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HISTÓRIA, COMPARAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO Nayara Moulaes Figueiredo, Alessandra Lignani de Miranda Starling e Albuquerque

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XXIV ENCONTRO NACIONAL DO

CONPEDI - UFS

HISTÓRIA DO DIREITO

ANTONIO CARLOS WOLKMER

(2)

Copyright © 2015 Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito Todos os direitos reservados e protegidos.

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Diretor de Apoio Interinstitucional - Prof. Dr. Vladmir Oliveira da Silveira – UNINOVE

H673

História do direito [Recurso eletrônico on-line] organização CONPEDI/UFS;

Coordenadores: Gustavo Silveira Siqueira, Antonio Carlos Wolkmer, Zélia Luiza Pierdoná – Florianópolis: CONPEDI, 2015.

Inclui bibliografia

ISBN: 978-85-5505-059-6

Modo de acesso: www.conpedi.org.br em publicações

Tema: DIREITO, CONSTITUIÇÃO E CIDADANIA: contribuições para os objetivos de desenvolvimento do Milênio

1. Direito – Estudo e ensino (Pós-graduação) – Brasil – Encontros. 2. História. I. Encontro Nacional do CONPEDI/UFS (24. : 2015 : Aracaju, SE).

CDU: 34

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XXIV ENCONTRO NACIONAL DO CONPEDI - UFS

HISTÓRIA DO DIREITO

Apresentação

O interesse pela História do Direito tem crescido significativamente no Brasil nos últimos

anos. A inclusão da disciplina no conteúdo dos cursos de graduação, desde o início dos anos

2000, tem contribuído para o conhecimento e expansão da área. Sendo ainda uma área (ou

sub-área) nova, a História do Direito, ainda luta para sedimentar-se academicamente dentre

as disciplinas chamadas de zetéticas. Ao contrário da Filosofia do Direito e da Sociologia do

Direito, já consagradas em currículos, eventos e produções nacionais, a História do Direito

ainda carece, se comparada com as outras áreas, de um certo fortalecimento metodológico e

teórico.

Nesse sentido a existência de fóruns, como o GT de História do Direito no CONPEDI,

auxilia que trabalhos, já com preocupações metodológicas e teóricas de grande sofisticação,

convivam com os de pesquisadores iniciantes no tema. Mas, se por um lado, a referida

disciplina luta para consolidar sua especialidade em relação à Sociologia do Direito e à

Filosofia do Direito, ela é palco de internacionalização e de refinados trabalhos acadêmicos.

A ausência da disciplina no Brasil, durante alguns anos, fez com que o intercâmbio

internacional fosse uma necessidade, logo na formação da disciplina. O mencionado fato

levou diversos professores e pesquisadores a uma profunda inserção no meio acadêmico

internacional. Daí o contraste da História do Direito: uma disciplina jovem, pouco difundida

e sedimentada em muitos cursos jurídicos, mas que, por outro lado, tem dentre seus

pesquisadores mais inseridos, um elevado nível de pesquisa e internacionalização.

Neste contexto, os trabalhos apresentados no CONPEDI e publicados aqui, servem para

demonstrar uma área em transição e em processo de fortalecimento. Assim, eles contribuem

para problematização de métodos, metodologias e teorias que podem ser aplicadas à História

do Direito.

As apresentações tiveram temas genéricos e específicos, abarcando desde aspectos da

presença e influência do "common law no Brasil, passando pelo direito romano e temas

conexos. Também foram discutidos pensadores como Hobbes, Virilio, Habermas e Leon

Duguit, e temas como espaços femininos, ideias marxistas, movimentos sociais e a trajetória

do Direito no Brasil. Este foi o principal tema dos trabalhos que reuniu contribuições sobre o

Período Colonial, a escravidão, a educação e a cultura jurídica. Também foi problematizado

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legislação sobre a adoção e o Estado laico e confessional. Sobre o Período Republicano, os

trabalhos preocuparam-se com história do Direito Penal, crimes políticos, jurisprudência do

STF e Relatório Figueiredo.

Desejamos a todos uma excelente leitura!

Antonio Carlos Wolkmer (UFSC - UNILASALLE)

Gustavo Silveira Siqueira (UERJ)

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O TORMENTOSO CAMINHO DA EIRELI: HISTÓRIA, COMPARAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO

THE STORMY PATH OF THE EIRELI: HISTORY, COMPARISON AND BACKGROUND

Nayara Moulaes Figueiredo Alessandra Lignani de Miranda Starling e Albuquerque

Resumo

Este trabalho versa sobre o desenvolvimento, no Brasil, da limitação de responsabilidade da

pessoa que exerce a atividade empresarial sem nenhum sócio. Por meio do método dedutivo,

da pesquisa bibliográfica e da consulta à legislação, é feito um estudo sobre o processo

histórico e evolutivo da EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada). No

início, é realizada uma sucinta exposição da história do Direito Comercial seguida por

explicações sobre o empresário individual e as consequências de sua responsabilidade

ilimitada. Então são apresentadas algumas técnicas de limitação de responsabilidade sobre

prisma do desempenho individual da atividade empresária com suas respectivas escolhas e

críticas das doutrinas. Também é mostrado como o assunto é tratado em outros países. Em

seguida, é exposto o caminho da limitação de responsabilidade no Brasil e chega-se ao

principal objetivo desta pesquisa que é justamente demonstrar o difícil trajeto da EIRELI no

Brasil, marcado por várias tentativas frustradas de sua introdução até, finalmente, a sua

aceitação por meio da aprovação da Lei nº. 12.2441 de 2011, atualmente em vigor.

Palavras-chave: Atividade empresária, Individual, Limitação de responsabilidade, História,

Tentativas, Eireli

Abstract/Resumen/Résumé

This paper discusses the development of the limitation of liability of entrepreneurs that work

on their own in Brazil. Through deductive method, the bibliographical research and

consultation of legislation, it is made a study of the historical and evolutionary process of

EIRELI (Individual Limited Liability Company). At first, it is conducted a brief exposition of

the history of Commercial Law, followed by explanations of the individual entrepreneur and

the consequences of their unlimited liability. So it is showed some limitation of liability

techniques on the perspective of performance of the individual entrepreneur activity with

their choices and criticisms of the doctrines. It is also shown how the issue is handled in other

countries. Then it is exposed the way of limiting liability in Brazil and the study reaches the

main objective of this research, which is precisely demonstrate the difficult path of the

EIRELI in Brazil, marked by several failed attempts at its introduction until its acceptance by

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Keywords/Palabras-claves/Mots-clés: Business activity, Individual, Liabilitys limitation,

(7)

I NTRODUÇÃO

Conf or me ocorre m as t ransf or mações políti cas, soci ais e econô mi cas da s oci edade o Di r eit o e

o or dena ment o j urí di co de u m paí s pr eci sa m evol uir. Segundo a hi st óri a o co mér ci o no Br asil

se mpr e exi sti u, e mbor a t enha si do acel erado a partir da chegada da f a mília r eal port uguesa.

Assi m, de acor do co m o desenvol vi ment o da econo mi a br asil eira o Di reito, especi al ment e, o

Empr esari al, ve m at uando para regul a ment ar as ati vi dades do set or.

Ac ont ece que dur ant e a mai or part e de s ua hi st óri a o l egi sl ador br asileiro i gnor ou u ma

de manda do cenári o econô mi co, ei s que opt ou por não enxer gar a (i mport ânci a da) fi gur a

daquel e que desenvol ve a ati vi dade e mpr esari al se m s óci o, vez que se r ecusava a

conceder-l he o di reit o da conceder-li mit ação de r esponsabiconceder-li dade, poi s, no ger aconceder-l, econceder-l e era ‘‘obri gado’’ a enquadr a-se

co mo e mpr esári o i ndi vi dual. O que é, no mí ni mo, curi oso, consi derando que o co mer ci ant e,

conheci do por pr edo mi nant e ment e pr ati car at os de co mér ci o i sol ado, é f i gura mar cant e na

hi st óri a do Di reit o Comer ci al, co mo é de monstrando no pri meir o it em dest a pes qui sa à

me di da que é feit a uma suci nt a análise da hi st óri a dest a área.

Segui ndo est a traj et óri a o segundo it e m versa s obr e o e mpr esári o i ndi vi dual, seu r egi me de

responsabili dade ili mit ada e as pri nci pai s consequênci as dest e f at o. O t erceir o t ópi co f az u m

levant a ment o das pri nci pai s t écni cas de li mit ação de r esponsabili dade daquel e que desenvol ve

i ndi vi dual ment e a ati vi dade e mpr esari al, apont a qual é o ‘‘mel hor’’ mét odo na vi são de al guns

aut ores e s uas r espectivas críti cas. Em s egui da, são apr esent ados os pri meir os r egi str os

encontrados de r eferência s obr e o assunt o, co m base na doutri na, e é f eit o u m r ápi do est udo

sobr e co mo el e é trat ado nos or dena ment os j urí di cos de outr os paí ses.

