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A introdução de agenda de reuniões de gestantes como ferramenta de acolhimento: um relato de experiência

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Academic year: 2022

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FAMÍLIA

LARISSA FAGUNDES GUSMÃO

A INTRODUÇÃO DE AGENDA DE REUNIÕES DE GESTANTES COMO FERRAMENTA DE ACOLHIMENTO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

CORINTO - MINAS GERAIS 2013

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LARISSA FAGUNDES GUSMÃO

A INTRODUÇÃO DE AGENDA DE REUNIÕES DE GESTANTES COMO FERRAMENTA DE ACOLHIMENTO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família, Universidade Federal de Minas Gerais, para a obtenção de Certificado de Especialista.

Orientadora: Profa. Márcia Gomes Penido Machado

CORINTO- MINAS GERAIS 2013

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LARISSA FAGINDES GUSMÃO

A INTRODUÇÃO DE AGENDA DE REUNIÕES DE GESTANTES COMO FERRAMENTA DE ACOLHIMENTO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família, Universidade Federal de Minas Gerais, para a obtenção de Certificado de Especialista.

Orientadora: Profa. Márcia Gomes Penido Machado

Banca examinadora

Profa. Márcia Gomes Penido Machado - orientadora

Profa. Dra. Maria Rizoneide Negreiros de Araújo - UFMG

Aprovado em Belo Horizonte: 10 de maio de 2013

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RESUMO

O acolhimento é uma ferramenta importante na humanização da assistência à saúde e para a adesão as atividades de grupo. Este estudo teve como objetivo relatar as vivências externadas pelo grupo de gestantes após as discussões de temas previamente agendados. Trata-se de um relato de experiência da construção coletiva de uma agenda de reuniões contemplando temas específicos com a participação de convidados, no grupo de gestantes da Unidade de Atenção a Saúde (UAPS), situada no centro da cidade de São João da Ponte- Minas Gerais. Foi realizada uma revisão bibliográfica no banco de dados LILACS onde se selecionou artigos relacionados ao tema em estudo. Conclui-se que a agenda serviu de instrumento estratégico para favorecer o acolhimento e prover ações de educação em saúde. Sua elaboração inicial foi pré-definida pela equipe de saúde conforme as necessidades de orientações pertinentes à gestação, para auxiliar o grupo na escolha dos temas e dos convidados. Os temas trabalhados foram aqueles que o grupo de gestantes definiu como também a sequência dos assuntos abordados. A construção da agenda de reuniões de gestantes pareceu adequada como proposta de melhoria e humanização da assistência pré-natal.

Não obstante a experiência de realizá-lo com sucesso, possibilitou algumas reflexões que permitem recomendar novos estudos e testagens dos benefícios obtidos com as trocas de experiências entre as gestantes sobre a gravidez e o puerpério, e assim, minimizar o estresse, as ansiedades e os medos e encorajar, esclarecer dúvidas e apresentar vivências positivas ocorridas nesta fase do ciclo de vida da mulher

Palavras chave: Gestantes. Grupos de encontro. Promoção da Saúde.

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ABSTRACT

The host is an important tool in the humanization of health care and adherence to group activities. This study aimed to report the experiences shown by the group of pregnant women after the discussions of topics previously scheduled. This is an experience report of the collective construction of an agenda of meetings covering specific topics with the participation of guests in the group of pregnant women in the Health Care Unit (UAP), located in São João da Ponte town - Minas Gerais.

We conducted a literature review in the database LILACS where selected articles related to the topic under study. We conclude that schedule served as a strategic tool to foster care and provide health education actions. His initial preparation was pre-defined by the health team as necessary guidelines relevant to pregnancy, to assist the group in choosing topics and guests. The themes discussed were those that defined the group of pregnant women as well as the sequence of the topics discussed. Construction of the meeting agenda pregnant seemed suitable as a proposal for improving the humanization of prenatal care. Notwithstanding the experience to perform it successfully, enabled some reflections that allow recommend new studies and testings of the benefits obtained with the exchange of experiences among pregnant women on pregnancy and postpartum, and thus minimize stress, anxiety and fear and encourage, answer questions and provide positive experiences occurring at this stage of the life cycle of women

Keywords: Pregnant. Encounter groups. Health Promotion

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 7

2 OBJETIVO 9

3 REFERENCIAL TEÓRICO 10

4 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO 13

5 RELATO DE EXPERIÊNCIA 14

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 17

REFERÊNCIAS 18

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1 INTRODUÇÃO

O Pré- natal é uma estratégia de assistência à mulher a partir do momento em que ela engravida. O seu acompanhamento deve ser assegurado de forma gratuita pelas secretarias municipais de saúde através da disponibilidade de consultas, vacinação, exames e atividades educativas e preventivas para as gestantes. Dessa forma, a equipe de saúde busca garantir o bem estar materno infantil, por meio de ações que integram todos os níveis de atenção (BRASIL, 2000a).

