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Parceria Europeia de Inovação para um Envelhecimento Ativo e Saudável

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P7_TA(2013)0046

Parceria Europeia de Inovação para um Envelhecimento Ativo e Saudável

Resolução do Parlamento Europeu, de 6 de fevereiro de 2013, sobre a Parceria Europeia de Inovação para um Envelhecimento Ativo e Saudável (2012/2258(INI))

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta a Comunicação da Comissão, de 29 de fevereiro de 2012, intitulada

"Concretizar o Plano de Execução Estratégica da Parceria Europeia de Inovação para um Envelhecimento Ativo e Saudável" (COM(2012)0083),

– Tendo em conta o Plano de Ação Internacional sobre o Envelhecimento de Madrid, adotado em abril de 2002,

– Tendo em conta a Decisão n.º 940/2011/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de setembro de 2011, sobre o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre as Gerações,

– Tendo em conta o Plano de Execução Estratégica da Parceria Europeia de Inovação para um Envelhecimento Ativo e Saudável, de 17 de novembro de 2011,

– Tendo em conta o parecer do Comité das Regiões intitulado «Envelhecimento ativo:

inovação – saúde inteligente – viver melhor», de maio de 20121,

– Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu intitulado “Horizonte 2020: Roteiros para o envelhecimento”, de maio de 20122,

– Tendo em conta o artigo 48.º do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório da Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar e o parecer da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais (A7-0029/2013), 1. Regozija-se com a proposta de uma Parceria Europeia de Inovação promotora de um novo

paradigma que considere o envelhecimento como uma oportunidade para o futuro, e não como um ónus para a sociedade; salienta, além disso, que esta oportunidade não se deve restringir a inovações técnicas (TIC) e ao respetivo potencial para o mercado interno, para as indústrias e para as empresas da UE, uma vez que as soluções TIC devem ser de fácil utilização e adaptadas ao utilizador final, em especial relativamente a pessoas idosas;

considera que importa também seguir uma estratégia clara e inequívoca com objetivos sociais que promova e reconheça formalmente o papel da população idosa, o valor da sua experiência e do seu contributo para a sociedade e para a economia, sem estigmas nem discriminação;

2. Observa que esta estratégia deve também incluir a investigação sobre novas formas de ocupação adequadas e apropriadas para as pessoas idosas; entende que o potencial e o valor acrescentado de empregar pessoas idosas deve ser objeto de uma investigação mais

1 JO C 225 de 27.7.2012, p. 46.

2 JO C 229 de 31.7.2012, p. 13.

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pormenorizada, a fim de elaborar orientações que incluam soluções aplicáveis a todos e aceitáveis por todos; salienta que há margem para obter um grande valor para a sociedade do dividendo demográfico das gerações mais velhas;

3. Convida a Comissão a incluir formalmente a dimensão do género bem como a dimensão de idade e, por conseguinte, a integrar a questão do equilíbrio entre vida profissional e vida familiar na sua estratégia para um envelhecimento ativo e saudável;

4. Constata que o envelhecimento da sociedade se deve a alterações demográficas (diminuição das taxas de natalidade);

5. Salienta que os idosos constituem a faixa etária em crescimento mais rápido na Europa;

espera que, neste contexto e para criar o mais depressa possível infraestruturas, serviços e instrumentos capazes de dar resposta a esta transição social, a Comissão continue a envolver os governos nacionais, as autoridades locais, a OMS e o maior número de partes interessadas na execução de ações de sensibilização a este respeito;

6. Salienta a composição demográfica muito distinta nos Estados-Membros e as importantes diferenças nacionais, políticas e culturais ao nível da perceção do desafio demográfico e, nomeadamente, o nível da resposta que é dada a esse desafio e de planificação face ao mesmo; regista o contínuo aumento da esperança de vida nos Estados-Membros e o aumento significativo do número de pessoas que continuam a trabalhar após a reforma, tendo as taxas de emprego dos trabalhadores com idades entre 65 e 74 anos aumentado 15% entre 2006 e 2011;

7. Realça a necessidade de escutar os idosos na perspetiva de providenciar acompanhamento através de programas sociais onde os jovens interagem com os idosos e, em troca, recebem os seus valores e experiência; considera que o apoio da sociedade civil à PEI é necessário na perspetiva de proporcionar um nível mais significativo de cuidados através das diversas fundações e associações;

8. Realça que a participação na vida em igualdade de condições também é um direito fundamental dos cidadãos mais idosos;

9. Faz notar que as oportunidades de emprego e de voluntariado, bem como as medidas de proteção social, são fundamentais para garantir um envelhecimento ativo e saudável;

10. Salienta que os idosos necessitam de diferentes formas de apoio e de cuidados e que os serviços e as soluções devem, por isso, nortear-se sempre pelas pessoas e pela procura;

