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VERIFICAÇÃO DE OUTRAS CULTIVARES

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Academic year: 2021

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VERIFICAÇÃO DE

OUTRAS CULTIVARES

Luiz Artur Costa do Valle

Auditor Fiscal Federal Agropecuário Responsável Técnico

LASO/LANAGRO/MG

XXVI CICLO DE REUNIÕES CONJUNTAS DA CSM/PR SEMENTES – DESAFIO PARA O FUTURO

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LASO/LANAGRO/MG

Laboratório Oficial de Análise de Sementes Supervisor do MAPA em MG

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ACREDITAÇÃO NA ISTA

Acreditado na International Seed Testing Association para emissão de certificado internacional – ISTA

• Desde 2009 – passamos com sucesso por 3 auditorias

• A ISTA é instituição de referência mundial em análise de sementes • Disponibiliza métodos de aceitação internacional – Regras

ISTA/Material de apoio/Testes de Proficiência

• Certificado Internacional de lote - ORANGE INTERNATIONAL

SEED LOT CERTIFICATE

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ASSUNTOS A SEREM ABORDADOS

• A verificação de outras cultivares (VOC) nas RAS (2009) • Culturas para as quais a VOC é obrigatória

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A VOC NAS RAS (2009)

Páginas 135 – 141

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A VOC NAS RAS (2009)

3.2 APLICAÇÃO

Essa análise deverá ser realizada sempre que os padrões de qualidade da espécie incluírem tolerâncias máximas para “verificação de outras cultivares por número”.

Parênteses: a verificação de outras cultivares é obrigatória hoje para feijão (IN 45/2013, para cultivares de grupos de cores diferentes).

Não é obrigatória para outras espécies de grandes culturas (IN 45/2013) e nem para forrageiras (IN 30/2008, IN 33/2010, IN 44/2016).

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A VOC NAS RAS (2009)

Embora constem nas RAS métodos para:

- 3.5.3 EXAME DAS PLÂNTULAS NO LABORATÓRIO

- 3.5.4 EXAME DE PLANTAS EM CASA DE VEGETAÇÃO OU CÂMARA DE CRESCIMENTO

- 3.5.5 EXAME DE PLANTAS EM CAMPO

Na rotina, o único método utilizado nos laboratórios no Brasil é/foi o do item 3.5.2 – EXAME DE SEMENTES NO LABORATÓRIO:

- na mesma amostra de trabalho utilizada para a análise de pureza; - por exame visual direto ou com aumento (lupa de mesa);

- baseado apenas em características morfológicas.

Obs: em soja, o teste de peroxidase e o teste de hipocótilo eram

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A VOC NAS RAS (2009)

Na rotina, os resultados são informados conforme 3.6.1 EXAME DE SEMENTES NO LABORATÓRIO:

“Na determinação de sementes, o resultado é expresso em número de sementes de outras cultivares observadas no material em exame. O material examinado será indicado pelo peso (g).”

FEIJÃO (Phaseolus vulgaris) F01/2016 2015/2015 S1 05/2016 Fulano de Tal 03/07/2016 Pérola 10.000 kg Patos de Minas-MG MG-00000/2016 03/07/2016 301/2016 701,0 100,0 Traço 0,0 701,0 2 98 1 0 0 1 -0-5 dias. 02/08/2016 %S.I. 25 0,0 1003,0 701,0

%S.I.: Porcentagem de sementes infestadas.

Verificação de Cultivares de grupos de cores diferentes: 02 sementes do grupo preto.

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CULTURAS PARA AS QUAIS A VOC É OBRIGATÓRIA

- A verificação de outras cultivares é obrigatória hoje para feijão (IN 45/2013, para cultivares de grupos de cores diferentes).

- Não é obrigatória para outras espécies de grandes culturas (IN 45/2013) e nem para forrageiras (IN 30/2008, IN 33/2010, IN 44/2016).

- Para olerícolas (Portaria 457/1986) é mencionado “quando possível”, mas na prática nunca é possível, então também não é feito. Na nova proposta já não consta.

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A VOC NA ISTA

• Regras da ISTA, 2017

Chapter 8: Species and variety testing - Páginas 8-1 a 8-25 Item 8.9 – Métodos baseados em proteínas – páginas 5 a 8-21.

Item 8.10 – Métodos baseados em DNA – páginas 8-21 a 8-23. Item 8.11 – Avaliação de plântulas – página 8-24 (não

menciona teste do hipocótilo em soja).

8.12 – Exame de plantas em parcelas de campo – página 8-25

• Ou seja, a maior parte do capítulo não trata do

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A VOC NA ISTA

- O método utilizado como rotina nos laboratórios no Brasil, EXAME DE SEMENTES NO LABORATÓRIO, mereceu apenas dois parágrafos (item 8.5.3, Examination of seeds, página 8-3);

- Não traz nenhum exemplo para feijão ou soja;

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A VOC NA ISTA

- Há poucos exemplos de análise de características

morfológicas em sementes (item 8.8 Conventional methods, p. 8-4 e 8-5), alguns deles baseados em características

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A VOC NA AOSA

- AOSA: Association of Official Seed Analysts – publica as regras de análise de sementes seguidas nos EUA

- AOSA Rules for Testing Seeds, 2012, SECTION 5: EXAMINATIONS

- Item 5.2 – Identification and cultivar determination

 Examinar as sementes puras para determinar se estão de acordo com a cultivar declarada pelo requerente ou para informações

adicionais sobre a composição da amostra (avaliar contaminação – 400, 800 ou 1000 sementes para cultivares de difícil separação). BR: 500,0 g, cerca de 2.500 sementes.

