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Arquitetura da informação digital : estudo em websites de bibliotecas universitárias de Mato Grosso do Sul

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Cibele Andrade Nogueira (UFGD) - cibele.andradenogueira@gmail.com Orlando de Almeida Filho (Banco do Brasil (BB)) - oa.filho@gmail.com

Resumo:

Com um olhar biblioteconômico aliado aos princípios de Rosenfeld e Morville, a pesquisa busca analisar a Arquitetura da Informação Digital (AID) dos websites de bibliotecas universitárias de Mato Grosso do Sul - Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS, Universidade Católica Dom Bosco – UCDB, Universidade para o Desenvolvimento da Região do Pantanal. - UNIDERP. Nesse sentido, procura descobrir como essas bibliotecas universitárias utilizam os recursos da AI em seus portais e se o fazem de maneira eficaz, garantindo, assim, o foco no usuário. Caracteriza-se como uma pesquisa exploratória e descritiva, tendo como instrumento de coleta de dados a observação dos websites. De posse dos resultados obtidos, constata-se que as bibliotecas pesquisadas utilizam, de certa maneira, os princípios da arquitetura da informação (organização, busca, navegação e rotulagem), porém, não o fazem de forma plena. Dessa forma, a pesquisa propõe algumas sugestões, como, a implantação do quarto princípio da AID, isto é, o sistema de busca, bem como o aperfeiçoamento dos demais sistemas para a melhoria da AID em seus websites.

Palavras-chave: Arquitetura da Informação. Ambientes Informacionais Digitais. Bibliotecas Universitárias. Usabilidade

Área temática: Eixo 2 - Responsabilidade Política, Técnica e Social

Subárea temática: Arquitetura da informação (usabilidade, ergonomia, entre outros)

Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)

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1 Introdução

Devido à consolidação da produção e oferta de informações digitais, armazenadas e disponibilizadas em diversos formatos eletrônicos, a Arquitetura da Informação Digital – AID passa a ser visualizada como importante campo de estudo, sobretudo nos processos de busca, acesso, tratamento, organização, uso e recuperação de informação.

Nesse sentido, os websites aparecem como um campo a ser investigado, por se caracterizarem como ambiente informacional digital, campo em que a AID atua.

A Biblioteconomia, enquanto subárea da Ciência da Informação1 busca através do alinhamento de sua prática interdisciplinar com o uso intensivo das Tecnologias da Informação e Comunicação - TICs, uma melhor condução quanto aos aspectos inerentes à informação. Tal movimento, nos leva em um primeiro momento a concordar com Capurro e Hjörland (2007, p. 149 apud ALMEIDA FILHO, 2009, p. 28) quando dizem que: “[...] o que torna a informação especialmente significativa na atualidade é sua natureza digital”.

É nesse enfoque que o estudo sobre a Arquitetura da Informação – AI em websites de Bibliotecas Universitárias – BUs ganha olhares teóricos e práticos, pois as questões que muito frustram a maioria dos usuários no processo de recuperação dessas informações é saber onde encontrá-las dentro de um portal2; qual o caminho a ser percorrido; se a informação procurada atende às suas expectativas e se está acessível aos que possuem alguma limitação visual.

A maioria das pessoas responsáveis por esses portais, muitas vezes, não sabem que para possuir um ambiente digital de fácil navegação e de boa recuperação de informações devem ser levados em consideração alguns passos que serão vistos mais adiante. Se os princípios propostos por Rosenfeld e Morville3, grandes nomes na área de análise dos elementos da AI (navegação, rotulação, busca e recuperação) fossem observados no momento da criação do portal, as necessidades informacionais dos usuários estariam sendo mais bem atendidas, fazendo com que eles possuíssem maior intimidade com o website e voltassem a realizar suas pesquisas no mesmo ambiente. Dessa forma, atenderia a questão da usabilidade4, pois de nada vale ter um website repleto de informações úteis para o público a quem esse site se destina, se esse público não faz uso das informações que têm disponíveis.

