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CERTIDÃO DE AUTUAÇÃO E REMESSA

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Academic year: 2021

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Av. José Waiter, Qd. 24, Residencial interlagos - Rio Verde - Goiás Caixa Postal: 310 CEP 75.908-740 - Fone:

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www.rioverde.godeg.br

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CERTIDÃO DE AUTUAÇÃO E REMESSA

Processo Legislativo n°: 00078/2021 Projeto de Lei Complementar n°: 208/2021 Autor: Executivo

Certifico que os presentes autos foram autuados e

digitalizados nesta data, com

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folhas. Ato seguinte,

REMETO-OS a DIRETORIA LEGISLATIVA para as devidas

providências.

RioVerde,29 ,0L1 /ç24

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As. n°.:

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Ass.:

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Av. Presidente Vargas, 3.215 - Vila Maria CEP: 75.905-900 - Rio Verde - Goiás Fone: (64) 3602-8001 www.rioverde.gogovbr

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR NÇ& 12021 (Dispõe sobre o parcelamento do solo para implantação de sítios

e chácaras de recreio em Zona Urbana Específica, e dá outras providências)

CAPÍTULO 1

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. P. Esta Lei tem por objetivo a orientação e controle do parcelamento do solo efetuado no âmbito da Zona Rural do município de Rio Verde para implantação de sítios ou chácaras de recreio na modalidade de condomínio de lotes em áreas consideradas, por lei, de Zona Urbana Específica.

§ V. As Zonas Urbana Específicas a que se refere o caput deste artigo serão criadas por lei municipal, que conterá os limites e dimensões dos imóveis cuja característica foi alterada.

§ 2°. O parcelamento do solo a que se refere esta lei só poderá se dar na modalidade de condomínio de lotes, com a separação da área parcelada por meio de alguma forma de tapagem.

Art. 2°. Para os efeitos desta Lei, condomínio de sítios ou chácaras de recreio é o parcelamento do solo de imóvel localizado em Zona Rural em área considerada como de Zona Urbana Específica, cujas unidades de lotes se destinam exclusivamente a sítios e chácaras de recreio, sem características de imóvel rural.

Art. 3°. Não poderão ser criadas Zonas Urbanas Especificas para os fins desta lei: L nas áreas prioritárias de conservação ambiental definidas na Lei

Complementar Municipal n°. 194, de 21 de dezembro de 2020; IT. em terrenos alagadiços sujeitos a inundação;

III. em terrenos em que tenham sido aterrados material nocivo a saúde pública, sem prévia remediação da área;

IV. em terrenos em que as condições geológicas não aconselham a edificação;

V. em Área de Preservação Permanente e/ou Reserva Legal.

Art. 40• As áreas rurais podem ser total ou parcialmente consideradas como Zona Urbana Específica para efeito de implantação de condomínios de sítios ou chácaras de recreio, observadas as condições impostas nesta lei, após a solicitação do proprietário do imóvel, cabendo aos órgãos municipais de planejamento urbano a avaliação da viabilidade de implantação do empreendimento.

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CAPÍTULO II

DOS PARCELAMENTOS PERMITIDOS

Art. 50. Às áreas parceláveis destinadas a sítios e chácaras de recreio localizadas a até

5km (cinco quilômetros) de distância dos limites da Zona de Expansão Urbana aplica-se o regramento estabelecido pela Lei Municipal n°. 6.167/2012, ressalvada:

- a necessidade de constituição de condomínio de lotes no sistema fechado; e

TI - a ausência de obrigatoriedade de doação ao Município das áreas das vias de acesso ao empreendimento.

