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A História da educação no Brasil: fundamentos históricos I

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Academic year: 2022

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A História da educação no 

Brasil: fundamentos históricos ‐

I

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História da Educação no Brasil

A história da educação no Brasil se confunde com os próprios períodos da . .  . História do Brasil.

. Inicia com a chegada dos portugueses em 1.500.

. Os jesuítas trouxeram a moral, os costumes, a religiosidade europeia e  também a metodologia pedagógica.

. Dado importante: negação da tradição cultural nativa..

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PERÍODO JESUÍTICO: 1549‐1759 

A Companhia de Jesus foi fundada por Inácio de Loiola – contexto da contra‐

reforma católica.

. Dedicação dos jesuítas – pregação da fé católica e educação.

. Regulamentação das escolas jesuítas – documento escrito por Inácio de  Loiola, o Ratio atque Instituto Studiorum (abreviação Ratio Studiorum). 

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. Além do curso elementar (ensino das primeiras letras) – mantinham o curso  de Letras e Filosofia (secundários) além do curso de Teologia e Ciências 

Sagradas (nível superior – para formação de sacerdotes).

. No interior criaram as missões (reduções).

. Com a expulsão dos jesuítas (500 padres) pelo Marquês de Pombal (primeiro  ministro de Portugal, 1750‐1777), 1759, foram paralisados 17 colégios, 36 

missões, além de seminários menores e escolas elementares.  Haviam 25  residências.

. Alvará de 28 de julho de 1759 – criou o cargo de “Diretor de Estudos” e  instituiu aulas de gramática latina, grego e retórica.

. Nesse período, os alunos eram os índios. 

. Os filhos de comerciantes e latifundiários portugueses estudavam na Europa. 

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PERÍODO POMBALINO – 1760 – 1808

. Diferença entre a educação jesuítica e a educação de Pombal: as escolas da  Companhia de Jesus objetivavam servir aos interesses da fé; Pombal tinha por  objetivo uma escola que servisse ao Estado.

. Restaram escolas que não estavam sob a jurisdição dos jesuítas, no Pará, na  Bahia e Rio de Janeiro (Escola de artilharia).

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Consequências das decisões de Pombal – desmantelamento do sistema  jesuítica e a não organização de um outro sistema educativa. No início do  século XIX praticamente não havia sistema educacional no Brasil.

. Reforma Pombalina de Educação:

a) O ensino passou a ser dirigido pelos vice‐reis nomeados por Portugal.

b) Criou‐se um imposto para manter os ensinos primário e médio: “subsídio  literário”.

. Os professores ficavam longos períodos sem receber vencimentos a espera  de uma solução vinda de Portugal, assim os professores geralmente não 

tinham preparação para a função. 

. Eram nomeados por indicação ou sob concordância de bispos e se tornavam 

“proprietários” vitalícios de suas aulas régias. 

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PERÍODO JOANINO – 1808 – 1821

. Chegada da família real ao Brasil e nova ruptura no sistema educacional.

. Ações de D. João VI:

a) Abriu Academias Miliares, Escolas de Direito e Medicina, Escola de Medicina da Bahia (Salvador), Escola de Medicina do Rio de Janeiro (atualmente faculdade de Medicina da UFRJ), Real Academia Militar do Rio de Janeiro e Escola de Engenharia do Rio de Janeiro.

b) Além disso, consta o Jardim Botânico, a Biblioteca Real e mudanças na Imprensa Régia (primeiro jornal impresso do Brasil).

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PERÍODO IMPERIAL – 1822 – 1888

. 1824 – foi outorgada a primeira Constituição do Brasil, em seu Art. 179,  afirmava  “instrução primária e secundária gratuita para todos os 

cidadãos”.

. Faltavam professores – adotou‐se o Método Lancaster – “ensino mútuo” 

– um aluno treinado (decurião) ensinava um grupo de dez alunos (decúria)  sob a vigilância de um inspetor.

. Decreto de 1826 – instituiu quatro graus de instrução: Pedagogias  (escolas primárias), Liceus, Ginásios e Academias.

