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IMPRENSA COMUNICADO DE IMPRENSA CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA C/08/ /08 (OR. en)

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(1)

I M P R E N S A

CONSELHO DA

UNIÃO EUROPEIA PT

C/08/162 10310/08 (OR. en) COMUNICADO DE IMPRENSA

2875.ª reunião do Conselho

Transportes, Telecomunicações e Energia

Luxemburgo, 6 de Junho de 2008

Presidente Andrej VIZJAK

Ministro da Economia da Eslovénia

(2)

Principais resultados do Conselho

O Conselho chegou a um amplo acordo sobre os elementos essenciais do pacote legislativo relativo ao mercado interno da energia.

O Conselho realizou um debate público de orientação sobre o pacote legislativo "clima-energia", centrando-se na proposta de directiva relativa à promoção da utilização de energia proveniente de fontes renováveis e tomou nota de um relatório de situação da Presidência sobre os trabalhos realizados até à data.

* * *

Além disso, o Conselho aprovou, sem debate, as seis posições comuns a seguir enunciadas com base em cinco propostas da Comissão relativas ao terceiro pacote sobre segurança marítima:

sobre o projecto de directiva relativa à instituição de um sistema comunitário de acompanhamento e de informação do tráfego de navios;

sobre o projecto de directiva que estabelece os princípios fundamentais que regem a investigação de acidentes no sector do transporte marítimo;

sobre o projecto de directiva relativa à inspecção de navios pelo Estado do porto;

sobre o projecto de regulamento relativo à responsabilidade das transportadoras de passageiros por mar em caso de acidente;

sobre o projecto de directiva relativa às regras comuns para as organizações de vistoria e inspecção dos navios e para as actividades relevantes das administrações marítimas;

sobre o projecto de regulamento relativo às regras comuns para as organizações de vistoria e inspecção dos navios.

As posições comuns serão enviadas ao Parlamento Europeu para se chegar rapidamente a acordo e dar início à sua aplicação com a maior celeridade possível.

O Conselho registou ainda que as próximas eleições para o Parlamento Europeu se realizarão

de 4 a 7 de Junho de 2009.

(3)

1

Nos casos em que tenham sido formalmente aprovadas pelo Conselho declarações, conclusões ou resoluções, o facto é indicado no título do ponto em questão e o texto está colocado entre aspas.

Os documentos cuja referência se menciona no texto estão acessíveis no sítio Internet do Conselho http://www.consilium.europa.eu.

Os actos aprovados que são objecto de declarações para a acta que podem ser facultadas ao público vão assinalados por um asterisco; estas declarações estão disponíveis no sítio Internet do Conselho acima

ÍNDICE 1

PARTICIPANTES... 4

PONTOS DEBATIDOS MERCADO INTERNO DA ENERGIA... 6

PACOTE "ACÇÕES DE COMBATE ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E ENERGIAS RENOVÁVEIS" ... 9

RELAÇÕES INTERNACIONAIS NO DOMÍNIO DA ENERGIA ... 10

DIVERSOS ... 10

OUTROS PONTOS APROVADOS TRANSPORTES – Sistema de acompanhamento e de informação do tráfego de navios... 11

– Investigação de acidentes no sector do transporte marítimo ... 12

– Inspecção de navios pelo Estado do porto... 13

– Responsabilidade das transportadoras de passageiros por mar em caso de acidente*... 14

– Organizações de vistoria e inspecção dos navios* ... 15

ASSUNTOS GERAIS – Eleições para o Parlamento Europeu em 2009 ... 17

NOMEAÇÕES

– Comité das Regiões ... 17

(4)

PARTICIPANTES

Os Governos dos Estados-Membros e a Comissão Europeia estiveram representados do seguinte modo:

Bélgica:

Paul MAGNETTE Ministro do Clima e da Energia

Bulgária:

Galina TOSHEVA Vice-Ministra da Economia e da Energia

República Checa:

Martin TLAPA Vice-Ministro da Indústria e do Comércio, Departamento

da União Europeia Dinamarca:

