Ilha Comprida
Energia S.A.
Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2018
Ilha Comprida Energia S.A.
Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2018
Conteúdo
Relatório da administração 3
Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras 4
Balanços patrimoniais 7
Demonstrações do resultado 8
Demonstrações do resultado abrangente 9
Demonstrações das mutações do patrimônio líquido 10
Demonstrações dos fluxos de caixa 11
Notas explicativas às demonstrações financeiras 12
Senhores Acionistas,
Temos o prazer de submeter à apreciação de V. Sas. as Demonstrações Financeiras da Ilha Comprida Energia S.A., relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2018, comparadas com 2017, acompanhadas do Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras e respectivas Notas Explicativas.
Esses documentos foram preparados e estão sendo apresentados de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil que seguem as normas emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) até 31 de dezembro de 2018, e contém todos os dados necessários à análise das atividades e desempenho da Companhia no exercício.
A Administração agradece a todos que contribuíram para os resultados alcançados, especialmente a nossa equipe de colaboradores pelo empenho e dedicação, aos fornecedores e prestadores de serviços pela qualidade e pontualidade e aos clientes pela credibilidade em nosso trabalho.
Colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que venham a ser julgados necessários.
Cuiabá - MT, 20 de fevereiro de 2019.
A Diretoria.
KPMG Auditores Independentes
Passeio das Castanheiras, 431 - Salas 407 a 411
Condomínio Tríade - Torre Nova York - Parque Faber Castell 13561-384 - São Carlos/SP - Brasil
Caixa Postal 708 - CEP 13560-970 - São Carlos/SP - Brasil Telefone +55 (16) 2106-6700
kpmg.com.br
Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras
À
Diretoria e aos acionistas da Ilha Comprida Energia S.A.
Cuiabá - MT
Opinião
Examinamos as demonstrações financeiras da Ilha Comprida Energia S.A. (“Companhia”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2018 e as respectivas
demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas
explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas.
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Ilha Comprida Energia S.A. em 31 de dezembro de 2018, o desempenho de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
Base para opinião
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.
Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras”.
Somos independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Responsabilidades da administração pelas demonstrações financeiras
A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Na elaboração das demonstrações financeiras, a administração é responsável pela avaliação da capacidade da Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a administração pretenda liquidar a Companhia ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.
Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de
segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras.
Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:
– Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas
intencionais.
– Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia.
– Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.
– Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia a não mais se manter em continuidade operacional.
– Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.
Comunicamo-nos com a administração a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais
deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.
São Carlos, 20 de fevereiro de 2019.
KPMG Auditores Independentes CRC SP-027666/F
Fernando Rogério Liani Contador CRC 1SP229193/O-2
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Balanços patrimoniais
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 (Em milhares de Reais)
Ativo Nota 2018 2017 Passivo Nota 2018 2017
Caixa e equivalentes de caixa 9 8.540 13.737 Fornecedores 13 171 12.118
Contas a receber de clientes 10 2.222 2.171 Empréstimos e financiamentos 14 5.379 5.418
Estoques 125 103 Impostos e contribuições a recolher 110 103
Despesas antecipadas 138 82 Passivos fiscais correntes 259 112
Outros créditos 6 7 Salários, férias e encargos sociais 127 151
Total do ativo circulante 11.031 16.100 Dividendos a pagar 99 -
Total do passivo circulante 6.145 17.902 Aplicações financeiras 11 2.874 2.878 Outros créditos 46 27 Empréstimos e financiamentos 14 58.564 63.444 Imobilizado 12 146.382 150.414 Provisão para contingências 16 500 505
Intangível - 5 Total do passivo não circulante 59.064 63.949 Total do ativo não circulante 149.302 153.324 Total do passivo 65.209 81.851 Patrimônio líquido 18 Capital social 93.149 93.149 Reserva legal 104 -
Reserva de lucros a destinar 1.871 -
Prejuízos acumulados - (5.576)
Total do patrimônio líquido 95.124 87.573
Total do ativo 160.333 169.424 Total do passivo e patrimônio líquido 160.333 169.424
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
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Demonstrações do resultado
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 (Em milhares de Reais)
Nota 2018 2017
Receita operacional líquida 19 25.279 26.257
Custo dos serviços prestados 20 (10.364) (16.290)
Lucro bruto 14.915 9.967
Despesas com vendas 21 (1.109) (953)
Despesas administrativas 22 (253) (145)
Outras receitas (despesas) operacionais líquidas 23 21 (2.379) Resultado antes das despesas financeiras líquidas e impostos 13.574 6.490
