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O DESIGN DE NOTÍCIAS NOS JORNAIS POPULARES

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Academic year: 2018

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

PÓS-GRADUAÇÃO EM PROJETOS EDITORIAIS IMPRESSOS E MULTIMÍDIA

Dennis Henrique Dias Peçanha

O DESIGN DE NOTÍCIAS NOS JORNAIS POPULARES Um olhar sobre o design do Super Notícias e do Aqui, de Belo Horizonte

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

PÓS-GRADUAÇÃO EM PROJETOS EDITORIAIS IMPRESSOS E MULTIMÍDIA

Dennis Henrique Dias Peçanha

O DESIGN DE NOTÍCIAS NOS JORNAIS POPULARES Um olhar sobre o design do Super Notícias e do Aqui, de Belo Horizonte

Artigo apresentado ao curso de Projetos Editoriais Impressos e Multimídia como requisito parcial para a obtenção do certificado de especialista.

Orientadora: profa. Dra. Ana Elisa Ribeiro

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O DESIGN DE NOTÍCIAS NOS JORNAIS POPULARES Um olhar sobre o design do Super Notícias e do Aqui, de Belo Horizonte

 

RESUMO

Em decorrência da evolução dos impressos populares nas últimas décadas e do uso do design nos periódicos jornalísticos, este trabalho tem como objetivo fazer uma leitura do design no jornalismo popular de dois tabloides de Belo Horizonte. Foram feitas entrevistas com taxistas a respeito da apresentação visual e da mudança gráfica dos jornais. Concluiu-se que o leitor tem uma maior aceitação e apropriação dos jornais que utilizam de uma estética visual que potencialize o discurso característico produzido pelo jornal, tornando sua leitura um hábito diário.

PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo Popular; Design de Notícias; Tabloides.

ABSTRACT

Due to the evolution of printed popular in recent decades and the use of design in journalism journals, this paper aims to design a reading of the popular journalism of two tabloids of Belo Horizonte. Interviews were carried out with taxi drivers about the visual presentation and change graphics in newspapers. It was concluded that the reader has a greater acceptance and ownership of newspapers that use of an aesthetic vision that leverages the typical discourse produced by the newspaper, making reading a daily habit.

KEY WORDS: Popular Journalism, Design News, tabloids.

Contextualização

A Revolução Industrial trouxe grande melhoria na veiculação das notícias, mas em contraponto impôs a velocidade dos meios de comunicação e a precisão nas publicações jornalísticas. A cultura de massa do jornalismo impresso teve de se adaptar ao avanço das reformas nos padrões de apresentação das notícias, para resgatar os leitores ou mesmo para manter o público desses periódicos. Como lidar com a internet? Trata-se de uma grande ferramenta que envolve múltiplos sentidos e q ue pode dar notícias em tempo real, transformando os jornais em sobreviventes da era do pós-fato1.

O jornalismo popular vem ganhando espaço nessa briga, seja pelo formato das informações, seja pelo momento que estamos vivendo, ou seja, a pós-modernidade (ou transmodernidade). Tem-se ouvido muito sobre as mudanças que o design pode fazer para os veículos de comunicação visual impressa. Mudanças essas que se tornaram o diferencial em relação às tecnologias impostas nas últimas décadas no processo de formação comunicacional.

      

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Este trabalho tem como objetivo fazer um estudo sobre o design de jornais ou “design de notícias”, nos jornais populares, sendo os representantes, em Belo Horizonte, o Super Notícias e o Aqui. Para explicar a evolução desses jornais, tratarei aqui do jornalismo

popular desde o seu surgimento até a década atual, para então chegar ao ponto pretendido: a utilização do design no jornalismo da cultura de massa popular. Utilizarei como apoio teórico alguns autores que produziram discussões sobre design e jornalismo. No primeiro momento, me apoiarei em Márcia Franz Amaral, Danilo Angrimani Sobrinho, Alberto Dines, Nívea Rosa Pedroso, conhecedores do jornalismo popular e sensacionalista, para explicar a história desse segmento da comunicação, além de alguns artigos produzidos sobre o tema. Para o design, buscarei conhecimento na escola clássica da Bauhaus; na obra Gestalt do objeto, de João Gomes Filho; na

semiótica da imagem, de Lúcia Santaella, na obra Imagem: Cognição, semiótica, mídia;

e na obra GRID: construção e desconstrução, de Timothy Samara, para explicar a

apropriação ou a tendência do leitor para determinado jornal, e a identidade visual por meio do projeto gráfico e a estruturação dominante como forma de atração entre imagem e texto. A conclusão do trabalho será baseada em pesquisa realizada com taxistas de Belo Horizonte. As entrevistas com esses profissionais mostrarão que o design ou o design da noticia influencia os leitores, induzindo a compra e a criação de hábitos de leitura.

