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UFRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

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UFRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

CCMN - CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E DA NATUREZA IGEO - INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

DG - DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA

Projeto de Pesquisa

O Planejamento Estratégico Sustentável e Competitivo da

Cadeia de Insumos e Produtos Siderúrgicos do Estado do Rio de Janeiro.

Sumário Executivo

Relatório de Pesquisa Elaborado por:

Gilberto Dias Calaes, D.Sc.

Professor Visitante

Departamento de Geologia DG/ IGEO/ CCMN / UFRJ

Março / 2012

(2)

APRESENTAÇÃO

Este documento apresenta o Sumário Executivo do Relatório Final do Projeto de Ensino e Pesquisa de autoria do Economista Gilberto Dias Calaes, D.Sc., Professor Visitante do Departamento de Geologia – DG/ IGEO/ UFRJ. Em sintonia com a linha de trabalho a que tem se dedicado (Planejamento Estratégico Sustentável e Competitivo da Indústria Mineral) o autor direciona a pesquisa para a Cadeia de Insumos e Produtos Siderúrgicos (CIPS) do Estado do Rio de Janeiro (ERJ).

O Relatório encontra-se compreendido de dois volumes:

· Volume 1: Ensino - Atividades realizadas, Resultados e Proposições

· Volume 2: Pesquisa - Atividades realizadas, Diagnóstico e Plano de Ação

O presente documento compreende o Sumário Executivo do Volume 2 e apresenta os principais resultados do estudo realizado no período 16/ 03/ 2010 a 15/ 03/ 2012, sob o título Planejamento Estratégico Sustentável e Competitivo da Cadeia de Insumos e Produtos Siderúrgicos do Estado do Rio de Janeiro (ProSideRio), sintetizados nos seguintes tópicos:

· Diagnóstico (Mercado, Cadeia Produtiva, Aspectos de Competitividade e de Sustentabilidade)

· Análise Estratégica

· Plano de Ação para o Desenvolvimento Sustentável e Competitivo da CIPS

AGRADECIMENTOS

Muitas pessoas e instituições contribuíram para a elaboração dos trabalhos de pesquisa cujos resultados encontram-se sintetizados no presente relatório. Agradecimentos são devidos:

• aos professores e funcionários do DG, pelo apoio dispensado às atividades realizadas.

• às instituições consultadas e as que contribuiram para a elaboração dos trabalhos de pesquisa, cabendo destacar: ABM, BNDES, CETEM, CODIN, DRM/RJ, FIRJAN, IABr, INEA, SEDEIS e SGM/ MME.

• à SEDEIS - Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do ERJ, pelo incentivo e participação na organização de dois eventos inseridos no projeto..

• à FIRJAN - Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, pela especial contribuição na organização do Seminário realizado em julho/ 2010.

• às empresas consultadas e às que participaram do Seminário sobre Perspectivas e Condicionantes do Desenvolvimento do Setor Siderúrgico do ERJ e, particularmente, às siderúrgicas que atuam no ERJ (CSA, CSN, COSIGUA, VS/ Barra Mansa e VS/ Rezende), com especial reconhecimento à CSA, pelo patrocínio concedido na organização do Seminário retro-mencionado.

• à Commodities Resesarch Unity (CRU) pela concessão de inscrições para representantes do ProSideRio, nas edições 2010 e 2011, do seminário CRU´s Latin American Iron & Steel Trends.

• aos consultores associados (Bernardo Piquet C. Netto, Cláudio Margueron, Ph.D., Fábio Abrahão, Joel Weisz, M.Sc., José A. Gurgel do Amaral, M.Sc., Milton Nogueira da Silva e Rubens Oliveira), com especial reconhecimento ao Engo José A. Gurgel do Amaral, M.Sc., pela sua contribuição na organização do Seminário, na revisão do relatório final e na preparação de outros documentos.

• aos demais professores/ pesquisadores de outras unidades da UFRJ que também contribuiram para os trabalhos: Achiles J.B. Dutra (DEMM/ EP/ COPPE), Alesssandra Magrini (PPE/ COPPE), Eduardo de Miranda Batista (PEC/ COPPE), Flávio Teixeira (DEMM/ EP/ COPPE), Heliana Vilela de Oliveira Silva (LIMA/ PPE/ COPPE), Henri Acselrad (IPPUR) e José Eduardo Casssiolato (IE/ FEA/ RedeSist).

• à secretária do Programa de Pós-graduação do DG pelo zelo no atendimento à coordenação do projeto.

(3)

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 2

AGRADECIMENTOS 2

SUMÁRIO 3

QUADROS e ILUSTRAÇÕES 4

SIGLAS E ABREVIATURAS 5

1 INTRODUÇÃO 7

2 O CONTEXTO DA INDÚSTRIA SIDERÚRGICA 8

2.1. Panorama Mundial 8

2.2. Panorama Nacional 9

2.3. Panorama Estadual 10

3. A CADEIA DE INSUMOS E PRODUTOS SIDERÚRGICOS - CIPS/ ERJ 12

3.1. Cadeia de Valor 12

3.2. Estrutura Básica da CIPS 13

4. ORDENAMENTO TERRITORIAL E MEIO AMBIENTE NA SIDERURGIA 15

4.1. Siderurgia e Sustentabilidade 15

4.2 A Questão do Ordenamento Territorial na Indústria Siderúrgica 17 5. ASPECTOS TERRITORIAIS E SÓCIO-ECONÔMICOS RELATIVOS AOS PSs DO ERJ 20 5.1. Aspectos Territoriais e Sócio-Econômicos Relativos ao ERJ 20

5.2. Pólo Siderúrgico do Médio Paraíba (PS-1) 20

5.3. Pólo Siderúrgico de Itaguaí (PS-2) 22

5.4. Pólo Siderúrgico do Açu (PS-3) 23

6. POSIÇÃO COMPETITIVA DA SIDERURGIA DO ERJ 25

6.1. Fatores Internos da Competitividade 25

6.2 Fatores Externos da Competitividade 28

7. PLANO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E COMPETITIVO 32

7.1. Fundamentos e Tendências 32

7.2. Cenários de Evolução da Economia Brasileira 33

7.3. Análise Estratégica / Diretrizes de Ação 35

7.4. Ações Propostas 37

REFERÊNCIAS 42

SITES 44

(4)

QUADROS

ILUSTRAÇÕES

2.1. PRODUÇÃO MUNDIAL DE AÇO BRUTO/ 2009 - 2011 8

2.2. PRODUÇÃO ESTADUAL DE AÇO BRUTO POR GRUPO EMPRESARIAL/ 2000 – 2010 10 2.3. PROJEÇÃO DA PRODUÇÃO ESTADUAL DE PRODUTOS SIDERÚRGICOS / 2011-2030 10

3.1. ROTAS DE PRODUÇÃO DO AÇO/ PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 14

3.2. CARACTERIZAÇÃO DA CIPS/ ERJ ATUAL E FUTURA 14

5.1. PS-1 - DENSIDADE DEMOGRÁFICA SEGUNDO MUNICÍPIOS – 2011 21 5.2. PS-2 - DENSIDADE DEMOGRÁFICA SEGUNDO MUNICÍPIOS – 2011 22 5.3. PS-3 - DENSIDADE DEMOGRÁFICA SEGUNDO MUNICÍPIOS – 2011 23 7.1. AÇÕES ESPECÍFICAS SEGUNDO ESTRATÉGIAS E ELOS DA CIPS/ ERJ 38

