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ANAIS ESTRUTURA ORGANIZACIONAL PARA A GOVERNANÇA LOCAL DA COORDENAÇÃO DE RISCOS E DESASTRES

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ANAIS

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL PARA A GOVERNANÇA LOCAL DA COORDENAÇÃO DE RISCOS E DESASTRES

Marino Luiz Eyerkaufer (Universidade do Estado de Santa Catarina) Ana Carolina Sedlacek (Universidade do Estado de Santa Catarina)

Sergio Marian (Universidade do Estado de Santa Catarina)

Valkyrie Vieira Fabre (Universidade do Estado de Santa Catarina)

Resumo: A integração de entes públicos, privados e a comunidade são parte

relevante na coordenação local da gestão de riscos e desastres, um serviço que até então era tratado basicamente pelo governo. O objetivo do presente estudo é apresentar uma estrutura organizacional inovadora para a governança local da coordenação de riscos e desastres, levando em conta os princípios de governança pública. Para a construção do modelo, observou-se que a estrutura organizacional deve ser desenhada visando o alcance dos objetivos institucionais, sendo ela quem influencia os processos de comunicação e tomada de decisão. Por isso a organização é essencial nesse processo pois define responsabilidades e determina cargos e autoridades. Modelos de gestão pública local, especificamente voltados à gestão de riscos e desastres, a exemplo do Incident Command System e o modelo de integração de Vargas (2010), são apresentados. Estuda-se então as particularidades da gestão de riscos e desastres a nível local, para então propor um modelo de estrutura organizacional integrado que permite a potencialização dos sistemas existentes, ao mesmo tempo ajustado para os princípios da nova governança pública. O estudo conclui que o modelo de coordenação desenvolvido favorece à democracia, logo ocorre a divisão de poder e decisão, e consequentemente o alinhamento estratégico entre os setores (I, II e III) além da comunidade em torno de objetivos comuns.

Palavras-chave: Estrutura Organizacional. Governança. Integração Intersetorial e

Comunitária. Coordenação Local. Gestão de Riscos e Desastres.

1. INTRODUÇÃO

Toda e qualquer organização que persegue a eficiência, eficácia e a efetividade, requer uma coordenação dos seus esforços alinhados com a estratégia. É neste contexto que surge a importância da organização, sendo que é a partir dela

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que se determina cargos e autoridades, além de definir responsabilidades. Gibson et. al. (2006) afirma que a organização compreende as atividades de gestão que permitem traduzir os objetivos planejados em tarefas e autoridade e que ela permite definir responsabilidades e autoridade de cada cargo individual, bem como a determinação do agrupamento destes cargos em divisões específicas, resultando na estrutura organizacional.

Como parte da organização, a estrutura organizacional é um conjunto ordenado de responsabilidades, autoridades, comunicações e decisões das unidades de uma organização, que deve ser desenhada visando o alcance dos objetivos institucionais e seguir as etapas de identificação das tarefas, agrupamento e atribuição de responsabilidades a pessoas ou grupos, disponibilização de recursos, informações e medidas de desempenho para todos os grupamentos e níveis e, ainda, definição dos papéis e responsabilidades pelas atividades operacionais e processo (SEIFFERT e COSTA, 2007).

Outro ponto relevante na construção de um modelo de coordenação local, é o envolvimento das relações interorganizacionais, já que a gestão organizacional não é feita apenas de uma pessoa ou mesmo de pessoas ligadas a administração pública municipal, mas de inúmeras organizações públicas ou privadas, sem fins lucrativos e, ainda, a voluntários da comunidade (EYERKAUFER, 2017).

Visto isso, deve-se buscar a participação popular que por sua vez, permite que o povo lide diretamente com os assuntos que lhe dizem respeito, e, sobretudo, se informe sobre os acontecimentos de interesse nacional ou local (Benevides, 1994). Isso tudo, está alinhado com os princípios da governança, que no setor público se relaciona com processos de comunicação, de análise e avaliação, de liderança, tomada de decisão e direção, de controle, monitoramento e prestação de contas (TCU, 2014).

A nível local, o envolvimento dos diversos envolvidos na gestão de riscos e desastres está prevista na Lei 12.608/12 que sugere a constituição oficial da Coordenação Municipal de Proteção e Defesa Civil – COMPDEC nos municípios brasileiros. No entanto, em 2012 menos de 7% dos municípios brasileiros ainda não possuía a Coordenadoria Municipal instalada por meio de lei municipal, e nesse percentual, ainda encontravam-se coordenadorias inativas (Defesa Civil Paraíba, 2012). Esse número evoluiu nos últimos anos para 30% no país e em Santa Catarina, todos os municípios criaram em lei a COMPDEC, mas nem todas estão ativadas, segundo a Secretaria de Estado da Defesa Civil - SDC/SC (2015).

