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CÓD: OP-011JN TCE-RJ TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Técnico de Controle Externo

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TCE-RJ

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Técnico de Controle Externo

EDITAL Nº 1 – TCE/RJ – TÉCNICO, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2021 CÓD: OP-011JN-21

7908403515912

(2)

ÍNDICE

Língua Portuguesa

1. Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados . . . .01

2. Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. . . .01

3. Domínio da ortografia oficial. . . 02

4. Domínio dos mecanismos de coesão textual. Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciação textual . . . 02

5. Emprego de tempos e modos verbais. Domínio d+a estrutura morfossintática do período. Emprego das classes de palavras. . . . .03

6. Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração . . . 09

7. Emprego dos sinais de pontuação. . . .11

8. Concordância verbal e nominal . . . .12

9. Regência verbal e nominal. . . .14

10. Emprego do sinal indicativo de crase . . . .15

11. Colocação dos pronomes átonos. . . .15

12. Reescrita de frases e parágrafos do texto. . . .15

13. Significação das palavras. Substituição de palavras ou de trechos de texto . . . .16

14. Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto. . . .19

15. Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade. . . .19

Noções de Direito Administrativo

1. Estado, governo e administração pública. Conceitos, elementos, poderes, natureza, fins e princípios . . . .01

2. Direito administrativo. Conceito, fontes e princípios. . . 03

3. Ato administrativo. Conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies. Invalidação, anulação e revogação. Prescrição. . . . . .05

4. Agentes administrativos. Investidura e exercício da função pública. Direitos e deveres dos funcionários públicos; regimes jurídicos 09 5. Processo administrativo. Conceito, princípios, fases e modalidades . . . 20

6. Poderes da administração . . . .28

7. Vinculado, discricionário, hierárquico, disciplinar e regulamentar. . . 27

8. Princípios básicos da administração . . . .28

9. Responsabilidade civil da administração. Evolução doutrinária e reparação do dano . . . .31

10. Enriquecimento ilícito e uso e abuso de poder . . . 35

11. Serviços públicos. Conceito, classificação, regulamentação, formas e competência de prestação. . . .43

12. Organização administrativa. Administração direta e indireta, centralizada e descentralizada. Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. . . .48

13. Controle e responsabilização da administração. Controle administrativo. Controle judicial. Controle legislativo. Responsabilidade civil do Estado. . . 55

14. Licitações e contratos administrativos. Lei nº 8.666/1993 e suas alterações. Lei nº 14.133/2021 e suas alterações . . . .58

15. Acesso à informação. Lei nº 12.527/201 . . . 67

16. Decreto nº 7.724/2012. . . .74

Noções de Direito Constitucional

1. Constituição da república federativa do brasil de 1988. Conceito, classificações, princípios fundamentais, emendas constitucionais 01 2. Direitos e garantias fundamentais. Direitos e deveres individuais e coletivos, direitos sociais, nacionalidade, cidadania, direitos políti- cos, partidos políticos. . . .04

3. Organização político-administrativa. União, estados, distrito federal e municípios . . . .10

4. Administração pública. Disposições gerais, servidores públicos. . . .17

5. Poder legislativo . . . 23

6. Poder executivo . . . 30

7. Poder judiciário. . . 33

8. Funções essenciais à justiça. Ministério público, advocacia e defensoria públicas. . . 37

(3)

ÍNDICE

Legislação Específica

1. Constituição do Estado do Rio de Janeiro. . . .01

2. Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. . . .01

3. Decreto-Lei nº 220/1975 . . . .15

4. Decreto Estadual nº 2.479/1979 e suas alterações . . . 22

Administração Orçamentária e Financeira e Orçamento Público

1. Orçamento público. Conceito. Técnicas orçamentárias. Princípios orçamentários. . . .01

2. Ciclo orçamentário. Processo orçamentário. . . .17

3. O orçamento público no Brasil. Sistema de planejamento e de orçamento federal. Plano plurianual. Diretrizes orçamentárias. Orça- mento anual. Sistema e processo de orçamentação. Classificações orçamentárias. Estrutura programática. Créditos ordinários e adi- cionais . . . 20

4. Programação e execução orçamentária e financeira. Descentralização orçamentária e financeira. Acompanhamento da execução. Sistemas de informações. Alterações orçamentárias . . . 22

5. Receita pública. Conceito e classificações. Estágios. Fontes. Dívida ativa . . . 25

6. Despesa pública. Conceito e classificações. Estágios. Restos a pagar. Despesas de exercícios anteriores. Dívida flutuante e fundada. Suprimento de fundos . . . 27

7. Lei Complementar nº 101/2000 e suas alterações (Lei de Responsabilidade Fiscal) . . . .40

8. Lei nº 4.320/1964 e suas alterações . . . 52

9. Transferências voluntárias . . . 60

Controle Externo

1. Conceito, tipos e formas de controle.Controle interno e externo.Controle parlamentar. Controle pelos tribunais de contas.Controle administrativo. Sistemas de controle jurisdicional da administração pública. Contencioso administrativo e sistema da jurisdição una. Controle jurisdicional da administração pública no Direito brasileiro. Controle da atividade financeira do Estado: espécies e sistemas. Tribunal de Contas da União (TCU), Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal . . . .01

2. Lei nº 8.429/1992 e suas alterações (Lei de Improbidade Administrativa) . . . 05

Noções de Contabilidade Pública

1. Conceito, objeto e regime. Campo de aplicação . . . .01

2. Patrimônio nas entidades públicas: bens públicos, classificação dos bens públicos, dívida pública fundada ou consolidada, dívida flu- tuante, patrimônio financeiro e patrimônio permanente. . . .28

3. Receita e Despesa públicas: definições, estágios (etapas), procedimentos contábeis e divulgação (evidenciação). Receitas e despesas orçamentárias e extraorçamentárias. Restos a pagar. Dívida Pública. Despesas de exercícios anteriores. Operações de Crédito . . .21

4. Demonstrativos: Balancetes, Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro; Balanço Patrimonial, Demonstração das Variações Patrimo- niais, Relatório Resumido de Execução Orçamentária e Relatório de Gestão Fiscal. . . .38

5. Noções de orçamento: Orçamento Público: tipos. Plano Plurianual. Lei de Diretrizes Orçamentárias. Lei Orçamentária Anual. Ciclo orçamentário. Princípios orçamentários. . . .01

(4)

LÍNGUA PORTUGUESA COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE

GÊNEROS VARIADOS

Compreender e interpretar textos é essencial para que o obje- tivo de comunicação seja alcançado satisfatoriamente. Com isso, é importante saber diferenciar os dois conceitos. Vale lembrar que o texto pode ser verbal ou não-verbal, desde que tenha um sentido completo.

A compreensão se relaciona ao entendimento de um texto e de sua proposta comunicativa, decodificando a mensagem explíci- ta. Só depois de compreender o texto que é possível fazer a sua interpretação.

A interpretação são as conclusões que chegamos a partir do conteúdo do texto, isto é, ela se encontra para além daquilo que está escrito ou mostrado. Assim, podemos dizer que a interpreta- ção é subjetiva, contando com o conhecimento prévio e do reper- tório do leitor.

Dessa maneira, para compreender e interpretar bem um texto, é necessário fazer a decodificação de códigos linguísticos e/ou vi- suais, isto é, identificar figuras de linguagem, reconhecer o sentido de conjunções e preposições, por exemplo, bem como identificar expressões, gestos e cores quando se trata de imagens.

