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OS GRANITOS DE VILA POUCA DE AGUIAR

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Academic year: 2021

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COORDENAÇÃO: LUÍS SOUSA

OS GRANITOS DE VILA POUCA DE AGUIAR

COMO FACTOR DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

(2)

F

icha

T

écnica

Título

Os granitos de Vila Pouca de Aguiar como factor de desenvolvimento regional. Uma abordagem multidisciplinar.

Coordenação

Luís Sousa

Edição

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, 2012

Design

Raquel Pimenta - Minfo Gráfica

Impressão e acabamento Minfo Gráfica Tiragem 500 ISBN 978-972-704-375-0 Depósito Legal 360601/13

(3)

í

ndice

OS rECurSOS gEOLógICOS Em VILa POuCa DE aguIar

2

PágINa

23

a gEOLOgIa Da rEgIãO DE VILa POuCa DE aguIar

1

PágINa

11

OS graNITOS DE VILa POuCa DE aguIar

3

PágINa

29

a ImPOrTâNCIa Da INDúSTrIa DO graNITO Na rEgIãO

4

PágINa

43

rECurSOS gEOLógICOS E OrDENamENTO DO TErrITórIO

5

PágINa

53

PrOSPECçãO DE graNITO OrNamENTaL

6

PágINa

71

LICENCIamENTO DE PEDrEIraS

7

PágINa

85

ExTraCçãO mECâNICa DE graNITO

8

PágINa

115

ExTraCçãO DE graNITO COm ExPLOSIVOS

9

PágINa

123

máquINaS E EquIPamENTO uTILIzaDOS Em PEDrEIraS

10

PágINa

133

TraNSfOrmaçãO DE graNITO

11

PágINa

143

arquITECTura Em graNITO - BrEVE rELaNCE Da Sua hISTórIa

12

PágINa

153

SEguraNça, hIgIENE E SaúDE Em PEDrEIraS

13

PágINa

177

ImPaCTES amBIENTaIS rESuLTaNTES Da aCTIVIDaDE ExTraCTIVa

14

PágINa

187

PEDrEIraS SujEITaS a aVaLIaçãO DE ImPaCTE amBIENTaL

15

PágINa

199

rESíDuOS Da INDúSTrIa DO graNITO

16

PágINa

209

aTErrOS DE rESíDuOS INErTES

17

PágINa

219

rECuPEraçãO amBIENTaL E PaISagíSTICa DE PEDrEIraS

18

PágINa

237

PaTrImóNIO gEOLógICO Na rEgIãO DE VILa POuCa DE aguIar

19

PágINa

251

INOVaçãO E INVESTIgaçãO

20

PágINa

269

a rOTa Da PEDra Em VILa POuCa DE aguIar

21

PágINa

285

aIgra - aSSOCIaçãO DOS INDuSTrIaIS DE graNITO

22

PágINa

293

(4)

Pedro M. Sarmento Costa

João Crespo

Luís M. O. Sousa

Transformação

de granito

(5)

UMA ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR

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TRANSFORMAçãO DE GRANITO

INTrODuçãO

PEçaS fENDIDaS

As técnicas de transformação de rochas ornamentais englobam todos os processos necessários à obtenção das várias tipologias de produtos a partir dos blocos de rocha extraídos nas pedreiras. Esta transformação pode ser expedita e ocorrer ainda nas pedreiras, como por exemplo os blocos de granito utilizados na construção de habitações, ou pode ser muito elaborada, como por exemplo as peças polidas. Neste capítulo far-se-á referência aos vários produtos obtidos e às técnicas utilizadas no respectivo processo de transformação.

Uma das mais antigas técnicas de transformação de granito consiste em fender os blocos extraídos até a obtenção das peças de tamanho desejado. Com o recurso a cunhas e guilhos obtêm-se peças, como exemplo o perpianho ou o lancil, que são utilizadas sem mais acabamento, conferindo-lhe um aspecto rústico. O conhecimento do “correr” da pedra é fundamental para facilitar o corte da pedra e para obter superfícies regulares. As peças fendidas poderão ser trabalhadas na face visível com “picos” manuais ou pneumáticos de modo a apresentarem um aspecto mais regular e homogéneo. A utilização de máquinas facilita a obtenção das peças de menor dimensão, como os cubos e paralelos de vários tamanhos.