Diante dos desafios de coordenação a nível local, o estudo tem por objetivo propor um modelo de estrutura organizacional para a governança local da coordenação de riscos e desastres.

A literatura, assim como os modelos para organização dos sistemas ainda são escassos. Especificamente de gestão de riscos e desastres, apresenta-se os modelos Incident Command System - ICS e de Vargas (2010). O primeiro é utilizado pela defesa civil mundo a fora e permite que as decisões sejam tomadas em conjunto, mantendo a unidade de comando e estabelecendo prioridades e objetivos comuns a serem alcançados, todavia, o modelo é utilizado em respostas aos desastres. Já o modelo de Vargas (2010) prevê a forte participação institucional e comunitária, no sistema municipal, para o qual definem missões, objetivos, recursos bem como de representantes legais para condução do sistema como um todo, e é amplamente utilizado em países latinos.

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A contribuição cientifica do estudo vem ao encontro da falta de discussão teórica do tema da coordenação local da governança de riscos e desastres, e portanto, acredita-se que dada a importância desta para o melhor desempenho das organizações, seja amplamente discutida, servindo o modelo conceitual proposto para referência de novos estudos. A contribuição social decorre da adoção do modelo por gestores e agentes de coordenação local da governança de riscos e desastres, visto que tais estruturas atualmente carecem de maior integração e colaboração, aspectos tratados pelo modelo.

O artigo está estruturado da seguinte forma: na primeira seção, contextualiza-se o objetivo do trabalho. Na contextualiza-segunda e terceira contextualiza-seção, são aprecontextualiza-sentados os fundamentos teóricos e a metodologia utilizada para o desenvolvimento do estudo. Na quarta seção, apresenta-se o modelo proposto de coordenação local e suas contribuições em relação aos modelos já existentes e, finalmente, na quinta seção, faz-se algumas considerações finais.

2. SUBSÍDIOS TEÓRICOS

Nesta seção discute-se temas que sustentam o estudo, tais como a conceituação de governança que traz como princípio a participação intersetorial e comunitária, as características da função administrativa organização e da estrutura organizacional. Apresentam-se também modelos de referência e as particularidades da proteção e defesa civil, que no Brasil é responsável pelo processo de gestão de riscos e desastres.

2.1 Governança

A governança surgiu inicialmente nas entidades privadas e tem se tornado cada vez mais importante também para as entidades públicas, possibilitando uma interação entre o governo e a sociedade, garantindo informações mais transparentes e responsáveis (FONSECA, 2013).

Para o Tribunal de Contas da União - TCU (2014) governança no setor público compreende essencialmente os mecanismos de liderança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a atuação da gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade. O TCU (2014) reforça ainda que a governança relaciona-se com processos de comunicação; de análise e avaliação; de liderança, tomada de decisão e direção; de controle, monitoramento e prestação de contas.

Conforme a Internacional Federation of Accountants - IFAC (2013), governança compreende a estrutura administrativa, política, econômica, social, ambiental, legal entre outras, posta em prática para garantir que os resultados pretendidos pelas partes interessadas sejam definidos e alcançados. Neste sentido, Pardini, Gonçalves e Camargos (2013, p. 41) complementam que a “governança pública pode ser entendida como um mecanismo de fortalecimento das relações entre governo e comunidades locais motivadas por processos de cooperação”.

A governança torna-se incipiente na medida em que há ausência de integração das políticas públicas, falta de experiência e formação dos agentes, bem como a pouca integração intersetorial e comunitária. Como agravante, os recursos

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financeiros, humanos e tecnológicos são insuficientes ou inadequados (EYERKAUFER, 2017).

No caso da coordenação local a governança se faz presente ao envolver as relações interorganizacionais, uma vez que a gestão organizacional não é feita apenas de uma pessoa ou mesmo de pessoas ligadas a administração pública municipal, mas de inúmeras organizações públicas ou privadas, sem fins lucrativos e, ainda, de voluntários da comunidade (EYERKAUFER, 2017).

Para Fischer (2005) no Brasil, o contexto político da década de 1990 é um dos fatores determinantes do surgimento de um ambiente favorável a aproximação entre organizações de diferentes setores. Entretanto, Hall (1984) na década de 80 já dizia que todas as organizações mantêm relações com as outras, das quais algumas são banais, enquanto outras são de importância central para as partes.