O qui nt o t ópi co desenvol ve o t e ma cent ral dest e t rabal ho, sendo que primei r o é expli cado,

suci nt a ment e, co mo ocorreu o desenvol vi ment o da aceit ação da li mit ação de r esponsabili dade

no Br asil, de modo que f ica evi dent e que dur ant e mui t o t e mpo a i mage m e, conseque ment e, o

benefí ci o da li mit ação de r esponsabili dade esti vera m r el aci onados à at uação col eti va. Depoi s

são i ndi cadas vári as t entati vas se m êxit o de apli cação da li mit ação de r esponsabili dade par a

aquel e que pr ati ca a ati vi dade e mpr esari al se m s óci os, sendo que são apresent adas al gu mas

pr opost as de l egi sl ação el aboradas nest e senti do e apr oveit a-se para apont ar al gu mas r azões

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do ca mi nho per corri do pel a l egi sl ação que final ment e traz a ad mi ssão da l i mit ação de

responsabili dade e m est udo ao cri ar a EI RELI ( Empr esa I ndi vi dual de Res ponsabili dade

Li mit ada) por mei o da Lei nº. 12. 441 de 11 de j ulho de 2011, at ual ment e em vi gor.

Di t o i st o, regi stra-se que par a at ender seus obj etivos -- especi al ment e, de exi bir o at ri bul ado

ca mi nho per corri do pel a EI RELI no Br asil a fim de possi bilit ar a garanti a da li mit ação de

responsabili dade para que m desenvol ve a ati vi dade e mpr esari al se m s óci o -- est e arti go f oi

el aborado por mei o do mét odo deduti vo, co m uso de r evi são bi bli ográfica e de cons ult a a

legi sl ação.

1 BREVE SÍ NTESE HI STÓRI CA DO DI REI TO COMERCI AL

Embor a sej a cli chê, é quase i negável a f a mosa orient ação de que para ent ender o pr esent e é

pr eci so ‘‘volt ar no t e mpo’’ e analisar o passado -- nest e pont o entra a i mport ânci a da hi st óri a.

Co m ef eit o, a ati vi dade econô mi ca se mpr e f oi e conti nua sendo ‘‘[...] a mat ri z de r el ações

funda ment ai s de i nfraestrut ura det er mi nant es da superestrut ura políti ca e j urí di ca’’, ponder a

Fazzi o Júni or (2015, p. 4).

Ta mbé m é f at o not óri o, reconheci do por boa parte das pessoas, a pr e mi ssa de que o Di r eit o

Mer cantil evol ui, na mai ori a das vezes, e m r azão de al gu ma de manda econô mi ca. Isso por que,

a necessi dade de r egul a ment ação da ati vi dade econô mi ca ve m s endo u m const ant e e

i ndi spensável i nt egrant e dos si st e mas j urí di cos, em t odos os mo ment os da hi st óri a do ho me m,

expli ca Fazzi o Júni or (2015, p. 4).

Nas pal avras de To mazette ( 2013, p. 13) ‘‘t oda evol ução t e m u m t raço de conti nui dade [...]’’,

de modo que f ora m as mudanças ocorri das ao l ongo da hi st óri a que possi bilitara m que hoj e o

Br asil adot e a li mit ação da r esponsabili dade par a aquel e que exerce a ativi dade e mpr esari al

se m sóci o, ou sej a, utilize a EI RELI ( Empr esa Indi vi dual de Responsabili dade Li mit ada).

Assi m, par a mel hor compr eender a sit uação do Di reit o br asil eiro, do pont o de vi st a

e mpr esari al, especi al mente no di z que r espeit o à EI RELI, é váli do r eali zar u ma análi se, ai nda

(9)

O t er mo co mér ci o t e m sua r ai z no l ati m ‘‘co mmut ati o mer ci u m’’, que represent a t r oca de

mer cadori as por mer cadori as, aduz To mazett e ( 2013, p. 3). O aut or segue expli cando que as

trocas t or nara m- se i ndi spensávei s para o conví vi o e m s oci edade desde os t e mpos mai s

anti gos, ei s que o conceit o de aut ossatisfação de t odas as necessi dades dentr o de cada gr upo

soci al fi cou cada vez mai s difí cil de ser execut ado e as pessoas t a mbé m per ceber a m que a

i dei a das tr ocas f acilitava s uas vi das. Di ant e do papel/i mport ânci a que est a t r oca de

mer cadori as adquiri u, nasceu u ma ati vi dade profi ssi onal, de f or ma que al gu mas pessoas

passara m a t rabal har como i nt er medi ador as para t or nar as tr ocas mai s f ácei s, sendo que

au ment ava m o val or das mer cadori as para obt ere m l ucr o; ei s que sur gi u a ati vi da de

co mer ci al, segundo To mazett e (2013, p. 4).

Ac ont ece que a si mpl es t r oca de mer cadori as por outras mer cadori as co meçou a pr ovocar

transt or nos, de f or ma que passara m a adot ar al guns bens, utili zados pel a mai ori a e co m val or

si gnifi cati vo, co mo sendo ‘‘mer cadori a padr ão’’, l ogo, a moeda passou a se desenvol ver,

consoant e Ri zzar do ( 2012, p. 3). Co m i sso, Requi ão ( 2014, p. 28) di z que ‘‘[...] a econo mi a de

troca (econo mi a de escambo) evol ui para a economi a de mer cado (econo mia monet ári a)’’.

O co mér ci o f oi se expandi do na s oci edade e, l ogo, despert ou a necessi dade de u m t r at a ment o

j urí di co, assevera To ma zett e ( 2013, ps. 4- 5). Dessa f or ma, ensi na que o Di reit o Co mer ci al

nasceu de u m i mper ati vo, na I dade Mé di a, de r egul a ment ação das r el ações entre os novos

personagens, ou sej a, entre os co mer ci ant es. O escrit or l e mbr a que as pri mei ras nor mas

regul a ment ando a ati vi dade co mer ci al nascera m na Anti gui dade ( 2083 a. C). Requi ão ( 2014,

p. 32) cit a, por exe mpl o, o Códi go de Ma nu na Í ndi a, o Códi go de Ha mmur abi da Babil ôni a

(vi st o co mo a pri meira codifi cação de nor mas co mer ci ai s) e o pr ópri o Di r eit o Ro ma no que

possuí a vári as r egras r egul ando i nstit ui ções de Di reit o Co mer ci al Maríti mo. Por é m, nenhu m

dest es exe mpl os caract eri zava u m si st e ma de nor mas que pudesse ser cha mado de Di r eit o

Co mer ci al, advert e Requião (2014, p. 32).

Requi ão ( 2014, p. 33) afir ma que di ant e da expansão co mer ci al, do desenvol vi ment o do

capit alis mo mer cantil, do col apso da f ase f eudal, depoi s do sécul o XI co meça u m novo

mo me nt o de desenvol vime nt o econô mi co na Eur opa. Assi m, o Di reit o Co mer ci al apar ece na

Idade Mé di a co mo u m Direit o aut ôno mo e passa por t rês f ases, são el as: subj eti va, obj eti va e

(10)

A at mosfera j urí di ca e soci al contrári a as r egras do j ogo mer cantil bem c o mo a f alt a de

or gani zação do Est ado me di eval fi zera m co m que os co mer ci ant es i nici asse m u m f ort e

pr ocesso de uni ão, de modo que f or mar a m as ‘‘li gas’’ ou ‘‘cor porações de mer cador es’’,

conf or me Requi ão ( 2014, ps. 33- 35). O aut or expl ana que frent e à i nsufi ci ênci a do Di r eit o

co mu m par a r esguar dar as r el ações co mer ci ais, os co mer ci ant es criara m u m ‘‘direit o

cost u mei r o’’ que, a pri ori, era apli cado apenas dentro de cada cor poração pel o j uí zo consul ar,

o qual j ul gava co m base nos us os e cost u mes. No co meço s o ment e i nci di a s obr e os me mbr os

de cada cor poração e i nscrit os na mat rí cul a, por i sso, fi cou conhecido co mo perí odo

subj eti vist a. Est e direit o f ez t ant o s ucesso que passou a r egul ar as de mandas que s ur gi a m

entre co mer ci ant es e não co mer ci ant es; o que al ar gou a co mpet ênci a dos cônsul es, vi de

Requi ão ( 2014, p. 35). Co m o t e mpo, est e direit o dei xou de ser cor porati vo e passou a ser

est at al e apli cado pel os tri bunai s co muns, segundo To mazett e (2013, p. 7).

Na I dade Moder na, com a centrali zação da monar qui a, o papel de el abor ação do Di r eit o

Co mer ci al dei xou de ser dos co mer ci ant es e passou a ser do Est ado; co meça a ‘‘est ati zação do

direit o co mer ci al’’, aduz To mazett e ( 2013, ps. 8 - 9). O aut or di z que as ativi dades co mer ci ai s

conti nuara m a ser expandir, consequent e ment e, houve u ma di versifi cação de at os, sendo que

al guns não er a m pr óprios dos co mer ci ant es, o que l evou a u ma obj eti vação do Di r eit o

Co mer ci al. Assi m, o Di reit o Co mer ci al co meçou a l evar e m cont a os at os, os quai s passara m

a ser consi derados de modo obj eti vo e dei xara m de avali ar as pessoas que os pr ati cava m,

conf or me To mazett e ( 2013, p. 9). O Códi go de Napol eão de 1807 r epresent a o co meço dest e

novo perí odo.