11. Salienta a necessidade de lutar contra a discriminação etária no mercado de trabalho para que os trabalhadores mais idosos possam conservar os seus empregos ou ter acesso a oportunidades de emprego;

12. Sublinha o importante papel que os atores locais e regionais desempenham na modernização, melhoria e racionalização da prestação de cuidados de saúde e de assistência social, tendo em vista a criação de modelos que obtenham melhores resultados para os indivíduos no mercado de trabalho;

13. Realça a necessidade de criar condições adequadas que permitam às pessoas participarem no mercado de trabalho e manterem-se produtivas, aumentando a flexibilidade do

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mercado de trabalho mediante o estabelecimento de contas de tempo de trabalho e de possibilidades de trabalho a tempo parcial e prevendo diferentes modalidades de contratos de trabalho adequadas aos trabalhadores mais idosos, bem como prevendo acordos de reforma flexíveis, por exemplo, através de pensões de reforma parciais ou de anos de bonificação, zelando por que haja sempre uma proteção social adequada;

14. Apoia a proposta da Comissão no sentido de adotar a definição de envelhecimento ativo e saudável, tal como formulado pela OMS; salienta que o envelhecimento ativo e saudável abrange todas as fases da vida e que, na definição do conceito, é importante ter em conta as particularidades do contexto da UE incluindo, mais precisamente, as prioridades da UE em relação às condições ambientais sustentáveis, em termos ecológicos e de saúde, à sensibilização para a saúde, à prevenção e aos rastreios precoces seguidos por um diagnóstico adequado e um tratamento eficaz, à literacia no domínio da saúde, aos serviços de saúde em linha (eHealth), ao exercício físico, à segurança alimentar e à nutrição adequada, à igualdade dos géneros, aos sistemas de segurança social (incluindo seguros de saúde e de cuidados de saúde) e aos regimes de proteção social; constata que a idade avançada não está necessariamente ligada à doença e que, portanto, não deve ser associada ou equiparada à dependência e à deficiência;

15. Apoia a proposta da Comissão no sentido de aumentar o número médio de AVS (anos de vida saudável) em 2 anos, no âmbito dos objetivos do programa Horizonte 2020, e saúda o progresso médico que ajuda a aumentar a esperança de vida; salienta, no entanto, que para se atingir esse ambicioso objetivo, é importante adotar uma perspetiva do ciclo de vida; frisa que o acesso aos cuidados primários e de prevenção deve ser considerado uma prioridade e que devem ser desenvolvidos mecanismos apropriados para combater o impacto prejudicial das doenças crónicas no envelhecimento ativo e saudável ao longo de todo o ciclo da vida;

16. Incentiva a Comissão e os Estados-Membros a considerarem a saúde como um tema horizontal, integrando as questões de saúde em todas as políticas pertinentes da UE, incluindo as políticas em matéria de segurança e proteção social, políticas de emprego e económicas, igualdade de géneros e discriminação/não discriminação;

17. Insta a Comissão para que acompanhe e forneça dados baseados em provas, completos e de livre acesso sobre a incidência e a prevalência de afeções e doenças (crónicas) e para que integre esses dados em estratégias e em orientações relativamente às melhores práticas em matéria de envelhecimento ativo e saudável;

18. Insta os Estados-Membros para que criem meios eficientes para avaliar e acompanhar os abusos contra as pessoas idosas, bem como o respetivo impacto na saúde e bem-estar das vítimas, e para que desenvolvam processos acessíveis de assistência e proteção às vítimas;

19. Realça que as questões de saúde devem ser integradas em todas as políticas da UE, incluindo a segurança e a proteção social, as políticas de emprego e económicas, a igualdade de géneros e a discriminação;

20. Incentiva a Comissão para que continue a realçar que o objetivo principal é o aumento do número médio de AVS dos cidadãos em 2 anos e que todas as ações relacionadas devem contribuir, de forma mensurável, para este objetivo;

21. Encoraja a proposta da Comissão de agir de modo a facilitar e a coordenar a Parceria

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Europeia de Inovação para o Envelhecimento Ativo e Saudável, promovendo a interação com as partes interessadas que representam a oferta e a procura; salienta que a Comissão deve assegurar que a PEI beneficia todos os cidadãos da UE, nomeadamente os que estão sub-representados ou em risco de exclusão; regozija-se, neste contexto, pelo facto de a Comunicação COM(2012)0083 reconhecer o papel da PEI no cumprimento dos objetivos da União da Inovação, da Agenda Digital para a Europa, da iniciativa Novas Competências para Novos Empregos, da Plataforma Europeia contra a Pobreza e a Exclusão Social e da Estratégia de Saúde, nomeadamente, no que respeita a atingir os objetivos das iniciativas emblemáticas da estratégia Europa 2020;

