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A trajetória do novo sindicalismo metalúrgico do ABCD paulista e do movimento sindical brasileiro, na década de 1980

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Academic year: 2018

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: \ R T I G O zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

EDUCAÇÃOBA

EM DEBATE

Hildemar Luiz Rech1

A f r a j e t ó r i a d o n o v o

s i n d i c a l i s m o

m e t a l ú r g i c o

d o A B C D p a u l i s t a

d e d o

m o v i m e n t o

s i n d i c a l

b r a s i l e i r o ,

n a d é c a d a

d e 1 9 8 0

R e s u m o

o

ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAp r e s e n t e t e x t o a b o r d a a t r a je t ó r ia a s c e n d e n t e do c h a m a d o n o v o s in d ic a lis m o do A B C D _ a u lis t a e do m o v im e n t o s in d ic a l b r a s ile ir o n o s a n o s 1 9 8 0 . O q u a d r o de c r is e t e r m in a l do m o d e lo e c o n ô m ic o d e s e n v o lv im e n t is t a e op r o c e s s o de t r a n s iç ã o p o lí t ic a p a r a a d e m o c r a c ia e s t im u la r a m a e f e r v e s c ê n c ia do s in d ic a lis m o b r a s ile ir o n a q u e la d é c a d a . E n q u a n t o n o s p a í s e s c e n t r a is do c a p it a lis m o , na E u r o p a en o s E U A , o c o r r e u n a q u e le d e c ê n io ump r o c e s s o der e t r a ç ã o dom o v im e n t o s in d ic a l, no B r a s il c o n s o lid o u - s e umf o r t a le c im e n t o dao r g a n iz a ç ã o e daa t u a ç ã o s in d ic a l. Ous e ja ,no B r a s il o c o r r e u n a q u e le p e r í o d o h is t ó r ic o um e x p r e s s iv o a u m e n t o da a ç ã o p o lí t ic a dos in d ic a lis m o ; io t e m le g a liz a d a s ele g it im a d a s a s c e n t r a is s in d ic a is ; c r e s c e u ad e n s id a d e s in d ic a l; d is s e m in a r a m -se o s p r o c e s s o s de n e g o c ia ç ã o c o le t iv a do t r a b a lh o , c o m a a m p lia ç ã o d a s c lá u s u la s c o n t r a t u a is . 5 r m a d a s ; e a u m e n t o u e x p r e s s iv a m e n t e a a t iv id a d e g r e v is t a c o n t r a a s p o lí t ic a s de a r r o c h o s a la r ia l ec o n t r a a s f o r m a s de g e s t ã o a u t o r it á r ia d a s r e la ç õ e s de t r a b a lh o .

Palavras-chave: A ç ã o g r e v is t a . D e n s id a d e s in d ic a l. N e g o c ia ç ã o c o le t iv a do t r a b a lh o .

A b s t r a c t

T h e t r a j e c t o r y o f t h e m e t a l w o r k e r s n e w t r a d e u n i o n i s m o f A B e D , S ã o P a u l o ,

a n d o f t h e B r a z i l i a n u n i o n i s m i n t h e 1 9 8 0 s

T b is s t u d y f o c u s e s on t h e r is in g t r a je c t o r y o f t h e n e w t r a d e u n io n is m o f A B C D , S ã o P a u lo , and o f t h e B r a z ilia n u n io n is m in t h e c o u n t r y in t h e 1 9 8 0 s . T h e t e r m in a l c t is is o f t h e d e v e lo p m e n t is t e c o n o m ic m o d e l and t h e p o lit ic a l t r a n s it io n t o d e m o c r a c y , in B r a z il, s t im u la t e d t h e e f f e r v e s c e n c e o f t h e B r a z ilia n t r a d e u n io n is m in t h e 1 9 8 0 s . M e a n w h i1 e in t h e c o r e o f c e n t r a l c a p it a lis t c o u n t r ie s , in E u r o p e and iii t h e U S A , w a s h a p p e n in g aw it h d r a w in g p r o c e s s w it h t h e t r a d e u n io n is m m o v e m e n t , a t t h e s a m e t im e , iii B t e z il, was o c c u r r in g , in a d if f e r e n t w a y , as t r e n g t h e n in g o f t h e o r g a n iz a t io n andp e r f o r m a n c e o f t h is k in d o f mov e m e n t . I n t h e 1 9 8 0 s ,ith a p p e n e d in B r a z il an e x p r e s s iv e g r o w t h o f t r a d e u n io n is m p o lit ic a l a c t iv it ie s : ar is in g u p o f t r a d e u n io n is m d e n s it y ; ad is s e m in a t in g p r o g r e s s in c o lle c t iv e b a r g a in in g p r o c e d u r e s , in v o lv in g t h e e n la r g e m e n t o f t h e c o n t r a c t u a l c la u s e s in t h e

la b o r a g r e e m e n t s ; a n d an e x p r e s s iv e g r o w t h o f s t r ik e m o v e m e n t s a g a in s t w a g e s q u e e z e p o lic ie s and a g a in s t a u t h o r it a r ia n m a n a g e m e n t p r a c t ic e s it i la b o r r e la t io n s .