Dicas práticas

1. Faça um resumo (pode ser uma palavra, uma frase, um con- ceito) sobre o assunto e os argumentos apresentados em cada pa- rágrafo, tentando traçar a linha de raciocínio do texto. Se possível, adicione também pensamentos e inferências próprias às anotações.

2. Tenha sempre um dicionário ou uma ferramenta de busca por perto, para poder procurar o significado de palavras desconhe- cidas.

3. Fique atento aos detalhes oferecidos pelo texto: dados, fon- te de referências e datas.

4. Sublinhe as informações importantes, separando fatos de opiniões.

5. Perceba o enunciado das questões. De um modo geral, ques- tões que esperam compreensão do texto aparecem com as seguin- tes expressões: o autor afirma/sugere que...; segundo o texto...; de acordo com o autor... Já as questões que esperam interpretação do texto aparecem com as seguintes expressões: conclui-se do texto que...; o texto permite deduzir que...; qual é a intenção do autor quando afirma que...

RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS TIPOLOGIA E GÊNEROS TEXTUAIS

A partir da estrutura linguística, da função social e da finali- dade de um texto, é possível identificar a qual tipo e gênero ele pertence. Antes, é preciso entender a diferença entre essas duas classificações.

Tipos textuais

A tipologia textual se classifica a partir da estrutura e da finali- dade do texto, ou seja, está relacionada ao modo como o texto se apresenta. A partir de sua função, é possível estabelecer um padrão específico para se fazer a enunciação.

Veja, no quadro abaixo, os principais tipos e suas característi- cas:

TEXTO NARRATIVO

Apresenta um enredo, com ações e relações entre personagens, que ocorre em determinados espaço e tempo. É contado por um narrador, e se estrutura da seguinte maneira:

apresentação > desenvolvimento >

clímax > desfecho

TEXTO DISSERTATIVO- -ARGUMENTATIVO

Tem o objetivo de defender determi- nado ponto de vista, persuadindo o leitor a partir do uso de argumentos sólidos. Sua estrutura comum é: in- trodução > desenvolvimento > con- clusão.

TEXTO EXPOSITIVO

Procura expor ideias, sem a neces- sidade de defender algum ponto de vista. Para isso, usa-se comparações, informações, definições, conceitua- lizações etc. A estrutura segue a do texto dissertativo-argumentativo.

TEXTO DESCRITIVO

Expõe acontecimentos, lugares, pes- soas, de modo que sua finalidade é descrever, ou seja, caracterizar algo ou alguém. Com isso, é um texto rico em adjetivos e em verbos de ligação.

TEXTO INJUNTIVO

Oferece instruções, com o objetivo de orientar o leitor. Sua maior carac- terística são os verbos no modo im- perativo.

Gêneros textuais

A classificação dos gêneros textuais se dá a partir do reconhe- cimento de certos padrões estruturais que se constituem a partir da função social do texto. No entanto, sua estrutura e seu estilo não são tão limitados e definidos como ocorre na tipologia textual, podendo se apresentar com uma grande diversidade. Além disso, o padrão também pode sofrer modificações ao longo do tempo, as- sim como a própria língua e a comunicação, no geral.

Alguns exemplos de gêneros textuais:

• Artigo

• Bilhete

• Bula

• Carta

• Conto

• Crônica

• E-mail

• Lista

• Manual

• Notícia

• Poema

• Propaganda

• Receita culinária

• Resenha

• Seminário

Vale lembrar que é comum enquadrar os gêneros textuais em determinados tipos textuais. No entanto, nada impede que um tex- to literário seja feito com a estruturação de uma receita culinária, por exemplo. Então, fique atento quanto às características, à finali- dade e à função social de cada texto analisado.

(5)

LÍNGUA PORTUGUESA DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL

A ortografia oficial diz respeito às regras gramaticais referentes à escrita correta das palavras. Para melhor entendê-las, é preciso ana- lisar caso a caso. Lembre-se de que a melhor maneira de memorizar a ortografia correta de uma língua é por meio da leitura, que também faz aumentar o vocabulário do leitor.

Neste capítulo serão abordadas regras para dúvidas frequentes entre os falantes do português. No entanto, é importante ressaltar que existem inúmeras exceções para essas regras, portanto, fique atento!

Alfabeto

O primeiro passo para compreender a ortografia oficial é conhecer o alfabeto (os sinais gráficos e seus sons). No português, o alfabeto se constitui 26 letras, divididas entre vogais (a, e, i, o, u) e consoantes (restante das letras).

Com o Novo Acordo Ortográfico, as consoantes K, W e Y foram reintroduzidas ao alfabeto oficial da língua portuguesa, de modo que elas são usadas apenas em duas ocorrências: transcrição de nomes próprios e abreviaturas e símbolos de uso internacional.

Uso do “X”

Algumas dicas são relevantes para saber o momento de usar o X no lugar do CH:

• Depois das sílabas iniciais “me” e “en” (ex: mexerica; enxergar)

• Depois de ditongos (ex: caixa)

• Palavras de origem indígena ou africana (ex: abacaxi; orixá) Uso do “S” ou “Z”

Algumas regras do uso do “S” com som de “Z” podem ser observadas:

• Depois de ditongos (ex: coisa)

• Em palavras derivadas cuja palavra primitiva já se usa o “S” (ex: casa > casinha)

• Nos sufixos “ês” e “esa”, ao indicarem nacionalidade, título ou origem. (ex: portuguesa)

• Nos sufixos formadores de adjetivos “ense”, “oso” e “osa” (ex: populoso) Uso do “S”, “SS”, “Ç”

• “S” costuma aparecer entre uma vogal e uma consoante (ex: diversão)

• “SS” costuma aparecer entre duas vogais (ex: processo)

• “Ç” costuma aparecer em palavras estrangeiras que passaram pelo processo de aportuguesamento (ex: muçarela) Os diferentes porquês

POR QUE Usado para fazer perguntas. Pode ser substituído por “por qual motivo”

PORQUE Usado em respostas e explicações. Pode ser substituído por “pois”

POR QUÊ O “que” é acentuado quando aparece como a última palavra da frase, antes da pontuação final (interrogação, exclamação, ponto final)

PORQUÊ É um substantivo, portanto costuma vir acompanhado de um artigo, numeral, adjetivo ou pronome Parônimos e homônimos

As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pronúncia semelhantes, porém com significados distintos.

Ex: cumprimento (saudação) X comprimento (extensão); tráfego (trânsito) X tráfico (comércio ilegal).

Já as palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma grafia e pronúncia, porém têm significados diferentes. Ex: rio (verbo

“rir”) X rio (curso d’água); manga (blusa) X manga (fruta).

DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL. EMPREGO DE ELEMENTOS DE REFERENCIAÇÃO, SUBSTITUIÇÃO E REPETIÇÃO, DE CONECTORES E DE OUTROS ELEMENTOS DE SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL

A coerência e a coesão são essenciais na escrita e na interpretação de textos. Ambos se referem à relação adequada entre os compo- nentes do texto, de modo que são independentes entre si. Isso quer dizer que um texto pode estar coeso, porém incoerente, e vice-versa.

Enquanto a coesão tem foco nas questões gramaticais, ou seja, ligação entre palavras, frases e parágrafos, a coerência diz respeito ao conteúdo, isto é, uma sequência lógica entre as ideias.

Coesão

A coesão textual ocorre, normalmente, por meio do uso de conectivos (preposições, conjunções, advérbios). Ela pode ser obtida a partir da anáfora (retoma um componente) e da catáfora (antecipa um componente).

