• Nenhum resultado encontrado

O legado permanente de Paulo Freire para a educação e a democracia

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "O legado permanente de Paulo Freire para a educação e a democracia"

Copied!
20
0
0

Texto

(1)

O legado permanente de Paulo Freire para a educação e a democracia

Pedagogia | No ano do centenário de nascimento do patrono da educação brasileira, a homenagem acontece na prática diária de diferentes profissionais que têm na obra freiriana os fundamentos do diálogo em busca da igualdade social

*Ilustração de capa: Laura Castilhos

No Instituto Capibaribe, todo dia começa com uma assembleia dos meninos e meninas, quando eles discutem com os professores quais serão as atividades do dia. Situado no bairro das Graças, na cidade de Recife, em Pernambuco, o instituto ocupa dois imóveis originariamente residenciais, adaptados para a atividade pedagógica, onde a simplicidade e o acolhimento relembram antigos quintais.

Há 40 anos na escola, a diretora Maria Mônica Antunes diz que práticas como as assembleias no início dos turnos valorizam a voz da criança, e o adulto não se coloca em uma posição de superioridade, mas de facilitador do crescimento dos alunos.

“Isso é Paulo Freire”, afirma, mencionando que a instituição privilegia a conversa, a discussão e a contradição. “Cria-se o hábito de ouvir e falar”, acrescenta.

A referência ao educador pernambucano não se atém à adoção de suas teorias, mas pelo fato de Paulo Freire ter sido o idealizador e primeiro diretor da escola criada em 1955.

Juntamente com alguns colegas educadores e membros da comunidade, a proposta era oferecer uma educação alternativa à prática pedagógica tradicional vigente nas escolas de Recife,

(2)

onde havia muito pouco ensino público. No início, o grupo era pequeno, com 75 alunos e alunas, e apenas duas professoras:

Elza, a primeira esposa de Paulo Freire, que era a alfabetizadora, e Raquel Correia de Crasto, professora do então denominado jardim de infância.

Desde o começo, a participação das famílias era intensa, e até hoje a administração conta com diferentes conselhos, como o de finanças e o das famílias, que originalmente era para a atualização dos pais quanto à proposta da escola, muito avançada para a época. A herança participativa segue presente:

a retomada das aulas presenciais e o estabelecimento dos protocolos no contexto da pandemia, por exemplo, foram decididos juntamente com as famílias. Nesse sentido, Mônica acredita que o principal legado de Paulo Freire para o Instituto Capibaribe seja a coluna vertebral da escola que é voltada para a humanização, porque valoriza o individual sem se desconectar do coletivo. “O princípio de funcionamento da escola é o princípio democrático, e isso é freiriano”, repete.

(3)
(4)

Idealizado por Paulo Freire e outros intelectuais, o Instituto Capibaribe segue em funcionamento desde 1955, ano de sua inauguração, na cidade do Recife, em Pernambuco, terra natal do educador brasileiro. Criada como alternativa à educação tradicional vivida à época na capital pernambucana, a escola mantém até hoje um trabalho pedagógico com base no pensamento

(5)

freiriano (Fotos: arquivo pessoal)

Homenagem na prática

Para o presidente de honra do Instituto Paulo Freire, Moacir Gadotti, não há dúvida de que o educador pernambucano deu grande contribuição à educação para a justiça social e à concepção dialética da educação. Por isso, segundo ele, “a pedagogia autoritária e seus teóricos combatem suas ideias, justamente pelo seu caráter emancipatório e dialético”.

“As ideias de Paulo Freire continuam válidas não só porque precisamos ainda de mais democracia, mais cidadania e de mais justiça social, mas porque a escola e os sistemas educacionais encontram-se hoje frente a novos e grandes desafios.”

Moacir Gadotti

Doutor em Educação e autor de inúmeras obras na área, Gadotti o r g a n i z o u e p u b l i c o u , e m 1 9 9 6 , P a u l o F r e i r e : u m a biobibliografia, documento que faz parte do acervo do Centro de Referência Paulo Freire. Criado em 1992, o Instituto Paulo Freire constitui-se uma rede internacional de pessoas e instituições que tem o objetivo de pesquisar, sistematizar e divulgar dados, reflexões e informações e de atuar no campo da educação, da cultura e da comunicação a partir do legado do patrono da Educação Brasileira.