O conceit o obj eti vist a recebeu muit as críti cas ao passo que o di reit o que versa s obr e a

circul ação da econo mi a dei xava de ser excl usi vo dos co mer ci ant es e dos at os de co mér ci o

isol ados e se expandi a, se t ransf or mando e m u m di reit o dos negóci os, das ati vi dades

econô mi cas, obser va Ri zzar do ( 2012, p. 11). A partir da uni fi cação do di reit o das obri gações

reali zada pel o Códi go Ci vil it ali ano de 1942, passa a exi stir u ma nova percepção do di reit o

co mer ci al co mo di reit o das e mpr esas, ei s que o f oco passa a ser o e mpr esári o, r ecor da

To mazett e (2013, p. 13).

Escl areci do i st o, sabe-se que o co mér ci o se mpr e exi sti u no paí s, entretant o a hi st óri a do

(11)

1808, dest aca Coel ho ( 2013, p. 37). Co m a Pr ocl a mação da I ndependência e m 1822, opt ou-se

por conti nuar e m vi gor al gu mas l ei s port uguesas, dentre el as, a Lei da Boa Razão de 1769 que

per miti a o us o de l egi slações estrangeiras sobr e a mat éri a mer cantil, dentre el as o Códi go

Fr ancês de 1807, segundo Requi ão ( 2014, p. 41). Acont ece que o paí s vi via u m mo me nt o de

cresci ment o econô mi co o que de mandou u m códi go co mer ci al pr ópri o, sendo que t al pedi do

foi at endi do e m 1850 quando entr ou e m vi gor o pri meir o Códi go Co mer cial br asil eiro ( Lei nº.

556 de 1850), foi baseado no sist e ma francês, ex vi Coel ho (2013, p. 38).

To mazett e ( 2013, p. 8) afir ma que no sécul o XVI II e na pri meira met ade do sécul o XI X o

direit o co mer ci al br asileiro era basi ca ment e um di reit o de cl asse. Isto post o, o códi go

br asil eiro não cit ou e t ampouco defi ni u os at os co mer ci ai s, sendo que os mes mos f or a m

caract eri zados no arti go 19 do Regul a ment o 737 de 1850, i nf or ma To ma zett e ( 2013, ps.

9-10). Coel ho ( 2013, p. 39) al ert a que mes mo depois da r evogação do r egul a ment o e m t el a, el e

conti nuou ser vi ndo de base da doutri na para a área de i nci dênci a do di reit o co mer ci al at é os

anos 1960.

Co m o decurso do t e mpo, a t eori a dos at os de co mér ci o t a mbé m dei xou de at ender as

necessi dades da ati vi dade mer cantil br asil eira, de f or ma que e m 2002 o paí s adot ou u m

sist e ma j urí di co que, espel hado no si st e ma it ali ano, unifi cou, na mai or parte, o di reit o ci vil e o

direit o co mer ci al, por mei o da pr o mul gação do novo Códi go Ci vil ( Lei nº. 10. 406/ 2002),

mo me nt o e m que passou a adot ar expr essa ment e a t eori a da e mpr esa, expl ana Ri zzar do ( 2012,

p. 9).

Nest e pont o, mes mo r econhecendo que o Códi go Ci vil de 2002 per manece ‘‘[...] si nt oni zado

co m a evol ução do si st ema de t rat a ment o da econo mi a, pel o ângul o das r el ações ent re os

parti cul ares’’, Coel ho ( 2013, p. 40) criti ca o at ual or dena ment o j urí di co. Assi m, apont a que

hoj e o que di sti ngue a nat ureza e mpr esari al ou ci vil de det er mi na ati vi dade econô mi ca di z

respeit o, basi ca ment e, as mat éri as de f al ênci a e recuperação, ei s que i sto de manda ur gent e

alt eração na vi são de Coel ho ( 2012, p. 42). Val e i nf or mar que at ual ment e encont ra-se e m

tra mit ação o Pr oj et o de Lei nº. 1. 572/ 2011 que trata sobre o novo Códi go Co mer ci al.

Ao analisar a evol ução do di reit o co mer ci al f oi possí vel perceber que o Direit o ca mi nha at rás

da r eali dade, de f or ma que t ol era transf or mações na mes ma di mensão e m que os cenári os

(12)

as t ransf or mações s oci ais e econô mi cas pel as quai s o Br asil passa desde o i ní ci o dest e novo

sécul o dei xa m cl ar o que e mer ge co m muit a for ça na s oci edade u ma onda cr escent e de

e mpr eendedor es, sendo que muit as vezes trat a-se de u ma pessoa i sol ada que exerce est e ti po

de ati vi dade. Assi m, consci ent e ou i nconscient e ment e au ment ou a de manda par a a

regul a ment ação da ati vidade daquel es que exerce m a ati vi dade e mpr esari al se m s óci os.

Al ert a-se que est e ca mi nho f oi t ort uoso at é chegar à ad mi ssão da EI RELI, co mo expost o nos

t ópi cos a seguir.

2 EMPRES ÁRI O INDI VI DUAL E SUA RESPONS ABI LI DADE

I LI MI TADA

Após o br eve est udo s obr e o Di reit o Co mer ci al t eci do no t ópi co ant erior, o que se es per a

tenha possi bilitado ent ender co mo ocorreu o desenvol vi ment o dest a ár ea do di reit o be m co mo

de seus i nstru ment os, nest e mo ment o co m o i nt uit o de aj udar na co mpr eensão do pr ocesso

hi st óri co evol uti vo da EI RELI no Br asil passa-se a análise do e mpr esário i ndi vi dual e s ua

responsabili dade ili mit ada.

O e mpr esári o i ndi vi dual é u ma pessoa nat ural que desenvol ve a ati vi dade e mpr esari al

sozi nha, ou sej a, não possui nenhu m s óci o, de modo que não constitui u ma s oci edade

e mpr esári a -- no senti do tradi ci onal da expr essão soci edade. Nesse senti do, Ar nal do Ri zzar do

(2012, p. 44) aduz que é ‘‘(...) a pessoa est abel eci da para exercer a ati vidade econô mi ca de

cri ação ou of ert a de bens ou ser vi ços’’. O aut or (RI ZZARDO, 2012, p. 44) acrescent a que, a

doutri na maj orit ári a, compr eende que essa pessoa, que exerce t al ti po de ati vi dade de f or ma

isol ada, faz uso de u ma fir ma est abel eci da na f orma do arti go 1. 156 do Códi go Ci vil, l ogo,

adot a o no me e mpr esari al na modali dade de fir ma.

É oport uno dest acar que est e e mpr esári o possui um r egi me j urí di co específi co, sendo que u ma

das pri nci pai s caract erísticas do exer cí ci o da ati vi dade e mpr esari al na f or ma i ndi vi dual

consi st e no f at o do patrimôni o (f or mado pel os at i vos e passi vos) do e mpresári o ser úni co e

i ndi vi sí vel, de maneira que seu patri môni o pessoal mi st ura-se co m o pat ri môni o do

est abel eci ment o, l e mbr a Mô ni ca Gus mão ( 2012, p. 52). Coel ho ( 2013, p. 160) al ert a que o

(13)

mei o da expr opri ação de qual quer be m do e mpresári o sej a r el aci onado diret a ment e co m a

ati vi dade e mpr esari al ou não.

A e mpr esa desenvol vida pel o e mpr esári o i ndi vi dual t a mbé m não det é m s ua pr ópri a

personali dade j urí di ca. Desse modo, a e mpr esa pr opri a ment e dit a não for ma u ma pessoa

j urí di ca, mes mo que est eja i nscrit a no Cadastro Naci onal de Pessoas Jurídi cas ( CNPJ) e l he

sej a atri buí do trat a ment o tri but ári o específi co, assinal aTi ago Scherer (2013, p. 17).

É váli do trazer a segui nt e ponderação construí da por Môni ca Gus mão ( 2012, p. 52):

Empr esári o i ndi vi dual é pessoa nat ural que se obri ga através de seu pr ópri o no me, respondendo co m s eus bens pessoai s, assu me r esponsabili dade ili mit ada ( CPC, art. 591), i nci de pessoal ment e e m f al ênci a e pode pl eit ear, se r egul ar, s ua r ecuper ação j udi ci al ou extraj udi ci al.

Acr edit a-se que o conceit o supr acit ado dei xa explí cit a a caract erísti ca mai s i mport ant e do

e mpr esári o i ndi vi dual, qual sej a, sua r esponsabilidade é di ret a e t a mbé m ili mit ada. Port ant o, o

e mpr esári o não possui o benefí ci o da segr egação patri moni al, poi s não exi st e diferenci ação de

personali dade entre el e e s ua e mpr esa. Dest art e, not a-se que mes mo que a e mpr esa possua

personali dade pr ópri a, ela se mi st ura, no al cance e nos efeit os, co m a personali dade j urí di ca

do e mpr esári o, de acor do co m Ri zzar do (2012, p. 67).