Confira, então, as principais regras que garantem a coesão textual:

(6)

LÍNGUA PORTUGUESA

REGRA CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS

REFERÊNCIA

Pessoal (uso de pronomes pessoais ou possessivos) – anafórica

Demonstrativa (uso de pronomes demonstrativos e advérbios) – catafórica

Comparativa (uso de comparações por semelhanças)

João e Maria são crianças. Eles são irmãos.

Fiz todas as tarefas, exceto esta: colonização africana.

Mais um ano igual aos outros...

SUBSTITUIÇÃO Substituição de um termo por outro, para evitar

repetição Maria está triste. A menina está cansada de ficar

em casa.

ELIPSE Omissão de um termo No quarto, apenas quatro ou cinco convidados.

(omissão do verbo “haver”) CONJUNÇÃO Conexão entre duas orações, estabelecendo relação

entre elas Eu queria ir ao cinema, mas estamos de

quarentena.

COESÃO LEXICAL Utilização de sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos ou palavras que possuem sentido aproximado e pertencente a um mesmo grupo lexical.

A minha casa é clara. Os quartos, a sala e a cozinha têm janelas grandes.

Coerência

Nesse caso, é importante conferir se a mensagem e a conexão de ideias fazem sentido, e seguem uma linha clara de raciocínio.

Existem alguns conceitos básicos que ajudam a garantir a coerência. Veja quais são os principais princípios para um texto coerente:

• Princípio da não contradição: não deve haver ideias contraditórias em diferentes partes do texto.

• Princípio da não tautologia: a ideia não deve estar redundante, ainda que seja expressa com palavras diferentes.

• Princípio da relevância: as ideias devem se relacionar entre si, não sendo fragmentadas nem sem propósito para a argumentação.

• Princípio da continuidade temática: é preciso que o assunto tenha um seguimento em relação ao assunto tratado.

• Princípio da progressão semântica: inserir informações novas, que sejam ordenadas de maneira adequada em relação à progressão de ideias.

Para atender a todos os princípios, alguns fatores são recomendáveis para garantir a coerência textual, como amplo conhecimento de mundo, isto é, a bagagem de informações que adquirimos ao longo da vida; inferências acerca do conhecimento de mundo do leitor;

e informatividade, ou seja, conhecimentos ricos, interessantes e pouco previsíveis.

EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS. DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO. EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS

Para entender sobre a estrutura das funções sintáticas, é preciso conhecer as classes de palavras, também conhecidas por classes morfológicas. A gramática tradicional pressupõe 10 classes gramaticais de palavras, sendo elas: adjetivo, advérbio, artigo, conjunção, in- terjeição, numeral, pronome, preposição, substantivo e verbo.

Veja, a seguir, as características principais de cada uma delas.

CLASSE CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS

ADJETIVO Expressar características, qualidades ou estado dos seres Sofre variação em número, gênero e grau

Menina inteligente...

Roupa azul-marinho...

Brincadeira de criança...

Povo brasileiro...

ADVÉRBIO Indica circunstância em que ocorre o fato verbal Não sofre variação

A ajuda chegou tarde.

A mulher trabalha muito.

Ele dirigia mal.

ARTIGO Determina os substantivos (de modo definido ou indefinido)

Varia em gênero e número A galinha botou um ovo.

Uma menina deixou a mochila no ônibus.

CONJUNÇÃO Liga ideias e sentenças (conhecida também como conectivos)

Não sofre variação Não gosto de refrigerante nem de pizza.

Eu vou para a praia ou para a cachoeira?

INTERJEIÇÃO Exprime reações emotivas e sentimentos

Não sofre variação Ah! Que calor...

Escapei por pouco, ufa!

NUMERAL Atribui quantidade e indica posição em alguma sequência

Varia em gênero e número Gostei muito do primeiro dia de aula.

Três é a metade de seis.

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: CON-

CEITOS, ELEMENTOS, PODERES, NATUREZA, FINS E PRINCÍPIOS

CONCEITOS Estado

O Estado soberano, traz como regra, um governo, indispensá- vel por ser o elemento condutor política do Estado, o povo que irá representar o componente humano e o território que é o espaço físico que ele ocupa.

São Características do Estado:

- Soberania:.No âmbito interno refere-se à capacidade de auto- determinação e, no âmbito externo, é o privilégio de receber trata- mento igualitário perante os outros países.

- Sociedade: é o conjunto de pessoas que compartilham pro- pósitos, preocupações e costumes, e que interagem entre si consti- tuindo uma comunidade.

- Território é a base espacial do poder jurisdicional do Estado onde este exerce o poder coercitivo estatal sobre os indivíduos hu- manos, sendo materialmente composto pela terra firme, incluindo o subsolo e as águas internas (rios, lagos e mares internos), pelo mar territorial, pela plataforma continental e pelo espaço aéreo.

- Povo é a população do Estado, considerada pelo aspecto pu- ramente jurídico.É o conjunto de indivíduos sujeitos às mesmas leis.

São os cidadãos de um mesmo Estado, detentores de direitos e de- veres.

- Nação é um grupo de indivíduos que se sentem unidos pela origem comum, pelos interesses comuns, e principalmente, por ideais e princípios comuns.

Governo

A palavra governo tem dois sentidos, coletivo e singular.

- Coletivo: conjunto de órgãos que orientam a vida política do Estado.

- Singular: como poder executivo, órgão que exerce a função mais ativa na direção dos negócios públicos. É um conjunto par- ticular de pessoas que, em qualquer tempo, ocupam posições de autoridade dentro de um Estado, que tem o objetivo de estabelecer as regras de uma sociedade política e exercer autoridade.

Importante destacar o conceito de governo dado por Alexandre Mazza: “... é a cúpula diretiva do Estado, responsável pela condução dos altos interesses estatais e pelo poder político, e cuja composição pode ser modificada mediante eleições.”

O governo é a instância máxima de administração executiva, geralmente reconhecida como a liderança de um Estado ou uma nação. É formado por dirigentes executivos do Estado e ministros.

Os conceitos de Estado e Governo não podem ser confundidos, já que o Estado é um povo situado em determinado território, com- posto pelos elementos: povo, território e governo.

O governo, por sua vez, é o elemento gestor do Estado. Pode-se dizer que o governo é a cúpula diretiva do Estado que se organiza sob uma ordem jurídica por ele posta, a qual consiste no complexo de regras de direito baseadas e fundadas na Constituição Federal.

Administração pública

É a forma como o Estado governa, ou seja, como executa as suas atividades voltadas para o atendimento para o bem estar de seu povo.

Pode ser conceituado em dois sentidos:

a) sentido formal, orgânico ou subjetivo: o conjunto de ór- gãos/entidades administrativas e agentes estatais, que estejam no exercício da função administrativa, independentemente do poder a que pertençam, tais como Poder Executivo, Judiciário ou Legislativo ou a qualquer outro organismo estatal.

Em outras palavras, a expressão Administração Pública confun- de-se com os sujeitos que integram a estrutura administrativa do Estado, ou seja, com quem desempenha a função administrativa.

Assim, num sentido subjetivo, Administração Pública representa o conjunto de órgãos, agentes e entidades que desempenham a fun- ção administrativa.

b) sentido material ou objetivo: conjunto das atividades ad- ministrativas realizadas pelo Estado, que vai em direção à defesa concreta do interesse público.