Embora o educador pernambucano não gostasse de homenagens pessoais – e foram muitas ao longo de seus 76 anos, dos quais passou 16 no exílio durante a ditadura militar no Brasil –, só aceitava recebê-las, segundo Gadotti, porque tinha certeza de que elas só ocorriam em função das causas que ele defendia.

“Para nós, educadores e educadoras, celebrar Paulo Freire é lutar para democratizar a escola e educar para e pela cidadania. Temos certeza de que direitos são conquistas. Não são uma doação. Trata-se, portanto, de lutar por uma escola

(6)

que forme o povo soberano, o povo que pode mudar o rumo da história, uma escola transformadora, uma escola que emancipa”, enfatiza.

Em resposta à perseguição ideológica ao pensamento crítico e, em particular, às ideias do educador brasileiro deflagrada nos últimos anos, foi lançada em setembro de 2019 a Campanha Latino-Americana e Caribenha em defesa do legado de Paulo Freire, com a assinatura de cerca de 20 instituições e organizações. Segundo o presidente do Conselho de Educação Popular da América Latina e Caribe (CEAAL) e Doutor Honoris Causa pela UFRGS, Óscar Jara, a preocupação da campanha é r e f l e t i r s o b r e q u a l é a p r o p o s t a d e u m a e d u c a ç ã o transformadora para esse momento da história.

Reflexão que, segundo ele, está sendo ampliada a grupos de outros países, como a Alemanha, onde há institutos Paulo Freire. “Tenho um encontro com educadores da Espanha para falar precisamente da influência de Paulo Freire e suas propostas para uma educação transformadora para esse momento na Espanha. Já são muitas as iniciativas que estão ocorrendo em âmbito mundial”, conta o dirigente, que tem experiência de 40 anos como educador popular. Em junho do ano passado, ele lançou o livro A Educação Popular Latino-americana: História e Fundamentos Éticos, Políticos e Pedagógicos, como uma das atividades da Campanha.

“Essa não é uma comemoração de uma data, uma comemoração de apenas uma pessoa. Vamos celebrar os anos em que a educação popular na América Latina tem sido inspirada pela contribuição de Paulo Freire.”

Óscar Jara

(7)

Oscar Jara com Paulo Freire, na fundação do Conselho de Educação de Adultos da América Latina (Ceaal), em Manágua, na Nicarágua, 1983 (Foto: arquivo pessoal)

A difícil e necessária tarefa de promover mudanças

Liana Borges é doutora em Educação, professora aposentada da Rede Municipal de Porto Alegre e uma das idealizadoras do Café com Paulo Freire – movimento que discute obras do autor a partir do cotidiano de cada participante. Ela conheceu pessoalmente o autor quando ele assumiu a Secretaria de Educação de São Paulo, em 1989, porque, nesse período, ela coordenava a educação de jovens e adultos na gestão de Olívio Dutra na prefeitura de Porto Alegre.

De acordo com a educadora popular, o maior dilema na atualidade, para os freirianos e freirianas espalhados pelo mundo, deve ser em como trabalhar com as pessoas que, embora oprimidas pelo sistema social, têm se empoderado da maldade, dentro de uma idolatria ao ódio, à mentira e ao negacionismo.

“Como é que a gente trabalha com esses indivíduos para que

(8)

eles possam viver um processo de reflexão, um processo de conscientização para se darem conta de que tem coisas que são inquestionáveis”, sinaliza.

“À medida que o ódio cresce, a nossa amorosidade tem que crescer o dobro. Na medida em que o silêncio cresce, nós vamos ter de fazer o diálogo avançar. Na medida em que a mentira cresce, nós vamos cada vez mais ter que propor movimentos de reflexão.”

Liana Borges

A professora lembra que Paulo Freire já dizia que mudar é difícil, mas também falava que era possível ocorrerem mudanças. Mas, para isso, ressalta Liana, é necessário se construírem essas possibilidades. Isso que ela define como natureza inevitável das mudanças se evidencia quando Paulo Freire diz que a esperança é gnosiológica, ela faz parte da nossa essência como seres humanos. “Por isso às vezes parece que a gente vai desistir, mas dali um segundo a gente continua insistindo.”

