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HISTÓRIA DA ARTE E ENSINO DE ARTES NO BRASIL: perspectivas outras também para a América Latina 1

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Academic year: 2022

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HISTÓRIA DA ARTE E ENSINO DE ARTES NO BRASIL: perspectivas outras também para a América Latina1

Marcos Antônio Bessa-Oliveira2 Professor/Pesquisador – UEMS/NAV(r)E

E-mail: marcosbessa2001@gmail.com

Resumo

O presente artigo pretende discutir a atual situação da História da Arte como disciplina para o ensino de Artes Visuais (plástica) no Brasil, com perspectivas também para a questão na América Latina, no curso de Artes Cênicas da UEMS/UUCG. A emergência da discussão está na necessidade de (re)verificarmos obrigatoriamente a História da Arte como disciplina e conteúdo, bem como o Ensino de Artes no Brasil que ainda pautam-se sobremaneira, respectivamente, pelas Histórias e Pedagogias internacionais. Tal situação mantém excluídas a História da Arte e as Pedagogias Latino-Americanas graças aos seus processos históricos e de dependências coloniais. Objetiva-se com a discussão aqui proposta apresentar subsídios que evidenciem uma História da Arte outra, bem como uma episteme Pedagógica descolonial que façam emergir Histórias e Pedagogias apagadas pelos discursos históricos e contemporâneos hegemônicos: quase sempre europeus e/ou norte-americanos. Tendo como base uma bibliografia pós-colonial e culturalista, que está para além da ideia de revisão, mas que propõem a (re)verificação dos fatos (im)postos aos sujeitos, locais e narrativas (BIOgeografias) periféricos, este trabalho almeja alcançar com suas discussões resultados que apresentem alternativas outras à disciplina de História da Arte através de Pedagogias outras que evidenciarão, por conseguinte, histórias e formas de transmissão de conhecimentos que a colonialidade dos poderes instituídos na América Latina não permitiram até hoje emergir. Toma-se disso, por exemplo, considerando que, assim como em toda a Europa, a América Latina teve povos que imprimiram inscrições nas paredes de grutas e cavernas, edificaram arquiteturas que têm alternativas empreendedoras não vistas em nenhuma outra, que povos ameríndios transmitem conhecimentos do conhecimento até hoje atuais e, por último, que as produções artísticas (Artes Visuais, Dança, Teatro e Música – como noutras linguagens contemporâneas) e bem como as transmissões dos conhecimentos Latinos não passam exclusivamente pelas noções de História, Memória, Arte, Cultura e Conhecimentos até então ex-postos.

Palavras-chave: História da Arte. Ensino de Artes. BIOgeográfias.

INTRODUÇÃO – Breve Situação Histórica do Ensinar Arte no Brasil

No Brasil, ensinar arte quase sempre esteve diretamente associado à disciplina de História da Arte com cunho europeu renascentista dos séculos XV e XVI. Desde o Descobrimento do Brasil, em 1500, dos Jesuítas às propostas epistemológicas mais da atualidade instauradas no século XX — caso da Metodologia Triangular e depois denominada de Proposta e/ou Abordagem Triangular de Ana Mae Barbosa (pensada e testada na década de 1980) —, o método mais usual para se trabalhar o Ensino de Arte, comum aos professores, por conseguinte para a Formação do Professor de Arte no Brasil é tomado da mesma ideia, a perspectiva que tem ancorado é na historicista.

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Igualmente na contemporaneidade, a Formação do Professor de Arte bem como o Ensino de Arte na maioria das Escolas e nas Universidades Brasileiras – públicas ou privadas, nos centros ou nas periferias, talvez mais nessas periféricas que naquelas – a História da Arte europeia impera como modo de ensinar e/ou formar os sujeitos pela Arte.

Ainda que não se centrando exclusivamente na Arte, tendendo a trabalhar culturas, por exemplo, o Ensino de Arte e a Formação do Professor de Arte, nas duas esferas aqui em questão – Escola Básica e Ensino Universitário – tomam da História da Arte para tratar dessas culturas outras por perspectivas comparatistas às culturas europeias e às vezes norte-americanas a partir do sentido do diferente, não do conceito de diferença.