Connie HEDEGAARD Ministra do Clima e da Energia

Alemanha:

Michael GLOS Ministro Federal da Economia e da Tecnologia

Estónia:

Juhan PARTS Ministro da Economia e das Comunicações

Irlanda:

Eamon RYAN Ministro das Comunicações, da Energia e dos Recursos

Naturais Grécia:

Christos FOLIAS Ministro do Desenvolvimento

Espanha:

Miguel SEBASTIÁN GASCÓN Ministro da Indústria, do Turismo e do Comércio França:

Jean-Louis BORLOO Ministro de Estado, Ministro da Ecologia, da Energia, do Desenvolvimento Sustentável e do Ordenamento do Território

Itália:

Claudio SCAJOLA Ministro do Desenvolvimento Económico

Chipre:

Efstathios HAMBOULLAS Secretário de Estado, Ministério do Comércio, da Indústria e do Turismo

Letónia:

Anrijs MATĪSS Secretário de Estado, Ministério da Economia

Lituânia:

Vytas NAVICKAS Ministro da Economia

Luxemburgo:

Jeannot KRECKÉ Ministro da Economia e do Comércio Externo, Ministro

dos Desportos Hungria:

Pál SZABÓ Ministro dos Transportes, das Telecomunicações e da

Energia Malta:

George PULLICINO Ministro dos Recursos e dos Assuntos Rurais

Países Baixos:

Maria VAN DER HOEVEN Ministra da Economia

Áustria:

Martin BARTENSTEIN Ministro Federal da Economia e do Trabalho

Polónia:

Marcin KOROLEC Subsecretário de Estado, Ministério da Economia

Portugal:

Manuel PINHO Ministro da Economia e Inovação

(5)

Roménia:

Darius MESCA Secretário de Estado da Energia, Ministério da Economia

e Finanças Eslovénia:

Andrej VIZJAK Ministro da Economia

Igor ŠALAMUN Director-Geral da Energia, Ministério da Economia

Eslováquia:

Ľubomír JAHNÁTEK Ministro da Economia

Finlândia:

Mauri PEKKARINEN Ministro da Economia

Suécia:

Ola ALTERÅ Secretário de Estado junto da Ministra das Empresas e da

Energia Reino Unido:

Malcom WICKS Ministro Adjunto da Energia

Comissão:

Andris PIEBALGS Membro

(6)

PONTOS DEBATIDOS

MERCADO INTERNO DA ENERGIA

O Conselho analisou o terceiro pacote de medidas legislativas

1

relativas ao mercado interno da energia apresentado pela Comissão a 19 de Setembro de 2007 em resposta ao apelo do Conselho Europeu da Primavera de 2007

2

. Este pacote visa completar as regras existentes para fazer com que o mercado interno funcione para todos os consumidores e para ajudar a UE a atingir o objectivo de um aprovisionamento energético mais seguro, competitivo e sustentável.

Embora nem todos os Estados-Membros estivessem de acordo com todos os elementos do pacote, o Presidente concluiu que o Conselho conseguira um amplo consenso sobre os elementos essenciais deste pacote relativo ao mercado interno da energia.

O acordo foi alcançado com base na proposta de compromisso da Presidência (doc. 9968/08) alterada durante o Conselho e que abrange designadamente os seguintes elementos:

– Separação efectiva entre as actividades de produção e fornecimento e as actividades de rede Todas as delegações concordaram que a separação efectiva entre as actividades de fornecimento e produção e as operações de rede deverá ser alcançada de acordo com as orientações definidas pelo Conselho Europeu da Primavera de 2007.

1

O pacote energético apresentado pela Comissão contém as seguintes propostas:

• proposta de directiva que altera a Directiva 2003/54/CE que estabelece regras comuns para o mercado interno da electricidade (doc. 13043/07);

• proposta de directiva que altera a Directiva 2003/55/CE, que estabelece regras comuns para o mercado interno de gás natural (doc. 13045/07);

• proposta de regulamento que cria a Agência de Cooperação dos Reguladores da Energia (doc. 13046/07);

• proposta de regulamento que altera o Regulamento (CE) n.º 1228/2003 relativo às condições de acesso à rede para o comércio transfronteiriço de electricidade (doc. 13048/07);

• proposta de regulamento que altera o Regulamento (CE) n.º 1775/2005, relativo às condições de acesso às redes de transporte de gás natural (doc. 13049/07);

2

Plano de Acção para o período 2007-2009 "Uma Política Energética para a

Europa" (doc. 7224/1/07).