Receitas financeiras 24 395 830
Despesas financeiras 24 (5.401) (5.801)
Despesas financeiras líquidas 24 (5.006) (4.971)
Resultado antes dos impostos 8.568 1.519
Imposto de renda e contribuição social correntes 25 (918) (1.120)
Resultado do exercício 7.650 399
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
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Demonstrações do resultado abrangente
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 (Em milhares de Reais)
2018 2017
Resultado do exercício 7.650 399
Resultado abrangente total 7.650 399
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
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Demonstrações das mutações do patrimônio líquido
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 (Em milhares de Reais)
Saldos em 1º de janeiro de 2017 93.149 (10) 93.139 - - (5.975) 87.164 Integralização de capital social - 10 10 - - - 10 Resultado do exercício - - - - - 399 399 Saldos em 31 de dezembro de 2017 93.149 - 93.149 - - (5.576) 87.573 Resultado do exercício - - - - - 7.650 7.650
Destinação do lucro:
Constituição de reserva legal - - - 104 - (104) - Dividendos mínimos obrigatórios - - - - - (99) (99) Reserva de lucros a destinar - - - - 1.871 (1.871) - Saldos em 31 de dezembro de 2018 93.149 - 93.149 104 1.871 - 95.124
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Total Capital
subscrito
Lucros (prejuízos) acumulados Reserva de
lucros a destinar Capital a
integralizar Capital social Reserva legal
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Demonstrações dos fluxos de caixa
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 (Em milhares de Reais)
Nota 2018 2017
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Resultado do exercício 7.650 399
Ajuste por: Depreciação 12 4.057 4.001 Amortização 5 10
Valor residual na baixa de ativo imobilizado 12 9 849
Reversão de contingências (5) (3)
Despesas financeiras líquidas 5.336 5.707 Despesa de imposto de renda e contribuição social 25 918 1.120 17.970 12.083 (Aumento) redução nos ativos Contas a receber de clientes (51) 344
Estoques (22) (38)
Adiantamentos a fornecedores - 8
Impostos a recuperar - 3
Ativos fiscais correntes (33) (227)
Despesas antecipadas (56) 10
Outros créditos (18) (22)
Aumento (redução) nos passivos Fornecedores (11.947) 11.945 Adiantamentos de clientes - (30)
Impostos e contribuições a recolher 7 2
Passivos fiscais correntes - (2)
Salários, férias e encargos sociais (24) 82
Caixa proveniente das atividades operacionais 5.826 24.158 Juros pagos 14 (5.375) (5.770) Juros pagos a partes relacionadas 14 - (8)
Impostos pagos sobre o lucro (738) (1.065) Fluxo de caixa líquido proveniente das (utilizado nas) atividades operacionais (287) 17.315 Fluxos de caixa das atividades de investimentos Aquisição de ativos imobilizados 12 (34) (93)
Integralização de capital - 10
Aplicações financeiras 4 533
Caixa líquido proveniente das (utilizado nas) atividades de investimentos (30) 450
Fluxos de caixa das atividades de financiamentos Pagamentos de empréstimos e financiamentos 14 (4.880) (4.880) Pagamentos de empréstimos e financiamentos a partes relacionadas 14 - (898) Caixa líquido utilizado nas atividades de financiamentos (4.880) (5.778) Aumento (redução) do caixa e equivalentes de caixa (5.197) 11.987 Demonstração do aumento (redução) do caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa em 1º de janeiro de 2018 9 13.737 1.750
Aumento (redução) do caixa e equivalentes de caixa (5.197) 11.987
Caixa e equivalentes de caixa em 31 de dezembro de 2018 9 8.540 13.737
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
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Notas explicativas às demonstrações financeiras
(Em milhares de Reais)
1. Contexto operacional
A Ilha Comprida Energia S.A. (“Companhia”) está domiciliada no Brasil no município de Cuiabá, estado de Mato Grosso e tem como objetivo principal a geração de energia hidrelétrica no território nacional com autorização do Poder Público competente. A Companhia foi constituída em junho de 2007 e o início de sua operação comercial, através de sua unidade de geração de energia localizada no município de Sapezal - MT se deu em junho de 2013.
A Companhia é parte relacionada do grupo econômico Amaggi, podendo utilizar dos recursos administrativos, financeiros, e tecnológicos desse Grupo, além do fornecimento de energia hidrelétrica.
2. Base de preparação
a. Declaração de conformidade (com relação às normas do CPC)
As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (BR GAAP) que seguem os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
A emissão das demonstrações financeiras, acompanhada pelo relatório dos auditores independentes foi autorizada pela Diretoria em 20 de fevereiro de 2019. Após a sua emissão, somente os acionistas têm o poder de alterar as demonstrações financeiras.
Detalhes sobre as principais políticas contábeis da Companhia estão apresentadas na nota explicativa 6.
Todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e somente elas, estão sendo evidenciadas, e correspondem àquelas utilizadas pela Administração na sua gestão.
b. Base de mensuração
As demonstrações financeiras foram preparadas com base no custo histórico.
3. Moeda funcional e moeda de apresentação
Estas demonstrações financeiras estão apresentadas em Reais, que é a moeda funcional da Companhia. Todos os saldos foram arredondados para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma.