Nesse sentido, no presente trabalho quer-se discutir a insistência da disciplina de História da Arte como basicamente o único sistema “pedagógico” e “metodológico” dos professores para o Ensino de Arte. Não somente Artes Visuais (plástica) no Brasil, já que a questão historicista ancora também as demais linguagens no Ensino e na Formação de Professores de Arte, nas esferas do Teatro, da Dança e da Música, por exemplo, também ocorrem. Mas, ainda, as discussões serão tomadas como perspectivas também para a questão de Ensino de Arte e Formação de Professor em Arte para a América Latina. Para tanto, tomo das experiências outras que venho praticando e desenvolvendo junto aos acadêmicos do curso de Artes Cênicas – Licenciatura – da UEMS/UUCG onde leciono na Cadeira de Artes Visuais.3

A emergência de tal discussão está na necessidade de (re)verificarmos a obrigatoriedade da História da Arte europeia como disciplina e conteúdos pedagógicos e metodológicos, bem como o próprio atual sistema do Ensino de Arte e da Formação de Professores de Arte no Brasil que ainda pautam-se sobremaneira, respectivamente, pelas Histórias e Pedagogias/Teorias da Arte internacionais da Europa e dos Estados Unidos quase exclusivamente. Ou seja, se desde a “chegada” dos colonizadores portugueses, tanto os brasileiros que aqui viviam – os indígenas – e os povos trazidos à força – os escravos –, como nós, ainda somos/estamos obrigados na atualidade, as metodologias, pedagogias e teorias de ensinar e formar com arte estão assentadas em histórias e conhecimentos alheios. É emergencial, portanto, que (re)verifiquemos nossa própria história que não deve, por conseguinte, estar situada na mesma cronologia e movimentos em que estão as Histórias das Artes Europeias e mesmo Estadunidenses que aqui ainda aportam sem pedir ao menos licença.

Um dos pressupostos difundidos na época, a ideia da identificação do ensino da Arte com o ensino do Desenho Geométrico, compatível com as concepções liberais e positivas dominantes naquele período, ainda encontra eco cem anos

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depois em nossas salas de aula e na maioria dos compêndios de Educação Artística, editados mesmo depois da Reforma Educacional de 1971.

Perguntando recentemente a uma professora de Educação Artística, que membros da Secretaria de Educação nos informaram ser uma das melhores da rede escolar estadual, porque continuava dando Desenho Geométrico em suas aulas de arte, ela nos respondeu que era a única forma dos outros professores e da maioria dos alunos valorizarem a disciplina. (BARBOSA, 1999, p. 10)

Ou seja, continuaremos tendo que pedir licença, aos colegas de trabalho e mesmo aos alunos, para ensinar Arte já que esta tem ressonâncias de uma arte alheia a nós até os anos de 2017. Por isso, de que arte nós ainda falamos quando ensinamos e formamos?

Esta situação na qual nos encontramos, desde 1500 até os dias de hoje, mantém excluídas a História da Arte e as Pedagogias e Teorias das Artes Latino-Americanas que, graças aos processos históricos e de dependências coloniais internos ainda contemporâneos, reforçam a manutenção sistêmica das fontes e influências sempre trazidas e não traduzidas vindas de fora como nossos. Casos como o de Paulo Freire, por exemplo, ilustram bem esta discussão quando tomado da ideia de que hoje o autor é melhor lido no Brasil, quando lido, através das traduções de seu pensamento pedagógico descolonial realizadas na grande parte dos países da América Latina que são de língua espanhola. Quero dizer com isso que o fato de o pensador e intelectual pedagógico brasileiro ter sido primeiro aceito no exterior acabou por abrir mais tarde ou tardiamente algumas portas nas academias em solo brasileiro. Tardiamente porque poderíamos estar livres de realizar discussões de natureza como a que estou empreendendo aqui se já tratássemos a arte, a cultura e os conhecimentos como produtos também brasileiros. Se ao contrário de apenas importar, os exportássemos!

Nesse sentido, a discussão da História da Arte e do Ensino de Artes no Brasil, pensando em perspectivas outras também para América Latina, tomando da situação do Ensino de Arte e da Formação de Professor de Arte atuais, objetiva-se aqui a fim de promover e/ou apresentar subsídios que evidenciem uma História da Arte outra, bem como uma episteme Pedagógica descolonial que façam emergir Histórias e Pedagogias apagadas pelos discursos históricos e contemporâneos hegemônicos: quase sempre europeus e/ou norte-americanos, que continuam insistindo que as Histórias Locais da América Latina como um todo passam sempre pelos projetos e histórias globais edificados pela Europa no século XV/XVI e pelos Estados Unidos no século XX.

