• Nenhum resultado encontrado

A divulgação científica sobre pesquisas relacionadas ao professor que ensina matemática nos anos iniciais do ensino fundamental

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A divulgação científica sobre pesquisas relacionadas ao professor que ensina matemática nos anos iniciais do ensino fundamental"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

A divulgação científica sobre pesquisas relacionadas ao professor que ensina matemática nos anos iniciais do

ensino fundamental

Graduanda Michelle Diane Hilgert (PUC-CAMPINAS) Faculdade de Educação

Centro de Ciências Humanas e Sociais aplicadas mdhilgert@gmail.com

Profa. Dra. Maria Auxiliadora Bueno Andrade Megid (PUC-CAMPINAS)

Grupo Formação e Trabalho Docente Centro de Ciências Humanas e Sociais aplicadas

dmegid@puc-campinas.edu.br

RESUMO

Este trabalho de Iniciação Científica tem por objetivo fazer um levantamento de artigos apresentados em eventos científicos que tenham como abordagem central a formação de professores dos anos iniciais que ensinam matemática, as práticas dos professo- res, as dificuldades e avanços relacionados ao ensi- no de matemática nessa etapa escolar. Foram bus- cadas as concepções dos autores dos artigos relaci- onadas aos dilemas e dificuldades desse ensino, a partir das reflexões indicadas pelos mesmos. Tal es- tudo permitiu construir um acervo sobre o ensino de matemática nos anos iniciais, as práticas dos profes- sores, dificuldades e avanços, se buscou mapear os resultados de pesquisas que se encontram divulga- das em artigos científicos. Ainda, traz as formas de conceituar ensino de matemática nos anos iniciais, a partir dos aportes encontrados nos artigos e também a Formação e o trabalho do docente que ensina ma- temática no Ciclo I. Da mesma maneira, será subsí- dio do projeto maior ao qual este se vincula intitulado

“Mapeamento e estado da arte da pesquisa brasileira sobre o professor que ensina matemática nos anos iniciais do ensino fundamental”. Os artigos foram buscados nos sites dos eventos. Tendo como objeti- vo inicial focar dois grandes eventos da educação.

Primeiramente as reuniões anuais da Anped em seus GTs 08 (Formação de Professores), 13 (Educação Fundamental) e 19 (Educação Matemática). Em se-

guida, os encontros Nacionais de Educação Matemá- tica — ENEM — nos Eixos 1 (práticas escolares), 2 (Pesquisa em Educação Matemática) e 3 (Formação de Professores). O recorte temporal foi compreendi- do entre os últimos dez anos, ou seja, de 2004 até 2013. Foram utilizados os descritores: ensino de ma- temática; práticas docentes de matemática; práticas escolares de matemática. Depois de localizados os resumos no referido banco, os mesmos foram lidos e aqueles que abordavam aspectos relacionados à pesquisa foram catalogados para posterior busca do trabalho de tese ou dissertação em sua íntegra. Des- tacamos nos trabalhos as ideias sobre as temáticas em questão, construindo um estofo teórico para pos- terior análise.

Palavras-chave: mapeamento de artigos científicos;

professor que ensina matemática nos anos iniciais;

formação do professor de matemática dos anos inici- ais.

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho, advindo de uma atividade de Iniciação Científica, justifica-se por se tratar de uma investiga- ção que subsidiará outras investigações do grupo de pesquisa ao qual pertencemos — Formação e Traba- lho Docente —, bem como a outras pesquisas que

(2)

tenham a mesma temática de investigação. A pre- sente proposta visa mapear, descrever e sistematizar artigos apresentados e publicados nos sites das reu- niões anuais da ANPED, em seus GTs08 (Formação de Professores), 13 (Educação Fundamental) e 19 (Educação Matemática).

Posterior a isso foram selecionados os artigos dos encontros Nacionais de Educação Matemática ENEM — nos Eixos 1 (práticas escolares), 2 (Pes- quisa em Educação Matemática) e 3 (Formação de Professores). O recorte temporal foi o compreendido entre os últimos dez anos, ou seja, de 2004 até 2013.

Tal levantamento foi realizado por meio de CD’s das reuniões da ANPED e no sítio dos encontros do ENEM.

O levantamento dos dados foi feito a partir dos des- critores selecionados sendo eles: ensino de matemá- tica; práticas docentes de matemática; práticas esco- lares de matemática, a busca por tais descritores nos artigos apresentados nas reuniões auxiliou no pro- cesso de seleção dos artigos, os descritores foram escolhidos a partir das temáticas e do objetivo da pesquisa.