Deve-se levar em conta no uso da AID, as experiências dos indivíduos, o conteúdo a ser disponibilizado e o contexto em que esses usuários se encontram. Porém, não se deve deixar de disponibilizar determinado tipo de conteúdo por ir contra alguma ideologia que o bibliotecário possua e faz-se de grande importância que esses conteúdos sejam de qualidade.

A questão que rege essa pesquisa é saber se as Bibliotecas Universitárias de Mato Grosso do Sul utilizam de maneira eficaz os recursos da AI em seus websites. O objetivo é avaliar a interface das bibliotecas estudadas nessa pesquisa, de acordo com os princípios da AI estabelecidos por Rosenfeld e Morville e propor sugestões para a melhoria dessas

1 Conforme delimitação de áreas de conhecimentos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico – CNPq e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior – CAPES.

2 “O portal é por definição um web site, uma forma original de sistema hipermídia distribuído, criado por Tim Bernes-Lee, para permitir a pesquisa e o acesso direto a documentos e informações publicadas em computadores que formam a rede Internet, através de um browser e do protocolo de comunicação Hypertext Text Transfer Protocol (HTTP)”. WINCKLER; PIMENTA (2002, apud SANTOS; SÁ, 2012, p.6)

3Louis Rosenfeld e Peter Morville, formados em Ciência da Informação e Biblioteconomia, a partir do aparecimento dos primeiros sites da Web, estavam convencidos de que eram os bibliotecários os profissionais mais competentes e melhor habilitados a organizar, classificar e rotular informações na rede e, assim, tomaram emprestada a expressão de Wurman, criando a disciplina de Arquitetura da Informação para a World Wide Web.

(SANT’ANNA, 2009, p.25)

4Nielsen (1994, apud , SANTOS; ROCHA 2012, p.7) considera a usabilidade como:

[...] um conceito que busca definir as características de utilização, do desempenho e da satisfação dos usuários, na interação e na leitura das e nas interfaces computacionais, na perspectiva de um bom sistema interativo.

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interfaces. A pesquisa se justifica pelo fato de muitos websites de bibliotecas não apresentarem com clareza informações básicas essenciais ao usuário, o que na maioria das vezes faz com que este não retorne novamente a esse ambiente, já que outrora não se sentira satisfeito pelo modo de disponibilização dessas informações, seja pela falta ou pelo excesso de informações, tornando o site confuso. As hipóteses levantadas são: as bibliotecas universitárias têm se preocupado com a organização de seus websites? As pessoas que possuem algum tipo de necessidade especial ou alguma limitação visual são pensadas no momento da criação dos websites? A BU conta com o apoio de uma equipe multidisciplinar na construção e manutenção de seu website?

Outro ponto discutido nesta pesquisa, através da literatura estudada, é que o bibliotecário é considerado um dos, se não, o profissional mais capacitado para atuar na área de AID, pois sua formação é composta por disciplinas que são comuns a essa área, bastando apenas que ele se alie, através de uma especialização ou de cursos, à área de Tecnologia da Informação – TI.

2 Revisão de literatura 2.1 Bibliotecas Universitárias

As Bibliotecas Universitárias possuem o objetivo geral das universidades: incentivo à pesquisa, ensino e extensão, logo, devem promover ações que visem a cobertura dessas três grandes áreas de suma importância no desenvolvimento acadêmico. Além dos serviços tradicionais (como empréstimos, devoluções, consultas ao acervo, entre outros) deve haver uma divulgação de outros serviços oferecidos, que muitas vezes os usuários desconhecem como treinamento ao uso de bases de dados, visitas orientadas, disseminação seletiva da informação, promoção de eventos culturais e científicos. Tudo isso para que o usuário se sinta cada vez mais pertencente a utilizar esse espaço que é voltado justamente para ele. O usuário de biblioteca universitária merece atenção no sentido de haver uma preocupação maior (da parte do bibliotecário) em fornecer a informação que este necessita e facilitar o processo de recuperação dessas informações. E isso não deve se dar somente nos sistemas de gerenciamento de bibliotecas, mas também no próprio site em que a biblioteca está inserida, em suas redes sociais. Tonar o caminho que o usuário tem de percorrer para localizar o que ele necessita é uma forma de serviço de referência, que acaba sendo pouco trabalhada, pois já é subentendido que tudo que o usuário necessita ele irá encontrar no catálogo da biblioteca.