“Quanto mais complexa é a situação que a gente está vivendo, mais encontra, no pensamento de Paulo Freire, uma raiz, uma proposta de como fazer para desenvolver processos de uma educação transformadora.”

Óscar Jara

Óscar Jara sustenta que nas situações-limite, como a pandemia, o pensamento de Paulo Freire percebe como uma oportunidade para problematizar e buscar uma saída, criando “inéditos viáveis”, que é a tentativa de criar a mudança mais radical possível. Driblando posicionamentos autoritários, gestados por governos totalmente alheios às necessidades da população, é que “a gente pode encontrar pequenos espaços, atividades que podem parecer pequenas, mas quiçá significam uma postura

(9)

radicalmente diferente, que vai criar ineditamente, por exemplo, uma capacidade de compreensão ou uma possibilidade de agir com outras pessoas”.

Nesse contexto, o dirigente da CEAAL afirma que Paulo Freire é a grande inspiração, porque ele acredita – como diz em Pedagogia da Autonomia – que a história não é predeterminada, que é sempre uma possibilidade; somos, portanto, objeto mas também sujeitos da história. “Temos que construir uma esperança ativa com o nosso trabalho. Tudo isso tem muito a ver com as dificuldades e as possibilidades que educadores e educadoras populares estamos vivendo na América Latina. Por isso estamos muito engajados nessa campanha na defesa do legado de Paulo Freire”, alerta.

“Paulo Freire defendia o saber científico sem desprezar a validade do saber popular, do saber primeiro. Dizia que não podemos mudar a história sem conhecimentos, mas que tínhamos que educar o conhecimento para colocá-lo a serviço da transformação social. Educar o conhecimento pelo entendimento da politicidade do conhecimento; entender o sentido histórico e político do conhecimento.”

Moacir Gadotti

(10)

Óscar Jara, Paulo Freire e Carlos Núñez, no Instituto Cajamar, em São Paulo, 1987 (Foto: Arquivo pessoal)

Presença nas universidades

Pedagogia do oprimido (1968), livro que Paulo Freire produziu durante seu exílio no Chile, é a terceira obra mais citada em trabalhos da área de humanas, conforme levantamento realizado no Google Scholar – ferramenta de pesquisa dedicada à literatura acadêmica. “Sua filosofia educacional cruzou as fronteiras das disciplinas, das ciências e das artes, para além da América Latina, criando raízes nos mais variados solos”, acentua Gadotti.

Ainda que reconheça a presença marcante do pensamento freiriano entre os educadores populares, Óscar Jara avalia que, cada vez mais, o autor tem sido referência na academia.

“Os intelectuais estão tentando articular o pensamento dele com os trabalhos de educação, educação e política, mesmo epistemologia, a relação entre a educação formal e o processo de formação a nível mais integral”, exemplifica.

Liana Borges também observa o interesse no meio acadêmico pelo autor pernambucano. Segundo ela, são muitos os grupos que promovem o Café com Paulo Freire dentro das universidades. E isso tem ocorrido não apenas em caráter informal ou esporádico. Em algumas instituições, como na Universidade Estadual da Bahia, o Café virou disciplina; no Instituto Federal do Rio Grande do Sul e na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul virou curso de extensão, com carga horária que reverte para o currículo dos estudantes. Liana conta ainda que o curador do Café com Paulo Freire em Manaus está fazendo uma parceria com a Secretaria de Educação do município para a formação dos professores de EJA.

Na avaliação do professor do departamento de Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) e coordenador do PIBID Sociologia da UFRGS, Alexandre Virgílio, essa presença poderia ser mais amplamente percebida, não

(11)

exclusivamente no debate das ideias de Freire como também na adoção de suas práticas pedagógicas no cotidiano acadêmico em sala de aula.

“Estamos muito longe de ver o Paulo Freire fazer parte da rotina docente na Universidade.”