22. Convida a Comissão a criar indicadores que permitam fornecer dados sobre as doenças crónicas e o envelhecimento, dados esses que sejam comparáveis, completos e facilmente acessíveis, com vista a desenvolver estratégias mais eficazes e permitir a partilha de boas práticas, tanto a nível da UE como nacional;

23. Apoia a proposta da Comissão no sentido de aumentar a participação da população idosa nos processos decisórios e políticos e de estimular a governação regional e local; salienta, no entanto, que além da sua participação permanente na vida social e cultural, uma abordagem participativa "da base para o topo" requer que se proceda a avaliações mais aprofundadas de referência e a um acompanhamento periódico das necessidades e das solicitações atuais e futuras da população idosa e dos seus prestadores informais e formais de cuidados;

24. Realça que as informações e os dados recolhidos a nível local e através de uma abordagem participativa "da base para o topo" proporcionarão aos decisores políticos o conhecimento necessário para conceber políticas aceitáveis e adequadas às comunidades locais; convida a Comissão, por conseguinte, a estabelecer como requisito a utilização de uma abordagem participativa "da base para o topo" na investigação, bem como a desenvolver mais os indicadores e índices pertinentes para definir e acompanhar as atuais necessidades em matéria de políticas, programas e serviços eficazes;

25. Recorda a Comissão de que as restrições e limitações relativamente a serviços de saúde e de cuidados, proteção social e segurança social aprovados e executados pela Comissão e/ou pelos Estados-Membros na tentativa de fazer poupanças orçamentais e financeiras e cortes na despesa públicas (na área social e da saúde), na sequência da atual crise económica/financeira, não podem interferir, de forma alguma, nem afetar negativamente a dignidade e as necessidades básicas humanas; frisa que as referidas poupanças e cortes, se não forem combinados com reformas ponderadas com cuidado e orientadas para os doentes, podem agravar as desigualdades sociais e no domínio da saúde e conduzir à exclusão social; realça que essas poupanças e cortes irão agravar os níveis gerais de saúde das pessoas, as desigualdades sociais e no domínio da saúde, bem como a exclusão social, colocando, por isso, em risco a solidariedade inter e intrageracional; convida, por conseguinte, os Estados-Membros a elaborarem um Pacto de Geração que inclua uma estratégia clara e sem ambiguidade visando salvaguardar a coesão social, melhorar os níveis gerais de saúde e abordar as desigualdades no domínio da saúde; realça que essa estratégia deve ter como objetivo a máxima razoabilidade em termos de preços, disponibilidade e acessibilidade dos regimes de saúde e de segurança social;

26. Salienta, neste contexto, que é necessário um financiamento adequado a nível local, regional, nacional e da UE para apoiar as PME e as empresas sociais; duvida que os

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recursos disponíveis para Parceria Europeia de Inovação para o Envelhecimento Ativo e Saudável, provenientes das partes interessadas, sejam suficientes e incentiva a Comissão a disponibilizar os financiamentos necessários; acolhe favoravelmente o alinhamento previsto dos instrumentos de financiamento da UE para otimizar o impacto dos financiamentos e encoraja a criação e a continuação de projetos como CASA, "Viver mais tempo e melhor" e outros que promovam a interoperabilidade e o intercâmbio de conhecimento, dados e boas práticas; entende que a decisão de identificar "A inovação para uma vida saudável e para um envelhecimento ativo" como um dos temas prioritários das Comunidades do Conhecimento e Inovação (KIC), para 2014-2015, do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (IET), representa um passo na direção certa que precisa ser complementado por instrumentos financeiros concretos, por exemplo, financiamentos ao abrigo do Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020, incluindo o FSE, o FEDER, o programa EPSCI, o programa de investigação e inovação e o Horizonte 2020;

27. Considera que são necessários diferentes instrumentos financeiros – como os fundos de empreendedorismo social, os fundos de capital de risco europeus e os fundos europeus de

"business angels" (EAF) – para melhorar o acesso do empreendedorismo social aos mercados financeiros;

28. Espera que os Estados-Membros, ao utilizarem os fundos estruturais, dediquem mais atenção às condições de vida e de trabalho da geração mais velha, criem em conjunto uma Europa respeitadora das gerações até 2020 e ampliem as suas infraestruturas sociais, de modo a poderem combater a pobreza entre os mais idosos;

1.º Pilar: prevenção, rastreio e diagnóstico precoce

29. Saúda a abordagem da Comissão relativamente à prevenção do declínio funcional e fraqueza; incentiva a Comissão a adotar uma abordagem holística em matéria de prevenção; recorda a correlação sistemática entre o estatuto socioeconómico e o nível de saúde ao longo da vida; convida a Comissão e os Estados-Membros a resolverem problemas estruturais, incluindo a iliteracia sanitária, e a combaterem as assimetrias socioeconómicas (que resultam em desigualdades no domínio da saúde); além disso, embora aceitando que a responsabilidade individual desempenha um papel na melhoria do estado de saúde, contesta a pressão exercida sobre os indivíduos para melhorarem o seu estado de saúde, sem se combater adequadamente os problemas estruturais; convida, por conseguinte, a Comissão e os Estados-Membros a criarem condições estruturais de combate às desigualdades estruturais e no domínio da saúde, incluindo a iliteracia sanitária, e a proporcionarem os financiamentos necessários à investigação sobre o papel que as comunidades locais podem desempenhar na resolução destas desigualdades;