Est e aspect o j ustifi ca a obser vação f eit a por Coel ho ( 2013, p. 159), quando o doutri nador

assi nal a que, ai nda que t al modali dade constitua apr oxi mada ment e met ade dos r egi str os

pr esent es nas J unt as Co mer ci ai s, sua i mport ânci a é ‘‘rel ati va’’ no cont ext o do di reit o

co mer ci al. Acr escent a que ger al ment e fi gura m em ‘‘negóci os se m r el evânci a econô mi ca’’ e,

por isso, não parti ci pa m de conflit os si gnifi cati vos.

Ent ende-se que o aut or, mes mo que t enha r ealizado u ma generali zação, expõe de f or ma

resu mi da e acert ada o que de f at o ocorre no cenári o e mpr esari al brasil eiro, ei s que, real ment e,

pode-se obser var que, na mai ori a das vezes, os e mpr esári os i ndi vi duai s, se ocupa m de

ati vi dades mai s si mpl es e co m bai xa movi ment ação fi nanceira. Acr edit a-se que i st o ocorre e m

razão da i nsegurança gerada pel a f alt a de li mitação de r esponsabili dade vi venci ada pel os

mes mos; o que é vi st o co mo desesti mul ador desta modali dade. I ncl usi ve, i st o é o que l eva

(14)

li mit are m s ua r esponsabi li dade. Dest aca-se que est e quadr o não er a u m probl e ma excl usi vo

do Br asil, sendo que i sso i nduzi u vári os paí ses, muit os del es ant es do Br asil, a buscar e m

mecani s mos para a li mitação de r esponsabili dade do e mpr esári o i ndi vi dual co mo ser á vi st o

nos t ópi cos post eri ores.

3 TÉCNI CAS DE LI MI TAÇÃO DE RESPONS ABI LI DADE NO

EXERCÍ CI O I NDI VI DUAL DA ATI VI DADE EMPRES ÁRI A

Al guns aut ores explica m que exi st e m di ferent es mecani s mos para r estri ngir a

responsabili dade da pessoa que desenvol ve a ativi dade e mpr esari al i sol ada ment e. De modo

geral, i nf or ma m que os Est ados, dentr o de seus respecti vos or dena ment os j urí di cos, f aze m a

opção por u ma das t écni cas a seguir apresent adas.

Regi stra-se que os doutrinador es escol he m ma neiras ou mes mo constroe m cat egori as di sti nt as

para ensi nare m s obr e t ai s i nstru ment os. Dessa f orma, J osé Tadeu Neves Xavi er ( 2013, ps. 198

-- 200 e 2012, ps. 27 - 37) obser va que exi st e m doi s ti pos de diretri zes, são el as: a s oci edade

uni pessoal e a ‘‘separação patri moni al co m patri môni o de af et ação’’. Marl on To mazett e ( 2012,

ps. 55 - 59), por sua vez, vi sl u mbr a t rês model os de concreti zar a li mit ação e m est udo, quai s

sej a m: as s oci edades uni pessoai s, a af et ação patri moni al e a ‘‘e mpr esa i ndi vi dual de

responsabili dade li mit ada co m personali dade pr ópri a’’. Já Mari a Ant oni et a Lynch ( 2007 e

2009, ps. 216 - 217) enxer ga duas cat egori as: a s oci edade uni pessoal e a adesão de u ma

‘‘instit ui ção aut ôno ma conheci da co mo EI RL’’.

Escl areci do i st o, verifi ca-se que al guns paí ses opt ara m pel o mét odo em que s ó fi zer a m

modi fi cações nas nor mas s oci et ári as que j á exi sti am, de modo a per mitirem a constit ui ção de

soci edades f or madas por apenas u m úni co s óci o, sendo que co m i sso passara m a ad mitir o que

é deno mi nado de ‘‘sociedade uni pessoal’’, consoant e Lynch ( 2009, p. 217). A aut or a

( LYNCH, 2009, p. 217) afir ma que se t rat a de u ma consoli dação i mpl ícit a e i ndiret a do

pri ncí pi o da li mit ação patri moni al.

To mazett e ( 2013, p. 56), baseado e m Gi ancarl o Lauri ni, ressalt a que t al mét odo t o ma co mo

(15)

das pequenas e médi as e mpr esas. Co m a aceit ação das s oci edades uni pessoai s, e m

det er mi nado or dena ment o j urí di co, el as passa m a sere m vi st as co mo ‘‘sit uação co mu m’’ e não

mai s co mo exceção, acrescent a To mazett e (2013, p. 56).

Xa vi er ( 2012, ps. 27 - 28) l e mbr a que a adoção da s oci edade uni pessoal é possí vel e m r azão

de u ma mudança de conceit o do t er mo ‘‘soci edade’’, poi s na concepção mai s tradi ci onal,

construí da dentr o da er a pr é-i ndustri al, a s oci edade é deri vada de u m contrat o, sendo que, par a

isso era pr eci so no mí ni mo doi s sóci os. Cont udo, mostra que, at ual ment e, al gu mas l egi sl ações

passara m a enxer gar a soci edade co mo u ma ‘‘técni ca j urí di ca de or gani zação de e mpr esa’’,

l ogo, seri a o modo co mo a ati vi dade econô mi ca é desenvol vi da, expl ana Xavi er ( 2012, ps.

27-28).

Nest e di apasão, o aut or (XAVI ER, 2012, p. 22) defende o que i ntit ul a ‘‘(...) a desnecessi dade

de vi ncul ação às f or mas soci et ári as pl urais’’, l ogo, expõe que a percepção de que não se deve

basear a li mit ação de r esponsabili dade a u ma det er mi nada quanti dade de s óci os cont ri bui u

para a ext ensão da r egra da li mit ação de r esponsabili dade. Co m ef eit o, Xavi er ( 2012, p. 25)

j ustifi ca que ‘‘é a adequação patri moni al da ati vi dade, manifest ada pel o seu capit al, o

ver dadeir o el e ment o de ponderação da li mit ação de r esponsabili dade na área e mpr esari al’’.

El e ent ende que o que deve ser consi derado para a fi nali dade de aut orizar a li mit ação da

responsabili dade é se a i nt egrali zação do capit al da e mpr esa f oi f eit a corret a ment e, vi st o que é

ist o que traz mai s segur ança para os credor es.

O escrit or ( XAVI ER, 2012, p. 29) co mpl e ment a que a s oci edade uni pessoal pode ser

obser vada s obr e doi s enfoques: ‘‘como u ma t écni ca or gani zati va do e mpr esári o i ndi vi dual ou

de estrut uração de gr upos de e mpr esa’’. Assi m, l e mbr a que o pri meir o ângul o seri a par a

quando a s oci edade uni pessoal f osse utili zada por u ma pessoa fí si ca e o segundo seri a par a

quando f osse for mada por uma pessoa j urí di ca.

To mazett e ( 2013, ps. 56 - 57) traz al gu mas críti cas à s oci edade uni pessoal ao afir mar que est a

técni ca confi gura u ma s ol ução questi onável, poi s a pl urali dade de s óci os seri a u ma i mposi ção

i nerent e ao exercí ci o da soci edade e t a mbé m r epresent a u m mai or a mparo para os cr edor es.

Par a el e ( TOMAZETTE, 2013, ps. 56 - 57) este mét odo caract eri zari a u m desvirt ua ment o

(16)

Rebat endo t ai s críti cas Xavi er ( 2012, ps. 31 - 32) defende que aquel es paí ses que não aceit a m

est e i nstit ut o de modo expr esso e m seus or dena ment os acaba m o ad miti ndo de ma nei ra

i ndiret a dentr o da r eali dade e mpr esari al, ei s que mui t as vezes são f or madas as j á conheci das

‘‘soci edades fi ctí ci as’’. Alé m di sso, o escrit or ( XAVI ER, 2012, ps. 31 - 32) contra-ar gu ment a aquel es que ent ende m que est e mei o f acilitari a os abusos s oci et ári os e as fraudes, l e mbr ando

que t ai s sit uações t a mbé m ocorre m co m as s ociedades tradi ci onai s e para i sso j á exi st e m

ma neiras de co mbat e, por exe mpl o, a t eori a da desconsi deração da personali dade j urí di ca.

Val e l e mbr ar que o Br asil ad mit e de f or ma expr essa e m seu or dename nt o a s oci edade

uni pessoal, por é m, s o ment e e m sit uações específi cas, quai s sej a m: a soci edade anôni ma

uni pessoal cha mada de ‘‘subsi di ári a i nt egral’’ ( Lei nº 6. 404/ 1976), conf or me j á expli cado, e a

possi bili dade de a s oci edade li mit ada f unci onar co m apenas u m s óci o, por é m, est e caso é

apenas de f or ma i nci dent al e t e mpor ári a, co m f ul cro no arti go 1. 033, i nci so I V do CC, el uci da

Coel ho (2013, p. 46).

