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9 - DIRETRIZES PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL

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Academic year: 2021

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9 - DIRETRIZES PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL

9.1 – Licenciamento Ambiental

O licenciamento ambiental é um procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental (Resolução CONAMA 237).

No caso da cadeia produtiva do biodiesel, a regulamentação do Licenciamento Ambiental está nas Resoluções CONAMA 01/86, 11/86, 06/86, 09/87, 13/90, 237/97 e 289/01 (anexo III).

A Resolução CONAMA 01/86 considera impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais. Nesta Resolução estabeleceu-se definições e as diretrizes gerais para o uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental (estudo de Impacto ambiental e Relatório de Impacto Ambiental – EIA/RIMA), exigido para as atividades consideradas de significativo impacto ambiental.

A Resolução CONAMA 06/86 estabelece os modelos de publicação dos pedidos de licenciamento ambiental.

Com a publicação da Resolução CONAMA 11/86, que alterou a Resolução CONAMA01/86, o licenciamento ambiental dos projetos agropecuários ficou regulamentado da seguinte forma:

“...Projetos Agropecuários que contemplem áreas acima de 1.000 ha. ou menores, neste caso, quando se tratar de áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental, inclusive nas áreas de proteção ambiental.”

Os critérios e procedimentos para a realização de audiência pública, exigida nos projetos que contenham EIA/RIMA, são estabelecidos na Resolução CONAMA 09/87. A Audiência Pública referida na Resolução CONAMA 01/86, tem por finalidade expor aos interessados o conteúdo do produto em análise e do seu referido RIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo dos presentes as críticas e sugestões a respeito.

A Resolução CONAMA 13/90, visando a proteção dos ecossistemas protegindos por Unidades de Conservação, resolve que as atividades econômicas exercidas no entorno das unidades de conservação devem ser definidas pelo órgão responsável pela UC, juntamente com os órgãos

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Na área da Zona de Amortecimento da UC, as atividades econômicas desenvolvidas e que possam afetar a biota, devem obrigatoriamente passar pelo licenciamento ambiental. Ainda, o licenciamento só será concedido “mediante autorização do responsável pela administração da Unidade de Conservação”

A Resolução CONAMA 237/97, é uma revisão dos procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental, considerando novos instrumentos incorporados ao sistema de licenciamento ambiental e particularidades no âmbito dos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente que integram o SISNAMA (Sistema Nacional de Meio Ambiente)

Os Estudos Ambientais exigidos relacionam-se à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco.

Segundo a Resolução CONAMA 237/97, as atividades ou empreendimentos considerados potencialmente ou efetivamente poluidores no território nacional devem obter três tipos de licença:

• Licença Prévia (LP) concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação;

• Licença de Instalação (LI) que autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante; e,

• Licença de Operação (LO) em que é autorizada a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação.

No ordenamento jurídico nacional a legislação federal traça as normas gerais enquanto as leis estaduais e municipais especificam-nas, cuidando das particularidades e características regionais.

Assim, conforme determina a Resolução CONAMA 237/97, os Órgãos Estaduais de Meio Ambiente tem o poder de definir os critérios de exigibilidade, de detalhamento e de complementação dos Estudos Ambientais, conforme a natureza, o porte e as particularidades de cada empreendimento, com base na legislação federal e estadual.

Esclarece-se, no Art. 9 da Resolução CONAMA 237/97, que: “O CONAMA definirá, quando necessário, licenças ambientais específicas, observadas a natureza, características e peculiaridades da atividade ou empreendimento e, ainda, a compatibilização do processo de licenciamento com as etapas de planejamento, implantação e operação.”

A Resolução CONAMA 289 regulamenta, especificamente, o licenciamento ambiental de projetos de assentamento de reforma agrária, tendo em vista a relevância social do Programa Nacional de Reforma Agrária.

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9.2 – Diretrizes para o Licenciamento da Atividade Agrícola

A experiência adquirida por Órgão Estaduais de Meio Ambiente no licenciamento dessa atividade (anexo IV) demonstra que o primeiro passo a ser adotado é o cadastramento do proprietário e sua atividade agropecuária, incluindo informações sobre a situação fundiária, localização da propriedade, Reserva Legal, Área de Preservação Permanente, área degradada e área explorada economicamente.