30. Convida a Comissão e as autoridades competentes dos Estados-Membros a reconhecerem, promoverem e financiarem todas as formas de prevenção, ou seja, a promoção de um estilo de vida saudável, o rastreio periódico de doenças, a intervenção precoce para atrasar ou inverter a evolução da doença na fase inicial e o desenvolvimento de medidas preventivas com o objetivo de abrandar a degradação da saúde nos doentes que sofrem de doenças crónicas;

31. Chama a atenção para a necessidade de reforçar a mobilidade intelectual através do acesso à aprendizagem ao longo da vida - também nas fases mais avançadas da vida - para assim poder contrariar as formas de demência;

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32. Apoia a abordagem da Comissão no que respeita à promoção da saúde através de programas integrados; salienta, no entanto, que esses últimos devem ser bem fundamentados (refletindo as necessidades atuais e futuras da população idosa); sublinha, além disso, que os programas devem seguir uma abordagem apropriada no que diz respeito a aspetos que não estão (inteira ou diretamente) ligados ao comportamento de cada pessoa, como, por exemplo, as condições ambientais (a qualidade do ar e da água, a redução do ruído, a gestão de resíduos), a saúde e a segurança no trabalho (a gestão em função da idade), e a proteção dos consumidores (normas em matéria de marketing e publicidade, a segurança alimentar e direitos dos consumidores);

33. Apoia a abordagem da Comissão no que respeita ao aumento dos níveis de atividade física da população, a fim de melhorar o envelhecimento ativo e saudável, recordando que a falta de exercício periódico dá origem a uma série de problemas de saúde que, segundo a OMS, constituem o quarto fator de risco de morte mais comum; manifesta a sua preocupação pelo facto de a maioria dos cidadãos da UE não praticar a quantidade diária recomendada de exercício;

34. Incentiva o estabelecimento de uma relação mais estreita entre o envelhecimento saudável e uma mais ampla integração do exercício físico nos programas de ensino; salienta a importância das decisões do quotidiano (atividade física, regime alimentar, etc.) na prevenção dos problemas de saúde; convida a Comissão e as autoridades competentes dos Estados-Membros a adotarem medidas para incentivar as pessoas de todas as idades a praticar mais exercício físico como maneira de melhorar a sua saúde pessoal, que se traduzirá num maior número de anos passados de boa saúde, bem como em importantes benefícios para a sociedade traduzidos no nível geral em termos financeiros e de saúde pública;

35. Toma nota do Plano de Execução Estratégica da Parceria Europeia de Inovação para um Envelhecimento Ativo e Saudável, designadamente o destaque dado à cooperação entre a Comissão Europeia, os Estados-Membros, os setores industrial e empresarial, as partes interessadas públicas e privadas, os profissionais da saúde e dos cuidados e as organizações que representam pessoas idosas e doentes, ao intercâmbio e à transferência de boas ideias e de boas práticas (como, por exemplo, a plataforma digital "Mercado da Inovação"), e à otimização dos instrumentos de financiamento existentes; salienta a necessidade de encarar o envelhecimento como uma oportunidade e não um encargo e de reconhecer e promover o valor dos idosos, das suas experiências e do seu permanente contributo para a sociedade; congratula-se com a abordagem da Comissão, que está claramente orientada para a promoção da vitalidade e da dignidade das pessoas idosas na Europa através de inovações com importância para as mesmas, do reforço de uma

“cultura de envelhecimento ativo" numa Europa respeitadora das gerações e da condução deste processo em colaboração com parceiros reconhecidos do mundo da investigação e da sociedade civil;

36. Recorda a necessidade de um maior reconhecimento da educação informal e não-formal dos trabalhadores mais idosos, nomeadamente a adquirida através do voluntariado e da prestação informal de cuidados;

37. Convida a Comissão a considerar prioritários os fatores que podem influenciar a forma como envelhece a população europeia, como as taxas elevadas de consumo de álcool e de tabaco;

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2.º pilar: cuidados de saúde e tratamentos