(7)

Todavia, embora a maioria das delegações e a Comissão considerem que a plena separação da propriedade constitui a primeira melhor opção, foi desenvolvida uma opção que prevê um operador de transporte independente (OTI) a fim de ter em consideração os casos em que existem acordos para uma rede de transporte que pertença a uma empresa verticalmente integrada, o que garante uma maior independência efectiva do ORT. Essas disposições têm por objectivo conseguir um equilíbrio entre, por um lado, as preocupações relativas ao âmbito de aplicação, ao calendário e à aplicabilidade desta opção e, por outro, a necessidade de manter a sua viabilidade e de preservar o interesse financeiro da empresa verticalmente integrada.

A opção OTI deverá estar disponível tanto para o sector do gás como para o da electricidade nos Estados-Membros em que a rede de transporte pertença a uma empresa verticalmente integrada à data da entrada em vigor da directiva. Esta opção permitiria às empresas manterem a propriedade das redes de transporte desde que geridas por um operador de transporte independente. Várias disposições assegurarão:

– a efectiva independência do operador, da sua gestão e do seu órgão de fiscalização;

– que sejam evitados conflitos de interesse;

– acesso à rede equitativo e não discriminatório;

– incentivos ao investimento não distorcidos e desenvolvimento de investimentos, bem como o desenvolvimento de infra-estruturas de interligação;

– acesso independente aos meios e aos recursos para as actividades do ORT.

A Comissão procederá a uma revisão específica das disposições relativas ao OTI, que deverá ser efectuada dois anos após a aplicação com base em critérios objectivos, a qual conduzirá, se for caso disso, à elaboração de propostas destinadas a garantir a plena e efectiva independência dos ORT.

Cláusula relativa aos países terceiros

Independentemente da opção que vier a ser adoptada para conseguir a separação efectiva, o texto

terá de assegurar que a questão do controlo das redes por países terceiros será abordada de maneira

não proteccionista, que garanta que essas empresas respeitam as mesmas regras que as aplicáveis às

empresas da EU e respondem às preocupações dos Estados-Membros no que se refere ao controlo

por países terceiros. Terá igualmente que responder às preocupações com as potenciais implicações

para a competência comunitária e o tratamento dos investimentos existentes, bem como definir os

critérios com base nos quais será avaliado o investimento dos países terceiros, em particular a

segurança do aprovisionamento da UE.

(8)

Derrogações

O Conselho aprovou derrogações para redes pequenas ou isoladas, tendo sido previstas derrogações nominativas para Chipre, Luxemburgo e Malta tanto para o sector do gás como para o da electricidade, e bem assim uma derrogação para a Estónia, Finlândia e Letónia em relação ao gás, até que estes Estados-Membros estejam directamente ligados à rede de outro Estado-Membro que não seja um destes países.

Funcionamento do mercado, incluindo os mercados retalhistas

Os textos incluirão disposições relativas à manutenção alargada de registos (obrigação de as empresas de fornecimento manterem à disposição dos reguladores os dados pertinentes relativos às transacções em contratos de fornecimento de gás/electricidade e derivados) e relativas aos direitos dos consumidores (que garantem que os consumidores sejam adequadamente informados sobre o seu consumo de energia e respectivos custos com frequência suficiente para regularem o seu consumo de electricidade/gás, concedem aos consumidores o direito de mudar de fornecedor em qualquer altura e exigem das companhias de energia que as facturas sejam enviadas no prazo de três meses após o consumidor ter mudado de fornecedor).