As diretrizes adotadas para o licenciamento das atividades rurais (anexo IV), tem contribuído no monitoramento e controle do desmatamento e em estudos sobre a grilagem de terras públicas.

Com base nos impactos ambientais descritos no item 07 desse Estudo e da particularidade das atividades agrícolas, como o tamanho das propriedade, as espécies cultivadas, instalações e mão de obra utilizada, e com base em ações implementadas em alguns Estados, definiu-se um roteiro que pode subsidiar o Ministério do Meio Ambiente na definição de diretrizes para a efetivação do licenciamento ambiental da atividade agrícola em âmbito nacional.

O nível de detalhamento do roteiro proposto neste estudo, tem como critério o tamanho das propriedades e é sub-dividido em três tipos : propriedades até 250 ha, propriedades entre 251 e 999 ha e propriedades com área igual ou superior a 1000 ha.

9.2.1 – Diretrizes para o Licenciamento Ambiental de Propriedades Rurais até 250 ha

Documentação e Informações Gerais

A documentação mínima a ser exigida pelo Órgão ambiental é apresentada na tabela 9.01.

Aspectos Técnicos

− Croqui detalhado da propriedade, apresentando polígono do perímetro com área da Reserva Legal, área explorada economicamente e a Área de Preservação Permanente;

− Coordenada Geográfica dos vértices do perímetro da propriedade;

− Se houver desmate, apresentar polígono do Desmate com Coordenadas dos Vértices.

− Apresentar a finalidade da exploração (agricultura, pecuária e/ou outros) e área ocupada pela atividade;

− Termo de compromisso de Manutenção da APP;

− Caracterização Ambiental da Propriedade, conforme a tabela 9.02;

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Tabela 9.01 – Documentação Necessária para o Licenciamento de Propriedades Rurais até 250 ha

DOCUMENTAÇÃO APRESENTAR

PROPRIETÁRIO Cópia da Carteira de identidade, com original para conferência sim

Cópia do CPF/MF, com original para conferência sim

PROPRIEDADE

Croqui da propriedade e de acesso Sim, quando for posseiro

Cópia do Contrato de arrendamento ou comodato. Em cópia. Se for o caso

Documento da propriedade ou posse sim

Mapa locando a área já desmatada, área de floresta e os cursos

d’água sim

Averbação da Reserva Legal Quando houver

Autorizações de desmate e queima referentes aos 03 últimos

anos, pelo órgão ambiental ou IBAMA Quando houver

Fonte: IMAC, AC; Adaptado por STCP

Tabela 9.02 – Caracterização do Ambiental da Propriedade (até 250 ha)

ASPECTOS FORMA DE APRESENTAÇÃO

Caracterização da Cobertura Vegetal da propriedade Relatório

Características hidrográficas Relatório e Croqui da Propriedade

Uso Atual do solo na propriedade Relatório e Croqui da Propriedade

Autorizações de desmate e queima referentes aos 03

últimos anos, pelo órgão ambiental ou IBAMA Relatório (cópias no processo)

Benfeitorias na propriedade Relatório

Situação atual da(s) área(s) de preservação permanente (estado de conservação, localização, proximidades de

bancos de sementes, etc...) Relatório

Situação da(s) área(s) de Reserva Legal Relatório

Proximidade da propriedade com áreas protegidas /

unidades de conservação Relatório

Monitoramento, Combate e Controle de fogo Relatório Plano de Recuperação Ambiental – PRAD, deverá ser

apresentado em caso de existência de Área de Degradada (APP e Outras áreas), previsto na Medida Provisória 2166-67 (Código Florestal em Vigor).

Relatório

Fonte: SEMA, MT; IMAC, AC; Adaptado por STCP.

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9.2.2 – Diretrizes para o Licenciamento Ambiental de Propriedades Rurais entre 251 ha a 999 ha

Documentação e Informações Gerais

− Requerente (Nome, Endereço, RG, CPF e ou CNPJ se pessoa Jurídica);

− Elaborador (Nome, Endereço, RG, CPF, CREA e ART);

− Executor (Nome, Endereço, RG, CPF e ou CNPJ se pessoa Jurídica);

− Comprovante de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART;

− Nome da Propriedade;

− Localização da Propriedade (Região, Microrregião e Município);

− Proprietário (Nome, Endereço, RG, CPF e ou CNPJ se pessoa Jurídica);