Out ra t écni ca de li mit ação de r esponsabili dade do e mpr esári o i ndi vi dual é a do patri môni o de

afet ação. Nest e pont o, i nici al ment e, é váli do t razer u ma di ferenci ação f eit a por Xavi er ( 2013,

p. 200) que consi st e na separação entre patri môni o separado e patri môni o de af et ação. Assi m,

el e ensi na que o pri mei ro ( patri môni o separado) seri a constit uí do por u ma separ ação de

det er mi nada parcel a do patri môni o, o atri bui ndo a u ma fi nali dade própri a, sendo que é

for mada u ma nova tit ul ari dade. Co m i sso, é f eit a u ma t ransferênci a do patri môni o par a u ma

pessoa diferent e. Est a é a t écni ca utili zada no i nstit ut o j urí di co vi st o aci ma, qual sej a, a

soci edade uni pessoal, aduz Xavi er ( 2013, p. 200).

Já o patri môni o de af et ação t a mbé m per mit e que haj a a separação de det er mi nada par cel a de

bens que co mpõe m o acervo patri moni al de cert o suj eit o de direit o, de modo que est a par cel a

passa a ser sub meti da a um r egi me j urí di co di sti nto daquel e que o r est ant e do patri môni o deve

seguir, por é m, nest a hi pót ese, não há modi fi cação de tit ul ari dade, conf orme Xavi er ( 2013, p.

200).

Nesse senti do, Xavi er (2012, p. 33) r ecor da que o patri môni o de afet ação não det é m

personali dade j urí di ca própri a, t odavi a possui u m regi me excl usi vo de r esponsabili dade, vi st o

que a ci são patri moni al t e m j ust a ment e o i nt uit o de t or nar possí vel a li mit ação de

(17)

Par a que sej a cri ado, o patri môni o de af et ação é necessári o que exi st a aut ori zação pr evi st a na

lei, segundo Cai o Mario da Sil va Per eira ( 2013, p. 333). Dest art e, Lynch ( 2007, p. 104)

i nf or ma que o Ant epr oj et o de Códi go Ci vil e os Pr oj et os de 1963 e 1965 possuí a m pr evi são

sobr e o patri môni o de afetação, cont udo el e não foi i ncl uí do no Códi go Ci vil at ual.

Mes mo assi m, To mazet te ( 2013, p. 57) apont a al guns exe mpl os e m que há pr evi são da

cri ação dest e i nstit ut o no Di reit o br asil eiro, dentre el es cit a m-se: a possi bili dade de o

i ncor porador cri ar u m patri môni o de af et ação para o e mpr eendi ment o i mobiliári o ( arti go 31- A

da Lei nº 4. 591/ 64) e a hi pót ese do e mpr esári o i ndi vi dual i ncapaz e m que há u ma segr egação

do patri môni o (arti go 974, § 2º, do Códi go Ci vil).

Est a t écni ca t a mbé m encontra críti cas, por exempl o, To mazett e ( 2013, p. 56), baseado e m

Tat hi ana Facchi m, afir ma que o f at o de não ser constit uí da u ma nova pessoa j urí di ca, não

possi bilita que o e mpr esári o i ndi vi dual obt enha crédit o desli gado de s ua pessoa e t a mbé m

poderi a conf undir a vi sualização da separação patri moni al por t erceiros.

Ade mai s, há críti cas entre aquel es que se basei a m no conceit o cl ássi co da ‘‘uni dade

patri moni al do s uj eit o de di reit o’’, de acor do co m Xa vi er ( 2012, p. 33). Nesse di apasão, Lynch

(2007, ps. 102 - 103) menci ona que no sécul o XI X a i déi a de ‘‘uni ci dade patri moni al’’ era a

regra, i ncl usi ve dest aca que

essa i ndi vi si bili dade t e m co mo f unda ment o o pri ncí pi o segundo o qual a t ot ali dade dos bens do i ndi ví duo r esponde pel as dí vi das. Os cl ássi cos def ende m que s e assi m não f osse, os i ndi ví duos t eria m l i ber dade par a f or mar vári os patri môni os e dessa for ma l esar os seus credores que só t ê m possi bili dade execut óri a patri moni al.

Apesar da i dei a supr a menci onada de que o patri môni o de af et ação possi bilitari a a constit ui ção

de vári os patri môni os di sti nt os, o que poderi a gerar u ma i nsegur ança e ir de encont r o aos

i nt eresses dos cr edores, há que m def enda que esta t écni ca é a mel hor f orma de li mit ação de

responsabili dade, por exe mpl o, To mazett e ( 2013, p. 57), Juyceane Bezerra de Me nezes e

Gi ovani Magal hães (apud, Xavi er 2012, p. 36).

To mazett e ( 2013, ps. 58 - 59) assevera que outr o mecani s mo de li mit ação de r esponsabili dade

(18)

cl assifi ca co mo nova espéci e de pessoa j urí di ca ao di zer que el a consi st e e m u ma f or ma de

‘‘personifi cação da e mpr esa’’. O aut or ( TOMAZETTE, 2013, ps. 58 - 59), co m f ul cr o nos ensi na ment os de Syl vi o Mar condes Machado, acrescent a que i sso se daria por duas r azões:

‘‘(...) pel a co mpl exi dade de s ua or gani zação (...) [e] pel a multi pli ci dade e di versi dade dos i nt eresses que ve m pol arizando’’.

Já Lynch ( 2007, p. 101) t a mbé m me nci ona que a Empr esa I ndi vi dual de Res ponsabili dade

Li mit ada seri a u ma maneira de li mit ação de r esponsabili dade. Por é m, pensa que el a seri a u ma

‘‘instit ui ção aut ôno ma’’, sendo que poderi a ser f or mada por doi s modos diferent es, são el es: por mei o de u m patri môni o de af et ação ou através de u ma pessoa j urí di ca, a qual poderi a ser

do model o soci edade anôni ma ou soci edade li mit ada.

É i nt eressant e apont ar que os paí ses da Améri ca Lati na t ê m opt ado por adotar est e i nstit ut o de

modo di ret o e explí cit o enquant o que os Est ados Eur opeus t ê m pr eferi do as modi fi cações nas

regras vi gent es sobre sociedades, de acor do co m Lynch ( 2009, p. 217).

4 A RECEPÇÃO DA MATÉRI A NO DI REI TO COMP ARADO

Ao f azer u ma br eve análise sobr e o t e ma s ob o pont o de vi st a hi st órico, percebe-se que,

e mbor a s ua vi gênci a seja r ecent e no Br asil, como ser á expost o a seguir, o mes mo j á er a

trabal hado há bast ant e t e mpo e m out r os paí ses. Dest art e, a i dei a de li mit ação de

responsabili dade do agent e que exer ce a ati vi dade e mpr esari al de f or ma si ngul ar f oi

desenvol vi da pel o s uí ço Karl Weil and e m 1895 e pel o austrí aco Angel Pi sko e m 1910,

conf or me recor da Xavi er (2012, p. 32).

Josefi na Boquera Mat arredona (apud GONÇALVES NETO, 2012, p. 155) afir ma que esse

assunt o j á havi a si do abor dado ant es, por exe mpl o, nas pesqui sas do i ngl ês Jessel que não

ent endi a o moti vo da necessi dade de constit ui ção de u ma s oci edade de det er mi nada

modali dade par a a li mitação da r esponsabili dade do co mer ci ant e, de for ma que o aut or

(19)

A dout ri na ( RI CHTER; POZZER; KUNZLER, 201, p. 83) apont a que a pri meira pr evi são

legi sl ati va que concreti zou o i nstit ut o e m est udo f oi el aborada e m 1926, no Pri nci pado de

Li echt enst ei n, co mo u ma das novi dades e m seu Códi go das Obri gações Soci ais. Est a pr evi são

foi e mbasada nas pesqui sas de Os kar Pi sko, sendo que est e pr opagava que o corret o seri a f al ar

e m ‘‘patri môni o aut ônomo’’ ou ‘‘patri môni o separado’’ re meti do ao exercí ci o co mer ci al co m

responsabili dade r estrit a, e não e m ‘‘personali dade j urí di ca’’, segundo Carlos Cel so Or cesi da

Cost a (apud LOBO, 2004).

Nest e cont ext o, COELHO ( 2013, p. 45) expli ca que na época e m que sur gi u a fi gura f oi

li gada à ‘‘(...) obj eti vos u m t ant o escusos, de pl anej a ment o t ri but ário ou ocult ação de

patri môni o ou r eceit as’’. Segundo el e i st o acont eceu, poi s as pessoas ai nda est ava m associ adas

à concepção t radi ci onal de s oci edade abali zada na i dei a de contrat o soci al, conf or me j á

trabal hado. O aut or ( COELHO, 2013, p. 45) acrescent a que, de acor do com Si dou, a li gação

ao conceit o de ‘‘paraí sos fi scai s’’ ocasi onou um ‘‘esti gma’’ para as soci edades li mit adas

uni pessoai s. Dest art e, há i nf or mação de que os e mpr esári os i ndi vi duai s demor ar a m a f azer e m

suas i nscri ções, sendo que apenas e m 1954 t eri a m ocorri dos os pri meir os r egi str os

( RI CHTER; POZZER; KUNZLER, 2013, p. 83).