Porquanto, tomando como base da bibliografia pós-colonial e culturalista, (MIGNOLO, 2003, 2013), (BESSA-OLIVEIRA, 2010, 2016) entre outros, que estão para além da ideia de meras revisões das questões postas, mas que propõem (re)verificações

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teóricas, críticas e pedagógicas dos fatos (im)postos aos sujeitos, locais, culturas e narrativas (BIOgeografias) periféricos, torna-se possível pensar em possibilidades epistêmicas outras. Portanto, este trabalho almeja alcançar com suas discussões resultados que apresentem alternativas outras à disciplina de História da Arte através de Pedagogias, metodologias e teorias outras que evidenciarão, por conseguinte, histórias e formas de transmissão de conhecimentos, além de artes e culturas, que a colonialidade dos poderes instituídos na América Latina não permitiram e permitem até hoje emergir. Por conseguinte, a discussão acabará por fazer evidenciar epistemologias outras para o Ensino de Arte e a Formação de Professores de Arte no Brasil através de suas próprias histórias coloniais e colonizadas até hoje pelo processo tradicional de formar professores e ensinar arte, cultura e conhecimentos locais.

Toma-se de tudo isso, por exemplo, considerando que assim como em toda a Europa, a América Latina teve povos que imprimiram inscrições nas paredes de grutas e cavernas, que edificaram arquiteturas que têm alternativas empreendedoras não vistas em nenhum outro contexto histórico, que povos ameríndios transmitem conhecimentos do conhecimento até os dias atuais desconhecidos pela ideia de Ciência Moderna e, por último, que as produções artísticas (Artes Visuais, Dança, Teatro e Música – como noutras linguagens contemporâneas), e bem como as transmissões dos conhecimentos Latinos, não passam exclusivamente pelas noções de História, Memória, Arte, Cultura e Conhecimentos até então ex-postos e impostos no ensino e na formação, bem como no trabalho docente dos professores de Artes.

ENSINO E FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE ARTE – em pleno século XXI A proposta da Arte-Educação como epistemologia para o Ensino de Arte no Brasil – pré-datada de finais do século XX – teve como intenção primeira romper com a ideia dual imperante no Brasil das “Escolas” e “Pedagogias” no Ensino de Arte e mesmo na Formação de Professores de Arte vindas de fora. Acerca dessas Escolas e Pedagogias no Brasil sempre imperou um conhecimento baseado em dualismos que ora ancorava-se no fazer artístico, ora no aprender arte a fim de promover uma arte brasileira com as mesmas características europeias – clássica, por conseguinte. Visando tratar a arte brasileira como uma arte produzida em terras brasilis, a Arte-Educação foi vista como a junção de áreas do conhecimento que estabeleceriam igualdades de conhecimentos para a arte, o conhecimento e as culturas colonas distintas das coloniais.

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Arte-Educação é uma área de estudos extremamente propícia à fertilização interdisciplinar e o próprio termo que a designa denota pelo seu binarismo a ordenação de duas áreas num processo que se caracterizou no passado por um acentuado dualismo, quase que uma colagem das teorias da Educação ao trabalho com material de origem artística na escola, ou vice-versa, numa alternativa de subordinação.

Daí parecer-nos importante a tentativa de detectar os momentos de preponderância desta ou daquela corrente filosófica, artística ou educacional sobre a prática da Arte na escola ou ainda os momentos de ação conjunta das diversas variáveis culturais sobre o ensino da Arte.

Uma reflexão neste sentido nos ajudará a tornar clara as novas e férteis tendências da Arte-Educação, no sentido de transformar o processo de aproximação dual num processo dialético, dando como resultado novos métodos de ensino de Arte, não mais resultantes da junção da Arte à Educação ou da oposição entre ambas, mas de sua interpenetração. (BARBOSA, 1999, p. 12-13)

Entretanto, o que acabamos por ter até hoje no Ensino de Arte e na Formação de Professores de Arte nas escolas e universidades brasileiras é, seja por um entendimento equivocado dos pressupostos da Arte-Educação lá formulada, seja pela persistência dos discursos hegemônicos da/na Arte, a continuidade do binarismo, mas agora entre História da Arte e Arte e Conhecimentos de Culturas contemporâneas. Ou seja, ainda acabamos por ter a manutenção dos postulados da ideia de História da Arte europeia e/ou norte- americana no Ensino de Arte e na Formação de Professores de Arte no Brasil, grassadas pela subordinação das práticas em Arte brasileiras e conhecimentos locais em relação às produções internacionais. Por aqui, priorizam-se cada vez mais no ensino e na formação de Artes as coisas vindas de fora como se essas, ao aportarem no solo brasileiro, transmutassem sozinhas em tupiniquins para resolver nossos dilemas.