Em outras palavras, a Administração Pública confunde-se com a própria função (atividade) administrativa desempenhada pelo Es- tado. O conceito de Administração Pública está relacionado com o objeto da Administração. Não se preocupa aqui com quem exerce a Administração, mas sim com o que faz a Administração Pública.

A doutrina moderna considera quatro tarefas precípuas da Ad- ministração Pública, que são:

1 - a prestação de serviços públicos, 2 - o exercício do poder de polícia,

3 - a regulação das atividades de interesse público e 4 - o controle da atuação do Estado.

Em linhas gerais, podemos entender a atividade administrativa como sendo aquela voltada para o bem toda a coletividade, desen- volvida pelo Estado com a finalidade de privilegiar e administrar a coisa pública e as necessidades da coletividade.

Por sua vez, a função administrativa é considerada um múnus público, que configura uma obrigação ou dever para o administra- dor público que não será livre para atuar, já que deve obediência ao direito posto, para buscar o interesse coletivo.

Separação dos Poderes

O Estado brasileiro adotou a tripartição de poderes, assim são seus poderes o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, conforme se infere da leitura do art. 2º da Constituição Federal: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Execu- tivo e o Judiciário.”

a) Poder Executivo: No exercício de suas funções típicas, pratica atos de chefia do Estado, de Governo e atos de administração, ou seja, administra e executa o ordenamento jurídico vigente. É uma administração direita, pois não precisa ser provocada. Excepcional- mente, no exercício de função atípica, tem o poder de legislar, por exemplo, via medida provisória.

b) Poder legislativo: No exercício de suas funções típicas, é de sua competência legislar de forma geral e abstrata, ou seja, legislar para todos. Tem o poder de inovar o ordenamento jurídico. Em fun- ção atípica, pode administrar internamente seus problemas.

c) Poder judiciário: No exercício de suas funções típicas, tem o poder jurisdicional, ou seja, poder de julgar as lides, no caso concre- to. Sua atuação depende de provocação, pois é inerte.

Como vimos, o governo é o órgão responsável por conduzir os interesses de uma sociedade. Em outras palavras, é o poder diretivo do Estado.

(8)

NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO FONTES

A Administração Pública adota substancialmente as mesmas fontes adotadas no ramo jurídico do Direito Administrativo: Lei, Doutrina, Jurisprudência e Costumes.

Além das fontes mencionadas, adotadas em comum com o Direito Administrativo, a Administração Pública ainda utiliza-se das seguintes fontes para o exercício das atividades administrativas:

- Regulamentos São atos normativos posteriores aos decretos, que visam especificar as disposições de lei, assim como seus man- damentos legais. As leis que não forem executáveis, dependem de regulamentos, que não contrariem a lei originária. Já as leis auto- -executáveis independem de regulamentos para produzir efeitos.

- Instruções normativas Possuem previsão expressa na Consti- tuição Federal, em seu artigo 87, inciso II. São atos administrativos privativos dos Ministros de Estado. É a forma em que os superiores expedem normas de caráter geral, interno, prescrevendo o meio de atuação de seus subordinados com relação a determinado serviço, assemelhando-se às circulares e às ordens de serviço.

- Regimentos São atos administrativos internos que emanam do poder hierárquico do Executivo ou da capacidade de auto-orga- nização interna das corporações legislativas e judiciárias. Desta ma- neira, se destinam à disciplina dos sujeitos do órgão que o expediu.

- Estatutos É o conjunto de normas jurídicas, através de acordo entre os sócios e os fundadores, regulamentando o funcionamento de uma pessoa jurídica. Inclui os órgãos de classe, em especial os colegiados.

PRINCÍPIOS

Os princípios jurídicos orientam a interpretação e a aplicação de outras normas. São as diretrizes do ordenamento jurídico, guias de interpretação, às quais a administração pública fica subordinada.

Possuem um alto grau de generalidade e abstração, bem como um profundo conteúdo axiológico e valorativo.

Os princípios da Administração Pública são regras que surgem como parâmetros e diretrizes norteadoras para a interpretação das demais normas jurídicas.

Com função principal de garantir oferecer coerência e harmo- nia para o ordenamento jurídico e determinam a conduta dos agen- tes públicos no exercício de suas atribuições.

Encontram-se de maneira explícita/expressas no texto consti- tucional ou implícitas na ordem jurídica. Os primeiros são, por una- nimidade, os chamados princípios expressos (ou explícitos), estão previstos no art. 37, caput, da Constituição Federal.

Princípios Expressos:

São os princípios expressos da Administração Pública os que estão inseridos no artigo 37 “caput” da Constituição Federal: legali- dade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

- Legalidade: O princípio da legalidade representa uma garantia para os administrados, pois qualquer ato da Administração Pública somente terá validade se respaldado em lei. Representa um limite para a atuação do Estado, visando à proteção do administrado em relação ao abuso de poder.

O princípio apresenta um perfil diverso no campo do Direito Público e no campo do Direito Privado. No Direito Privado, tendo em vista o interesse privado, as partes poderão fazer tudo o que a lei não proíbe; no Direito Público, diferentemente, existe uma rela- ção de subordinação perante a lei, ou seja, só se pode fazer o que a lei expressamente autorizar.

- Impessoalidade: a Administração Pública não poderá atuar discriminando pessoas de forma gratuita, a Administração Pública deve permanecer numa posição de neutralidade em relação às pes- soas privadas. A atividade administrativa deve ser destinada a todos

os administrados, sem discriminação nem favoritismo, constituindo assim um desdobramento do princípio geral da igualdade, art. 5.º, caput, CF.

- Moralidade: A atividade da Administração Pública deve obe- decer não só à lei, mas também à moral. Como a moral reside no campo do subjetivismo, a Administração Pública possui mecanis- mos que determinam a moral administrativa, ou seja, prescreve condutas que são moralmente aceitas na esfera do Poder Público.

- Publicidade: É o dever atribuído à Administração, de dar total transparência a todos os atos que praticar, ou seja, como regra ge- ral, nenhum ato administrativo pode ser sigiloso.

A regra do princípio que veda o sigilo comporta algumas ex- ceções, como quando os atos e atividades estiverem relacionados com a segurança nacional ou quando o conteúdo da informação for resguardado por sigilo (art. 37, § 3.º, II, da CF/88).

- Eficiência: A Emenda Constitucional nº 19 trouxe para o tex- to constitucional o princípio da eficiência, que obrigou a Adminis- tração Pública a aperfeiçoar os serviços e as atividades que presta, buscando otimização de resultados e visando atender o interesse público com maior eficiência.

Princípios Implícitos:

Os demais são os denominados princípios reconhecidos (ou implícitos), estes variam de acordo com cada jurista/doutrinador.

Destaca-se os seguintes princípios elaborados pela doutrina administrativa, dentre outros:

- Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Parti- cular: Sempre que houver necessidade de satisfazer um interesse público, em detrimento de um interesse particular, prevalece o interesse público. São as prerrogativas conferidas à Administração Pública, porque esta atua por conta dos interesses públicos.

No entanto, sempre que esses direitos forem utilizados para finalidade diversa do interesse público, o administrador será res- ponsabilizado e surgirá o abuso de poder.

- Indisponibilidade do Interesse Público: Os bens e interesses públicos são indisponíveis, ou seja, não pertencem à Administra- ção ou a seus agentes, cabendo aos mesmos somente sua gestão em prol da coletividade. Veda ao administrador quaisquer atos que impliquem renúncia de direitos da Administração ou que, injustifi- cadamente, onerem a sociedade.

- Autotutela: é o princípio que autoriza que a Administração Pública revise os seus atos e conserte os seus erros.