Ul trapassada a vi são t radi ci onal supr acit ada, verifi ca-se que a Di na mar ca foi o pri meir o paí s

da Co muni dade Econômi ca Eur opéi a a adot ar o i nstit ut o e m 1973 e na década de 1980,

Al e manha, Fr ança, Hol anda e Bél gi ca o aceit aram, ensi na Coel ho ( 2013, ps. 45 - 46). Em

rel ação à Fr ança, not a-se que, e mbor a a s oci edade uni pessoal j á const asse em s ua l egi sl ação, o

paí s, e m 2010 por mei o da Lei 2010- 658, i nstit ui u o ‘‘e mpr eendedor i ndi vi dual de

responsabili dade li mit ada’’, aduz Gonçal ves Net o ( 2012, p. 156).

O i nstru ment o se f ort aleceu a partir da 12ª Di reti va da Co muni dade Econô mi ca Eur opéi a

sobr e Soci edade, r eali zada e m 1989, na medi da e m que el a expr essou a possi bili dade de os

est ados me mbr os da Uni ão Eur opéi a f azere m us o, caso desej asse m, da s oci edade uni pessoal

co mo u ma s ubespéci e de s oci edade anôni ma ou de s oci edade de r esponsabili dade li mit ada, de

acor do co m Gonçal ves Net o ( 2012, ps. 155 - 156). El e expli ca que u m paí s poderi a opt ar por

não adot ar t al t écni ca, desde que s ua l egi sl ação est abel ecesse a possi bilidade de e mpr esári os

i ndi vi duai s li mit are m s ua r esponsabili dade por mei o do patri môni o de afet ação e que se

(20)

156) acrescent a que est a Di reti va s ofreu vári as transf or mações at é ser firma da pel a Di r eti va

2009/ 102/ CE.

Te m- se que o i nt uit o central da Di reti va or a menci onada seri a o de f o ment ar as ati vi dades das

pequenas e médi as e mpr esas, segundo ( COELHO, 2013, p. 46). Co m i sso, o i nstit ut o passou a

ser ad miti do e m Port ugal, It áli a, Rei no Uni do, Luxe mbur go, Gr éci a e Espanha, afir ma Frit z

(apud COELHO, 2013, p. 46).

No que t ange a Port ugal, CAS QUEL ( 2011, p. 2) sali ent a que primei r o f oi aceit o o

‘‘Est abel eci ment o I ndi vi dual de Res ponsabili dade Li mit ada’’ ( EI RL), por mei o do Decr et o- Lei 248 de 1986, de f orma que a segr egação patri moni al acont ece na concepção do

e mpr eendi ment o, mo me nt o e m que o e mpr esári o deverá separar part e do seu patri môni o par a

for mar o capit al i ni ci al da e mpr esa, sendo que t al capit al não poderá ser me nor do que ci nco

mi l eur os be m co mo não possui personali dade j urí di ca pr ópri a. Ocorre que, segundo o aut or

após a Di reti va s upr acitada, t al modali dade t e m entrado e m desuso, ei s que o paí s cri ou a

‘‘Soci edade Uni pessoal por Quot as’’, através do Decret o- Lei nº. 257 de 1996. Nest a s oci edade t odas as quot as pert encem a u m úni co s óci o, sendo-l hes e mpr egadas as nor mas ger ai s das

soci edades, co m exceção daquel as pr evi st as especifi ca ment e para s oci edades pl urai s, advert e

Cas quel (2011, p. 2).

Dest aca-se, consoant e j á l evant ado, que os paí ses da Améri ca Lati na, no ger al, escol hera m

li mit ar a r esponsabili dade do e mpr esári o i ndi vi dual se m f azere m us o da s oci edade uni pessoal

e si m por mei o de u m i nstit ut o pr ópri o, e m conf ormi dade co m Gonçal ves Net o ( 2012, p. 156).

O escrit or il ustra que o Paraguai passou a cont e mpl ar o i nstit ut o e m 1983 ( Lei 1. 034), o Per u

e m 1976 ( Dec. - Lei 21. 435 co m modi fi cações post eri ores) e o Chil e e m 2003 ( Lei 19. 857).

Regi stra-se que o conceit o j á era trabal hado na Ar genti na, nas aul as de Ri var ol a e m 1914 e

Ball Li ma t eri a escrit o um pr oj et o de l ei para adot ar essa li mit ação de r esponsabili dade e m

1924, al ert a J. M. Ot hon Si dou (apud LOBO, 2004).

Di ant e di sso, percebe-se que a i dei a de li mit ação de r esponsabili dade daquel e que desenvol ve

i ndi vi dual ment e a ati vi dade e mpr esári a não é al go novo, sendo que há not íci as de r eferênci as

a mes ma j á no fi nal do sécul o XI X, consoant e Si dou (apud LOBO, 2004). Port ant o, mes mo

(21)

que cada vez mai s paí ses t e m not ado a i mport ânci a do e mpr ego do conceit o dentr o de s uas

legi sl ações, de modo a, por exe mpl o, i ncenti varem o e mpr eendedoris mo.

5 O TRAJ ETO DA LI MI TAÇÃO DE RESPONS ABI LI DADE DO

E MP RES ÁRI O I NDI VI DUAL NO BRASI L

5. 1 BREVE SÍ NTESE DA EVOLUÇÃO DA LI MI TAÇÃO DE

RESP ONS ABI LI DADE

Ant es de i ngr essar no assunt o da r estri ção de r esponsabili dade na esfera do e mpr esári o

i ndi vi dual, ent ende-se que é i nt eressant e menci onar, ai nda que e m l i nhas ger ai s, a evol ução

do r aci ocí ni o j urí di co sobr e a li mit ação de r esponsabili dade dentr o do Di r eit o br asil eiro.

Nesse senti do, J. M. Ot hon Si dou (apud XAVI ER, 2012, p. 22) expli ca de f or ma si mpl es e

br eve o desenvol vi ment o dest a li mit ação. El uci da ( Si dou apud XAVI ER, 2012, p. 22) que no

i ní ci o exi sti a a s oci edade col eti va, sendo que a i nt egrali dade do pat ri môni o dos s óci os

responde ili mit ada e s olidari a ment e, co m a ad mi ni stração pessoal de seus co mponent es, co m

ful cr o no pri ncí pi o da soci et as romana.

Em s egui da s ur gira m as soci edades co mandit ári as, as quai s não possue m ad mi ni stração

pessoal de seus s óci os, de modo que há li mit ação de r esponsabili dade, assevera Si dou (apud

XAVI ER, 2012, p. 22). De poi s, a ext ensão dest a li mit ação passa a não ma is est á associ ada ao

aspect o de ger enci a ment o, quando nasce m as s oci edades anôni mas, de f or ma que o s óci

o-aci oni st a passa a ad mi ni strar na quali dade de ma ndat ári o. Logo após, nasce m as s oci edades

por quot as de r esponsabili dade li mit ada e m que os s óci os- quotist as pode m ger enci ar, não

co mo mandat ári o, e si m na pr ópri a quali dade de sóci o. ( Si dou apud XAVI ER, 2012, p. 22)

Nesse cont ext o, regi stra-se que Ant ôni o Marti ns Fil ho (apud XAVI ER, 2012, p. 23) e m

trabal ho escrit o na década de 1950 j á defendi a a i ntrodução na l egi slação br asil eira da

li mit ação de r esponsabili dade do e mpr esári o i ndi vi dual, ao criti car o ‘‘est aci ona ment o’’ do

desenvol vi ment o da li mitação de r esponsabili dade dentr o do or dena ment o j urí di co, ei s que

(22)

(...)’’. No mes mo senti do, Si dou (apud XAVI ER, 2012, p. 22) e m s ua obr a e m 1963 ao t raçar

a evol ução supra-esposada j á apont ava que

necessari a ment e, o novo passo a dar, por dedução l ógi ca, será a ad mi ssi bili dade de restri ção s oci et ári a ao i ndi ví duo, que pode gerir co mo e mpresári o, t endo por li mit e de r esponsabili dade o negóci o eri gi do, co mo r azão s oci al, e m fi cção j urí di co-econô mi ca.

Isso de monstra o pensa ment o de vanguar da dos doutri nadores, na me di da e m que j á

co mpr eendi a m que a ampl i ação da li mit ação de r esponsabili dade, de ma neira a abar car o

e mpr esári o i ndi vi dual, era al go nat ural e necessário dentr o da s oci edade brasil eira. Sali ent a-se

que Cali xt o Sal o mão Fi l ho e m ‘‘A s oci edade uni pessoal’’ e Syl vi o Mar condes Machado --

recor dou que o pensa ment o e m análise j á era anti go na esfera i nt ernaci onal -- t a mbé m

defendera m a i dei a e m quest ão, segundo Oli veira (2011).

5. 2 TENTATI VAS FRUSTRADAS DA INSTI TUI ÇÃO DA EI RELI NO

BRASI L

Exi st e m i nf or mações de que há bast ant e t e mpo j á s ur gira m i ni ci ati vas co m o obj eti vo de

i mpl e ment ar est a fi gura, ou pel o menos al go semel hant e, co mo mecani smo de li mit ação de

responsabili dade daquel e que exerce a ati vi dade e mpr esari al i ndi vi dualme nt e na l egi sl ação

br asil eira, co m base em Mos cati ni ( 2012, p. 14). Dessa f or ma, salient a-se a edi ção do

Decr et o- Lei nº. 3. 708 de 1919, consoant e se observa:

Sugeri mos, ent ão, ao congr essist a, u ma e menda ao Dec. 3. 708, de 10 de j aneir o de 1919, nos segui nt es t er mos: art. 1º - Al é m das s oci edades a que se r efere m os art s. 395, 311, 315 e 317 do Códi go Co mer ci al, poderão constit uir-se s oci edades por cot as de responsabili dade li mitada, i nt egradas por u ma ou mai s pessoas.

