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O LIVRO DA ESCRITA RUTH ROCHA OTÁVIO ROTH

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Academic year: 2022

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O HOMEM E A COMUNICAÇÃO

O LIVRO DA

ESCRITA

RUTH ROCHA OTÁVIO ROTH

CRIAÇÃO E PROJETO GRÁFICO

OTÁVIO ROTH

ILUSTRAÇÕES

RAQUEL COELHO

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1992 – Prêmio Jabuti – Melhor Obra em Coleção, Melhor Produção Editorial

1993 – Prêmio Monteiro Lobato para Literatura Infantil, Academia Brasileira de Letras

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Antes que o homem soubesse escrever, não havia História.

É claro, como é que a gente pode saber o que acontecia, se ninguém escrevia contando?

Mas a gente sabe que, há quarenta mil anos, o homem não só existia, como pensava e tinha até qualidades de artista, pois ele pintava nas paredes das cavernas touros e bisões, renas e cavalos.

Eram lindas pinturas, e por isso sabemos que quem as pintava era um homem de verdade e não um animal qualquer.

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Essas pinturas, no início, eram feitas no fundo das cavernas, e não na entrada, onde os homens viviam.

Isso nos faz pensar que essas figuras tinham um significado mágico.

Mais tarde começaram a aparecer desenhos que comunicavam alguma coisa. Eram uma tentativa de escrita, embora fossem muito simples.

Quando o homem desenhava um boi, queria dizer boi; quando desenhava um jarro, queria dizer jarro; e, quando desenhava o Sol, queria dizer sol.

Era a escrita pictográfica.

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Com o tempo, a escrita foi mudando. As pessoas precisavam escrever coisas mais complicadas.

Então, quando desenhavam um boi, nem sempre queriam representar um boi. Podiam estar representando uma boiada, o gado, ou simplesmente a carne.

Quando desenhavam um jarro, podiam estar representando mais do que um jarro: podiam estar representando a quantidade de líquido que cabia num jarro.

E, quando desenhavam o Sol, podiam estar representando o dia, a luz, ou até mesmo o calor.

Esse tipo de escrita já permitia contar uma pequena história ou mandar uma mensagem simples.

Era a escrita ideográfica.

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As pessoas passaram a escrever cada vez mais. Com isso foram simplificando progressivamente os símbolos.

E foram “combinando” entre si como desenhar cada símbolo, de maneira que o que uns escreviam fosse compreendido por todos.

Com o tempo os símbolos se simplificaram tanto que apenas lembravam o objeto que representavam no início.

O tipo de escrita que cada povo inventou dependeu do material usado para escrever.

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Os babilônios tiveram a primeira escrita bem codificada.

Usavam lajotas de barro mole como suporte e um pequeno bastão de madeira ou ferro para escrever.

Como era difícil fazer linhas curvas no barro, passaram a fazer “marcas” calcadas na argila, com um estilete de ponta triangular, a cunha. Cada conjunto de marcas significava uma palavra. Essa escrita foi chamada de cuneiforme.

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Os babilônios desenvolveram uma escrita adequada ao uso das lajotas de barro. Seus vizinhos, os egípcios, criaram uma escrita que podia ser gravada na pedra.

Escrever na pedra é trabalhoso. Mas os documentos inscritos na pedra duram para sempre, e era próprio da cultura egípcia dar muita importância à durabilidade de tudo.

Cada figura da escrita egípcia representava uma palavra. Essas figuras são os hieróglifos. Foram muito usadas nos monumentos.

Mais tarde os egípcios inventaram o papiro, que permitiu uma escrita mais rápida e acabou influindo na simplificação dos hieróglifos, dando origem à escrita hierática e, mais tarde, à demótica.

E assim os egípcios deixaram três mil anos de história documentados.

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No Egito a atividade de escrever tinha muito prestígio. Havia até profissionais treinados para isso – os escribas –, que eram muito importantes na corte.

A civilização egípcia durou muitos séculos, e a escrita foi sempre evoluindo.

Na verdade, os egípcios chegaram a inventar uma escrita fonética, quer dizer, uma escrita em que cada som tem um símbolo ou uma letra.

Mas eles não souberam tirar grande vantagem dessa escrita, que era a mistura da escrita hieroglífica com a fonética.

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A escrita fonética permite que se reproduzam todos os sons de todas as línguas com poucos sinais.

Os fenícios devem ter conhecido a escrita fonética por intermédio dos egípcios. Adaptaram o alfabeto fonético egípcio à língua fenícia e criaram o alfabeto de 24 letras, que usaram com muita habilidade.

Eles habitavam a região que é hoje a costa do Líbano.

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Os fenícios eram comerciantes, viajantes e navegadores, e espalharam o alfabeto fonético por todo o mundo conhecido na sua época.