38. Apoia o objetivo da Comissão de continuar a desenvolver sistemas de cuidados integrados e de tratamento; tendo em conta a adequação dos sistemas de saúde e de tratamento existentes, ideais e futuros relativamente à sua evolução e tendo em devida conta o princípio da subsidiariedade no domínio da saúde pública, insta os Estados- Membros e as autoridades competentes a desenvolver sistemas nacionais, regionais e locais de cuidados e tratamento que adotem uma abordagem holística e integrada na gestão de doenças relacionadas com a idade; convida a Comissão a auxiliar os Estados- Membros, para este efeito, respeitando as diferenças regionais e locais no que toca às expectativas, às normas e aos valores dos cidadãos; encoraja a Comissão a utilizar o trabalho da Agência Europeia de Medicamentos sobre os medicamentos para as pessoas idosas e a integrá-lo, a fim de melhorar o acesso dos doentes idosos a medicamentos seguros e adequados;

39. Acolhe com agrado a intenção da Comissão de aplicar sistemas de gestão e planos de saúde individuais; no entanto, embora reconhecendo a necessidade de uma abordagem centrada no cliente/paciente, entende que o seu custo em termos de oferta de prestadores de cuidados formados e de utilização de equipamentos apropriados não deve apenas recair sobre cada indivíduo, mas deve ser encarado como uma responsabilidade social que garante a solidariedade inter e intrageracional; considera que devem ser tidas em conta as novas formas de solidariedade inerentes ao potencial da geração mais idosa e que estas devem ser incorporadas nas soluções para as questões relacionadas com os cuidados e os tratamentos;

40. Incentiva o objetivo da Comissão no que diz respeito aos serviços de saúde em linha, fazendo desse dispositivo uma vertente importante e essencial dos sistemas de saúde e de tratamento futuros; reconhece, no entanto, que as soluções baseadas em serviços de saúde em linha, embora benéficas, podem não melhorar de forma significativa o nível de saúde, incluindo o bem-estar psicológico, caso substituam a interação humana, em vez de serem integradas numa abordagem presencial do relacionamento entre os pacientes e os profissionais de saúde; considera que a tecnologia dos serviços de saúde em linha não deve reduzir a relação de confiança entre as pessoas idosas e os profissionais da saúde;

41. Reconhece a intenção da Comissão em contribuir para tornar os sistemas de saúde e de tratamento mais eficientes em termos de custos; sublinha, não obstante, que o contínuo aumento dos custos globais com os cuidados de saúde e a assistência social não pode apenas ser imputado à população idosa; reconhece que a crescente prevalência de doenças crónicas desempenha um papel importante no aumento dos custos com cuidados de saúde e assistência social, observa, no entanto, que se o ónus dos custos com cuidados de saúde recair cada vez mais sobre as pessoas, é provável que se crie um círculo vicioso, pelo qual a sua saúde e bem-estar são postos em risco, uma vez que essas pessoas são obrigadas a alterar a afetação dos seus recursos, muitas vezes limitados, ou caso tenham de adiar, abandonar ou até mesmo renunciar a tratamentos, assistência ou alimentação adequada, o que, por sua vez, pode conduzir a custos com cuidados de saúde e assistência social ainda mais elevados tanto para as pessoas como para a sociedade;

42. Toma conhecimento do objetivo da Comissão de resolver as inseguranças jurídicas e regulamentares e a fragmentação do mercado, mas salienta que todas as reformas do mercado necessárias devem ter em conta a importância de manter os preços dos cuidados

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de saúde acessíveis aos cidadãos, e que, no que respeita à saúde e à proteção social, as competências dos governos nacionais e regionais e das autoridades locais devem ser reconhecidas, bem como respeitadas e cumpridas, sem pôr em causa a necessidade de investir em sistemas de cuidados baseados na comunidade;

43. Considera que é necessário efetuar novas reformas dos regimes de pensões, de modo a mantê-las adequadas, sustentáveis e seguras, prestando especial atenção à redução das diferenças remuneratórias entre homens e mulheres no trabalho e, consequentemente, nas pensões, e que os níveis das pensões devem também manter-se previsíveis para as gerações futuras; exorta, para o efeito, à existência de uma maior coerência entre a idade de reforma efetiva, a idade de reforma oficial e a esperança de vida; convida os Estados-Membros que aumentaram a idade legal de reforma, ou que tencionem fazê-lo, a favorecerem o emprego das pessoas idosas através, por exemplo, de isenções fiscais e das contribuições para a segurança social;

44. Convida a Comissão a proceder a uma análise global do potencial europeu dos cuidados de saúde em relação ao potencial nacional dos Estados-Membros, tendo em conta a grave carência de profissionais no setor da saúde em determinados Estados-Membros causada pelas condições de trabalho mais atraentes noutros países europeus;

45. Convida a Comissão a elaborar uma estratégia que vise atingir a igualdade de oportunidades para todos os cidadãos europeus no domínio dos cuidados de saúde, no intuito de criar um sistema de colaboração entre os países europeus que registam perdas maciças de profissionais da saúde e os que beneficiam dos seus serviços;