− Documentos que comprovem a Propriedade de acordo com a legislação vigente;

− Croqui de Acesso (da Sede do Município até a propriedade);

Aspectos Técnicos

− Carta Imagem do Imóvel;

− Manejo e culturas adotados;

− Outorga da água (se adotar o manejo de irrigação)

− Memorial descritivo do limite da área da propriedade com coordenadas geográficas de pelo menos um marco poligonal;

− Termo de compromisso de Manutenção da APP;

− Caracterização da Propriedade, conforme a tabela 9.03;

− Caracterização Ambiental (conforme a tabela 9.04), Plano Básico Ambiental e Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas (caso houver necessidade).

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Tabela 9.03 – Caracterização das Áreas da Propriedade (de 251 ha a 999 ha)

ÁREA Nº. MATRÍCULA.

Área da Propriedade Rural Total ---

Área da Propriedade Rural por Matrícula ---

Área da Matrícula ---

Área de Reserva Legal ---

Área Remanescente ---

Área a ser Explorada pelo Projeto ---

Área Explorada (Já aberta) ---

Área de Reserva Legal Compensada ---

Área de Reserva Legal Degradada ---

Área de Preservação Permanente ---

Área de Preservação Permanente Degradada ---

Área de Preservação Permanente em Reserva Legal ---

Área de Preservação Permanente em Reserva Legal

Compensada ---

Área de Preservação Permanente em Área Aberta (Já Explorada)

---

Área de Preservação Permanente em Área

Remanescente ---

Área de Preservação Permanente em Área a ser

Explorada pelo Projeto ---

Plano de Manejo Florestal Sustentável ---

Área com Reflorestamento ---

Área para Reforma e/ou Limpeza de Pastagem ---

Área para Queima Controlada ---

Fonte: SEMA, MT

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Tabela 9.04 – Caracterização Ambiental da Propriedade

ASPECTOS FORMA DE APRESENTAÇÃO

Caracterização da Cobertura Vegetal da propriedade e

da área do plano Relatório

Características hidrográficas Relatório e Material Cartográfico

Caracterização do Relevo Relatório e Material Cartográfico

Caracterização do Clima Relatório

Caracterização do solo e da capacidade do uso Relatório e Material Cartográfico Uso Atual do solo na propriedade Relatório e Material Cartográfico Autorizações de desmate e queima referentes aos 03

últimos anos, pelo órgão ambiental ou IBAMA Relatório (cópias no processo)

Benfeitorias na propriedade Relatório

Situação atual da(s) área(s) de preservação permanente (estado de conservação, localização, proximidades de

bancos de sementes, etc...) Relatório

Situação da(s) área(s) de Reserva Legal Relatório

Descrição das atividades desenvolvidas e a serem

desenvolvidas e suas implicações ambientais Relatório Proximidade da propriedade com áreas protegidas /

unidades de conservação Relatório e Material Cartográfico

Medidas mitigadoras referente as atividades desenvolvidas na propriedade, quando esta estiver localizada no entorno de Unidade de conservação / áreas protegidas, definidas pela RESOLUÇÃO/CONAMA Nº 013 de 06 de dezembro de 1990;

Relatório

Monitoramento, Combate e Controle de fogo Relatório Plano de Recuperação Ambiental – PRAD, deverá ser

apresentado em caso de existência de Área de Degradada (APP e Outras áreas), previsto na Medida Provisória 2166-67 (Código Florestal em Vigor).

Relatório

Fonte: SEMA, MT; IMAC, AC; Adaptado por STCP.

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9.2.3 – Diretrizes para o Licenciamento Ambiental de Propriedades Rurais Igual ou Acima de 1000 ha

Documentação e Informações Gerais

− Requerente (Nome, Endereço, RG, CPF e ou CNPJ se pessoa Jurídica);

− Elaborador (Nome, Endereço, RG, CPF, CREA e ART);

− Executor (Nome, Endereço, RG, CPF e ou CNPJ se pessoa Jurídica);

− Comprovante de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART;

− Caracterização do Projeto: - Público / Misto / Privado;

− Se público ou misto: Nº de beneficiados;

− Cadastro SENIR / INCRA / Outros;

− Filiação a Empresa / Cooperativa ou Associação;

− Nome do imóvel;

− Área Total;

Aspectos Técnicos

− Área sob utilização agrícola;

− Área com potencial agrícola;

− Demais usos da propriedade (área de infraestrutura, inaproveitável, plano de manejo, agricultura de sequeiro, pastagem, cabruca e forrageiras) e caracterização conforme a tabela 9.05;

− Infra-estrutura disponível (sistema viário, energia, armazéns, cooperativas associações de apoio, obras hidráulicas, unidades de beneficiamento).