Todavia, às vezes informações úteis como horário de atendimento, equipe, contato, entre outras, são informações que podem facilitar muito a vida não só dos usuários reais, como também dos potenciais.

2.2 Arquitetura da Informação em website

A AI muito se relaciona com os ambientes informacionais digitais, pois seu objeto de estudo consiste na organização, através de toda uma sistemática, desses ambientes para facilitar a encontrabilidade das informações e até mesmo propor um layout mais agradável esteticamente, no caso dos websites. Davenport (2002, p. 200), acerca do tema discorre que

“em um sentido mais amplo, a arquitetura da informação simplesmente se constitui de uma série de ferramentas que adaptam os recursos às necessidades da informação”.

Consequentemente, não há lógica em se criar um ambiente informacional, o qual não se baseia em nenhuma necessidade ou expectativa almejada por quem irá utilizar-se desse ambiente. É o website que deve se adequar ao usuário e não o contrário, pois, caso não haja essa adequação do ambiente, o primeiro não possuirá um bom índice de usabilidade e

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acessibilidade. O website deve ser um atrativo para a comunidade, tanto interna, quanto externa, possuir informações úteis, ser intuitivo, conter atualizações constantes de conteúdo, possuir um layout agradável, possuir uma boa recuperação de informações, serviços oferecidos, links das redes sociais, todos esses fatores são de grande importância para se obter uma boa AID.

2.3 Ambientes informacionais digitais em bibliotecas universitárias

Os ambientes informacionais digitais são sistemas de informação presentes no meio digital. Caracterizam-se por possuir a entrada, o processamento e a saída de informações, assim como a retroalimentação. Vale ressaltar que a Web 2.05 muito contribuiu para a dinamização desses ambientes, pois é muito mais interativa que a Web 1.0, bem como incentiva a colaboração e o compartilhamento de informações. Nesse sentido, pode-se destacar ainda:

A importância de direcionar informações específicas para usuários específicos está sendo reconhecida principalmente na Web 2.0, em que ferramentas estão sendo desenvolvidas para personalizar informações em larga escala. Cada usuário possui um contexto distinto, e isso deve ser levado em consideração (CAMARGO;

VIDOTTI, 2011, p. 18).

Uma particularidade dos ambientes informacionais digitais é a Interação Humano- Computador (IHC), na qual se destacam o desejo do usuário em relação ao sistema e o que de fato o sistema pode oferecer (CUSIN, 2010). Quanto mais se conhece sobre as necessidades informacionais dos usuários, mais o sistema de informação poderá satisfazê-las e mais personalizável será esse ambiente.

De acordo com Camargo (2010, p. 72):

Pode-se considerar que os ambientes ou sistemas inseridos na plataforma Web pode abordar tanto o gerenciamento sob a perspectiva do usuário, quanto sob a perspectiva funcional da empresa. Isso deve depender do tipo de ambiente que será construído, o qual deve atender as necessidades da organização e/ou do indivíduo responsável pelo desenvolvimento do ambiente.

No caso que trata esta pesquisa, os ambientes devem ser pensados sob a perspectiva do usuário, pois é quem fará uso desses ambientes. O indivíduo responsável por esse ambiente precisa estar atento às dificuldades que os usuários encontram nesses locais e deve propiciar a eles uma facilidade maior em interação com esse local.

Conforme Vechiato (2010), o usuário e seu contexto, sua cultura, suas necessidades, a sociedade em que está inserido, todos esses fatores devem ser sempre pensados em um ambiente informacional, da mesma forma o fluxo de informações nesses ambientes também deve ser levado em conta, existindo esse ambiente em meio digital ou físico.

A partir das ideias de Camargo e Vidotti (2011), os ambientes informacionais digitais devem se caracterizar pela acessibilidade, usabilidade, metadados, política, interoperabilidade, preservação, ferramenta de busca, personalização e customização.