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. Ato Adicional à Constituição – 1834 – as províncias passaram a ser responsáveis pela administração do ensino primário e secundário.

. Lei Geral de 15 de outubro de 1827 – fixou o currículo das escolas das primeiras letras e instituiu o ensino primário para meninas,

propunha a criação de pedagogias em todas as cidades e vilas e o exame na seleção de professores, para nomeação.

. Situação em 1872:

a) 10 milhões de habitantes.

b) índice de analfabetismo – 66,5%;

c) 150.000 alunos matriculados em escolas primárias.

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. Em 11 de agosto de 1827 o imperador D. Pedro I cria duas faculdades de  Direito no País. 

. Objetivo: evitar o deslocamento para a Europa – Universidade de Coimbra,  assegurando a formação dos advogados e administradores públicos para o  Império Brasileiro. 

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PERÍODO DA PRIMEIRA REPÚBLICA – 1889-1929

. Passou-se a ter influência da filosofia positivista.

. Reforma de Benjamin Constant (1890):

a) Princípios orientadores – liberdade e laicidade do ensino.

b) gratuidade da escola primária.

c) substituição da predominância literária pela científica.

d) transformar o ensino em formador de alunos para os cursos superiores.

. Analfabetismo em 1900 – 75% (fonte do Anuário Estatístico do Brasil – Instituto Nacional de Estatística).

. Machado de Assis funda a Academia Brasileira de Letras – em 20 de julho de 1897.

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Reforma Rivadávia Correa – 1911:

a) tinha por objetivo que o curso secundário se tornasse formador do  cidadão e não como simples promotor a um nível seguinte. 

b) Retomou a orientação positivista, pregando a liberdade de ensino, 

entendendo‐se como a possibilidade de oferta de ensino que não seja por  escolas oficiais, e de frequência. 

c) Pregou também a abolição do diploma em troca de um certificado de  assistência e aproveitamento.

d) Transferiu os exames de admissão ao ensino superior para as faculdades. 

Conclusão: Os resultados desta Reforma foram desastrosos para a educação  brasileira. 

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. Reforma João Luiz Alves (conhecida por Lei Rocha Vaz) Decreto Nº 16.782  A – de 13 de Janeiro de 1925 ‐ introduziu a cadeira de Moral e Cívica com a  intenção de tentar combater os protestos estudantis contra o governo do  presidente Artur Bernardes. 

. A década de vinte foi marcada por diversos fatos relevantes no processo  de mudança das características políticas brasileiras: Movimento dos 18 do  Forte (1922), a Semana de Arte Moderna (1922), a fundação do Partido 

Comunista do Brasil (1922), a Rebelião Tenentista (1924) e a Coluna Prestes  (1924 a 1927). 

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PERÍODO DA SEGUNDA REPÚBLICA – 1930 – 1936

. Marco referencial – Revolução de 30 – o Brasil entra no mundo capitalista  de produção.

. Investimento no mercado interno e na produção industrial.

. Geração de grandes educadores: Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo,  Lourenço Filho e Almeida Júnior.

. A nova realidade brasileira passou a exigir uma mão‐de‐obra especializada  e para tal era preciso investir na educação. 

. 1930 ‐ foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública.

. 1931 ‐ o governo provisório sanciona decretos organizando o ensino  secundário e as universidades brasileiras ainda inexistentes. 

. Estes Decretos ficaram conhecidos como “Reforma Francisco Campos”. 

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Reforma Francisco Campos:

a) Decreto 19850 – 11 de abril – cria o Conselho Nacional de  Educação e os Conselhos Estaduais de Educação (começando a  funcionar em 1934).

b) Decreto 19851 – 11 de abril – instituiu o Estatuto das 

Universidades Brasileiras, dispondo sobre a organização do ensino  superior no Brasil, adotando o regime universitário.

c) Decreto 19852 – 11 de abril – dispondo sobre a organização da  Universidade do Rio de Janeiro.

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d) Decreto 19890 – 18 de abril – dispondo sobre a organização do ensino  secundário.

e) Decreto 20158 – 30 de julho – organizou o ensino comercial,  regulamentando a profissão de contador e outras providências.

f) Decreto 21241 – 14 de abril – consolidou as disposições sobre o ensino  secundário.