A Arte-Educação que nos daria então a possibilidade epistêmica de um trabalho docente e decente, seja no Ensino de Arte, seja na articulação horizontal com a Formação de Professores de Arte, a partir de um trabalho cultural, acaba por fazer evidenciar uma relação comparatista das culturas através do uso da História da Arte como método de trabalho nas aulas de artes nas escolas e universidades. Por exemplo, o trabalho na disciplina de Arte na escola ou de História da Arte nas universidades, que deveriam tomar de histórias de diferentes culturas para o trabalho com os discentes, a fim de promovê-los uma relação melhor entre as práticas dos próprios estudantes com as obras de caráter histórico, acabaram por priorizar as obras clássicas e modernas em detrimento dos trabalhos desenvolvidos no cotidiano pelos/dos alunos. Isso, de modo persistente, e claro até hoje, acaba evidenciando dificuldades de reconhecimento de relações no Ensino de Arte com o próprio mundo do aluno nas aulas/conteúdos em arte.

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Igualmente, a manutenção dessa ideia da História da Arte como sistema de contextualização artística para a arte nacional brasileira, inclusive para a arte contemporânea, tornou-se o pragmatismo das aulas de Arte e História da Arte nas instituições Brasil afora. A História da Arte produzida e sustentada pelo discurso europeu e mantida pelos discursos subordinados em países periféricos determina o que é arte a partir da inscrição da arte dos lugares à margem desse discurso na sua historicidade cronológica e movimentista. Portanto, ser ou não ser arte passa pelo discurso balizador da História da Arte nas escolas e universidades que se ancoram pela Arte-Educação, das Artes Visuais ao Teatro, todo e qualquer fazer artístico e produção de conhecimentos locais em datas, tempos e lugares predefinidos pela cultura europeia.

Do mesmo modo, a proposição de horizontalidade – filosófica, artística ou educacional sobre a prática da Arte na escola – da qual a Arte-Educação deveria se

encarregar, acabou por promover, da perspectiva aqui investigada, uma dicotomia maior ainda já que na filosofia, na arte ou na educação, bem como também a própria ideia de arte, cultura e conhecimentos nacionais, acabaram por ser e são, mais uma vez, comparados, quando muito, às produções disciplinares e artísticas do velho continente.

Portanto, a filosofia ainda tomada como ponto de partida para entender o mundo tem berço greco-romano; a produção artística nasce única e exclusivamente no Renascimento italiano; conhecimento científico – o que deve ser aprendido ou aquele que tem condição de aprender – tem origem na Europa do século XV/XVI do cogito.

Diante disso, alguns pontos aqui expostos acabam ex-pondo muitos outros em evidência quando falamos do Ensino de Arte e da Formação de Professores de Arte que temos no Brasil em pleno século XXI. Por exemplo, conceitos ainda baseadas quase que exclusivamente na historicidade de lugar e época nos quais nunca pudemos estar inscritos se não pela ideia de sujeitos colonizados. Somos colocados o tempo todo como objeto de teste dos pensamentos, inclusive dos contradiscursivos ao poder histórico hegemônico europeu do passado, produzidos por eles próprios, como se o periférico latino fosse exatamente igual ao proletário de lá. Nessa ordem, acabam sendo colocados também nossa arte, nossa cultura e nossos conhecimentos que, por conseguinte, findam por ser desconsiderados tanto fora, quanto dentro do país: para o pensamento Ocidental Moderno nós Latinos não existimos – literalmente o sujeito não europeu não existe para o Projeto Moderno europeu –; e aqui, como continuamos a ser comparados pela produção, pesquisa e conhecimentos através da arte com as produções do outro lado do Atlântico, nós não produzimos arte, cultura e conhecimentos comparáveis aos de fora.