2.1 EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO BRASILEIRA DE AÇO BRUTO/ 2005 - 2009 9

2.2. PÓLOS SIDERÚRGICOS DO ERJ 11

3.1. CADEIA DE VALOR - DIAGRAMA CONCEITUAL 12

3.2. DIAGRAMA DE ARTICULAÇÃO DA CIPS 12

3.3. OPERAÇÕES TÍPICAS DO PROCESSO SIDERÚRGICO 13

3.4. ROTAS INTEGRADAS ALTERNATIVAS 13

4.1. MODELO DE GESTÃO DOS MEIOS BIÓTICO, FÍSICO E SOCIO-ECONÔMICO 19

5.1. MAPA DE DIVISÃO MUNICIPAL DO ERJ 20

7.1. PROJEÇÃO DO PIB SEGUNDO TRES CENÁRIOS 34

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SIGLAS E ABREVIATURAS

AAE – Análise Ambiental Estratégica

ABM – Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração ADA – Área Diretamente Afetada

AF – Alto Forno

AIs – Áreas de Influência AID – Área de Influência Direta AII – Área de Influência Indireta

AMS - Associação Mineira de Silvicultura APL – Arranjo Produtivo Local

ARCELOR – Arcelor Mittal Brasil BA - Bahia

BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BR – Rodovia sob Administração Federal

CCMN - Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza CEF - Caixa Econômica Federal

CEPERJ – Fundação Centro Estadual de Estatísticas,. Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro

CETEM – Centro de Tecnologia Mineral

CGEE – Centro de Gestão de Estudos Estratégicos CIPS - Cadeia de Insumos e Produtos Siderúrgicos CIS – Commonwealth of Independent States CODIN - Cia de Desenvolvimento Industrial

COMPERJ - Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro

CONDET – Consultoria e Desenvolvimento de Empreendimentos Ltda.

COPPE – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia COSIGUA – Cia. Siderúrgica da Guanabara

CRU – Commodities Research Unit CSA - Cia. Siderúrgica do Atlântico CSN – Cia. Siderúrgica Nacional DG - Departamento de Geologia

DRM - Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro EIA – Estudo de Impacto Ambiental

ERJ - Estado do Rio de Janeiro

ERM – Environmental Resources Management ES – Espírito Santo

EUA – Estados Unidos da América

FAPERJ - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro.

FCA – Ferrovia Centro Atlântica Fe - Ferro

FEA – Forno Elétrico a Arco

FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos

FIRJAN – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro GEE – Gazes de Efeito Estufa

IABr – Instituto Aço Brasil (ex-IBS)

IBS – Instituto Brasileiro de Siderurgia (atual IABr) ICA - Informação, Conhecimento, Aprendizado

ICMS – Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

IFDM – Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal IGEO - Instituto de Geociências

INEA – Instituto Estadual do Ambiente

INVESTERIO – Agência de Fomento do Rio de Janeiro

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IQM – Índice de Qualidade dos Municípios

LD – Linz Donawitz, são os nomes de duas cidades da Austria onde a Vöest-Alpine desenvolveu, em meados do século XX o conversor com sopro de oxigênio sobre o banho, chamado LD ou, em inglês, Basic Oxygen Furnace- BOF.

LIMA - Laboratório Interdisciplinar de Meio Ambiente MCMV – Programa Minha Casa, Minha Vida MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo MG – Minas Gerais

MT - Mato Grosso

MMX – MMX Mineração e Metálicos S.A.

MMA – Ministério do Meio Ambiente MRS – MRS Logística S.A.

NAGI - Núcleo de Apoio à Gestão da Inovação

NAGI-SID/ERJ - Núcleo de Apoio à Gestão da Inovação para a Siderurgia do ERJ P&D – Pesquisa e Desenvolvimento

P&D&I – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação tecnológica PIB – Produto Interno Bruto

PMEs - Pequenas e Médias Empresas

PROSIDERIO - Projeto Planejamento Estratégico Sustentável e Competitivo da Cadeia de Insumos e Produtos Siderúrgicos do Estado do Rio de Janeiro

PS – Pólo Siderúrgico QF – Quadrilátero Ferrífero RD – Redução Direta

REDESIST – Rede de Pesquisa em Sistemas e Arranjos Produtivos e Inovativos Locais RG – Região de Governo

RH – Recursos Humanos

RIMA – Relatório de Impacto Ambiental

RMBH – Região Metropolitana da Grande Belo Horizonte RMRJ – Região Metropolitana do Rio de Janeiro

SEDEIS - Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do ERJ SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

SGM – Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral SWOT - Strengths, Weakness, Opportunities and Threats

TAC- Termo de Ajuda de Conduta

TAC-TEC – Termo de Ajuda de Conduta com condicionante de inovação tecnológica TECHINT – Grupo empresarial ítalo-argentino com atuação em siderurgia

TERNIUM - empresa produtora de aços planos e longos, com centros de produção na Argentina, Colômbia, EUA, Guatemala e México

TIC – Tecnologia de Informação e Comunicação UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro USIMINAS – Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A.

UTE – Usina Termo-Elétrica VALE – Cia. Vale do Rio Doce

VOTORANTIM – Grupo empresarial brasileiro atuante em siderurgia e outras áreas da indústria mineral VS – Votorantim Siderurgia

WSA - World Steel Association Fe – Ferro (elemento químico) ha – hectare

kg – quilograma km – quilômetro

km2 – quilômetro quadrado t – tonelada

tep – tonelada equivalente de petróleo tpa – tonelada por ano

(7)

1. INTRODUÇÃO

O setor siderúrgico depara-se com importantes paradigmas, relativos a novas técnicas e processos produtivos, consolidação industrial/ societária, re-uso e reciclagem de resíduos sólidos, racionalização do uso de energia e co-geração. Depara-se também com importantes desafios relacionados às perspectivas de intensificação da demanda em determinadas regiões do mundo, aos impactos ambientais e aos crescentes conflitos de ordenamento territorial.

Depara-se ainda com o paradoxal contexto de uma notável expansão da capacidade global de produção de aço, devido ao exuberante comportamento da siderurgia chinesa, em simultâneo a preocupantes sinais de retração da demanda mundial, sobretudo devido à contração do consumo de produtos siderúrgicos nos EUA e na Europa.

Além de ocupar a 9a posição na siderurgia mundial, com uma capacidade produtiva da ordem de 40 milhões t/ ano, o Brasil conta com um programa de expansão que prevê a sua duplicação até o final da presente década.

O parque siderúrgico do ERJ, além de abrigar a CSN (usina integrada com capacidade de produção de 6 milhões t/ ano) conta com dois empreendimentos recentemente inaugurados: i) CSA (usina integrada com capacidade de 5,0 milhões t/ ano de placas); e ii) VOTORANTIM/

Unidade de Rezende, com capacidade para 1,1 milhões t/ ano de “longos”.