4. Uso de estimativas e julgamentos
Na preparação destas demonstrações financeiras, a Administração utilizou julgamentos,
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Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2018
Estimativas e premissas são revistas de maneira contínua. Revisões com relação às estimativas contábeis são reconhecidas prospectivamente.
Incertezas sobre premissas e estimativas
As informações sobre incertezas relacionadas a premissas e estimativas que possuam um risco significativo de resultar em um ajuste material dentro do próximo exercício financeiro estão incluídas nas seguintes notas explicativas:
Nota 12 - Vida útil de ativo imobilizado; e Nota 16 - Provisão para contingências.
5. Mudanças nas principais políticas contábeis
A Companhia aplicou inicialmente o CPC 47/IFRS 15 e CPC 48/IFRS 9 a partir de 1º de janeiro de 2018. Uma série de outras novas normas também entraram em vigor a partir de 1º de janeiro de 2018, contudo, nenhuma destas normas afetaram as demonstrações financeiras da Companhia.
a. CPC 47/IFRS 15 Receita de contrato com cliente
O CPC 47/IFRS 15 estabelece uma estrutura abrangente para determinar se e quando uma receita é reconhecida e por quanto a receita é mensurada. Este pronunciamento substituiu o CPC 30/IAS 18 - Receitas, o CPC 17/IAS 11- Contratos de Construção e interpretações relacionadas. De acordo com o CPC 47/IFRS 15, a receita é reconhecida quando o cliente obtém o controle dos bens ou serviços.
A Administração avaliou essa nova norma e não identificou efeitos relevantes em suas informações contábeis, considerando a natureza de suas transações de venda, onde as obrigações de performance são claras e a transferência do controle dos bens e serviços não é complexa.
b. CPC 48/IFRS 9 Instrumentos Financeiros
O CPC 48/IFRS 9 estabelece requerimentos para reconhecer e mensurar ativos financeiros, passivos financeiros e alguns contratos de compra ou venda de itens não financeiros. Esta norma substitui o CPC 38/IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração.
(i) Classificação e mensuração de ativos financeiros e passivos financeiros
O CPC 48/IFRS 9 contém três principais categorias de classificação para ativos financeiros:
mensurados ao custo amortizado, valor justo por meio de outros resultados abrangentes (VJORA) e valor justo por meio do resultado (VJR). A classificação de ativos financeiros de acordo com o CPC 48/IFRS 9 é geralmente baseada no modelo de negócios no qual um ativo financeiro é gerenciado e em suas características de fluxos de caixa contratuais. O CPC 48/IFRS 9 elimina as categorias antigas do CPC 38/IAS 39 de títulos mantidos até o vencimento, empréstimos e recebíveis e disponíveis para venda. De acordo com o IFRS 9, os derivativos embutidos em que o contrato principal é um ativo financeiro no escopo da norma nunca são separados. Em vez disso, o instrumento financeiro híbrido é avaliado para classificação como um todo.
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O CPC 48/IFRS 9 retém em grande parte os requerimentos existentes no CPC 38/IAS 39 para a classificação e mensuração de passivos financeiros.
A tabela a seguir e as notas explicativas abaixo explicam as categorias de mensuração originais no CPC 38/IAS 39 e as novas categorias de mensuração do CPC 48/IFRS 9 para cada classe de ativos e passivos financeiros da Companhia em 1º de janeiro de 2018. O efeito da adoção do CPC 48/IFRS 9 sobre os valores contábeis dos ativos financeiros em 1º de janeiro de 2018 está relacionado apenas aos novos requerimentos de redução ao valor recuperável.
Nota
Classificação original de acordo com o CPC 38/
IAS 39
Nova classificação de acordo com o CPC 48/
IFRS 9
Valor contábil original de acordo com o CPC 38/IAS 39
Novo valor contábil de acordo com o CPC 48/ IFRS 9
Aplicações financeiras 9 e 11 Empréstimos e recebíveis Custo amortizado 2.929 2.929
Caixa 9 Empréstimos e recebíveis Custo amortizado 1 1
Depósitos bancários 9 Empréstimos e recebíveis Custo amortizado 13.685 13.685
Contas a receber de clientes 10 Empréstimos e recebíveis Custo amortizado 2.171 2.171
Outros créditos Empréstimos e recebíveis Custo amortizado 34 34
Fornecedores 13 Outros passivos financeiros Outros passivos financeiros (12.118) (12.118)
Empréstimos e financiamentos 14 Outros passivos financeiros Outros passivos financeiros (68.862) (68.862)
(62.160) (62.160)
(ii) Impairment de ativos financeiros
O CPC 48 / IFRS 9 substitui o modelo de ‘perdas incorridas’ da IAS 39 por um modelo de ‘perdas de crédito esperadas’. O novo modelo de redução ao valor recuperável aplica-se aos ativos financeiros mensurados ao custo amortizado, ativos de contratos e instrumentos de dívida mensurados ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes (VJORA), mas não a investimentos em instrumentos patrimoniais. Nos termos do CPC 48 / IFRS 9, as perdas de crédito são reconhecidas mais cedo do que no CPC 38 / IAS 39.