Enfatizamos que, em boa parte, os trabalhos apre- sentados nos referidos Grupos de Trabalhos desses eixos são decorrentes de pesquisas acadêmicas, sobretudo das dissertações e teses.

Entretanto, ao considerar, conforme André (2011), que as pesquisa a partir do ano 2000 passaram a deslocar seu foco de estudo da formação do profes- sor para a pessoa do professor, ampliamos o campo a ser mapeado, incluindo também trabalhos que têm como foco de estudo no professor que ensina mate- mática, sendo a formação e o desenvolvimento pro- fissional uma parte significativa da presente pesqui- sa. Destacamos, novamente, o nosso foco para os artigos que investigaram ações e professores que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

No Brasil, no campo educacional, destacam-se os trabalhos de mapeamentos realizados por André (1999; 2002;2011); Gatti e Barreto (2009); e Gatti, Barreto e André (2011).

E quais as contribuições que esses mapeamentos trazem para o nosso projeto de pesquisa? Primeiro, eles nos apontam tendências no campo educacional mais amplo, instigando-nos a investigar se essas tendências também se configuram no campo da Educação Matemática. Tanto a pesquisa de Gatti e Barreto (2009) quanto a de Roldão (2007) indicam que há um diferencial nas pesquisas no campo da educação matemática. Roldão (2007), inclusive, atri-

bui tal fato à forma dinâmica de atuação da Associa- ção de Professores de Matemática de Portugal (APM).

No Brasil, a existência da Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM) também mobiliza seus pesquisadores para o incremento no número de pesquisas realizadas anualmente.

Finalmente, é possível identificar alguns conceitos que têm marcado o campo da formação docente:

desenvolvimento profissional, concepções e crenças do professor, profissionalidade e profissionalização, conhecimento profissional, identidade, processos formativos, histórias de vida, saberes e práticas do professor e gênero.

2. MÉTODO

O Projeto teve duas fases distintas, sendo a primeira relativa ao processo de mapeamento dos artigos apresentados nos eventos do ENEM e ANPED que ocorreram no período de 2004 a 2013 e que têm co- mo foco de estudo o professor que ensina matemáti- ca nos anos iniciais. A segunda fase consiste na realização de estudos descritivos relacionados ao tema. Porém com maior detalhamento pode ser clas- sificada como quatro momentos distintos sendo eles:

 Levantamento e estudo do material bibliográfico e após organizar o material estudado, objetivando as práticas de professores em sala de aula no ensino de matemática no ensino fundamental anos;

 Sistematização por meio de tabelas e gráficos que representam o número de artigos selecionados em cada ano e em cada GT;

 Leitura do material selecionado no primeiro mo- mento;

 Síntese do trabalho por meio de um artigo científi- co para publicação.

Para que todas as etapas a serem cumpridas tives- sem êxito foram realizadas reuniões com a orienta- dora que prestou esclarecimentos importantes sobre o tema em questão e pontuou o trabalho a ser reali- zado em cada etapa. Desta forma ampliaram os meus conhecimentos e minha compreensão sobre o foco da pesquisa, bem como sobre os procedimentos metodológicos a serem desenvolvidos.

A modalidade de pesquisa do revisão bibliográfica segundo Fiorentini e Lorenzato (2006) é

(3)

“[...] uma revisão sistemática de outras pesquisas, visando realizar uma avaliação crítica das mesmas e/ou produzir novos…

resultados ou sínteses a partir do confronto desses estudos, transcendendo aqueles anteriormente obtidos”. (FIORENTINI;

LORENZATO, 2006, p.103).

Após a leitura dos resumos e a identificação dos arti- gos de nosso interesse, confeccionamos os ficha- mentos dos mesmos através da organização em ta- belas. Após a elaboração dessas tabelas, iniciamos a elaboração de uma tabela síntese que apresentasse o panorama dos trabalhos relacionados ao foco des- sa pesquisa.

A partir das investigações realizadas através do le- vantamento das teses e dissertações foi possível coletar o total de 33 trabalhos que de alguma manei- ra traziam as palavras-chaves utilizadas para a pes- quisa, nos GT 8, 13 e 19 da ANPED, na busca reali- zada nos CD de cada reunião. Porém na pesquisa realizada nos encontros do ENEM nos Eixos 1, 2 e 3, a partir do sítio do evento, foram selecionados 59 trabalhos que correspondiam ao foco da análise, o que configurou um total de 92 trabalhos.

