO II

DA CLASSIFICAÇÃO VIÁRIA

Art. 18. As vias do Município classificam-se em:

I - vias de ligação regional;

II - vias vicinais municipais;

III - vias coletoras;

IV – vias locais; e V - ciclovias.

§ 1º São de ligação regional as vias de ligação interurbana ou rodovias, que desempenham função arterial ou regional, apresentando restrições à ocupação lindeira, controle de acesso e estacionamento, tratamento compatível das interseções, preservação das faixas de domínio e recuos obrigatórios.

§ 2º As vias vicinais municipais ligam as zonas urbanas às vilas, povoados e estabelecimentos rurais, ou estes entre si, e poderão apresentar restrições físicas, visando à preservação de faixas de domínio e fixação de recuos obrigatórios das construções.

§ 3º As vias coletoras e locais são características da Zona Urbana, das Áreas de Adensamento Restrito - AAR, das Áreas de Diretrizes Especiais - ADEs e das Áreas Urbanas Especiais - AUE, sempre que se tratar de novos parcelamentos do solo ou expansão do sistema viário existente.

§ 4º (As) Coletoras são vias urbanas de maior importância, destinadas à distribuição e coleta de tráfego dos diferentes compartimentos urbanos e deverão assegurar fluidez e velocidades mais elevadas, carreando os fluxos de tráfego para as vias arteriais ou de ligação regional e vias vicinais municipais, e terão largura mínima de 16 m (dezeseis) e passeios mínimos de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros).

§ 5º Quando configuradas em binário, as coletoras terão pistas de largura mínima de 8 m (oito metros) cada uma, com mão de trânsito unidirecional, canteiro central mínimo de 1,0 m (um metros) e passeios mínimos de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros).

§ 6º Vias locais são aquelas utilizadas para acesso direto aos imóveis lindeiros, não sendo indicadas para o tráfego de passagem; devem apresentar baixo grau de restrição ao estacionamento, observar largura mínima de 12 (doze) metros e passeios mínimos de 2,00 m (dois metros).

§ 7º A largura e demais características das vias de ligação regional, vicinais

municipais, coletoras e locais constam no Anexo 11 - Mapa das Áreas de Intervenção

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11 Viária ou Anexo 12 - Vias com previsão de faixa de domínio ou recuo de alinhamento das construções;

§ 8º As ciclovias deverão apresentar largura mínima de 3 (três) metros, sendo admitida largura mínima de 2 (dois) metros, no caso da configuração de binários.

§ 9º As áreas de lotes atingidas por recuo obrigatório de alinhamento serão tratadas como extensões das vias correspondentes, quando da aprovação de edificações nos respectivos lotes.

TÍTULO IV

DO USO E DA OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art.19. Serão mantidos os usos das edificações e os perfis da ocupação do solo já licenciados pela Prefeitura Municipal até a data de publicação desta Lei.

Parágrafo único. Ficam vedadas as ampliações e alterações que contrariem os dispositivos estabelecidos nesta Lei e respectivos regulamentos.

Art. 20. A Prefeitura Municipal, ouvidos os órgãos federais ou estaduais competentes, não permitirá quaisquer construções, reformas ou restaurações que prejudiquem a segurança, o valor artístico e a ambiência dos imóveis tombados.

Art. 21. O Executivo Municipal poderá declarar imunes de corte árvores que se encontrem em vias de extinção, ou por motivo de sua raridade, beleza e condição de porta-sementes.

Parágrafo único. O corte de toda e qualquer árvore deverá ser previamente autorizado pelo Poder Público Municipal.

Art. 22 Fica vedado o lançamento de quaisquer resíduos, sem tratamento adequado, direta ou indiretamente, nos cursos de água, lagoas ou represas.

Parágrafo único. As modalidades de tratamento e disposição final de resíduos serão aprovadas pelos órgãos municipais e estaduais competentes.

Art. 23. A implantação de projetos urbanísticos em Áreas de Preservação Ambiental

exigirá Estudo de Impacto Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto sobre o

Meio Ambiente - RIMA, de acordo com o inciso XV do artigo 2º da Resolução

CONAMA 001, de 23 de janeiro de 1986.