Conta também com a COSIGUA (Grupo Gerdau) e com a VOTORANTIM/ Unidade Barra Mansa. Conta ainda com projetos de expansão das atuais unidades produtoras, além de projetos de implantação de novas unidades, com destaque para o empreendimento da TERNIUM/ TECHINT com localização prevista para o Porto do Açu, em São João da Barra. Como resultado, a produção estadual de aço deverá se elevar para 24 milhões t/ ano, em 2020, alçando o ERJ para a 1ª posição dentre os estados brasileiros com produção siderúrgica.

Além da atual capacidade de produção instalada ou em instalação em seu território, o ERJ conta com logística de transporte e instalações portuárias relativamente adequadas, bem como com dinâmicos pólos de demanda de produtos siderúrgicos, constituídos pelas indústrias automobilística e naval, em franca expansão, além de outros segmentos da indústria metal-mecânica.

O ERJ conta, portanto, com um notável potencial de expansão de sua Cadeia de Insumos e Produtos Siderúrgicos (CIPS), evidenciando uma extraordinária vocação a ser devidamente analisada, compreendida e devidamente planejada, de tal forma a concretizar os melhores efeitos em termos de geração de riqueza, renda e bem estar social para a sua população.

Mediante suas atividades de ensino e pesquisa desenvolvidas no DG/ IGEO/ UFRJ, o Professor Visitante confirma a importância dos temas relativos à Política e Economia Mineral para a estruturação e implementação de estudos orientados para o desenvolvimento setorial/ regional, com abordagens multidisciplinares, em que sobressaem os conceitos relacionados ao planejamento estratégico, à pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica (P&D&I), à comercialização e logística de transporte, bem como ao ordenamento territorial e ao desenvolvimento sustentável.

Pôde também verificar a importância de um Projeto de Pesquisa, como o ora concluído, para a estruturação de painéis de análise e reflexão sobre temas associados à formação, à pós-graduação e à especialização de geólogos bem alinhados com as demandas de mercado, especificamente no que se refere à compreensão do processo de planejamento e gestão de estratégias empresariais orientadas para setores específicos, ou no que se relaciona à formulação de políticas públicas e programas governamentais de desenvolvimento, nacional, regional ou setorial.

(8)

2.

O CONTEXTO DA INDÚSTRIA SIDERÚRGICA

2.1. Panorama Mundial

A produção siderúrgica mundial evoluiu de 1,2 bilhões t, em 2009, para 1,4 bilhões t, em 2010 e 1,5 bilhões t, em 2011. Em 2011, a China participou com 46% da produção mundial de aço bruto, sendo seguida pelo Japão (7,2%), EUA (5,8%), Índia (4,8%) e Rússia (4,6%). Os 5 maiores produtores responderam por 68,4% da produção mundial em 2011; e os 10 maiores, por 82,9%.

.

PRODUÇÃO MUNDIAL DE AÇO BRUTO 2009 - 2011

QUADRO 2.1

2011 Países

Produtores

2009 106 t

2010

106 t 106 t %

· China 574 627 690 46,0

· Japão 88 110 108 7,2

· EUA 58 81 86 5,8

· Índia 63 68 72 4,8

· Rússia 60 67 69 4,6

· Coréia do Sul 49 58 68 4,5

· Alemanha 33 43 45 3,0

· Ucrânia 30 33 35 2,4

· Brasil 27 33 35 2,4

· Turquia 25 29 34 2,3

· Outros 225 264 257 17,1

· Total 1.220 1.414 1.499 100,0

Fonte: WSA; Dados processados por ConDet

No período 2009 a 2011, todos os 10 maiores produtores mundiais de aço bruto mantiveram suas produções crescentes, apesar do clima de crise e retração industrial observada sobretudo na América do Norte, Europa e Japão. Em 2011, a Ásia respondeu por 64,1% da produção mundial de aço, sendo seguida pela União Européia, com 12%, América do Norte (7,9%), CIS (7,5%) e América do Sul (3,3%).

JOHNSON (2011) assinala que a siderurgia mundial conta atualmente com um excedente de oferta da ordem de 500 milhões tpa. e ressalta que a China opera com 90% de ocupação, enquanto Europa e EUA, com 70%. Assinala também que, no período 2010 a 2015, a demanda mundial de chapas de aço crescerá à taxa de 6% a.a.; a de placas, a 7% a.a. e; a de longos, a 5% a.a. Ressalta ainda os seguintes comportamentos de expansão da demanda de aço bruto, para o período 2010 a 2015: i) Américas: 4% a.a.; ii) Europa: 6% a.a.; iii) CIS: 6% a.a.; iv) China: 6% a.a.; v) Índia: 8%

a.a.; vi) Outros Asiáticos: 4% a.a.; e vii) Resto do Mundo: 6% a.a..

A acelerada expansão e o elevado dinamismo da produção siderúrgica da China encontram-se fundamentados em uma notável aceleração do consumo interno devido, principalmente, a um impressionante programa de urbanização, com o deslocamento de grandes contingentes populacionais do campo para as cidades. Embora tal crescimento seja determinado pelo consumo doméstico, a partir de 2006, a China se tornou um exportador líquido de produtos siderúrgicos.

O consumo per capita de aço na China (da ordem de 450 kg/ habitante/ ano) apresenta uma distribuição sensivelmente irregular, sendo mais concentrado no leste e sudeste do país e mais rarefeito nas porções oeste e centro de seu território.

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2.2 Panorama Nacional

O parque siderúrgico brasileiro compreende 28 usinas, das quais 13 integradas (a partir do minério de ferro) e 15 semi-integradas (utilizando carga metálica composta por ferro gusa e sucata de aço), administradas por 10 grupos empresariais. As principais características do setor siderúrgico brasileiro encontram-se assinaladas a seguir:

· Capacidade instalada (atual): 44,6 milhões de t/ano de aço bruto

· Produção Aço Bruto (2010): 32,9 milhões de t

· Produtos siderúrgicos (2010): 31,8 milhões de t

· Consumo aparente (2010): 26,1 milhões de t

· Colaboradores (2010): 142.226 pessoas

· Saldo comercial (2010): US$ 337 milhões; 1,7% do saldo comercial do país; 7º Maior exportador líquido de aço (exportações - importações): 3,1 milhões de t

· Exportações (2010): 15º maior exportador mundial de aço (exportações diretas); Exporta para mais de 100 países

· Exportações indiretas (aço contido em bens) (2010): 2,7 milhões de t

· Consumo per capita de aço no Brasil (2010): 152 quilos de aço bruto/ habitante

· Principais setores consumidores de aço: Construção Civil; Automotivo; Bens de capital;

Utilidades Domésticas e Comerciais.

Segundo o IABr, a siderurgia brasileira está trabalhando com ociosidade média da ordem de 25%.

Nas unidades de planos (ex: USIMINAS e ARCELOR) a ociosidade é de 30% e, nas de longos (GERDAU), de 15%. Já as unidades da VS trabalham com 40% de ociosidade. Em meados de novembro de 2011, estimava-se que o país fecharia o ano com ociosidade de 23%, tendo por referência uma produção total de 36 milhões t e uma capacidade total instalada de 47 milhões tpa.

Por ser um setor de capital intensivo, a siderurgia deve operar com ocupação não inferior a 90%.