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Portanto, a História hegemônica como único ponto de partida para ensinar ou formar o sujeito com a Arte, corrobora, cada vez mais, o afastamento da realidade desse sujeito em relação a esta noção de História da Arte tratada no Ensino escolar e na Formação do Professor de Arte nas universidades. A alternativa é, para (re)formulação das coisas (im)postas, tratar da nossa História da Arte e igualmente de Pedagogias para Ensino e Formação de Professores de Arte que estejam antes ancoradas na produção de arte, nas culturas e nos conhecimentos que emergem dos diferentes sujeitos e lugares da e na América Latina. Deste modo, sem a ideia binária de comparação dúbia – esse igual e/ou diferente daquele; isso melhor e/ou pior que aquilo; essa produz mais e/ou menos que aquela etc – é que poderemos promover, aos alunos da Educação Básica Brasileira estímulos para reconhecerem-se no Ensino de Arte e aos Professores de Artes, por nós formados, capacidade de fazerem reverberar uma ideia de História e Arte múltiplas.

Do contrário, continuaremos tomando da condição de pós-coloniais como situação de pós-colonialistas4 (BORBOSA, 1995); trataremos a Arte-Educação, ou Arte Educação, ou ainda Arte/Educação, Arte com Educação etc – há-se uma problemática na atualidade em grafar o melhor termo – como a única possibilidade de produção e transmissão de conhecimentos através da Arte; continuaremos tomando do ensino multicultural, por exemplo, pelo mero fato de trabalhar com diferentes culturas na sala de aula – onde as diferenças culturais são impostas umas às outras a fim de ressaltar poucas culturas como melhores em detrimento de muitas outras como piores; permaneceremos insistindo que os países do Terceiro Mundo – noção também Ocidental Europeia construída no Projeto Moderno (séc. XV/XVI) – não produzem arte, cultura e conhecimentos; e reforçaremos sempre que as Histórias e Pedagogias/Teorias e Epistemologias da Arte, da Educação ou de qualquer outra área disciplinar do conhecimento continuarão tendo relevância no Brasil apenas quando pensados e vindas lá de fora: ainda que isso leve em consideração também autores brasileiros (Freire), primeiramente traduzidos para línguas estranhas e estrangeiras ao Português Brasileiro.

No caso das Pedagogias e/ou das Teorias que vêm de fora, que construíram inclusive a hoje Proposta Pedagógica Triangular de Ana Mae Barbosa – ancoradas nas experiências conhecidas no México, Estados Unidos e Europa Inglesa pela formuladora –, temos a enorme e grande dificuldade de traduzir essas pedagogias, metodologias e teorias que migram para solo brasileiro – só adaptar não é traduzir. Portanto, além de replicar a História da Arte daqueles países europeus e norte-americano como nossas histórias para o Ensino de Arte e para a Formação de Professores de Arte no Brasil,

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insistimos em importar os conhecimentos e as pedagogias contemporâneos produzidos fora e sequer traduzimo-los para a língua tupi-guarani; imagine, pois, se os transtraduziríamos (os conhecimentos) como gostariam que fossem feitos com as Pedagogias, Metodologias, Práticas e Teorias que vêm de fora os Estudos Pós-coloniais.

BIOgeografia como episteme OUTRA para ensinar artes

A Formação de Professor, por conseguinte ser professor e ministrar aulas nas Escolas e Universidades Brasileiras faz muito tempo não podem ser questões que se ancoram em desprivilegios desses profissionais. Péssimos salários, condições de trabalhos subumanas, total desrespeito aos sujeitos das atividades docentes, por conseguinte expor em situação vexatória o professor diante das demais profissões que dependem quase que exclusivamente do profissional da educação para existirem.

Portanto, diferente da ideia apregoada pela BCCN5 (2017), da supervalorização do aluno, do ensino, que deveria valorizar o professor, a probabilidade do sujeito detentor do

“notório saber” na educação, por exemplo, não assegurará o conhecimento cultural, subjetivo e intelectual que o sujeito que aprende e o sujeito que ensinam têm.

Consequentemente, só a ideia de uma educação situada primeiro na experiência do sujeito professor a partir “[...] de autoconhecimento, de autorreflexão, de maneira que os professores partam de suas histórias pessoais, de vida, de sua subjetividade para então formatar a sua identidade profissional” (NÓVOA apud BASÍLIO, 2016, p. 4) que, por conseguinte permitirá ao aluno alcançar o seu próprio mundo que sempre foi colocado, por exemplo, como espelho da História da Arte. Esta noção, portanto, não está e de modo algum estará limitada em uma ideia de ensino e formação de professores relacionadas às opiniões de “Formação Técnica”, “direito” de “Escolha da Profissão aos 17 anos”, desmonte das Humanidades para reforço de áreas Exatas e Biológicas, a fim de atender a um mercado capitalista, como vêm reforçando as proposições da BCCN.

