ALGUMAS PROPOSI ÇÕ ES
SOBRE A
E , E E E « I K E G E A
I
APRESENTADA Á
FACULDADE DE MEDICINA DO RIO DE JANEIRO
E SUSTENTADAEM 30 DE OUTUBRO DE 1847 EOR
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F1LIIOLEGITIMO OK
ANTONIOJOSE’ DE ARAUJO GUIMARÃES NATURAL DA CIDADE DAGUARDA (PORTUGAL)
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*
RIODEJANEIRO
TYPOGRAPI1IA AMERICANA DE I.P
.
DACOSTA RUA DAALFANDEGA N.°43.1 8 4 7
FACULDADE DE MEDICINA DO RIO DE JANEIRO
Director interino.
OSR.DR.JOAQUIM JOSE'DASILVA.
Lentesproprietários. 1.® ANNO.
OsSri.Drs.:
FRANCISCODE PAULACANDJDO
FRANCISCOFREIRE ALLEMAÖ. Physica Mediei.
BotânicoMedica , e principio*elementaresdeZoolcfit
2.c ANNO.
IChymica Medica,eprincipio* elementaresdeM:«. S ralngia.
Anatomia geral edescriptive.
JOAQUIMVICENTE TORRES HOMEM JOSE’ MAURÍCIONUNEIS GARCIA
3.® ANNO.
JOSE’ MAURÍCIONUNES GARCIA
LOÜRENÇODE ASSIS PEREIRADACUNHA Phywologiã.
4.® ANNO.
LUIZ FRANCISCOFERREIRA
.
Examinador.. Pathologie externa.JOAQUIM JOSE’DASILVA Pathologie interna.
.
.ä irtcfi¥,T.
r* \ov* r un tPharmacia,Matéria Medica,cspecialmente a Brui) JOAO JOSE DE CAR\ALHOJ
ra,Therapeutica c Arte doformuler.Anatomia geraledescriptiva.
5.® ANNO.
Opera ções,Anatomia topographica e Aparelhoí- Partos,moléstias demulherespejadaseparidas,edr
meninos reeemnasciòo».
C ÂNDIDO BORGES MONTEIRO
FRANCISCOJULIOXAVIER.
... í
6.® ANNO.
Hygiene e HistoriadaMedicina.
MedicinaLegal.
THOMAZ GOMESDOSSANTOS..
JOSE’MARTINS DACRUZJORIM
•2°ao4® M
.
F.
P.
DECARVALHO,Examined.
Clinicaexterno,e Anatomia pathologicarespseti« 5.3 aob.e—
M.DEVALLADAÕ PIMENTEI,Presidente
I
Clinicainterna, cAnatomia pathologicarwpWtin.LentesSubstituto»
.
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“
*Sciencia»accessorial”'\Sccçio Medica.
^
Sccçio CirúrgicaJOSE’ BENTODAROSA,Examinador. . .
ANTONIOFELIX MARTINS
D.M A R I N H O DE AZEVEDOAMERICANO..
.
LUIZ1'ACUNHAFEIJO’, Examinador
Secretario,
Ha LUIZ CARLOSDA FONSECA
These* quelhe
•
«»P"
N.B.
—
AFsculdndc nãoapprove,nom desapprovaas opiniõescmittida*sentadas
.
na»ALGUMAS PROPOSI
ÇÕES
SOBKE A
I
.
Ouso tem feito que se entenda por
—
lithotricia—
a operação quetemporfim reduzira fragmentos oscálculos urinários na bexiga
,
e ta-
zcl
-
ossahirpora uretra.II.
Esta palavranão da uma idéaexactadaoperação.
III.
Aindasenãoempregououtra
,
que maisexactaa desse.I V
.
As denominações de lithoprinia
,
lithocenose e lithotripsia,
devem ser regeitadas.
V.
Sódepois de1813é
,
quealithotriciatomou logar entre as operações uteis,
ede commumapplicação.
VI
.
ACiviale cabeahonra deserocreadorda lithotricia. VII
.
O anathema
,
que Benedictus fulmina contraa extracçáodapedra[>or a uretra,
provaque,
em 1513,
ainda alithotricianãoeraconhecida.
c
VIII
.
E>necessário
,
para quealithotricia esteja indicada,
que o indivíduo que se vai operar,
os orgâos quetemde soffreraoperação,
eocalculo que se quer destruir,
estejam em circumstancias determinadas.
IX
.
Osadultossão osmais aptos para serem operados.
X.
Osindivíduos magros operam
-
semelhor queos gordos.XI
.
E
’
perigosooperar quem soffrer moléstia grave,
e ativer soffrido por muito tempo.XII.
E"indispensávelque a uretra estejadesobstru ída.
XIII
.
A hypertrophia da prostatacontra
-
indicaaoperação.XIV.
Ostumorescellulo
-
vascularessãoosúnicos,
que anãocontra-
indicão ;todos osoutros
,
os cancros,
ospolvpos,
&,c.,
estão no casocontrario. XV.
Frustraaoperação aparalysia dabexiga sóporsi
.
XVI
.
Iambemaretracçãodoreservatório urinário não permitteque a ope-
ração se tente
.
XVII
.
A irritação produz omesmo efieito
.
XVIII.
A intlammação purulenta dos rins e ureteres
,
contra-indicaa ojtfra-
çá o
.
7 XIX
.
Não é o catharro vesical motivo bastante
,
paraque .«e não opore, quandofôr produzido porapresença dapedra.