Agência de Cooperação dos Reguladores da Energia

A Agência reguladora a criar será independente dos Estados-Membros e da Comissão, com funções bem circunscritas. Centrar-se-á em questões que envolvem mais do que um Estado-Membro, no que respeita a uma tomada de decisão vinculativa. A sua intervenção em matérias técnicas foi reforçada, mas continua a ser de natureza consultiva; de um modo geral, permite que os níveis nacionais desempenhem os seus papéis. Em todas estas funções, os intervenientes no mercado e as autoridades a nível nacional são devidamente consultados e os resultados da cooperação regional entre ORT e entre reguladores são tidos devidamente em conta.

Outros elementos que fazem parte do pacote são os seguintes: participação minoritária, propriedade pública, certificação ou designação dos operadores da rede de transporte, adopção de códigos de rede, entidades reguladoras, tratamento das questões transfronteiriças, orientações a adoptar através da comitologia, cooperação regional e questões específicas do gás.

Estes elementos constituirão a base para a prossecução dos trabalhos a nível do Grupo e do Coreper.

O Parlamento Europeu deverá dar parecer em primeira leitura sobre a directiva "electricidade", o

regulamento "electricidade" e o regulamento "Agência" a 17 de Junho, e sobre a parte do pacote

relativa ao gás a 8 de Julho.

(9)

PACOTE "ACÇÕES DE COMBATE ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E ENERGIAS RENOVÁVEIS"

O Conselho tomou nota do relatório de situação sobre o pacote legislativo "alterações climáticas- -energia" elaborado pela Presidência (doc. 9648/08) e realizou um debate de orientação sobre as principais questões pendentes nele identificadas.

O pacote "alterações climáticas – energia", apresentado pela Comissão a 23 de Janeiro, vem completar as medidas existentes destinadas a atingir o objectivo global, subscrito pelo Conselho Europeu em Março de 2007 (doc. 7224/1/07), de uma redução de 20% dos gases com efeito de estufa até 2020 e a conseguir uma quota de 20% de energias renováveis no consumo energético global na UE até 2020, incluindo uma meta de 10% para os combustíveis renováveis para transportes.

O relatório de situação foi apresentado ao Conselho (Energia) e ao Conselho (Ambiente)

1

, pois trata do pacote como um todo. O debate dos Ministros da Energia centrou-se na proposta de directiva relativa à promoção da utilização de energia proveniente de fontes renováveis (doc. 5421/08), com o objectivo de dar um contributo para a prossecução dos trabalhos do Conselho e das suas instâncias preparatórias durante a próxima Presidência Francesa. Os contributos escritos das delegações constam do doc. 10236/08 e da respectiva adenda.

O relatório de situação da Presidência destaca as principais questões pendentes identificadas nas quatro propostas legislativas que constam do pacote. No que respeita à directiva relativa às energias renováveis, as questões pendentes são as seguintes: metas (o nível das metas nacionais em matéria de energias renováveis, a condicionalidade da meta dos combustíveis renováveis nos transportes e a trajectória indicativa e as suas consequências), projectos com longos prazos de execução, o sistema de comercialização de garantias de origem e reforço das medidas.

Uma parte do relatório é dedicada aos progressos realizados no tocante aos critérios de sustentabilidade para os biocombustíveis, considerados necessários para assegurar que não se façam sentir mais as consequências da produção de biocombustíveis do que os benefícios decorrentes da sua utilização. Em Fevereiro, o Coreper instituiu um Grupo ad hoc com a incumbência de elaborar um regime comum sustentável para os biocombustíveis para efeitos das directivas relativas às fontes de energias renováveis e à qualidade dos carburantes

2

. O Grupo reuniu-se várias vezes, tendo-se registado progressos sobre inúmeras questões, embora algumas delas tenham de continuar a ser analisadas: o nível e a data de aplicação da segunda fase do requisito relativo à poupança de emissões de gases com efeito de estufa, a sustentabilidade ambiental e social da produção de biocombustíveis que também se aplicaria em países terceiros e a metodologia para calcular a poupança de emissões provenientes de gases com efeito de estufa.

