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Gestão de custos e análise de preços em uma distribuidora de bebidas

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Academic year: 2021

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(1)

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

JOAO PEDRO GRAUNCKE

GESTÃO DE CUSTOS E ANÁLISE DE PREÇOS EM UMA DISTRIBUIDORA DE

BEBIDAS

IJUÍ - RS

(2)

JOÃO PEDRO GRAUNCKE

GESTÃO DE CUSTOS E ANÁLISE DE PREÇOS EM UMA DISTRIBUIDORA DE

BEBIDAS

Trabalho de conclusão de curso apresentado no DACEC - Curso de Ciências Contábeis da UNIJUÍ, como requisito para obtenção do título de Bacharelado em Ciências Contábeis.

Profª Orientadora: Me EUSELIA PAVEGLIO VIEIRA

(3)

RESUMO

A competitividade no ramo comercial está cada vez mais acirrada, o que leva as empresas a buscarem o máximo de resultados com o mínimo de dispêndios possíveis. E, em um período que há alta competitividade, a contabilidade de custos e os indicadores gerenciais se tornam ferramentas indispensáveis para que uma empresa alcance o sucesso. Neste contexto, este estudo aborda a gestão de custos, análise e formação de preços e a aplicação de indicadores gerenciais e de custos em uma distribuidora de bebidas, tendo como base o levantamento das despesas que possui, assim como os custos de aquisição, os impostos incorridos e os preços de venda que a empresa prática. A pesquisa se classifica como aplicada, descritiva e qualitativa, e utilizou-se da entrevista não estruturada para coletar os dados necessários. Com estes dados foram elaborados todos os cálculos e planilhas para a geração das informações que foram utilizadas na apuração do mark-up, preço orientativo e o preço mínimo, assim como a análise dos preços praticados atualmente pela empresa. Também se apurou a margem de contribuição unitária e total de todos os produtos ofertados pela empresa, seguido do ponto de equilíbrio, da margem de segurança operacional. Realizou-se a apuração do resultado utilizando os preços praticados e orientativos no período estudado. Após foram elaborados as planilhas e os cálculos para os indicadores gerenciais e de custos como o ponto de fechamento, venda média, gestão de estoques e o desconto no preço de venda. Conclui-se que a empresa possui problemas na precificação de seus produtos e consequentemente comercializa produtos com margens de contribuição negativas, apesar de tais contratempos, a empresa ainda conseguiu obter um resultado positivo no período estudado, os quais estão sistematizados e foram repassados aos gestores da mesma.

PALAVRAS CHAVE: Custos. Formação e análise de preços. Atividade Comercial.

(4)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Demonstração do resultado do exercício pelo método de custeio variável ... 20

Quadro 2 - Controle de estoque pelo preço médio ponderado móvel ... 22

Quadro 3 - Formação de preços utilizando o mark-up multiplicador... 26

Quadro 4 - Formação de preços utilizando o mark-up divisor. ... 26

Quadro 5 - Cálculo de ponto de equilíbrio contábil em unidade. ... 29

Quadro 6 - Cálculo de ponto de equilíbrio financeiro. ... 30

Quadro 7 - Cálculo de ponto de equilíbrio econômico ... 31

Quadro 8 - Cálculo de estoque pelo método PMPM ... 33

Quadro 9 - Cálculo de custo financeiro com prazo médio de estocagem ... 37

Quadro 10 - Cálculo de estoque excedente ... 38

Quadro 11 - Cálculo de porcentagem de descontos a conceder ... 39

Quadro 12 - Relação de produtos comercializados ... 47

Quadro 13 - Custo de aquisição de mercadorias ... 49

Quadro 14 - Custo da depreciação em ativos imobilizados... 50

Quadro 15 - Despesas mensais ... 51

Quadro 16 - Apuração do percentual de imposto sobre vendas ... 53

Quadro 17 - Cálculo de mark-up para o preço orientativo ... 54

Quadro 18 - Cálculo de mark-up para o preço mínimo ... 55

Quadro 19 - Formação do preço de venda orientativo ... 56

Quadro 20 - Formação do preço de venda mínimo ... 58

Quadro 21 - Margem de contribuição unitária - Preço Praticado - Fevereiro 2016 ... 61

Quadro 22 - Margem de contribuição unitária e total – preço praticado - Fevereiro 2016 ... 62

Quadro 23 - Margem de contribuição unitária - preço orientativo - Fevereiro 2016 ... 63

Quadro 24 - Margem de contribuição unitária e total - Preço orientativo - Fevereiro 2016 .... 64

Quadro 25 - Margem de contribuição total pelo preço praticado ... 67

Quadro 26 - Margem de contribuição total pelo preço orientativo ... 69

Quadro 27 - Cálculo do ponto de equilíbrio no mês de fevereiro de 2016 - Preço praticado .. 72

Quadro 28 - Cálculo do ponto de equilíbrio no mês de fevereiro de 2016 - Preço Orientativo

... 73

Quadro 29 - Ponto de equilíbrio de produtos em quantidade pelo preço praticado ... 75

(5)

Quadro 31 - Comparativo entre ponto de equilíbrio em unidade, em margem e em faturamento

... 79

Quadro 32 - Cálculo margem de segurança operacional - Preço praticado – Fevereiro 2016 . 80

Quadro 33 - Cálculo margem de segurança operacional – Preço orientativo – Fevereiro 2016

... 81

Quadro 34 - Margem de segurança operacional total - Preço praticado ... 82

Quadro 35 - Margem de segurança operacional total - Preço de venda orientativo ... 84

Quadro 36 - Giro de estoques ... 87

Quadro 37 - Demonstração do resultado do exercício - Preço de venda praticado ... 88

Quadro 38 - Demonstração do resultado do exercício - orientativo ... 90

Quadro 39 - Ponto de fechamento - preço praticado ... 93

Quadro 40 - Ponto de fechamento - preço orientativo... 94

Quadro 41 - Cálculo de vendas médias ... 96

Quadro 42 - Cálculo do custo financeiro do estoque – Fevereiro de 2016 ... 98

Quadro 43 - Custo financeiro dos estoques ... 99

Quadro 44 - Cálculo do valor do estoque excedente - Fevereiro de 2016 ... 101

Quadro 45 - Estoques excedentes ... 103

(6)