Na avaliação da Companhia não foi identificado impacto material para que as perdas por redução ao valor recuperável de ativos incluídos no escopo do modelo de redução ao valor recuperável do CPC 48 / IFRS 9 fossem aumentados.
6. Principais políticas contábeis
As políticas contábeis descritas abaixo têm sido aplicadas de maneira consistente a todos os exercícios apresentados nestas demonstrações financeiras.
a. Instrumentos financeiros
(i) Reconhecimento e mensuração inicial
Contas a receber de clientes e títulos de dívida emitidos são reconhecidos inicialmente na data em que foram originados. Todos os outros ativos e passivos financeiros são reconhecidos inicialmente quando a Companhia se tornar parte das disposições contratuais do instrumento.
Um ativo financeiro (a menos que seja contas a receber de clientes sem um componente de financiamento significativo) ou passivo financeiro é inicialmente mensurado ao valor justo, acrescido, para um item não mensurado ao valor justo por meio do resultado (VJR), os custos de transação que são diretamente atribuíveis à sua aquisição ou emissão. Contas a receber de clientes
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(ii) Classificação e mensuração subsequente
Instrumentos financeiros - Política aplicável a partir de 1º de janeiro de 2018
No reconhecimento inicial, um ativo financeiro é classificado como mensurado: ao custo amortizado; ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes (VJORA) - instrumento de dívida; ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes (VJORA) - instrumento patrimonial; ou ao valor justo por meio do resultado (VJR).
Os ativos financeiros não são reclassificados subsequentemente ao reconhecimento inicial, a não ser que a Companhia mude o modelo de negócios para a gestão de ativos financeiros, e neste caso todos os ativos financeiros afetados são reclassificados no primeiro dia do período de apresentação posterior à mudança no modelo de negócios.
Um ativo financeiro é mensurado ao custo amortizado se atender ambas as condições a seguir e não for designado como mensurado ao valor justo por meio do resultado (VJR):
• É mantido dentro de um modelo de negócios cujo objetivo seja manter ativos financeiros para receber fluxos de caixa contratuais; e
• Seus termos contratuais geram, em datas específicas, fluxos de caixa que são relativos somente ao pagamento de principal e juros sobre o valor principal em aberto.
Um instrumento de dívida é mensurado ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes (VJORA) se atender ambas as condições a seguir e não for designado como mensurado ao valor justo por meio do resultado (VJR):
• É mantido dentro de um modelo de negócios cujo objetivo é atingido tanto pelo recebimento de fluxos de caixa contratuais quanto pela venda de ativos financeiros; e
• Seus termos contratuais geram, em datas específicas, fluxos de caixa que são apenas pagamentos de principal e juros sobre o valor principal em aberto.
Todos os ativos financeiros não classificados como mensurados ao custo amortizado ou ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes (VJORA), conforme descrito acima, são classificados como ao valor justo por meio do resultado (VJR). Isso inclui todos os ativos financeiros derivativos. No reconhecimento inicial, a Companhia pode designar de forma irrevogável um ativo financeiro que de outra forma atenda aos requisitos para ser mensurado ao custo amortizado ou ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes (VJORA) como ao valor justo por meio do resultado (VJR) se isso eliminar ou reduzir significativamente um descasamento contábil que de outra forma surgiria.
Instrumentos financeiros - Avaliação do modelo de negócio: política aplicável a partir de 1º de janeiro de 2018
A Companhia realiza uma avaliação do objetivo do modelo de negócios em que um ativo financeiro é mantido em carteira porque isso reflete melhor a maneira pela qual o negócio é gerido e as informações são fornecidas à Administração. As informações consideradas incluem:
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de receitas de juros contratuais, a manutenção de um determinado perfil de taxa de juros, a correspondência entre a duração dos ativos financeiros e a duração de passivos relacionados ou saídas esperadas de caixa, ou a realização de fluxos de caixa por meio da venda de ativos;
• Como o desempenho da carteira é avaliado e reportado à Administração da Companhia;
• Os riscos que afetam o desempenho do modelo de negócios (e o ativo financeiro mantido naquele modelo de negócios) e a maneira como aqueles riscos são gerenciados;
• Como os gerentes do negócio são remunerados - por exemplo, se a remuneração é baseada no valor justo dos ativos geridos ou nos fluxos de caixa contratuais obtidos; e
• A frequência, o volume e o momento das vendas de ativos financeiros nos períodos anteriores, os motivos de tais vendas e suas expectativas sobre vendas futuras.
As transferências de ativos financeiros para terceiros em transações que não se qualificam para o desreconhecimento não são consideradas vendas, de maneira consistente com o reconhecimento contínuo dos ativos da Companhia.