Art. 60. Os lotes de áreas parceláveis destinados a sítios e chácaras de recreio localizados em distância maior do que 5km (cinco quilômetros) dos limites da Zona de Expansão Urbana deverão ter área de, no mínimo, 5.000m2 (cinco mil metros quadrados), com testada mínima de 40m (quarenta metros), observados, ainda, os seguintes requisitos mínimos:

1- manutenção das áreas de reserva ambiental florestada no percentual de 20%, que serão conservadas e recompostas, se degradadas, independentemente de serem consolidadas, mediante Plano de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD, em localização preferencialmente anexa à área de preservação permanente, se houver, e, ainda, cercadas e separadas por barreira física;

II- adoção de acessos privativos e de sistema de vedação admitido pela autoridade municipal, que o separe da malha viária rural ou da área adjacente, sendo-lhe permitido controlar a entrada de pessoas, a critério de sua administração, salvo de servidores municipais, estaduais ou federais, no exercício de suas funções públicas;

III- os projetos das vias de circulação do empreendimento deverão obedecer às dimensões mínimas estabelecidas na tabela abaixo:

Largura Total (mts) Passeio esq.(mts) Pista (uns) Passeio dir.(rnts)

14,00 3,00 8,00 3,00

TV- as vias de circulação quando destinadas exclusivamente a pedestres deverão ter largura mínima de Sm (cinco metros);

V- o leito carroçável das vias de tráfego deverá ser encascalhado ou receber algum outro tipo de pavimentação permeável, com plantio de gramas nos passeios;

VI- a sinalização de trânsito será executada às expensas dos respectivos empreendedores do parcelamento do solo, a partir de projeto previamente aprovado pela Agência Municipal de Trânsito;

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VII- demarcação dos logradouros e chácaras com marcos de concreto;

VIII- para cursos d'água natural, perene ou intermitente de menos de 10m (dez metros) de largura, a área de preservação permanente contará com largura mínima de 50 (cinquenta) metros desde a borda da calha do leito regular; para cursos d'água com largura maior que 10m (dez metros) deverão ser observadas as disposições do Código Florestal;

IX- nas nascentes, ainda que intermitentes, e nos "olhos d'água", qualquer que seja a sua situação topográfica, a área de preservação permanente corresponderá a um raio mínimo de 1 00m (cem metros);

X- quando não for possível a interligação com a rede pública, implantação de captação de água por sistema isolado ou coletivo e alimentado por poços artesianos, de conformidade com as normas e padrões do órgão competente, observada a distância mínima de 15m (quinze metros) entre poços e fossas;

XI- disposição final dos esgotos sanitários, uma vez constatada a inviabilidade técnica de ligação do esgoto à rede da concessionária dos serviços públicos, ou, se não adotado sistema coletivo, em fossas sépticas e poços sumidouros individuais, de conformidade com a legislação aplicável, com análise e aprovação pelo órgão ambiental municipal;

XII- implantação de rede de distribuição de energia elétrica de baixa tensão e iluminação pública, conforme as normas e padrões da concessionária local;

XIII- revegetaçío/arborização das reservas ambientais e plantio de grama nos passeios;

XIV- implantação de sistemas de escoamento de águas pluviais compreendendo construção de canaletas de escoamentos das águas pluviais no sistema de arruamento, curvas de nível e bacias de contenção, poços de visita, execução de uma cacimba para cada lote, se o caso, além de outros que se fizerem necessários, a fim de garantir a preservação do solo e do ambiente;

XV- destinação dos resíduos domésticos produzidos, sendo que os resíduos orgânicos deverão ser destinados à compostagem, os recicláveis deverão ser entregues nos Pontos de Entrega Voluntária -PEV, e os rejeitos deverão ser destinados de acordo com o Plano Gemi de Resíduos Sólidos - PGRS apresentado no licenciamento, de responsabilidade da fonte geradora;

XVI- taxa de ocupação máxima de 10% (dez por cento);

XVII- permeabilidade do solo de 85% (oitenta e cinco por cento);

XVIII- afastamentos mínimos obrigatórios nas laterais de Sm (cinco metros);

XIX- recuo frontal de 10 rn (dez metros), medidos a partir da margem do arruamento.