A acessibilidade sugere que qualquer pessoa, independentemente de suas limitações

5A Web 2.0 pode ser definida aqui como um ambiente informacional digital, muito mais dinâmico, interativo e personalizável do que a Web inicial (1.0), o que realmente importa na web 2.0 é a interação entre o usuário e internet, a customização, as experiências do usuário, a colaboração e o compartilhamento.

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físicas, possa ter alcance ao conteúdo na íntegra, da mesma maneira que uma pessoa comum.

Já a usabilidade propõe uma boa interação do usuário com o site, quanto mais simples de navegar, organizado, com o mínimo de erros, conteúdo atualizado que o website possuir, mais utilizado ele será. Os metadados relacionam-se com a representação do conteúdo, são basicamente os dados que o compõem. A política determina os padrões a serem adotados no website.

Já a interoperabilidade está relacionada com os metadados e aponta as regras para que o compartilhamento das informações seja possível em qualquer sistema. A preservação estabelece meios para que o portal esteja sempre funcionando ao longo do tempo. A ferramenta de busca é de suma importância em qualquer ambiente informacional, pois é através dela que o usuário pode obter as informações de que necessita, de acordo com suas experiências. E, por fim, a personalização e customização é a capacidade do site se adequar as preferências do usuário, para que ele próprio possa obter um ambiente que lhe agrade, aproveitando o que lhe é útil. Todos os conceitos apresentados estão presentes no quadro a seguir, de autoria própria, baseado nas características e recursos de ambientes informacionais digitais apresentados por Camargo e Vidotti (2011, p. 63).

Quadro 1: Conceitos e definições presentes nos ambientes informacionais digitais

CONCEITO DEFINIÇÃO

Usabilidade Boa interação do usuário com o site Metadados Dados que representam o conteúdo

Política Padrões adotados

Interoperabilidade Aponta padrões para que o compartilhamento de informações se dê em qualquer sistema

Preservação Estabelece meio para o funcionamento do portal com o passar do tempo

Busca Permite que o usuário possa obter as informações de que necessita, baseando-se em suas experiências

Personalização e customização

Capacidade do website em permitir que o usuário o adeque às suas preferências

Fonte: Autoria própria

Os ambientes informacionais digitais serão vistos de forma mais detalhada a seguir, são sistemas de informação em meio digital, onde ocorrem os processos de entrada, processamento, saída e retroalimentação (feedback) em meio digital.

Os ambientes informacionais digitais de BUs, seu website por exemplo, devem seguir os padrões que a AI propõe para que se tornem mais agradáveis e consequentemente passem a ser utilizados com maior frequência, visto que a experiência que o usuário obteve utilizando esse sistema será positiva, e esse usuário poderá inclusive recomendar a outro que utilize esse website.

3 Materiais e métodos

O método utilizado na pesquisa foi a observação dos portais, destacando os sistemas propostos: organização, navegação, rotulagem e busca. Caracteriza-se como uma pesquisa exploratória, descritiva e observacional.

Acerca do método observacional, Fachin (2003) observa que: “[...] fundamenta-se em procedimentos de natureza sensorial, como produto do processo em que se empenha o pesquisador no mundo dos fenômenos empíricos”.

Para Gil (2002, p.77) a pesquisa exploratória é definida como:

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Estas pesquisas têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições.

Como o tema abordado é muito recente e pouco discutido ainda, o objetivo da pesquisa é explorar, discutir um pouco mais sobre o assunto, que é de grande importância na área especificada pela pesquisa (bibliotecas universitárias).

O autor em relação às pesquisas descritivas ainda declara que:

As pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição de características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como questionário e a observação sistemática. (GIL, 2002, p.42)

A pesquisa é caracterizada exploratória por apresentar um tema recente, que atualmente vem ganhando mais destaque. É descritiva, pois descreve as características, através da observação, dos websites analisados.

4 Resultados parciais/finais

Verificou-se, através da observação dos portais, se eles apresentam informações básicas, tais como o nome da biblioteca, endereço, horário de funcionamento; se apresentam o regulamento da biblioteca, bem como a equipe que nela atua; se possuem um portal próprio;

se trazem notícias ou avisos atualizados; se possuem opções de alteração do contraste ou tamanho da fonte da página, se possuem os quatro sistemas que compõe a AI de um site (organização, navegação, rotulação e busca).