A Ilustração 2.1 apresenta a evolução da produção brasileira de aço bruto, no período 2005 a 2009:

EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO BRASILEIRA DE AÇO BRUTO 2005 - 2009

ILUSTRAÇÃO 2.1

Fonte: SGM/ MME, 2011

(10)

2.3. Panorama Estadual

O ERJ participa com 32% da atual capacidade instalada de produção de aço do país e com 22% da produção realizada em 2010. Considerando-se os atuais planos de expansão das unidades existentes, bem como os novos empreendimentos previstos, o ERJ deverá expandir a sua participação na capacidade instalada nacional, para 35%, a partir de 2015. O Quadro 2.2 apresenta a evolução da produção siderúrgica estadual, no período, 2000 a 2011.

PRODUÇÃO ESTADUAL DE AÇO BRUTO POR GRUPO EMPRESARIAL / 2000 - 2010

QUADRO 2.2 103 t Empresas

Produtores 2000 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Partici- -pação (%)

Evolu- -ção (%)

· CSA - - - - - - 458 6,4 -

· CSN 4.782 5.201 3.499 5.323 4.985 4.375 4.902 68,1 0,3

· Gerdau 1.217 1.054 954 943 922 845 800 11,1 -

· VSiderugia (VS) 393 579 638 624 712 617 1.041* 14,4 10,2

· Total 6.392 6.834 5.091 6.890 6.619 5.837 7.201 100,0 1,2

Fonte: IABr; Dados processados por ConDet; *Compreende as usinas VS - Barra Mansa e a VS - Rezende

O Quadro 2.3 apresenta a projeção da produção siderúrgica do ERJ, no período 2011 a 2030, sendo considerados os planos de expansão das unidades existentes, bem como a implantação de uma nova unidade integrada (alto forno a coque e aciaria LD) no porto do Açu (TERNIUM/

TECHINT). Considera também a perspectiva de se implementar um pólo produtor de gusa de mercado na região norte do ERJ, condicionado à estruturação de uma logística ferroviária que assegure o suprimento de minério de ferro, e à produção de redutor de biomassa, seja a partir de mata plantada ou de capim elefante. Considera ainda a perspectiva de se implementar, no pólo do Açu, a produção de aço em forno elétrico - seja via unidades não integradas (FEA), ou integradas (redução direta + FEA) – condicionada à garantia de suprimento de gás em condições competitivas para a produção e comercialização de aço.

PROJEÇÃO DA PRODUÇÃO ESTADUAL QUADRO 2.3 103 t Empresas Produtores 2011 2015 2020 2025 2030

· Projeção da Produção de Aço 14,2 15,5 23,5 32,5 36,5

- Produtores Atuais 14,2 15,5 16,5 21,5 21,5

- CSA 5,0 5,0 5,0 10,0 10,0

- CSN 6,0 6,5 7,0 7,0 7,0

- Gerdau 1,3 2,1 2,6 2,6 2,6

- VS - Barra Mansa 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8

- VS – Rezende 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1

- Novos Produtores de Aço (PS Açu) - - 7,0 11,0 15,0 - TERNIUN/ TECHINT (AF + LD) - - 5,0 5,0 5,0 - Novas Unidades via FEA - - 2,0 3,0 5,0

- Outros - - - 3,0 5,0

- Novos Produtores de Gusa - - 2,0 4,0 8,0 Fonte: ConDet

Estima-se que o consumo per capita estadual de produtos siderúrgicos teria evoluído de 144 kg/

habitante/ ano, em 2005, para 220 kg/ habitante/ ano, em 2010, enquanto o nacional avançava de 103 para 152, e o mundial de 171 para 205, no mesmo período. Admite-se que o consumo per capita estadual apresentará crescimento de 5% a.a., no período 2010 a 2015, 4,5% a.a., de 2015 a 2020, 4%

a.a., de 2020 a 2025 e 3,5% a.a., de 2025 a 2030.

(11)

Pólos Siderúrgicos do ERJ: Diante às expansões admitidas de capacidade instalada e de implantação de novas unidades, já se pode prever que o setor siderúrgico do ERJ deverá se desenvolver mediante a gradativa consolidação de três pólos produtores com características regionais, vocações de mercado e tendências estruturais sensivelmente diferenciadas:

· Pólo do Médio Paraíba (PS 1):

- Empreendimentos : CSN, VS/ Barra Mansa e VS/ Rezende

- Logística Ferroviária: MRS

- Logística Portuária: Portos de Sepetiba e do Rio de Janeiro

- Região de Influência: Médio Paraíba

- Densidade demográfica: 139 habitantes/ km2

- Renda per capita: R$ 28.220/ habitante

- Vocação: Mercado doméstico

· Pólo de Itaguaí (PS 2):

- Empreendimentos: COSIGUA, CSA, CSN II,

- Logística Ferroviária: MRS

- Logística Portuária: Porto de Sepetiba

- Região de Influência: RMRJ

- Densidade demográfica: 2.239 habitantes/ km2

- Renda per capita: R$ 21.489/ habitante

- Vocação: Mercado doméstico e de exportação

· Pólo do Açu:

- Empreendimentos: TERNIUM, Produtores de Gusa de Mercado e Produtores em rota FEA.

- Logística Ferroviária: FCA

- Logística Portuária: Porto do Açú

- Região de Influência: Norte Fluminense

- Densidade demográfica: 88 habitantes/ km2

- Renda per capita: R$ 39.423/ habitante

- Vocação: Mercado de exportação

A Ilustração 2.2 indica a localização dos três pólos siderúrgicos que deverão se consolidar no ERJ PÓLOS SIDERÚRGICOS DO ERJ

ILUSTRAÇÃO 2.2

Pólo do Açú

Pólo do Médio Paraíba

Pólo de Sepetiba

(12)

3. A CADEIA DE INSUMOS E PRODUTOS SIDERÚRGICOS - CIPS/ ERJ

3.1. Cadeia de Valor

Segundo PORTER (1989), a Cadeia de Valor é compreendida por um conjunto de atividades primárias e um outro de atividades de suporte.

CADEIA DE VALOR - DIAGRAMA CONCEITUAL ILUSTRAÇÃO 3.1

A CIPS pode ser compreendida em três conjuntos de segmentos: i) Fornecedores de Bens e Serviços; ii) Geradores de Produtos Siderúrgicos; e iii) Consumidores de Produtos Siderúrgicos.

DIAGRAMA DE ARTICULAÇÃO DA CADEIA DE INSUMOS E PRODUTOS SIDERÚRGICOS

Usina Integrada a Coque ou Carvão

Usina Integrada

Redução Direta Usina Semi-Integrada Segmentos Fornecedores de Bens e Serviços

Fornecedores de Materiais - Minério de Ferro - Redutores - Fundentes - Ferro Ligas - Energéticos - Materiais Refratários - Pós Exotérmicos - Combustíveis e Lubrificantes

Fornecedores de Equipamentos, Peças e Componentes

- Caldeiraria e Usinagem - Equipamentos Elétricos - Equipamentos Eletrônicos e Instrument.