Jornal sensacionalista

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Para Márcia Franz Amaral (2005), o termo sensacionalista é tido como o modo de

caracterizar o segmento popular da grande impressa, é uma percepção do fenômeno localizada historicamente, e não o próprio fenômeno. Ela ainda declara que os jornais são assim identificados por duas razões: por serem vendidos a baixo custo e, por causa assuntos que são explorados ao longo de suas páginas, diferentemente de outras publicações destinadas às camadas A e B.

Danilo Angrimani diz, em seu livro Espreme que sai sangue (1995), que o

sensacionalismo é dar emoção a um acontecimento que não seria abordado em outros tipos de mídia ou sem o tom sensacional, caso fosse publicado. O autor declara que é pelo fato de tornarem o assunto escandaloso, através da linha editorial e do formato como a matéria é editada, extrapolando e superdimensionando o fato, que se denomina um jornal de sensacionalista.

Não é de hoje que os jornais populares ganharam esse rótulo. Não se tem ao certo uma confirmação do surgimento desse segmento de publicação, mas algumas enciclopédias, como explica Angrimani, dão como ponto-chave o final do século XIX. Contudo, há relatos de que os primeiros jornais com essas características surgiram junto com a impressa, entre os anos de 1560 e 1631, com a publicação de dois jornais franceses, o

Nouvelles Ordinaires e a Gazette de France (ANGRIMANI, 1995, p. 19). Segundo

Amaral, no ano de 1836, o La Presse e o Le Siècle inauguraram a impressa popular na

França.

O Gazette de France era o que se poderia considerar o típico jornal sensacionalista da

atualidade, um representante desse modelo de notícias, repleto de fait-divers2, que

intensifica a produção para atrair atenção e o olhar do leitor na manchete, anunciando um acontecimento, “produzido, jornalística ou discursivamente, para ser consumido ou reconhecido como espetacular, perigoso, extravagante, insólito, por isso, atraente” (PEDROSO citado por ANGRIMANI, 1995, p. 26)

      

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Com o passar dos anos, surgiram várias publicações desse tipo, mas Amaral (2005) declara que, oficialmente, o sensacionalismo se efetivou na impressa após a popularização das técnicas de impressão, da expansão do telégrafo (utilizado como forma de transmissão das notícias do dia) e das redes de cabos submarinos, do surgimento do telefone e dos anúncios. Assim a empresa popular passou a expandir-se para diversos países, até para os EUA, onde não foi diferente o sucesso.

No ano de 1690, surgiu o Publick Occurences,mas foi no ano de 1880 que foi lançado

um dos jornais de maiores sucesso, o New York World e o Morning Journal, criados por

Joseph Pulitzer3 e William Randolph Hearst. Os jornais utilizavam manchetes

espalhafatosas, com tipografias largas, as notícias eram sempre fatos sem muita importância para a alta sociedade, informações eram inverídicas, além da utilização de entretenimento através de quadrinhos coloridos. Segundo Angrimani (1995), Joseph Pulitzer foi o primeiro a elaborar um jornal com materiais em cores, com recursos como “olhos”, que são os textos pequenos colocados nos espaços em branco ao lado do logotipo do jornal, fatos sensacionais com apelo popular, ilustrações e manchetes de igual tom sensacional(ANGRIMANI, 1995, p. 20). O sucesso desse tipo de jornalismo foi tão intenso que o New York World, no ano de 1883, iniciou com tiragens de 15 mil

jornais diários e em quatro anos de circulação a publicação teve aumento de 250 mil exemplares, mostrando a força desse tipo de mídia4.

Nos EUA, o poder da mídia do sensacionalismo cresceu através dos jornais produzidos por Hearst e Pulitzer, iniciando o movimento de consumo de conteúdo para a baixa sociedade, introduzindo-a na leitura dos fatos noticiosos. No Brasil, a chegada desse tipo de mídia foi por volta de 1840, com a publicação dos folhetins5.

Pelo fato de transformar a realidade em relato, Traquina (1999) diz que o jornalismo é entendido como uma prática que estabelece relações com o mundo simbólico e com o mundo material dos indivíduos, todavia, para alguns, o conceito de sensacionalista pode ser atribuído a todos os tipos de mídia, pelo fato de que todos são produzidos para       

3 Joseph Pulitzer foi o nome e A inspiração para a criação do prêmio mais respeitado do jornalismo nos EUA, no ano de 1917.

4 Dados retirados do livro

Jornalismo Popular, de Márcia Franz Amaral. 