Foram pesquisados os websites de quatro BUs de Mato Grosso do Sul, sendo uma federal, uma estadual e duas particulares, a saber: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS, Universidade Católica Dom Bosco – UCDB e Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal – UNIDERP.

O sistema de organização será representado pela cor vermelha, o de navegação pela cor verde e o de rotulação pela cor azul e o de busca pela cor rosa.

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Figura 1 – Interface do website da Biblioteca UEMS

Fonte: http://www.uems.br/biblioteca

O site apresenta o sistema de navegação, rotulação e organização. O sistema de busca é ausente, talvez por achar que a busca já se dá no catalogo, porém uma busca no próprio site facilita muito na recuperação da informação. A página está em um link bem no início do site da instituição, o que se torna fácil de ser localizada. Não foram encontrados links de redes sociais, nem algum tipo de contato. O layout do site é agradável. Seria interessante que a página trouxesse algum link com notícias da própria biblioteca e da instituição. Não foi encontrado nenhum link de personalização de fonte ou contraste da página, dificultando assim o acesso a usuários com problemas de visão.

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Figura 2 – Interface do website da Biblioteca UFMS

Fonte: http://biblioteca.sites.ufms.br/

O sistema de busca se faz presente, o site possui publicações de notícias atualizadas, assim como várias informações úteis como treinamentos, tutoriais, contato. A biblioteca possui canal no youtube e perfil no facebook. Possui um link com perguntas e respostas e outro link com fotos. Não foram encontrados botões de personalização da página. O layout é agradável e as informações são fáceis de ser encontradas.

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Figura 3 – Interface do website da Biblioteca UCDB

Fonte: http://site.ucdb.br/campus/3/biblioteca/588/

O website apresenta apenas três dos princípios analisados, sendo que o sistema de busca é encontrado somente no catálogo online. O website não conta com informações úteis como a equipe da biblioteca, por exemplo. Não foi possível identificar algum e-mail ou telefone para contato também, o que dificulta a comunicação. Possui um ícone de rede social apenas, no caso twitter. Para se chegar à página da biblioteca é preciso olhar o mapa do site da UCDB, onde o link Biblioteca está inserido. Sugere-se a inclusão de um campo de busca no site da biblioteca, um campo para contato e o acréscimo de notícias. O layout é agradável, a combinação das cores utilizadas é boa. O uso de outras redes sociais como instagram, facebook, entre outras facilitaria a comunicação com os usuários. Não foram encontradas opções de personalização da página.

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Figura 4 – Interface do website da Biblioteca da UFGD

Fonte: http://portal.ufgd.edu.br/setor/biblioteca

O website possui um layout agradável, possui todos os princípios de AI, todavia a busca não é exclusiva à página da biblioteca, mas sim de todo o site da instituição. O link da biblioteca está bem visível no canto direito da tela. Não possui links de redes sociais específicos da biblioteca, apenas da universidade. Em alguns links falta atualização de informações. Apresenta telefones e e-mails para contato, bem como a equipe de funcionários subdivididos por setor. Também possui espaço para informes, mas até o momento não há nenhuma publicação. A página possui a opção de botões personalizáveis para ajuste do

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tamanho da fonte, porém não há botões para ajuste do contraste da tela.

Figura 5 – Interface do website da Biblioteca da UNIDERP

Fonte: http://www.uniderp.br/uniderp/ver_pagina.aspx?CodPagina=211

O website possui o sistema de rotulação, navegação e organização. O layout é bem agradável. Possui informações bem interessantes como estatísticas sobre o acervo, periódicos por área do conhecimento. Os botões personalizáveis de aumento e diminuição da fonte se fazem presente. A página da biblioteca pode ser facilmente encontrada no canto esquerdo do portal da instituição a que pertence. Não foram encontrados links de redes sociais, nem a publicação de notícias.