- Equipamentos Mecânicos e Hidráulicos - Equipamento de Uso Pessoal

Fornecedores de Serviçoa - Alimentação

- Aluguel de Veículos e Utilitários - Construção e Montagem - Controle Ambiental

- Desenvolvimento de Recursos Humanos - Engenharia de Projetos

- Lavanderias Industriais - Manutenção

- Segurança Patrimonial - Transporte

Segmentos Consumidores de Produtos Siderúrgicos

Indústria Automobilística

Indústria Naval

Indústria de Bens de Capital

Indústria de Construção

Civil

Outras Indústrias Segmento Gerador de Produtos Siderúrgicos

DIAGRAMA DE ARTICULAÇÃO DA CADEIA DE INSUMOS E PRODUTOS SIDERÚRGICOS

ILUSTRAÇÃO 3.2

Logística

Interna Operações Logística Externa

Marketing e Vendas

Assistência Técnica Infraestrutura da empresa

Administração de Recursos Humanos Desenvolvimento de tecnologia

Compras Atividades

de Suporte

Atividades Primárias

M arg

em

M rga em

Fonte: Porter, 1989

Fonte: ProSideRio

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3.2. Estrutura Básica da CIPS

a) Fornecedores: Face à extensa relação de bens e serviços requeridos pela indústria siderúrgica e às elevadas escalas de produção praticadas, o setor requer o suporte de um complexo conjunto de segmentos de fornecedores: de materiais, de equipamentos, peças e componentes e de serviços.

b) Produção Siderúrgica: A produção de aços ocorre segundo três rotas alternativas:

· Usina Integrada na rota Alto Forno a coque e refino em convertedores LD (AF/ Coque+LD):

cerca de 68% da produção mundial de aço bruto

· Usina Integrada na rota Redução Direta e refino em forno elétrico a arco (RD+FEA), com utilização do gás natural como redutor no reator da redução direta: 5% da produção mundial de aço bruto

· Usina Não-integrada (FEA) - localização preferencial em mercados com intensa geração de sucata:

cerca de 27% da produção mundial/

OPERAÇÕES TÍPICAS DO PROCESSO SIDERÚRGICO ILUSTRAÇÃO 3.3

A Ilustração 3.4 caracteriza a diferenciação entre as rotas integradas AF/ Coque+LD e RD+FEA.

ROTAS INTEGRADAS ALTERNATIVAS ILUSTRAÇÃO 3.4

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ROTAS DE PRODUÇÃO DO AÇO/ PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS QUADRO 3.1

c) Segmentos Consumidores: O consumo de aço bruto apresenta a seguinte distribuição setorial:

· Construção civil: 30,0%

· Indústria automobilística: 26,7%

· Máquinas e Equipamentos e Bens de capital: 19,4%

· Utilidades domésticas: 7,4%

· Tubos de Aço de pequeno diâmetro:4,9%

· Embalagens e recipientes: 4,1%

· Outros: 5,5%

d) Logística de Entrada: Na CIPS do ERJ, a logística de entrada é constituída pela ferrovia da MRS que transporta o minério de ferro das minas do Vale do Rio Paraopeba até as unidades siderúrgicas da CSA e da CSN, e pelas estruturas portuárias que recebem o carvão mineral importado utilizado nas unidades de coqueria das referidas unidades produtoras de aço, cabendo destacar os terminais cativos da CSA e da CSN, localizados no complexo portuário de Sepetiba.

e) Segmento Gerador de Produtos Siderúrgicos: O Quadro 3.2 apresenta a caracterização das usinas siderúrgicas que integram a atual CIPS/ ERJ, bem como a sua configuração prevista para 2030.

CARACTERIZAÇÃO DA CIPS/ ERJ ATUAL E FUTURA QUADRO 3.2

Rotas de Produção / Usinas Características

AF/ Coque+LD RD+FEA Não-Integrada (FEA)

· Redutor Carvão/ Coque Gás natural -

· Fonte energética Carvão pulverizado/ GN/ óleo/

finos de carvão vegetal Energia elétrica Energia elétrica

· Intensidade de capital Muito intensa Menos intensa Menos intensa

· Dependência de escala Alta Baixa Baixa

· Rota de processo Coqueria + Sinterização +

+ Alto forno + Aciaria Redução direta+Aciaria elétrica Sucata de aço+ Aciaria elétrica

· % da produção mundial 68% 5% 27%

Capacidade de Produção* (103 t) Futura

Unidades Siderúrgicas

Linha

de Produtos Atual

2011 2020 2030

COSIGUA Não Planos 1.350 1.350 2.600 2.600

CSA Placas 5.000 5.000 5.000 10.000

CSN Placas e laminados** 6.000 6.000 6.000 6.000

VS/ Barra Mansa Aço para construção civil 800 800 800 800

VS/ Rezende Aços longos 1.100 1.100 1.100 1.100

CSN/ longos/ V. Redonda Aços longos - - 500 500

CSN/ longos/ Itaguaí Aços longos - - 500 500

TERNIUM/ TECHINT Placas - - 5.000 5.000

Novas Unidades vis FEA - - - 2.000 5.000

Outros - - - - 5.000

Pólo de Gusa/ N ERJ Gusa de mercado - - 2.000 8.000

Obs.: * Aço bruto; **a quente, a frio e recobertos

(15)

f) Comercialização: A comercialização de produtos básicos semi-industrializados depende essencialmente da posição competitiva do produto, definida não apenas em função do custo de produção, mas também dos custos de transporte, impostos, tarifas portuárias e taxa de câmbio. Com relação ao custo de transporte, sobressaem os fatores tecnológicos, cabendo lembrar que expressivos ganhos de eficiência, conquistados através do tempo, mediante melhorias de desempenho e produtividade em equipamentos e sistemas de operação e gestão de transportes, têm ampliado a posição competitiva de produtos básicos, alargando os correspondentes raios de alcance de mercado.

g) Logística de Saída: A atual logística de saída que atende à CIPS/ ERJ serve-se da MRS e principalmente das rodovias que ligam as unidades produtoras aos principais pólos de mercado interno e aos portos de exportação. Dentre as rodovias federais, destacam-se s BR-040, a BR-101, BR 116 e BR-356. Por outro lado, dentre os portos de exportação, destacam-se os terminais do complexo portuário de Sepetiba (CSN, MMX, VALE e VALE/Guaíba), bem como o terminal de produtos siderúrgicos do Porto do Rio de Janeiro.

h) Segmentos Consumidores de Produtos Siderúrgicos: Diante ao atual ciclo de recuperação econômica da economia fluminense - centrado principalmente na construção civil, na indústria automobilística e nos setores de bens de capital e de construção naval - a siderurgia estadual passou a contar não apenas com extraordinários estímulos de demanda, mas também com melhorias na estruturação de capacidades produtivas, devido ao aprimoramentos na infra- estrutura de energia e transporte, na absorção e transferência de tecnologias e em relativa facilidade de acesso às fontes de capitação de recursos financeiros.

Indústria Automobilística: Além das fábricas de automóveis da Peugeot/ Citroen, em Porto Real e de caminhões e ônibus da Volkswagen, em Resende, o ERJ conta com o empreendimento da Nissan- Renault, ora em implantação, no pólo de Resende. Conta também com a perspectiva de implantação, nos próximos anos, de outras três montadoras (Volkswagen, JAC Motors e BMW). Como resultado, o ERJ elevará a atual capacidade de 220 mil para 900 mil automóveis/ ano, em 2016.

Indústria Naval: Em princípios de 2010, o BNDES (principal agente financeiro do setor) apresentava uma carteira de R$ 18,2 bilhões entre projetos aprovados, em análise e em perspectiva na área de construção naval ligada à indústria de petróleo e gás. Segundo o Ministério dos Transportes, a próxima etapa na estruturação da indústria naval brasileira será o fortalecimento da cadeia de suprimentos – o denominado navipeças.

