• Nenhum resultado encontrado

Tradição dos Grandes Livros I

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Tradição dos Grandes Livros I"

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

Tradição dos Grandes Livros I

Programa

1. Apresentação do programa, bibliografia e metodologia de avaliação. Introdução ao tema dos Grandes Livros.

PLATÃO

2. Platão e Sócrates. A vida e o carácter de Sócrates. A «questão socrática». A figura de Sócrates no pensamento de Platão.

3. A REPÚBLICA

3.1. A descida ao Pireu e a subida com Sócrates ( Livros I e X, 327a – 328b; 614b – 621d). Introdução ao carácter dialógico da obra. Os pares simbólicos subida/descida, ascensão/corrupção. O mito de Er.

3.2. A discussão preliminar sobre a Justiça ( Livro I, 328b – 354c). A apresentação de três gerações: Céfalo (complacência e condescendência); Polemarco (o melhor do senso comum); Trasímaco (a defesa feroz da justiça como a conveniência do mais forte).

3.3. Início do inquérito sobre a Justiça (Livro II, 357a – 376e). Para além do deontologia e do consequencialismo: o início da investigação. O clamor de Gláucon e Adimanto; a justiça na cidade como reflexo ampliado da justiça na alma do indivíduo; a primeira cidade (a cidade sã); a segunda cidade e a necessidade dos guardiões.

3.4. A educação dos guardiões (Livros II e III, 376e – 412a). A reforma da educação antiga; a formação musical e a ginástica.

3.5. A constituição justa da Polis e a Justiça no indivíduo (Livros III e IV, 412a – 445e). Educação, unidade e harmonia. Governantes (guardiões), Guardiões (auxiliares) e Negociantes. Sabedoria, Coragem e Temperança. A Justiça como a saúde da alma e da cidade.

3.6. A uniformidade da Polis (Livro V, 449a – 471c). Início das ‘vagas de riso’. A educação da mulher e da criança; a selecção dos melhores; o ‘comunismo’ na classe dos guardiões.

3.7. A pátria do filósofo (Livros V e VI, 471c – 502c). A terceira vaga de riso: o reinado do filósofo;

filósofo e filodoxo; a tensão entre o poder e a filosofia; apolitismo de Platão?

3.8. O caminho mais longo e a Ideia do Bem (Livros VI e VII, 502c – 521c). A Ideia do Bem; os efeitos da ‘transcendência divinal’ na ordenação da alma; a alegoria da Caverna; depois da ascensão, o problema da convivência com o poder. Quais as condições para o governo do filósofo? Outra visão do paradigma político anteriormente gizado.

3.9. O declínio da ordem e a patologia da alma humana (Livros VIII e IX, 543a –576b). As diversas constituições da cidade e da alma humana: timocracia, oligarquia, democracia, tirania. O Eros filosófico e o Eros tirânico.

(2)

ARISTÓTELES

4. Introdução à reflexão ética e política de Aristóteles. Distinção entre conhecimento científico, sabedoria prática/prudência e arte (Étic. Nic. VI, 1139b 12 – 1142a 25). A política como sabedoria prática. O Bem supremo como fim da sabedoria política. O fim último, a felicidade e auto-suficiência ( Étic. Nic. I). Vida prática e vida teorética.

5. A POLÍTICA

5.1. A composição e ordenação dos livros da Política de Aristóteles. A tese de Werner Jaeger.

5.2. A natureza da cidade e elementos fundamentais da vida social (Livro I, 1252a – 1255b 40). Comunidade, família, aldeia e Cidade; O ser vivo político; teoria da escravatura; autoridade marital e paternal.

5.3. Exame das constituições propostas por pensadores e consideradas meritórias (Livro II, 1260 b 25 – 1264 b 25). Crítica à comunidade da República de Platão, unidade e uniformidade, a comunidade de mulheres e filhos, a propriedade comum.

5.4. Cidade e cidadania (Livro III, 1274 b 30 – 1278 b 5). A cidade como o todo composto; cidadania e participação, o critério do regime; cidadania e virtude do cidadão.