Alexandre Virgílio

Segundo Alexandre, que também coordena o Núcleo de Estudos de Educação e Cidadania e Política, quando o autor pernambucano fala de alfabetização, ele está se referindo a círculos de cultura. “Eu perguntaria quantas de nossas aulas são em círculo. A própria disposição das cadeiras, das mesas, o layout das salas já diz muito das aulas”, argumenta. Para o professor, essa ocupação do espaço em sala de aula no ensino superior evidencia a percepção de que o professor é aquele que pensa deter um saber do qual os outros nada sabem.

“Não vou dizer que só o método Paulo Freire é o virtuoso, não se trata disso, mas se trata de se ter claro que aprender na natureza humana não quer dizer que todos aprendam do mesmo jeito e que, no mínimo, poderíamos flexibilizar nosso método de aprendizagem e de ensinagem.” Ele acrescenta: “As pessoas têm muito conhecimento de pesquisa, de metodologia, deste ou daquele campo de saber, que é digno de nota e meritório, mas no âmbito da contribuição do Paulo Freire, inclusive para as mediações universitárias, poderíamos avançar muito mais”.

Gadotti vai na mesma direção de Virgílio e amplia o tema quando diz que de nada adianta instrumentalizar as pessoas para buscarem ser melhores do que as outras. Freiriano convicto, para ele a vida, para ser plena, precisa ser vivida na plenitude do saber, do ser e do sentir. “Precisamos nos formar para a sensibilidade, para a emoção e a imaginação, para além da ciência e do conhecimento”, afirma o educador.

(12)

Alguns prêmios recebidos

Prêmio Rei Balduíno para o Desenvolvimento – Bélgica, 1980

Prêmio Rei Balduíno para o Desenvolvimento – Bélgica, 1980

Prêmio UNESCO da Educação para a Paz, 1986

Prêmio Andres Bello como Educador do Continente – Organização dos Estados Americanos, 1992

Fonte: Instituto Paulo Freire

Alguns livros publicados

Educação como prática da liberdade (1967)

Pedagogia do Oprimido (1968)

Extensão ou Comunicação? (1969)

Ação cultural para a liberdade e outros escritos (1975)

Educação e mudança (1976)

(13)

Cartas à Guiné-Bissau. Registro de uma experiência em processo (1977)

Conscientização: teoria e prática da libertação (1980)

A importância do ato de ler, em três artigos que se completam (1982)

A educação na cidade (1991)

Pedagogia da Esperança. Um reencontro com a pedagogia do oprimido (1992)

Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar (1982)

Cartas à Cristina (1994)

À sombra desta mangueira (1995)

Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa (1997)

Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e outros escritos (2000) – obra publicada após o falecimento de Paulo Freire.

Fonte: Instituto Paulo Freire

(14)

Alguns livros publicados em parceria com outros autores:

Paulo Freire ao vivo – com professores e alunos da Faculdade de Ciências e Letras de Sorocaba

Por uma pedagogia da pergunta – com Antônio Faundez

Essa escola chamada vida – com Frei Beto

Medo e ousadia: o cotidiano do professor – com Ira Shor

Pedagogia: diálogo e conflito – com Moacir Gadotti e Sérgio Guimarães

Sobre Educação Vol. I e II – com Sérgio Guimarães

Aprendendo com a própria história – com Sérgio Guimarães

Teoria e prática em educação popular – com Adriano Nogueira

Alfabetização: leitura do mundo, leitura da palavra – com Donaldo Macedo

We make the road by walking – com Myles Horton

Com exceção deste último livro, em parceria com Myles Horton, todos os outros estão publicados no Brasil, em português, e quase todos estão, também, editados em inglês, francês e espanhol.

Fonte: Instituto Paulo Freire

(15)

Cronologia

1921

Paulo Freire nasce em Recife, no dia 19 de setembro.

1931

Mudança para Jaboatão dos Guararapes/PE.

1934

Morte do pai quando Paulo tinha 13 anos.

1937 a 1942

Cursa o Ensino Secundário no Colégio Osvaldo Cruz, do Recife, onde teve seu primeiro emprego, tornando-se, em 1942, professor de língua portuguesa do colégio.

1943-1947

Cursa Direito na Faculdade do Recife.

1944

Casa-se com Elza Maia Costa de Oliveira.

1947

Assume a Diretoria da Divisão de Educação e Cultura do SESI- Pernambuco.