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provocar sensações nos interpretantes (leitores), através dos títulos, das chamadas, do lead, dos “olhos” e das imagens. Contudo, o que diferencia um jornal sensacionalista de um com características de alto nível de complexidade, segundo Marcondes Filho, é “o grau mais radical de mercantilização da informação: tudo o que se vende é aparência e, na verdade, vende-se aquilo que a informação interna não irá desenvolver melhor do que a manchete” (MARCONDES FILHO, 1989, p. 66).

É na exploração das perversões, fantasias, na descarga de racalques e instintos sádicos que o sensacionalismo se instala e mexe com as pessoas. É no tratamento antianódico da notícia, quase sempre embalada em um caleidoscópio perverso, que o sensacionalismo se destaca nos informativos. (ANGRIMANI, 1995, p. 17)

É fato que hoje, cerca de 170 anos após a chegada do jornalismo popular no Brasil, esses jornais vivem o seu auge, ganhando a briga em um espaço dominado pelas publicações de sucesso no segmento midiático impresso, principalmente em Belo Horizonte, com os representantes Aqui, lançado pelo grupo Diários Associados, e o Super Notícias, da Sempre Editora, lançado a partir do ano de 2000 e vendido ao preço

de R$0,25, atendendo ao mercado escasso para o público popular, sendo a força propulsora no aumento das vendas dos jornais na capital mineira, ficando entre os primeiros colocados, chegando a tiragens médias de 301 mil exemplares por dia.

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informar o que é de utilidade para o leitor, ficando acima do interesse público, aproximando-se do que é vivido pelo público6.

Em consequência ao fato de trazer informação de forma simples e clara para esse tipo de leitor, os jornais “populares” ou “sensacionalistas” buscam trazer à baixa sociedade informações, tornando-a atualizada e favorecendo o aumento da prática da leitura diária dos indivíduos, que valorizam a distribuição e o formato tablóide, que é um tipo de jornal que pode ser lido dentro do ônibus, sem incomodar o vizinho, sendo esse tipo de transporte o que grande parte do público-leitor utiliza para se locomover.

Projeto gráfico

O projeto gráfico é o elemento básico de qualquer publicação, indiferentemente do público ou do segmento. Ele é o carro-chefe para a produção da identidade visual de um produto, que estabelecerá uma leitura padronizada, resultando a assimilação imagética para a comunicação com o seu interpretante.

A adoção do planejamento gráfico ligado ao jornalismo propiciou a diferenciação e a caracterização, principalmente para o jornal sensacionalista ou popular, o que reflete uma identidade que se destaca perante os demais, seja nas bancas de revistas, seja na memória do leitor. Santos, ao citar Silva Filho (2005, p. 4), é enfático ao falar que “os signos gráficos em sua função de comunicação, ao projetarem os códigos de identidade visual, assumem necessariamente uma força persuasiva com grande poder de sensibilização, memorização e identidade desses códigos”, assim, toda mudança ou código visual proposto em um jornal popular, tendo a produção de uma identificação focando o público consumidor, seja para facilitar a leitura, objetividade, dinamismo ou mesmo a diagramação ideal através do grid7, com princípios como contraste, equilíbrio,

unidade e proporção, reforçará a identidade do jornal na lembrança de cada indivíduo que o “consuma” diariamente.

      

6 Amaral explica esse fato como um “Lugar de Fala”, “que é a representação das posições sociais e da posse de capital simbólico dos agentes sociais envolvidos, principalmente do jornal e os leitores”, gerando Modos de endereçamento específicos (AMARAL, 2005, p. 6).

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A apropriação do caráter visual nos segmentos jornalísticos se deu em meados de 1830, na cidade de Nova York, mas foi na década de 80 do século XX que o design consolidou-se como um eficiente e diferenciado conceito trabalhado no periódico jornalístico com a idealização visual do jornal USA Today, sendo este o primeiro a

produzir uma combinação entre elementos visuais com interação entre texto, ilustrações e infográficos ao longo da estética comunicacional produzida para dar forma e de representar a busca pela velocidade e agilidade na transmissão eficaz da notícia (MOTA et all. citado por MORAES, 2007, p. 4).

Hoje, com o advento das mídias digitais, mudanças estão ocorrendo com o processo de produção da informação jornalística impressa e o design tornou-se um elemento a mais na comunicação de massa da mídia impressa, sendo uma forte arma para o jornalismo sensacionalista popular.

Imagine uma página tamanho A4 repleta de textos... Mude apenas o formato do papel, pense em um jornal tablóide, cujas páginas estão cobertas de palavras impressas em letras miúdas. Agora, idealize uma folha de jornal standard preenchida apenas por texto... O leitor iria se sentir atraído? (SANTOS, 2005, p. 6).

Se a invenção do tipo móvel criou o imperativo de um alfabetismo verbal universal, sem dúvida a invenção da câmera e de todas as suas formas paralelas, que não cessam de se desenvolver, criou, por sua vez, o imperativo do alfabetismo visual universal, uma necessidade que já muito tempo se faz sentir. (DONDIS, 2003, p. 1)

O planejamento do projeto visual gráfico é de grande relevância em um segmento editorial com características jornalísticas de comunicar e informar, destinado a camadas populares, mesmo que algumas vezes determinado público de outro nível cultural caracterize o visual produzido como “confuso” e impróprio, seja na maneira de informar, produzir sensações, ou ser “diferente para atrair”. Deve-se, no entanto, levar em consideração que tudo o que foi projetado para ordenação e leiturabilidade dos assuntos está em acordo com a relevância e a importância da matéria e propriamente a segmentação do seu público.

O formato tabloide desses jornais, na maioria das vezes, é pensado para que o leitor possa levá-lo para qualquer lugar, ler em curto espaço de tempo e ter acesso a mais informações do que no formato padrão tradicional standard. O “profissional de arte na

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8). Com a segmentação do público em que a produção jornalística será inserida, a leitura visual da informação tornou-se um elemento primordial para a contextualização e a narrativa dos fatos, principalmente para o público popular do século XXI, que é consumidor da informação gerada pelos jornais populares nos quais a imagem tornou-se forma de caracterização e confirmação dos fatos.

O designer aqui será o “mediador entre a informação jornalística e o leitor” (SANTOS, 2005, p. 2), seja na escolha da tipografia e do tamanho do corpo tipográfico, seja no formato da publicação, na utilização dos recursos visuais (imagens, fotos, infográficos, charges) e na ordenação da leitura visual da página, que tornará eficazes a memorização e a identificação do impresso. Dessa forma, “... conhecer os conceitos relacionados à prática jornalística e as características do público-alvo (idade, classe social, grau de escolaridade, interesse...) é fundamental para a escolha dos elementos que constituirão o design da página...” (SANTOS, 2005, p. 2)

Temos como exemplo recente a mudança do projeto gráfico do jornal Super Notícias,

realizada no mês de julho do ano de 2009. Ao descrever a nova reformulação, o editor relata que, para idealizar um projeto que estivesse à altura da inovação cultural do seu público-leitor, foram necessários cerca de doze meses de estudos e empenho de uma equipe da empresa espanhola Cases I Associats, referência em design de jornal, para

produzir um jornal que fosse “bem a cara dos seus leitores: pessoas modernas, que mesmo tendo que se desdobrar na correria do dia-a-dia, não abrem mão da informação de qualidade, completa, mas de forma clara e objetiva” (NOVO SUPER, Super Notícias, p. 18, especial, 5/7/2009).

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Design e leitura

A narrativa sensacionalista transporta o leitor e tem o poder, pelo uso das palavras, de trazer o fato/acontecimento de tal forma que esse leitor sinta como se fizesse parte da história. Com o uso dos recursos da técnica da linguagem escrita, ele recria com criatividade um estilo próprio de transmitir a intensidade através da formatação das matérias e da construção visual, seja pelas cores e imagens, seja pelo título. “A humanização do relato faz com que o leitor reviva o acontecimento como se fosse ele o próprio autor do que está sendo narrado” (PEDROSO citado por ANGRIMANI, 1995, p. 17), que extrapola as estruturas e a hierarquização do espaço discursivo, produz critérios temático-semântico-linguísticos próprios nos títulos e manchetes (PEDROSO citado por ANGRIMANI, 2001, p. 68). Portanto, o uso de imagens junto ao título ou entre textos enfatizando o tema, cria uma assimilação e pregnância ao objeto de estudo e desejo imperceptível de compra e leitura.

O design no jornalismo serve como os princípios característicos do alfabetismo visual pelo plano icônico que é a capacidade de ver, reconhecer e compreender. Nesse pressuposto opera-se o alfabetismo visual, que trabalha da mesma maneira que a escrita habitual, onde uma vez aprendido ou compreendido a sintaxe visual fica fácil à interiorização dos padrões das mensagens através de um sistema básico de manipulação e tratamento dos dados.

Deve-se levar em consideração que, assim como a leitura através do desenvolvimento da escrita, um sistema de aprendizagem, como explicado por Dondis, deva ser passado através da:

• hierarquização: o que é mais importante fica antes do que é menos relevante; • identificação: pela identidade visual fixada através da repetição;

• criação e a compreensão de mensagens visuais para que sejam acessíveis a todas as pessoas.