O passo seguinte foi prosseguir com a leitura dos 92 trabalhos para a elaboração dos conceitos investiga- dos. Deste montante, foram descartados 29 traba- lhos, em razão de, apesar de possuírem os descrito- res elencados por nós, não tratavam de maneira es- pecífica dos mesmos. Dessa maneira, não trariam contribuições para a nossa pesquisa. Sendo assim, a investigação se deu com 63 trabalhos.

3. ANÁLISE DOS DADOS

Conforme citado anteriormente, nos propusemos a investigar nos trabalhos pesquisados quais as con- cepções dos autores de trabalhos apresentados nos eventos relevantes na área de educação e de forma concentrada em seus artigos relacionados à educa- ção matemática, como está sendo estudada a for- mação de professores que ensinam matemática, de maneira mais específica aquelas que abordaram os anos iniciais do Ensino Fundamental.

Como anteriormente indicado, utilizamos para a in- vestigação trabalhos os CD das reuniões da ANPED e os sítios do encontro do ENEM, além de manter uma rigorosidade na seleção dos artigos a serem lidos, buscando de forma ampla selecionar as temá- ticas correspondentes ao objetivo do trabalho.

Ressalta-se que a primeiro momento foi selecionado um número maior de artigos, visto que estes possuí- am os indicadores, porém com uma leitura mais am- pla foram sendo descartados, dos 63 artigos que fo- ram mantidos, realizamos uma busca maior e uma leitura mais detalhada buscando o que tais autores falavam a respeito de: saberes da docência, identi- dade social, desenvolvimento profissional e profissio- nalização docente; a seguir, trazemos nossas análi- ses sobre os mesmos.

3.1. Saberes da docência

Dentre os artigos selecionados para análise, vários trazem o papel da formação do professor e do co- nhecimento envolvido para a realização de atividades de aula. Cabe ressaltar que na maioria dos artigos os autores destacam uma preocupação com a formação do professor, que vem sendo esvaziada. Isso ocorre em decorrência da deficiente formação inicial e tam- bém da cisão entre teoria e prática, visto que a maio- ria das universidades focam em aulas expositivas, focando em teóricos e esquecendo dos desafios e das situações que estes alunos vão se deparar após a formação.

Observando por esse ponto de vista Araújo (2005) argumenta sobre essa separação e afirma que a formação do professor “[...] envolve, além da aquisi- ção dos conhecimentos considerados básicos, o de- senvolvimento de atitudes e valores que irão nortear a ação do professor (p. 03)”.

Partindo desse pressuposto a formação inicial do professor deve ser a base para que se torne reflexo em sua prática. Deste modo essa formação deve possuir conhecimentos de diversas formas e nature- zas, não se restringindo apenas ao conhecimento da disciplina a ser leciona, mas sim a todos os conteú- dos existentes no contexto, pois os conhecimentos que o professor possui tem ligação direta com a for- ma como estes ensinam.

Os livros e textos teóricos utilizados em sala de aula na formação inicial também influenciam na formação destes professores atuarem posteriormente, garan- tindo ou não uma boa prática em sala de aula.

Tendo este pensamento em vista torna-se necessá- rio que os professores ampliem a compreensão dos conteúdos, pois segundo Lamonato e Passos (2008) o conhecimento do professor é um processo contí- nuo.

Cardim e Grando (2008), a esse respeito, ressaltam ainda que o “conhecimento e prática tecem os sabe-

(4)

res docentes singulares a cada sujeito, no seu tempo e espaço, fazendo parte do processo de aprendiza- gem profissional” (p.05).

Partindo dessa afirmação fica claro que a aprendiza- gem profissional é um processo que possue variáveis e podem mudar conforme o contexto social.

A este respeito se pode concluir que as aulas da formação inicial são de extrema importância para o desenvolvimento dos saberes da docência, ao con- trário do que muitas universidades fazem a teoria e a prática deve andar em conjunto, na busca de ações que as completem além disso o docente deve estar sempre atento a novos conhecimentos, na busca continua de saberes.