Esse acompanhamento visa assegurar o desenvolvimento de uma gravidez saudável, isenta de riscos ou, caso se detecte algum problema, a equipe de saúde deverá fazer os encaminhamentos necessários dentro da rede de atenção à saúde para atendimento em serviço especializado.

Sabe-se que a gravidez e o parto representam eventos especiais na vida da mulher, no qual a sensação de tornar-se mãe confunde-se muitas vezes com incertezas, dúvidas, medos e inseguranças. Com isso, nesse período, a gestante pode vivenciar uma série de mudanças cuja adaptação pode lhe ocasionar ansiedade e medo. Uma das formas de enfrentamento dessa situação pode se dar na participação em grupos de gestantes (TEDESCO et al., 2004).

Segundo Penna; Progianti e Correa (1999), a participação em grupo de gestantes possibilita, por meio da troca de experiências, a socialização de diversas questões envolvidas no período gestacional com elucidação de dúvidas acerca do parto, da amamentação e dos cuidados com o recém-nascido, dentre outros. Essas trocas entre as gestantes e o profissional de saúde podem diminuir a angústia que as mulheres costumam sentir durante os últimos momentos da gravidez. Portanto, a gestante, ao participar do grupo, torna- se mais segura, reconhece e aceita as mudanças de seu corpo com mais facilidade além de preparar-se melhor, para a futura convivência com o seu bebê.

A inserção da gestante no grupo é fundamental que o aconteça pelo acolhimento.

Este é uma ferramenta que deve ser usada pelos profissionais da equipe de saúde da família. Trata-se de uma diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH),

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que não deve ter local nem hora certa para acontecer, nem um profissional específico para fazê-lo. Deve fazer parte em todos os encontros do serviço de saúde. O acolhimento é uma postura ética que implica na escuta do usuário em suas queixas, no reconhecimento do seu protagonismo no processo de saúde e adoecimento, e na responsabilização pela resolução, com ativação de redes de compartilhamento de saberes. Acolher é um compromisso de resposta às necessidades dos cidadãos que procuram os serviços de saúde (BUENO e MERHY, 1997).

Tendo em vista as fragilidades encontradas na implementação e manutenção de grupos de gestantes pela equipe de saúde da família da Unidade de Atenção a Saúde (UAPS), tipo III que engloba 3 equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) da cidade de São João da Ponte- MG, os grupos foram reorganizados e uma agenda com temas, datas e com os convidados para que não houvesse quebra na programação. Esta organização certamente acarretará mudanças positivas das gestantes participantes dos grupos.

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2 OBJETIVO

Relatar as vivências de construção de grupo de gestantes após as discussões de temas previamente agendados.

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

O sistema de saúde no Brasil passou por extremas mudanças ao longo do século XX. Nesse contexto, o Pré-natal foi estabelecido entre as décadas 20 e 30 com o intuito de iniciar uma política de saúde voltada para a mulher. Neste período, utilizava se como referencia a reforma sanitária de Carlos Chagas e pensava se apenas na mãe e em diminuir os agravos para sua saúde. Com a criação do Ministério da Saúde, em 1953 e com a queda da mortalidade materna entre os anos 50 e 60, tem-se início a preocupação não só com mulher, mas também com o feto e sua saúde (GALLETA, 2000).

Na década de 1970, por meio do documento Diretrizes Gerais da Política Nacional de Saúde Materno-Infantil foram estabelecidos programas de assistência ao parto, ao puerpério, à gravidez de alto risco, ao controle das crianças de 0 a 4 anos de idade, estímulo ao aleitamento materno e à nutrição. Em 1975, surge o Programa de Saúde Materno-Infantil (PSMI) tendo como diretrizes a nutrição do grupo infantil em relação às mulheres; o alvo eram as gestantes, parturientes, puérperas e as mulheres em idade fértil. O Ministério da Saúde, em 1978, cria o Programa de Prevenção da Gravidez de Alto Risco, preocupado em prevenir as gestações de alto risco (NAGAHAMA e SANTIAGO, 2005).

Na década de 1980, o Ministério da Saúde implementou o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) com o objetivo de incluir a assistência à mulher desde a adolescência até a terceira idade, comprometendo-se com o direito das mulheres, oferecendo a opção de exercerem a maternidade ou não, tentando abranger a mulher em todo o ciclo vital (NAGAHAMA e SANTIAGO, 2005).