Benevides (1994) afirma que a institucionalização de práticas de participação popular permite que o povo lide diretamente com os assuntos que lhe dizem respeito, e, sobretudo, se informe sobre os acontecimentos de interesse nacional ou local. Corrobora Comini e Rhinow (1998) que é importante criar uma cultura favorável à participação da sociedade civil, dando fim a postura do Estado como um onipotente decisor.

A participação social tem seus princípios enraizados na democracia, que segundo Bloch; Balassiano (2000, p. 148), está ligado ao fortalecimento do poder local, “à conquista do direito à participação da sociedade na melhoria da gestão pública, à implementação de políticas que visem à melhoria da qualidade de vida da população e ao reconhecimento da diversidade como parte da cidadania". Corrobora Saraiva e Gonçalves (2008) que a democratização acontece a partir de uma transformação na relação entre Estado e sociedade, cujo teor deve passar a ser, numa ponta, o fortalecimento institucional do município em relação às outras esferas da administração pública, e na outra, a ampliação das possibilidades de intervenção dos diversos atores locais sobre a ação estatal.

Apresentados os princípios da governança pública e a sua relação com os processos colaborativos que requerem ampla participação por parte dos envolvidos, apresenta-se na seção a seguir as possibilidades de coordenação dos esforços em torno de objetivos comuns.

2.2 Organização e a estrutura organizacional

Em uma coordenação, a organização como função administrativa é essencial para seu desenvolvimento, pois é a partir dela que se determinam cargos e suas autoridades, além de definir responsabilidades. Para Gibson et al. (2006), o gestor desempenha as funções de planejamento, organização, direção e controle para coordenar comportamentos de indivíduos, grupos e organizações para obter eficácia individual, coletiva e organizacional.

De acordo com a USAID/OFDA (2011), na organização se estabelece o sistema de relações entre funções/pessoas e fatores físicos, para ordenar e dirigir os esforços para os objetivos ou, ainda, estruturar os recursos, órgãos, pessoas e equipamentos. A organização permite saber a tempo quando e quem deve fazer as ações. Gibson et al. (2006) complementam que a função da organização envolve a definição de responsabilidades e da autoridade de cada cargo individual, bem como a determinação do agrupamento destes cargos em divisões específicas, resultando na estrutura organizacional.

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Em relação ao desenho organizacional Seiffert e Costa (2007) afirmam que a estrutura é um de seus componentes, sendo necessário combinar tarefas/tecnologias, pessoas, sistema de informações/tomada de decisões, valores organizacionais e, ainda, o sistema de recursos humanos. A estratégia apenas será eficaz quando houver uma adequada combinação entre os componentes. Quanto às formas de organização o organograma ilustra a estrutura formal de uma organização. Essa estrutura deve buscar o alinhamento estratégico, os valores e a cultura organizacional para manter proximidade com a estrutura informam.

Os tipos de estrutura organizacional se distinguem pelas características do relacionamento entre seus componentes que podem assumir uma organização em linha, bem como matricial. A organização em linha funcional é o tipo mais comum e tradicional de estrutura no meio das organizações e retrata a organização como um conjunto de funções que podem ou não estar interligadas por atividades, as quais, por sua vez, formam um processo. A autoridade passa pelos níveis da hierarquia e cada setor do desenho organizacional comporta uma função específica o que requer maior habilidade gerencial devido ao número de interfaces entre as áreas, o que também dificulta a comunicação. Essa estrutura ainda comporta a inclusão de assessorias (SEIFFERT e COSTA, 2007).

Daft (1999) aponta pontos fortes da estrutura funcional, como a possibilidade da otimização de recursos humanos, desenvolvimento de habilidades mais abrangentes, além de possibilitar o alcance de metas funcionais. Por outro lado, Seiffert e Costa (2007) apontam as desvantagens deste tipo de estrutura, com destaque para a cadeia de comando mal definida que pode apresentar dificuldades na manutenção da disciplina, na sua aplicação, além de requerer maior habilidade gerencial, ainda pelas dimensões que pode tomar com o crescimento da estrutura, o seu custo do gerenciamento das interfaces fica elevado, as dificuldades de comunicação interna se acentuam e a capacidade de reação se torna lenta. Quando esta estrutura incluir assessorias, as desvantagens podem também incluir os conflitos entre linha e assessoria, bem como diferentes visões dos objetivos globais e ainda a superposição de comando entre órgãos de assessoria e de linha.