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Comparativo entre os preços de venda ... 59

Gráfico 2 - Comparativo de preços praticados e orientativo - Fevereiro de 2016... 66

Gráfico 3 - Análise comparativa das margens de contribuições totais – Preços de venda

orientativo e práticado ... 71

Gráfico 4 - Comparativo ponto de equilibrio - Preço praticado e orientativo ... 79

Gráfico 5 - Comparativo margem de segurança operacional – Preço de venda práticado e

orientativo ... 86

Gráfico 6 - Análise de tendências da demonstração do resultado - Preço praticado ... 89

Gráfico 7 - Análise de tendências da demonstração do resultado - Preço orientativo ... 91

Gráfico 8 - Análise de resultados líquidos entre PV praticado e PV orientativo ... 92

Gráfico 9 - Comparativo de ponto de fechamento entre os preços de venda práticado e

orientativo ... 95

Gráfico 10 - Comparativo vendas médias entre preços de venda práticado e orientativo... 97

Gráfico 11 - Custo financeiro do estoque ... 101

Gráfico 12 - Valor do estoque excedente ... 104

(7)

APÊNDICES

Apêndice I - Volume de vendas totais em unidades ... 115

Apêndice II - Relação de produtos comercializados ... 118

Apêndice III - Custo de aquisição ... 120

Apêndice IV - Formação dos preços de venda ... 122

Apêndice V - Margens de contribuições totais ... 129

Apêndice VI - Ponto de equilibrio total... 135

Apêndice VII - Margens de seguranças operacionais ... 141

Apêndice VIII - Custo financeiro do estoque ... 147

Apêndice IX - Desconto de preço de venda ... 149

(8)

SUMÁRIO

RESUMO ... 2

LISTA DE QUADROS ... 3

LISTA DE GRÁFICOS ... 5

APÊNDICES ... 6

1

INTRODUÇÃO ... 10

1.1

CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 12

1.2 AREA CONTEMPLADA ... 12

1.3

CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ... 13

1.4 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA ... 14

1.5 OBJETIVOS ... 16

1.5.1 Objetivo geral ... 16

1.5.2 Objetivos específicos ... 16

1.6 JUSTIFICATIVA ... 17

2

REFERENCIAL TEÓRICO ... 18

2.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS ... 18

2.2 GESTÃO DE CUSTOS NO COMÉRCIO ... 19

2.2.1 Método de custeio variável... 19

2.2.2 Despesas operacionais: fixas e variáveis ... 20

2.2.3 Controle de estoque PMPM ... 21

2.3 ANÁLISE DA RELAÇÃO CUSTO, VOLUME E RESULTADOS ... 22

2.3.1 Formação de preços ... 24

2.3.2 Margem de contribuição ... 27

2.3.4 Ponto de equilíbrio ... 28

2.3.5 Margem de segurança ... 31

2.4 ROTATIVIDADE DE ESTOQUES ... 32

2.5 INDICADORES GERENCIAIS DE CUSTOS NA TOMADA DE DECISÃO ... 34

(9)

2.5.2 Venda média ou nota fiscal média ... 35

2.5.3 Gestão de estoques ... 36

2.5.4 Descontos no preço de venda ... 39

3

METODOLOGIAS DO ESTUDO ... 40

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 40

3.1.1 Quanto a natureza da pesquisa ... 40

3.1.2 Quanto a forma de abordagem do problema ... 41

3.1.3 Quanto aos objetivos ... 41

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos ... 42

3.2 COLETA DE DADOS ... 43

3.2.1 Instrumentos de coleta de dados ... 43

3.3 ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ... 44

4 ANÁLISES DOS RESULTADOS ... 45

4.1 DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS OPERACIONAIS ... 45

4.2 APURAÇÃO DOS CUSTOS DE COMPRA ... 49

4.3 LEVANTAMENTO DAS DESPESAS... 50

4.3.1 Custos patrimoniais ... 50

4.3.2 Despesas mensais ... 51

4.4 FORMAÇÃO E ANÁLISE DE PREÇOS ... 52

4.5 ANALISE DOS RESULTADOS GERENCIAIS ... 56

4.6 APURAÇÃO DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA E TOTAL, PONTO

DE EQUILIBRIO, MARGEM DE SEGURANÇA OPERACIONAL E GIRO DE ESTOQUES

60

4.6.1 Margem de contribuição unitária e total ... 60

4.6.2 Ponto de equilíbrio ... 72

4.6.3 Margem de segurança operacional ... 80

4.6.4 Giro dos estoques ... 86

(10)

4.8 INDICADORES GERENCIAIS DE CUSTOS PARA A GESTÃO DA EMPRESA .... 93

4.8.1 Ponto de fechamento ... 93

4.8.2 Vendas médias ... 96

4.8.3 Gestão de estoques ... 97

4.8.4 Descontos no preço de venda ... 105

CONCLUSÃO ... 108

REFERÊNCIAS ... 111

(11)

1 INTRODUÇÃO

O mercado está internacionalizado e por isso muito competitivo, assim sendo, a

contabilidade de custos tem um papel fundamental no sucesso das empresas terem sucesso em

qualquer setor de negócios, gerando informações que auxiliam os gestores na tomada de

decisão.

A contabilidade de custos é uma ferramenta essencial, e tem como objetivo gerar

informações, estruturar e analisar os processos internos da empresa para auxiliar na correta

formação e análise dos preços de venda de seus produtos e buscando a máxima rentabilidade

possível na comercialização.

Outra característica importante da contabilidade de custos é trabalhar com diversos dados

operacionais, sendo eles históricos para análise de resultados ou futuros para planejamentos de

negócios. Enfim, gerar informações e relatórios que dão o suporte necessário para que os

gestores tomem corretamente as decisões, evitando riscos desnecessários, avaliando a

viabilidade de comercialização de determinados produtos, analisando os processos internos

para reduções de custos operacionais e de vendas.