Key words: U n io n s t r ik e ectivities. T r a d e u n io n is m d e n s it y . C o lle c t iv e b a r g a in in g .

IDoutor em Ciências Sociais pela Unicamp e professor no Departamento de Fundamentos da Educação e do Programa de

Pós-graduação em Educação Brasileira da UFC. E-mail: santosrech@terra.com.br

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I n t r o d u ç ã ozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

o

presente estudo é centrado na traje-tória do sindicalismo metalúrgico de São Ber-nardo do Campo e Diadema, São Paulo, e do conjunto do chamado novo sindicalismo, ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT), nos anos 1980.

No que tange ao sindicalismo metalúrgi-co de São Bernardo do Campo e Diadema, são feitas no presente texto uma caracterização e uma análise do estilo de ação e das formas de intervenção estratégica desse movimento sin-dical cuja prática político-sindical tornou-se uma referência para o conjunto do chamado novo sindicalismo.

Desse modo, justifica-se a exposição dos principais eixos reivindicativos, das formas de luta e do perfil de prática sindical adotados na base daquela entidade sindical e no conjunto do sindicalismo da CUT em contraposição às estratégias do empresariado e do governo no plano das relações de trabalho e das políticas salariais, sociais e trabalhistas em geral.

A análise da dinâmica desse sindicalismo é feita estabelecendo-se uma relação desse mo-vimento sindical com a complexa combinação dos fatores econômicos, sociais, políticos, instí-tucionais e ideológicos que incidiram sobre as características e o desenvolvimento desse sin-dicalismo naquela década.

No decorrer dos anos 1980, a ação do chamado novo sindicalismo - que adquiriu ex-pressão pública a partir das greves metalúr-gicas de São Bernardo do Campo, Diadema e Santo André (SP) e de São Paulo (capital) em 1978-79 - propiciou o desencadeamento de uma trajetória ascendente (marcada por mobi-lizações reivindicativas e políticas de protesto e por greves) do sindicalismo brasileiro em ge-ral, ou seja, no âmbito de diferentes categorias de trabalhadores.

Essa ascensão foi estimulada por um quadro de crise do modelo econômico nacional desenvolvimentista e pela transição para um regime político democrático no país. Dentro desse espectro, o perfil do novo sindicalismo foi marcado por práticas de caráter fortemente classista - de contestação, de antagonismo de classe e de confronto com estratégias

governa-entais e empresariais.

F a t o r e s e n d ó g e n o s e e x ó g e n o s q u e ,

à c o n t r a c o r r e n t e d o s i n d i c a l i s m o

e u r o p e u e n o r t e - a m e r i c a n o ,

i m p u l s i o n a r a m o s i n d i c a l i s m o

b r a s i l e i r o n o s a n o s 1 9 8 0

Entre os fatores externos ao movimento sindical que contribuíram para sua ascensão, merecem destaque:

a) a democratização - incluídos aí o pro-cesso constituinte (de 1985-88) e o avanço da luta pela ampliação dos direitos civis, sociais e políticos -, que estimulou o aprofundamento da organização social e política no país;

b) a manutenção, quase intocada, da es-trutura do mercado de trabalho forjada no pe-ríodo nacional-desenvolvimentista (1950-1979) - a despeito da crise terminal daquele modelo econômico -, com forte presença da força de trabalho urbana industrial e de serviços;

c) a presença de um processo inflacioná-rio crônico no país, corrosivo em relação ao po-der aquisitivo dos salários, pressionando o sin-dicalismo a desencadear uma luta permanente contra as perdas salariais;

d) a atuação decisiva do Estado sobre a política salarial, via políticas de indexação dos salários e via implementação de sucessivos pa-cotes econômicos e salariais de arrocho, que estimulou a unificação da luta sindical contra o governo e contra o empresariado;

e) a permanência ainda predominante do paradigma industrial taylorista-fordista nas principais regiões industriais do Brasil susten-tando uma notável aglomeração operária nas grandes fábricas dessas regiões urbanas de forte concentração industrial do Sudeste e Sul do país e propiciando a luta operária contra as práticas fabris autoritárias;

f) a situação de dependência da eco-nomia brasileira de financiamentos externos e o quadro de extrema desigualdade social e de forte concentração da renda no país.