1

Para obter informações sobre o Conselho (Ambiente) de 5 de Junho, consultar o comunicado de imprensa 9959/08, p. 6.

2

Proposta de directiva que altera a Directiva 98/70/CE no que se refere às especificações para a gasolina, o combustível para motores diesel e o gasóleo e à introdução de um mecanismo de monitorização e de redução das emissões de gases com efeito de estufa produzidos pelos combustíveis utilizados nos transportes rodoviários e que altera a Directiva 1999/32/CE do Conselho, no que se refere às especificações para os combustíveis utilizados nas

embarcações de navegação interior e que revoga a Directiva 93/12/CEE (doc. 6145/07).

(10)

RELAÇÕES INTERNACIONAIS NO DOMÍNIO DA ENERGIA

O Conselho registou as informações prestadas pela Presidência e pela Comissão sobre os eventos e a evolução que marcaram as relações internacionais durante a Presidência Eslovena ou que ocorrerão num futuro próximo (doc. 9408/08).

Essas informações abrangiam, nomeadamente, o diálogo UE-OPEP, os trabalhos preparatórios para a parceria internacional para a cooperação no domínio da eficiência energética e a Comunidade da Energia.

DIVERSOS

Efeitos da subida do preço do petróleo na economia europeia

O Conselho registou as observações da Delegação Portuguesa (doc. 10048/08).

(11)

OUTROS PONTOS APROVADOS TRANSPORTES

Sistema de acompanhamento e de informação do tráfego de navios

O Conselho adoptou uma posição comum sobre a proposta de directiva que altera a Directiva 2002/59/CE relativa à instituição de um sistema comunitário de acompanhamento e de informação do tráfego de navios (doc. 5719/08 + ADD 1).

A posição comum será enviada ao Parlamento Europeu para segunda leitura no âmbito do processo de co-decisão.

O projecto de directiva visa, nomeadamente, incluir medidas adicionais para reforçar a segurança dos navios e a protecção do ambiente, bem como para harmonizar a aplicação dos planos de "locais de refúgio" pelos Estados-Membros.

A proposta inclui, em especial, o desenvolvimento do sistema comunitário de intercâmbio de informações de segurança marítima "SafeSeaNet", a designação pelos Estados-Membros de uma autoridade independente para o acolhimento de navios em dificuldade, medidas a tomar em caso de estado de gelo e o tratamento a dar aos navios sem certificado de seguro. Além disso, sugere a obrigatoriedade da utilização de sistemas de identificação automática (AIS) em navios de pesca com comprimento superior a15 metros e o reforço dos deveres dos carregadores em matéria de informações.

Relativamente à proposta inicial da Comissão, a posição comum do Conselho alterou sobretudo as seguintes disposições:

– o Conselho aceitou melhorar a segurança dos navios de pesca com um comprimento de fora a fora superior a 15 metros, equipando-os com sistemas de identificação automática (AIS), apesar de ter especificado as condições para esta disposição e de ter procedido à revisão do calendário de aplicação proposto pela Comissão, a fim de garantir que, na prática, as partes interessadas possam respeitar os prazos impostos;

– no que respeita ao acolhimento de navios em locais de refúgio, o Conselho deixou claro

que a aceitação ou a recusa de um navio que precise de assistência num lugar de refúgio

fica sujeita a uma avaliação prévia da situação, efectuada com base no plano de

acolhimento, e a uma decisão tomada pela autoridade competente;

(12)

– melhorar o acompanhamento dos navios através do sistema de intercâmbio de informações

"SafeSeaNet", aditando uma disposição em que a Comissão assegure que este sistema está operacional 24 horas por dia;

– os Estados-Membros disporão de dezoito meses a contar da data de entrada em vigor da directiva para dar cumprimento às suas disposições.

A Comissão apresentou a sua proposta em Dezembro de 2005 incluída no terceiro pacote sobre segurança marítima (doc. 5171/06). O Parlamento Europeu deu parecer em primeira leitura a 25 de Abril de 2007 (doc. 8724/07, p. 69).