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Art. 7°. Os lotes de áreas parceláveis destinados a sítios e chácaras de recreio localizados em área de abrangência de bacias hidrográficas de abastecimento público de água do município de Rio Verde, deverão ter área mínima de 2000m2 (dois mil metros quadrados), com testada mínima de 30m (trinta metros), observados os seguintes requisitos mínimos:

1- manutenção de área de Reserva Ambiental florestada no percentual de 20%, que deverá ser recomposta, caso não atinja este percentual, mediante Plano de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD, independentemente de serem consolidadas, preferencialmente anexo à área de preservação permanente, se houver, e, ainda, cercadas e separadas por barreira física;

ii- as Áreas de Preservação Permanente às margens de qualquer curso d'água natural, perene ou intermitente desde a borda da calha do leito regular, terão largura mínima de 150m (cento e cinquenta metros), serão conservadas e recompostas, caso não atinjam esta metragem, independentemente de serem consolidadas, mediante Plano de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD, e, ainda, cercadas e separadas por barreira física;

III- nas nascentes, ainda que intermitentes, e nos "olhos d'água", qualquer que seja a sua situação topográfica, deverá ser preservada área correspondente ao raio mínimo de

150m (cento e cinquenta metros), devendo ser conservadas e recompostas, se degradadas,

independentemente de serem consolidadas, mediante Plano de Recuperação de Áreas Degradadas-PRAD, e, ainda, se for o caso, cercadas e separadas por barreira fisica;

IV- o empreendimento referido neste artigo se caracteriza pela adoção de acessos privativos e de sistema de vedação admitido pela autoridade municipal, que o se separem da malha viária rural ou da área adjacente, sendo-lhe permitido controlar a entrada de pessoas, a critério de sua administração, salvo de servidores municipais, estaduais ou federais, no exercício de suas funções públicas;

V- Os projetos das vias de circulação do empreendimento deverão obedecer às dimensões mínimas estabelecidas na tabela abaixo:

Largura Total Passeio esq. (mts) Pista (rins) Passeio dir. (mts) (mas)

14,00 3,00 8,00 3,00

VI- as vias de circulação quando destinadas exclusivamente a pedestres deverão ter largura mínima de 5m (cinco metros);

VII- todas as vias do condomínio fechado deverão ser construídas pelo proprietário recebendo, no mínimo, redes de distribuição de energia elétrica e iluminação pública, de drenagem de águas pluviais (captação e lançamento), de água tratada, de coleta e tratamento de esgotos gerados pelas unidades do condomínio, observadas as regras pertinentes,

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identificadas através de laudo técnico; pavimentação permeável; meio fio com sarjetas e demarcação das quadras e lotes com marcos de concreto;

VIII- a sinalização de trânsito será executada às expensas dos respectivos empreendedores do parcelamento do solo, a partir de projeto previamente aprovado pela Agência Municipal de Trânsito;

IX- demarcação dos logradouros e chácaras com marcos de concreto;

o empreendedor implantará rede de distribuição de água, captação e tratamento, e reservatórios, se for o caso, compatíveis com a população prevista para o empreendimento, preferencialmente através de sistema coletivo, de conformidade com as normas e padrões do órgão competente;

XI- a disposição final dos esgotos sanitários não poderá ser feita por fossas sépticas e poços sumidouros individuais, sendo necessária sua interligação a estação de tratamento do próprio empreendimento, que deverá proceder aos tratamentos primário, secundário e terciário, podendo, se houver viabilidade técnica haver consórcio entre empreendimentos de áreas contíguas;

XII- implantação de rede de distribuição de energia elétrica de baixa tensão e iluminação pública, conforme as normas e padrões da concessionária local;

XIII- revegetação/arborização das reservas ambientais e plantio de gramas nos passeios, devendo ser implantado o plantio de árvores de conformidade com o projeto de paisagismo elaborado pelo empreendedor e aprovado pelo órgão ambiental, vedada a extirpação de espécies arbóreas, salva autorização expressa e mediante compensação na própria bacia;

XIV- implantação de obras sistemas de escoamento de águas pluviais compreendendo curvas de nível e bacias de contenção, poços de visita, além de outros que se fizerem necessários, a critério do órgão ambiental, a fim de garantir a permeabilidade, preservação do solo e do ambiente:

XV- o sistema viário do empreendimento contará com:

a) construção de valas de infiltração, que deverão ser dimensionadas com apresentação da eficiência através de memorial de cálculo e teste de infiltração; b) construção de canteiros e rotatórias de infiltração com mecanismos drenantes ao

centro e permeáveis em toda sua área, incluindo plantio de vegetação adequada para evitar acúmulo de água em outros locais, bem como implantação de dispositivos de suporte para o bom funcionamento do sistema, como adequação da inclinação de vias, métodos de mitigação de erosão, manutenção regular do sistema, etc.;

c) construção de bacias de contenção ou curvas de nível, a ser implantado no ponto mais baixo do empreendimento, cujo projeto será analisado e aprovado pPgão