A atividade comercial tem como característica a compra e venda de produtos com o objetivo

de obter lucro. Os custos na atividade comercial têm como principal objetivo determinar e

avaliar o correto preço de venda a ser utilizado pela empresa na comercialização de seus

produtos. Assim, em uma distribuidora de bebidas estes são conceitos fundamentais e

necessários a serem utilizados pelos gestores, pois serão a base de informações geradas para o

controle das operações e para a tomada de decisão.

Neste contexto, o estudo tem como objetivo apurar os custos de aquisições das mercadorias

e levantar as despesas operacionais com vendas, propondo uma forma de precificação

diferenciada aos produtos em uma distribuidora de bebidas, gerando um mix de margens que

potencialize a gestão de custos e os resultados obtidos pela empresa, assim como definir

indicadores da gestão de custos e estratégias de comercialização que possam ser aplicados a

mesma.

Neste sentido, no primeiro capítulo apresenta a contextualização do estudo e relata a área

abordada, também caracteriza a empresa onde foi realizado o estudo, a definição do problema,

dos objetivos e sua justificativa.

No segundo capítulo é abordada a revisão bibliográfica, onde se pesquisou o embasamento

teórico para a realização do estudo. Foi pesquisado sobre a contabilidade de custos e seus

conceitos, métodos de custeio, os custos da atividade comercial, a formação e análise do preço

(12)

de venda, a relevância da margem de contribuição, do ponto de equilibro, da margem de

segurança, seguido da rotatividade de estoques e indicadores gerenciais de custos que auxiliam

os gestores no processo de tomada de decisão.

No terceiro capítulo é descrito a metodologia da pesquisa utilizada neste estudo, sendo uma

pesquisa aplicada, descritiva e qualitativa, no qual foram coletados dados por meio da entrevista

não estruturada e da observação espontânea e sistemática de todo o processo desde a aquisição

das mercadorias até a formação e análise de preços.

No quarto capítulo consta a análise dos resultados, onde foi desenvolvido todo o estudo

aplicado, iniciou-se com a descrição das atividades operacionais da empresa, assim como seu

processo de venda e compra, incluindo seus principais fornecedores. Também foi realizado um

levantamento completo das despesas mensais e dos custos patrimoniais da empresa, os custos

de aquisição de mercadoria para comercialização, e com esses dados foi possível elaborar o

presente estudo que buscou montar uma gestão de custos e uma análise de preços, com a

elaboração de preços orientativos e mínimos para os produtos vendidos pela empresa. Após

isso, foi feito análises comparativas entre o preço mínimo, preço orientativo e preço praticado,

calculando-se o ponto de equilíbrio, a margem de segurança operacional, a apuração do

resultado e a rotatividade de estoques, seguido do levantamento dos indicadores gerencias como

o ponto de fechamento, a venda média, gestão de estoques e desconto no preço de venda que

suportou os gestores no processo decisório.

Por fim, este estudo apresenta a conclusão com suas constatações e recomendações,

seguidas da bibliografia consultada na sua realização.

(13)

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Um sistema de custeio é essencial para qualquer entidade, ele auxilia no gerenciamento

da empresa apurando os custos de compra, as despesas operacionais e de comercialização, as

quais tem influência na formação e análise dos preços de venda, tendo como objetivo gerar

informações que são essenciais na tomada de decisão ou para a criação de uma estratégia sólida

de diferenciação de mercado objetivando uma maior competitividade no cenário comercial.

Este capítulo apresenta a contextualização da área contemplada, a caracterização da

entidade, a problematização do tema, objetivos e a justificativa.

1.2 AREA CONTEMPLADA

A Contabilidade é uma Ciência Social que é responsável pelo estudo do patrimônio,

possuindo várias áreas de atuação para o exercício profissional, sendo a contabilidade de custo

uma delas.

Conforme Leone (2008, p. 21) a Contabilidade de Custos é uma atividade que se

assemelha a um centro processador de informações, que recebe (ou obtém) dados, acumula-os

de forma organizada, analisa-os e interpreta-os, produzindo informações de custos para os

diversos níveis gerenciais”.

Seguindo a linha de pensamento, a contabilidade de custos segundo Martins (2008, p. 21).

...a contabilidade de Custos tem duas funções relevantes: o auxílio ao Controle e a ajuda às tomadas de decisões. No que diz respeito ao Controle, sua mais importante missão é fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão e, num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamente acontecido para comparação com os valores anteriormente definidos.

Os custos na atividade comercial são uma ferramenta poderosa e necessária,

considerando as baixas margens praticadas no comércio, é de grande valor obter todas as

vantagens possíveis para garantir a lucratividade, a sobrevivência e buscar o crescimento no

mercado atual.

Prado (2001, p. 29) enfatiza que

:

Na atividade comercial, o preço de aquisição do produto influi direta e poderosamente no preço de venda, constituindo o aspecto básico do custo total da mercadoria, apenas ligeiramente acrescido pelos valores provenientes das despesas diretamente relacionadas com a atividade comercial

(14)

Desta forma, pode-se considerar um sistema de custos uma ferramenta indispensável

para auxiliar as empresas na apuração do custo de aquisição de seus produtos, para a formação

e análise do preço de venda e assim gerar informações para definir um posicionamento correto

no mercado, auxiliando também na tomada de decisões e no gerenciamento de uma

organização, sendo que o uso destas informações e indicadores se faz necessário para definir

preços competitivos e diferenciados, possibilitando competir com a concorrência e

consequentemente aumentar o crescimento de participação no mercado atual, garantindo a

continuidade da empresa.

Assim sendo, o tema deste estudo constitui-se em propor uma gestão de custos e preços

em uma distribuidora de bebidas, que instrumentalize os gestores com informações relevantes

para a tomada de decisão em um mercado altamente competitivo.