5.5. Regimes, justiça e virtude (Livro III, 1278 b 6 –1284 b 34 e Étic. Nic. V, 1129a – 1131b 25). Introdução às diversas formas de regime, seus fins e particulares concepções de justiça; Os vários sentidos de justiça e injustiça. A virtude como o fim da cidade;

5.6. O melhor regime e a realização da natureza humana (Livro VII). Condições e meios apropriados do melhor regime: população, território, situação geográfica, carácter natural dos cidadãos, funções imprescindíveis; “Porém, os homens não se associaram apenas para viver mas sobretudo para a vida boa” (III, 1280 a 31-32);o papel da educação; como pode um homem tornar-se bom? 5.7. A educação dos jovens (Livro VIII). Estudos liberais e homens livres; Ginástica e música. 5.8. A temática da classificação dos regimes (Livro III, 1284 b 35 – 1287 b 35; Livro IV, 1288 b 7 -

1297 a 13 e Livro VI, 6). Regimes rectos e desviados. Realeza e aristocracia. A democracia e oligarquia: as principais formas de ordenação política existentes ou pólos conceptuais contrastantes? Variedades e peculiaridades dos regimes democráticos e oligárquicos.

5.9. O regime constitucional (Livro IV, 1293b 20- 1296b 10) Regime misto? Especificidade em relação à aristocracia. O regime constitucional e o papel da classe média. A estabilidade como fim do regime constitucional.

Bibliografia

PRIMÁRIA

PLATÃO, A República, trad. port. Maria Helena da Rocha Pereira, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1993.

ARISTÓTELES, Política, ed. bilingue trad. port. António Campelo Amaral e Carlos Gomes, Lisboa, Vega, 1998.

Outras obras dos principais autores do programa que serão citadas no decorrer da leccionação:

(3)

PLATÃO, O Banquete, trad. port. Maria Teresa Schiappa de Azevedo, Lisboa, Ed.70, 1991. ARISTÓTELES, A Constituição de Atenas, trad. franc. G. Mathieu e B. Haussoullier, Paris, Belles Lettres, 1985 (trad. port. Constituição dos Atenienses, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2003). ARISTÓTELES, Ética a Eudemo, trad. ingl. H. Rackham, London, Loeb Classical Library, 1996. ARISTÓTELES, Ética Nicomaqueia, trad. ingl. H. Rackham, London, Loeb Classical Library,1999. ARISTÓTELES, Retórica, trad. port. Manuel A. Júnior, Paulo F. Alberto, Abel N. Pena, Lisboa, I.N.C.M., 1998.

SECUNDÁRIA Platão:

ANNAS, J., An Introdution to Plato’s Republic, New York, Oxford, 1981.

EVRIGENIS, I., “The Psychology of Politics: The City-Soul Analogy in Plato’s Republic, in: History of

Political Thought, vol. XXIII, nº4, Winter 2002, pp.590-610.

GUTHRIE, W.K.C. A History of Greek Philosophy, vols. III e IV, Cambridge, Cambridge University Press.

JAEGER, W., Paideia: The Ideals of Greek Culture, vol. II, Oxford, 1944.

KAHN, C., Plato and the Socratic Dialogue, The Philosophical use of a Literary Form, Cambridge, Cambridge University Press, 1999.

KRAUT, R. (ed.), Plato’s Republic: Critical Essays, Lanham, Rowman & Littlefield, 1997. PAPAS, N., A República de Platão, trad. port. Abílio Queiroz, Lisboa, Ed.70, 1995. PLANINC, Z., Plato’s Political Philosophy, Columbia, 1991.

POPPER, K., A Sociedade Aberta e os seus Inimigos, vol. I, trad. port. Teresa Curvelo, Lisboa, Fragmentos, 1993.

SIKKENGA, J., “Plato’s Examination of the oligarchic Soul in Book VIII of the Republic”, in: History of

Political Thought, vol. XXIII, nº3, Autumm 2002, pp. 377-400.

STRAUSS, L., “Plato” in: History of Political Philosophy, eds. Strauss, L., Cropsey, J., Chicago, University of Chicago Press, 1987, pp. 33-89.