De fato, todos os alfabetos fonéticos tiveram origem no alfabeto fenício: o hebraico, o árabe, o grego, o cirílico (russo), o devanágari (hindu), o romano...

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Ainda hoje alguns povos usam escritas pictográficas e ideográficas.

Os chineses ainda escrevem assim:

Homem + árvore = descanso 2 árvores = bosque

3 árvores = floresta

Os japoneses usam quatro escritas diferentes, que aparecem ao mesmo tempo até nos jornais:

uma escrita ideográfica, herdada dos chineses; um sistema silábico para os sons que não existem na escrita chinesa; um alfabeto inventado para as palavras estrangeiras; e o alfabeto romano, que serve para resolver os problemas restantes.

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Os gregos adotaram o alfabeto fenício, mas inventaram novas letras para os sons que não existiam em fenício e abandonaram as letras cujos sons não existiam em grego.

Criaram uma porção de formas de escrever, pois havia muitos Estados gregos e muitas formas diferentes de falar.

Todos sabem o quanto os gregos se preocupavam com a beleza. Assim, eles foram modelando as letras, para torná-las mais harmoniosas.

Estabeleceram a regra de escrever da esquerda para a direita, ao contrário das outras línguas semíticas. E introduziram o uso das vogais.

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Os romanos herdaram o alfabeto grego. E, como os gregos, tiveram de fazer adaptações, introduzindo novas letras e eliminando as que não serviam para sua língua.

A forma das letras também foi se modificando, de acordo com as necessidades de sua civilização.

Foi assim que as letras ganharam uma base, um pezinho especial, que permitia o alinhamento das palavras, especialmente nas grandes inscrições dos monumentos.

Ainda se usam essas bases, chamadas “serifas”, em alguns tipos de letra.

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Hoje, todas as sociedades civilizadas possuem uma escrita.

O mundo moderno precisa da escrita até para as coisas mais simples: a compreensão de placas, as instruções para o manejo de máquinas, as bulas de remédios.

Precisa da escrita para desenvolver teorias que levam ao desenvolvimento tecnológico, para a explanação de sistemas filosóficos, para a discussão dos estudos religiosos.

E a escrita, que foi na Antiguidade privilégio de sacerdotes e nobres, é hoje necessidade e direito de todos.

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Desde a declaração de um sentimento até a conclusão de um grande negócio, a escrita tem servido à comunicação entre os homens.

E hoje, quando o homem começa a conquistar o espaço, ele envia, de suas poderosas naves, mensagens simples, na tentativa de comunicar a outros seres, que porventura povoem outros planetas, nossa existência e onde nos encontramos.

É da natureza do homem comunicar-se, espalhar a notícia de sua existência, não só sobre a Terra, mas até os pontos mais longínquos do Universo.

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Ruth Rocha nasceu em 1931 na cidade de São Paulo. É uma das mais conhecidas escritoras brasileiras de livros infantis e juvenis. Ganhou os mais importantes prêmios brasileiros destinados à literatura infantil: FNLIJ, Prêmio Jabuti, APCA e ABL, entre outros. Atualmente é membro do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta. Casada com Eduardo Rocha, tem uma filha, Mariana, e dois netos, Miguel e Pedro.

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Otávio Roth (1952-1993). Paulista reconhecido mundialmente por sua obra em papel artesanal e eventos de arte participativa. Formou-se em Londres pelo Hornsey College of Art. Morou e trabalhou em Israel, Noruega e Estados Unidos.

Também recebeu vários prêmios de literatura infantojuvenil como ilustrador e escritor. Suas ilustrações da Carta de Direitos Humanos estão em exposição permanente nas sedes da ONU em Genebra, Viena e Nova York. No Brasil foi pioneiro na divulgação do papel artesanal por meio de cursos, oficinas, publicações e exposições. Seu trabalho de reciclagem de papel e de elementos da natureza contribuiu para a construção da consciência ambiental

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Edição revisada conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa Ilustrações: Raquel Coelho

Texto © Ruth Rocha Serviços Editoriais S/C Ltda.

Representado por AMS Agenciamento Artístico, Cultural e Literário Ltda.

Criação e projeto gráfico: Otávio Roth Conversão em epub: {kolekto}

Direitos de publicação:

© 1992 Cia. Melhoramentos de São Paulo

© 2002, 2009 Editora Melhoramentos Ltda.