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transmita uma comunicação mais direta e eficaz, com a utilização do projeto gráfico, através de cabeçalhos, boxes, infográficos, linhas, títulos conjugados à notícia, principalmente com a manchete, que é uma das estratégias jornalística, que, ao ser exposta no ponto de venda, tem como intuito a produção de sensações nos leitores, sendo muitas das vezes “elementos que nem sempre estão presentes na notícia e dependem da 'criatividade' editorial” (ANGRIMANI, 1995, p. 16) para recriar a compulsão no público.

O jornal impresso pode ser caracterizado como uma leitura não-linear, podendo criar a interatividade com o leitor, que poderá consumir a informação que “quiser”, dentro do que foi projetado nos cadernos do jornal, na hora e no tempo que achar melhor, pelos gestos de leitura ao abrir do jornal, percorrer o olhar pelas colunas das páginas que vão sendo folheadas, parar numa charge, afundar os olhos aqui e ali, devorar uma coluna do começo ao fim, saltar de manchete em manchete, deter-se somente no início e no final da matéria, retornar a uma fotografia e à sua legenda (OLIVEIRA, 2004, p. 21), o que constitui um processo característico produzido pelo design. “O objetivo principal é otimizar a informação na sua forma de consumo como garantir uma comunicação ágil e veloz de que tanto necessita o usuário contemporâneo” (MOTA et al., 2007, p. 8). Existe assim, o anseio do jornalismo sensacionalista por transmitir instantaneamente uma mensagem que estimule os efeitos na visão, de forma que a torne única, organizando a linguagem verbo-visual, distribuindo as partes constituintes no espaço branco da página, “organizando nele os valores marcados pelas posições alto vs baixo,

lateral vs central, direita vs esquerda, ângulos superior vs inferior, traçado das diagonais

ascendentes vs descendente... articulam uma primeira construção da significação do que

é informado” (OLIVEIRA, 2004, p.10).

Hábitos de leitura

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decorrência de intervenção externa, o indivíduo tem uma sensação de vazio ou ausência, até pelo fato de fazer parte de sua rotina.

O reconhecimento e a relação entre o jornal e o leitor se desenvolvem pelas regras estabelecidas para que o jornal se apresente ao leitor pela sua configuração visual, que, dessa maneira, segue uma rotina cotidiana na qual “sua identidade constrói-se visualmente, resultando em que aquilo que o leitor sente pelo jornal, antes de tudo, é concretizado pelo que esse dá a ver de si mesmo” (OLIVEIRA, 2004, p. 5). Segundo Ana Cláudia de Oliveira (2004), em seu artigo sobre a construção da identidade do jornal e o hábito de leitura, a escolha e o hábito de ler determinado jornal se produzem em função de uma familiarização com a plástica que a estética da programação visual estabelece, tendo papel central no estilo de sua identidade, criando um arranjo e resgatando valores e sentidos. A autora afirma que ao exercer o ato de abrir o jornal, diariamente, seguindo as coordenadas guiadas pelo projeto gráfico que o torna único, o leitor acredita que nesse novo dia de leitura irá encontrar fatos numa temporalidade decorrida a partir da última leitura, com a mesma organização gráfico-distribucional dos dias anteriores.

Com maior familiaridade a cada encontro, o leitor acostuma-se à mesma face do jornal justamente pelo seu modo de articular a sua leitura, dinamizando-a e não como uma rotina que o automatismo esvai a significação. Ao contrário, o estar em relação como um conhecido lhe proporciona um algo mais. (OLIVEIRA, 2004, p. 4)

Oliveira assume que a relação pelo contato repetido é estudada por Eric Landowski8 como os tipos de contatos particulares que estabelecemos a todo o momento. Ela cita alguns casos de contatos, explicados por Landowski, que produzem como resultado o hábito e a vontade de estar próximo. Um dos casos que ela cita são os contatos experimentados na dança a dois e no montar a cavalo, em que a continuidade dessas práticas criará entre os envolvidos um ajustamento do estar junto, um prazer de descoberta somática mútua e progressiva. No caso da dança, os passos e movimentos de um dançarino encaixam-se ao do outro para criar um dueto. Quanto ao encontro do cavaleiro e do cavalo, durante o contato, constrói-se o seu encontro particular, que se desenrola progressivamente a cada evolução dessa prática.

      

8 Eric Landowski é diretor de pesquisas do CNRS (

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A princípio, esses contatos não produzem assimilação direta com o tema da prática de leitura do jornal pelo seu leitor na figura do indivíduo único, isso pelo fato de que a ocorrência frequente, repetitiva, só se dá pelo impulso do leitor, de já saber exatamente o que quer encontrar, não dando vazão à ordem do sensível. Contudo, ocorre um sentido no encontro dele (leitor) com esse outro sujeito (jornal), que o leva a querê-lo, através mesmo do contato.