(15)

12 CAPÍTULO II

DAS CATEGORIAS DE USO DO SOLO

Art. 24. As categorias de uso do solo são as seguintes:

I - Residencial;

II - Econômico;

III - Institucional;

IV - Misto;

V - Usos Especiais.

Seção I

Do Uso Residencial

Art. 25. O uso residencial compreende:

I - residencial unifamiliar: edificações destinadas à habitação permanente, com uma habitação por lote ou conjunto de lotes, incluídos os condomínios horizontais compostos exclusivamente por unidades residenciais deste tipo;

II - residencial multifamiliar: edificações destinadas à habitação permanente, com mais de uma habitação por lote ou conjunto de lotes, agrupadas horizontal ou verticalmente, sendo:

a) residencial multifamiliar horizontal, com até 2 pavimentos;

b) residencial multifamiliar vertical, com até 4 pavimentos.

Parágrafo único. A altura máxima a que se referem as alíneas do inciso II exclui o subsolo destinado a garagem e estacionamento, assim como os pilotis de uso comum.

Seção II

Do Uso Econômico

Art. 26. O uso econômico abrange o comércio varejista e atacadista, a prestação de serviços e a indústria, sendo classificado a seguir:

I - econômico de pequeno porte: até 150m² (cento e cinqüenta metros quadrados), de área construída;

II - econômico de médio porte: acima de 150m² (cento e cinqüenta metros quadrados), até 500m² (quinhentos metros quadrados) de área construída;

III - econômico de grande porte: acima de 500m² (quinhentos metros

quadrados), de área construída.

(16)

13 § 1º Para efeitos do cálculo da área construída a que se referem os incisos deste artigo, será considerada não apenas a área construída dos empreendimentos e/ou equipamentos, mas também a área destinada, em projeto, à circulação de veículos e acessos de pedestres, nos postos de combustível, concessionárias de veículos, oficinas e atividades afins.

§ 2º Para efeito desta Lei, edifícios de salas comerciais acima de 2 e até 4 pavimentos serão considerados usos econômicos de médio porte.

§ 3º Fica facultado ao profissional autônomo exercer as atividades inerentes à sua profissão, em sua residência, independentemente da zona em que estiver situada, nas seguintes condições:

I – não será permitido o exercício de atividades poluentes, sob qualquer forma, ou incompatíveis com o uso residencial;

II – poderão ser ocupados, para este fim, no máximo, 80 m° (oitenta metros quadrados) da área total construída.

§ 4° Projetos que prevejam a utilização de área construída superior aos limites estabelecidos nos incisos deste artigo poderão, excepcionalmente, ser implantados, desde que aprovados pelo Conselhos Municipais de Política Urbana - COMPUR e de Defesa do Meio Ambiente - CODEMA.

§ 5º Independentemente do porte, empreendimentos econômicos potencialmente geradores de impactos indesejáveis ao meio urbano, ao sistema viário e ao meio ambiente serão submetidos à aprovação dos Conselhos Municipais referidos no § 4°,acima, sem prejuízo de outras exigências legais.

§ 6º. O Conselho Municipal de Política Urbana poderá, ainda, a seu critério, solicitar aos empreendedores Estudo de Impacto Ambiental - EIA e Relatório do Impacto sobre o Meio Ambiente - RIMA, bem como Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV, relativos aos empreendimentos e obras propostos, além das hipóteses previstas no Estatuto da Cidade e no Plano Diretor.

§ 7º A aprovação e o licenciamento dos empreendimentos citados nos parágrafos anteriores ficam condicionados à adoção das medidas reparadoras dos impactos indicados nos estudos referidos.