1.ª edição digital, junho de 2014 ISBN: 978-85-06-07529-6 (digital) ISBN: 978-85-06-05825-1 (impresso) Atendimento ao consumidor:

Caixa Postal 11541 – CEP 05049-970 São Paulo – SP – Brasil

Tel.: (11) 3874-0880

www.editoramelhoramentos.com.br sac@melhoramentos.com.br

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O Livro dos Gestos e dos Símbolos

Rocha, Ruth 9788506075302 32 páginas

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1992 - Prêmio Jabuti - Melhor Obra em Coleção, Melhor Produção Editorial 1993 - Prêmio Monteiro Lobato para Literatura Infantil, Academia Brasileira de Letras Os animais têm sofisticadas formas de comunicação. E os homens? Qual é a importância dos gestos para o surdo-mudo? As cores falam? E as roupas? O que são brasões? E sinais de pista? Para que usamos os sinais luminosos sonoros? Quais são os sinais universais? Premiada em 1993 com o FNLIJ, o Jabuti de Melhor Obra em Coleção e Melhor Produção Editorial e com o Prêmio Monteiro Lobato da Academia Brasileira de Letras para Literatura Infantil, esta série oferece às crianças a maravilhosa história da evolução da humanidade.

As ilustrações utilizam recursos de colagem, criando imagens muito originais, com textura e relevo, que merecem uma leitura crítica, observando-se a integração do verbal com o não verbal em um projeto gráfico cuidadoso. Série vencedora também do Prêmio Fundação Conrado Wessel de Ciência e Cultura 2006 em literatura para a autora Ruth Rocha.

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Meio Circulante

Filho, Edison Rodrigues 9788506069721 96 páginas

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Numa aventura divertida, a trajetória de uma nota de dez reais é contada. Sempre circulando de mão em mão, a nota de dez reais inicia sua história nas mãos de um jornaleiro, que a repassa em uma venda de cartões telefônicos, terminando nas mãos de um colecionador, que a emoldura, e acaba participando da vida de todos aqueles que a possuem, seja por pouco ou muito tempo, seja em mãos corretas ou duvidosas.

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O Pequeno Livro de Hai-kais do Menino Maluquinho

Ziraldo

9788506069462 28 páginas

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"O Pequeno Livro de Hai-kais do Menino Maluquinho" é uma singela amostra gratuita dos poemas que compõe o livro "Os Hai-kais do Menino Maluquinho". O hai-kai é uma pequena composição poética de origem japonesa, constituída de três versos com cinco, sete e cinco sílabas, tendo como tema as variações da natureza e a sua influência na alma do poeta. O poeta Ziraldo canta em hai-kais as observações do seu mais famoso personagem, o Menino Maluquinho, sobre a natureza, as relações com a família, com os amigos e consigo mesmo. As ilustrações completam a graça e a poesia da obra, que propõe ao leitor que também faça sua reflexão sobre os temas.

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O Meu Pé de Laranja Lima – 50 Anos

de Vasconcelos, José Mauro 9788506082096

232 páginas

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✴ Mais de 2 MILHÕES de exemplares vendidos ✴ ✴ Mais de 150 EDIÇÕES no Brasil ✴ ✴ Traduzido em 15 IDIOMAS ✴ ✴ Publicado em 23 PAÍSES ✴ Nova edição com suplemento de leitura e notas

explicativas de Luiz Antonio Aguiar. Um clássico da literatura brasileira, com adaptações para a televisão, o cinema e o teatro, O Meu Pé de Laranja Lima é desses livros que marcam época. Lançado em 1968, trata-se de uma história fortemente autobiográfica, que demonstra a mão de um escritor experiente, ciente do efeito que pode provocar nos leitores com suas cenas e a composição de seus personagens. O protagonista Zezé tem 6 anos e mora num bairro modesto, na zona norte do Rio de Janeiro. O pai está desempregado, e a família passa por dificuldades. O menino vive aprontando, sem jamais se conformar com as limitações que o mundo lhe impõe – viaja com sua imaginação, brinca, explora, descobre, responde aos adultos, mete-se em confusões, causa pequenos desastres. As surras que lhe aplicam seu pai e sua irmã mais velha são seu suplício, a ponto de fazê-lo querer desistir da vida. No entanto, o apego ao mundo que criou felizmente sempre fala mais alto. Só não há remédio para a dor, para a perda. E Zezé muito cedo descobrirá isso. A alegria e a tristeza não poderiam estar mais bem combinadas do que nestas páginas. E isso, se não explica, justifica a imensa popularidade alcançada pelo livro. José Mauro de Vasconcelos

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A mala de Hana

Levine, Karen 9788506007563 112 páginas

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"A Mala de Hana" é um retrato singelo, mas mostra como era cruel a vida das crianças submetidas ao Holocausto. A história se desenrola em três continentes durante um período de quase setenta anos.

Envolve a experiência da garotinha Hana e de sua família na Tchecoslováquia (atual República Tcheca), nas décadas de 1930 e 1940, uma jovem e um grupo de crianças em Tóquio, no Japão, e um homem em Toronto, no Canadá, nos dias de hoje. Um relato que vai sensibilizar a todos para que horrores semelhantes aos que atingiram Hana e outros inocentes nunca voltem a acontecer.

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