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Tabela 9.05 – Caracterização das Áreas da Propriedade (igual ou superior a 1000 ha)

ASPECTOS FORMA DE APRESENTAÇÃO

Projeto Irrigado

Área a ser irrigada; Método e sistema de irrigação e drenagem a ser implantado, com área de abrangência (Lâmina d´água a ser aplicada, Velocidade de infiltração de água no solo, Infra estrutura prevista no projeto, Cultura que se pretende irrigar

Projeto Técnico (relatório) e Material Cartográfico

Viabilidade Econômica (Produção esperada, Mercado,

Recursos financeiros) Projeto de Viabilidade Econômica (relatório)

Caracterização da Fonte Hídrica para irrigação Relatório e Material Cartográfico Práticas agrícolas a serem implantadas pelo Projeto e

as práticas de manejo e conservação dos solos, uso de insumos agrícolas e práticas conservacionistas/

preservacionistas a serem implantadas.

Relatório

Mão de obra prevista no projeto, especificar Relatório

Pecuária

Área para pastejo direto; Método e sistema de manejo dos animais, produção e mercado; Descarte, venda, mortalidade, natalidade; Recursos financeiros

Projeto de Viabilidade Econômica (relatório) e Material Cartográfico

Descrição do rebanho especificar e quantificar;

Evolução do rebanho, demonstrando o ponto de

estabilização. Projeto Técnico (relatório)

Alimentação e nutrição animal no período; Forrageiras

utilizadas e banco de proteína; Reserva estratégica Relatório Práticas agrícolas a serem implantadas pelo Projeto e

as práticas de manejo e conservação dos solos, uso de insumos agrícolas e práticas conservacionistas/

preservacionistas a serem implantadas.

Relatório

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ASPECTOS FORMA DE APRESENTAÇÃO Agricultura de Sequeiro

Área para o cultivo de sequeiro; Período de plantio, sistema de plantio, com as operações, manejo e culturas utilizadas; Tempo de pousio; Produção esperada;

Projeto Técnico (relatório) e Material Cartográfico

Viabilidade Econômica (Produção esperada, Mercado,

Recursos financeiros) Projeto de Viabilidade Econômica (relatório)

Práticas agrícolas a serem implantadas pelo Projeto e as práticas de manejo e conservação dos solos, uso de insumos agrícolas e práticas conservacionistas/

preservacionistas a serem implantadas.

Relatório

Mão de obra prevista no projeto, especificar Relatório Fonte: CRA, Bahia; Adaptado por STCP

Caracterização Ambiental Meio Físico

− Clima – Classificação e descrição das características;

− Balanço Hídrico;

− Solos – Mapa de Classificação indicando classe, perfil, textura e profundidade;

− Classificação de terra para uso agropecuário;

− Riscos a degradação;

− Topografia e declividade;

− Águas superficiais e subterrâneas;

− Tipo, nome, regime, vazão mínima e média;

− Vazão de captação;

− Em projetos de irrigação análise de água para irrigação com turbidez, pH, condutividade elétrica e sólidos totais.

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Meio Biótico

− Caracterizar a vegetação existente e estado de conservação;

− Percentual da propriedade com vegetação nativa;

− Reserva legal averbada ou proposta para averbação;

− Áreas de preservação permanente;

Área proposta para supressão vegetal, incluindo o inventário florestal acompanhado da descrição da metodologia adotada para parcelamento, amostragem, equação de volume utilizada e fatores de conversão utilizados. Levantar e identificar principais espécies na área de influência da inundação, destacando-se os seus usos e frequência, a existência de espécies raras, endêmicas e/ou em vias de extinção, quando se tratar de área com vegetação que produzirá rendimento de material lenhoso (lenha, carvão, estacas, mourões, madeira para serraria, etc.);

Levantamento das espécies da fauna existentes mencionando as em extinção, existência de locais para pouso de aves migratórias;

Carta de vegetação da propriedade plotando as áreas para supressão, reserva legal, área de preservação permanente e demais usos em escala compatível, anexando o memorial com as coordenadas da área proposta para supressão vegetal.