1.3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

O estudo foi realizado em uma distribuidora de bebidas de pequeno porte, ela iniciou as

suas atividades no ano de 1988 no Município de Augusto Pestana, atualmente é conduzida por

3 sócios que possuem participações iguais e são responsáveis por todas as atividades da

empresa, desde a parte financeira, logística e até limpeza do estabelecimento. Além dos sócios,

a empresa possuí dois funcionários, sendo estes responsáveis pela logística para carregamento,

entrega e descarregamento das mercadorias. O prédio onde a empresa está instalada é de

propriedade própria, assim como todos os veículos usados nas entregas. A contabilidade é um

serviço terceirizado feita por um Escritório Contábil localizado no mesmo município.

A distribuidora de bebidas é uma empresa LTDA que se enquadra na modalidade

tributária de Lucro Presumido, tendo um faturamento mensal médio de R$ 180.000,00. Os

produtos comercializados são majoritariamente bebidas em suas mais diversas marcas, tendo

sua principal fonte de receita a venda de Cerveja. Seus principais fornecedores são a União

Distribuidora de Bebidas, Noroeste Bebidas Ltda, Cezar Luis Bruxel e Fonte da Ilha Mineração

Ltda, assim como ocorre a compra de produtos em diversos em supermercados ou

hipermercados.

A seguir, n figura 1 é apresentado um organograma da estrutura organizacional da

distribuidora de bebidas.

(15)

Figura 1 - Organograma da distribuidora de bebida

Fonte: Dados conforme pesquisa (2016)

Conforme o organograma apresentado na figura 1, pode-se identificar dois níveis

organizacionais. O nível estratégico que são os sócios, trabalham ativamente no funcionamento

da empresa nos mais diversos setores, e o nível operacional onde os funcionários são

responsáveis pela logística.

1.4 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

Diante do cenário empresarial altamente competitivo, todo e qualquer instrumento

gerencial que facilite e dê clareza para uma correta tomada de decisões são essenciais para o

gerenciamento de uma empresa, buscando sempre o seu crescimento. Desta forma se insere a

contabilidade de custos, que tem como objetivo gerar informações, estruturar e analisar os

processos internos da empresa. Com isso, a empresa possui os indicadores para calcular os

diferentes preços e estratégias de vendas, avaliando a viabilidade da comercialização de

determinado produto e analisando os processos para possíveis reduções nos custos operacionais

e de vendas, podendo dessa forma, avaliar as diferentes margens geradas com os respectivos

preços e estratégias praticadas.

Seguindo o conceito de Carvalho (2012, p. 2), que trata do sistema de custos como

sendo:

Sócio I Gerenciamento Financeiro Sócio II Gerenciamento de

compra e venda Vendas e atendimento

Sócio III Gerenciamento Operacional Logística Distribuidora de Bebidas

(16)

Considerado uma ferramenta capaz de oferecer informações relativas à estrutura de custos nos diversos tipos de organizações, principalmente naquelas em que os segmentos são mais complexos, influenciando desta forma, na formação dos preços. A Contabilidade de Custos por sua vez, é quem elabora ou estrutura esses sistemas, tornando-se um dos mais importantes sistemas de informação dentro da organização, disponibilizando dados e informações, e, consequentemente, gerando mais resultados. Favorecendo assim, aos administradores nas tomadas de decisões acerca da formação de preços dos produtos.

Neste contexto, a contabilidade de custos é uma parte do sistema de informações

essencial para o gerenciamento de uma empresa comercial. Os gestores que possuem o

conhecimento das despesas, gastos, custos e perdas podem analisar os seus processos internos

para possíveis reduções de custos e despesas com vendas, e assim identificar problemas na sua

atividade operacional diária, buscando soluções para que seus produtos sejam mais

competitivos no mercado. O sistema de custos é uma ferramenta que coleta e processa os dados,

gerando informações essenciais que possam auxiliar no gerenciamento e avaliar o desempenho

da entidade.

Assim sendo, a gestão de custos tem como base as informações contábeis e financeiras,

que são empregadas como ferramentas para auxiliar na tomada de decisões. (BRUNI; FAMÁ,

2004).

Definir o preço de venda é de suma importância, considerando o crescimento da

competitividade no mercado atual. Segundo Wernke (2011, p. 45) “A correta formação dos

preços de vendas é fundamental para a sobrevivência e crescimento das empresas”.

Acrescendo, Bomfim; Passarelli (2008, p. 400) dizem que “o preço de venda tenta

conciliar o investidor que busca os lucros, e o consumidor que busca o máximo de satisfação o

mínimo de dispêndio possível”.

Com base nestes conceitos, a contabilidade de custos aplicada em atividades comerciais,

especificamente uma distribuidora de bebidas intermunicipal pode contribuir fortemente para o

seu gerenciamento na busca do crescimento, mensurar custos na compra das mercadorias e os

demais gastos e despesas envolvidos na comercialização, assim como a formação dos diferentes

preços de venda gerando informações valiosas para auxiliar os gestores na tomada de decisão.

Seguindo a linha de pensamento dos autores citados, a correta formação de preços em

uma distribuidora de bebidas é um importante passo para o crescimento da entidade,

considerando que na empresa o preço é definido apenas por aplicação de uma margem de

contribuição sobre o custo do produto. Sendo que, os gestores não têm a certeza se a venda dos

produtos está trazendo o retorno desejado, dado que não conseguem mensurar a margem gerada.

Outra preocupação é a precificação incorreta dos produtos, que podem acarretar em sérios

(17)

problemas na geração de margens e resultados para a empresa, visto que o produto com o preço

mais caro que os concorrentes podem diminuir a quantidade vendida, perdendo mercado e

possibilidades de crescimento.

Nesse cenário em que a empresa se encontra, questiona-se: De que forma as estratégias

de diferenciação na precificação dos produtos pode interferir na geração de margens e

resultados de uma distribuidora de bebidas, contribuindo com informações para a tomada de

decisão?

1.5 OBJETIVOS

Neste item estão descritos os objetivos do estudo, que se dividem em objetivo geral e

objetivos específicos.

1.5.1 Objetivo geral

Propor uma forma de precificação diferenciada aos produtos de uma distribuidora de

bebidas com a geração de um mix de margens que potencialize a gestão de custos e resultados,

instrumentalizando os gestores no gerenciamento da mesma.