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OS GRANITOS DE VILA POUCA DE AGUIAR COMO FACTOR DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

PEçaS SErraDaS

PEçaS DE PEquENa ESPESSura

Quando é necessário obter peças de grossa espessura com forma geométrica muito precisa, a melhor opção é a utilização das serras de disco ou o fio diamantado fixo, que têm a vantagem de permitir cortar apenas as “fatias” de rocha necessárias. Em ambos os casos podem ser utilizados blocos de menor dimensão, que têm a vantagem de serem comercializados a um preço inferior. As serras de disco são constituídas por um disco, constituído por elementos abrasivos aglomerados numa liga metálica, que se movimenta sobre o bloco de rocha a serrar em movimentos lentos de vai e vem para não danificar o abrasivo. As serras de monodisco, quando o corte é efectuado apenas por um disco, ou multidisco, quando o corte é realizado por vários discos espaçados em função da espessura pretendida, podem ter vários diâmetros em função dos blocos a transformar e do tamanho peças que se pretendem obter.

Quando se pretende obter placas de granito com espessura baixa (2-3 cm) a técnica mais utilizada é a serragem com engenho ou tear. Esta máquina corta os blocos em placas, cuja largura será a altura de serragem e o seu comprimento será o do bloco. O tear é accionado por uma biela e executa um movimento alternado, na horizontal, e move um conjunto de lâminas que guiam o

Serragem de blocos com serra monodisco e com fio diamantado.

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TIPOS DE aCaBamENTO

TRANSFORMAçãO DE GRANITO

corte da rocha. A mistura abrasiva, constituída por água, cal e granalha abrasiva, ao ser arrastada pelas lâminas é responsável pelo corte da rocha.

Após o corte as placas serão submetidas ao tratamento de superfície desejado, e finalmente cortadas e acabadas em função das especificações do produto final.

Após as peças serem serradas com a espessura pretendida será necessário dar-lhe o acabamento superficial que maximize as suas características estéticas e lhe confira a melhor adequabilidade à sua utilização. Os acabamentos de superfície podem ser muito variados de acordo com a irregularidade final obtida, podendo variar do polido (máximo brilho) até à máxima irregularidade possível. Apresentam-se de seguida as características dos acabamentos superficiais mais utilizados.

Serrado

Este acabamento corresponde aquele que as chapas têm ao sair dos engenhos de serragem. Trata-se do acabamento mais económico, pois todos os outros são realizados sobre as chapas serradas. A superfície não é lisa ao toque nem totalmente anti-derrapante, mas é adequada para a maioria das situações em pavimentos exteriores com grande afluência de público.

Polido

Trata-se de uma superfície brilhante que realça a coloração completa dos materiais, bem como as suas características específicas (o grão, os veios, etc.). Totalmente plano e liso, este acabamento transmite sentimentos de nobreza e requinte e revela toda a beleza e força da pedra natural.

Amaciado

Uma superfície suave, totalmente lisa e plana, que mostra a verdadeira coloração dos materiais sem o brilho e o pormenor do acabamento polido. Muito em voga, este acabamento é considerado muito acolhedor e confortável.

Escovado

Anti-derrapante, o acabamento rústico não é liso ao toque sendo porém totalmente adequado para pavimentação plana. De superfície semi-rugosa e comparativamente mais suave do que o acabamento a jacto de areia, o material com acabamento rústico tem tido grande aceitação junto de prescritores de todo o mundo. Na verdade, esta superfície deixa transparecer mais a coloração original do material ao mesmo tempo que o torna anti-derrapante.

Granalhado

Acabamento para obtenção de superfícies rugosas (antiderrapante), tendo como campo de aplicação pavimentos, fachadas ventiladas (revestimentos exteriores). Trata-se de um processo

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OS GRANITOS DE VILA POUCA DE AGUIAR COMO FACTOR DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

de acabamento na superfície da pedra, de decapagem, obtido com a projeção de esferas de aço. A diferença entre as saliências e depressões excede os 2 mm.