A estrutura matricial, por sua vez, segundo Seiffert e Costa (2007), traduz uma excelente alternativa para as organizações que desenvolvem projetos, já que proporciona, à empresa condições de flexibilidade para se adequar às mudanças ambientais e, da mesma forma, a sua própria dinâmica de atuação. Essa estrutura é uma solução mista que pode combinar a estrutura com base em função, com as estruturas baseadas em projetos ou produtos. Corrobora Daft (1999) que esse é o tipo de estrutura na qual o ambiente mais adequado é o instável, e a tecnologia empregada não rotineira, sendo indicado para organizações de médio porte.

Daft (1999) destaca algumas vantagens da estrutura matricial a exemplo da facilidade de coordenação para atender as duplas demandas (vertical e horizontal), compartilhamento flexível entre os processos ou produtos, adequação para decisões complexas e ambientes instáveis, e ainda proporciona oportunidades para o desenvolvimento das habilidades funcionais, e do processo ou produto.

As desvantagens da estrutura matricial, segundo Seiffert e Costa (2007) são: maior dificuldade de coordenação de funções no estabelecimento de padrões de eficiência e de uniformidade devido a existência de mais de um chefe; insegurança de grupos que podem ser refeitos devido ao desempenho; os conflitos de chefes funcionais e coordenadores de projetos e ou produtos podem colocar profissionais em

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situações incômodas; e clareza dos limites e sensação de interferência entre chefes funcionais e coordenadores de projetos e/ou produtos, o que pode levar a conflito de autoridade se não houver adequado relacionamento interpessoal.

Discutiu-se nesta seção os meios de coordenação e as possibilidades de alinhar uma estrutura baseada no envolvimento. Na seção que segue, apresenta-se a estrutura da gestão de riscos e desastres, suas particularidades que requerem atenção especial quando do desenvolvimento de mecanismos de coordenação local.

2.3 Gestão de riscos e desastres

No Brasil, a Gestão de riscos e desastres (GRD) é usualmente denominada de Proteção e Defesa Civil. Portanto, neste estudo, será feita a referência à gestão dos riscos e desastres e seus objetivos e finalidade a Proteção e Defesa Civil, ou seja, a segurança da população.

De acordo com o Art. 5º da Constituição Brasileira de 1988 a segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, devendo ser exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Para Castro (2005) a segurança da população fundamenta-se no direito natural à vida, à saúde, à segurança, à propriedade e à incolumidade das pessoas e do patrimônio, em todas as condições, especialmente em circunstâncias de desastres.

Nesse contexto surge a defesa civil que, de acordo com o 2º Art. Do Decreto Nº 7.257/2010, é “o conjunto de ações preventivas, de socorro, assistenciais e recuperativas destinadas a evitar desastres e minimizar seus impactos para a população e restabelecer a normalidade social". Castro (2005) complementa que a finalidade da defesa civil é garantir a segurança da população, em circunstâncias de desastres naturais, antropogênicos e mistos. O objetivo, por sua vez, é a redução dos desastres.

É importante destacar que com as alterações da legislação que trata da Proteção e Defesa Civil no Brasil a partir da Lei 12.608/12 o processo de Proteção e Defesa Civil passa a compreender a prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação em detrimento da prevenção, preparação, resposta e reconstrução. Ao mesmo tempo a Defesa Civil passa a ser denominada de Proteção e Defesa Civil.

Visto isso, a Defesa Civil atua no sentido de evitar que o desastre aconteça, toma medidas para a diminuição dos seus impactos, danos e prejuízos e busca a proteção e a segurança global da população. As atitudes de Proteção e Defesa Civil compreendem ações antecipatórias aos desastres, a própria gestão de riscos, essas ações devem ser executadas regularmente, com prevenção, mitigação, preparação e ainda, resposta e recuperação (CEPED-UFSC, 2014).

No Brasil a Defesa Civil é organizada sob a forma de sistema: o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil - SINPDEC e é constituído por órgãos e entidades da administração pública federal, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e por entidades públicas e privadas de atuação significativa na área de proteção e de defesa civil, sob a centralização da Secretaria Nacional de Defesa Civil – órgão do Ministério da Integração Nacional. O SINPDEC tem por finalidade contribuir para no processo de planejamento, articulação, coordenação e execução de programas, projetos e ações de proteção e defesa civil (CEPED-UFSC, 2012).