Não diferentemente, Ensino de Arte e Formação de Professores de Arte têm que partir do princípio pedagógico descolonial, tendo em vista o desmonte da ideia de

“eficiência” – também reforçada pelo discurso da Base Comum Curricular Nacional em questão –, por exemplo, que sempre sustentou e sustenta a Educação Brasileira na ideia que se ensina. Se como já foi dito, que desde 1500, o brasileiro é forçado a aprender arte para trabalhar ou para atender a um determinado mercado comercial da Arte, agora é hora de tomar da Arte, a partir do Professor de Arte, das aulas de Arte, ou para se dar Formação

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aos Professores de Artes, para que oportunize perspectiva crítica e cada vez mais humanista – diferente novamente da defesa da BCCN – como tese fundamental.

Desta perspectiva o sujeito torna-se dono de suas próprias ações. Seja o professor ao indagar-se “Como que eu me formo como profissional, encontrando a minha própria maneira de ser professor, em conjunto com outros profissionais, pesquisando e agindo no campo institucional da escola, sem nunca exercer o exercício público da minha profissão?” (NÓVOA apud BASÍLIO, 2016, p. 4), a fim de promover-se como melhor cidadão formador de conhecimentos através da Arte. Seja ainda no caso dos alunos ao compreenderem que a escola, desde sempre, caminhou e tem cada vez mais caminhado para situar seu ensino para priorizar a técnica, o assistencialismo o direito a uma História (da Arte) que nunca foi, é ou será sua, e igualmente à obrigação de escolha de questões que não estão concentradas em direitos particulares das suas escolhas, mas em deveres ditados por um sistema mercadológico no qual as escolas acabaram por se inscrever obrigatoriamente para atenderem, por exemplo, demandas como as (im)postas pelos documentos oficiais (BCCN agora).

Assim, a tarefa da pedagogia descolonial, paradoxalmente, consiste em estudar a escola, já que a escola já está fora da escola. Nos últimos 40 anos, a situação descrita por Ilich foi agravada e podemos dizer, com algumas modificações de detalhes, que o parágrafo é válido para a educação em geral, do primário para a universidade, particularmente com o surgimento da ideia neoliberal a

‘eficiência’ é um dos principais objetivos da educação. (MIGNOLO, 2014, p.

9, Tradução livre minha)

Se naquele parágrafo ao qual a passagem de Walter Mignolo antes posta faz referência, que Ivan Ilich (1974) já ressaltava que os estudantes pobres sabiam, ainda que

“intuitivamente”, das verdadeiras intenções da Escola a eles atual: que os adestrava ao invés de os prepararem, a fim de contemplar a ideia de assistencialismo promovido pelos discursos dos poderes, que quanto mais técnico, por exemplo, fosse o ensino, mais os resultados almejados pelos poderes seriam alcançados, entre muitas outras coisas ali tratadas, na atualidade não está se desenhando de maneira diferente desde muitos anos, mas, mais ainda com a implementação da BCCN pelo Governo ai também (im)posto.

Se o Projeto Moderno europeu (século XV/XVI) nos inscreveu nesta condição a qual nos encontramos ainda em pleno século XXI onde, de forma bastante assustadora, as coisas parecem tomar mais força que antes; já que temos a instituição de documentos oficiais como os da Base Comum Curricular Nacional que destitui direitos à educação de qualidade de acordo com a verdadeira opção de cada sujeito; como também temos a ampliação das agressões cada vez maiores aos professores em sala de aulas e ao

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profissional da Educação diante de outas áreas de conhecimentos; se a insistência do Projeto de Globalização de Mundo norte-americana toma cada vez mais força facilitada por essas e outras muitas questões expostas. Parecemos precisar absurdamente rápido de uma epistemologia do Ensino de Arte e de metodologias e teorias na Formação de Professores de Artes que não reforcem a ideia de situação pós-colonialista, mas que suscitem a nossa condição de pós-colonizados que obriga epistemologias, metodologias e teorias outras – portanto, descoloniais – que façam emergir histórias locais apagadas.

O que seria pensar e agir de forma descolonial em pedagogia? Em primeiro lugar, e também o início irrefutável de toda reflexão e ação nesta direção, tornando visível e indiscutível que não há “pedagogia” às segas, uma vez que a pedagogia sem modificador é uma pedagogia oficial, ao serviço do sistema político e econômico que apoia, promove, e também a deixa cair em favor de ocupações mais ‘eficientes’. (MIGNOLO, 2014, p. 9, Tradução livre minha).