3.2. Identidade Social

A construção da identidade tem papel fundamental no trabalho do docente, como pudemos observar nos artigos selecionados. Gama e Fiorentini (2008), an- corados em Rocha e Fiorentini (2006), ressaltam que a fase inicial da carreira docente é um período impor- tante para que ocorra um desenvolvimentos, visto que é a fase determinante na construção da identi- dade profissional,

(...) é quando este internaliza e assume pa- péis, valores e normas do seu grupo profissi- onal, interliga objetivos pessoais e profissio- nais e desenvolve uma imagem de si como professor, produzindo, de modo narrativo, um sentido tanto sobre o que tem sido quanto sobre o que será (GAMA E FIORENTINI 2008, p.03 apud ROCHA e FIORENTINI, 2006 p. 147).

Partindo desses pressupostos fica claro que é de extrema importância o reconhecimento da socializa- ção de vivências dos professores, desde o começo da sua atuação.

Deste modo a ação do professor nunca está desco- nectada dos saberes sociais, da história e vivência do indivíduo, considerando nesse caso não apenas o social do aluno, mas também do professor.

Tornamos a ressaltar a importância da formação ini- cial que propicia ao aluno essa vivência de diferentes formas de se lecionar levando em conta o social, mas jamais diminuindo ou deixando de lado a boa educação. O contato com docentes mais experientes é necessário nessa fase de internalização, pois tendo boas referências docentes, o sujeito assume papéis e práticas e as aprimora conforme a realidade que encontra em sala de aula.

3.3. Desenvolvimento profissional

A partir do indicado nos artigos, para que ocorra um bom desenvolvimento profissional, diversos aspectos são importantes sendo um deles a formação conti- nuada do professor. Com isso, a formação proporci- onará ao docente a reflexão da prática e o repensar das mesmas.

Partindo desse pressuposto autores como Ferreira (2004), Barbosa (2004) e Silva (2001) assumem a aprendizagem como um motor para o desenvolvi- mento profissional, assumindo a ideia de que apren- der é alterar/ampliar/rever/avançar os saberes e a própria prática pedagógica, fazendo sempre modifi- cações nas suas ações. Essa atitude se torna fun- damental visto que é por meio das reflexões que o professor assume um papel que modifica a próxima ação a ser executada. Tal aspecto influencia ainda a maneira como desenvolverá o ensino-aprendizagem das diferentes áreas em sua sala de aula.

Consideramos, então, que o professor, no que se refere ao seu desenvolvimento profissional, deve se tornar reflexivo e investigador da sua prática buscan- do alternativas que enriqueçam suas aulas. Nesse sentido o grupo de professores que compartilha suas experiências possui maiores possibilidades de tornar o seu desenvolvimento profissional favorável a uma boa prática, visto que o arsenal de atividades e refle- xões se torna mais amplo para qualquer dificuldade a ser encontrada na sala de aula.

3.4. Profissionalização docente

Recorrendo aos artigos selecionados é possível per- ceber uma preocupação relacionada à profissionali- zação docente, visto que a grande questão imposta nesse aspecto envolve a formação esvaziada, onde o docente tem como referência o profissional que teve em sua vivência escolar inicial. Daí pra frente, estes profissionais aprendem sozinhos no momento da prática, tornando as ações pouco reflexivas e os pla- nejamentos vagos. Para Passos (2004)

(...) estudos, tanto nacionais como internaci- onais na área da Educação Matemática, mostram que a experiência da maioria dos futuros professores que ensinarão matemáti- ca está associada a um ensino tradicional, baseado num modelo de ensi- no/aprendizagem transmissivo, continuando então a reproduzir na prática docente o mo-

(5)

delo de ensino utilizado na sua própria aprendizagem. (p.05)

Tendo isso como pressuposto o estágio na formação dos professores é fundamental: auxilia na aprendiza- gem da teoria e da prática. O estágio, embora apare- ça em todas as matrizes curriculares, nem sempre tem suas horas regimentais cumpridas pelos profes- sores em formação. Pouco espaço é dado para a troca das vivências dos momentos de estágio entre os alunos, o que causa além de uma frustação ao aluno, a perda de vastas experiências positivas que deveriam ser expostas.

Torna-se necessário, além da formação inicial dos docentes, que estes prossigam nos estudos, bus- cando sempre uma formação continuada.

A esse respeito, Pereira (2013) argumenta que quando essa formação acontece no âmbito da escola e de forma que os professores possam compartilhar com seus pares as dúvidas e os conhecimentos, es- tes geram momentos de discussão e reflexão, onde os mesmos podem elaborar e planejar coletivamente suas aulas.