Segundo Ministério da Saúde (BRASIL, 2000b), o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento foi instituído através da Portaria/GM nº 569, de 1/6/2000, subsidiado nas análises das necessidades de atenção específica à gestante, ao recém-nascido e à mãe no período pós-parto. O principal objetivo do programa é assegurar a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto e puerpério às gestantes e ao recém-nascido, na perspectiva dos direitos de cidadania.

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A humanização do pré-natal foi atribuída pelo Ministério da Saúde para melhorar as ações de saúde, por meio da mudança na assistência dos profissionais, contemplando, além daquilo que se vê e se palpa, também o que se ouve e o que foi descrito pela gestante ou puérpera, de modo que o atendimento seja eficiente e participativo. Ressalta-se, também, a importância da participação familiar durante a gestação, o parto e o puerpério. Desse modo, a atenção ao pré-natal deixa de ser um ato técnico, centrado no útero gravídico para ser centrado na família (CASTRO e CLAPIS, 2005).

Neme (2000) ainda acrescenta que o pré-natal deve conter um caráter preventivo na busca de diminuir os índices de mortalidade materna e perinatal, pois uma assistência de qualidade previne agravos além de preparar o psicologicamente para o parto..

Barbosa (1981) afirma que a assistência de qualidade ao pré-natal é capaz de reduzir, drasticamente, as complicações da gestação e do parto e minimizar a mortalidade infantil. Com a implantação de ações destinadas à proteção à saúde da criança, estabeleceu-se, então, um modelo de atenção pré-natal visando o nascimento de crianças saudáveis e justificando-se a institucionalização do parto.

Para Ministério da Saúde (BRASIL, 2000b) as práticas educativas contribuem para a obtenção de uma assistência de qualidade, cujas atividades a serem realizadas em grupo devem conter uma linguagem clara e compreensível, a fim de promover orientações adequadas e sempre respeitando a cultura e o saber popular.

Vasconcelos (2001) afirma que o grupo de educação em saúde deve promover melhoria na qualidade da assistência, com uma prática fundamentada em conhecimentos e capaz de estabelecer uma relação direta entre a ação de saúde, o pensar e o fazer cotidiano do grupo envolvido e não somente uma ação de repasse de informações.

Dessa forma, as ações em saúde encontram-se vinculadas ao exercício de cidadania na busca de saúde e melhores condições de vida, promovendo a troca

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de informações e diminuindo a distância habitual entre o profissional de saúde e o usuário (MATTOS, 2001).

Segundo Penna; Progianti e Correa (1999), a dimensão educativa do pré-natal objetiva contribuir com o acréscimo de informações Às mulheres sobre as mudanças do seu corpo sempre valorizando suas experiências de vida e estimulando a participação da família em todo o processo do pré-natal e puerperal.

A literatura consultada ressalta a importância do acolhimento e do trabalho com as gestantes para trocas de experiências e mudanças de comportamento.

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4 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

Para o presente trabalho optou-se pelo estudo descritivo uma vez que se buscou relatar uma experiência positiva mediante a introdução de uma agenda com temas, datas e convidados pré-estabelecidos para as reuniões do grupo de gestantes.

Antes de apresentar o relato de experiência, com vistas a dar consistência e fundamentação teórica à elaboração de uma agenda de temas que pudessem orientar as reuniões de grupo da equipe de saúde da família da cidade de São João da Ponte, tornou-se necessário aprofundar conhecimentos a respeito de pré- natal e de grupos educativos.

Para tal, por meio da Biblioteca Virtual em saúde (BVS), foram acessados alguns artigos referentes ao tema deste estudo. Foram também pesquisadas as publicações do Ministério da Saúde, por ser um órgão que tem produzindo vários informes técnicos com a finalidade de reorientar a organização do processo de trabalho na Atenção Básica à Saúde.

Os descritores utilizados foram:

Grupos de encontro Gestantes.

Promoção da Saúde

Não foi determinada a periodicidade para fazer a pesquisa bibliográfica, buscando-se, de fato, maior facilidade de encontrar estudos que contemplassem os fundamentos teóricos do tema proposto.

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5 RELATO DE EXPERIENCIA

A agenda tem como objetivo servir de instrumento estratégico para favorecer o acolhimento e promover ações de educação em saúde. Nesta perspectiva, Bueno e Merhy (1997, p.3) relatam que o acolhimento na saúde

[...] é como produto da relação dos trabalhadores de saúde e usuários, vai além da recepção, atenção, consideração , refúgio, abrigo, agasalho [...] Passa pela subjetividade, pela escuta da necessidade do sujeito, passa pelo processo de reconhecimento de responsabilização entre serviços e usuários, e abre o começo da construção de vínculo.