Art. 27. Para a avaliação e indicação de medidas visando à redução de impactos sobre o ambiente urbano, pela geração de efluentes de qualquer natureza, atração de grande número de pessoas, demanda de área de estacionamento e movimentação de veículos para carga e descarga, serão exigidos:

I - reserva de área para estacionamento, carga e descarga, dentro dos limites do próprio terreno, excetuando-se o recuo frontal;

II - implantação de sinalização dos acessos;

III - definição de trajeto de acesso dos veículos pesados, de forma a compatibilizar a circulação com o sistema viário;

IV - reserva de área interna e coberta para filas, onde as atividades gerem grande afluxo de pessoas;

V - para atividades que geram riscos à segurança:

a) aprovação de projeto específico de prevenção e combate a incêndio;

(17)

14 b) implantação de sistemas de alarme e segurança;

c) projeto de evacuação, inclusive quanto a deficientes físicos;

VI - para atividades geradoras de efluentes poluidores, odores, gases ou radiações ionizantes:

a) tratamento da fonte poluidora por meio de equipamentos e materiais;

b) implantação de programa de monitoramento;

VII - para atividades geradoras de ruídos e vibrações, implantação de sistemas de isolamento acústico e de vibrações.

Art. 28. As atividades econômicas localizadas nas vias coletoras e de ligações regionais e vicinais observarão as limitações das zonas em que se situam e as medidas mitigadoras de impactos, de forma a não prejudicar o fluxo do tráfego e a articulação viária.

Seção III

Do Uso Institucional

Art. 29. O uso institucional abrange as atividades empreendidas pelo Poder Público ou por particulares, quando voltadas para a saúde, bem-estar, lazer, cultura, educação e religião da população, além de funções administrativas e jurídicas ligadas ao setor público.

§ 1º Independentemente do porte, empreendimentos institucionais potencialmente geradores de impactos indesejáveis para o meio urbano, sistema viário e meio ambiente deverão ter seus projetos apreciados e aprovados pelo Conselho Municipal de Política Urbana – COMPUR, sem prejuízo das demais exigências legais.

§ 2º. Quando for o caso, e a critério do COMPUR, poderão ser solicitados aos empreendedores EIA/RIMA relativo aos empreendimentos e obras propostos e EIV, além dos casos previstos no Estatuto da Cidade, ficando o licenciamento respectivo condicionado à adoção das medidas reparadoras indispensáveis, segundo a lei.

Seção IV Do Uso Misto

Art. 30 O uso misto compreende a combinação do uso residencial e do uso econômico e/ou institucional, na mesma edificação.

§ 1º Para fins desta Lei, as edificações de uso misto serão tratadas como edificações de uso residencial unifamiliar ou multifamiliar, dependendo da subcategoria de uso residencial que estará combinada ao uso econômico ou ao uso institucional.

§ 2º Nos usos mistos, os usos econômicos e institucionais deverão obedecer às

limitações impostas em termos de porte e tipo de atividade, em conformidade com o

que dispõe esta Lei para cada área e zona.

(18)

15 Seção V

Dos Usos Especiais

Art. 31. Os usos especiais são aqueles que apresentam incômodo ou perigo potenciais à vizinhança e para cujo licenciamento o órgão municipal competente expedirá diretrizes e orientações precisas, baseadas em estudos específicos para cada caso, ouvidos os Conselhos Municipais de Política Urbana - COMPUR e de Defesa do Meio Ambiente - CODEMA, sem prejuízo de outras exigências legais, em especial quanto ao licenciamento ambiental.

Parágrafo único. São considerados usos especiais, sem prejuízo de outros que venham a ser acrescentados por lei:

I - fabricação, estocagem e revenda de combustíveis, gases, explosivos, materiais tóxicos e inflamáveis e outros que representem perigo e insegurança à população;

II - estações e subestações dos serviços de comunicações, tais como torres e antenas de telefonia celular, estações telefônicas, estúdios e transmissoras de rádio e televisão;

III - estações e subestações dos serviços de energia, água e tratamento de dejetos;

IV - presídios;

V - quartéis e corpo de bombeiros;

VI - atividades com horário de funcionamento noturno, após as 22 horas;

VII - cemitério e crematório;

VIII - abate de animais e criação de animais para abate (granjas, chiqueiros e similares);

IX - comércio de fogos e explosivos;

X - terminais rodoviários, ferroviários e aéreos;

XI - aterro sanitário;

XII - usina de lixo.