Como um meio para se informar, esse contato não se concretiza sem as medidas que o leitor toma para marcar e fazer esse seu encontro diário com um jornal específico. É nessa perspectiva de um encontro calculado que se repete no ciclo de um dia para o outro, inclusive, por um empenho dos sujeitos na sua produção, e não somente pelo saber produzido, mas também pelo que esse encontro o faz sentir de si mesmo... o sentido do hábito. (OLIVEIRA, 2004, p. 3)

Analisada pelos estudos da semiótica, a relação entre as partes está centrada na produção de desejo criado com a intenção de explorar as sensações através da continuidade da apresentação visual do jornal, que permite ao leitor identificá-lo a cada leitura como aquele sujeito que ele conhece e julga confiável nas suas apresentações das notícias, uma vez que com ele já se encontrou e experimentou o sentir agradável de estar junto. A constância das formas, repetidas diariamente, pela faceta dada jornalisticamente através do projeto gráfico e da linguagem apropriada, nesse caso, não deixa de estabelecer uma relação entre os sujeitos, contando que com esse ato o jornal produzirá um modo de presença analisados por Landowski. (OLIVEIRA, 2004). Com isso, em função de sua constância visual pela pregnância da forma9 organizada e moldada a partir de comportamentos da conceituação do próprio leitor, este cria em sua mente uma familiaridade que passa a ser característica de um ritual a cada reencontro.

Método

Para análise de que o design de notícia é elemento primordial na atualidade para o jornalismo popular, foram feitas entrevistas, com a aplicação de um questionário, com taxistas da região central de Belo Horizonte. Nessa proposta, foram aplicadas perguntas

      

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sobre o tipo de jornais que os motoristas têm o hábito diário de ler para se manterem informados.

Para comprovar que a abordagem visual do jornal é necessária para a prática da leitura e apropriação do leitor para determinado jornal, foram apresentados, no decorrer da entrevista, os jornais Super Notícias e Aqui10, com suas respectivas marcas encobertas,

como proposta para que o entrevistado tentasse reconhecer os periódicos somente pela pregnância visual. Para analisar o resultado coletado com as entrevistas, usei a interpretação pela sintaxe visual e a Gestalt do objeto para contextualizar o resultado, parafraseando os princípios da leitura visual dos respectivos autores.

Resultado

Após entrevistar um grupo de vinte taxistas, todos do sexo masculino, do centro de Belo Horizonte, posso descrever a dificuldade em conseguir relatos dos entrevistados, principalmente pelo fato de que as entrevistas foram realizadas à noite, a partir das 18 horas, quando os motoristas se sentiam desconfiados e com vergonha de falar algo errado, em razão de seus níveis de escolaridade e de conhecimentos culturais. Porém com a dificuldade vieram as confirmações dos fatos estudados e explicados neste artigo. A primeira constatação foi a de que grande parte dos entrevistados tem o costume de ler jornal e lê mais de um por dia, principalmente os jornais Super e Aqui, que estão entre

as preferências para esse público. Como relatado por eles, os jornais com características populares são mais expressivos e conseguem transmitir mais informações em curto espaço de tempo, necessidade essa que a sociedade pós-moderna tem (a de se manter informada a todo tempo e a obrigatoriedade do saber, nem que seja brevemente, do que é noticiado ou o que é destaque no dia, “que é o que todo mundo comenta por aí... a gente tem que saber” - relato de Romeu de Carvalho, um dos entrevistados).

Com a chegada desses jornais, o conceito predominante na sociedade de que ler jornal é elite, focada apenas no público de A e B, passa agora a ser “de todos”, em um espaço comum. Isso foi comentado por Vicente de Paula (49 anos, com experiência de 15 anos

      

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na profissão), que diz: “agora não é somente a elite que lê jornal todo mundo tem acesso”.

Uma das constatações com as entrevistas é de que a tendência dos leitores para o jornal

Super Notícias é quase que inânime, mesmo lendo outras publicações de outros

segmentos jornalísticos, como, por exemplo, o Estado de Minas, o Tempo e o Hoje em Dia11. A fonte que mais usam para se informar é o jornalismo popular. Muitos disseram

que a preferência pelo Super se deve ao tempo destinado à leitura ser curto e ele ser

mais “em conta”, ter menos política e mais informações do cotidiano, com uma pitada de entretenimento, trazendo um relato resumido dos assuntos publicados. “Ele é um

jornal que tem tudo esclarecido e com menos folhas”, “pequeno que dá pra ler

rápido”, “eles trazem coisas diferentes, o que os outros jornais não tem, coisas que

acontecem com a gente no dia-a-dia”12. Mas o intrigante é o fato de o jornal Aqui,

trazer, em algumas ocasiões, reportagens sobre o mesmo fato, seja a rodada do final de semana do campeonato vigente seja pela notícia de capa, mas a preferência ser para o concorrente.