Bujardado

O acabamento bujardado é anti-derrapante e especialmente adequado para pavimentos e revestimentos exteriores. De superfície rugosa, o material bujardado é suficientemente plano e muito utilizado para pavimentação. É de notar que este acabamento esbate a coloração dos materiais, esbranquiçando-os ligeiramente.

Areado

O acabamento a jacto de areia é anti-derrapante e semi-rugoso, suficientemente plano e muito indicado para pavimentação. Comparativamente, este acabamento é menos rugoso que o bujardado e mais irregular ao toque do que o escovado. Da mesma forma, deixa transparecer mais a coloração do material que o acabamento bujardado mas menos que o acabamento escovado.

Flamejado

Produzido através da exposição da pedra a altas temperaturas, embora nem todos os materiais flamejem. O acabamento flamejado é suficientemente plano para pavimentação, embora admita variações no relevo da sua superfície e aparente uma face composta por camadas ou “lascas”. Único nos efeitos que produz, o acabamento flamejado torna as superfícies anti-derrapantes ao mesmo tempo que esbate a coloração original do material e lhe dá as variações próprias de uma “superfície com diferentes cotas de relevo”.

Escacilhado

De superfície irregular, este acabamento não se adequa à pavimentação, mas antes a revestimentos que se pretendam belos e duradouros. Para superfícies escacilhadas deve-se considerar material a partir dos 5 cm de espessura, uma vez que parte desta espessura será quebrada com as ferramentas próprias até ficar com aproximadamente 3 cm de espessura base.

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TéCNICaS INOVaDOraS

A necessidade de obter produtos diferenciados e que se adaptem às exigências do cliente levou ao aparecimento de técnicas que tornam possível quase todas as hipóteses, conjugando design e técnica. Com o aparecimento de máquinas de movimentos controlados por computador (CNC - Computer Numeric Control ou, em português, Controlo Numérico Computadorizado) as possibilidades foram exponenciadas, reduzindo os erros e aumentado a produtividade. Nesta categoria destacam-se dois modelos:

- Máquinas de corte por jacto de água – com 3 eixos livres de movimento, executam cortes vazados, bidimensionais, em pedras de espessura que varia entre 5 mm até 150 mm. Esta tecnologia permite fazer cortes em curva com precisão milimétrica, e é usada maioritariamente para aberturas em balcões de cozinhas e tampos de casas de banho.

- Fresadoras de 5 eixos – com 5 eixos livres de movimento, executam trabalhos tridimensionais por desbaste. São máquinas programadas por software CAD/CAM, com múltiplas ferramentas (discos, fresas e brocas) o que permite a execução de trabalhos longos e minuciosos sem intervenção humana. São usadas numa grande variedade de propósitos, que vai desde peças arquitectónicas mais complexas até esculturas.

TRANSFORMAçãO DE GRANITO Serragem de blocos com serra monodisco e com fio diamantado.

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OS GRANITOS DE VILA POUCA DE AGUIAR COMO FACTOR DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Associada à imaginação, a capacidade destes meios técnicos permite criar peças únicas capazes de satisfazer praticamente todos os pedidos/necessidades. É possível idealizar peças de mobiliário ou esculturas que constituem autênticas obras de arte, ou então criar acabamentos superficiais para áreas nobres, com um design apelativo e personalizado.

Como dissemos as técnicas de transformação permitem obter uma variedade de formas e acabamentos, possibilitando maximizar a utilização do granito e demais pedras naturais em muitas situações, desde os tradicionais revestimentos aos arranjos urbanísticos. Nas imagens seguintes apresentam-se apenas alguns exemplos das possíveis utilizações, desde interiores em revestimento, escadas e instalações sanitárias, até ao exterior em revestimento e pavimento.

Alguns exemplos das potencialidades da máquina CNC (fresadora de 5 eixos).

aLgumaS aPLICaçõES

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TRANSFORMAçãO DE GRANITO Os produtos de pedra natural são utilizados em muitas situações.

Referências

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