- Segurança Jurídica: O ordenamento jurídico vigente garante que a Administração deve interpretar a norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

- Razoabilidade e da Proporcionalidade: São tidos como prin- cípios gerais de Direito, aplicáveis a praticamente todos os ramos da ciência jurídica. No âmbito do Direito Administrativo encontram aplicação especialmente no que concerne à prática de atos adminis- trativos que impliquem restrição ou condicionamento a direitos dos administrados ou imposição de sanções administrativas.

- Probidade Administrativa: A conduta do administrador públi- co deve ser honesta, pautada na boa conduta e na boa-fé.

- Continuidade do Serviço Público: Via de regra os serviços pú- blicos por serem prestados no interesse da coletividade devem ser adequados e seu funcionamento não deve sofrer interrupções.

Ressaltamos que não há hierarquia entre os princípios (expres- sos ou não), visto que tais diretrizes devem ser aplicadas de forma harmoniosa. Assim, a aplicação de um princípio não exclui a aplica- ção de outro e nem um princípio se sobrepõe ao outros.

Nos termos do que estabelece o artigo 37 da Constituição Fe- deral, os princípios da Administração abrangem a Administração Pública direta e indireta de quaisquer dos Poderes da União, dos

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, vinculando todos os

órgãos, entidades e agentes públicos de todas as esferas estatais ao cumprimento das premissas principiológicas.

DIREITO ADMINISTRATIVO: CONCEITO, FONTES E PRINCÍPIOS

CONCEITO

O Direito Administrativo é um dos ramos do Direito Público, já que rege a organização e o exercício de atividades do Estado, visan- do os interesses da coletividade.

Hely Lopes Meirelles, por sua vez, destaca o elemento finalís- tico na conceituação: os órgãos, agentes e atividades administra- tivas como instrumentos para realização dos fins desejados pelo Estado. Vejamos: “o conceito de Direito Administrativo Brasileiro, para nós, sintetiza-se no conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado”.

O jurista Celso Antônio Bandeira de Mello enfatiza a ideia de função administrativa: “o direito administrativo é o ramo do direito público que disciplina a função administrativa, bem como pessoas e órgãos que a exercem”

Portanto, direito administrativo é o conjunto dos princípios jurídicos que tratam da Administração Pública, suas entidades, ór- gãos, agentes públicos, enfim, tudo o que diz respeito à maneira de se atingir as finalidades do Estado. Assim, tudo que se refere à Administração Pública e a relação entre ela e os administrados e seus servidores, é regrado e estudado pelo Direito Administrativo.

OBJETO

O Direito Administrativo é um ramo que estuda as normas que disciplinam o exercício da função administrativa, que regulam a atuação estatal diante da administração da “coisa pública”.

O objeto imediato do Direito Administrativo são os princípios e normas que regulam a função administrativa.

Por sua vez, as normas e os princípios administrativos têm por objeto a disciplina das atividades, agentes, pessoas e órgãos da Ad- ministração Pública, constituindo o objeto mediato do Direito Ad- ministrativo.

FONTES

Pode-se entender fonte como a origem de algo, nesse caso a origem das normas de Direito Administrativo.

a) Lei - De acordo com o princípio da legalidade, previsto no texto constitucional do Artigo 37 caput, somente a lei pode impor obrigações, ou seja, somente a lei pode obrigar o sujeito a fazer ou deixar de fazer algo.

Conforme o entendimento da Prof.ª Maria Helena Diniz, em sentido jurídico, a Lei é um texto oficial que engloba um conjunto de normas, ditadas pelo Poder Legislativo e que integra a organiza- ção do Estado.

Pode-se afirmar que a lei, em sentido jurídico ou formal, é um ato primário, pois encontra seu fundamento na Constituição Fede- ral, bem como possui por características a generalidade (a lei é vá- lida para todos) e a abstração (a lei não regula situação concreta).

Existem diversas espécies normativas: lei ordinária, lei comple- mentar, lei delegada, medida provisória, decretos legislativos, re- soluções, etc. Por serem leis constituem fonte primária do Direito Administrativo.

NOTA: Não se deve esquecer das normas constitucionais que estão no ápice do ordenamento jurídico brasileiro.

b) Doutrina é o resultado do trabalho dos estudiosos e pesqui- sadores do Direito, ou seja, é a interpretação que os doutrinadores dão à lei. Vê-se que a doutrina não cria normas, mas tão somente interpreta-as de forma que determinam o sentido e alcance dessa e norteiam o caminho do seu aplicador.

c) Jurisprudência é o resultado do trabalho dos aplicadores da lei ao caso concreto, especificamente, são decisões reiteradas dos Tribunais. Também não cria normas, ao contrário, assemelhar-se à doutrina porque se trata de uma interpretação da legislação.

d) Costumes, de modo geral, são conceituados como os com- portamentos reiterados que tem aceitação social. Ex: fila. Não há nenhuma regra jurídica que obrigue alguém a respeitar a fila, po- rém as pessoas respeitam porque esse é um costume, ou seja, um comportamento que está intrínseco no seio social.

Princípios

Alexandre Mazza (2017) define princípios como sendo regras condensadoras dos valores fundamentais de um sistema, cuja fun- ção é informar e enformar o ordenamento jurídico e o modo de atuação dos aplicadores e intérpretes do direito. De acordo com o administrativista, a função de informar deve-se ao fato de que os princípios possuem um núcleo valorativo essencial da ordem jurídi- ca, ao passo que a função de enformar é caracterizada pelos contor- nos que conferem a determinada seara jurídica.

Mazza (2017) atribui dupla funcionalidade aos princípios, quais sejam, a função hermenêutica e a função integrativa. No que toca a função hermenêutica, os princípios são responsáveis por esclare- cer o conteúdo dos demais dispositivos legais, quando os mesmos se mostrarem obscuros no ato de tutela dos casos concretos. Por meio da função integrativa, por sua vez, os princípios cumprem a tarefa de suprir eventuais lacunas legais observadas em matérias específicas e/ou diante das particularidades que permeiam a apli- cação das normas aos casos concretos.

Os princípios possuem papel importantíssimo para o Direito Administrativo. Uma vez que trata-se de ramo jurídico não codifica- do, os princípios, além de exercerem função hermenêutica e inte- grativa, cumprem o papel de alinhavar os dispositivos legais espar- sos que compõe a seara do Direito Administrativo, conferindo-lhe coerência e unicidade.

Os princípios do Direito Administrativo podem ser expressos, ou seja, positivados, escritos na lei, ou implícitos, não positivados, não expressamente escritos na lei. Importa esclarecer que não existe hierarquia (grau de importância ou superioridade) entre os princípios expressos e implícitos, de forma que os últimos não são inferiores aos primeiros. Prova de tal afirmação, é o fato de que os dois princípios (ou supraprincípios) que dão forma o Regime Jurídi- co Administrativo, são implícitos.

Regime Jurídico Administrativo: O Regime Jurídico Admi- nistrativo é formado por todos os princípios e demais dispositivos legais que compõe o Direito Administrativo. Entretanto, é correta a afirmação de que as bases desse regime são lançadas por dois princípios centrais, ou supraprincípios, são eles: Supremacia do In- teresse Público e Indisponibilidade do Interesse Público.

Supremacia do Interesse Público: Também denominado supremacia do interesse público sobre o privado, o supraprincípio invoca a necessidade da sobreposição dos interesses da coletivida- de sobre os individuais. A defesa do interesse público confere ao Estado uma série de prerrogativas (‘‘vantagens’’ atribuídas pelo Direito Público) que permite uma atuação desigual em relação ao particular.