Os ativos financeiros mantidos para negociação ou gerenciados com desempenho avaliado com base no valor justo são mensurados ao valor justo por meio do resultado.
Ativos financeiros - avaliação sobre se os fluxos de caixa contratuais são somente pagamentos de principal e de juros: Política aplicável a partir de 1º de janeiro de 2018 Para fins dessa avaliação, o ‘principal’ é definido como o valor justo do ativo financeiro no reconhecimento inicial. Os ‘juros’ são definidos como uma contraprestação pelo valor do dinheiro no tempo e pelo risco de crédito associado ao valor principal em aberto durante um determinado período de tempo e pelos outros riscos e custos básicos de empréstimos (por exemplo, risco de liquidez e custos administrativos), assim como uma margem de lucro.
A Companhia considera os termos contratuais do instrumento para avaliar se os fluxos de caixa contratuais são somente pagamentos do principal e de juros. Isso inclui a avaliação sobre se o ativo financeiro contém um termo contratual que poderia mudar o momento ou o valor dos fluxos de caixa contratuais de forma que ele não atenderia essa condição. Ao fazer essa avaliação, a Companhia considera:
• Eventos contingentes que modifiquem o valor ou o a época dos fluxos de caixa;
• Termos que possam ajustar a taxa contratual, incluindo taxas variáveis;
• O pré-pagamento e a prorrogação do prazo; e
• Os termos que limitam o acesso da Companhia a fluxos de caixa de ativos específicos (por exemplo, baseados na performance de um ativo).
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Ativos financeiros - Mensuração subsequente e ganhos e perdas: Política aplicável a partir de 1º de janeiro de 2018
Ativos financeiros a valor justo por meio do resultado (VJR)
Esses ativos são mensurados subsequentemente ao valor justo. O resultado líquido, incluindo juros ou receita de dividendos, é reconhecido no resultado.
Ativos financeiros a custo amortizado
Esses ativos são subsequentemente mensurados ao custo amortizado utilizando o método de juros efetivos. O custo amortizado é reduzido por perdas por impairment.
A receita de juros, ganhos e perdas cambiais e o impairment são reconhecidos no resultado. Qualquer ganho ou perda no desreconhecimento é reconhecido no resultado.
Instrumentos de dívida a valor justo por meio de outros resultados abrangentes (VJORA)
Esses ativos são mensurados subsequentemente ao valor justo. A receita de juros calculada utilizando o método de juros efetivos, ganhos e perdas cambiais e impairment são reconhecidos no resultado. Outros resultados líquidos são reconhecidos em outros resultados abrangentes (ORA). No desreconhecimento, o resultado acumulado em outros resultados abrangentes (ORA) é reclassificado para o resultado.
Instrumentos
patrimoniais a valor justo por meio de outros resultados abrangentes (VJORA)
Esses ativos são mensurados subsequentemente ao valor justo. Os dividendos são reconhecidos como ganho no resultado, a menos que o dividendo represente claramente uma recuperação de parte do custo do investimento. Outros resultados líquidos são reconhecidos em outros resultados abrangentes (ORA) e nunca são reclassificados para o resultado.
Passivos financeiros - classificação, mensuração subsequente dos ganhos e perdas
Os passivos financeiros foram classificados como mensurados ao custo amortizado ou ao valor justo por meio do resultado (VJR). Um passivo financeiro é classificado como mensurado ao valor justo por meio do resultado caso for classificado como mantido para negociação, for um derivativo ou for designado como tal no reconhecimento inicial. Passivos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado (VJR) são mensurados ao valor justo e o resultado líquido, incluindo juros, é reconhecido no resultado. Outros passivos financeiros são subsequentemente mensurados pelo custo amortizado utilizando o método de juros efetivos. A despesa de juros, ganhos e perdas cambiais são reconhecidos no resultado. Qualquer ganho ou perda no desreconhecimento também é reconhecido no resultado.
(iii)Desreconhecimento
Ativos financeiros
A Companhia desreconhece um ativo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa do ativo expiram, ou quando a Companhia transfere os direitos contratuais de recebimento aos fluxos de caixa contratuais sobre um ativo financeiro em uma transação na qual substancialmente todos os riscos e benefícios da titularidade do ativo financeiro são transferidos ou na qual a Companhia nem transfere nem mantém substancialmente todos os riscos e benefícios da titularidade do ativo financeiro e também não retém o controle sobre o ativo financeiro.
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A Companhia realiza transações em que transfere ativos reconhecidos no balanço patrimonial, mas mantém todos ou substancialmente todos os riscos e benefícios dos ativos transferidos.
Nesses casos, os ativos financeiros não são desreconhecidos.
Passivos financeiros
A Companhia desreconhece um passivo financeiro quando sua obrigação contratual é retirada, cancelada ou expira. A Companhia também desreconhece um passivo financeiro quando os termos são modificados e os fluxos de caixa do passivo modificado são substancialmente diferentes, caso em que um novo passivo financeiro baseado nos termos modificados é reconhecido a valor justo.