Não precisamos mais, portanto, de pedagogias, teorias e/ou metodologias que sustentem a continuidade da História da Arte europeia ou norte-americana, no Ensino de Artes, como única e exclusiva alternativa para o Ensino de Arte ou a Formação de Professores em Artes. Se a História (da Arte ou de qualquer outra disciplina) do continente Velho ou do Novo Continente (Norte-americano) são importantes, nossas histórias, memórias, sujeitos, lugares, arte, cultura e conhecimentos, assim como nossas experiências, produzidos nesses lugares não inscritos pelos Projetos europeu ou norte-americano também o são. Por conseguinte, essas proposições epistêmicas outras para a Educação de qualquer natureza precisam obrigatoriamente tomar dessas características particulares inserindo-se nas particularidades de cada sujeito envolvido nos processos.

Outra questão, é o fato da universidade defender uma experiência individualizada como estratégia de formação, entendendo que cada sujeito tem um percurso próprio de aprendizagem a ser seguido. A condução formativa ainda se dá de maneira entrelaçada, se afastando de uma proposta estratificada de currículo. ‘Ele [o currículo] se apresenta integrado e integrador, aproximando a teoria e a prática em todos os momentos’, reconheceu.

(NÓVOA apud BASÍLIO, 2016, p. 3)

A ideia de saber disciplinar não sustenta mais a transmissão de conhecimento no Ensino de Artes e igualmente não pode mais nortear a Formação dos Professores de Artes, pois, de certo modo, o que é aplicado neste último – no caso do Professor Formado nas Universidades, retomo meu caso, por exemplo, dos acadêmicos do curso de Artes Cênicas-Licenciatura da UEMS/UUCG – vai fazer reverberar lá nas salas de aulas deles da Educação Básica um processo continuísta. O que, por conseguinte, se não alterado o sistema atual por uma pedagogia descolonial, como defendo, corroborará a manutenção da História da Arte aí posta, bem como a ideia de que o professor é o suposto detentor do

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saber por que lhe foi passado e estratificado um único conhecimento historicamente sustentando como se esse fosse o seu próprio e que deve ser repetido ad aeternum como se fosse a única forma de ilustrar nossas medíocres e periféricas vidas no mundo alheio.

CONSIDERAÇÕES FINAIS – descolonizar não é teorizar é se condicionar há!

A ideia de que os sujeitos latinos são inumanos (MIGNOLO, 2009) – latinidade aqui compreendida no conceito de constituição de um lugar geográfico de exclusão no mundo para todos os sujeitos não europeus –, fez, faz e continuará sustentando as noções de colonialidades históricas na contemporaneidade, se, na Arte, permanecermos alimentando os saberes disciplinares constituídos pelo pensamento moderno de mundo.

“A modernidade produz feridas coloniais e patriarcais (normas e hierarquias que regulam o gênero e a sexualidade) e racistas (normas e hierarquias que regulam a etnia), promovem o entretenimento (banal) que narcotizam o pensamento.” (MIGNOLO, 2014, p. 7) (Tradução livre minha) Por conseguinte, engessam a transmissão e produção de conhecimentos, igualmente limitando as ideias de arte e cultura nos modelos europeus.

Por fim, se a concentração deste trabalho foi discutir a permanência da História da Arte como disciplina para o ensino de Artes Visuais no Brasil, como também foi promover perspectivas para uma sistematização de Ensino de Arte e Formação de Professores em Artes para a América Latina, requerendo como ideia a (re)verificação da única noção de História da Arte europeia como disciplina e conteúdo, teoria e metodologia, reforça-se agora que a necessidade não está em continuar, mas em promover alternativas outras de “narrar” histórias. Pois, diante do exposto, mostra-se que a exclusão das histórias (das artes) particulares e das possibilidades pedagógicas que emergem de lugares à margem, são as únicas alternativas para promoção de Histórias das Artes e de Pedagogias Latino-Americanas que foram (des)grassadas pelos processos hegemônicos históricos Modernos e que insistem na contemporaneidade pela ideia de dependências coloniais assentadas agora em documentos oficiais (BCCN).