Pautada nessas considerações, foi proposto a elaboração de uma agenda de grupo de gestantes organizada a partir da escuta das mulheres gestantes e pela construção do vínculo profissionais de saúde e usuárias e, consequentemente, com responsabilização de ambos. Essa agenda foi construída com pessoas (trabalhadores e usuárias) de uma UAPS tipo III, que engloba três equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF), da cidade de São João da Ponte- MG, totalizando um número de 2.648 famílias cadastradas e, atualmente, conta com 74 gestantes atendidas pelo serviço.

A elaboração inicial da agenda foi pré-definida pela equipe de saúde conforme as necessidades de orientações pertinentes à gestação para direcionar o grupo à escolha dos temas e convidados, porém os temas foram apenas sugestivos, ficando a critério do grupo de gestantes a definição final dos temas e a sequência dos assuntos abordados.

A proposta para a confecção da agenda foi levada às participantes no dia mensal da reunião que contava com um número de trinta e uma gestantes, além de quatro acompanhantes. Observou-se que as gestantes foram bastante receptivas à atividade proposta, demonstrando interesse e envolvimento.

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Inicialmente a equipe de saúde sugeriu alguns temas, mas optou-se pelo método participativo, o qual se julgou o mais apropriado para este tipo de atividade.

Para Milet e Narconi (1992), a metodologia participativa facilita a integração entre o grupo, permitindo a participação de todos, consequentemente com melhor aproveitamento do aprendizado, possibilitando também aos integrantes não só receberem as informações de que necessitem, como também, sentirem-se seguros por serem membros do grupo, o qual propiciará a livre comunicação e questionamento do assunto em discussão, de maneira a fixarem melhor o seu aprendizado.

Surgiram diversas dúvidas e questionamentos sobre os temas propostos, que foram gradativamente trabalhados. Segundo a percepção da autora, algumas gestantes apresentaram maior dificuldade de entendimento e relacionamento entre si.. Notou-se que fatores como condições socioeconômico-culturais, traços de personalidade (introversão), faixa etária, entre outros, influenciaram no nível de participação.

Durante a elaboração do calendário, houve comunicação interpessoal e intercâmbio de experiências, despertando a motivação nas gestantes observada pela participação na discussão sobre os temas. Percebemos que mesmo com poucos recursos disponíveis, a equipe de saúde pode utilizar atividades criativas na prática da educação em saúde.

O grupo de gestantes, conforme as suas necessidades, definiu por oito temas distintos com participação de seis diferentes tipos de profissionais de nível superior para debaterem sobre o tema, além da definição da agenda das reuniões.

Foi pactuado que o calendário fosse digitado e entregue às gestantes ainda naquele mês, no dia da consulta médica. O Agente Comunitário de Saúde (ACS) também foi inserido neste processo, sendo ele responsável por comunicar as gestantes antecipadamente a data e o tema da reunião.

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Para a finalização da atividade foi realizada uma dinâmica de grupo na qual as gestantes formaram um círculo de debate sobre suas experiências, angústias e sentimentos em relação à gestação, pois conforme Aubry e Arnaud (1978), dinâmica de grupo é uma entidade moral, dotada de finalidade, experiência e dinamismo próprios, distinta da soma dos indivíduos que a constituem, mas intimamente dependente das relações que se estabelecem entre estes diferentes indivíduos.

A construção da agenda coletiva, pelo menos, nesse primeiro momento, ficou assim definida:

Quadro 1: Agenda de Reuniões de Gestantes

DATA/HORA TEMA FACILITADOR

01/07/2011 – 9:00h Orientações sobre o pré- natal Enfermeira 05/08/2011 – 9:00h Cuidados como o Bebê Médico 02/09/2011 – 9:00h Direitos e Deveres das

Gestantes

Assistente Social 07/10/2011 – 9:00h Nutrição na Gestação Nutricionista 04/11/2011 – 9:00h Mudanças Psicológicas na

Gestação

Psicólogo

01/12/2011 – 9:00h Exercícios de Fisioterapia na Gestação

Fisioterapeuta

06/01/2012 – 9:00h Saúde bucal na Gestação Cirurgião Dentista

03/02/2012 – 9:00h Crescimento e

Desenvolvimento do bebê.