5 Considerações parciais/finais

A partir da observação dos websites pesquisados, sob a perspectiva dos quatro sistemas propostos por Rosenfeld e Morville, apontam-se algumas colocações. Apenas um dos websites possui sistema de busca no próprio conteúdo do site (Biblioteca da UFMS), e talvez isso se dê pelo fato do bibliotecário pensar que o usuário somente buscará informações no catálogo, e não considerando a possibilidade do usuário, procurar por outras informações sobre a biblioteca, tais como: regulamento, horário de funcionamento, equipe, manual de monografias, entre outros.

Ressalta-se que a maioria dos websites apresenta essas informações, porém deve-se procurar por elas intuitivamente, uma vez que, se houvesse o sistema de busca, bastaria digitar o conteúdo desejado e ele viria de forma mais rápida e eficaz, o que se pode afirmar que talvez se ocorra pela falta de uma equipe multidisciplinar trabalhando nesses websites.

Outro aspecto é a disponibilização de notícias nos sites das bibliotecas pesquisadas, o único website pesquisado que disponibiliza notícias atualizadas com certa regularidade é o website da biblioteca central da UFMS. A interação entre o bibliotecário e usuário deveria ser maior, a maioria dos websites em questão disponibiliza telefone e/ou e-mail para contato, contudo um atendimento on-line seria de grande utilidade em todos eles.

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A personalização e customização é um recurso presente somente no site da biblioteca da UNIDERP, também, e que se fosse implantado nesses websites faria muito sucesso, pois para o usuário possuir um ambiente personalizável, além de aumentar a acessibilidade, faz com que ele se sinta parte desse ambiente.

Todavia, os sites, de maneira geral, estão bem organizados, embora cada um precise atentar para algum aspecto em especial e trabalhar com o marketing, pois de nada vale ter um ótimo website, seguindo todos os princípios da AI, se não for para ser utilizado, o que está interligado com a questão da usabilidade, pois o site só será utilizado se o usuário possuir, a partir de suas experiências, uma boa interação com o portal.

A pesquisa procurou identificar nos websites os sistemas de organização, rotulação, navegação e busca. Os três primeiros sistemas citados estão presentes em todos os sites observados, precisam somente de algumas melhorias que o bibliotecário responsável pelo website deverá resolver juntamente com o pessoal de tecnologia da informação, e professores deverão implantar o sistema de busca, que é essencial para qualquer tipo de portal. Porém, de modo geral, pode-se afirmar que as BUs de MS utilizam-se dos princípios propostos pela AI, mesmo que os desconheçam, somente não o fazem de forma eficaz, e através da literatura estudada é possível afirmar também que o bibliotecário pode ser considerado um dos profissionais mais habilitados para atuar na área de AI. Dos websites analisados, os que possuem uma inter-relação com as redes sociais, são os sites da UFMS e UCDB.

O que se precisa ter em mente é que a realização de pesquisas sobre o uso desses websites, destacando aspectos positivos e negativos, sugestões e críticas, é um fator essencial para que os mesmos possam ser melhorados. A aliança entre bibliotecário e um profissional da área de informática é fundamental. Pois o bibliotecário deverá propor as melhorias para o portal, enquanto o profissional de tecnologia da informação deverá executá-las.

Vale ressaltar que todos os recursos e sugestões propostos nessa pesquisa tem apenas um objetivo: melhorar a experiência do usuário com o ambiente informacional digital dessas bibliotecas através do uso dos recursos da Arquitetura da Informação, uma vez que o foco de toda e qualquer biblioteca, principalmente a universitária é a comunidade acadêmica.

6 Referências

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CAMARGO, Liriane Soares de Araújo de. Metodologia de Desenvolvimento de Ambientes Informacionais Digitais a partir dos Princípios da Arquitetura da Informação. 2010. 287 f. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) – Faculdade de Filosofia e Ciências,

Universidade Estadual Paulista, Marília, 2010.

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CUSIN, Cesar Augusto. Acessibilidade em ambientes digitais informacionais digitais.

Marília: UNESP, 2010. 154 f. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Marília, 2010. Disponível em:

<http://www.marilia.unesp.br/Home/Pos-

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