XX
.
Deve-sedar toda a attençào a vêl-ocontinuar por muito tempo de pois da operação.
XXI.
E’muito vantajoso serem oscálculosúnicos e pequenos
.
XXII.
E'-o também muitoquesejam livrese friáveis. XXIII.
Se o núcleo do calculo fòrum corpo iridestructivel
,
não setente a operação.
XXIV.
Deve-se descomplicar
,
quanto seja possível,
o soffrimento principal que queremosremediar.XXV.
Osinstrumentos necessários paraaoperação devem ser collocadospor a ordem
,
emque houveremde ser empregados.
XXVI
.
O operador deveexaminarcoma maior attençào oestado» em que el
-
lesseacham.
XXVII
.
A collocaçãodo doente merecetambém muita attençào
.
XXVIII
.
A situaçãoda pedra é queindicaaelevação devedar á bacia
.
XXIX
.
A injecçáo devefazer
-
sepouco a pouco.
mamr ou menor
,
que se8
XXX
.
Deve suspender
-
se,
logoqueodoenteacuse vontadedeourinarXXXI
.
A injecçáo deve repetir
-
se,
quantas vezesnecessáriofor,
paraabexi-ga a supportar
.
XXXII.
Os instrumentos nunca devemintroduzir-se
,
sempreviamente serem aquecidos,
euntados como convém.
XXXIII
.
A
’
aprehensáodo calculo deve proceder-se com a maior cautela. XXXIV.
Foi bem merecido o esquecimento
,
aque se votaramos methodos curvilíneos.XXXV.
Os instrumentossão tanto mais difliceis de manejar
,
frágeise falí-veis
,
quanto maiscomplicados. XXXVI.
Dostrès principaesmethodosrectilineos
,
nenhumhaseminconvenien tes,
quer o calculo seataque docentro paraa circumferencia,
querdi-rectamente
,
quer da circumferencia para o centro; a combinação do primeiro como segundo éomaisvantajoso.XXXVII
.
Ausar
-
se,
querda compressão,
querdapercussão,
oempregarpontofixoem vezdamãodo operador
,
é,
alemde inútil,
perjudicial. XXXVIII.Nem sempre os fragmentos dos cálculos sahemespontaneamente,quer
da bexiga
,
quer dauretra.
XXIX
.
Ascausasd
’
esta retenção sendo varias,
otratamentocomellas devevariar
,
e seraccommodado acadauma.
9 XL.
Deve haver omaiorcuidadoem nãodeixaralgum fragmento dentro da bexiga
.
XLI
.
Durante a operaçãoe depois d
’
ella podem sobrevir accidentes que muito embaracem o operador.XLII.
Deve
-
seestarprevenido,
parasenão perder osanguefrio,
tão necessá-
rio quando os primeiros sobrevierem. XLIII
.
Os segundos quasi sempre são de pouca monta
,
ou pouco dura-douros
.
XLI V.
Os inconvenientes da lithotricia são menosnumerosos
,
menosfrequen-tes
.
e quasi sempre menosperigososqueos datalha.
XL V
.
0estado moral do indiv íduo émais vantajoso nalithotricia que na talha
.
XLVI
.
E
’
muitorarodarem-seperfuraçõesde bexigaourecto,
nalithotricia; nãoaconteceo mesmo na talha.XLVII
.
Seaoprincipiaraoperação
,
ou no decurso d’elia sobrevierem acciden-
tes nervosos consideráveis
,
deve-se suspender,
etrataro doentecomo convêm.
X L V II I.
A
’
lithotriciararasvezes se segueminfiltraçõesurinosas.
XLIX
.
A lithotricia
,
a estar indicada,
deveserpreferidaatalha.L.
Aincontinência daourina,consequência dulithotricia,0decurtadura-
ção
,
efacil de curar.
10 LI.
Melhor que a talha
,
a lithotricia preenche as condições requeridas n u m aoperaçãoaocito,
tuto,
etjueunde.
LII
E' muitoconveniente
,
quandosequeroperar,
submetterpreviamewe
ooperadoaacçáodo ether,atéproduziraperdade sensibd
.
dade.
H7PPOOHATIS APHORISMS .
I.
Vitabrevis
,
arslonga,
occasio celers,
experimentum periculosum,
ju-
diciumdifficile
.
Oportet autemnon modoscipsum exibere,
quaedecent,
t'acientem
,
setetiamægrum,
etquæexteriorasunt.
(SEC.
l .°APH.l.°)11.
Adextremosmorbos
,
exacteextremæ curationes optima.*sunt.
(SEC.
}.°APH.6.°)
III.
Juvenibus autem sanguinis spuitiones
,
Tabes,
Febres acutæ,
Epile-
psie
,
etaliimorbi,
maxime vero supra nominati.
(SEC.
3.
°APH.*29.) IV.
Sanguinissiirsum quidem emissus
,
qualis cumque sit,
malum : De-
orsum vero niger dijectus
,
bonum.(SEC.4.
°APH.
25.) V.In febribuscirca ventremæstusvebemens
,
et oris ventriculidolor,
ma-
lum
.
(SEC.
4.CAPH.65.
)VI
.
Quibusin urina arenosa subsident
,
illis,
Vesica calculo laborat.
(SEC.4.°APH.79
.
)Esta theseestaconformeosEstatutos
.
Riode Janeiro
,
23de outubro de 1847.O D*. MANOELDEVALLADAÕPIMENTE!
.
Typ.American».