46. É de opinião que as políticas destinadas a conciliar a vida familiar com a vida profissional permitem que as mulheres enfrentem de forma mais adequada o envelhecimento, tendo em conta o facto de o trabalho melhorar a qualidade de vida; considera que essas políticas também permitem às mulheres evitar o fosso salarial e, por conseguinte, o risco de pobreza em idade avançada nos casos em que, para poder conciliar a vida familiar e profissional, se veem obrigadas a escolher trabalhos a tempo parcial, pontuais ou atípicos, com as consequentes repercussões em termos de contribuições pagas para o fundo de pensões;

47. Considera que é necessário reforçar o caráter adequado das pensões combatendo a discriminação de género no mercado de trabalho, especialmente através da redução das diferenças ao nível dos salários e da carreira;

48. Salienta a necessidade de responsabilidade pessoal, tendo em conta que os indivíduos também devem pensar no que podem fazer para garantir a sua idade da reforma; salienta também o papel crucial da solidariedade familiar e intergeracional;

3.º pilar: envelhecimento ativo e autonomia da população idosa

49. Saúda a abordagem da Comissão no que diz respeito ao envelhecimento ativo e à autonomia de vida, mais precisamente, à sua visão abrangente do papel e da importância do "espaço no envelhecimento", uma vez que a área ou o perímetro de vida das pessoas se vai contraindo à medida que envelhecem e dado que a população idosa tem tendência a preferir viver autonomamente por um período tão longo quanto possível mantendo-se ativa na sua comunidade; salienta a necessidade de incentivar a população idosa a viver autonomamente nas suas próprias casas, durante tanto tempo quanto possível, caso o

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desejem, a fim de reduzir a perturbação da sua rotina normal, quer em termos físicos como mentais. salienta, além disso, que a solução não reside apenas nos lares dos idosos, mas também em vizinhanças ativas de forma intergeracional e abrangente; neste contexto, considera que o Programa Conjunto Assistência à Autonomia no Domicílio (AAL JP) constitui um instrumento importante para facilitar o quotidiano das pessoas através do auxílio técnico;

50. Incentiva a Comissão, na sua avaliação das soluções para uma vida autónoma, a ter em conta os problemas suscitados pela diferença existente em muitos Estados-Membros entre a esperança média de vida saudável e a idade da reforma, pelo que muitas pessoas podem eventualmente ser confrontadas com um período em que já não podem trabalhar mas ainda não são elegíveis para receber por inteiro os seus direitos de pensão;

51. Recorda que os cidadãos idosos são uma mais-valia para as nossas sociedades e que é fundamental ter em conta os seus conhecimentos e experiências em todas as fases da vida, bem como zelar por que vivam de forma autónoma durante o período máximo de tempo possível;

52. Considera que é fundamental lutar contra a falta de acesso dos idosos à informação e que o acesso às novas tecnologias e a sua utilização são uma das ferramentas essenciais para um envelhecimento ativo e saudável e para a inclusão social dos idosos;

53. Convida a Comissão a promover um ambiente físico acessível e a preços razoáveis para apoiar a adaptação dos alojamentos das pessoas idosas, de forma a favorecer a sua autonomia; salienta que a adaptação dos alojamentos é a melhor forma de prevenção contra os acidentes domésticos que podem provocam incapacidades sérias e os consequentes custos consideráveis para os serviços públicos e as famílias e que constituem um entrave ao envelhecimento ativo e saudável;

54. Apoia o objetivo da Comissão de criar ambientes adaptados às pessoas de idade, por forma a evitar que as suas potencialidades e (restantes) capacidades sejam cerceadas pelo meio envolvente e ajudar a manter as suas capacidades físicas e cognitivas durante tanto tempo quanto possível, bem como a viver num ambiente familiar e seguro, prevenindo também em simultâneo o isolamento social; convida a Comissão, no entanto, a incentivar a criação de ambientes "design for all" e realça que esses ambientes devem ser entendidos num contexto mais abrangente, integrando não apenas o meio edificado urbano e rural com casas, passeios e cidades confortáveis, seguros e acessíveis, mas também o meio social, psicológico, cultural e natural, bem como uma oferta diversificada de atividades na qual cada um possa conseguir a sua realização pessoal e um dinamismo partilhado;

destaca que este ambiente urbano deve assegurar aos idosos uma maior facilidade em aceder às vantagens de viver numa área densamente povoada através de um acesso mais fácil a equipamentos essenciais e realça que, pese embora a urbanização em curso, muitas pessoas continuam a viver nas zonas rurais, onde são igualmente necessárias soluções inovadoras;

55. Salienta, ainda, a importância de adaptar os espaços interiores das casas dos idosos para melhor prevenir os acidentes domésticos e as quedas e prolongar a vida autónoma;

incentiva os Estados-Membros a assegurarem que os idosos possam ser elegíveis para financiamentos destinados à adaptação dos alojamentos; apoia as medidas que evitem o isolamento das pessoas idosas e/ou impossibilitadas de sair de casa e quebrem o estigma associado às doenças, estejam ou não relacionadas com a idade;