Investigação de acidentes no sector do transporte marítimo

O Conselho adoptou uma posição comum sobre a proposta de directiva que estabelece os princípios fundamentais que regem a investigação de acidentes no sector do transporte marítimo e que altera as Directivas 199/35/CE e 2002/59/CE (docs. 5721/08 + ADD 1).

A posição comum será enviada ao Parlamento Europeu para segunda leitura no âmbito do processo de co-decisão.

A Comissão enviou a sua proposta ao Conselho em Fevereiro de 2006 (doc. 6436/06) incluída no terceiro pacote sobre segurança marítima.

O projecto de directiva tem por objectivo melhorar a segurança marítima através do

estabelecimento de regras claras a nível comunitário sobre as investigações técnicas independentes

a efectuar na sequência de acidentes e incidentes marítimos. Os objectivos dessas investigações

técnicas não são determinar responsabilidades civis ou penais, mas estabelecer as circunstâncias e

investigar as causas dos acidentes ou incidentes marítimos por forma a deles extrair todos os

ensinamentos possíveis. A proposta está em conformidade com as normas do direito marítimo

internacional e com as definições e recomendações do Código de Investigação de Acidentes e

Incidentes Marítimos da Organização Marítima Internacional, e com a sua revisão em curso.

(13)

O Conselho alterou a proposta inicial da Comissão, nomeadamente para assegurar a independência e os poderes discricionários do organismo de investigação. Relativamente à proposta da Comissão, que prevê investigações obrigatórias sobre a segurança no caso de acidentes ou incidentes marítimos graves e muito graves, o texto aprovado pelo Conselho prevê investigações obrigatórias unicamente no caso de acidentes e incidentes muito graves. O organismo de investigação decide da necessidade de proceder ou não a uma investigação de segurança no caso de qualquer outro acidente ou incidente marítimo, tendo em conta, designadamente, a gravidade do acidente ou do incidente e dos ensinamentos que dele se podem eventualmente extrair. Além disso, o texto acordado pelo Conselho alarga o âmbito da directiva, por uma questão de coerência com a posição comum do Conselho sobre o projecto de directiva relativa à instituição de um sistema comunitário de acompanhamento e de informação do tráfego de navios. Aplicar-se-á a acidentes e incidentes marítimos com navios de pesca de comprimento superior a 15 metros e não de 24 metros, como propunha a Comissão. Inclui ainda algumas alterações do Parlamento Europeu aprovadas em primeira leitura.

O Parlamento Europeu deu parecer em primeira leitura sobre esta proposta em 25 de Abril de 2007 (doc. 8724/07, p. 90).

Inspecção de navios pelo Estado do porto

O Conselho adoptou

1

uma posição comum sobre a directiva relativa à inspecção de navios pelo Estado do porto (doc. 5722/08 + ADD 1).

A posição comum será enviada ao Parlamento Europeu para segunda leitura no âmbito do processo de co-decisão.

A proposta da Comissão foi enviada ao Conselho em Janeiro de 2006 (doc. 5632/06). Trata-se de uma reformulação das sucessivas alterações à Directiva 95/21/CE relativa à inspecção de navios pelo Estado do porto num texto consolidado que simplifica ou altera certas disposições para reforçar a eficácia e a qualidade das inspecções de navios pelo Estado do porto, tendo em vista reforçar a luta contra os navios que navegam nas águas comunitárias e que não obedecem às normas estabelecidas.

O texto acordado pelo Conselho estabelece um novo regime de inspecção com o objectivo de garantir a inspecção do maior número possível de navios que façam escala nos portos, tendo em conta uma repartição equilibrada, entre os Estados-Membros, do compromisso global em matéria de inspecção. Relativamente à proposta inicial da Comissão, a posição comum prevê inspecções aos navios que façam escala num porto de um Estado-Membro para efectuar uma interface navio/porto e aos navios fundeados sob a jurisdição do porto.

1

A Delegação Maltesa absteve-se de votar.