STRAUSS, L., The City and the Man, Chicago, University of Chicago Press, 1964. TAYLOR, A.E., Plato, The Man and his Work, New York, Dover Publications, 2001. VLASTOS, G., Platonic Studies, Princeton, Princeton University Press, 1981. VOEGELIN, E., Order and History, vol.3, Louisiana, 1957.

Aristóteles:

(4)

BARNES, J., Aristotle, Oxford, Oxford University Press, 1982.

BARNES, J., SCHOFIELD, M., SORABJI, R., eds. Articles on Aristotle, 2 Ethics & Politics, London, 1977.

BERTI, E., e VALDITARA, L., eds., Etica, Politica, Retorica, Studi su Aristotele e la sua presenza

nell’età moderna, Roma, 1989.

BIEN, G., La filosofia politica di Aristotele, Bologna, 1985.

CURREN, R., Aristotle on the Necessity of Public Education, Maryland, Rowman & Littlefield Publishers, 2000.

HÖFFE, O., “Aristóteles”, in: História da Filosofia Política,1 A Liberdade dos Antigos, dir. Alain Renaut, trad. port., Elsa Pereira, Lisboa, Instituto Piaget, 1999, pp.111-178.

JAEGER, W., Aristotle, trad. ingl. Richard Robinson, Oxford, Oxford University Press, 1950.

KEYT and MILLER, eds., A Companion to Aristotle’s Politics, Oxford, Oxford University Press, 1991. LORD, C., “Aristotle” in: History of Political Philosophy, eds. Strauss, L., Cropsey, J., Chicago, University of Chicago Press, 1987, pp. 118-154.

MAYHEW, R., Aristotle’s Criticism of Plato´s Republic, Lanham, Rowman & Littlefield, 1997.

ROSS, D., Aristóteles, trad. port. Luís Filipe Bragança S.S. Teixeira, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1987.

VERGUIÈRES, S., Ethique et Politique chez Aristote: [physis, ethos, nomos], Paris, P.U.F., 1995. WOLFF, F., Aristote et la Politique, Paris, P.U.F., 1991.

OUTRAS

BARKER, E., Teoria Política Grega, Brasília, 1935.

BURCKHARDT, J., The Greeks and the Greek Civilization, ed. Oswyn Murray, New York, St. Martin Griffin Edition, 1999.

FERREIRA, J.R., Polis, Antologia de Textos Gregos, Coimbra, Minerva, 1994. FINLEY, M., Aspectos da Antiguidade, trad. port. Eduardo Saló, Lisboa, Ed.70, 1989. FINDLEY, M., Política no Mundo Antigo, Lisboa, Ed.70, 1983.

HAMMOND, N.G.L., A History of Greece to 322 B.C., Oxford, Oxford University Press, 1986. PETERS, F.E., Termos Filosóficos Gregos, trad. port. Beatriz Rodrigues Barbosa, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1983.

(5)

Referências

Documentos relacionados

CAM, Centro de Arte Moderna Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa CAPC, Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, Portugal. Colecção PLMJ,

Presidente Jair Bolsonaro assina projeto de lei que pretende regulamentar a educação domiciliar no Brasil 01 Notícias sobre a discussão entre o Presidente Jair Bolsonaro e Rodrigo

***** Todas as notas são ponderadas pelos professores organizadores de cada uma das tarefas e seus colaboradores, não cabendo recursos.. Os critérios de avaliação de cada uma

Para o desenvolvimento de telas e componentes gráficos Web normalmente são empregadas diversas ferramentas, tais como frameworks que, conforme Larman (2000), são

 TT2: Trabalho Teórico 2 (atividade assíncrona que se inicia no horário regular da disciplina com prazo máximo para a conclusão de 48 horas)..  AEA: Atividades

Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008.. Lisboa: Fundação Calouste

O objetivo da pesquisa consiste em definir o MFV por meio da caracterização das atividades de fluxo e suas perdas no processo de execução de alvenaria de vedação com

 Similar à estrutura de repetição while, mas a expressão lógica de controle é posicionada no final de seu bloco de