Fica nítida a estrutura da Proteção e Defesa Civil quando a Lei fala que “é dever da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios adotar as medidas necessárias à redução dos riscos de desastre” e, ainda, que as medidas previstas no

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caput poderão ser adotadas com a colaboração de entidades públicas ou privadas e da sociedade em geral (LEI 12.608/2012). Na Figura 1 evidencia-se esta estrutura. Figura 1 - Estrutura da Proteção e Defesa Civil brasileira

Fonte: Adaptado da Lei 12.608/2012

A atuação em GRD apresenta desafios diante da incerteza que os eventos adversos proporcionam, aliado às dificuldades culturais que fazem com que a comunidade espere dos governos a solução diante das vulnerabilidades, talvez fruto da falta histórica de priorização nos investimentos de RRD em detrimento da resposta e recuperação, ainda que sem preocupação efetiva com o seu desempenho. No entanto, existem modelos de gestão adaptáveis para as organizações de CGRD, normalmente focados na gestão dos desastres (EYERKAUFER, 2017).

Conhecido o contexto da estrutura de gestão de riscos e desastres, apresenta-se a seguir alguns dos modelos de coordenação em gestão de riscos e desastres atualmente reconhecidos pela literatura.

2.4 Modelos de referência de coordenação local

Modelos de referência são modelos padronizados e genéricos, e desempenham um papel de referência para tomadores de decisão a respeito de práticas a serem empregadas nas operações e processos organizacionais (CARDOSO et al., 2008).

Discute-se neste estudo, dois modelos propostos especificamente para a área de gestão de riscos e desastres, sendo que um deles é o Incident Command System (ICS), do qual originam no Brasil o Sistema de Comando em Operações (SCO) e o Sistema de Comando de Incidentes (SCI), modelos que adaptam sua metodologia.

Mais conhecido como ICS, foi criado e desenvolvido nos anos 70 nos Estados Unidos da América, em resposta a uma série de incêndios florestais que praticamente destruíram o sudoeste da Califórnia. Uma das características do ICS é o comando unificado que permite que as decisões sejam tomadas em conjunto, de forma que o sistema tenha uma estrutura de coordenação única, mantendo a unidade de comando e estabelecendo prioridades e objetivos comuns a serem alcançados (DEFESA CIVIL - ES, 2010).

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Para Alfaro et al. (2009), o SCI é um sistema baseado em fases e princípios administrativos e seus propósitos são de contribuir para a integração das instituições públicas, privadas e comunitárias, encarregadas das emergências, para conseguir um trabalho planejado e integrado no atendimento de eventos adversos; formar e desenvolver recursos humanos; promover o desenvolvimento de protocolos e procedimentos para resposta; promover a padronização dos recursos; implementar o modelo organizacional e promover o desenvolvimento de instrumentos tecnológicos que permitam facilitar e melhorar a administração dos incidentes.

O SCO, de acordo com a Defesa Civil - ES (2010) é uma ferramenta gerencial para comandar, controlar e coordenar as operações de resposta em situações críticas, permitindo a articulação dos esforços de agências individuais quando elas atuam com o objetivo comum de estabilizar uma situação crítica e proteger vidas, propriedades e o meio ambiente.

De acordo com Oliveira (2010) o SCO segue o modelo de administração por objetivos, que estabelece objetivos (resultados) a serem alcançados por determinadas pessoas ou grupos de pessoas, em um determinado período de tempo e acompanha o desempenho (controle) procedendo às correções necessárias. O autor afirma ainda que os objetivos da operação são estabelecidos de acordo com as seguintes prioridades: salvar vidas; estabilizar a situação e preservar bens e propriedades. Na Figura 2 ilustra-se a estrutura do SCO.

Figura 2 - Estrutura básica do SCO

Fonte: DEFESA CIVIL - ES (2010, p.12)

Nota-se que a estrutura do SCO é modular e flexível e apenas as funções necessárias para alcançar os objetivos são ativadas. O primeiro agente no local do incidente e o mais graduado da equipe assume o comando, todas as funções gerenciais e seus desdobramentos serão exercidos por ele que está coordenando Operações, Planejamento, Logística e Administração, além do próprio Comando, que pode ser transferido. A estrutura apenas se amplia ao se constatar que uma determinada função demandará uma atenção especial (DEFESA CIVIL-ES, 2010).

Outro estudo relevante é apresentado por Vargas (2010) que trata do modelo de gestão por processos recomendado na Colômbia para a gestão dos riscos. O modelo prevê a forte participação institucional e comunitária no sistema municipal, para o qual definem missões, objetivos, recursos bem como de representantes legais para conduzir o processo de gestão sustentável dos negócios e do sistema como um todo.