Entre os fatores internos ao movimento sindical que contribuíram para a pujança do sindicalismo, cabe destacar os seguintes:

a) a ampliação da organização sindical, com o surgimento e o reconhecimento público de centrais sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central Geral dos Tra-balhadores (CGT) e o surgimento de diversas

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novas entidades sindicais urbanas (principal-mente de funcionários públicos) e rurais;

b) o crescimento dos índices de sindicali-zação nas entidades sindicais mais cornbativas e a elevação da participação dos trabalhadores de base em ações grevistas, no bojo dos sindi-catos melhor organizados e mais representati-vos no país;

c) a conquista pelos ativistas sindicais iden-tificados com as propostas do novo sindicalismo e daBAeUT, via eleições sindicais, da direção de um crescente número de entidades sindicais;

d) a ampliação expressiva das pautas de reivindicação e das cláusulas contra tu ais firma-das nos processos de negociação coletiva de trabalho, o que estimulou ainda mais a partici-pação sindical de base;

e) a crescente politização do movimento sindical, no quadro de várias frentes de atuação sindical e política - em um espectro econômico e político de crise e de transição;

f) a expressiva participação dos trabalha-dores de base na luta econômica salarial e fabril e na luta pela democratização da sociedade e do Estado brasileiro;

g) o reconhecimento público, principalmen-te de parprincipalmen-te da classe operária e da classe média, da importância da luta social e política do síndí-calismo cornbativo, em um contexto de corrosão salarial e de mobilização por direitos sociais e po-líticos, realidade essa que também serviu como uma fonte de prestígio político aos líderes sin-dicais emergentes, legitimando sua atuação po-lítico-sindical e sua inserção ativa no cerne dos partidos políticos emergentes com um perfil mais àesquerda, como, por exemplo, o PT;

h) e, finalmente, a identificação do movi-mento do novo sindicalismo com um discurso e uma simbologia classista, democrático-radical e socialista, com influência de correntes políticas e teóricas de alinhamento marxista, neomarxis-ta e reformisneomarxis-ta radical.

De outro lado, cabe enfatizar que o aflora-mento do sindicalismo no Brasil ocorreu no con-trafluxo da crise e enfraquecimento do sindica-lismo europeu e norte-americano, que resultou em expressivas perdas na densidade sindical, na força política (na esfera pública e no quadro da negociação coletiva de trabalho) e na pró-pria legitimidade e capacidade de representa-ção social e política das organizações sindicais naqueles países centrais do capitalismo.

A desarticulação das políticas macro-econômicas, dos compromissos e dos pactos econômico-sociais e do arcabouço

jurídíco-íns-titucional keynesiano-fordista ocorreu de modo simultâneo à gradual intensificação da globa-lização econômica comercial e financeira e à afirmação do regime de acumulação e do para-digrna industrial flexível nos mais importantes países europeus e nos EUA.

Ademais, as mudanças econômicas, polí-ticas e institucionais que envolveram a parcial desarticulação do Estado de bem-estar social naqueles países resultaram na flexibilização e na precariedade do mercado de trabalho; no aumento das taxas de desemprego industrial; na descentralização e na flexibilização dos con-tratos coletivos de trabalho; no estreitamento dos espaços de participação dos sindicatos na esfera pública; na forte diminuição do número de greves e de grevistas; na queda das taxas de filiação sindical e na fragmentação da ação sindical; na diminuição do percentual de tra-balhadores cobertos por contratos coletivos de trabalho; e, enfim, na perda do prestígio e do grau de legitimidade do sindicalismo.

Em contraposição, no Brasil, ainda não havia ocorrido, nos anos 1980, a instauração predominante de um paradigma industrial fle-xível, baseado em um processo sistêmico e am-pliado de racionalização produtiva, em moldes pós-fordistas ou toyotistas.

Aliás, não houve um modo de regulação social, político e jurídico-institucional keynesia-no-fordista a ser desarticulado no Brasil, visto que tal modelo jamais existiu no país. Ao con-trário, o processo de democratização em anda-mento propiciou a ampliação das lutas sindicais e políticas por melhorias salariais, por melhor distribuição de renda, pela desarticulação dos mecanismos autoritários presentes no Estado e na sociedade civil e pela constitucionalização de diversos direitos sociais, trabalhistas e polí-ticos de cidadania, em plena fase de "canto do

cisne" do modelo nacional-desenvolvimentista.YXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

C a r a c t e r í s t i c a s e e s t r a t é g i a s d o

n o v o s i n d i c a l i s m o b r a s i l e i r o

o

novo sindicalismo caracterizou-se por ações de oposição frontal e sistemática às polí-ticas salariais e trabalhistas governamentais e empresariais, legitimadas pela intensa partici-pação dos trabalhadores em greves.