1.5.2 Objetivos específicos

 Buscar no referencial teórico a base e os conceitos da contabilidade de custos, da gestão

de custos, métodos, sistemas de custeio e precificação;

 Mapear os processos e os negócios da empresa;

 Apurar o custo da compra das mercadorias e levantar as despesas operacionais e com

vendas;

 Calcular os preços de venda mínimos e os preços de vendas recomendados;

 Apurar as margens de contribuição e os resultados nas diferentes formas de precificação;

 Definir indicadores da gestão de custos e estratégias de comercialização para a

(18)

1.6 JUSTIFICATIVA

A escolha deste tema ocorreu em questão da alta competitividade entre as empresas que

comercializa bebidas, sendo a gestão de custos uma das principais ferramentas que

proporcionam informações substanciais de seus custos, da participação das despesas totais,

assim como, das margens de contribuição gerada e da necessidade de volume de vendas,

otimizando a maximização dos resultados.

Neste cenário de gestão de custos, a empresa onde foi desenvolvido o estudo, busca na

gestão de custos uma contribuição efetiva de informações que possam instrumentalizar os

gestores no entendimento desses indicadores analisando a vida econômica da empresa, entre a

compra, a comercialização, a precificação e os resultados gerados.

Na condição de concluinte do curso de graduação em Ciências Contábeis da UNIJUI, a

realização deste estudo foi oportunidade de aprofundar meus conhecimentos na área de gestão

de custos e formação de preços, ampliando esses conhecimentos para fins profissionais de

prestar assessorias e consultorias na atividade comercial, pouco explorada na área de custos,

sendo uma ótima oportunidade de colocar em prática todo o conhecimento construído no

decorrer do curso.

Aos estudantes da área Contábil ou afins, este estudo aborda as diferentes formas de

precificação e todos os elementos que compõe uma gestão de custos, demonstrando a

importância da área Contábil nas organizações, o qual fica disponível para colegas e

profissionais interessados nessa área de conhecimento.

(19)

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo aborda-se as concepções da contabilidade de custos e seus objetivos, um

sistema de custeio aplicado a atividade comercial em uma distribuidora de bebidas, as despesas

referentes à comercialização de mercadorias, a classificação de seus custos, assim como a

formação dos preços de vendas e suas respectivas margens de contribuição.

O referencial teórico foi realizado com base na pesquisa em livros, artigos e materiais

disponíveis na internet, que tem como objetivo aprofundar os conhecimentos e dar sustentação

conceitual para o desenvolvimento do estudo.

2.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS

A contabilidade de custos é a área da contabilidade que tem como foco organizar,

produzir, analisar e interpretar dados gerenciais, com o objetivo de gerar as informações

necessárias para ajudar os gestores na tomada de decisões, assim como saber se existe a

possibilidade de redução nos custos operacionais e auxiliar no seu controle, avaliar os

desempenhos e contribuir no planejamento estratégico da empresa.

Segundo Padoveze (2003, p. 5) “A Contabilidade de Custos é o segmento da ciência

contábil especializado na gestão econômica do custo e dos preços de venda dos produtos e

serviços oferecidos pelas empresas”

Segundo Leone (2008) a contabilidade de custos coleta e fornece informações com

diversos objetivos, desde acompanhar processos internos para calcular custos de produção ou

comercialização, assim como produzir e fornecer informações gerenciais relevantes para a

tomada de decisões.

De acordo com Berti (2009, p. 25): “A finalidade ou objetivo principal da Contabilidade

de Custos é sem dúvida a de fornecer informações aos gestores no auxílio à tomada de decisão”.

Conforme os conceitos dos autores, a contabilidade de custos é indispensável para o

gerenciamento de uma entidade, pois auxilia coletando e gerando informações necessárias para

a tomada de decisão, assim como na formação do preço de venda, para cálculo de margens e

rentabilidade.

(20)

2.2 GESTÃO DE CUSTOS NO COMÉRCIO

Diante do cenário empresarial globalizado e uma concorrência extremamente acirrada,

qualquer ferramenta de suporte e que facilite a correta tomada de decisões é essencial para o

gerenciamento em busca do crescimento de uma entidade.

De acordo com Crepaldi (2012) a gestão estratégica dos custos é um procedimento

gerencial muito importante, pois é imprescindível ter boas ferramentas no gerenciamento de

suas atividades. A gestão de custos requer um bom entendimento de sua contabilidade de custos,

assim como de suas demonstrações financeiras, pois assim poderá identificar oportunidades e

ganhos e mercado.

Acrescendo, Rocha (2012, p. 4) diz que:

O primeiro passo para implantação de uma gestão de custo no comércio varejista é classificar os gastos quanto ao volume comercializado no período, para isso os custos e as despesas devem ser classificadas em fixas e variáveis, sempre lembrado que o custo está voltado para os gastos originalizados para obtenção de receita e a despesa trata-se de um gasto originado da operação da loja, ou seja são as despesas pagas para que haja o funcionamento da empresa.

Portanto, fica claro que a gestão de custos é uma ferramenta indispensável para qualquer

empresa, gerando informações que dão o suporte necessário para a análise dos resultados e para

a tomada de decisão.

2.2.1 Método de custeio variável

A contabilidade de custos possui diferentes métodos para apropriar os seus custos, seja

no comércio ou na indústria.

Vieira (2008, p. 59) relata que:

Custeio é o método para apropriação dos custos. Método significa a maneira pelo qual se chega a um determinado resultado. Sendo assim, a Contabilidade de Custos se utiliza de diferentes métodos de custeio para apropriar seus custos, conforme a necessidade e os objetivos de cada usuário. Podemos citar, como exemplo, o Custeio por Absorção, Variável ou Direto, ABC, RKW e o Custeio Padrão. Neste estudo, vamos abordar o Custeio por Absorção e o Custeio Variável ou direto.

No método de custeio variável, são considerados apenas os custos variáveis aos

produtos, assim como os custos que são claramente identificados e apropriados com os produtos

(21)

e serviços para comercialização, nesse método de custo são desconsiderados os custos fixos e

indiretos para cálculo do custo do produto.