No desreconhecimento de um passivo financeiro, a diferença entre o valor contábil extinto e a contraprestação paga (incluindo ativos transferidos que não transitam pelo caixa ou passivos assumidos) é reconhecida no resultado.
A política aplicada as informações comparativas apresentadas para 2017 é similar àquela aplicada para 2018.
b. Capital social
O capital social da Companhia é formado unicamente por ações ordinárias que são classificadas como patrimônio líquido.
c. Imobilizado
(i) Reconhecimento e mensuração
Itens do imobilizado são mensurados pelo custo histórico de aquisição ou construção, deduzido de depreciação acumulada e perdas de redução ao valor recuperável (impairment) acumuladas, quando aplicável.
O custo inclui gastos que são diretamente atribuíveis à aquisição de um ativo. O custo de ativos construídos pela própria Companhia inclui:
• O custo de materiais e mão de obra direta;
• Quaisquer outros custos para colocar o ativo no local e condição necessários para que esses sejam capazes de operar da forma pretendida pela Administração;
• Os custos de desmontagem e de restauração do local onde estes ativos estão localizados; e
• Custos de empréstimos sobre ativos qualificáveis.
O software adquirido que seja parte integrante da funcionalidade de um equipamento é capitalizado como parte daquele equipamento.
Quando partes de um item do imobilizado têm diferentes vidas úteis é realizado o registro de tais
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recursos advindos da alienação e o valor contábil do imobilizado), são reconhecidos líquidos em outras receitas/despesas operacionais no resultado.
(ii) Custos subsequentes
Gastos subsequentes são capitalizados na medida em que seja provável que benefícios futuros associados com os gastos serão auferidos pela Companhia. Gastos de manutenção e reparos recorrentes são registrados no resultado.
(iii)Depreciação
Itens do ativo imobilizado são depreciados pelo método linear no resultado do exercício baseado na vida útil econômica estimada de cada componente. Terrenos não são depreciados.
Itens do ativo imobilizado são depreciados a partir da data em que são instalados e estão disponíveis para uso, ou em caso de ativos construídos internamente, do dia em que a construção é finalizada e o ativo está disponível para utilização.
Os métodos de depreciação, as vidas úteis e os valores residuais são revistos a cada encerramento de exercício financeiro e eventuais ajustes são reconhecidos como mudanças de estimativas contábeis.
d. Redução ao Valor Recuperável (Impairment) (i) Ativos financeiros não derivativos
Política aplicável a partir de 1º de janeiro de 2018 Instrumentos financeiros e ativos contratuais
A Companhia reconhece provisões para perdas esperadas de crédito sobre ativos financeiros mensurados ao custo amortizado.
A Companhia mensura a provisão para perda em um montante igual à perda de crédito esperada para a vida inteira, exceto para os itens descritos abaixo, que são mensurados como perda de crédito esperada para 12 meses:
• Títulos de dívida com baixo risco de crédito na data do balanço; e
• Outros títulos de dívida e saldos bancários para os quais o risco de crédito (ou seja, o risco de inadimplência ao longo da vida esperada do instrumento financeiro) não tenha aumentado significativamente desde o reconhecimento inicial.
As provisões para perdas com contas a receber de clientes e ativos de contrato são mensuradas a um valor igual à perda de crédito esperada para a vida inteira do instrumento.
Ao determinar se o risco de crédito de um ativo financeiro aumentou significativamente desde o reconhecimento inicial e ao estimar as perdas de crédito esperadas, a Companhia considera informações razoáveis e passíveis de suporte que são relevantes e disponíveis sem custo ou esforço excessivo. Isso inclui informações e análises quantitativas e qualitativas, com base na
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experiência histórica da Companhia, na avaliação de crédito e considerando informações prospectivas (forward-looking).
Mensuração das perdas de crédito esperadas
As perdas de crédito esperadas são estimativas ponderadas pela probabilidade de perdas de crédito. As perdas de crédito são mensuradas a valor presente com base em todas as insuficiências de caixa (ou seja, a diferença entre os fluxos de caixa devidos a Companhia de acordo com o contrato e os fluxos de caixa que a Companhia espera receber). As perdas de crédito esperadas são descontadas pela taxa de juros efetiva do ativo financeiro.
Ativos financeiros com problemas de recuperação
Em cada data de balanço, a Companhia avalia se os ativos financeiros contabilizados pelo custo amortizado estão com problemas de recuperação. Um ativo financeiro possui “problemas de recuperação” quando ocorrem um ou mais eventos com impacto prejudicial nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro. Evidência objetiva de que ativos financeiros tiveram problemas de recuperação inclui os seguintes dados observáveis:
• Dificuldades financeiras significativas do emissor ou do mutuário;
• Quebra de cláusulas contratuais, tais como inadimplência;
• Reestruturação de um valor devido a Companhia em termos que não seriam aceitas em condições normais;
• A probabilidade que o devedor entrará em falência ou passará por outro tipo de reorganização financeira; ou
• O desaparecimento de mercado ativo para o título por causa de dificuldades financeiras.