Pela análise dos artigos é possível concluir que a escola, ambiente de trabalho do docente, deve propi- ciar também momentos de reflexões, oferecer cursos e formações onde a equipe possa buscar formas de crescer em conjunto. Sabemos que além do profes- sor buscar melhorias em sua prática é de extrema importância que isso ocorra de preferência no coleti- vo, com os colegas de trabalhos, a fim da melhoria da educação como um todo e não como uma partícu- la exclusiva da profissionalização de cada docente.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da análise dos 63 trabalhos, cabe ressaltar que ainda há pouca produção relacionada ao ensino da Matemática nos anos iniciais do Ensino Funda- mental, sendo que a maior parte dos artigos apresen- tados nos GTs traz resultados de pesquisas realiza- das com os anos finais do Ensino Fundamental, com o Ensino Médio e Superior.

Foi possível observar ainda que, a respeito dos anos iniciais, houve um aumento no número de publica- ções nos últimos anos, visto que os anos finais dos eventos possuem maior quantidade de artigos sele- cionados nas temáticas propostas.

O que pretendemos com este artigo é auxiliar nas reflexões pertinentes ao ensino de matemática nos anos iniciais, a partir das discussões dos autores.

Grande destaque foi dado à melhoria na qualidade da educação, entendendo que esta requer, além de

propostas, investimentos variados, sendo eles: me- lhor distribuição e fiscalização dos recursos que são destinados à educação; valorização do professor;

melhor infraestrutura das instituições. E, sobretudo, a formação inicial e continuada de boa qualidade.

Os artigos em geral indicam uma formação inicial deficiente, ancorada em questões teóricas.

Entendemos como possível uma formação para o professor que vai ensinar matemática para os anos iniciais, que busque a relação estreita que existe en- tre teoria e prática, que proporcione aos alunos ex- pressar-se em sala de aula tanto para a retirada de dúvidas, quanto para o compartilhamento de experi- ências, vivências no estágio, criando uma forte iden- tidade no grupo.

As experiências vivenciadas em sala de aula, além disso, podem estar carregadas de exemplos práticos e formas de lidar com o mesmo assunto em contex- tos sociais diferentes, criando um arsenal de recur- sos refletidos disponíveis ao final da formação para que este aluno possa atuar com segurança e ciente da importância de seus atos em sala de aula.

REFERÊNCIAS

[1] Alves-MAZZOTTI, A.J.A “revisão da biblio- grafia” em teses e dissertações: meus tipos inesque- cíveis- o retorno. In: BIANCHETTI, Lucídio; Machado, Ana Maria Netto (Org.). A bússola do escrever: desa- fios e estratégias na orientação de teses e disserta- ções. Florianópolis: Ed. Da UFSC; São Paulo: Cortez, 2002, p.25-44.

[2] ANDRÉ, M. E. D. A. (Org.). Formação de Profes- sor no Brasil (1990-1998). Brasília:

MEC/INEP/Comped, 2002. 364 p., p. 161-69.

(Série Estado do Conhecimento, ISSN 1676- 0565, n. 6).

[3] ANDRÉ, M. E. D. A.; ROMANOWSKI, J. P. Esta- do da arte sobre formação de professores nas dissertações e teses dos programas de pós- graduação das universidades brasileiras, 1990 a 1996”. In: Programas e Resumos da 22ª Reunião Anual da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação, ANPEd. Caxambu (MG), 1999.

[4] ANDRE, M. E.D.A . Pesquisa sobre Formação de Professores: tensões e perspectivas do Campo.

In: Helena Fontoura e Marco Silva. (Org.). For- mação de Professores, Culturas: desafios a P G

(6)

E em suas múltiplas dimensões. 1aed.Rio de Ja- neiro: ANPED, 2011, v. , p. 24-36.

[5] FIORENTINI et al. Formação de professores que ensinam matemática: um balanço de 25 anos da pesquisa brasileira. Educação em Revista Dossiê: Educação Matemática, Belo Horizonte, UFMG, n. 36, p. 137-60, 2002.

[6] FIORENTINI, D. Formação de professores de matemática: explorando novos caminhos com outros olhares. Campinas: Mercado de Letras, 2003.

[7] FIORENTINI, D.; GRANDO, R.C.; MISKULIN, R.G.S.. (Org.). Práticas de formação e de pes- quisa de professores que ensinam matemática.

1ed.Campinas,SP: Mercado de Letras, 2009.

[8] FIORENTINI, D.; LORENZATO, S. Investigação em Educação Matemática: percursos teóricos e metodológicos. Campinas: Autores Associados, 2006, 226p.

[9] FIORENTINI, D.; NACARATO, A. M.