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NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. CONCEITO, CLASSIFICAÇÕES, PRINCÍPIOS FUNDAMEN- TAIS, EMENDAS CONSTITUCIONAIS

Sentido sociológico; sentido político; sentido jurídico; conceito, objetos e elementos

No tocante aos sentidos sociológico, político e jurídico, são analisados pela doutrina, quando da análise das denominadas “pers- pectivas”1. Mesma observação com relação ao denominado objeto.

Dando-se prosseguimento aos nossos estudos, passaremos a analisar os denominados elementos da Constituição. Tal denomi- nação surgiu em virtude de o fato das normas constitucionais serem divididas e agrupadas em pontos específicos, com conteúdo, origem e finalidade diversos.

Conquanto haja essa divisão e o agrupamento em questão, é de se registrar que nossa doutrina é divergente com relação aos elementos da Constituição, não se podendo afirmar que uma classificação está correta e a outra errada.

Em que pese essa divergência, remetemos à clássica divisão dada pelo Ilustre Prof. José Afonso da Silva. Senão, vejamos.

a) Elementos orgânicos – estabelecem as normas que regulam a estrutura do Estado e do Poder (Títulos III e IV, da CF);

b) Elementos limitativos – dizem respeito às normas que compõem os direitos e garantias fundamentais, limitando a atuação estatal;

c) Elementos sócio ideológicos – estabelecem o compromisso da Constituição entre o Estado Individualista e o Estado interven- cionista (Título VII, da CF);

d) Elementos de estabilização constitucional – são as normas constitucionais destinadas a assegurar a solução de conflitos constitucionais, a defesa da CF, do Estado e das instituições democráticas. Eles constituem os instrumentos de defesa do Estado e buscam garantir a paz social (Artigos 34 a 36, da CF);

e) Elementos formais de aplicabilidade – encontram-se nas normas que estabelecem regras de aplicação das Constituições (ADCT – Ato das Disposições Constitucionais Transitórias).

Classificações das constituições

Registre-se que a doutrina brasileira costuma utilizar-se de variados critérios de classificação das constituições, existindo varia- ção entre eles.

a) Quanto à origem – as Constituições poderão ser outorgadas (aquelas impostas pelo agente revolucionário que não recebeu do povo a legitimidade para, em nome dele, atuar), promulgadas (fruto do trabalho de uma Assembleia Nacional Constituinte, eleita diretamente pelo povo.

Ela é também denominada de democrática, votada ou popular), cesaristas (não é propriamente outorgada, nem democrática, ainda que criada com a participação popular, vez que essa visa apenas ratificar a vontade do detentor do poder.

Conhecidas também como bonapartistas) e, pactuadas ou dualistas (são aquelas que surgem através de um pacto entre as classes dominante e oposição).

b) Quanto à forma – as Constituições podem ser escritas (instrumentais) ou costumeiras (não escritas).

c) Quanto à extensão – elas podem ser sintéticas (aquelas que apenas vinculam os princípios fundamentais e estruturais do Estado. São também denominadas de concisas, breves, sumárias, sucintas ou básicas) ou analíticas (são as Constituições que abordam todos os assuntos que os representantes do povo entenderem por fundamentais.

São também conhecidas como amplas, extensas, largas, prolixas, longas, desenvolvidas, volumosas ou inchadas).

d) Quanto ao conteúdo – material ou formal.

e) Quanto ao modo de elaboração – as Constituições podem ser dogmáticas (são aquelas que consubstanciam os dogmas estrutu- rais e fundamentais do Estado) ou históricas (constituem-se através de um lento e contínuo processo de formação, ao longo do tempo).

f) Quanto à alterabilidade (estabilidade) – as Constituições podem ser rígidas (são aquelas que exigem um processo legislativo mais dificultoso para sua alteração), flexíveis (o processo legislativo de sua alteração é o mesmo das normas infraconstitucionais), se- mirrígidas (são as Constituições que possuem matérias que exigem um processo de alteração mais dificultoso, enquanto outras normas não o exigem), fixas ou silenciosas (são as Constituições que somente podem ser alteradas por um poder de competência igual àquele que as criou), transitoriamente flexíveis (são as suscetíveis de reforma, com base no mesmo rito das leis comuns, mas por apenas determinado período preestabelecido), imutáveis (são as Constituições inalteráveis) ou super rígidas (são aquelas que possuem um processo legislativo diferenciado para a alteração de suas normas e, de forma excepcional, algumas matérias são imutáveis).

g) Quanto à sistemática – as Constituições podem ser divididas em reduzidas (aquelas que se materializam em um só instru- mento legal) ou variadas (aquelas que se distribuem em vários textos esparsos).

h) Quanto à dogmática – ortodoxa (Constituição formada por uma só ideologia) ou eclética (formada por ideologias concilia- tórias diversas).

1 https://www.editorajuspodivm.com.br/cdn/arquivos/8713b4e79cb9270ecc075bfab3b84b2a.pdf

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NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

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Constituição material e constituição formal

A divisão de constituição em material e formal é decorrente da adoção do critério relacionado ao conteúdo da norma.

Segundo esse critério, considera-se constituição material o conjunto de normas escritas ou não, em um documento que cola- ciona normas relativas à estrutura do Estado, organização do poder, bem como direitos e garantias fundamentais.

Com base nesse critério, para que a norma seja considerada materialmente constitucional não é necessário que ela esteja inse- rida no bojo da Constituição Federal, bastando versar sobre as matérias anteriormente mencionadas.

Caso determinada norma verse sobre as matérias descritas no parágrafo anterior e esteja inserida na Constituição Federal ela será considerada formal e materialmente constitucional.

Destaque-se que uma norma materialmente constitucional (p.ex., que verse sobre direito eleitoral), que não esteja inserida no bojo da Constituição Federal, poderá ser alterada por uma lei infraconstitucional, sem que haja necessidade de se observar os procedimentos mais rígidos estabelecidos para se alterar a estrutura da Magna Carta. Entretanto, isso não lhe retira o caráter de norma materialmente constitucional!

A segunda classificação quanto ao conteúdo diz respeito à constituição formal que é o conjunto de normas escritas, sistemati- zadas e reunidas em um único documento normativo, qual seja, na Constituição Federal.

Com base nesse critério, independentemente do conteúdo material da norma, pelo simples fato de ela estar inserida na Cons- tituição Federal, já será considerada formalmente constitucional (§ 2º do art. 242, da CF).

Ainda que essas normas não tenham conteúdo materialmente constitucional, apenas e tão somente pelo fato de estarem inseri- das no bojo da Constituição, somente poderão ser alteradas observando-se o rígido sistema de alteração das normas constitucionais.

Constituição-garantia e constituição-dirigente

Quanto à finalidade a constituição, segundo a doutrina, poderá ser dividida em constituição-garantia e constituição-dirigente.

A constituição-garantia (liberal, defensiva ou negativa) é um documento utilizado com a finalidade de garantir liberdades indi- viduais, limitando-se o poder e o arbítrio estatal.

De outro vértice, a constituição-dirigente tem por finalidade estabelecer um tipo de Estado intervencionista, estabelecendo-se objetivos para o Estado e para a sociedade em uma perspectiva de evolução de suas estruturas.

Registre-se, por oportuno, que parcela da doutrina traz uma terceira classificação, que diz respeito à constituição-balanço, a qual se destina a registrar um dado período das relações de poder no Estado.