Segundo Werkne (2008, p. 29) diz que “o sistema de custeio variável prevê uma

apropriação de caráter gerencial, considerando apenas os custos variáveis dos produtos

vendidos, enquanto os custos fixos ficam separados e são considerados como despesa no

período”.

Complementando Padoveze (2003, p. 78) “a metodologia de custeio variável apura o

custo unitário dos produtos e serviços considerando apenas os custos e despesas variáveis de

cada produto ou serviço, sejam eles diretos ou indiretos”.

Exemplo: Uma empresa comercial que adota o método de custeio variável possui 1700

unidades em estoque ao valor unitário de R$ 1,00. Efetuou a venda de 900 unidades por R$

1.800,00 que incidiu um custo variável em impostos e comissões de R$ 300,00. Os gastos fixos

ocorridos no período foram de R$ 450,00.

Quadro 1 - Demonstração do resultado do exercício pelo método de custeio variável

Demonstração do resultado do exercício

Componentes Método direto

Venda de mercadorias ($) 1.800,00

Outros custos diretos/varíaveis ($) 300,00

CMV 900,00

Lucro Bruto 600,00

Custos fixos - 450,00

Resultado 150,00

Fonte: Adaptado de Wernke (2008)

Portanto, o método de custeio variável se trata de uma ferramenta para auxiliar no

gerenciamento da empresa. Neste método são considerados apenas os custos e despesas que

incidem diretamente com o volume a ser produzido e possuem seus valores definidos, não

utilizando nenhum rateio ou custo médio. Essas características o tornam uma forte ferramenta

para previsões e tomada de decisão.

2.2.2 Despesas operacionais: fixas e variáveis

Em qualquer atividade empresarial que utiliza uma gestão de custos, é necessário a

correta classificação de seus custos e despesas para produzir informações fidedignas.

(22)

De acordo com Bertó; Beulke (2006, p. 46) “despesas operacionais são todas as despesas

incorridas para dar. Direta ou indiretamente, sustentação estrutural com vistas a realização das

operações inerentes ao alcance dos objetivos das organizações comerciais”.

As Despesas operacionais fixas têm como característica se permanecerem constantes

independente do volume de produção, ou seja, produzir mais ou menos unidades não afetará o

seu valor, como por exemplo: depreciação, manutenção, folha de pagamento de

administradores, honorários contábeis, etc.

De acordo com Perez Jr; Oliveira; Costa (2005, p. 23) “as despesas fixas são as que

permanecem constantes dentro de determinada faixa de atividades geradoras de receitas,

independente do volume de vendas ou de prestação de serviços”.

Já as despesas operacionais variáveis se alteram proporcionalmente as variações nos

volumes de vendas ou de prestação de serviços, como por exemplo: despesas relativas as

vendas, como ICMS, PIS/COFINS, comissões, etc.

Segundo Bertó; Beulke (2006, p. 22) “o foco dos custos/despesas está relacionado com

o volume vendido. Constituem valores que se modificam em relação direta com o volume

vendido”.

Complementando Perez Jr; Oliveira; Costa (2005, p. 25) diz que “as despesas variáveis

de venda são as que se alteram proporcionalmente as variações nos volumes das receitas”.

Portanto, a correta classificação das despesas fixas e variáveis são essenciais para a

apuração de resultados do exercício, assim como para calcular a margem de contribuição dos

produtos na área comercial e calcular o preço de venda mais adequado para cada produto.

2.2.3 Controle de estoque PMPM

O controle de estoque tem como objetivo separar os custos dos materiais, mercadorias

e produtos entre o que foi comercializado e o que está no estoque.

Segundo Iudicibus; Marion (2010, p. 122) “supõe-se que as mercadorias entregues são

compostas por lotes recentes e antigos, uma espécie de média, portanto, daí serem avaliadas por

preço médio”.

De acordo com Vieira (2008) O preço médio ponderado móvel (PMPM) calcula seu

custo médio de estoque a cada entrada por custo diferente do custo médio atual e o altera, e

cada saída altera o fator de ponderação. A baixa é feita a cada venda ou comunicação de

consumo. O PMPM realiza a média dos custos históricos sucedidos entre o custo dos estoques

(23)

e os custos das compras. São ponderados pelas respectivas quantidades em estoque e

adquiridos, e a média é recalculada a cada nova entrada no estoque (compras).

Acrescendo, Martins (2003, p. 83) “Preço Médio Ponderado Móvel: É assim chamado

aquele mantido por empresas com controle constante de seus estoques e que por isso atualiza

seu preço médio após cada aquisição”. O preço médio ponderado móvel pode ser calculado

com a seguinte fórmula:

Preço médio ponderado móvel = Valor total em estoque ($) Quantidade total em estoque

Exemplo: Dia 1: Saldo inicial de R$ 12.000,00 com 8.000 latas de cerveja.

Dia 2: Compra de 10.000 latas de cerveja no valor de R$ 16.500,00.

Dia 3: Venda de 12.000 latas de cerveja no valor de R$ 1,80 cada.

Dia 4: Compra de 4.000 latas de cerveja no valor de R$ 6.800.

Quadro 2 - Controle de estoque pelo preço médio ponderado móvel

Fonte: Adaptado Vieira (2008)

Considerando tais conceitos, é de grande valor calcular o custo dos estoques utilizando

o preço médio ponderado móvel em uma empresa comercial. Devido à alta rotatividade dos

estoques e também considerando que os custos médios das compras sempre são diferentes, a

utilização do PMPM se faz uma ótima ferramenta gerencial na gestão de custos da empresa.

2.3 ANÁLISE DA RELAÇÃO CUSTO, VOLUME E RESULTADOS

A análise da relação custo, volume e resultados é uma ferramenta de custos que auxilia

nas decisões gerenciais.

De acordo com Wernke (2008, p. 41) “as análises de custo, volume e lucro são modelos

que visam demonstrar de forma gráfica ou matemática, as inter-relações existentes entre as

vendas, os custos (fixos e variáveis), o nível de atividade desenvolvido e o lucro alcançado ou

desejado”.