Meio Sócio - Econômico

− Modificação no uso e ocupação da terra;

− Relações de trabalho existentes;

− Número de pessoas empregadas e o período;

− Uso de assistência técnica;

− Principais atividades econômicas;

− Local de aquisição e tipos de insumos;

− Condições de abastecimento de água;

− Sistema de Saúde;

− Ocorrência de locais de interesse turístico ou cultural.

Medidas Mitigadoras

Apresentar uma descrição detalhada das principais medidas de caráter mitigador e/ou compensatórias propostas para serem implementadas nas diferentes fases do empreendimento.

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9.3 – Diretrizes para o Licenciamento da Atividade Industrial

Segundo a Resolução CONAMA 237/97, de acordo com o seu ANEXO I, a atividade industrial de produção do biodiesel é sujeita ao licenciamento ambiental e deve ser enquadrada em Indústria Química (Fabricação de combustíveis não derivados de petróleo).

O licenciamento prévio de empreendimentos, atividades ou obras, potencial ou efetivamente poluidores e/ou degradantes, a ser requerido na fase preliminar do planejamento do empreendimento, atividade ou obra, tem por objetivo:

− Emitir parecer sobre a possibilidade da implantação da atividade no local pretendido;

− Suprir o requerente com parâmetros para lançamento de resíduos líquidos, sólidos, gasosos e para emissões sonoras no meio ambiente, adequados aos níveis de tolerância estabelecidos para a área requerida e para a tipologia do empreendimento;

− Suprir o requerente com as diretrizes necessárias à apresentação de projetos para os sistemas de controle ambiental.

A concessão da licença prévia fica a critério do Órgão Estadual de Meio Ambiente e o Estudo Ambiental apresentado deve conter os requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização, instalação e operação, observados os planos federal, estadual ou municipal de uso do solo. Esta licença não autoriza o início da implantação do empreendimento, atividade ou obra requerida.

Para análise da concessão da licença prévia, deve-se exigir, no mínimo, os seguintes documentos:

− Cadastro por tipologia do empreendimento (preenchido pelo requerente);

− Anuência prévia do município, declarando expressamente que o local e o tipo de atividade estão de acordo com as posturas e leis do uso do solo urbano;

− Prova de publicação de súmula do pedido de licença prévia em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelos aprovados pela Resolução CONAMA no. 006/86;

Caso o empreendimento em questão enquadrar-se nas categorias de potencial poluidor, definidas pelos Órgão Ambientais Estaduais de acordo com as particularidades e características regionais, este estará sujeito à apresentação de Estudo e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), que deverá ser exigido pela OEMA, quando da análise do requerimento da Licença Prévia.

A licença de instalação deve ser requerida no momento de implantação da unidade industrial, e para ser concedida é necessário apresentar ao Órgão Ambiental Estadual um documento contendo as medidas de controle ambiental (PBA/PCA). Esta licença autoriza a implantação do empreendimento, mas não seu funcionamento e, tem por objetivo:

− Aprovar os sistemas de controle ambiental;

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− Autorizar o início da implantação do empreendimento, bem como fixar os eventos das obras de implantação dos sistemas de controle ambiental sujeitos a inspeção do Órgão Ambiental Estadual.

Para a emissão da licença de instalação, o requerente deverá apresentar, no mínimo, a seguinte documentação:

− Cópia da Licença Prévia e da publicação de sua concessão em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA no. 006/86;

− Prova de publicação de súmula do pedido de licença de instalação em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelos aprovados pela Resolução CONAMA no. 006/86;

− Projeto relativo ao Sistema de Controle Ambiental exigido na concessão da LP, elaborado por técnico habilitado, segundo as diretrizes da OEMA, acompanhado de anotação ou registro de responsabilidade técnica.