Art. 32. Os usos especiais não serão admitidos em Zona de Especial Interesse Social - ZEIS, em Área de Diretrizes Especiais - ADE, em Área de Adensamento Restrito - AAR, em Área Urbana Especial - AUE, em Área de Preservação Ambiental – APA, nem na área interna ao Perímetro de Tombamento da Serra da Moeda e seu entorno.

Art. 33. Além dos usos especiais definidos no art. 31 e incisos, poderão ser exigidos laudos técnicos sobre a instalação das atividades abaixo enumeradas, na forma de Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV, que vedará seu estabelecimento, ou determinará medidas mitigadoras dos impactos indesejáveis, sem prejuízo de outras prescrições da legislação aplicável, em especial quanto ao licenciamento ambiental:

I - açougue;

(19)

16 II - borracharia;

III - britamento de pedra;

IV - camping;

V - carpintaria;

VI - casas de diversão, cultura e lazer;

VII - centro de convenções;

VIII - estádios esportivos;

IX - extração de pedras, areia e outros minerais destinados à construção civil;

X - extração de outros minerais não específicos;

XI - fabricação de artefatos de cimento ou de material cerâmico;

XII - fabricação de gelo;

XIII - fabricação de produtos alimentícios e de bebidas;

XIV - ferro velho e sucata;

XV - frigoríficos;

XVI - hipermercados;

XVII - hospitais e similares;

XVIII - hotéis e similares;

XIX - indústrias de borracha;

XX - indústria de couro, pelos e produtos similares;

XXI - indústria editorial e gráfica;

XXII - indústria eletromecânica;

XXIII - indústria farmacêutica e perfumaria;

XXIV - indústria de fumo;

XXV - indústria de materiais plásticos;

XXVI - indústria de material de transporte;

XXVII - indústria de papelão e papel;

XXVIII - indústria química;

XXIX - indústria têxtil, de vestuário, calçados, artefatos e tecidos;

XXX - moinhos;

XXXI - oficina mecânica;

XXXII - oficinas de tornearia, soldagem e serralharia;

XXXIII - peixaria;

XXXIV - preparação de leite e produção de laticínios;

XXXV - preparação ou conserva de pescado;

XXXVI - templos e centros religiosos.

(20)

17 Art. 34 As atividades potencialmente geradoras de alterações ambientais deverão ser submetidas à análise e exigências dos órgãos estaduais e federais de defesa do meio ambiente, conforme legislação específica.

§ 1º. São atividades potencialmente geradoras de alterações ambientais, dentre outras que vierem a ser assim consideradas por lei:

I - aterros;

II - desmatamentos e queimadas;

III - obras de terraplenagem;

IV - retificação de canais;

V - construção de barragens;

VI - construção de represas e diques;

VII - instalações industriais;

VIII - dragagens.

§ 2º. O órgão municipal competente manterá registro das normas ou trabalhos técnicos reconhecidos que versem sobre a adequação, eficiência e controle ambiental das atividades previstas no parágrafo anterior.

Art. 35. O licenciamento de obras com área construída superior a 5.000m² (cinco mil metros quadrados) está sujeito à elaboração de Estudo de Impacto Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente – RIMA.

Art. 36. A atividade industrial, com planta física superior a 2.000m² (dois mil metros quadrados), que pretenda se instalar no Município, ficará localizada, no mínimo, à distância de 200m (duzentos metros) dos corpos de água mais próximos, independentemente de situar-se em Zona Urbana ou Rural.

Seção VI

Dos Usos Conformes e Não Conformes

Art. 37. Relativamente à zona em que estiver situado o imóvel, classifica-se o seu uso a seguir:

I - uso conforme, quando se enquadrar nas categorias estabelecidas para a zona, observadas as condições previstas na Lei;

II- uso não conforme, quando não se enquadrar nas categorias estabelecidas para a zona.

Parágrafo único. O uso não conforme será tolerado, desde que tenha existência

regular anterior à aprovação desta Lei, não podendo a edificação ser ampliada, nem o

uso ser substituído por outro não conforme, permitidas apenas obras de manutenção

e aquelas que minimizem as desconformidades existentes.