Os mesmos entrevistados têm em mente a formatação visual e apoderam-se das características apresentadas na capa do jornal Super, que foi identificada primeiramente

no ato da exposição visual das duas capas, sem a apresentação da marca, por quase todos os entrevistados, até mesmo aqueles que tinham o hábito e a preferência de leitura por outros periódicos. Uma resposta foi unânime após a confirmação do acerto, a de que a forma como o Super foi planejado visualmente é mais “agradável”, “as notícias dele vem mais expressadas, em um curto espaço, mas com mais precisão”. (Ismael, 50 anos)

Silvio Santiago, de 65 anos e há 20 anos na profissão de taxista, foi um dos que mais chamou a atenção, pelo fato de que não lê jornal diariamente. Relata que é por não ter muito conhecimento em leitura, diz ser um defeito do qual ele tem consciência, mas ao analisar os dois periódicos em suas mãos, após meu pedido de que olhasse para eles, me responde qual dos dois produzia o impulso de querer abri-lo, nem que fosse apenas para folhear. Silvio então aponta para a capa do jornal Super e tenta ler a manchete bem

destacada: “Menor Matou Campeão de Jiu-Jítsu”.

      

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 Jornais mencionados por alguns entrevistados. 

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A relação entre o assunto de capa e sua configuração visual se reproduz em vários comentários. Ao analisarem a pergunta sobre qual das capas seria a escolhida em uma banca de revista, logo todos confirmam ser a que destaca os títulos e imagens dos assuntos sobre os quais eles mais desejam se informar, sendo o SuperNotícias apontado

por todos, sem sombras de dúvida, como o que mais utiliza esses recursos, em que “o foco de visão é bem trabalhado criando uma expectativa13” e “é muito importante a matéria de capa...é a primeira coisa que a gente vê, depois é que a gente vai para o

conteúdo14”.

Alguns disseram que o visual não é importante na hora da leitura. Foi é o caso de José Raimundo, 64 anos, que diz que “o visual não fazia diferença”, mas, olhando para os

periódicos, ele conseguiu lembrar-se de que havia lido dada matéria, apenas olhando para a capa. Então pode-se considerar que esses leitores, sem perceber, são induzidos pela segregação, que é a “capacidade de separar, identificar, evidenciar ou destacar unidades formais em um todo compositivo ou em partes deste todo” (FILHO, 2000, p. 30), e aprofundando mais ainda na relação de exposição visual, percebe-se que, ao utilizar box arredondados fechados em cores que variam a cada determinado assunto, o

jornal Super mantém o leitor preso à matéria, fechando seu campo de visão para

determinados conteúdos.

... para a formação de unidades, é necessário que haja uma descontinuidade de estimulação (ou contraste). Se estivermos envolvidos numa estimulação homogênea (sem contraste), como uma densa neblina, nenhuma forma será percebida. (FILHO, 2000, p. 20)

Com os comentários coletados ficou evidente que a maneira de transmitir a informação na capa do jornal Super é bem elaborada para esse tipo de público e que caracteriza

fielmente a identidade do jornalismo sensacionalista, utilizando-se aqui os princípios da

Gestalt do objeto para explicar que “vemos as coisas como as vemos por causa da

organização (forças internas) que se desenvolve a partir do estímulo próximo (forças externas)” (FILHO, 2000, p.25) que favorecem a relação entre o sujeito-objeto, em que

Os produtores de cultura impressa, especificamente, os tipógrafos e editores de jornais, desde os inícios do século XIX, constroem suas páginas, a fim de que pudessem atender às necessidades e expectativas dos indivíduos que, em função da nova ordem social e econômica, passavam a ser vistos como consumidores em potencial. (BUCCI 2008 citado por RIBEIRO 2009, p. 8)       

13 Comentário de Vicente de Paula, 49 anos, 15 anos de profissão. 

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Assim a “forma é afetada pelo conteúdo; o conteúdo é afetado pela forma. A mensagem é emitida pelo criador e modificada pelo observador” (DONDIS, 2003, p.132).

Conclusão

Ao longo desse estudo, pude constatar com as entrevistas e pelos dados coletados na metodologia que a identidade produzida por esses jornais populares, principalmente de Belo Horizonte, é uma marca do “povo”, de seus costumes de leituras e hábitos, expressos graficamente, e que esse tipo de mídia se manterá entre as mais vendidas ao longo dos anos.