 Se não possível a confirmação com as características das sementes, isso deve ser registrado e informado.

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A VOC NA AOSA

- Item 5.2a, Chemical tests: menciona o teste de peroxidase para soja.

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A VOC NA AOSA

- AOSA, 2008 – Cultivar Purity Testing Handbook.

- Na página 6, em “Tipos de testes para identificação de cultivares”, menciona “Morfologia” e dentro desta

“Sementes”, e na página 12 em “Testes de pureza de cultivares” consta “Morfologia das sementes”.

- Características disponíveis: tamanho e forma da semente, forma, cor e tamanho do hilo, cor do tegumento.

- A morfologia das sementes tem sido útil, mas métodos mais refinados tem se mostrado necessários e tem

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A VOC NA AOSA

- AOSA, 2008 – Cultivar Purity Testing Handbook.

- Em soja, menciona que pela morfologia das sementes é

possível diferenciar apenas alguns cultivares, em razão das poucas características disponíveis para comparação.

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A VOC NA AOSA

- AOSA, 2008 – Cultivar Purity Testing Handbook.

- Nas páginas 78 a 82, traz informações específicas para soja:

- Morfologia das sementes: Tamanho, cor do tegumento, cor

do hilo, teste rápido – peroxidase.

- Testes em câmara de crescimento, avaliados da

emergência até os 20 dias – 6 testes diferentes (inclui teste

do hipocótilo).

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A VOC PARA SOJA NO BRASIL

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A VOC PARA SOJA NO BRASIL

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A VOC PARA SOJA NO BRASIL

• Até a entrada em vigor da IN 45/2013 (safra 2013/2014),

os laboratórios de sementes no Brasil realizaram a análise de outras cultivares em soja com base na morfologia da

semente (basicamente cor de hilo), no peso da amostra de trabalho para a análise de pureza (500,0 g), utilizando

eventualmente os testes de peroxidase e hipocótilo como auxiliares.

• Essa análise envolvia vários riscos, com enorme potencial

de erro, mas era de execução obrigatória.

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A VOC PARA SOJA NO BRASIL - PROBLEMAS

1- Existem dezenas de cultivares em uso no país com as mesmas características de sementes, em especial a

coloração do hilo, e que não podem ser separadas pela avaliação morfológica das sementes.

Ex: Duas cultivares de hilo preto idêntico misturadas não seriam identificadas, mesmo que no campo produzam

plantas muito diferentes e isso traga prejuízo à cultura.

• Ou seja, um resultado igual a “zero” para VOC baseado

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A VOC PARA SOJA NO BRASIL - PROBLEMAS

2 - A cor do hilo sofre influência do ambiente e isso levou alguns laboratórios, em várias situações, a interpretar tais variações como contaminações por outras cultivares, o que causou a condenação indevida de lotes de sementes.

• Como identificar com segurança quando uma variação de

coloração do hilo é ambiental e, portanto, não é de origem genética, e quando ela é de fato uma contaminação por

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A VOC PARA SOJA NO BRASIL - PROBLEMAS

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A VOC PARA SOJA NO BRASIL - PROBLEMAS

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A VOC PARA SOJA NO BRASIL - PROBLEMAS

FRANÇA-NETO et al., 2002 Temperatura alta é determinante.

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A VOC PARA SOJA NO BRASIL - PROBLEMAS

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A VOC PARA SOJA NO BRASIL - PROBLEMAS

RABEL et al., 2010

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A VOC PARA SOJA NO BRASIL - PROBLEMAS

RABEL et al., 2010

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A VOC PARA SOJA NO BRASIL - PROBLEMAS

Ocorrência de hilo marrom claro em cultivares

de hilo preto imperfeito

Variação da cor do hilo de soja das cultivares FPS

Urano RR e BMX Ativa RR

NOTAS TÉCNICAS nº 26/2012/SNPC/DEPTA/SDC, de

22.08.2012, e nº 13/2013/SNPC/DEPTA/SDC, de

31.07.2013

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A VOC PARA SOJA NO BRASIL - PROBLEMAS

NOTAS TÉCNICAS nº 26/2012 e 13/2013/SNPC/DEPTA/SDC - Revisão de literatura indicou ser comum em cultivares que

geneticamente tem hilo preto-imperfeito a variação desde intenso preto-imperfeito, leve preto-imperfeito até o

marrom claro. Causas não são bem compreendidas mas parecem estar associadas a fatores ambientais (TAYLOR & CAVINESS, 1982; VERNETTI, 2009).

- Não foram detectadas diferenças genéticas em nível de DNA (15 microssatélites) em um bulk de 50 sementes das cv. FPS Urano RR e BMX Ativa RR retiradas das amostras vivas do SNPC.