Ao contrário das tendências de retração dos movimentos grevistas e da perda da legiti-midade do sindicalismo nos países centrais do capitalismo, o Brasil, a partir da emergência do

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chamado novo sindicalismo, comportou uma re-novação das práticas sindicais.

Assim, a ação do novo sindicalismo prota-gonizou o aumento dos índices de sindicalização, a elevação do grau de representatividade e de le-gitimidade política dos sindicatos urbanos mais ativos (e fortes) e desencadeou diversas greves gerais contra os pacotes econômicos do governo e contra a falta de liberdade sindical e política.

No plano de categorias profissionais es-pecíficas, foram travadas lutas permanentes contra a corrosão salarial (instaurada por um processo inflacionário crônico presente nopaísê, aumentou notavelmente o número de cláusulas nos acordos e nas convenções coletivas (no pe-ríodo das datas-base de barganha coletiva de trabalho) e cresceu expressivamente o número de entidades representativas dos trabalhadores no país. Entre 1978 e 1988, houve um aumento de 42,6% no número de sindicatos e associa-ções profíssionaís''.

No contexto das relações de trabalho, os dados oficiais (publicados em alguns estudos) mostram queBA

"I...]

em 1978, menos de 20% dos sindicatos participava de práticas de negocia-ção coletiva do trabalho" (CÓRDOVAapud PO-CHMANN, 1996, p. 271). Entretanto, em 1989, já metade das entidades sindicais participava de alguma forma de negociação coletiva - com destaque para as organizações sindicais de tra-balhadores urbanos, das quais 82,5% estavam envolvidos em procedimentos negociais para a definição de condições salariais e de trabalho naquele ano".

O movimento sindical identificado com a CUT também obteve relativo êxito em suas pressões sobre o sistema político nacional, na luta por reformas sociais e democráticas e pela reforma constitucional no país (incluída aí a re-forma sindical).

O processo nacional constituinte, que resul-tou na instauração da nova Constituição brasilei-ra em 1988, propiciou ao novo sindicalismo, sob a égide da CUT,apresentar propostas pontuais de reforma e influenciar decisivamente - mediante

pressão política - na dinâmica de elaboração e no conteúdo da nova carta constitucional.

Assim, o novo sindicalismo contribuiu para a inserção de velhos e novos direitos sin-dicais, trabalhistas e sociais no cerne do ar-cabouço jurídico-constitucional brasileiro, ou-torgado em 1988. Desse modo, por exemplo, foram constitucionalizados o direito de greve, a aposentadoria por tempo de serviço e sem idade mínima, a jornada semanal de trabalho de 44 horas, o direito de delegado sindical nas empresas com mais de 200 empregados e a ex-tensão da legislação trabalhista às empregadas domésticas (BOITOJr., 1999, p. 137).

Entretanto, quanto à estrutura sindical, a CUT não ousou lutar pelo fim integral do mode-lo corporativista sindical vertical e fragmentado de Estado, preferindo escolher uma atuação es-tratégica voltada à busca de reformas pontuais e à conquista de direções de sindicatos, via dis-puta de eleições sindicais. Mas o novo sindica-lismo lutou pela substituição dos mecanismos autoritários de gestão dos sindicatos inerentes à estrutura sindical oficial. Ou seja, lutou contra os dispositivos de intervenção arbitrária do Es-tado e da Justiça do Trabalho nos processos de negociação coletiva de trabalho e contra a inge-rência autoritária do Ministério do Trabalho na dinâmica administrativa e política dos sindica-tos (BOITOJr., 1991).

Com modelo de organização sindical, o chamado novo sindicalismo logrou êxito na concretização de suas reivindicações a favor de reformas na estrutura sindical corporativis-ta escorporativis-tacorporativis-tal. Porém, isso ocorreu sem que alguns dos pilares básicos da estrutura oficial tradi-cional fossem desarticulados, uma vez que foi preservada a unicidade sindical (controlada pelo Estado, via distribuição de cartas de auto-rização para a criação de novos sindicatos); foi mantida a divisão da organização sindical por categorias profissionais e fragmentada por mu-nicípios; e continuaram sendo descontadas as taxas de contribuição sindical compulsória dos trabalhadores (BOITOJr., 1991).

2 No decorrer da década de 1980, o processo inflacionário que acompanhou de forma quase intermitente a economia brasileira deteriorou drasticamente o poder de compra dos salários no país. E a luta do sindicalismo, embora não conseguisse reverter as perdas, conseguiu ao menos diminuí-Ias.

3Cf. Indicadores Sociais do IBGE, 1989/90.