Portanto, os subsídios promovidos com a discussão para o Ensino de Arte e para a Formação de Professores de Artes, que destituam uma única História da Arte, fica a cargo da composição pedagógico (NÓVOA, 2016), articulada a partir do sujeito no mundo, não alheio a este e que uma história outra, bem como epistemes Pedagógicas descoloniais – tendo em vista que a epistemologia descolonial não fecha-se em métodos e modelos preestabelecidos únicos –, que promovam emergir Histórias e Pedagogias apagadas pelos discursos históricos e contemporâneos hegemônicos. Nesse sentido, cada

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vez mais é necessário (re)tomar, por exemplo, a ideia ao menos primeira da Arte- Educação como epistemologia para o Ensino de Arte e para a Formação de Professores em Artes que tinha intenção mínima de inter-relações entre duas disciplinas. E, neste caso, para a concentração uma ideia final, que esse novo alicerce para uma suposta ideia de Arte-Educação, ou Arte/Educação, Arte Educação ou ainda Arte com Educação, esteja ancorada em pressupostos pós-coloniais como condições e tomem, cada vez mais, de mais de dois saberes (não disciplinados) de perspectivas culturalistas sempre para ideias de (re)verificação constante dos fatos (im)postos aos sujeitos, locais e narrativas (BIOgeografias) periféricos que também são sujeitos constantemente moventes nos lóci.

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______. “Habitar los dos lados de la frontera/teorizar en el cuerpo de esa experiencia”.

Revista IXCHEL. Volúmen I, San José, Costa Rica, 2009, p. 1-22. Disponível em:

<http://www.revistaixchel.org/attachments/047_Habitar%20los%20dos%20lados%20ar t_%20Walter%20Mignolo.doc%29.pdf>. Acesso em: 30 maio 2013.

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MIGNOLO, Walter. D.. “Prefacio”. In: ZULMA, Palermo. Para una pedagogía decolonial. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Del Signo, 2014, p. 7-13. (El desprendimento / Walter Mignolo).

NOTAS

1 Este trabalho é parte integrante de um novo Projeto de Pesquisa que está em fase de elaboração intitulado

“HISTÓRIA DA ARTE DA AMÉRICA LATINA: silêncios e apagamentos de histórias outras” – que pretende investigar a História da Arte Latino-americana (na produção, no ensino e na pesquisa em Arte) a ser cadastrado na PROPP/UEMS para ser desenvolvido junto ao NAV(r)E que irá priorizar Projetos de ENSINO/EXTENSÃO/PESQUISA dos alunos do 1º ano da graduação em Artes Cênicas – Licenciatura da UEMS nas disciplinas de “História da Arte” e “Artes Visuais” por mim ministradas.

2 Professor da Cadeira de Artes Visuais do curso de Artes Cênicas – Licenciatura e Professor Permanente do PROFEDUC da UEMS-UUCG. É líder do Grupo de Pesquisa NAV(r)E – Núcleo de Artes Visuais em (re)Verificações Epistemológicas – cadastrado e aprovado no Diretório de Grupos de Pesquisa pela UEMS/CNPq. Membro do NECC/UFMS e do Grupo Estudos Visuais/UNICAMP.

3 Nessa cadeira sou responsável pelas disciplinas de “História da Arte” e “Artes Visuais” nos primeiros anos, “Arte Educação” e “Itinerários Científicos III” nos terceiros anos e “Arte e Cultura Regional” e

“Itinerários Científicos IV” nos quartos anos do Curso.

4 Condição e situação, conceitos que têm significativa diferença quando abordados por uma perspectiva epistêmica descolonial. Do primeiro estamos condicionados a nos pensar enquanto tal, mas não somos obrigados a manutenção, temos que promover a superação desta. Enquanto situação promove a ideia de que tudo que produzimos, pensamos ou aprendemos/ensinamos passa necessariamente e concorda com a situação histórica – impositiva, aliás – de país pós-colonizado. Mas sobre essas questões talvez a próxima parte deste trabalho ou a leitura de outros trabalhos meus venham esclarecer melhor esta discussão.

5 BCCN – Base Comum Curricular Nacional – “A Base Nacional Comum Curricular é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. Conforme definido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996), a Base deve nortear os currículos dos sistemas e redes de ensino das Unidades Federativas, como também as propostas pedagógicas de todas as escolas públicas e privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, em todo o Brasil.

A Base estabelece conhecimentos, competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica. Orientada pelos princípios éticos, políticos e estéticos traçados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, a Base soma-se aos propósitos que direcionam a educação brasileira para a formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.” Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acessado em: 27 de agosto de 2017.

Referências

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