Apresentação da provisão para perdas de crédito esperadas no balanço patrimonial
A provisão para perdas para ativos financeiros mensurados pelo custo amortizado é deduzida do valor contábil bruto dos ativos.
e. Benefícios de curto prazo aos empregados
Obrigações de benefícios de curto prazo a empregados são reconhecidas como despesas de pessoal conforme o serviço correspondente seja prestado. O passivo é reconhecido pelo montante do pagamento esperado caso a Companhia tenha uma obrigação presente legal ou construtiva de pagar esse montante em função de serviço passado prestado pelo empregado e a obrigação possa ser estimada de maneira confiável.
f. Receita operacional
Fornecimento de energia
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O faturamento de energia elétrica é efetuado mensalmente de acordo com os contratos de fornecimento de energia elétrica limitando-se a sua garantia física sazonalizada pela CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.
g. Receitas e despesas financeiras
As receitas financeiras abrangem receitas de juros sobre aplicações financeiras e partes relacionadas. A receita de juros é reconhecida no resultado, através do método dos juros efetivos.
As despesas financeiras abrangem despesas com juros sobre empréstimos e financiamentos, operações com partes relacionadas, despesas bancárias e outras despesas financeiras.
Custos de empréstimos que não são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo qualificável são reconhecidos no resultado através do método de juros efetivos.
h. Imposto de renda e contribuição social
O imposto de renda e a contribuição social são apurados através de “lucro presumido”. Com base nesse regime, o lucro tributável corresponde a 8% (vendas de produtos/recebimentos), acrescido de outras receitas operacionais, para fins de imposto de renda e 12%, acrescido de outras receitas operacionais, para fins de contribuição social.
O imposto de renda da Companhia é calculado com base na alíquota de 15% acrescida do adicional de 10% sobre o lucro presumido tributável excedente a R$ 240 (duzentos e quarenta mil reais) anuais. A contribuição social é calculada com base na alíquota de 9% sobre o lucro presumido tributável para contribuição social.
7. Determinação do valor justo
Ao mensurar o valor justo de um ativo ou um passivo, a Companhia usa dados observáveis de mercado, tanto quanto possível. Os valores justos são classificados em diferentes níveis em uma hierarquia baseada nas informações (inputs) utilizadas nas técnicas de avaliação da seguinte forma:
• Nível 1: preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos e idênticos;
• Nível 2: inputs, exceto os preços cotados incluídos no Nível 1, que são observáveis para o ativo ou passivo, diretamente (preços) ou indiretamente (derivado de preços); e
• Nível 3: inputs, para o ativo ou passivo, que não são baseados em dados observáveis de mercado (inputs não observáveis).
Quando aplicável, as informações adicionais sobre as premissas utilizadas na apuração dos valores justos são divulgadas nas notas específicas àquele ativo ou passivo.
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 a Companhia não possuía saldo de instrumentos financeiros registrados pelo valor justo.
8. Novas normas e interpretações ainda não efetivas
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Companhia não adotou essas alterações na preparação destas demonstrações financeiras.
A avaliação preliminar da Companhia não indicou qualquer impacto significativo quanto a aplicação das seguintes normas:
a. CPC 06 (R2) /IFRS 16 - Arrendamentos
A IFRS 16 substitui as normas de arrendamento existentes, incluindo o CPC 06 (IAS 17) Operações de Arrendamento Mercantil e o ICPC 03 (IFRIC 4, SIC 15 e SIC 27) Aspectos Complementares das Operações de Arrendamento Mercantil.
A norma é efetiva para períodos anuais com início em ou após 1º de janeiro de 2019. A adoção antecipada é permitida somente para demonstrações financeiras de acordo com as IFRSs e apenas para entidades que aplicam a IFRS 15 Receita de Contratos com Clientes em ou antes da data de aplicação inicial da IFRS 16.
A Companhia concluiu a avaliação inicial e nenhum potencial impacto em suas demonstrações financeiras deverá ser contabilizada.
b. Outras alterações
As seguintes normas alteradas e interpretações não deverão ter um impacto significativo ou nenhum impacto nas demonstrações financeiras da Companhia:
• Alterações no Plano, Reduções ou Liquidação do Plano (Alterações no CPC 33 / IAS 19).
• Ciclo de melhorias anuais nas normas IFRS 2015-2017 - várias normas.
• Alterações nas referências à estrutura conceitual nas normas IFRS.
9. Caixa e equivalentes de caixa
2018 2017
Caixa 1 1
Depósitos bancários 261 13.685
Aplicações financeiras de liquidez imediata 8.278 51
8.540 13.737
O saldo de depósitos bancários está disponível para uso imediato. Os referidos saldos decorrem da estratégia e do fluxo normal das operações da Companhia.