Normas constitucionais

Podemos dizer que as normas constitucionais são normas jurídicas qualificadas, haja vista serem dotadas de atributos caracte- rísticos próprios. Dentre esses atributos que qualificam as normas constitucionais destacam-se três:

→ supremacia delas em relação às demais normas infraconstitucionais;

→ elevado grau de abstração;

→ forte dimensão política.

Não obstante existirem diversas obras doutrinárias sobre as normas constitucionais, em nosso estudo será adotada a clássica teoria do professor José Afonso da Silva, segundo a qual as normas constitucionais, quanto à sua eficácia e aplicabilidade, dividem- -se em:

a) De eficácia plena – é aquela apta a produzir todos os seus efeitos jurídicos direta e imediatamente após a entrada em vigor do texto constitucional. Portanto, é uma norma de aplicabilidade direta, imediata e integral (p.ex.: artigos. 2º; 21; 22, dentre outros, da CF).

b) De eficácia contida – conquanto possua também incidência imediata e direta, a eficácia não é integral, haja vista que po- derá sofrer restrições ou ampliações posteriores por parte do Poder Público. Nesse caso, para que a norma sofra essas restrições ou ampliações é imprescindível a atuação positiva do Poder Público, ao qual incumbirá editar norma posterior (p.ex.: artigos. 5º, LVIII;

37, I, dentre outros, da CF).

c) De eficácia limitada – referida norma, desde a promulgação da CF, produz efeitos jurídicos reduzidos, vez que depende e demanda de uma atuação positiva e posterior do legislador infraconstitucional. Para que a norma produza todos seus efeitos espe- rados é imprescindível que o legislador infraconstitucional edite a denominada norma regulamentadora (p.ex.: art. 7º, XX e XXVII, dentre outros, da CF).

Ainda que haja inércia por parte do legislador, a norma constitucional de eficácia limitada produzirá efeitos mínimos (p.ex.:

impedirá que norma infraconstitucional contrária a ela seja editada, sob pena de inconstitucionalidade).

Portanto, é norma constitucional de aplicabilidade indireta, mediata e reduzida.

2 https://www.editorajuspodivm.com.br/cdn/arquivos/8713b4e79cb9270ecc075bfab3b84b2a.pdf

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NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL Para o professor José Afonso da Silva as normas de eficácia

limitada subdividem-se em dois grupos:

c.1) Normas de princípio institutivo ou organizativo – des- tinadas à criação de organismos ou entidades governamentais, apresentando esquemas gerais de estruturação orgânica (p.ex.:

artigos. 113; 121; dentre outros, da CF);

c.2) Normas de princípio programático – destinadas à previ- são de princípios que tem a finalidade de ulterior cumprimento pelos órgãos do Estado, apresentando programas de atuação e com finalidade de efetivação de previsões sociais do Estado, sen- do que para sua concretização é imprescindível a atuação futura do Poder Público (p.ex.: artigos 196; 205; dentre outros, da CF).

Forma, Sistema e Fundamentos da República Papel dos Princípios e o Neoconstitucionalismo

Os princípios abandonam sua função meramente subsidiária na aplicação do Direito, quando serviam tão somente de meio de integração da ordem jurídica (na hipótese de eventual lacuna) e vetor interpretativo, e passam a ser dotados de elevada e reco- nhecida normatividade.

Princípio Federativo

Significa que a União, os Estados-membros, o Distrito Fe- deral e os Municípios possuem autonomia, caracteriza por um determinado grau de liberdade referente à sua organização, à sua administração, à sua normatização e ao seu Governo, porém limitada por certos princípios consagrados pela Constituição Fe- deral.

Princípio Republicano

É uma forma de Governo fundada na igualdade formal entre as pessoas, em que os detentores do poder político exercem o comando do Estado em caráter eletivo, representativo, temporá- rio e com responsabilidade.

Princípio do Estado Democrático de Direito

O Estado de Direito é aquele que se submete ao império da lei. Por sua vez, o Estado democrático caracteriza-se pelo res- peito ao princípio fundamental da soberania popular, vale dizer, funda-se na noção de Governo do povo, pelo povo e para o povo.

Princípio da Soberania Popular

O parágrafo único do Artigo 1º da Constituição Federal re- vela a adoção da soberania popular como princípio fundamental ao prever que “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.

Princípio da Separação dos Poderes

A visão moderna da separação dos Poderes não impede que cada um deles exerça atipicamente (de forma secundária), além de sua função típica (preponderante), funções atribuídas a outro Poder.

Vejamos abaixo, os dispositivos constitucionais correspon- dentes ao tema supracitado:

TÍTULO I

DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, cons- titui-se em Estado Democrático de Direito e tem como funda- mentos:

I - a soberania;

II - a cidadania

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V - o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Objetivos Fundamentais da República

Os Objetivos Fundamentais da República estão elencados no Artigo 3º da CF/88. Vejamos:

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Fe- derativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desi- gualdades sociais e regionais;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discrimina- ção.

Princípios de Direito Constitucional Internacional

Os Princípios de Direito Constitucional Internacional estão elencados no Artigo 4º da CF/88. Vejamos:

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas re- lações internacionais pelos seguintes princípios:

I - independência nacional;

II - prevalência dos direitos humanos;

III - autodeterminação dos povos;

IV - não-intervenção;

V - igualdade entre os Estados;

VI - defesa da paz;

VII - solução pacífica dos conflitos;

VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;

IX - cooperação entre os povos para o progresso da huma- nidade;

X - concessão de asilo político.

Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino- -americana de nações.

Referências Bibliográficas:

DUTRA, Luciano. Direito Constitucional Essencial. Série Provas e Concursos. 2ª edição – Rio de Janeiro: Elsevier.

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Prezado Candidato, devido ao formato do material disponibilizaremos o conteúdo para estudo na íntegra “Área do

cliente” em nosso site.

Disponibilizamos o passo a passo no índice da apostila.

LEI ORGÂNICA DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

TÍTULO I

DA COMPETÊNCIA E JURISDIÇÃO CAPÍTULO I

DA COMPETÊNCIA

Art. 1º Ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, ór- gão de controle externo, compete, na forma estabelecida nesta lei:

I - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens

e valores públicos das unidades dos Poderes do Estado e das entidades da administração indireta, incluídas as fundações e socie- dades instituídas e mantidas pelo Poder Público estadual, os fundos e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte dano ao erário;

II - auxiliar a Assembleia Legislativa a exercer controle externo por meio de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, opera- cional e patrimonial do Estado e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação de subvenções e renúncia de receitas. Nova redação dada pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

II - exercer a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial das unidades dos Poderes do Estado e das demais entidades referidas no inciso anterior.

Art. 2º No julgamento das contas referidas no inciso I do art. 1º, o Tribunal observará as normas de processo e garantias processuais das partes constantes desta Lei Complementar, dispondo em seu regimento interno sobre a competência e funcionamento dos respectivos órgãos.

Nova redação dada pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

Art. 2º - No julgamento das contas e na fiscalização que lhe compete, o tribunal decidirá sobre a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de gestão e das despesas deles decorren- tes, bem como sobre a aplicação de subvenções, auxílios e a renún- cia de receitas.