Indústria de Bens de Capital: Os movimentos de dinamização e integração da economia fluminense e de sua CIPS vêm estimulando o surgimento de novos empreendimentos. A título de exemplo, a Brasil Máquinas de Construção (BMC) e a Hyundai Heavy Industries estão realizando investimento de US$ 150 milhões em uma fábrica de equipamentos pesados, em Itatiaia – RJ, com capacidade para produzir até 5 mil máquinas/ano para construção pesada.

Indústria de Construção Civil: Segundo O boom imobiliário ganhou fôlego nos municípios da RMRJ em 2011, com 13 mil lançamentos, além da alta verificada na capital fluminense que foi de 25%, em 2011 (256 mil novas unidades). Cabe também assinalar as obras que integram os grandes pólos de investimento (ex: COMPERJ, Porto do Açú e Porto de Sepetiba), bem como os fluxos de edificação que se irradiam como efeitos das mesmas. Estudos do IABr estimam que as obras da Copa do Mundo, somadas ás dos Jogos Olímpicos e o Pré-Sal geram uma demanda adicional de aço equivalente a cerca de 1,1 milhão de t/ ano, durante 7 anos (2010 a 2016).

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4. ORDENAMENTO TERRITORIAL E MEIO AMBIENTE NA SIDERURGIA

O presente capítulo aborda os aspectos relacionados à siderurgia e à sustentabilidade e analisa a questão territorial sobre a perspectiva da indústria siderúrgica.

4.1. Siderurgia e Sustentabilidade

O consumo de energia e a emissão de gazes de efeito estufa são questões essenciais para o planejamento e o desenvolvimento do setor siderúrgico.

a) Consumo de Energia:

Em 2010, o consumo final de energia na metalurgia equivaleu a 22% do consumo final do setor industrial e a 11% do total da energia consumida no país. Dentre o consumo de energia no setor metalúrgico, sobressaem os segmento de ferro-gusa e aço (participação de 70%), ferroligas (7%) e não-ferrosos (23%).

Ainda em 2010, o consumo final de energia elétrica na metalurgia equivaleu a 31% do consumo final do setor industrial e a 14% do total da energia consumida no país. Dentre o consumo de energia elétrica no setor metalúrgico, sobressai o segmento de ferro-gusa e aço, com participação de 29%, seguido por ferroligas, com 13% e o de não ferrosos, com 58%.

Na siderurgia, a co-geração de energia elétrica é realizada mediante o aproveitamento dos gases de coqueria, do alto-forno e do conversor a oxigênio.

b) Emissão de GEE: A SGM/ MME (2011), assinala os seguintes indicadores relativos à emissão de CO2 na siderurgia brasileira::

- Indústria siderúrgica: 2.020 kg CO2/ t

- Usinas siderúrgicas integradas a coque: 1.700 kg CO2/ t

- Usinas siderúrgicas integradas a carvão vegetal: 2.200 kg CO2/ t

- Produtores de gusa de mercado (independentes): 3.000 kg CO2/ t c) Incertezas Associadas ao Gás Natural

No Brasil, parte dos problemas de suprimento de energia está associada ao não cumprimento, pela Petrobrás, do compromisso de abastecer, por 20 anos, 7 UTEs a gás, cujos leilões tiveram que ser cancelados. Tal fato prejudica a confiabilidade do sistema energético do país e contribui para o aumento do custo de energia e expansão de impactos ambientais.

As incertezas associadas ao suprimento futuro de gás natural de petróleo prejudicam o posicionamento estratégico da siderurgia nacional, ao inibir a geração de energia termoelétrica a custos reduzidos e impactos ambientais inferiores aos de UTEs a carvão ou óleo combustível, ou ao desestimular a implantação de unidades integradas de RD+FEA, tendo o gás como redutor.

d) Carvão Vegetal e Gusa de Mercado*

· “Para a produção de cada metro cúbico de carvão vegetal pode-se utilizar no máximo 12 árvores (IN 01/96 do MMA) ou o equivalente a 80 m³ de gás natural”. ... Os empreendimentos florestais inserem- se no MDL do Protocolo de Kyoto e, segundo a ASICA, “cada tonelada de ferro-gusa produzida com carvão vegetal captura 890 kg de gás carbônico e deixa na atmosfera um saldo de 203 kg de oxigênio”.

· “Em muitas unidades produtoras de gusa, a energia elétrica é fornecida por unidades de co- geração, com aproveitamento dos gases siderúrgicos”.

Observação: * Tópicos extraídos do relatório Análise-Síntese da Transformação Mineral no País (CALAES, 2009), IN “Estudos para a Elaboração do Plano Duodecenal (2010 – 2030) de Geologia, Mineração e Transformação Mineral”, J.Mendo Consultoria Ltda.)

e) Gestão de Resíduos: O problema da geração de resíduos na indústria siderúrgica, vem encontrando soluções que fortalecem a competitividade e a sustentabilidade da cadeia produtiva

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do setor. Escórias de alto-forno são destinadas à produção de cimento e concreto; escórias de aciaria são aproveitadas como agregados na construção civil ou como insumo para a produção de fertilizantes. Na reciclagem de resíduos portadores de ferro e carbono, diferentes processos propiciam o aproveitamento de resíduos, a partir das lamas e pós de alto-forno e aciaria.

f) Diretrizes do CGEE/ ABM / IBS*: “Estudo Prospectivo do Setor Siderúrgico, realizado pelo CGEE, traçou diretrizes para o desenvolvimento sustentável e competitivo do setor:

· Inovação Tecnológica: Novas tecnologias com baixos valores líquidos de consumo; Alianças estratégicas com empresas de insumos e equipamentos; Programas cooperativos com clientes para inovação em produtos.

· Eficiência Energética: Implantação de programas de eficiência energética; Utilização de fontes renováveis;

Melhor aproveitamento do gás produzido durante a fabricação do carvão vegetal; Injeção de carvão e de resíduos plásticos nos altos-fornos; Aproveitamento de produtos no consumo global de energia.

· Carvão de Biomassa: Adequação da legislação florestal às especificações da siderurgia; Ajustes dos mecanismos de financiamentos de florestas aos pequenos e médios produtores; Desenvolvimento de tecnologias de carbonização e aproveitamento da energia de co-produtos voláteis.

· Aço no conceito MDL: Fomento do conceito de disposição “zero de resíduos” (escórias e portadores de ferro e carbono); Fomento da atividade de P&D para reciclagem e recuperação de produtos.

· Aumento do consumo interno de aço: Estratégias tecnológicas para redução de custos de produção;

Estratégias educativas para estabelecimento de uma cultura do aço”.

Observação: * Tópicos extraídos do relatório Análise-Síntese da Transformação Mineral no País (CALAES, 2009), IN “Estudos para a Elaboração do Plano Duodecenal (2010 – 2030) de Geologia, Mineração e Transformação Mineral”, J.Mendo Consultoria Ltda.)

g) Vocações Siderúrgicas do Norte Fluminense

Sendo o ERJ detentor das maiores reservas e da maior produção nacional de petróleo e gás do país, a sua CIPS deveria contar com suprimento preferencial de gás, seja para suprimento de UTEs, ou para consumo como redutor, em unidades de redução direta, que venham a se instalar nos seus PSs.