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ambiental municipal, em conjunto com o órgão municipal responsável pela infraestrurnra e desenvolvimento urbano;

XVI- o empreendedor apresentará estudo de impacto de fauna, que será submetido à apreciação do órgão ambiental para a proposta de mitigação dos impactos causados pelo uso e ocupação do solo;

XVII- o empreendedor apresentará plano de prevenção e combate a incêndios florestal;

XVIII- destinação dos resíduos domésticos produzidos, sendo que os resíduos orgânicos deverão ser destinados à compostagem, os recicláveis deverão ser entregues nos Pontos de Entrega Voluntária -PEV, e os rejeitos deverão ser destinados de acordo com o PGRS apresentado no licenciamento, sendo responsabilidade da fonte geradora;

XIX- taxa de ocupação máxima de 35% (trinta e cinco por cento); XX - permeabilidade do solo de 60% (sessenta por cento);

XXI - afastamentos mínimos laterais de 5m (cinco metros);

XXII - recuo frontal de lOm (dez metros), medidos a partir da margem do arruamento. § 1°. As áreas de alta prioridade de conservação ambiental identificadas na Lei Complementar n°. 194, de 21 de dezembro de 2020, da propriedade objeto de parcelamento, e as Áreas de Preservação Permanente - APP excedentes a SOm (cinquenta metros) de margem de curso de d'água e bOm (cem metros) metros de nascentes poderão ser computadas como áreas de Reserva Ambiental.

§ 2°. As áreas de reserva legal declaradas no CAR - Cadastro Ambiental Rural da propriedade objeto de parcelamento do solo, que contenha vegetação nativa preservada dentro da área parcelada, poderá ser deduzida das Áreas de Preservação Permanente, hipótese em que, excetuadas as áreas de nascentes e olhos d'água, a extensão da APP poderá ser inferior a 150m (cento e cinquenta metros), respeitado o mínimo de 100 (cem) metros.

CAPÍTULO III DISPOSIÇÕES COMUNS

Art. 8°. A distância a ser considerada para fins de enquadramento do imóvel na forma dos artigos 5° e 6° desta Lei será aferida a partir das coordenadas geográficas das linhas da Zona de Expansão Urbana mais próxima do imóvel a ser parcelado.

Art. 90• As edificações deverão obedecer às disposições do Código de Obras Municipal.

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PREFEJURA DE

Art. 10. As unidades dos condomínios de sítios e chácaras de recreio não poderão ser desmembradas, desdobradas ou fracionadas sob nenhuma forma, devendo a proibição constar, de forma destacada, e em negrito, do contrato de compromisso de venda e compra, da convenção condominial e ser averbada às margens da matrícula do imóvel no Cartório de Registro de Imóveis.

Art. 11. O ônus da implantação e execução dos projetos urbanísticos e ambientais, de parcelamento do solo em Zona Urbana Específica criada para a constituição de sítios e chácaras de recreio em condomínio é de total responsabilidade do empreendedor e ao proprietário e, a manutenção, do condomínio e do condômino conforme a sua quota-parte.

Art. 12. No ato de recebimento do Alvará Licença do Condomínio e da cópia do projeto aprovado pelo Município, o interessado assinará um Termo de Compromisso no qual se obrigará a executar as obras de infraestrutura referidas nesta lei.

Art. 13. O projeto deverá ser previamente submetido à avaliação do órgão municipal ambiental para que se manifeste quanto à viabilidade e adequações às normas ambientais, sendo necessária a prévia emissão de licenciamento ambiental para a aprovação do empreendimento

Art. 14. Para fins de garantia da execução das obras e serviços de infraestrutura urbana exigidas para o empreendimento aplicar-se-á o disposto no art. 14 da Lei Complementar 196, de 21 de dezembro de 2020.

Art. 15. Os usos serão os permitidos na Lei n°. 5.478/2008.