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mais ações da Gestão de Riscos e Desastres - GRD, de acordo com a sua missão. No entanto, todas as organizações são desafiadas a desenvolver ações de redução de riscos de desastres em seu âmbito de atuação, que permite que estas estejam mais preparadas para atuar em situações de desastre (VARGAS, 2010)

Figura 3. Estrutura básica do Comitê Local de Prevenção e Atenção de Desastres - CLOPAD

Fonte: Adaptado de Vargas (2010)

Os processos definidos pelo modelo, segundo Vargas (2010), são: conhecimento do risco, redução do risco atual e futuro, proteção financeira, preparação e resposta, recuperação e organização para a gestão, divididos em três grupos: processos estratégicos; processos missionais e processos de apoio.

3. METODOLOGIA

O presente estudo tem por objetivo propor um modelo de estrutura organizacional para a governança local da coordenação de riscos e desastres.

Na construção do modelo, emprega-se uma abordagem integradora, uma vez que um novo modelo é apresentado a partir da integração de diferentes modelos. Na visão de Blecken (2009) essa abordagem é denominada de indutiva, quando a partir de modelos existentes e da experiência prática surge um novo modelo.

Conceitos de governança e a discussão sobre as relações intersetoriais e a participação popular serviram de base para a proposta. A organização da estrutura organizacional, por sua vez, foi influenciada pelo modelo de gestão ICS e de Vargas (2010) além da busca em cenários atuais de atuação das coordenadorias municipais. Eyerkaufer, Lima e Gonçalves (2017) realizaram uma investigação documental e empírica no Estado de Santa Catarina, conhecido pela histórica incidência de desastres, o que permitiu a identificação dos maiores desafios de sua gestão. Os autores efetuaram um levantamento documental da legislação e de referências de atuação para a elaboração de um questionário com questões abertas e fechadas e, ainda, de múltipla escolha destinada para secretários/diretores/coordenadores dos órgãos de Proteção e Defesa Civil dos municípios do Estado de Santa Catarina, com o objetivo de identificar o atual cenário

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de atuação.

Alguns pontos convergentes na análise dos dados obtidos no levantamento permitiram traçar, em linhas gerais, o cenário atual de atuação, segundo Eyerkaufer, Lima e Gonçalves (2017):

a- pouca conscientização dos gestores públicos para a GRD;

b- governança de GRD incipiente, ainda relacionada com a falta de integração das políticas públicas e visão de sustentabilidade;

c- conhecimento, experiência e formação dos agentes insuficiente para atividades técnicas e funcionais da GRD;

d- práticas de CGRD questionáveis com pouco envolvimento dos conselhos municipais de GRD, além de fragilidades nos referidos órgãos deste a constituição à consolidação;

e- necessidade de formação continuada incluindo as escolas e a comunidade, além da criação e manutenção de núcleos comunitários;

f- recursos financeiros, humanos e materiais inadequados para um bom desempenho da CGRD;

g- integração e colaboração dos entes locais fragilizada; e

h- recursos tecnológicos para apoio à gestão, operação e comunicação inadequados. Portanto, a análise do atual cenário de atuação das CGRDs, considerando o atual estado da arte da pesquisa sobre o campo de investigação e do mapeamento correspondente a soluções disponíveis, revela lacunas que são abordadas na construção de um novo modelo de estrutura organizacional para a governança da coordenação local da gestão de riscos e desastres.

A construção considerou algumas etapas principais:

1- Levantamento de estruturas atualmente empregadas para a coordenação local da gestão de riscos e desastres;

2- Análise do cenário de atuação das coordenadorias municipais no Estado de Santa Catarina;

3- Construção de um novo modelo que possa inferir positivamente diante das ferramentas atuais disponíveis e os desafios de coordenação conhecidos. Apresenta-se na seção a seguir o modelo proposto.

4. MODELO DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

O trabalho da coordenação local envolve a mobilização comunitária. Para o CEPED/UFSC (2012), é o processo de reunir membros de uma comunidade e capacitá-los para lidar com as preocupações e problemas comuns, com ou sem interferência externa. O sistema local da GRD pode ser representado conforme Figura 4.

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Figura 4 - Sistema local da gestão dos riscos e desastres

Fonte: Adaptado de Vargas (2010)

A estrutura da GRD prevê a participação da administração pública, de organizações públicas e privadas e, ainda, da comunidade, o que caracteriza o modelo de conjunto de ação composto de um grupo de organizações, formando uma aliança. Para Bresser-Pereira (1996) a parceria entre a comunidade e a equipe da GRD é essencial para a formulação de propostas de políticas públicas, com objetivo de atender aos anseios dos usuários/cidadãos.