Verifica-se também a oportunidade de se promover a instalação, no Norte do ERJ, de um pólo de gusa, com minério de Minas Gerais e redutor de biomassa (carvão vegetal de floresta plantada e/ou capim elefante) proveniente de um sistema agronômico a ser desenvolvido na região.

Caberia também estimular a implantação de unidades siderúrgicas de pequeno e médio porte, integradas (RD+FEA) ou não integradas (FEA) no PS do Açu.

4.2. A Questão do Ordenamento Territorial na Indústria Siderúrgica

Face à expansão da população e da atividade econômica mundial e à sua continuada concentração em áreas urbanas, assim como à crescente escassez e complexidade do suprimento de recursos minerais - os conflitos das atividades de extração, beneficiamento e transformação mineral, com os processos de uso e ocupação do solo, vêm se intensificando.

Tais desafios se acentuam em determinados segmentos da indústria mineral, tais como os da siderurgia, cujas escalas de produção, naturezas de processos, fluxos de insumos, de produtos e de resíduos, geram sérios impactos sobre o meio físico, biótico e sócio-econômico, principalmente em casos especiais, como os de proximidade de cursos d´água, regiões costeiras ou de áreas urbanas – situações típicas de localização de empreendimentos siderúrgicos.

No contexto atual de adoção de esforços para introdução de práticas de máxima conservação de energia – impõe-se a racionalização dos fluxos de cargas associadas a um empreendimento siderúrgico, tendo em vista que 1 t de aço exige o deslocamento de cerca de 2,5 t de insumos e a disposição/ tratamento/ re- uso ou reciclagem de cerca de 1,5 t de resíduos.

(18)

4.2.1. Base Geográfica, Inovação e Desenvolvimento Sustentável

Segundo VARGAS (2002) região deve ser entendida como um espaço cognitivo onde valores sócio-culturais e outros ativos intangíveis contribuem para os processos de aprendizado interativo e tendem a minimizar os custos de transação entre firmas.

Os ciclos recentes de desenvolvimento tecnológico, associados aos atuais paradigmas econômicos, vêm ressaltando ainda mais o papel das peculiaridades regionais no condicionamento do binômio P&D e desenvolvimento. A este respeito, as seguintes afirmativas cabem ser ressaltadas:

LUNDVALL e BORRÁS (1997): “... a inovação é crescentemente produzida através de redes regionais de inovadores, clusters locais e efeitos fertilizadores das instituições de pesquisa.”

PETIT (2003): “A nova geografia econômica combina os efeitos de aglomeração em algumas grandes áreas urbanas com alguns casos de desenvolvimento local bem sucedidos”

MANSELL e WHEN (1998): “... o processo de endogenization, constitui-se na criação de capacidades locais, em firmas domésticas, através de contínuo aprimoramento e aprendizado”.

ROVERE (1999): “a importância de fatores locais na atividade inovadora, faz com que o sucesso das políticas de apoio às PMEs dependa do sistema de inovação da região.”

HADDAD (2000) assinala que, em certas regiões, a depressão econômica resulta de processos históricos, associados ao uso predatório de recursos naturais. “Outras observaram, de forma complacente, seu sistema produtivo envelhecer do ponto de vista tecnológico e organizacional”, existindo ainda aquelas “que tiveram seu crescimento baseado apenas em vantagens competitivas espúrias (incentivos fiscais exacerbados, sobre-exploração da mão-de-obra, informalidade econômica, etc.)”.

Para retirar tais regiões do “estado de subdesenvolvimento” em que se encontram não basta intensificar a alocação de fluxos financeiros ou a construção de infra-estruturas, pois as “suas potencialidade econômicas só serão mobilizadas em benefício de sua população se houver algum progresso significativo em termos de capital humano e de capital organizacional”.

Ressalta ainda que a implementação e a concessão de “infra-estruturas econômicas, além de incentivos fiscais e financeiros podem constituir fatores permissivos para a promoção do desenvolvimento de áreas deprimidas, mas nunca, condições suficientes”.

Tais reflexões devem fundamentar o Plano de Desenvolvimento para a Siderurgia do ERJ, especialmente no que se refere à orientação de processos de localização estimuladores de inovação alicerçados na inclusão e potencialização das forças locais e laços sócio-culturais pré-existentes.

4.2.2. Área de Influência de um Empreendimento Siderúrgico

Tendo em vista a sua configuração física, o intenso fluxo de insumos e produtos, a natureza das reações químicas e físico-químicas inerentes ao processo produtivo, e os seus efeitos sócio-ambientais - empreendimentos siderúrgicos devem ser precedidos de cuidadoso processo de avaliação e decisão locacional, envolvendo a sua previsível área de influência, segundo três níveis de irradiação de efeitos,:

ADA – Área Diretamente Afetada: Compreende o sítio específico, no qual o empreendimento será implantado - com todas as suas unidades de processos, utilidades e infra-estrutura interna - e no qual ocorrerão os impactos diretos a serem mitigados. .

AID – Área de Influência Direta: Corresponde ao anel subseqüente ao primeiro, em cujo domínio territorial se prevê a ocorrência de efeitos diretos, tais como adensamento populacional, pressões de mercado (mão-de-obra, imobiliário, serviços, etc.), estrangulamentos de vias de escoamento,

(19)

pressões sobre infra-estruturas sociais (escolas, postos de saúde, redes de saneamento, etc,), além de pressões sobre os recursos naturais. O domínio territorial da AID envolve usualmente o município de localização do empreendimento, bem como os municípios vizinhos.

AII – Área de Influência Indireta: Corresponde ao anel subseqüente aos anteriores. O domínio territorial da AII envolve uma superfície mais extensa dentro da qual se prevê a ocorrência de efeitos indiretos de natureza equivalente aos efeitos diretos da AID. A extensão territorial da AII envolve usualmente vários municípios, ou até mesmo toda uma micro-região, bacia, etc. .

Sob o ponto de vista econômico, a AID se sujeita principalmente a impactos referentes à ocupação residencial da mão-de-obra, bem como a correspondentes efeitos relativos ao adensamento de infra- estruturas e serviços, tais como de transporte, energia, educação, saúde e segurança, sendo também afetada pelas interseções de linhas de infra-estrutura do empreendimento.

A AII, por sua vez, estará mais afetada por impactos derivados da logística de suprimento / transporte do minério de ferro, calcário, dolomita e quartzo, bem como de outros insumos e serviços demandados pelo empreendimento.

A versão completa do relatório correspondente a este Sumário apresenta as seguintes abordagens complementares:

· Principais Impactos Ambientais da Siderurgia

· Gestão de Impactos e Promoção do Desenvolvimento Sustentável na Siderurgia.

Tais abordagens têm por fonte de referência o Estudo de Impacto Ambiental da Usina Siderúrgica CSA, elaborado pela ERM Brasil Ltda. (outubro/ 2005) para a Cia. Siderúrgica do Atlântico (ThyssenKrupp Group), para instrumentar o processo de licenciamento ambiental do empreendimento.

A título de referência, a Ilustração 4.1 apresenta o diagrama demonstrativo do modelo de gestão apresentado na versão completa do relatório correspondente a este Sumário Executivo.