Compras Vendas Saldos

Quantidade comprada Vlr Unit Compras totais Quantidade vendida Vlr Unit Vendas totais Saldo em estoque Vlr Unit Vlr Total Dia 1 - - - 8.000 1,50 12.000 Dia 2 10.000 1,65 16.500 - - - 18.000 1,583 28.500 Dia 3 - - - 12.000 1,583 18.996 6.000 1,583 9.498 Dia 4 4.000 1,70 6.800 - - - 10.000 1,629 16.298

(24)

Neste sentido, Bornia (2010, p. 54) diz que “a análise de custo/volume/lucro (CVL)

colabora com a gestão, pois “determina a influência no lucro, provocada por alterações nas

quantidades vendidas e nos custos”.

Wernke (2011, p. 140) enfatiza que:

[...] é pertinente que os gestores de empresas varejistas adotem conceitos técnicos e implementem ferramentas de gestão de custos para melhorar a competividade de suas companhias. Entre os instrumentos gerenciais que podem ser aplicados aos diversos tipos (ou portes) de entidades varejistas encontra-se a Análise Custo/Volume/Lucro (CVL), que consegue ofertas várias informações importantes aos administradores.

Acrescendo Bomfim, Passarelli (2008, p. 273) diz que:

A análise do custo-volume-lucro é relativa a forma pela qual os lucros e gastos se alteram com a mudança do volume. Ela examina o impacto nos lucros e alterações nos custos variáveis custos e despesas fixas, preço de venda, volume e diversidade de produtos, e dessa forma, ajuda no processo de planejamento”.

Figura 2 - Componentes da análise custo, volume e lucro

Fonte: Wernke, (2008, p. 41)

De acordo com a figura 2 e suas concepções, é possível perceber que a análise Custo,

volume, lucro (CVL) contribui para o gerenciamento da empresa, considerando que o mercado

está cada vez mais competitivo, que implicou quedas nas margens de lucro em vários segmentos

do comércio. Este conceito abrange concepções como margem de contribuição, ponto de

equilíbrio e margem de segurança, e as utiliza para gerar informações e indicadores que são

essenciais para a gestão de custos.

Ponto de equilíbrio

Margem de Contribuição Margem de Segurança

(25)

2.3.1 Formação de preços

Em uma empresa comercial a formação dos preços é um dos aspectos mais importantes

e ele não consiste somente no preço que a empresa irá cobrar pelo produto e sim depende de

uma série de fatores como custos, despesas e lucro desejado. Considerando que o mercado atual

é caracterizado por ter uma concorrência acirrada, a formação de preços correta é um fator

determinante para a sobrevivência da empresa.

Segundo Wernke (2011) a correta formação dos preços de venda é fundamental para a

sobrevivência e crescimento das empresas, independente do porte ou área de atuação,

considerando o fator preço determinante na decisão de compra dos clientes.

De acordo com Vieira (2008) a formação de preços é de extrema importância pois está

relacionada aos resultados obtidos, o grau de retorno de investimento e a fatia do mercado

desejada. As empresas têm dificuldade na hora de decidir o preço de venda, visto que o preço

escolhido pode não ter o retorno esperado, pois quanto maior o preço de venda, menor a

quantidade vendida, assim como quanto menor o preço de venda, maior será a quantidade

vendida.

Acrescendo, Wernke (2008. p. 126) diz que “a determinação do preço de venda está

cada vez mais influenciada por fatores e mercado e menos por fatores internos. Entretanto, toda

empresa deve saber o preço de venda orientativo, ou seja, o preço mínimo pelo qual deve vender

seu produto/mercadoria”.

Na relação dos custos na formação dos preços, Bruni; Famá (2004, p. 323) diz que:

Além dos custos, o processo de formação de preços está ligado às condições do mercado, ao nível de atividade e à remuneração do capital investido. Dessa forma, o cálculo do preço de venda deve chegar a um valor que permita trazer à empresa a maximização dos lucros, ser possível manter a qualidade, atender aos anseios do mercado àquele preço determinado e melhor aproveitar os níveis de produção. As condições que conduzem à formação dos preços podem ser mencionadas por meio das seguintes características:

a) forma-se um preço base;

b) critica-se o preço-base à luz das características existentes do mercado, como preço dos concorrentes, volume de vendas, prazo, condições de entrega, qualidade, aspectos promocionais etc;

c) testa-se o preço às condições do mercado, considerando-se as relações custo-volume-lucro, além de aspectos econômicos e financeiros;

d) fixa-se o preço mais apropriado com condições diferenciadas para atender a volumes diferentes, prazos não uniformes de financiamento de vendas, descontos para financiamentos (prazos concedidos) mais curtos, comissões sobre vendas para cada condição.

Para obter um preço de venda correto para o mix de produtos e serviços oferecidos pela

empresa é necessário ter conhecimento de seus custos de produção, assim como também

(26)

considerar os preços usados pelos concorrentes e se posicionar apropriadamente no mercado.

Atualmente o mercado está definindo os preços dos produtos, mas é sempre importante

considerar o preço orientativo de venda, já que vender abaixo do mínimo geraria prejuízo a

empresa.

A técnica mais utilizada para a formação do preço de venda é o mark-up, que é um

índice aplicado sobre os gastos ou custo de determinado bem ou serviço.

O mark-up aplicado a empresas no setor de comércio utilizam na maioria das vezes o

mark-up sobre o custo variável.

De acordo com Bruni; Famá (2004, p 341) “o mark-up tem a finalidade de cobrir contas

não consideradas no custo, como os impostos sobre vendas, as taxas variáveis sobre vendas, as

despesas administrativas fixas, as despesas de vendas fixas, os custos indiretos de produção

fixos (a depender da situação de custeio, e obviamente, o lucro desejado pela empresa.

Acrescendo, Wernke (2008, p. 130) relata que:

A taxa de marcação ou mark-up é um índice aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para formação do preço de venda. Tem por finalidade cobrir os fatores, como tributação sobre vendas (ICMS, IPI, PIS, COFINS ou Simples), percentuais sobre o preço de venda (comissões sobre vendas, franquias, comissões da administradora do cartão de crédito etc.) despesas administrativas fixas, despesas de venda fixas custos indiretos de produção fixos e margem de lucro.