4Contudo, a maior parte dos processos de negociação coletiva do trabalho nos anos 1980, a despeito das reformas na legislação do trabalho, ainda continuava esbarrando na fragmentação sindical, na segmentação da barganha coletiva imposta pela prática institucional das datas-base anuais de negociação coletiva do trabalho e especialmente na chamada cultura dos acordos em dissídio, que mantinha o sindicalismo dependente da intermediação da Justiça do Trabalho para o alcance da definição de acordos coletivos de trabalho, A esse respeito ver Oliveira (1994). especialmente p. 501.

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De outro lado, as estratégias de indus-trialização adota das cristalizaram mecanismos autoritários de "rotinização taylorista" no pro-cesso de trabalho industrial. Quanto à política salarial e de negociação coletiva do trabalho predominante, esta se caracterizou pelo paga-mento de baixos salários e pelo recurso ao po-der normativo e intervencionista da Justiça do Trabalho de parte dos empresários, visando a uma imposição unilateral de seus interesses na contratação coletiva do trabalho, estimulando, desse modo, movimentos de resistência fabril já no decorrer dos anos 1970.

No mercado de trabalho, observa-se que, no próprio auge do modelo desenvolvimentis-ta, setores, segmentos e empresas industriais atrasadas - que fizeram uso, de forma extensi-va, de uma força de trabalho rotatiextensi-va, com baixa qualificação e baixos salários - conviveram ao lado de segmentos e empresas mais modernas (em que os patamares de remuneração da força de trabalho se mostraram relativamente mais elevados), a despeito de que mesmo os traba-lhadores empregados nas indústrias mais com-petitivas jamais contassem com instituições e regras de negociação coletiva do trabalho for-distas (FlORI,1995, p. 170 e ss).

A crise do nacional-desenvolvimentismo contribuiu, já na segunda metade dos anos 1970 e principalmente nos anos 1980, para a queda do poder aquisitivo dos salários, inclusive nas empresas dos setores dinâmicos' da economia, fato esse que estimulou reações generalizadas nas fábricas contra as tendências de aguda ex-ploração da força de trabalho.

Ademais, o aprofundamento da crise e a fratura política, decorrente da ruptura do pacto de elites que sustentou os regimes governa-mentais autoritários nos anos 1960 e 1970, abri-ram espaços para o surgimento de movimentos de protesto e de oposição, inclusive de parte das classes e dos segmentos sociais subordina-dos na sociedade, em especial do movimento operário-sindical.

O processo de transição política para a democracia estimulou diversas ações coletivas. Na fase inicial de emergência do novo sindica-lismo, entre 1978 e 1984, os sindicatos recu-peraram sua função de defender os salários e outras reivindicações relativas às condições e relações de trabalho nas empresas. Nesse pe-ríodo, entre os trabalhadores, também a "[...] estratégia grevista 'afirmou-se' como uma das formas de reconquista da cidadania política" (NORONHA; GEBRIN; ELIAS Jr.; 1998, p. 12).

A partir de 1985, com a liberalização .~ lei de greve, os conflitos perderam em inte -sidade na relação entre Estado e sindicatos e aumentaram na relação entre sindicatos de e -pregados, de um lado, e empresas e sindicatos patronais, de outro. Ou seja, enquanto antes de

1985 os sindicatos obtiveram espaços de afir-mação política por sua capacidade de pressão maior sobre o Estado, a partir daquele ano as lideranças sindicais afirmaram-se como inter-locutores válidos na esfera política, ao mesmo tempo que se abriu "[...] o caminho para a dis-seminação da negociação e para a redução do poder discricionário dos ernpreqadores">.

Ainda no se refere ao mercado de tra-balho, entre 1966 e 1979, ocorreu um notável crescimento do emprego na indústria de trans-formação no país, favorecendo a concentração operária em regiões de aglomeração de unida-des industriais modernas e dinâmicas como, por exemplo, do setor automobilístico. Foi nesse tipo de indústria que cresceu a força de traba-lho industrial urbana do estado de São Paulo e de outros estados do Sudeste e do Sul brasilei-ro. Esse setor se transformou no principal sus-tentáculo do movimento do novo sindicalismo.

Entretanto, no começo da década de 1980, eclodiu uma forte onda recessiva na eco-nomia brasileira - estimulada pelo exorbitante aumento dos juros cobrados sobre empréstimos internacionais, pela crise da dívida externa e, enfim, pela falta de financiamento da economia brasileira - que resultou em altos índices de de-semprego no país. A propósito, nesse período, o emprego na indústria de transformação pau-lista caiu cerca de26% entre dezembro de 1980 e dezembro de 19836.

A intensa crise econômica teve reper-cussões na esfera político-ins itucional e o governo de João Baptista Figueiredo passou a adotar medidas repressivas em relação ao movimento sindical, que assim foi mais uma vez contido pelo uso do monopólio da força do Estado. Seus líderes foram perseguidos, cas-sados e aprisionados e ocorreram interven-ções do Ministério do Trabalho nos sindicatos mais fortes e ativos.