A grande necessidade do jornalismo popular hoje é a de ser mais eficiente e direto, pela falta de tempo de seu público para uma leitura demorada e ininterrupta, e ainda competir com a mídia digital, que trabalha em tempo real. Considerando-se isso, o design de notícia serve como apoio ao jornalismo, sendo mais específico, ao de características populares, para que a notícia ou todo o produto comunicativo seja expresso graficamente, superando o fato de trabalhar com o pós-fato.

Não quis aqui apontar qual é o melhor ou pior publicação, mas apenas demonstrar que, através das entrevistas, o visual é recoberto de atrativos, como recortes e chamadas, que expressam e produzem desejo em seus leitores, são mais aceitos e sua forma será fixada na memória do público, resistindo a possíveis ruídos produzidos por outras publicações.

Referências

A mudança nos jornais – Acessado em 09/11/2009.

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/03/15/a-mudanca-nos-jornais/

AMARAL, Márcia Franz. Jornalismo Popular. São Paulo. Contexto. 2006

AMARAL, Márcia Franz. Sensacionalismo, um conceito errante. In: XIV Encontro Anual da Compós, 2005, Niterói. Livro de resumos XIV Encontro Anual da Compós. Niterói - RJ: Universidade Federal Fluminense/ Asociação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Comunicação, 2005.

(19)

http://epocaestadobrasil.wordpress.com/2009/03/27/fenomeno-o-jornal-super-noticia-de-minaspassou-de- 179-mil-exemplares-no-primeiro-semestre-de-2007-para-301-mil-exemplarescongresso-nacional-apoia-delegado-protogenes-confira-no-super-noticia/

JUNIOR, José Ferreira. Capas do Jornal: A primeira imagem e o espaço gráfico visual. 1 ed. São Paulo: Editora SENAC, 2003.

MOTA, M. J.; PASCHOARELLI, Luis Carlos ; NASCIMENTO, Roberto Alcarria Do; SILVA, José Carlos Plácido da . Design de página: planejamento e produção gráfica da notícia. In: 4º Congresso Internacional de Pesquisa em Design - Brasil, 2007, Rio de Janeiro. Anais do 4º Congresso Internacional de Pesquisa em Design - Brasil. Rio de Janeiro : Associação Nacional de Pesquisa em Design, 2007.

OLIVEIRA, A. C. M. A. Jornal e hábito de leitura na construção da identidade. In: XIII encontro anual da associação nacional de programas de pós-graduação em comunicação, 2004, São Bernardo do Campo. Produção de sentido as mídias, 2004. v. 1. p. 15-30.

Os jornais brasileiros em 2008, acessado em 04/11/2009 http://www.anj.org.br/sala-de-imprensa/noticias/os-jornais-brasileiros-em-2008/?searchterm=jornais%20populares

PEDROSO, Nívea Rosa. A Construção do discurso de sedução em um jornal sensacionalista. São Paulo: Editora ANNABLUME, 2001

RIBEIRO, Ana Elisa. “Feito para você”: o discurso da interatividade em reformas gráfico-editoriais de jornais impressos. In:VII Encontro Nacional dos Pesquisadores em Jornalismo, USP, 2009

SANTOS, Marielle Sandalovski. Design de notícias: uma questão holística. Biblioteca On Line de Ciências da Comunicação, Portugal, 2005.

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GOMES FILHO, João. Gestalt do Objeto: sistema de leitura visual da forma/ João Gomes Filho. São Paulo: Escrituras Editora, 2000

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ANEXOS Questionário Nome: Idade: Profissão

1) Você tem costume de ler jornal?

‰ Sim ‰  Não

2) Se sim, com que frequência?

‰  1x por semana ‰  2x por semana ‰  3x por semana ‰  todos dias 3) Que jornal você lê?

‰  Super Notícias ‰  Aqui ‰  Estado de Minas ‰  Outros 4) Por que razões esse jornal tem a sua preferência?

5) A parte visual do jornal (utilização de imagens, gráficos, distribuição das notícias e títulos maiores para as matérias) o atrai? Faz diferença na hora da leitura?

6) Você notou que o jornal Super mudou a parte visual?

‰ Sim ‰  Não

7) Você percebeu melhorias no jornal? Se sim, quais?

8) Se eu lhe mostrar apenas duas matérias, de jornais diferentes, sem mostrar ou falar o nome do periódico, você consegue identificar qual jornal são eles?

(Mostrar duas matérias iguais de jornais diferentes, SUPER, AQUI e EM.)

Após apresentar as duas capas, perguntar:

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CAPAS APRESENTADAS NA ENTREVISTA.

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