(16)

1952

Nomeado Professor Catedrático da Faculdade de Belas Artes, da Universidade do Recife.

1954

Nomeado Diretor Superintendente do Departamento Regional de Pernambuco do SESI-PE, cargo que ocupou até outubro de 1956.

1960

Defende tese e obtém o título de Doutor em Filosofia e História da Educação

1961

Foi-lhe conferido o título de Livre Docente da Faculdade de Belas Artes. Tendo perdido o cargo de docente desta Escola, foi nomeado Professor Assistente de Ensino Superior, de Filosofia, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da Universidade do Recife.

1962

Cria e foi o primeiro Diretor do Serviço de Extensão Cultural da Universidade do Recife.

1963

Realiza a Experiência de Alfabetização de Angicos/RN. Cria as bases do Programa Nacional de Alfabetização, do Governo João Goulart.

(17)

1964

Golpe Militar extingue o Programa Nacional de Alfabetização.

Prisão no Recife. Asilo na Embaixada da Bolívia, no Rio de Janeiro. Em setembro parte para a Bolívia. Em novembro segue para o Chile.

1965

Publica o livro Educação Como Prática da Liberdade.

1967 a 1968

Escreve no Chile o livro Pedagogia do Oprimido.

1969

Muda-se para Cambridge, Massachussetts, USA.

1970

Transfere-se para Genebra, Suíça, para trabalhar no Conselho Mundial das Igrejas. Passa a “andarilhar” pelos cinco continentes.

1971

Funda, com outros exilados, o Instituto de Ação Cultural (IDAC), em Genebra; dedica-se de modo especial ao trabalho de educação em alguns países africanos.

1979

Obtém seu primeiro passaporte e visita São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.

(18)

1980

Retorna ao Brasil para lecionar na PUCSP e na Unicamp.

1981

Participa da fundação do Vereda – Centro de Estudos em Educação, em São Paulo.

1982

Publica A Importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam, livro que mereceu, em julho de 1990, o “Diploma de Mérito Internacional”, concedido pela International Reading Association, na Suécia. Deste ano até 1992, escreve os “livros falados”, isto é, livros nos quais, estimulado por outros educadores, narrava a sua vida e explicitava as suas reflexões.

1986

Recebe o Prêmio UNESCO da Educação para a Paz. No dia 24 de outubro morre sua primeira esposa, Elza Maia Costa de Oliveira.

1987

Passa a integrar o júri internacional da UNESCO, que escolhe e premia as melhores experiências de alfabetização do mundo.

1988

No dia 27 de março, casa-se em cerimônia religiosa, no Recife, com Ana Maria Araújo Hasche e, em 19 de agosto, em cerimônia civil, quando ela passa a assinar Freire.

(19)

1989

Assume o cargo de Secretário de Educação da cidade de São Paulo.

1991

Afasta-se da SMEd-SP para escrever livros. Retorna a lecionar na PUCSP. Demite-se da UNICAMP.

1988 a 1997

Volta depois de 10 anos a escrever livros autorais.

1997

Falece no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, no dia 2 de maio.

Fonte: Instituto Paulo Freire

Ilustração de Laura Castilhos

(20)

Laura Castilhos é ilustradora, professora universitária e artista plástica.

Referências

Documentos relacionados

Estudamos a importância, para esses cãj_ culos, das correlações de n-bõsons no estado fundamental, que ê uma'extensão para essas regras de soma, da análise feita pa- ra

As IMagens e o texto da Comunicação (com as legendas incluídas) devem ser enviadas por correio eletrônico. Comitê

Este trabalho buscou, através de pesquisa de campo, estudar o efeito de diferentes alternativas de adubações de cobertura, quanto ao tipo de adubo e época de

No entanto, maiores lucros com publicidade e um crescimento no uso da plataforma em smartphones e tablets não serão suficientes para o mercado se a maior rede social do mundo

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

esta espécie foi encontrada em borda de mata ciliar, savana graminosa, savana parque e área de transição mata ciliar e savana.. Observações: Esta espécie ocorre

Dessa forma, os níveis de pressão sonora equivalente dos gabinetes dos professores, para o período diurno, para a condição de medição – portas e janelas abertas e equipamentos

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam