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ASPECTOS PETROGRÁFICOS E LITOQUÍMICA DE ROCHAS GRANÍTICAS TIPO-S, PÓS-COLISIONAIS DA FAIXA ARAÇUAÍ, MÉDIO VALE DO JEQUITINHONHA-MG

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Academic year: 2021

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ASPECTOS PETROGRÁFICOS E LITOQUÍMICA DE ROCHAS GRANÍTICAS TIPO-S, PÓS-COLISIONAIS DA FAIXA ARAÇUAÍ, MÉDIO VALE DO JEQUITINHONHA-MG

Vinícius José de Castro Paes (1); Alan Cardec Brunelli Gomes (2).

(1) SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL - CPRM; (2) MCB.

Resumo: Magmatismo granítico cambriano, tipo-S, pós-colisional, gerador de pegmatitos mineralizados da região de Itinga-Araçuaí, foi objeto de pesquisas desenvolvidas pela CPRM-Serviço Geológico do Brasil na Folha Itaobim, com enfoque em cartografia geológica (escala 1:100.000) e litoquímica. Além de rochas graníticas, compreende “granitos pegmatóides”, termo utilizado por Sá (1977) para designar corpos graníticos com grande variação textural, de granítica a pegmatítica, e com turmalina abundante. Os principais tipos petrográficos estudados são monzogranitos ou, subordinadamente, granodioritos a duas micas, comumente com turmalina e granada como minerais acessórios. São isotrópicos ou têm foliação variando de tênue a conspícua, essa última preferencialmente nas bordas dos corpos, sendo marcada, principalmente, pela orientação preferencial da moscovita e da biotita, se constituindo no registro de um fluxo magmático laminar paralelamente ao qual se orientam os minerais micáceos. Subordinadamente ocorrem corpos de moscovita granitóides e biotita granitos porfiríticos. Os “granitos pegmatóides” afloram como corpos com dimensões métricas a quilométricas, compreendendo uma associação de rochas com textura granítica ou pegmatítica que se alternam nos afloramentos como porções com formas irregulares e dimensões variadas, mostrando contatos transicionais, difusos ou abruptos entre si. As rochas com textura pegmatítica têm granulação variada, de pegmatítica fina a grossa, não mostrando zonamento interno. Seus minerais essenciais são quartzo, feldspatos e moscovita. Biotita pode ocorrer. Turmalina negra e granada são acessórios comuns. Turmalina esverdeada ou rosada ocorre muito localmente. As rochas graníticas constituintes dos

“granitos pegmatóides” caracterizam-se por alta heterogeneidade textural e distribuição irregular dos seus minerais. Têm granulação variando de grossa a fina e são isotrópicas. A moscovita ocorre em todos os afloramentos estudados, com fração modal variável, desde quase ausente a cerca de 7%. A biotita é ausente ou tem fração modal restrita, entretanto, em algumas exposições, caracteriza um fácies a duas micas com a moscovita. Granada e turmalina negra são minerais acessórios comuns. Localmente ocorrem raros cristais de berilo verde-azulado e lepidolita. Parte dos corpos de “granitos pegmatóides” é interpretada como registro do processo de exsolução dos fluidos pegmatíticos do magma granítico. A relação de intrusão das rochas em estudo nos metassedimentos neoproterozóicos do Grupo Macaúbas e Formação Salinas é caracterizada por: superfícies de fluxo magmático nas bordas dos corpos graníticos, paralelas ao contato; reorientação da foliação dos metassedimentos, próximo aos contatos, tendendo a se paralelizar a estes; metamorfismo/metassomatismo de contato nos metassedimentos;

xenólitos de metassedimentos nos granitos e pegmatitos; apófises graníticas e pegmatitos intrusivos nos metassedimentos. As rochas graníticas correspondem a monzogranitos e, algumas, a granodioritos, sendo enquadradas no grupo dos granitos crustais (tipo-S). Quimicamente, são classificadas como fortemente peraluminosas, pós-colisionais e do tipo-S fracionadas. Com base nas suas razões Al

2

O

3

/TiO

2

e CaO/Na

2

O considera-se que a sua gênese ocorreu a partir da fusão parcial de metassedimentos maturos (pelíticos). Parte dos granitos a duas micas teve sua evolução magmática controlada, principalmente, pelo fracionamento de granada e plagioclásio.

Palavras-chave: Granitos; Petrografia; Litoquímica.

Referências

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