Enfermeira

Fonte: autoria própria

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6 CONSIDERAÇÔES FINAIS

A introdução da agenda de reuniões de gestantes pareceu adequada como proposta de melhoria e humanização da assistência pré-natal. Não obstante a experiência de realizá-la com sucesso possibilitou algumas reflexões que permitem recomendar novos estudos e testagens dos benefícios obtidos com as trocas de experiências entre as gestantes sobre a gravidez e o puerpério, com o objetivo de minimizar o estresse, a ansiedade e o medo e encorajar, esclarecer dúvidas e apresentar vivências positivas.

O próprio Ministério da Saúde propõe como condição para o adequado acompanhamento do parto e do puerpério, a responsabilidade dos serviços de saúde, em receber com dignidade a mulher e adotar práticas humanizadas e seguras. Portanto, a assistência de enfermagem à mulher, durante a gestação, requer ações individuais e coletivas, sendo esta última desenvolvida, principalmente, por meio de trabalhos de grupos.

As atividades realizadas no grupo de gestantes desenvolveram-se de forma dialógica, com o compartilhar das experiências. Ressalta-se que as próprias mulheres gestantes definiram os encontros grupais como sessão de terapia, como uma conversa, momentos especiais onde têm a oportunidade de contar sobre suas vidas e de dar ou receber conselhos.

Esse processo possibilita a valorização do saber popular e da construção coletiva do conhecimento, contribuindo para a promoção de saúde e na melhoria na qualidade de vida.

Diante de tudo que foi relatado, constatou-se que a elaboração da agenda com as datas definidas os temas previamente selecionados, com envolvimento multiprofissionais de saúde e, em específico das usuárias, é uma ferramenta eficaz para a melhoria da qualidade da atenção voltada para a gestante e sua família.

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REFERÊNCIAS

AUBRY, J.M.; ARNAUD, Y.S. Dinâmica de grupo. São Paulo: Editora Loyola, 1978.

BARBOSA, L. A. H. Obstetrícia prática. 6. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 1981.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Programa Humanização do Parto: humanização no pré-natal e nascimento. Secretaria Executiva. Brasília:

Ministério da Saúde, 2000a.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Assistência pré- natal: Manual técnico. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2000b.

BUENO, W.S.; MERHY, E.E. Os equívocos da NOB 96: uma proposta em sintonia com os projetos neoliberalizantes. Conferência Nacional de Saúde On-Line, uma

proposta em construção. Disponível em:

http://www.datasus.gov.br/cns/temas/NOB96/NOB96crit.htm. Acesso em: 03 de março. 2012.

CASTRO, J. C.; CLAPIS, M. J. Parto humanizado na percepção de enfermeiras obstétricas envolvidas com assistência ao parto. Revista Latino Americana de Enferm, Ribeirão Preto, v. 13, n. 6, p. 960-967, 2005.

GALLETA, M. A. A importância do pré-natal. Copyright clube do bebê. WebDesign by Microted, 2000. Disponível em:<http//www.clubedobebe.com.br>. Acesso em: 05 mai.2012.

MATTOS, R. A. Os sentidos da integridade: Algumas reflexões acerca de valores que merecem serem definidos. In: PINHEIRO, R.; MATTOS, R. A.(Org.) Os sentidos da integridade na atenção e no cuidado à saúde. Rio de Janeiro:

URJ/IMS: ABRASCO, 2001.

MILET, M.E.; MARCONI, R. Metodologia participativa na criação de material educativo com adolescentes. Salvador: Paulo Dourado, 1992.

NAGAHAMA, E. E. I.; SANTIAGO, S. M. A institucionalização médica do parto no Brasil. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, p. 651-657, 2005.

NEME, B. Obstetrícia básica. 2. ed. São Paulo: Sarvier, 2000.

PENNA, L. H. G; PROGIANTI, J. M; CORREA, L.M. Enfermagem obstétrica no acompanhamento pré-natal. Rev. Bras. Enferm, v. 52, n. 3, p. 385-391, 1999.

TEDESCO, R. P.; MAIA FILHO, N. L.; MATHIAS, L.; BENEZ, A. L.; CASTRO, V. C.

L.; BOURROUL, G. M.; REIS, F. I. Fatores determinantes para as expectativas de primigestas acerca da via de parto. Revista Brasileira Ginecologia e Obstetrícia.

Rio de Janeiro, v. 26, n.10, nov/dez, 2004.

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Disponívelem:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100- 72032004001000006>.Acesso em: 1 mar. 2012.

VACONCELOS, E. M. A saúde nas palavras e nos gestos: reflexões da rede educação popular e saúde. São Paulo: Hucitec, 2001.

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