(Org.).Cultura, formação e desenvolvimento pro- fissional de professores que ensinam matemáti- ca. 1ed.São Paulo: Musa, 2005.

[10] FIORENTINI, Dario. Rumos da pesquisa brasilei- ra em Educação Matemática: o caso da produ- ção científica em cursos de pós-graduação.

(301+113)p. Tese (Doutorado em Educação: Me- todologia de Ensino) — FE/Unicamp, Campinas (SP), 1994.

[11] GAMA, R. P. Professores Iniciantes e o Desen- volvimento Profissional: Um Olhar Sobre Pesqui- sas Acadêmicas Brasileiras. In: Dario Fiorentini;

Regina Célia Grando; Rosana Giaretta Sguerra Miskulin. (Org.). Práticas de Formação e de Pes- quisa de professores que ensinam Matemática.

1ed.Campinas: Mercado das letras, 2009, v. 1.

[12] GATTI, B. A.; BARRETTO, E.S. de S. Professo- res do Brasil: impasses e desafios.

[13] GATTI, B. A.; BARRETTO, E.S. de S.; ANDRÉ, M. E. D. A. de. Políticas docents.

[14] MARCELO GARCIA, C. 1998. Pesquisa sobre a formação de professores: o conhecimento sobre aprender a ensinar. Revista Brasileira de Educa- ção, São Paulo, Anped, n.9, set-dez, p.51-75.

[15] MELO, M. V. As Práticas de Formação no Está- gio Supervisionado da Licenciatura em Matemá- tica: o que revelam as pesquisas acadêmicas brasileiras na década 2001-2010. Universidade Estadual de Campinas, SP. Dissertação de Mes- trado. 2009.

[16] MISKULIN, R. G. S. et al. Pesquisas sobre traba- lho colaborativo na formação de professores de Matemática: um olhar sobre a produção do Pra- pem/Unicamp. In: FIORENTINI, D.; NACARATO, A. M. (Org.). Cultura, formação e desenvolvimen- to profissional de professores que ensinam ma- temática. 1ed.São Paulo: Musa, 2005, v. 1, p.

196-219. 29

[17] NACARATO, A.M.; FERREIRA, A.C.; LOPES, C.E.; FIORENTINI, D.; GRANDO, R.C. Mapea- mento dos trabalhos apresentados no GT-19 da ANPED no que diz respeito às questões metodo- lógicas: pesquisas de abordagem qualitativa.

Trabalho apresentado na Mesa Redonda “Con- quistas e problemáticas em metodologia da pes- quisa na área de formação de professores”, Ca- xambu: ANPED, 2005.

[18] OLIVEIRA, Maria Cristina Araújo de. Possibilida- des de construção do conhecimento pedagógico do conteúdo na formação inicial de professores de matemática.

[19] PASSOS Carmem Lúcia, OLIVEIRA Rosa Maria Moraes Anunciato de. A CRIAÇÃO DE HISTÓRIAS INFANTIS NAS AULAS DE MATEMÁTICA E NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES, São Paulo: ENEM, 2004.

Referências

Documentos relacionados

Tendo como estratégia de atuação a abordagem territorial do desenvolvimento rural, constituem diretrizes definidas pela SDT para implementação das suas ações: (1)

Os conhecimentos e habilidades necessários para atuar como help desk, segundo os bibliotecários, observou que a ênfase está no conhecimento a respeito das

ESPAÇO E PAISAGEM NO ESTUDO DA PRÉ-HISTÓRIA RECENTE DA BACIA HIDROGRÁFICA DO DOURO: BREVE GENEALOGIA DO USO DOS

Portanto ratificada a relevância dessa pesquisa para constatar se a Escola Municipal de Ensino Fundamental Agrícola, Florestal e Ambiental - EMAFA está desenvolvendo suas atividades

(2011) avaliando a dinâmica da MOS em sistemas de integração lavoura-pecuária com diferentes idades de implantação no Mato Grosso do Sul encontraram, após 8

A heur´ıstica da Mochila obt´ em um empacotamento est´ avel utilizando o algoritmo da mochila. A estrat´ egia desta heur´ıstica consiste em formar grupos de itens que possuem a

Results: Rats with HF developed euthyroid sick syndrome (ESS) and treatment with T4 restored the T3 values to the Sham level and increased Serca2 and Ryr2 gene expression,

Results: The group diagnosed with normal BMD, compared to the group of abnormal BMD, have significantly higher body weight, body mass index, grip strength, lean mass, fat mass,