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. Em 1932 um grupo de educadores lança à nação o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, redigido por Fernando de Azevedo e assinado por outros conceituados educadores da época (“a formação do homem para todos os grandes setores da atividade nacional”).

. Em 1934, a nova Constituição (a segunda da República) dispõe, pela primeira vez, que a educação é direito de todos, devendo ser ministrada pela família e pelos Poderes Públicos.

. 1934, por iniciativa do governador Armando Salles Oliveira, foi criada a Universidade de São Paulo. A primeira a ser criada e organizada segundo as normas do Estatuto das Universidades Brasileiras de 1931.

. 1935 ‐ o Secretário de Educação do Distrito Federal, Anísio Teixeira, cria a Universidade do Distrito Federal, no atual município do Rio de Janeiro.

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. 1930 – os alunos matriculados em escolas correspondiam a 30% da população em idade escolar.

. 1936 – os poderes públicos mantinham e controlavam 73,3% das escolas do país.

. 24% das escolas particulares não obedeciam aos padrões oficiais de ensino.

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PERÍODO DO ESTADO NOVO – 1937 – 1945

. 1937 – outorga‐se a nova Constituição – “ a Polaca” – reflexo das tendências  fascistas.

. A nova constituição enfatizou o ensino pré‐vocacional e profissional – necessidade de mão‐de‐obra para as novas exigências do mercado.

. Propunha que a arte, a ciência e o ensino fossem livres à iniciativa individual  e à associação ou pessoas coletivas públicas e particulares, tirando do Estado  o dever da educação.

. Manteve a gratuidade e a obrigatoriedade do ensino primário. 

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. Dispunha como obrigatório o ensino de trabalhos manuais em todas as  escolas normais, primárias e secundárias.

. O contexto político do estabelecimento do Estado Novo fez com que as 

discussões sobre as questões da educação, profundamente ricas no período  anterior, entrassem “numa espécie de hibernação”. 

. As conquistas do movimento renovador, influenciando a Constituição de  1934, foram enfraquecidas nessa nova Constituição de 1937. 

. Marcou uma distinção entre o trabalho intelectual, para as classes mais  favorecidas, e o trabalho manual, enfatizando o ensino profissional para as  classes mais desfavorecidas. 

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. O ensino ficou composto, neste período, por cinco anos de curso primário,  quatro de curso ginasial e três de colegial, podendo ser na modalidade 

clássico ou científico. 

. O ensino colegial perdeu o seu caráter propedêutico, de preparatório para o  ensino superior, e passou a se preocupar mais com a formação geral. 

. Apesar dessa divisão do ensino secundário, entre clássico e científico, a 

predominância recaiu sobre o científico, reunindo cerca de 90% dos alunos do  colegial. 

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. 13 de janeiro de 1937 – criação do Instituto Nacional de Estudos  Pedagógicos (INEP). 

. 22 de dezembro de 1938 – criação da União Nacional dos Estudantes (UNE).

. 1942 – iniciativa do Ministro Gustavo Capanema – reformas em alguns  ramos do ensino – “Leis Orgânicas do Ensino” – criação do SENAI – Serviço  Nacional de Aprendizagem Industrial  ‐ Decreto‐lei 4.048, de 22 de janeiro. 

Regulamentação do ensino industrial, Decreto‐lei 4.073, de 30 de janeiro e  regulamentação do ensino secundário, Decreto‐lei 4.244, de 9 de abril.

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. Decreto‐lei 4481 – 16 de julho – dispunha sobre a obrigatoriedade dos 

estabelecimentos industriais empregarem um total de 8% correspondente ao  número de operários e matriculá‐los nas escolas do SENAI.

. Decreto‐lei 4436 – 7 de novembro – ampliou o âmbito do SENAI, atingindo o  setor de transportes, das comunicações e da pesca.

. Decreto‐lei 4984 – 21 de novembro – as empresas oficiais com mais de 100  empregados deviam manter, por conta própria,  uma escola de aprendizagem  destinada a formação  profissional de seus aprendizes.

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