Contudo, mesmo nesses tempos duros (de desemprego e de repressão política), o mo-vimento sindical manteve acesa, embora com dificuldades, a luta por melhores salários, pela ampliação dos direitos de cidadania e por liber-dades democráticas. Também durante esse pe-ríodo conturbado foi fundada a CUT, em 1983.

A partir de 1984-85, no quadro de um ex-pressivo processo de recuperação da economia

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industrial brasileira, ocorreu um reflorescimento do movimento sindical grevista, com destaque, em 1985, para a estratégia de luta chamada de "operação vaca brava", ocorrida em empresas do setor metalomecânico e automobilístico na região de São Bernardo do Campo, Diadema e Santo André e em diversas outras cidades paulistas. Essa "operação" representou uma nova tática de interrupção do trabalho de toda uma cadeia produtiva, via greves alter-nadas por segmentos de empresas e por se-tores específicos da produção nas empresas (BRESCIANI, 1997).

Em 1986, durante a vigência do Plano Cruzado - no quadro do congelamento de pre-ços e salários -, houve uma significativa redu-ção dos movimentos grevistas.

A partir de 1987, com o fracasso das tenta-tivas de estabilização da economia e de costura de um pacto social entre governo e sociedade, agravou-se o conflito distributivo na área privada e no setor público da economia, em decorrência da reintensificação da inflação e da nova crise financeira que se abateu sobre o país.

No intervalo entre 1986 e 1988, a ação da CUT e dos mais importantes sindicatos a ela filiados reacendeu os movimentos grevistas, visando recuperar ou no mínimo diminuir as perdas salariais em um quadro de forte deterio-ração salarial. Além disso, esta central sindical engajou-se com intensidade no processo cons-tituinte brasileiro.

No primeiro semestre de 1989, os confli-tos trabalhistas, nos setores público e privado, chegaram ao seu auge, em decorrência da

[...] ausência de regras para reajustes salariais, da proximidade das eleições presi-denciais e da ameaça da hiperinflação. Desse modo, ocorreram, em 1989, quase 4 mil. greves; 18 milhões de trabalhadores foram grevistas e perto de 250 milhões-de jornadas de trabalho foram perdidas (NORONHA; GEBRlN; ELIAS]r., 1998, p. 15).

Em 1990, o grau de dificuldade para a solução de conflitos trabalhistas intensificou-se ainda mais, a ponto de o número médio de grevistas ter crescido de 18 para 20 milhões de

abalhadores, tendo ocorrido principalmente gre es por categorias (NORONHA; GEBRIN;

-- Y _, 998).

_ rta to, as práticas de confronto e de ;::---;; :::s= e c.asses do novo sindicalismo

foram moldadas e lastreadas no quadro de um conjunto de condições - simultaneamente de ordem econômica, social, política e ideológica - favoráveis a seu desenvolvimento.

De outro lado, a despeito das expressivas mobilizações grevistas, da notável presença do movimento sindical no cenário político nacional e mesmo dos avanços organizativos obtidos, o sindicalismo brasileiro manteve diversas fragi-lidades até o final dos anos 1980.

Desse modo, por exemplo, os indices de fi-liação sindical permaneceram baixos; o nível de organização sindical nos locais de trabalho, no quadro geral do país, permaneceu pouco expres-sivo; em termos institucionais, o movimento sin-dical acomodou-se à fragmentada estrutura sin-dical corporativista oficial; as centrais sindicais (inclusive a CUT), em nenhum momento, exerce-ram influência direta nas relações industriais; o sistema de negociação coletiva do trabalho per-maneceu bastante fragmentado; e os sindicatos, de modo geral, apesar dos notáveis avanços ob-servados, continuaram tendo pouca influência na regulação dos processos de trabalho.

Porém, os conflitos resultantes da perver-sa combinação entre desenvolvimento econô-mico acelerado, exclusão social e autoritarismo político foram ganhando expressão em diversos segmentos do mundo sindical desde 1978-80, de modo que a plataforma e os temas do novo sindicalismo, originado no setor metalúrgico do ABCD paulista, obtiveram um fértil campo de disseminação no decorrer da década de 1980, estendendo-se para diferentes setores e catego-rias do movimento sindical brasileiro. Assim,

[...] os sindicatos de trabalhadores na grande siderurgia, na indústria petrolífera, na petroquímica, na me talo mecânica e também no setor de energia elétrica - além de bancá-rios, médicos, professores - transformaram o novo sindicalismo em uma tendência que deu o eixo e o tom ao movimento sindical

(BRESCIANI, 1997, p. 203).BA

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Em meio a práticas de resistência explí-cita, contudo, estruturaram-se tentativas de in-fluência negociada nos locais de trabalho - que, porém, foram frustradas devido a negociações abortadas e reivindicações não atendidas, em decorrência da predisposição autoritária dos empresários e dos governos.