Com base nisso, desenvolveu-se a proposta de estrutura organizacional para a coordenação local da GRD, apresentada na Figura 5.

Figura 5 - Modelo de estrutura organizacional matricial e mista

Fonte: Elaborado pelos autores

A estrutura vertical sugerida segue os princípios do Sistema de Comando em Incidentes - SCI, no entanto, algumas mudanças são sugeridas nesse modelo a exemplo da valorização da comunicação interna e externa integralizados à estrutura matricial como processo de apoio em substituição ao serviço de informação e a

CONDIÇÕES LOCAIS

Sociais, ambientais, econômicas, culturais, institucionais

ADM PÚBLICA + ENTIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS + COMUNIDADE Plano local

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atribuição das funções de ligação para a função funcional de operação, antes ligados ao staff do comando. O modelo sugere ainda, a subordinação à coordenação geral assessorias que se façam necessárias para permitir a eficiência, eficácia e efetividade na coordenação. Além disso, agregou-se a função de controladoria no staff principal, responsável pela função do planejamento e controle, diferente do SCI, que prevê a função do planejamento.

No entanto, a maior mudança apresentada vem ao encontro da divisão do poder e decisão com os envolvidos na GRD. Por isso, a definição dos processos e dos encarregados na linha horizontal que se encontram na mesma hierarquia das funções verticais. Essa mudança requer habilidade dos encarregados verticais e horizontais nas relações de trabalho frente a GRD, sob uma coordenação local.

Na prática, as funções verticais devem ser preenchidas por profissionais ligados à estrutura pública municipal. Já os encarregados dos processos devem ser definidos de acordo com o conhecimento e habilidades (técnicas, humanas e conceituais) para assumir a responsabilidade de liderança. Essa estrutura pode ser mais flexível nos casos em que o órgão municipal de coordenação for da administração indireta.

Os encarregados das funções de liderança, no modelo proposto, assumem as seguintes responsabilidades:

Conselho local: atuar como órgão consultivo e deliberativo, regido por regimento interno próprio. É de sua responsabilidade a gestão estratégica do serviço que garante a Proteção e Defesa Civil da população;

Coordenação local: implementar e supervisionar os planos da organização, mantendo a coordenação geral das atividades e dos recursos; gerir a integração das entidades e pessoas ligadas à organização. Verificar a constituição e os aspectos legais relacionados; analisar o tipo de estrutura apropriada para CGRD (órgão da administração direta ou indireta, secretaria, coordenação ou direção municipal); acompanhar a efetividade do conselho e coordenação local e dos seus membros, solicitando alterações sempre que necessário; pesquisar, informar e atualizar os membros das novidades em GRD; executar ações de integração e colaboração, inclusive com as demais políticas públicas; e, acompanhar e sugerir a implementação de novidades na área;

Secretaria: acompanhar todas as atividades da organização para efetuar os devidos registros e atender as demandas do conselho e da coordenação;

Assessorias staff da coordenação: atender a consultas específicas da coordenação de acordo com as suas especialidades. Devem ser aprovadas e nomeadas pelo conselho;

Controladoria: coletar, armazenar e tratar dados e informações; subsidiar o processo de planejamento e controle da organização; subsidiar a elaboração do orçamento financeiro a partir do planejamento e apresentar o desempenho; e, comunicar resultados de desempenho;

Administração e finanças: desenvolver e monitorar o desempenho da estrutura organizacional; encarregar-se da documentação e do controle de gastos e disponibilizar relatórios; efetuar a captação de recursos financeiros para atender às demandas; elaborar orçamento financeiro e, garantir a transparência da gestão dos recursos financeiros e materiais;

Operações: zelar pela segurança da comunidade e dos agentes; manter comunicação estratégica de ligação em operações; deter ou prevenir ações perigosas;

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investigar/pesquisar os acidentes que ocorram nas áreas do desastre; proporcionar um ponto de contato para os representantes de todas as instituições; identificar os representantes de cada uma das instituições, incluindo sua localização e linhas de comunicação; responder às solicitações do pessoal da resposta para estabelecer contatos com outras organizações; e, observar as operações da resposta para identificar problemas entre as diversas organizações;