(21)

18 CAPÍTULO III

DO ASSENTAMENTO

Art. 38. O assentamento é estabelecido em função da categoria de uso e condiciona a edificação aos seguintes parâmetros urbanísticos:

I - Área mínima do lote;

II - Taxa de Ocupação - TO;

III - Coeficiente de Aproveitamento - CA;

IV - Taxa de Permeabilidade - TP;

V - Afastamentos mínimos frontais, laterais e de fundos;

VI - Gabarito Máximo - GAB;

VII – Número mínimo de vagas de estacionamento.

§ 1º Os parâmetros urbanísticos serão somados às demais condições relativas ao uso e à ocupação dos imóveis, inclusive no que diz respeito às restrições expressas nesta Lei.

§ 2º Para os efeitos desta Lei, serão adotadas as definições a seguir:

I - Área mínima do lote: menor área admitida para os lotes nos novos loteamentos a serem implantados;

II - Taxa de Ocupação - TO: taxa máxima, expressa em percentual que corresponde à projeção da construção no terreno ou lote;

III - Coeficiente de Aproveitamento - CA: índice máximo que, multiplicado pela área do terreno ou lote, corresponde à área total edificável;

IV - Taxa de Permeabilidade - TP: percentual mínimo da área do terreno a ser mantida nas suas condições naturais ou tratada com vegetação;

V - Afastamentos mínimos: distâncias mínimas entre a construção e o alinhamento frontal do lote (afastamento frontal), entre a construção e as divisas laterais (afastamentos laterais), entre a construção e as divisas de fundo (afastamento de fundos);

VI - Gabarito Máximo - GAB: número máximo de pavimentos da edificação, excluídos o subsolo destinado a garagem e estacionamento, em condições regulares de iluminação e salubridade, e a área de pilotis destinado ao uso comum;

VII - Vagas de Estacionamento: número mínimo de vagas de estacionamento por metro quadrado de construção ou por unidade residencial.

§ 3º Considera-se subsolo o pavimento cuja laje de cobertura não se situe acima do ponto mais alto do alinhamento frontal relativo ao logradouro público.

Art. 39. Os parâmetros urbanísticos encontram-se definidos no Anexo 13 - Parâmetros

Urbanísticos; no Anexo 14 - Vagas de Estacionamento; no Anexo 15 - Parâmetros de

Parcelamento, em conformidade com os respectivos usos e zonas de localização,

explicados e interpretados graficamente no Anexo 16 - Glossário.

(22)

19

§ 1º Para o cálculo do CA, não serão computadas como área total da construção as áreas cobertas horizontais destinadas a estacionamento e garagem; circulação vertical, a saber, elevadores, escadas e patamares de acesso; circulação horizontal, até o limite equivalente à circulação vertical; casa de máquina, subestação, caixa d’água, cômodo para lixo, portaria, nem a área do pilotis de uso comum.

§ 2º A exigência de afastamento frontal mínimo poderá ser dispensada nas Áreas de Diretrizes Especiais - ADEs, consideradas de Interesse Histórico, desde que tal dispensa seja aprovada pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural, visando a manutenção das características do conjunto.

§ 4º Cada vaga de estacionamento terá largura mínima de 2,30m (dois metros e trinta centímetros) e comprimento mínimo de 4,50m (quatro metros e cinqüenta centímetros).

§ 5º O corredor de circulação dos veículos terá largura mínima de 3,00m (três metros), 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros) ou 5,00 m (cinco metros), quando as vagas de estacionamento formarem, em relação ao mesmo corredor , ângulos de 30º (trinta graus), 45º (quarenta e cinco graus) ou 90º (noventa graus), respectivamente.

§6º Os acessos deverão dispor de pista de acumulação interna, junto à entrada, ao longo da testada do terreno e no nível do logradouro, nos casos adiante:

I - edificações de uso não residencial, com mais de 60 (sessenta) vagas de estacionamento;

II - edificações de uso misto, com mais de 60 (sessenta) vagas de estacionamento, excluídas as relativas à parte residencial;

III - estacionamentos de veículos abertos ao público;

IV - edifícios garagem.