Tr at a-se de u m acr ésci mo ao art. 1º da l ei de s oci edades por cot as, [...] t odas as das soci edades li mit adas deve m ser, e m pri ncí pi o, apli cadas à s oci edade uni pessoal; t odas as di sposi ções co mpatívei s que se desti ne m a r egul ar o Di reit o Mer cantil, à pr ot eção dos cr edor es, à f or mação e a per eni dade do capit al s oci al, às de monstrações fi nanceiras, bal anços, r el at óri os, aos us os de nat ureza negoci al, as i nstr uções nor mati vas do Depart a ment o Naci onal de Regi stro do Co mérci o e, l ast but not l ast, os ri quí ssi mos j ul gados das Junt as Co mer ci ai s. [...] ( MOSCATI NI, 2012, ps. 14 - 15)

Not a-se que j á no começo do sécul o XX pr ocurara m, se m s ucesso, acr escent ar no

(23)

mei o da s oci edade uni pessoal. Fri sa-se que est a não f oi a úni ca t ent ativa fracassada, poi s

exi stira m vári as outras.

Lynch ( 2009, ps. 218 - 224) r ecor da que o pri mei ro a f azer menção ao i nstit ut o da EI RELI na

ceara l egi sl ati va f oi o Deput ado Fr eit as e Castr o, post o que el e exi bi u perant e o Parl a ment o,

e m 1947, o Pr oj et o de Lei nº. 201 e m que ad mitia a f or mação de Empr esas I ndi vi duai s de

Res ponsabili dade Li mit ada. Ei s al guns trechos do pr oj et o:

[...] Art. 1. º Qual quer pessoa capaz de exercer o co mér ci o poderá constit uir e mpr êsa e m no me i ndi vi dual li mit ado a s ua r esponsabili dade pel os negoci os da mes ma, ao val or do capit al decl arado. [...] Art. 3.º Embor a ci vil o obj eto do negóci o, a e mpr êsa fi cará equi parada às s oci edades co mer ci ais s uj eit as às f or mali dades e às obri gações dos co mer ci ant es, sendo-l hes apli cável a l egi sl ação comer ci al. Art. 4. º A constit ui ção da e mpr êsa se f ará por escrit ura públi ca ou parti cul ar e m que const e: [...] e) o capit al nunca i nferi or a Cr $ 500. 000, 00, r eali zado no at o da constit ui ção, i ndi cando-se a for ma por que foi reali zado. [...] ( LYNCH, 2009, p. 220)

Per cebe-se que est e pr ojet o pr evi a que deveri a m ser apli cadas à nova fi gura as l ei s do Di r eit o

Co mer ci al be m co mo est abel eci a u m capit al mí ni mo par a a abert ura da e mpr esa. Lynch

(2009, p. 223) ent ende que t ant o pessoas fí si cas quant o j urí di cas poderi am abrir t al e mpr esa,

vi st o que foi usada a expressão ‘‘qual quer pessoa capaz’’.

A aut ora ( Lynch, 2009, ps. 218 - 222) frisa que o deput ado supr acitado utili zou co mo

j ustifi cati va, por exe mpl o, os benefí ci os par a o cr esci ment o da s oci edade que f or a m

al cançados a partir da limi t ação de r esponsabili dade par a os i nt egrant es de vári as modali dades

soci et ári as assi m co mo o pri ncí pi o da i sono mi a que l evava a necessi dade de equi paração de

trat a ment o entre as soci edades e os e mpr esári os i ndi vi duai s. Todavi a, a pr opost a foi rej eit ada.

Em s egui da, real ça-se uma nova t ent ati va, desenvol vi da pel o doutri nador Ar nol do Wal d que

apresent ou ant epr oj et o, e m 1999, desej ando a r eestrut uração da vel ha e r evogada Lei de

Soci edades por quot as de r esponsabili dade li mit ada, sendo que el e obj eti vava o s ur gi ment o da

soci edade uni pessoal, segundo Ol i veira ( 2011). Apesar do avanço que est a pr et ensão

pr opor ci onari a, Oli veira (2011) decl ara que el a t ambé m f al hou, sendo que f oi pr ej udi cada e m

razão da super veni ênci a do Códi go Ci vil ( Lei nº. 10. 406/ 2002).

(24)

[...] Art. 41. É consi derada empr esa i ndi vi dual de r esponsabili dade li mit ada: I -- a constit uí da por u ma úni ca pessoa, fí si ca ou j urí di ca, medi ant e i nstru ment o públi co ou parti cul ar, assi nal ado pel o f undador e s ubscrit o por duas t est e munhas; II -- a soci edade li mit ada que fi car r eduzi da a u m úni co s óci o após o t ranscurso do pr azo pr evi st o no § 3. º, do art. 6º. Parágraf o úni co. Cada pessoa s ó poderá ser s óci a de u ma úni ca e mpr esa i ndi vi dual de r esponsabili dade li mit ada. [...] Art. 44. O s óci o úni co, ao constit uir a e mpr esa i ndi vidual, dest acará de seu patri môni o bens par a a f or mação do capit al s oci al, desti nando-se à consecução do obj et o s oci al. § 1. º Enquant o não i nt egrali zado o capit al s oci al, o s óci o úni co r esponderá per ant e t erceiros, at é o l i mit e do capit al s oci al, co m t odos os seus bens e di reit os. § 2. º I nt egrali zado o capit al soci al, s o ment e r esponderá o patri môni o da e mpr esa i ndi vidual pel as obri gações e dí vi das soci ais. [...] ( LYNCH, 2009, p. 225)

Logo, nest e pr oj et o, j á foi f eit a pr evi são expr essa de que o i nstit ut o poderi a ser f or mado por

pessoa nat ural ou j urí dica be m co mo que cada pessoa s o ment e poderi a constit uir u ma

‘‘EI RL’’. Est abel eci a t a mbé m a li mit ação da r esponsabili dade do s óci o ao mont ant e do capit al soci al, quando est e esti vesse devi da ment e i nt egralizado.

Lynch ( 2009, p. 226 - 232) acent ua u ma nova t ent ati va de li mit ar a r esponsabili dade do

e mpr esári o i ndi vi dual, no caso, quando se debatia a Lei Co mpl e ment ar nº 123 de 2006 ( Lei

Ger al da Micr oe mpr esa e da Empr esa de Pequeno Port e), na medi da e m que t al l ei cui dava do

suport e aos pequenos negóci os. A escrit ora ( LYNCH, 2009, ps. 226 - 227) menci ona que o

pr oj et o trazi a e m s eu corpo u m i mport ant e i nstit uto, qual sej a, o ‘‘Empr eendedor I ndi vi dual de

Res ponsabili dade Li mit ada’’. Port ant o, o arti go 69 dispunha que:

Rel ati va ment e ao e mpr esário enquadr ado co mo mi cr oempr esa ou e mpr esa de pequeno port e nos t er mos dest a Lei Co mpl e ment ar, s ome nt e r esponderá pel as dí vi das e mpr esari ais co m os bens e di reit os vi ncul ados à ati vi dade e mpr esari al, excet o nos casos de desvi o de fi nali dade, de conf usão patri moni al e obri gações trabal hi st as, e m que a responsabili dade será i nt egral. ( LYNCH, 2009, p. 228)

Nest e caso, Lynch ( 2009, ps. 229 - 230) depreende que s ó as pessoas nat ur ai s poderi a m

constit uir u ma EI RL. Obser va-se, t a mbé m, que est e i nstit ut o apenas poderi a ser usado por

mi cr oe mpr esa ou e mpr esas de pequeno port e, o que a aut ora ( LYNCH, 2009, ps. 229 - 230)

denot a co mo sendo de ‘‘questi onável l egali dade’’, ao passo que excl ui a possi bili dade de

di versos seg ment os econô mi cos fazere m uso deste benefí ci o.

Embor a i novador e de expr essi va r el evânci a este arti go f oi vet ado, sendo que dent re os

mot i vos do vet o, val e trazer a t ona:

(25)

circunst ânci as de f at o que apont a m par a u ma fi scali zação da ad mi ni stração públi ca que não t e m qual quer condi ção mat eri al de verifi car a ocorrênci a de t ai s event os. [...] os cont or nos dados à r esponsabili zação do e mpr esári o r est ara m dúbi os, e m vi st a

das expressões ‘ desvi o de fi nalidade, de confusão patri moni al e obri gações

trabal histas, e m que a r esponsabilidade será i ntegral’ [...]. (LYNCH, 2009, ps.

228-229)

Os f unda ment os apr esent ados evocara m a fragili dade da Ad mi ni stração Públi ca par a a

fiscali zação das ati vi dades e mpr esári as be m co mo os t er mos utili zados no arti go para t rat ar

sobr e as hi pót eses de r esponsabili zação. Cont udo, acredit a-se que t ai s ar gu ment os f or a m

vagos ou mes mo i nsufi cient es frent e às vant agens que a adoção da fi gura represent ari a par a o

paí s.