Logística: preparar equipes de logística; participar da preparação dos planos de contingência; preparar equipes para simulados e simulacros; identificar os serviços e as necessidades de apoio para as operações planejadas e esperadas; efetuar previsões de recursos para operações; preparar e viabilizar estruturas para a área; e, preparar recursos para desmobilização;

Gestão da governança: efetuar o planejamento estratégico ao operacional, contemplando todos os processos críticos, alinhados com os objetivos estratégicos que devem ser revisados constantemente; e controlar o desempenho estratégico ao operacional por meio do monitoramento dos indicadores de desempenho estratégicos e operacionais;

Avaliação de riscos: desenvolver completo levantamento dos potenciais riscos atuais e futuros que afetam a comunidade diante das suas vulnerabilidades; e, desenvolver o mapa de riscos e sua revisão;

Redução dos riscos de desastre: atuar para o aumento da resiliência dos sistemas e da população local; desenvolver ações de prevenção para os riscos identificados; desenvolver ações de mitigação para os riscos que não forem passíveis de prevenção; e, preparar equipes e a comunidade para a gestão de eventos adversos;

Gestão de eventos adversos: desenvolver e executar os planos de contingência; avaliar as prioridades do incidente; determinar os objetivos operacionais; empregar o pessoal de operações, de acordo com os planos; supervisionar as operações; determinar as necessidades e solicitar recursos adicionais; manter informada a coordenação acerca de atividades da operação; e revisar os planos de contingência;

Recuperação: atuar no restabelecimento da condição normal através da reabilitação e reconstrução;

Formação: formar todos os envolvidos, desde o conselho aos voluntários em atividades, estratégicas às operacionais;

Comunicação: garantir a comunicação interna e externa em períodos de normalidade e anormalidade; participar de todas as reuniões e emitir notas de interesse público; e, promover formação para a imprensa local para atuação em GRD; e

Gestão de TI: implantar e manter sistemas de informação e de comunicação para GRD; capacitar usuários; e, integrar ferramentas/sistemas de outros órgãos.

A governança é fundamental no modelo proposto, uma vez que permite a coordenação de atividades integrando a sociedade ao serviço público e privado. A governança auxilia também nos processos de comunicação, liderança e tomada de decisão, bem como no monitoramento e prestação de contas.

Essa ideia de governança facilita também a integração intersetorial e comunitária já que objetiva a aproximação de entidades públicas, privadas, sem fins lucrativos, bem como da sociedade. Outro ponto que contribui para a obtenção dessa integração é a estrutura organizacional proposta no modelo: a matricial. Todavia, não

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se pode perder de vista que novas habilidades, principalmente as de relacionamento devem ser desenvolvidas, visto que o processo de decisão neste tipo de estrutura tende a ser compartilhado.

Por fim, constata-se que o modelo de estrutura que vem aliado a processos de gestão, cuja liderança é desempenhada pelas pessoas/entidades mais habilitadas do sistema local, permitirá atuar de forma certamente mais eficiente, eficaz e sobretudo efetiva diante dos atuais desafios da coordenação além de atender aos anseios da comunidade.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo teve por objetivo propor um modelo de estrutura organizacional para a governança local da coordenação de riscos e desastres. Para a construção de um modelo, empregou-se a abordagem integradora, uma vez que um novo modelo é apresentado baseando-se em modelos já existentes. Essa abordagem na visão de Blecken (2009) é denominada de indutiva, quando a partir de modelos existentes e da experiência prática surge um novo modelo.

Conceitos de governança e as características das relações intersetoriasis e da participação popular serviram de base para a proposta. A organização da estrutura organizacional foi influenciada por outros modelos de gestão, baseado em experiências de países Latinos, o ICS e ainda o modelo apresentado por Vargas (2010). A integração de modelos já existentes visa preencher alguma das lacunas do atual cenário de atuação das coordenações.

O modelo desenvolvido sugere a valorização da comunicação interna e externa integralizados à estrutura matricial, assessorias que se façam necessárias para permitir a eficiência, eficácia e efetividade na coordenação. Ainda, agregou-se a função de controladoria no staff principal, responsável pela função do planejamento e controle.

Conclui-se que o modelo desenvolvido possibilita a aliança entre a administração pública, organizações públicas e privadas e, ainda, a comunidade, o que, segundo Bresser-Pereira (1996) é essencial para a formulação de propostas de políticas públicas, com objetivo de atender aos anseios dos usuários/cidadãos. Com essa participação conjunta, otimiza-se as ações e facilita-se a comunicação.

O estudo teve como limitação a falta de validação do modelo proposto que, ao mesmo tempo, sugere investigações futuras.

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