Art. 16. As áreas de preservação permanente deverão ser, obrigatoriamente, separadas por barreira física, cercadas e conservadas independentemente de serem consolidadas.

Art. 17. O empreendedor terá o prazo de 30 (trinta) dias contados da data da aprovação do empreendimento para alteração dos dados cadastrais do imóvel junto ao INCRA.

Art. 1 S. Para emissão do alvará de licença para execução das obras, o empreendedor firmará junto ao Município Termo de Compromisso, por meio do qual se obrigará a executar o projeto aprovado sem qualquer alteração, obrigando-se, ainda:

- executar à própria custa, no prazo fixado pelo Município, todas as obras de infraestrutura, arborização de vias de circulação, incluindo a constituição e formação de reserva ambiental e de área de preservação permanente, se for o caso;

II - iniciar a venda das chácaras somente após o registro do condomínio no Cartório de Registro de Imóveis, sob pena de incorrer nas sanções previstas no art. 50 da Lei Federal n. 6.766/79, sujeitando-se ainda ao pagamento da multa prevista na Lei Municipal n. 3.633/98.

Art. 19. O empreendedor é responsável por eventuais diferenças que possam surgir nas dimensões e áreas dos lotes ou das quadras em relação as indicadas nas plantas aprovadas e pelos prejuízos causados a terceiros em consequência do licenciamento para o arruamento, parcelamento do solo e execução das respectivas obras.

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Art. 20. Não serão exigidas área institucional e área verde, excetuada APP e reserva ambiental, para os parcelamentos de que tratam os arts. 6° e 71 desta lei.

CAPÍTULO IV

DA CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO

Art. 21. O responsável pelo empreendimento fica obrigado a instituir o condomínio e aprovar e registrar a respectiva convenção condominial no órgão competente.

Parágrafo único. O condomínio tem a obrigação de respeitar as obrigações ambientais e de arcar com as despesas de manutenção do empreendimento.

Art. 22. O condomínio será o responsável por todas as obrigações legais e contratuais do empreendimento, respondendo cada condômino proporcionalmente à sua fração.

CAPÍTULO V

DA REGULARIZAÇÃO DOS LOTEAMENTOS IRREGULARES

Art. 23 Todos os parcelamentos do solo para fins de constituição de sítios e chácaras de recreio preexistentes a 31 de dezembro de 2020 terão o prazo de 24 (vinte e quatro) meses para apresentar proposta de adequação aos termos do art. 24 desta Lei.

§ 1°. A ausência de provocação daquele que se encontra em situação irregular no prazo estabelecido no caput deste artigo sujeitará o infrator às sanções legais.

§ 2°. Para toda área que demandar regularização na forma deste artigo será criada, por lei, uma Zona Urbana Específica que conterá o regramento a ser observado.

Art. 24. Para fins de regularização da situação prevista no artigo anterior, o interessado firmará um Termo de Compromisso, com prazo máximo de até 36 (trinta e seis) meses, por meio do qual assumirá as seguintes obrigações:

- manutenção das áreas de preservação permanente livres de ocupação recuperadas, se degradadas, ressalvadas as situações consolidadas até 22 de julho de 2008;

II - disposição final dos esgotos sanitários, uma vez constatada a inviabilidade técnica de ligação do esgoto à rede da concessionária dos serviços públicos, por meio de fossas sépticas e poços sumidouros individuais, de conformidade com a legislação aplicável, com análise e aprovação pelo órgão ambiental municipal;

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III - revegetação/arborização das reservas ambientais até atingir o percentual de 20% (vinte por cento), sempre que possível;

IV - destinação dos resíduos domésticos produzidos, com os resíduos orgânicos destinados à compostagem e os recicláveis entregues em Pontos de Entrega Voluntária -PEV;

VI - observância da taxa de ocupação disciplinada em decreto regulamentar; no caso de área consolidada, a edificação será tolerada, vedada a ampliação ou acréscimo na área construída, se acima da taxa de ocupação máxima permitida;

VII - permissão dos usos residencial e de lazer, vedado uso para fins industriais, comerciais e de prestação de serviços, sendo permitido apenas atividades de baixo impacto ambiental, ressalvado os usos permissíveis que ficarem dispostos em legislação específica ou decreto regulamentar;

VIII - proibição de desmembramento, desdobro ou qualquer outro tipo de fracionamento das unidades do condomínio de sítios e chácaras.