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A VOC PARA SOJA NO BRASIL - PROBLEMAS

- CONCLUSÃO:

Informar aos laboratórios de sementes sobre a

variação da cor do hilo nas cultivares FPS Urano RR e

BMX Ativa RR, de preta imperfeita a marrom claro.

Essas variações podem ser atribuídas às condições

ambientais em que as sementes foram produzidas

(não são de origem genética e não são outras

cultivares).

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A VOC PARA SOJA NO BRASIL - PROBLEMAS

Variação normal na cor do hilo em cultivar de hilo preto-imperfeito.

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A VOC PARA SOJA NO BRASIL - PROBLEMAS

- No ritmo de lançamento de cultivares de hoje,

seria possível os laboratórios:

A- Terem tanta informação detalhada assim sobre o

comportamento de cada cultivar?

B- Ter amostras de referência que contemplem as

variações possíveis para cada cultivar?

E mesmo que tivessem, ainda seria um teste bem

falho.

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A VOC PARA SOJA NO BRASIL - PROBLEMAS

Número de cultivares diferentes com campos inscritos

no MAPA na safra 2016/2017:

MG: 162

GO: 184

PR: 128

SC: 101

RS: 137

Fonte: SEFIA/SFA/MG

Como ter amostras de referência e informações detalhadas sobre o comportamento de tantos cultivares? Só os

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A VOC PARA SOJA NO BRASIL - PROBLEMAS

3 – A detecção pelos analistas é falha, mesmo nos casos mais gritantes (Ex: hilo preto em hilo marrom claro).

Em auditorias, em amostras preparadas com 15 a 20 sementes de OC de detecção inequívoca, eram comuns recuperações inferiores a 50%.

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A VOC PARA SOJA NO BRASIL - PROBLEMAS

Nos testes internos, verificamos que uma detecção mais apurada

(próxima de 100% de recuperação) exigia de 1h30min a 2h de análise. A maioria dos analistas gastava de 20 a 30 minutos na rotina, 40 min em amostras mais difíceis.

É viável gastar quase 2h por amostra na rotina?

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A VOC PARA SOJA NO BRASIL - PROBLEMAS

4- Tratamento industrial de sementes

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ATUAÇÃO DO MAPA

ANTECEDENTES

2008 - Entidades representativas e obtentores questionam a eficácia do parâmetro laboratorial para identificação de outras cultivares com

base na cor do hilo (notadamente em cvs com hilo MC e PI)

2010 - CSM sugere discussão entre interessados visando solucionar dificuldades encontradas pelo LADIC, LASOs e laboratórios oficiais em identificar se variações na cor de hilo observadas em amostras de

sementes de soja são decorrentes de mistura com outras cultivares ou de influência ambiental.

2009 - SNPC inicia verificação de ocorrência de variação na cor do hilo nas amostras vivas de cultivares protegidas, com base na declaração de obtentores, além de adotar rotina de checagem da correlação genética e

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ATUAÇÃO DO MAPA

2010 e 2011 – Realização de Oficinas no LADIC/SNPC com a participação dos LASOs do MAPA e LASOs estaduais.

Out/2010

PARTICIPANTES: LADIC, LASOs MG, GO, RS, LASO/IAGRO-MS, LASO/INDEA-MT, CLASPAR-PR

OBJETIVO: intercâmbio de experiências e de idéias sobre análise de características em

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ATUAÇÃO DO MAPA

14 a 18 fev - Elusa Pinheiro Claros (LASO/INDEA/MT), Nelson

Gonçalves de Oliveira (LASO/LANAGRO-GO) e Zilva Lopes (LASO/LANAGRO-GO).

14 a 18 mar - Inês Fátima Mandelli (LASO/LANAGRO-RS),

Sebastião Alves Azevedo (LASO/LANAGRO-MG) e Sônia Terezinha Silvério (LASO/LANAGRO-GO).

11 a 15 abr - Angélica Polenz Wielewcki (LASO/LANAGRO-RS),

João Cristovão de Deus (LASO/INDEA/MT e Sônia Terezinha Silvério (LASO/LANAGRO-GO).

02 a 06 mai- Inês Fátima Mandelli (LASO/LANAGRO-RS),

Marcelo Oliveira Leite (LASO/INDEA/MT) e Vicente Mário de Faria Maciel (LASO/IAGRO/Dourados-MS).

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ATUAÇÃO DO MAPA

- Esses resultados deixaram claro que o risco de condenar lotes de cultivares sem contaminação genética em razão de variação na cor do hilo por efeitos ambientais era grande.

- Na IN 45/2013, a VOC foi retirada do padrão de soja.

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ATUAÇÃO DO MAPA

- Para novos problemas que possam vir a ocorrer:

- A interação SNPC/LADIC e LASOs foi muito proveitosa;

- Análises complementares são de grande importância (avaliação de correlação genética, teste de peroxidase, teste de hipocótilo, testes em campo, testes de DNA – microssatélites).

- A avaliação (fiscalização) dos campos de produção das cultivares com suspeitas de problemas pode ser muito importante;

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OBRIGADO

Referências

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