(14)

As inspecções focalizar-se-ão nos navios que não obedecem às normas, que serão inspeccionados mais amiúde, ao passo que será aliviado o encargo no que se refere aos navios de qualidade. Como medida de último recurso contra os navios que não obedecem às normas, cujo desempenho será nomeadamente avaliado em relação ao desempenho do Estado de bandeira, o acesso destes navios aos portos dos Estados-Membros será recusado por tempo indeterminado. Esta recusa de acesso por tempo indeterminado pode ser levantada ao fim de 36 meses apenas se estiverem preenchidas certas condições.

O novo regime de inspecções deverá prever uma repartição equitativa do compromisso global de inspecção, tendo simultaneamente em conta as circunstâncias específicas de cada Estado-Membro que resultem num número desigual de navios que fazem escala nos respectivos portos. Os Estados- -Membros são autorizados a não efectuar uma pequena percentagem de inspecções, nomeadamente inspecções de 5% dos navios com um nível de risco elevado e inspecções de 10% dos outros navios.

Devem, contudo, prestar especial atenção aos navios que raramente fazem escala em portos da Comunidade. Além disso, os Estados-Membros podem, em circunstâncias específicas, adiar uma inspecção por 15 dias.

A fim de permitir uma aplicação harmoniosa do novo e complexo regime de inspecções pelo Estado do porto, o texto acordado pelo Conselho estabelece um período de transposição de 36 meses, no termo do qual a Directiva será aplicada por todos os Estados-Membros a contar do mesmo dia.

O Parlamento Europeu deu parecer em primeira leitura a 25 de Abril de 2007 (doc. 8724/07, p.25).

Responsabilidade das transportadoras de passageiros por mar em caso de acidente*

O Conselho adoptou

1

uma posição comum sobre a proposta de regulamento relativo à responsabilidade das transportadoras de passageiros por mar em caso de acidente (doc. 6389/08 + ADD1, 8924/08 ADD 1).

A posição comum será enviada ao Parlamento Europeu para segunda leitura no âmbito do processo de co-decisão.

A Comissão enviou a sua proposta (doc. 6827/06) ao Conselho em Fevereiro de 2006 incluído no terceiro pacote sobre segurança marítima. O projecto de regulamento visa a criação de um conjunto único de normas da UE que regule os direitos das transportadoras marítimas e dos seus passageiros em caso de acidente. Para o efeito, integra na legislação comunitária a Convenção de Atenas relativa ao Transporte de Passageiros e Bagagens por Mar, alterada em 2002. A proposta inclui ainda vários requisitos suplementares, em especial no tocante à indemnização por danos ou perda de equipamento de mobilidade, à informação a prestar aos passageiros antes da viagem e a adiantamentos.

1

A Delegação Italiana absteve-se.

(15)

Comparativamente à proposta inicial da Comissão, a posição comum do Conselho alterada contém, designadamente, as disposições que concernem o âmbito de aplicação, a relação entre o regulamento e outras convenções internacionais em matéria de limitação global da responsabilidade, os adiantamentos e a disposição transitória do regulamento. Inclui ainda as alterações do Parlamento Europeu em segunda leitura que são aceitáveis para o Conselho.

No que respeita ao âmbito de aplicação, o Conselho rejeitou a proposta da Comissão no sentido de tornar a aplicação da Convenção de Atenas extensiva ao transporte internacional e nacional pelas vias navegáveis interiores. Quanto às alterações do Parlamento Europeu, o Conselho considera que a Convenção de Atenas trata do transporte marítimo e que a sua extensão ao transporte pelas vias navegáveis interiores poderá não se revelar apropriada ou não tomar suficientemente em conta as especificidades do sector. Além disso, a posição comum do Conselho especifica que, no que respeita ao transporte marítimo num único Estado-Membro, o regulamento se aplica a navios abrangidos pela Classe A, em conformidade com o artigo 4.º da Directiva 98/18/CE mas que os Estados-Membros podem decidir aplicá-lo a todas as viagens internas por mar.

O regulamento é aplicável a partir da data de entrada em vigor da Convenção de Atenas para a Comunidade.