A Licença de Operação destina a autorizar o funcionamento do empreendimento após verificada a compatibilidade com o projeto aprovado e a eficácia das medidas de controle ambiental. Para a emissão da licença de operação ou para sua renovação, o requerente deverá apresentar, no mínimo, a seguinte documentação:

− Cópia da Licença de Instalação ou de Operação (no caso de renovação) e da publicação de sua concessão em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA no. 006/86;

− Prova de publicação de súmula do pedido de licença de operação ou para sua renovação em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelos aprovados pela Resolução CONAMA no. 006/86;

Para os Estudos Ambientais que serão propostos pela OEMA no processo de licenciamento da atividade industrial do biodiesel, sugere-se o escopo mínimo de Documentos Técnicos que devem ser apresentados:

− Mapa de localização/ carta imagem (escala a definir), contendo a área objeto do licenciamento, a sede do município ou marco geográfico conhecido na região, bacia hidrográfica e vias de acesso;

− Planta de localização/ situação contendo delimitação da área, com coordenadas geográficas, indicando a situação do terreno em relação ao corpo receptor e cursos d’água (córregos, nascentes, lagoas, canais, etc.), indicando o(s) ponto(s) previstos para captação da água e lançamento dos despejos líquidos e de mais atividades poluidoras, especificando as edificações vizinhas, conforme a característica do empreendimento, em (escala a definir);

− Caracterização geral do empreendimento (Projeto técnico);

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− Diagnóstico ambiental caracterizando a área de influencia do empreendimento antes da implantação do projeto, em relação ao meio físico, biótico e sócio econômico: geologia, geomorfologia, recursos hídricos (corpo receptor, bacia hidrográfica), qualidade do ar, clima (precipitação, temperatura média, direção predominante dos ventos), solos (tipo, textura, estrutura, permeabilidade e nível do lençol freático), vegetação, fauna;

população, infra-estrutura, dinâmica populacional, considerando os prováveis impactos ambientais de influencia direta e indireta dos meios biótico, físico e sócio-econômico decorrentes da implantação da atividade;

− Memorial descritivo (com fluxograma) dos processos de fabricação, citando as matérias primas e produtos auxiliares utilizados no processo, capacidade de produção, destacando os pontos onde haverá emissão de ruídos ou geração de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos (com respectiva quantificação e caracterização químico-física das emissões);

− Apresentar as alternativas de tratamento e controle previstos para os efluentes líquidos, gasosos e resíduos sólidos e emissão de ruídos;

− Apresentar a caracterização do corpo receptor dos efluentes líquidos industriais e domésticos (vazão, Temperatura, cor, Turbidez, DBO, DQO, OD, Sólidos Totais, pH, Coliformes, Termotolerantes, Fósforo Total, Cloretos, Óleos e Graxas, Alcalinidade), através da apresentação de um boletim de análise físico-químico e bacteriológico;

− Apresentar a caracterização qualitativa e quantitativa dos efluentes líquidos, atmosféricos e dos resíduos sólidos. Informar se o regime de lançamento será contínuo ou descontinuo, devendo serem especificada a vazão de lançamento; duração media de descargas previstas, garantias do processo (eficiência prevista);

− Especificar os combustíveis a serem utilizados pela empresa (tipo, quantidade diária, mensal e anual, forma de armazenamento);

− Informar quais os equipamentos utilizados para queima, indicando o período de funcionamento e dispositivos de controle e segurança e especificar número e tipo de caldeira a serem instaladas, fornecendo as características das mesmas (capacidade de produção de vapor Kg/hora), temperatura máxima de vapor e sistema de limpeza (se automática, manual ou por sopragem);

− Caso o empreendimento faça uso da água (retirada/lançamento) apresentar concessão de outorga da água;

− Avaliar o impacto ambiental previsto em decorrência dos lançamentos de efluentes previstos, apresentando o cálculo da DBO5 e OD da mistura, utilizando a vazão de referencia do corpo receptor;

− Caso ocorra alteração da Classe do Corpo receptor, deverá ser apresentado estudo de autodepuração em consonância o que estabelece o art. 10 da Resolução CONAMA nº.357 de 17 de março 2005;

− Apresentar testes de infiltração e nível do lençol freático da área onde se pretende implantar o empreendimento caso seja previsto armazenamento do resíduo sólido em contato direto com o solo;

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− Descrição preliminar das principais medidas mitigadoras e/ou compensatórias referentes aos impactos avaliados acima;

− Apresentar Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos para o empreendimento;

− Apresentar a Análise de Risco Ambiental do armazenamento dos principais insumos e do biodiesel;

− Apresentar os planos de monitoramento para a fase de operação do empreendimento, com cronograma físico de execução.

Referências

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