As aplicações financeiras são remuneradas à taxa de mercado com base na variação percentual dos Certificados de Depósito Interbancário (CDI) apurado pela Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (CETIP). O percentual de remuneração médio do CDI para as aplicações financeiras mantidas em 31 de dezembro de 2018 foi de 95,73% do CDI e em 31 de dezembro de 2017 foi de 96,00% do CDI.
As informações sobre os riscos de créditos, taxa de juros e outros riscos relacionados a esses
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10. Contas a receber de clientes
2018 2017
Fornecimento de energia elétrica a terceiros 2.222 2.171
2.222 2.171
Em 31 de dezembro de 2018 não há valores vencidos no saldo de contas a receber de clientes e, a totalidade de seu saldo possui prazo médio de recebimento de aproximadamente 30 dias.
A exposição da Companhia a riscos de crédito e moeda e perdas por redução no valor recuperável relacionadas às contas a receber de clientes estão divulgadas na nota explicativa 15.
11. Aplicações financeiras
Os saldos de aplicações financeiras são referentes a depósito caução dado em operações de financiamentos de longo prazo captados pela Companhia, na modalidade de FCO - Fundo Constitucional do Centro-Oeste.
2018 2017
Aplicações financeiras 2.874 2.878
2.874 2.878
As aplicações financeiras são remuneradas à taxa de mercado com base na variação percentual dos Certificados de Depósito Interbancário (CDI) apurado pela Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (CETIP). O percentual de remuneração médio do CDI para as aplicações financeiras mantidas em 31 de dezembro de 2018 e 2017 corresponde a 96,00% do CDI.
12. Imobilizado
Custo
Vida útil média (em anos)
1º de janeiro
de 2017 Adições Baixas Transferências
31 de dezembro de 2017
Terrenos 249 - - - 249
Reservatórios, barragens e adutoras 50,00 19.437 - - - 19.437
Edifícios 45,95 100.812 - (1.007) - 99.805
Máquinas e equipamentos 34,16 48.292 8 - - 48.300
Móveis e utensílios 10,35 35 4 - - 39
Veículos 17,93 164 - (62) - 102
Obras em andamento 263 81 - - 344
169.252 93 (1.069) - 168.276
Depreciação
Reservatórios, barragens e adutoras (1.360) (389) - - (1.749)
Edifícios (7.695) (2.189) 158 - (9.726)
Máquinas e equipamentos (4.934) (1.415) - - (6.349)
Móveis e utensílios (11) (3) - - (14)
Veículos (81) (5) 62 - (24)
(14.081) (4.001) 220 - (17.862)
Valor contábil líquido 155.171 150.414
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Custo
Vida útil média (em anos)
1º de janeiro
de 2018 Adições Baixas Transferências
31 de dezembro de 2018
Terrenos 249 - - - 249
Reservatórios, barragens e adutoras 50,00 19.437 - - - 19.437
Edifícios 45,93 99.805 - - 23 99.828
Máquinas e equipamentos 34,01 48.300 2 (13) 64 48.353
Móveis e utensílios 10,35 39 - - - 39
Veículos 20,00 102 - - - 102
Obras em andamento 344 32 - (87) 289
168.276 34 (13) - 168.297
Depreciação
Reservatórios, barragens e adutoras (1.749) (389) - - (2.138)
Edifícios (9.726) (2.172) - - (11.898)
Máquinas e equipamentos (6.349) (1.417) 4 - (7.762)
Móveis e utensílios (14) (4) - - (18)
Veículos (24) (75) - - (99)
(17.862) (4.057) 4 - (21.915)
Valor contábil líquido 150.414 146.382
13. Fornecedores
2018 2017
Mercado interno (a) 171 12.118
171 12.118
(a) O montante de R$ 12.080 em 2017 refere-se ao ajuste único na contabilização da liquidação financeira da CCEE referente a garantia física.
A exposição da Companhia a riscos de moeda e liquidez relacionados a fornecedores é divulgada na nota explicativa 15.
14. Empréstimos e financiamentos
Taxa média ponderada em
31/12/2018
Ano de vencimento
Valor contábil
Moeda 2018 2017
FCO - Fundo Constitucional de Financiamento
do Centro-Oeste (a) BRL 10% a.a. 2019-2031 63.943 68.862
63.943 68.862
Passivo circulante 5.379 5.418
Passivo não circulante 58.564 63.444
a. Movimentação de empréstimos e financiamentos
O movimento de empréstimos e financiamentos durante o exercício foi o seguinte:
2018 2017
Saldo inicial 68.862 74.676
Amortizações de empréstimos (4.880) (5.778)
Juros incorridos 5.336 5.742
Juros pagos (5.375) (5.778)
Saldo final 63.943 68.862