O Parlamento Europeu deu parecer em primeira leitura a 25 de Abril de 2007 (doc. 8724/07, p. 97).

Organizações de vistoria e inspecção dos navios*

O Conselho adoptou uma posição comum tendo em vista a aprovação da directiva relativa às regras comuns para as organizações de vistoria e inspecção dos navios e para as actividades relevantes das administrações marítimas (docs. 5724/08 + ADD 1, 8925/08 ADD 1) e uma posição comum com vista à aprovação de um regulamento relativo às regras comuns para as organizações de vistoria e inspecção dos navios (doc. 5726/08 + ADD 1).

As posições comuns serão enviadas ao Parlamento Europeu para segunda leitura no âmbito do

processo de co-decisão.

(16)

Em Fevereiro de 2006, a Comissão transmitiu ao Conselho a proposta de directiva reformulada (doc. 5912/06) no quadro do chamado "Terceiro pacote sobre segurança marítima". A proposta tem por objectivo reformular, num texto consolidado, as sucessivas alterações à Directiva 94/57/CE que estabelece regras comuns para as organizações que procedem à inspecção de navios e emitem certificados de navios, as chamadas organizações reconhecidas. Além disso, certas disposições da directiva existente são alteradas tendo em vista o seu reforço ou simplificação, por exemplo, reforçando o controlo das organizações reconhecidas e reformando o regime de sanções aplicáveis às organizações reconhecidas que não satisfazem os critérios mínimos estabelecidos.

A principal questão suscitada durante os debates nas instâncias do Conselho foi a forma do acto jurídico proposto pela Comissão. Na reunião do Conselho realizada em Novembro de 2007, o Conselho, no seu acordo político, decidiu cindir a proposta inicial da Comissão em dois instrumentos distintos: uma directiva e um regulamento. A directiva inclui disposições destinadas aos Estados-Membros a respeito da relação destes com as organizações de vistoria e inspecção dos navios, enquanto que o regulamento contém todas as disposições relacionadas com o reconhecimento ao nível comunitário, ou seja a concessão e o cancelamento do reconhecimento pela Comissão, as obrigações e os critérios a preencher pelas organizações a fim de serem elegíveis para o reconhecimento comunitário, bem como as eventuais sanções a aplicar às organizações reconhecidas que não cumpram as obrigações e os critérios enunciados.

No que respeita ao projecto de directiva, o Conselho chegou a acordo sobre quase todos os elementos principais da proposta da Comissão no tocante às relações dos Estados-Membros com as organizações encarregadas da inspecção, vistoria e certificação dos navios. Todavia, alterou disposições que constam do novo regulamento relacionadas com o reconhecimento comunitário das organizações de inspecção e vistoria. Essas disposições dizem nomeadamente respeito às seguintes questões: âmbito do reconhecimento e critérios mínimos de reconhecimento; imposição de coimas às organizações reconhecidas; harmonização das regras das organizações reconhecidas e reconhecimento mútuo dos certificados por elas emitidos.

Ambos os textos incluem as alterações do Parlamento Europeu em primeira leitura que o Conselho pode aceitar.

O Parlamento Europeu deu parecer em primeira leitura a 25 de Abril de 2007 (doc. 8724/07, p. 5).

(17)

ASSUNTOS GERAIS

Eleições para o Parlamento Europeu em 2009

O Conselho registou que as próximas eleições para o Parlamento Europeu decorrerão de 4 a 7 de Junho de 2009.

NOMEAÇÕES

Comité das Regiões

O Conselho aprovou decisões que nomeiam, pelo período remanescente do mandato em curso, ou seja, até 25 de Janeiro de 2010, na qualidade de membros:

– Roger KNOX, Member of the Scottish Parliament;

– Guiseppe MICARELLI, Sindaco del Comune di Capodimonte;

– John LAHART, Member of Dún Laoghaire–Rathdown County Council;

– Alfred ALMONT, Conseiller municipal de Schoelcher;

– Olivier BERTRAND, Conseiller municipal de Saint-Sylvain de Bellegarde.

Referências

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