No plano interno das empresas esse pro-cesso evoluiu, no decorrer da segunda metade dos anos 1980, para práticas de influência tá-cita, traduzidas por um maior acesso dos tra-balhadores a informações sobre planos e pro-jetos de reestruturação interna das empresas, resultando em acordos informais entre aqueles e as gerências empresariais. Ou seja, essa ten-dência indica que já estava se afirmando uma certa capacidade de controle informal dos tra-balhadores no contexto das emergentes estra-tégias de reestruturação produtiva das empre-sas (BRESCIANI,1997,p. 203 e ss.).

Contudo, fazendo-se uma avaliação geral da luta operário-sindical na década de 1980 no Brasil, pode-se dizer que ela foi marcada pelo predomínio das práticas de resistência explícita sobre as emergentes estratégias empresariais de reestruturação produtiva e as políticas sa-lariais do governo e das empresas. Ademais, a CUT procurou mobilizar os trabalhadores para lutar por reformas amplas no cerne do Estado e para se ocupar de outras questões trabalhistas, além das salariais, que afetavam a totalidade

dos assalariados.YXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

o

p a r a d i g m a i n d u s t r i a l b r a s i l e i r o d e m a t r i z p r e d o m i n a n t e m e n t e

t a y l o r i s t a - f o r d i s t a e o s i n c i p i e n t e s

p r o c e s s o s d e r e e s t r u t u r a ç ã o

p r o d u t i v a

No Brasil, já no decorrer da década de 1980, a matriz taylorista-fordista do paradigma industrial brasileiro, centrado prioritariamente em uma produção padronizada em grandes sé-ries, passou a conviver de forma híbrida e res-tritiva com estratégias seletivas e pontuais de flexibilização produtiva - principalmente em al-gumas empresas metalomecânicas, de autope-ças e de máquinas mais competitivas, localiza-das na região Sudeste e Sul do Brasil, em gran-de parte voltadas à exportação -, envolvendo, mais visivelmente a partir de 1983,a introdução dos círculos de controle de qualidade (CCOs), o discurso da qualidade na produção, o controle

estatístico de processo (CEP) e a incorporação

de técnicas como oZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAju s t - in - t im e / k a n b a n e ok a i-z e n . Do ponto de vista tecnológico, em alguns

pontos nodais e estratégicos da produção, pas-saram também a ser introduzidos mecanismos microeletrônicos e máquinas com controladores lógico-programáveis (CLPs), o c o m p u t e r iz e d a id e d d e s ig n / c o m p u t e r iz e d a id e d m a n u f a c t u

-r in g (CAD/CAM) e, com mais intensidade entre 1984-87, as máquinas-ferramenta com coman-dos numéricos computadorizacoman-dos (CNCs).

Além disso, entre 1986-88, em determi-nadas empresas metalúrgicas, de autopeças e de máquinas, foram introduzidas importantes mudanças no leiaute das fábricas e nas funções e tarefas dos trabalhadores, envolvendo uma maior integração dos postos de trabalho, via in-trodução de células de produção e do trabalho polivalente. Ocorreu também, de forma ainda restrita naquele período, um processo de maior envolvimento direto dos fornecedores (viaju s t -in - t im e externo), visando eliminar estoques e diminuir a porosidade do trabalho.

Em síntese, no segmento industrial de autopeças do ABCD paulista e de outras regi-ões do país, as mudanças, na década de 1980, se deram bem mais mediante a implementação de inovações organizacionais do que pela incor-poração de novas tecnologias. E o período mais intenso em termos de inovações foi o de 1984-87, quando os métodos e as técnicas flexíveis - tais como Controle Estatístico do Processo (CEP), JIT/kanban, células de produção, tecno-logias de grupo, trabalho multífuncional, novos métodos de controle de qualidade como o TOC ( T o t a l Q u a lit y C o n t r o i) e novos princípios de participação e envolvimento dos trabalhadores expressos nok a iz e n - foram disseminadas para um significativo número de empresas compe-titivas desse segmento industrial, mormente para aquelas que se destacaram por uma pro-dução variada em pequenos lotes (ABRAMO, 1990; RUAS; ANTUNES; ROESE,1993).

No setor das empresas montadoras de au-tomóveis de São Bernardo do Campo e de São Paulo (capital), também veio a ocorrer, a partir de 1983,um processo ainda bem limitado de in-corporação de equipamentos microeletrônicos. Entre 1986-88, as empresas montadoras mais importantes já adotavam - além do CAD/CAM, CEP, CLPs e CNCs - alguns robôs na área de pintura, sistemas de solda multiponto flexíveis e linhas de montagem de cadência flexível.