Mer ece m ser e m apont adas as r azões vi sl u mbr adas por Moscati ni ( 2012, p. 15) par a as

di versas vedações f eit as sobr e as t ent ati vas de i mpl e ment ar a li mit ação de responsabili dade do

e mpr eendedor i ndi vi dual no Br asil. Assi m, a escrit ora ( MOSCATI NI, 2012, p. 15) expr essa

que i sso acont eceu e m vi rt ude das di versas i nvestidas f eit as pel o Fi sco e de ór gãos associ ados

à pr ot eção dos di reit os trabal hi st as que di st orcera m a fi gura s obre o f also ar gu ment o de

segurança para seus r eferent es credor es. Cont udo, el a ( MOS CATI NI, 2012, p. 15) al ert a que

e m mo me nt o al gu m se pret endeu possi bilitar o descu mpri ment o das obrigações, vi st o que as

pr ópri as l ei s cui dara m de est abel ecer de al gu ma f or ma a possi bili dade do r o mpi ment o da

aut ono mi a patri moni al.

Di t o i st o, verifi ca-se que há cerca de u m s écul o j á er a m f eit as t ent ati vas de i ncor por ar no

Or dena ment o J urí di co brasil eiro a fi gura que ad mitiri a a r estri ção de r esponsabili dade par a o

e mpr esári o si ngul ar, o que t rari a não apenas prot eção a est e ti po de e mpr eendedor, mas

ta mbé m benefí ci os par a o desenvol vi ment o da s oci edade br asil eira de modo ger al. No

ent ant o, percebe-se que a vi são t radi ci onalist a s obr e o di reit o e mpr esari al be m co mo o

desconheci ment o, a f alta de i nstrução das pessoas que se encontravam no Congr esso

Legi sl ati vo contri buíra m para que esse avanço não fosse adot ado durant e muit o t e mpo.

6 ENTRADA E M VI GOR DA EI RELI NO BRASI L

Após vári as t ent ati vas, t ai s co mo as apont adas no t ópi co ant eri or, foi apr esent ado ao

(26)

De put ado Mar cos Mont es Cor deir o ( DE M -- MG), consoant e el uci da Sa muel Me nezes

Ol i veira (2011). Est e pr ojet o cont ou co m doi s i mport ant es col abor ador es.

Dest art e, Oli veira ( 2011) r el at a que o pri meir o cooperador f oi Guil her me Duque Est rada de

Mor aes, sendo que est e é cit ado no cor po da pr ópria pr opost a. Ei s que seu arti go a r espeit o da

necessi dade de u ma l egisl ação ad miti ndo a r esponsabili dade li mit ada para o e mpr esári o

i ndi vi dual ser vi u de base par a aquel a, o qual al ertava s obr e a exi st ênci a da fi gura e m di versos

outr os paí ses, vi de Ol i veira ( 2011). Já o segundo contri bui nt e f oi Paul o Vilel a Car dos o, poi s o

pesqui sador a mpar ou o Deput ado Cor deiro na apri mor ada verifi cação das l egi sl ações

estrangeiras que e mbasara m a cri ação do i nstit ut o no Br asil, segundo Oli veira (2011).

Sabe-se que o pr oj et o em t el a pr et endi a i ntroduzir a fi gura da EI RELI por mei o da cri ação de

u m novo arti go no Códi go Ci vil de 2002, de maneira que s ua r edação i ni ci al est abel eci a o

segui nt e:

O Congr esso Naci onal decret a:

Art. 1º A Lei nº 10. 406, de 10 de j aneiro de 2002, passa a vi gor ar acr esci da do segui nt e art. 985- A:

‘ ‘Art. 985- A. A e mpr esa i ndi vi dual de r esponsabili dade li mitada será constit uí da por u m úni co s óci o, pessoa nat ural, que é o t it ul ar da t ot ali dade do capit al s oci al e que so ment e poderá fi gurar nu ma úni ca e mpr esa dessa modali dade.

§ 1º A e mpr esa i ndi vi dual de r esponsabili dade li mit ada t ambé m poder á r esult ar da concentração das quot as de out ra modali dade s oci et ári a nu m úni co s óci o, i ndependent e ment e das razões que moti vara m t al concentração.

§ 2º A fir ma da e mpr esa i ndi vi dual de r esponsabili dade li mitada deverá ser f or mada pel a i ncl usão da expressão "EIRL" após a razão soci al da e mpr esa.

§ 3º So ment e o patri môni o s oci al da e mpr esa r esponderá pel as dí vi das da e mpr esa i ndi vi dual de r esponsabili dade li mit ada, não se conf undi ndo e m qual quer sit uação co m o patri môni o pessoal do empr esári o, conf or me descrit o e m s ua decl aração anual de bens entregue à Secret ari a da Receit a Federal do Mini st éri o da Fazenda.

§ 4º Apli ca m- se à e mpr esa i ndi vi dual de r esponsabili dade l i mit ada os di spositi vos rel ati vos à s oci edade li mit ada, pr evi st os nos art s. 1. 052 a 1. 087 dest a l ei, naquil o que couber e não conflit ar co m a nat ureza j urí di ca dest a

modali dade e mpr esari al.’ ’ ( NR)

Art. 2º Est a l ei entra e m vi gor no pr azo de 180 ( cent o e oit ent a) di as de s ua

publi cação ofi ci al.

(htt p:// www. ca mar a. gov. br/ proposi coes Web/ pr op_ mostrari ntegra?codt eor =631421 & fil ena me =PL+4605/ 2009)

Regi stra-se que est e di spositi vo s ofreu alt erações, co mo é possí vel verifi car na at ual r edação

do arti go 980- A do Códi go Ci vil. Di st o i st o, encontra-se entre as j ustifi cati vas t eci das na

(27)

contri bui ções e esti mul ari a a f or mali zação de mi l har es de e mpr eendedor es que at ua m de

ma neira desor gani zada e se m r ecol here m os t ri butos corret a ment e. Ade mai s, ar gu ment a que a

or gani zação e f or mali zação dessa i mport ant e área da econo mi a, a qual, baseado e m dados do

SEBRAE, o Pr oj et o de Lei nº. 4. 605/ 2009 apont a que r epresent a 80 % das font es de e mpr ego

no Br asil, pr opor ci onari a gr ande au ment o da arrecadação t ri but ári a dos Est ados be m co mo a

evol ução da econo mi a do país. (Ex vi

htt p:// www. ca mar a. gov. br/ pr oposi coes Web/ pr op_most rari nt egra?codt eor =631421 &fil ena me =

PL+4605/ 2009)

Após passar por t odos os pr ocedi ment os l egi slati vos o Pr oj et o de Lei nº. 4. 605/ 2009 f oi

sanci onado pel o Pr esi dent e da Repúbli ca e m 11 de j ul ho de 2011, o que ori gi nou a Lei nº.

12. 441/ 2011 que entr ou e m vi gor 09 de j aneir o de 2012, quando fi nal mente a EI RELI s ur gi u

no paí s, consoant e ( RI CHTER; POZZER; KUNZLER, 2013, p. 85). É i nt eressant e dest acar

que, segundo Br uscat o (2012, ps. 14 e 17) est a l ei é r esult ado da j unção de doi s pr oj et os, são

el es: PL nº 4. 605/ 2009 ( do deput ado Mar cos Mo nt es) que f oi apensado ao PL nº 4. 953/ 2009

(do deput ado Eduar do Sci arra). Assi m, a doutri nador a ( BRUSCATO, 2012, ps. 14 e 17)

criti ca que a l ei extrai u part es dos doi s pr oj et os sem, cont udo, r eali zar u ma r evi são fi nal par a

pr opor ci onar coerênci a int er na ao t ext o.

No que t ange ao nasci ment o da EI RELI no Br asil, Ni lt on Serson ( 2012, p. 147) decl ara que o

i nstit ut o sur gi u do desej o do l egi sl ador e m reali zar

[...] u ma depur ação de u m a mbi ent e lí cit o s oci et ári o que vi nha sendo cons pur cado pel a exi gênci a de t oda e qual quer soci edade t er necessari a ment e mai s de u m sóci o.

O aut or ( SERS ON, 2012, p. 147) f az menção ao gr ande nú mer o de s ociedades co m s óci os

fi ctí ci os, l aranj as e m que o s óci o mi norit ári o aparece, no ger al, apenas par a gar antir a

li mit ação de r esponsabilidade do s óci o maj orit ário que, na ver dade, é o único que desenvol ve

a ati vi dade e mpr esári a.

Co m ef eit o, é f ácil perceber que a EI RELI f oi criada, após o Poder Legi slati vo, t er deci di do

fi nal ment e at ender a u ma de manda que j á exi sti a na soci edade br asil eira há muit o t e mpo. Isso

por que, na medi da e m que a econo mi a se desenvol ve é mi st er que as l ei s que a r egul a ment a m

ta mbé m s e adapt e m. As novas t endênci as de mer cado, novas maneiras de e mpr eendedori s mo,

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