§ 10. Poderá ser constituída entidade representativa de proprietários de lotes para os fins do caput deste artigo.

§ 2°. O procedimento e a documentação necessária para a regularização de trata este artigo será disciplinado em decreto regulamentar.

Art. 25. A regularização dos empreendimentos imobiliários irregularmente estabelecidos na zona rural, bem como as edificações nele existentes, será feita, sempre que for tecnicamente possível.

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 26. O empreendedor e todos os autorizados e envolvidos na comercialização dos sítios e chácaras de recreio responderão civil, penal e administrativamente pelas infrações cometidas contra a legislação e em especial a de proteção ao solo, ao meio ambiente, às leis federal, estadual e municipal de parcelamento do solo e ao Código de Defesa do Consumidor.

Art. 27. Considera-se clandestino todo e qualquer parcelamento do solo rural com área inferior a 20.000m2 (vinte mil metros quadrados) para fins de chacreamento de recreio realizado antes de aprovado o respectivo projeto com a consequente declaração de zona de urbanização específica.

AU. 28. Não será concedido pelo Município alvará de licença de construção para qualquer edificação, independentemente de sua finalidade nos empreendimentos ou

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desmembramentos não aprovados e não reconhecidos pela municipalidade, ficando as mesmas sujeitas a embargos conforme legislação específica.

A. 29. O Poder Executivo regulamentará esta lei no que for necessário.

A. 30. Aplicam-se subsidiariamente a esta as Leis 3.633/1998, 5.478/2008, 5.090/2005, 3636/1993, 3635/1998, 6167/2012, 194/2020, 19612020 e outras que forem com ela compatíveis, visando a segurança, p bem-estar e a qualidade de vida da população.

A. 3 1. Esta lei entrará em vigor na data de publicação.

Gabinete do Prefeito de Rio Verde, aos 26 dias do mês de abril de 2021.

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Mensagem n. 04012021 Rio Verde-GO, 26 de abril de 2021.

Ref.: Projeto de Lei Complementar dispondo sobre o parcelamento do solo

para implantação de loteamentos de

sítios e chácaras de recreio em zona urbana específica

Justificativa.

Senhor Presidente, Senhores Vereadores,

Se consultada a história, comprovaremos que a origem da sociedade brasileira está intimamente ligada ao meio rural. A atividade açucareira foi o embrião da família rural, base da sociedade colonial brasileira, que se desenvolveu patriarcal e aristocrática, nos moldes da sociedade portuguesa.

A família rural contava com apoio político do donatário da capitania e/ou do Governo Geral. Em torno da família e do seu elemento principal, o engenho - polo aglutinador da sociedade que se formava, ordenando a propriedade e o uso do solo com a plantação de cana-de-açúcar, em função do grande comércio - a economia açucareira do período colonial estabelece o primeiro forte núcleo social e político da sociedade brasileira: a casa-grande (habitação do senhor), e a senzala dos escravos. Assim, a grande propriedade açucareira transformou-se num verdadeiro mundo em miniatura em que se concentrava e resumia a vida toda de uma população.

Provavelmente essa origem justifique o gosto das pessoas, principalmente as interioranas, pela vida do campo. Porém, na atualidade, a prática de inúmeras atividades que condicionam o indivíduo ao estresse, acentuam essa preferência, fazendo com que as pessoas busquem a tranquilidade da zona rural para atenuar essa situação e não mais para apenas explorar o solo em atividade lucrativa.

Rio Verde sempre foi município que se destacou no cenário goiano e nacional em razão de sua pujança, fato que fortaleceu diversos setores, dentre eles, o imobiliário. Em nossa cidade, imóveis, tanto urbanos quanto rurais, apresentam-se bastante valorizados em comparação aos mercados de outros centros.