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56. Salienta a necessidade de estabelecer o equilíbrio entre as zonas rurais e urbanas em termos de cuidados a pessoas idosas; entende que a inovação tecnológica através das TIC deve abordar os desafios da mobilidade que enfrentam as pessoas idosas residentes nas zonas rurais;

57. Realça a necessidade de prestar especial atenção à inclusão das pessoas de idade que vivem em zonas afastadas ou que enfrentam múltiplas desvantagens;

58. Apoia os esforços da Comissão no sentido de criar ambientes adaptados às pessoas de idade para assegurar que as capacidades potenciais (e residuais) dos idosos não são cerceadas pelo seu ambiente; no entanto, realça que esse meio envolvente deve ser visto num contexto mais abrangente, relacionado não apenas com o meio edificado, mas também o meio social, psicológico, cultural e natural; neste contexto, incentiva a Comissão a propor legislação europeia em matéria de acessibilidade;

59. Exorta a Comissão a proceder à revisão das soluções e boas práticas disponíveis relacionadas com uma nova abordagem do envelhecimento ativo e a criação dum sistema de envelhecimento ativo exaustivo e compatível em todos os Estados-Membros;

60. Propõe que as políticas da UE executadas no âmbito do título XII do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia relativamente à educação e ao desporto devam incluir um capítulo sobre o envelhecimento ativo;

61. Salienta que a eliminação das barreiras arquitetónicas em benefício dos deficientes tem repercussões positivas também para a mobilidade dos idosos, contribuindo para prolongar uma vida autónoma e ativa; considera, por isso, importante que essas barreiras sejam também eliminadas nas pequenas localidades, onde reside um grande número de idosos;

62. Propõe que seja incentivada a acumulação da reforma com uma atividade profissional;

63. Exorta a Comissão a apresentar propostas de combate à discriminação contra as pessoas mais idosas no acesso ao mercado de trabalho, no local de trabalho e no desempenho laboral, tendo em vista criar um ambiente laboral respeitador de todas as gerações;

64. Exorta os empregadores a, sempre que necessário, intensificarem os seus esforços em termos da adaptação das condições de trabalho ao estado de saúde e às capacidades dos trabalhadores mais idosos e a promoverem uma imagem mais positiva das pessoas idosas no local de trabalho;

65. Salienta que o envelhecimento não apenas implica desafios, mas também possibilidades, em especial oportunidades de inovação que, a longo prazo, podem contribuir para a criação de emprego e para fomentar o bem-estar económico na Europa;

Questões horizontais

66. Saúda a abordagem da Comissão no que diz respeito aos instrumentos de financiamento, aos processos de normalização, ao desenvolvimento de repositórios, às sinergias, à facilitação da cooperação e à partilha de boas práticas entre os Estados-Membros;

salienta, no entanto, que a articulação desses objetivos com as verdadeiras necessidades e solicitações é um requisito fundamental (isto é, assegurar que as políticas, programas e serviços sejam bem fundamentados e sustentados por uma avaliação representativa e por

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um acompanhamento regular, no sentido de facilitar e acelerar a criação de uma UE adaptada ao envelhecimento); insta, por conseguinte, a Comissão a iniciar a criação de ferramentas normalizadas de avaliação e acompanhamento que forneçam os dados necessários no que respeita à elaboração de recomendações políticas, ao desenvolvimento de programa e à prestação de serviços (saúde/cuidados), com base em factos;

67. Apoia a abordagem da Comissão no que diz respeito às inovações adaptadas às pessoas idosas; convida, no entanto, a Comissão a garantir que essas inovações sejam orientadas para o utilizador, de fácil utilização e incorporem ativamente o seu potencial; convida, assim, a Comissão a desenvolver uma metodologia que permita avaliar as necessidades presentes e futuras da população idosa e a envolver mais os utilizadores finais nas suas políticas e nos programas de financiamento; recorda que verifica-se que os aspetos adaptados às necessidades das pessoas idosas beneficiam geralmente todas as gerações;

68. Considera necessário melhorar a coordenação entre os diversos níveis de poder implicados na criação de soluções para o envelhecimento ativo e saudável e realça a necessidade de aplicar em maior medida a governação a vários níveis neste domínio;

considera que as autoridades regionais e locais não devem ser vistas como meros executantes das decisões, mas sim como participantes em todo o processo decisório e de avaliação;

69. Sublinha o importante papel que os atores locais e regionais desempenham na modernização, melhoria e racionalização da prestação de cuidados de saúde e de assistência social, tendo em vista a criação de modelos que obtenham melhores resultados para os indivíduos no mercado de trabalho;

70. Saúda as iniciativas existentes em matéria de acessibilidade, como o prémio Access City;

insta a Comissão a adotar uma Lei Europeia de Acessibilidade ambiciosa para desenvolver o mercado de bens e serviços acessíveis;