MODELO DE GESTÃO DOS MEIOS BIÓTICO, FÍSICO E SOCIO-ECONÔMICO ILUSTRAÇÃO 4.1

A versão completa do relatório correspondente a este Sumário, inclusive Anexos, está disponibilizada em:

(http://www.geologia.ufrj.br/index.php?module=documents&JAS_DocumentManager_op=downloadFile&JAS_File_id=116) Articulação

com a Sociedade Gerenciamento

de Impactos

Investimento Social

- Mapeamento de atores

- Criação de canais de comunicação e informação

Articulação e conhecimento das Partes Interessadas:

- Percepções,

- Expectativas e intenções.

Apoio ao desenvolvimento

regional Evitar e minimizar impactos negativos:

- Econômicos - Sócio-ambientais

Alavancar impactos Positivos:

- Econômicos - Sócio-ambientais

Fonte: ConDet, a partir do EIA/ RIMA da CSA (2005)

(20)

5. ASPECTOS TERRITORIAIS E SÓCIO-ECONÔMICOS RELATIVOS AOS PÓLOS SIDERÚRGICOS DO ERJ

Visando estabelecer os aspectos condicionantes e as diretrizes que deverão nortear o Plano de Desenvolvimento da CIPS do ERJ, o presente capítulo analisa os principais aspectos territoriais e sócio-econômicos relacionados aos três pólos siderúrgicos configurados no presente estudo.

5.1. Aspectos Territoriais e Demográficos Relativos ao ERJ

a) Território: De acordo com a Fundação CEPERJ, o Estado do Rio de Janeiro situa-se na Região Sudeste do país e possui uma superfície de 43.766,6 km2, dividido em 92 municípios agrupados em oito Regiões de Governo.

MAPA DE DIVISÃO MUNICIPAL DO ERJ ILUSTRAÇÃO 5.1

MAPA DE DIVISÃO MUNICIPAL DO ERJ ILUSTRAÇÃO 6.1

Apenas 32% do território estadual são cobertos por vegetação remanescente (florestas, mangues e restingas) e secundária. O restante é ocupado principalmente por pastagens, áreas cultivadas e/ou urbanizadas. Os ecossistemas do ERJ têm sofrido intensa e contínua degradação devido a incêndios, queimadas, desmatamentos, ocupações irregulares, etc.. As áreas naturais protegidas (Unidades de Conservação), sob tutela federal e estadual, cobriam, segundo o IQM-Verde II (Fundação CIDE, 2003), cerca de 11% da área do ERJ. Nelas, se encontravam 64% das florestas fluminenses.

b) Demografia: Em 2011, a população estadual era estimada em 16,1 milhões habitantes, 74%

concentrada na Região Metropolitana (RMRJ). Os cinco municípios mais populosos eram os de Rio de Janeiro (6.356 mil habitantes), São Gonçalo (1.008 mil habitantes), Duque de Caxias (861 mil habitantes), Nova Iguaçu (799 mil habitantes) e Niterói (490 mil habitantes). Os 5 municípios com maiores taxas de crescimento populacional, no período 2000/ 2010 são os de Rio das Ostras (11,2%

a.a.), Marica (5,2% a.a.), Casimiro de Abreu (4,8% a.a.), Macaé (4,6% a.a.) e Carapebus (4,4% a.a.).

Os tópicos subsequentes analisam os aspectos territoriais e sócio-econômicos relativos às Áreas de Influência (AIs) dos três PSs do ERJ. A indicação aproximada das AIs considera os municípios previsivelmente envolvidos com os empreendimentos siderúrgicos atuais, projetados e previstos.

5.2 Pólo Siderúrgico do Médio Paraíba (PS-1) 5.2.1. Área de Influência/ PS-1

Fonte: CEPERJ

(21)

A área de influência (AI) do PS-1 compreende uma superfície de 2.851 km2, envolvendo 8 municípios, dentre os 12 que formam a correspondente Região de Governo (RG). Tais municípios reúnem uma população de 667 mil habitantes, equivalente a 78% da população total da RG. A densidade demográfica da AI do PS-1 é de 234 habitantes/ km2.

PS-1 - DENSIDADE DEMOGRÁFICA SEGUNDO MUNICÍPIOS - 2011 QUADRO 5.1

Regiões de Governo População (mil habit.)

Área (Km2)

Habitante/

Km2

· Barra Mansa 178 547,2 325

· Itatiaia 29 233,8 124

· Pinheiral 23 81,8 281

· Piraí 27 431,6 63

· Porto Real 17 50,8 335

· Quatis 13 285,3 46

· Rezende 121 1.038,3 117

· Volta Redonda 259 182,6 1.418

· Total – Municípios da AI 667 2.851,4 234

· Total – Região de Governo (RG) 861 6.185,7 139

· Participação AI/ RG (%) 78 46 -

Fonte: CEPERJ

5.2.2. Aspectos Sociais/ PS-1

Habitação: A AI do PS-1 conta com 241 mil domicílios particulares, ou o equivalente a 77% do total existente na correspondente RG. Os municípios de Barra Mansa, Rezende e Volta Redonda – em que se localizam as usinas siderúrgicas da VS e da CSN - são os que dispõem de maior número de domicílios particulares: 64 mil, 44 mil e 92 mil, respectivamente, perfazendo o total de 200 mil, ou seja 83% do existente nos 8 municípios que integram a AI.

Educação: A AI do PS-1 dispõe de 480 estabelecimentos de ensino, que compreendem 4.843 salas de aula, correspondentes a 71% e 76% dos totais da RG. Os municípios de Barra Mansa, Rezende e Volta Redonda – em que se localizam as usinas siderúrgicas da VS e da CSN - são os que dispõem de maior número de estabelecimentos de ensino (79% do total da AI) e de salas de aula (81% do total da AI).

Saúde: A AI do PS-1 conta com 1.251 postos de saúde e com 2.250 leitos – 81% e 75% dos correspondentes totais da respectiva RG. Conjuntamente, os 8 municípios da AI apresentam o índice de 3,37 leitos/ mil habitantes, pouco inferior ao da respectiva RG .(3,49).

5.2.3. Aspectos Econômicos/ PS-1

Infra-estrutura: A AI do PS-1 conta com uma das melhores infra-estruturas regionais do país. No que se refere ao transporte, cabe assinalar que a região é atendida por ampla malha de rodovias federais (BR-101 e BR-116) e estaduais, assim como pelas ferrovias MRS e FCA. Destaca-se também a proximidade em relação aos portos do Rio de Janeiro, Sepetiba, Angra dos Reis e Santos.

PIB: Os 8 municípios que integram a AI do PS do Médio Paraíba totalizam um PIB de R$ 22.550 milhões, equivalente a 90% do PIB da correspondente RG. Sobressaem Volta Redonda (37% da soma dos PIBs dos 8 municípios envolvidos), Rezende (22%) e Barra Mansa (16%). Destaca-se ainda Porto Real, sob efeito do pólo automotivo deste município.

IDH e IFDM: Dentre os 8 municípios que integram a AI do PS-1, Volta Redonda apresenta o melhor desempenho no IDH do ano 2000, ou no IFDM de 2009. Cabe assinalar que Volta Redonda, Rezende e Barra Mansa, posicionam-se, respectivamente, em 3ª , 5ª e 6ª posição no ranking do IDH/ 2000, relativo

Referências

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