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PREFEITURA DE

GESTÃO 202112024

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Esse fato, aliado ao anseio de grande parte de membros de nossa comunidade em possuir propriedade rural, determinou o parcelamento do solo rural em pequenos lotes, abaixo do módulo rural, com destinação a práticas de lazer, nos moldes de sítios de recreio, também conhecidos como "ranchos", porém, apresentando-se como parcelamentos do solo clandestinos.

Ocorre que, a falta de regras e de ordenamento, faz com que vários prejuízos sejam causados à sociedade como um todo, seja de ordem ambiental, seja através do uso indevido da propriedade, causando grandes impactos de vizinhança.

Até mesmo os próprios possUidores são vítimas dessa falta de disciplina e ordenamento, vez que as condições sanitárias desses locais são precárias ou até mesmo inexistem, e ainda, a falta do título da propriedade se apresenta como problema social, depondo contra o ordenamento territorial do Município.

Essa situação, que se apresenta muito mais grave do que o descrito, determina que, urgentemente, disciplinemos a questão, estabelecendo regras de uso de parcelamento do solo, resguardando os direitos daqueles que pretendem se apresentar como proprietários de sítios ou chácaras de recreio e, ao mesmo tempo, impondo-lhes obrigações, vez que uma sociedade só se organiza se cumpre suas obrigações e tem à disposição os seus direitos.

A Lei 6.074/2011, em seu art. 7°, preceitua que projetos de sítios de lazer obedecerão as exigências contidas em lei específica e seu aia. 10, parágrafo único dispõe que "será admitido na Zona Rural o parcelamento de áreas destinadas a sítios de lazer contendo lotes mínimos de 10.000 m2"

Entendemos que tais disposições devem ser parcialmente acatadas, pois consideramos que deve ser editada lei específica tratando do parcelamento do solo para implantação de sítios ou chácaras de recreio, porém, entendemos que o mínimo de 10.000 m2 se apresenta desconforme, tanto pelo alto valor de imóveis em Rio Verde quanto por se apresentar de grandes dimensões à práticas de recreio, que não exigem tanto.

Como tais chácaras ou sítios destinam-se apenas a lazer e recreio, não se destinando a práticas rurais, adquirem características de imóveis urbanos, decorrendo daí a necessidade de que se implantem em Zonas Urbanas Específicas, destacadas do imóvel rural onde se inserem.

Urge que, à questão, sejam impostas regras que resguardem a conservação do solo e outros fatores que redundem em resguardar as condições ambientais, sanitárias e os impactos de vizinhança, nos mesmos moldes que ocorre no parcelamento do solo urbano, guardadas as devidas particularidades em razão da destinação. Cada chácara ou sítio se apresentará como uma unidade de lotearnento, ou seja, como um lote, com área mínima de 5.000 m2. Consideramos essa medida razoável, não podendo se apresentar menor,

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PREFEITURA DE

GEST~"OL2, 211'2024

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para que se apresente diferente do loteamento em Zona Urbana Específica, modalidade que se apresenta como objeto da Lei n. 6.167, cuja finalidade é residencial e não de lazer.

A formação de condomínio é necessária para que as propriedades sejam representadas por uma única pessoa jurídica, no caso, o condomínio, de quem será cobrado o cumprimento do regramento estabelecido em lei.

As restrições de parcelamento nas bacias hidrográficas de mananciais que abastecem e que podem no futuro servir ao abastecimento público visa garantir o fornecimento de água à população rio-verdense, vez que se encontra sobejamente provado que a ocupação do solo de bacias hidrográficas compromete o fornecimento de água, sendo preciso garantir bem tão precioso à presente e futuras gerações.

O mais encontra-se disposto no Projeto de Lei que ora é submetido à apreciação de V.Exas., cujo esclarecimento nos dispensa de outros esclarecimentos, vez que o texto por si só se justifica.

Uma vez mais esperamos merecer o respaldo de Vossas Excelências para que possamos ordenar o uso e ocupação do solo de nosso Município de maneira sustentável, ou seja, sem inibir o uso, porém, mediante normas que visam resguardar o bem-estar e a qualidade de vida de toda a comunidade, feito sociedade desenvolvida, composta por membros comprometidos com o progresso, de maneira racional.

Pedimos a aprovação da matéria. Respeitosamente,

Referências

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