Art. 3º Compete, também, ao Tribunal de Contas:

I - emitir parecer prévio sobre as contas anualmente prestadas pelo Governador do Estado;

Nova redação dada pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Governador do Estado, nos termos do art. 36, desta lei;

II - realizar por iniciativa própria inspeções e auditorias; Nova redação dada pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

II - acompanhar a arrecadação da receita a cargo do Estado e das entidades referidas no art. 1º, inciso I, desta lei, mediante ins- peções e auditorias, ou por meio de demonstrativos próprios, na forma estabelecida no Regimento Interno;

III - apreciar, para fins de registro a legalidade dos atos de ad- missão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, trans- ferências para a reserva remunerada, reformas e pensões, e das respectivas fixações de proventos e suas alterações, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório e, ainda, a das transformações das aposentadorias por invalidez em seguro-reabilitação;

Nova redação dada pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

III - apreciar, para fins de registro, na forma estabelecida em Deliberação própria, a legalidade dos atos de:

a) admissão de pessoal, a qualquer título, como disposto no art. 47, inciso I, deste Regimento;

b) concessão de aposentadoria, transferência para a reserva re- munerada, reforma e pensão, e da respectiva fixação de proventos, indenizações, e suas alterações, ressalvadas as melhorias posterio- res que não alterem o fundamento legal do ato concessório, como disposto no art. 47, inciso II, deste

Regimento;

c) transformação de aposentadoria por invalidez em seguro- -reabilitação; e

d) fixação da remuneração dos Vereadores, Prefeitos e Vice- -Prefeitos, conforme disposto no art. 348 da Constituição Estadual;

IV - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados, indicando o ato inquinado e definindo responsa- bilidades;

V - aplicar aos responsáveis, em caso de irregularidade de con- tas ou de despesa, as sanções previstas nesta Lei Complementar, determinando a atualização monetária dos débitos apurados com acréscimo dos juros legais;

Nova redação dada pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

V - aplicar aos responsáveis, em caso de irregularidade de con- tas ou de despesa, inclusive a decorrente de contrato, as sanções previstas nos arts. 61 a 67, desta lei, e determinar a atualização mo- netária dos débitos apurados;

VI - decidir sobre denúncia de irregularidade que lhe seja en- caminhada por qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato;

Nova redação dada pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

VI - decidir sobre denúncia de irregularidade que lhe seja en- caminhada por qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato, nos termos dos arts. 58 a 60, desta lei;

VII - responder a consulta formulada pelos titulares dos Pode- res Legislativo,

Executivo ou Judiciário;

Nova redação dada pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

VII - decidir sobre consulta que lhe seja formulada pelos titu- lares dos Três Poderes, ou por outras autoridades, na forma esta- belecida no Regimento Interno, a respeito de dúvida suscitada na aplicação de dispositivos legais e regulamentares concernentes a matéria de sua competência, sendo que a resposta à consulta tem caráter normativo e constitui prejulgamento da tese, mas não do fato ou caso concreto;

VIII - decidir sobre recursos interpostos às suas decisões;

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA IX - realizar, por iniciativa da Assembleia Legislativa, de Comis-

são Permanente ou Comissão Parlamentar de Inquérito, inspeções e auditorias nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo, Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, bem como das demais entidades referidas no art. 1º, I, desta Lei

Complementar;

Nova redação dada pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

IX - realizar, por iniciativa própria, da Assembleia Legislativa, de Comissão Técnica ou de Inquérito, inspeções e auditorias de natu- reza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, do Tribunal de Contas e demais entidades referidas no art. 1º, inciso I, desta lei, inclusive para a verificação da execução dos contratos;

X - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pelo Estado mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres;

XI - prestar as informações solicitadas pela Assembleia Legis- lativa ou por qualquer de suas Comissões, necessárias ao exercí- cio da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial por parte daquela e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

Nova redação dada pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

XI - prestar as informações solicitadas pela Assembleia Legisla- tiva, ou por qualquer de suas Comissões, sobre fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, e sobre resul- tados de auditorias e inspeções realizadas;

XII – Revogado.

Revogado pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

XII - emitir, quando solicitado pela Comissão Permanente de Deputados, pronunciamento conclusivo sobre a matéria de que tra- ta o art. 124, da Constituição Estadual, no prazo de 30 (trinta) dias;

XIII - Revogado.

Revogado pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

XIII - impor multas por infração da legislação contábil, financei- ra, orçamentária, operacional e patrimonial, de normas estatutárias correlatas, por inobservância de prazos legais, regulamentares ou por ele fixados, e por descumprimento de sua decisão, bem como propor a aplicação, aos responsáveis, de outras penalidades admi- nistrativas;

XIV – Revogado.

Revogado pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

XIV - decidir, em grau de recurso, sobre as multas impostas por autoridade administrativa, no âmbito do controle interno;

XV - prolatar decisão com eficácia de título executivo, nos casos de imputação de débito ou multa, nos termos do art. 123, § 3º da Constituição Estadual;

XVI – Revogado.

Revogado pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

XVI - propor, por intermédio da autoridade competente, as me- didas necessárias ao arresto dos bens dos responsáveis, julgados em débito;

XVII - Revogado.

Revogado pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

XVII - verificar a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos editais de licitação, na forma estabelecida em ato próprio;

XVIII - Revogado.

Revogado pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

XVIII - verificar a legalidade, legitimidade e economicidade das despesas, ou receitas, decorrentes de atos de aprovação de licita- ção, de contratos ou de instrumentos assemelhados;

XIX - Revogado.

Revogado pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

XIX - aplicar as penalidades previstas nesta lei, no caso de constatar despesa ilegal, ilegítima ou antieconômica, decorrentes de contrato já executado, não submetido, em tempo hábil, a seu exame;

XX – Revogado.

Revogado pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

XX - verificar a legalidade, legitimidade e economicidade dos atos de dispensa ou de inexigibilidade de licitação, como disposto em ato próprio do Tribunal;

XXI - determinar a instauração de tomada de contas espe- cial; Nova redação dada pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

XXI - determinar instauração da tomada de contas especial, nos casos previstos no art. 10, desta lei;

XXII - Revogado.

Revogado pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

XXII - exercer o controle dos atos administrativos, nos termos dos arts. 79, 80 e 81 da Constituição Estadual;

XXIII - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as pro- vidências necessárias ao exato cumprimento da lei;

XXIV - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Assembleia Legislativa.

§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado dire- tamente pela Assembleia Legislativa, que solicitará, de imediato, ao Poder respectivo as medidas cabíveis. § 2º Se a Assembleia Legisla- tiva ou o Poder competente, no prazo comum de 90 (noventa) dias, contados do recebimento da comunicação da comunicação do Tri- bunal de Contas, não efetivarem as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.

§ 3º Revogado.

Revogado pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

§ 3º - O Tribunal de Contas poderá declarar, por decisão da maioria absoluta de seus membros, a inidoneidade de contratado ou adjudicatário da administração pública, direta, indireta ou fun- dacional, na forma do Regimento Interno.

Art. 4º Compete, ainda, ao Tribunal de Contas:

I – Revogado.

Revogado pela Lei Complementar nº 124/09 (DORJ 16.01.09).

Redação original:

I - exercer o poder regulamentar, podendo, em conseqüência, expedir atos e instruções normativas sobre aplicação de leis perti- nentes a matéria de suas atribuições e organização dos processos que lhe devam ser submetidos, obrigando ao seu cumprimento, sob pena de responsabilidade;

II - eleger o Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor-Ge- ral e dar-lhes posse; Nova redação dada pela Lei Complementar nº 155/13 (DORJ 04.12.13)

Redação original:

II - eleger o Presidente e o Vice-Presidente e dar-lhes posse;

Referências

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