Art. 40. O assentamento obedecerá, ainda, às seguintes condições:

I - no caso de uso misto residencial multifamiliar vertical com 3 (três) ou 4 (quatro) pavimentos, é obrigatório o pilotis para uso comum, no andar térreo;

II - os pilotis poderão ser fechados em até 30% (trinta por cento) de sua área para instalações de lazer e recreação coletivas, desde que as aberturas de iluminação e ventilação atendam ao disposto no Código de Obras;

III - nas edificações de uso econômico, institucional ou misto, o piso da área do afastamento frontal deverá dar continuidade ao passeio, não sendo permitido nenhum elemento construtivo.

Art. 41. De acordo com a zona em que esteja situada a edificação, o assentamento no lote classifica-se em:

I - assentamento conforme: enquadra-se nas exigências legais de assentamento previstas para a zona;

II - assentamento não conforme: não se enquadra nas exigências legais de

assentamento previstas para a zona.

(23)

20 Parágrafo único. O assentamento não conforme será tolerado, desde que tenha existência regular anterior a esta Lei, vedadas as ampliações da edificação, salvo obras de manutenção e que minimizem as desconformidades.

TÍTULO V

DO PARCELAMENTO DO SOLO URBANO

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 42. Este capítulo estabelece normas complementares ao parcelamento do solo para fins urbanos e divisão da terra, em unidades independentes, com vistas à edificação em Zonas Urbanas, Áreas de Adensamento Restrito - AAR, Áreas Urbanas Especiais - AUE, observada a Lei Federal n° 6.766/79, com as alterações introduzidas pela Lei Federal n° 9.785/99.

Art 43. Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos nas Zonas Urbanas e de Expansão Urbana, nas Áreas de Adensamento Restrito - AAR e nas Áreas Urbanas Especiais - AUE, conforme a legislação municipal. § 1º As disposições relativas ao parcelamento do solo para fins urbanos nas Áreas de Diretrizes Especiais - ADEs constarão de lei especifica que as instituir, resguardadas as condições de proteção ao patrimônio natural e cultural, ouvidos previamente os Conselhos Municipais de Política Urbana - COMPUR e de Defesa do Meio Ambiente - CODEMA.

§2º Serão considerados para fins urbanos o parcelamento ou o desmembramento para chacreamentos e sítios de recreio de que resultem módulos mínimos abaixo do limite estabelecido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, submetendo-se à legislação urbana e tributária relativa à matéria.

§ 3º A modificação do uso de propriedade rural para fins urbanos fica condicionada à prévia autorização do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA e da Prefeitura Municipal, ouvidos os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável, de Política Urbana – COMPUR e de Defesa do Meio Ambiente – CODEMA.

Art. 44. O parcelamento do solo urbano somente poderá ser executado mediante loteamento ou desmembramento, após prévia emissão de diretrizes urbanísticas e aprovação do projeto pelo órgão municipal competente, ouvido o Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR, nos casos previstos nesta Lei, e recebida anuência dos órgãos municipais e estaduais competentes, quando for o caso, em especial o Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM, nos termos da Deliberação Normativa COPAM n° 74, de 9 de setembro de 2004.

§ 1° Considera-se loteamento a subdivisão da gleba em lotes destinados à edificação,

com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou de

prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes.

(24)

21

§ 2° Considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique a abertura de novas vias e logradouros públicos, nem o prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes.

§ 3º Considera-se remembramento o reagrupamento de lotes contíguos para a constituição de nova unidade, não constituindo espécie de parcelamento.

§ 4º A modificação de parcelamento e o reparcelamento obedecerão aos critérios para o parcelamento estabelecidos nesta Lei.

§ 5º Além dos casos previstos nesta Lei, o Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR será ouvido nos casos de parcelamento que implique modificação do sistema viário.

Art. 45. Caso a implantação dos loteamentos esteja sujeita a medidas corretivas, tal como previsto na Legislação Federal, a execução das mesmas medidas será comprovada mediante a apresentação de laudos técnicos à Prefeitura Municipal e ao Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR, e, quando for o caso, de atestados comprobatórios dos órgãos competentes, no que couber.

Parágrafo único. A aceitação do laudo técnico a que se refere o caput deste artigo dependerá de vistoria técnica a ser executada pela Prefeitura Municipal.

Art..46. Não será permitido o parcelamento nas áreas seguintes:

I - necessárias ao desenvolvimento de atividades econômicas;

II - necessárias à preservação ambiental, à proteção de mananciais e à defesa do interesse cultural e paisagístico;

III - sem condições de acesso através do sistema viário oficial e/ou de impossível atendimento quanto à infra-estrutura sanitária adequada;

IV - cujas condições geológicas não aconselhem a edificação;

V - cuja declividade natural seja superior a 47% (quarenta e sete por cento);

VII - que apresentem problemas de erosão em sulcos e voçorocas, até sua estabilização e recuperação;

VIII - que apresentem condições sanitárias inadequadas, até a correção do problema;

IX - contíguas a mananciais, cursos d'água, represas e demais recursos hídricos, sem a prévia manifestação das autoridades competentes;

X - alagadiças ou sujeitas à inundação.

Art. 47. Ao longo dos cursos d'água, lagoas, represas e demais recursos hídricos, será obrigatória a reserva de áreas não-edificáveis, de acordo com a Lei Estadual n°

14.309/2002, que dispõe sobre a política florestal e de proteção à biodiversidade em

Minas Gerais, alterada pela Lei Estadual n° 15.027/2004.

(25)

22 Art. 48. É vedada a aprovação de lotes isolados, a não ser que estejam situados em quarteirões delimitados por, no mínimo, 3 (três) vias públicas aprovadas ou pavimentadas.

Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput deste artigo aos terrenos lindeiros às rodovias federais e estaduais.

CAPÍTULO II

DO PERFIL E DAS CONDIÇÕES DO PARCELAMENTO DO SOLO URBANO

Seção I

Dos Requisitos Urbanísticos

Art. 49. A aprovação do projeto de parcelamento será precedida de exame pelos órgãos competentes da Prefeitura Municipal, especialmente o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – CODEMA.

Art. 50. Os projetos de loteamento deverão atender aos seguintes requisitos:

I – observar os parâmetros de área e testada mínimas, nos termos desta Lei;

II - as vias de loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes oficiais, existentes ou projetadas e harmonizar-se com a topografia local, atendendo às demais disposições desta Lei, relativas ao sistema viário;

III - as redes de serviços deverão compatibilizar-se com as redes já existentes ou em projeto;

IV - onde não houver sistema público de abastecimento de água, nem sistema de coleta e tratamento de esgoto, ainda que em projeto, fica o loteador obrigado a implantá-los, ouvidos o órgão municipal competente e o concessionário, quando for o caso, de acordo com as disposições legais sobre a matéria e o que dispõe o Plano Diretor.

Art. 51. Os parâmetros urbanísticos necessários para o parcelamento de solo urbano devem obedecer os parâmetros exigidos na Lei Federal 6.766/1979 e ainda o decreto Estadual 44.646/2007.

Parágrafo único – Os 5% destinados as áreas institucionais poderão ser permutados com a Prefeitura Municipal de Moeda, visando o desenvolvimento social, cultural Saúde e ainda de infraestrutura, mediante acordo estabelecido com o poder executivo.

Art. 52. As áreas mínimas dos lotes e respectiva testada a serem observadas nos novos parcelamentos, de acordo com o zoneamento estabelecido nesta Lei, constam no Anexo 13 - Parâmetros Urbanísticos e no Anexo 15 - Parâmetros de Parcelamento.

Parágrafo único. Os lotes terão, obrigatoriamente, testada voltada para via ou

logradouro público e relação profundidade/testada não superior a 5 (cinco).

(26)

23 Art. 53. Aos parcelamentos destinados exclusivamente ao uso industrial, com lotes iguais ou superiores a 1.000m² (mil metros quadrados), aplicam-se os seguintes requisitos:

I - as áreas destinadas ao uso público somarão, no mínimo, 15% (quinze por cento) da área total da gleba;

II - das áreas mencionadas no inciso anterior, 5% (cinco por cento) serão destinados aos equipamentos urbanos e comunitários e a espaços livres de uso público;

III – a área destinada ao uso industrial será separada das áreas vizinhas que se destinem ao uso residencial ou misto por faixa arborizada de, no mínimo, 20 metros de largura.

Art. 54. Os lotes lindeiros às vias de ligação regional e vias vicinais municipais terão área mínima de 2.000m² (dois mil metros quadrados) e aqueles lindeiros às vias coletoras, área mínima de 500m² (quinhentos metros quadrados).

Art. 55. O ato de aprovação do projeto de loteamento estabelecerá a classificação das vias, observada a tipologia constante nesta Lei.

Seção II

Do Padrão de Urbanização

Art. 56. Na execução do parcelamento, dever-se-á atender ao padrão de urbanização composto das seguintes obras:

I - abertura e revestimento das vias, com o respectivo marco de alinhamento e nivelamento;

II - urbanização e tratamento paisagístico de toda a área;

III - demarcação dos lotes, quadras e logradouros;

IV - contenção de encostas, quando for o caso;

V - sistema de esgotos, de acordo com as especificações técnicas indicadas pelo Poder Público e conforme projetos já elaborados;

VI - drenagem e escoamento de águas pluviais, de acordo com especificações técnicas do órgão competente;

VII - instalação de tronco alimentador de rede de distribuição de água e, quando necessário, adoção de solução alternativa de abastecimento, tal como poço artesiano, desde que devidamente autorizado pela concessionária do serviço e órgãos ambientais;

VIII - rede de abastecimento de água em todas as vias;

IX - rede de energia elétrica, de acordo com especificações técnicas indicadas;

X - iluminação pública, de acordo com o disposto no inciso anterior;

XI - via de acesso principal ao loteamento, observando-se sua articulação com

aquelas já existentes e/ou projetadas, tal como indicado no Anexo 11 - Mapa das

(27)

24 Áreas de Intervenção Viária; no Anexo 12 - Vias com previsão de faixa de domínio ou recuo de alinhamento das construções; e no Anexo 12 A - Larguras Mínimas.

Parágrafo único. Nos loteamentos com mais de 400 (quatrocentos) lotes, a Prefeitura Municipal poderá exigir do loteador, além de execução das obras de infra-estrutura previstas neste artigo, a implantação de equipamentos urbanos e comunitários.

Art. 57. A abertura de toda e qualquer via ou logradouro público obedecerá às normas desta Lei e dependerá de aprovação da Prefeitura Municipal.

Art. 58. As vias de circulação serão compostas por parte destinada ao tráfego de pedestres e outra destinada ao tráfego de veículos, obedecendo às seguintes características, em especial: I - a parte destinada ao tráfego de pedestres será de, no mínimo, 2,00m (dois metros) de largura, com declive de 3% (três por cento) no sentido transversal e na direção da faixa de rolamento; a parte destinada ao tráfego de veículos observará a largura compatível com a hierarquia da via, prevista no artigo 18 desta lei.

II – os passeios conterão, no eixo da bissetriz do ângulo formado nas esquinas, rampa de acesso com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) e partida ao nível do piso da faixa de rolamento, para pessoas portadoras de deficiência.

Art. 59. As vias de impasse, também denominadas cul-de-sac, serão permitidas, nas condições a seguir:

I – sejam providas, na sua extremidade, de rotatórias ou martelos, cujo leito possua diâmetro mínimo de 20 (vinte) metros;

II – seja prevista servidão de passeio para pedestres, na extremidade;

III – seu comprimento não exceda a 150 (cento e cinqüenta) metros.

Art. 60. A rampa máxima permitida nas vias de circulação será de 20% (vinte por cento) e a declividade mínima de 0,5% (meio por cento).

Parágrafo único. Para as vias de circulação ou trecho de vias que apresentem diferenças de nível com declividade superior a 20% (vinte por cento), o órgão municipal determinará as condições a serem adotadas, em cada caso.

Art.. 61. A concordância horizontal dos alinhamentos de dois logradouros será feita por curva de raio mínimo igual a 6 (seis) metros.

Art. 62. Compete ao Executivo Municipal promover o emplacamento de logradouros públicos e a numeração das edificações.

Art. 63. Fica facultada a adoção de padrões urbanísticos específicos nas Zonas de

Especial Interesse Social – ZEIS, mediante Resolução do Conselho Municipal de

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