71. Incentiva a ideia de proporcionar formação informal às gerações mais jovens, a fim de prestar serviços de cuidados habituais a pessoas idosas;

72. Salienta que é fundamental aumentar o investimento e as despesas com a educação, a formação e o aperfeiçoamento profissional, dando prioridade à aprendizagem ao longo da vida e à promoção de estilos de vida saudáveis, a fim de criar um mundo do trabalho respeitador das gerações e permitir aos trabalhadores mais idosos garantirem a sua presença num ambiente tecnológico em mutação; neste contexto, apela a um reforço da aprendizagem ao longo da vida no âmbito do Programa "Erasmus para Todos", que constitui um instrumento eficaz para a promoção da educação e desenvolvimento profissional contínuo dos cidadãos da UE de todas as idades;

73. Salienta a necessidade de uma abordagem holística em relação ao envelhecimento, de um desenvolvimento e de reformas abrangentes, não só no domínio da aprendizagem ao longo da vida e do mercado de trabalho, mas também no acesso aos mesmos, nomeadamente em termos de transportes, infraestruturas e edifícios;

74. Salienta a necessidade de criar sistemas de apoio às pessoas que prestam cuidados familiares;

75. Apoia a abordagem da Comissão no que respeita a promover a criação de ambientes

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adaptados em função da idade, que devem ser entendidos como um fator crucial que contribui para o envelhecimento ativo e saudável ao longo de todo o ciclo da vida;

salienta, no entanto, que promover apenas a criação de ambientes adaptados em função da idade não chega para assegurar uma verdadeira melhoria no que respeita a questões como a mobilidade das pessoas, a acessibilidade a áreas vizinhas ou as instalações de participação social da comunidade, bem como o acesso a serviços de saúde e de cuidados com qualidade e a preços razoáveis e a habitação adequada e a preços razoáveis;

76. Congratula-se com o objetivo de fomentar ambientes adaptados à idade como uma ferramenta essencial para apoiar os trabalhadores mais idosos e as pessoas que procuram um emprego e para promover sociedades mais inclusivas, que proporcionem igualdade de oportunidades a todos;

77. Salienta a importância de assegurar a saúde e segurança no local de trabalho como condição fundamental para uma vida ativa sustentável e um envelhecimento ativo, nomeadamente para os trabalhadores com deficiência ou doenças crónicas; frisa que as TIC e as máquinas poderiam desempenhar um papel fundamental, minorando as tarefas físicas de uma mão-de-obra em envelhecimento; exorta a Comissão e os Estados-Membros a promoverem essas tecnologias, sempre que adequado; felicita-se pelo reconhecimento da importância da prevenção no primeiro pilar do Plano de Execução Estratégica; está convicto de que a prevenção também desempenha um papel fundamental no trabalho, melhorando a saúde e, desse modo, reduzindo a pressão sobre os sistemas de saúde e de prestação de cuidados de longa duração;

78. Considera que são necessárias reformas globais para prevenir e evitar problemas graves no acesso aos nossos mercados de trabalho, que dariam origem a um novo abrandamento económico e constituiriam uma ameaça à prosperidade na Europa; realça, neste contexto, a necessidade de desenvolver uma perspetiva ampla que tenha em conta questões como as políticas económicas, o emprego, a segurança social, a proteção social, a igualdade de género e a discriminação;

79. Saúda as atuais iniciativas no domínio da normalização, como os mandatos relativos ao

"design for all", à acessibilidade das TIC e do meio edificado; regista o empenho da Comissão em lançar iniciativas semelhantes relativamente a normas europeias sobre serviços de saúde em linha e a vida autónoma; insta a Comissão e os órgãos de normalização a envolverem mais os utilizadores nestas iniciativas, a fim de responder de forma adequada às suas necessidades;

80. Convida a Comissão e os Estados-Membros a lançarem campanhas para melhorar a perceção pública relativamente ao contributo e à produtividade dos trabalhadores mais idosos, nomeadamente, dos trabalhadores com deficiência ou doenças crónicas;

81. Considera que os idosos necessitam não só de níveis de rendimento adequados, de habitação, de acesso a todos os tipos de serviços de saúde, sociais e culturais, bem como de fortes redes sociais para melhorar a sua qualidade de vida, e ainda de oportunidades para continuar a contribuir para o mercado de trabalho, se o desejarem, sem restrições em matéria de discriminação com base na idade;

82. Salienta a importância de facilitar e promover o voluntariado intergeracional e em idades mais avançadas; considera que o voluntariado e as iniciativas "de idosos para idosos"

destinadas à população em envelhecimento podem constituir um meio de inclusão e uma

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contribuição razoável para a sustentabilidade dos sistemas de cuidados de longa duração;

incentiva, por conseguinte, ao desenvolvimento e à inovação neste domínio;

o o o

83. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução ao Conselho e à Comissão.

Referências

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