Entretanto, a escolha das empresas mon-tadoras por estratégias de integração e

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nização das operações das manufaturas, via im-plantação limitada e seletiva de equipamentos microeletrônicos, resultou no fato de que as ta-refas produtivas se tornassem ainda mais ritma-das do que antes. Ou seja, o aprofundamento do controle e da uniformidade do ritmo de trabalho na linha automatizada, em vez de tornar o tra-balho mais autônomo e mais desalienado, supri-miu a relativa autonomia que antes existia na linha convencional em termos da possibilidade de obtenção de pausas adicionais nas operações de trabalho. Portanto, o trabalho se intensificou mais ainda, no melhor estilo taylorista-fordista (CARVALHO;SCHMITZ,1990).

Desse modo, no cômputo geral, os pro-cessos de reestruturação produtiva nos seg-mentos metalmecânico, de material de trans-porte e eletroeletrônico, no ABCD paulista e em outras regiões do Brasil, caracterizaram-se como caracterizaram-sendo apenas discretos, inclusive naquelas empresas em que a racionalização produtiva foi mais intensa.

As múltiplas experiências de brutal ex-ploração da força de trabalho e a manutenção prioritária do controle taylorista rotinizado e autoritário nas relações de trabalho, ao lado dos elevados índices inflacionários, das polí-ticas perversas de concentração de renda, da falta de direitos sociais, das restritivas políticas previdenciárias e trabalhistas e da ausência de representação política dos trabalhadores, o conjunto desses fatores estimulou a luta ope-rário-sindical, em um clima de eíervescêncía político-social no cerne do processo de redemo-cratização do país entre 1978-1990.

Além disso, a manutenção quase intocada da estrutura de emprego industrial e de serviços urbanos, forjada no período nacional-desenvol-vimentista (1950-1980) - a despeito da notável crise econômica e da inexistência de um projeto econômico alternativo para o país -, manteve in-serido um grande contingente de trabalhadores no mercado de trabalho formal, representando uma base sólida para a densidade do movimento sindical brasileiro naquele periodo.

Conforme dados do MTE/Caged e Rais, o número de trabalhadores ocupados na indústria de transformação no Brasil subiu de 1.954.187 empregados em 1960 para 3.241.861 em 1970 e para 6.858.598 em 1980. E em 1989 conti-nuavam inseridos 6.457.326 de trabalhadores industriais no mercado formal de trabalho no país, representando um decréscimo 5,85% da c asse operária industrial tradicional, de 1980 a 989. Ou seja, no decorrer da década de 1980, o e o de postos de trabalho na indústria não

apenas estagnou, mas pôde-se observar uma leve trajetória declinante ua oferta de empre-gos industriais, decorrente da relativa retração da economia brasileira. Mesmo assim, o esto-que de empregos formais na indústria de trans-formação decresceu pouco em comparação com

a década seguinte de 1990.YXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

A t í t u l o d e c o n c l u s ã o

A permanência predominante do paradig-ma industrial taylorista-fordista no Brasil dos anos 1980, sustentado sobre uma base tecnoló-gica ainda marcadamente eletromecânica, sobre uma estrutura industrial concentrada e em um modelo gerencial verticalizado, permitiu a ma-nutenção de uma notável aglomeração operária nas grandes fábricas de regiões urbanas de forte concentração industrial do Sudeste e Sul do país, trazendo maior densidade social à luta operário-sindical contra o arrocho salarial e contra as prá-ticas gerenciais tayloristas autoritárias.

Para a permanência daquele paradigma industrial, naquela década, também contribuiu a ação protecionista do Estado brasileiro, que ainda resistiu às políticas neoliberais de aber-tura comercial, de globalização financeira, de contenção dos gastos sociais e de privatização das empresas estatais.

Para finalizar o presente texto, cabe reen-fatizar que a ampliação da organização sindical - que ocorreu com o surgimento, crescimento e o reconhecimento público da Central Única dos Trabalhadores (CUT)e da Central Geral dos Tra-balhadores (CGT);com a emergência de diversas novas entidades sindicais urbanas (principal-mente de funcionários públicos) e rurais, iden-tificadas com práticas sindicais combatívas": e com o aumento dos índices de sindicalização e a elevação da participação dos trabalhadores de base em atividades grevistas nos sindicatos mais importantes - foi outro fator que contribuiu para a intensificação da atividade sindical na dé-cada de 1980.

Da mesma forma, o crescimento expressi-vo das pautas de reivindicação e das cláusulas contratuais firmadas nas negociações coletivas de trabalho foi outro importante fator que trou-xe ânimo para a participação sindical de base.

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Referências

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