Segundo Bruni; Famá (2004, p. 342) diz que a “soma das taxas percentuais é a soma de

valores expressos em percentuais que influenciam no processo de formação de preços, como

percentual de lucro desejado, taxa percentual de despesas diversas etc”. De acordo com Bruni;

Famá (2004, p.342), o mark-up pode ser calculado em duas formas: O mark-up multiplicador e

o mark-up divisor e apresentam as seguintes fórmulas:

Mark-up = 1

1 - soma das taxas percentuais

Exemplo: O custo unitário da mercadoria é de R$ 1,65, considerando o desconto de

negociação de 10 %.

(27)

Quadro 3 - Formação de preços utilizando o mark-up multiplicador Mark-up Multiplicador Preço de venda (%) 100% (-) ICMS s/ vendas -17% (-) COFINS -4% (-) PIS -0,65% (-) CSL/IRPJ 0% (-) Comissões s/ vendas 0% (-) Descontos p/ negociação -10%

(-) Índice de custos indiretos -6,66%

(-) Lucro desejado -10%

100 - Soma das despesas variáveis 51,69

Mark-up multiplicador (100 / soma) 1,93461

Fonte: Adaptado Wernke (2008)

Preço de venda orientativo = Custo x mark-up multiplicador

Preço de venda orientativo = 1,65 x 1,934610

Preço de venda orientativo = R$ 3,19

De acordo com o quadro 3, o valor calculado para o mark-up (1,934610) é o que deve

ser aplicado sobre o custo de compra, e então é obtido o preço de venda orientativo comercial.

Mark-up = 100 - soma das taxas percentuais

100

Exemplo: O custo unitário da mercadoria é de R$ 1,65, considerando o desconto de

negociação de 10 %.

(+) Preço de venda orientativo ($) = 3,19 R$

(-) Percentuais utilizados (48,31%) = 1,54 R$

(=) Custo da mercadoria = 1,65 R$

Quadro 4 - Formação de preços utilizando o mark-up divisor.

Mark-up divisor Preço de venda (%) 100 % (-) ICMS s/ vendas -17 % (-) COFINS - 4 % (-) PIS - 0,65 % (-) CSL/IRPJ - (-) Comissões s/ vendas - (-) Descontos p/ negociação - 10 %

(-) Índice de custos indiretos - 6,66 %

(-) Lucro desejado - 10,00 %

Soma despesas variáveis de venda / 100 0,4831

Mark-up divisor (1 – 0,4831) 0,5169

(28)

Preço de venda orientativo = Custo / mark-up divisor.

Preço de venda orientativo = 1,65 / 0,5169

Preço de venda orientativo = R$ 3,19

De acordo com o quadro 4, o valor calculado para o mark-up (0,5169) é o que deve ser

aplicado sobre o custo de compra, e então é obtido o preço de venda orientativo comercial.

O mark-up é uma ferramenta gerencial que auxilia para a correta formação dos preços

utilizando os custos como base, e é essencial para formar os preços orientativos a serem usados

pelas empresas, assim como gerar os preços de venda mínimos formando estratégias de vendas

as serem utilizados para que não gerem prejuízos.

2.3.2 Margem de contribuição

Margem de contribuição é o valor resultante das vendas após ser deduzido do preço de

venda os custos e despesas variáveis que se referem ao produto vendido.

De acordo com Wernke (2011, p. 82) “a margem de contribuição designa o valor

resultante da venda de uma unidade após serem deduzidos, do preço de venda respectivo, o

custo unitário de compra e as despesas variáveis (tributos incidentes sobre a venda, comissão

dos vendedores, etc.) associadas a mercadoria vendida”.

Acrescendo, Bertó; Beulke (2006) a margem de contribuição unitária não apropria os

custos fixos ao produto/serviço e também auxilia na tomada de decisão no método de custeio

variável. Oferece como principal vantagem que a margem de contribuição se reveste de mais

estabilidade para a política de preços. Segundo A margem de contribuição unitária (MCU) é

calculada pela seguinte fórmula:

Margem de contribuição unitária = Preço de venda unitário - Custos e despesas variáveis unitários

Exemplo: Uma mercadoria é vendida por R$ 2,90 e custo variável de produção é de R$

1,12. A venda do produto incidiu 20% do preço de venda em impostos.

MCU = PV - CV - DV MCU = 2,90 - 1,12 - 0,58

MCU = 1,20 Onde:

MCU = Margem de contribuição unitária PV = Preço de venda

CV = Custo variável DV = Despesa variável

(29)

A margem de contribuição é uma ferramenta indispensável para a tomada de decisões,

pois gera as informações que permite verificar se determinado produto está contribuindo para

o faturamento e o pagamento dos custos fixos e despesas fixas da empresa.

2.3.4 Ponto de equilíbrio

Um conceito de contabilidade gerencial que é utilizado nas empresas que dá suporte e

gera informações é o ponto de equilibro.

De acordo com Wernke (2008, p. 49) “o ponto de equilibro represente o nível de vendas

em que a empresa opera sem lucros ou prejuízo. Ou, ainda, qual o nível de produção (ou vendas)

deve ser atingido para que a empresa alcance o lucro desejado pelos acionistas”.

Acrescendo, Bomfim; Passarelli (2008, p. 272) diz que “O ponto de equilibro representa

o nível de volume de vendas no qual a receita da empresa será igual aos seus gastos (custos e

despesas totais)”.

Bornia (2010, p.63) enfatiza que:

A diferença fundamental entre os três pontos de equilíbrio são os custos e despesas fixos a serem considerados em cada caso. No ponto de equilíbrio contábil, são levados em conta todos os custos e despesas contábeis relacionados com o funcionamento da empresa. Já para o ponto de equilíbrio econômico, são também imputados nos custos e despesas fixos considerados todos os custos de oportunidade referentes ao capital próprio, [...]. No caso do ponto de equilíbrio financeiro, os custos considerados são apenas os custos desembolsados, que realmente onerem financeiramente a empresa

Ou seja, o ponto de equilíbrio é o nível de vendas que a empresa deve atingir para ter

lucro 0 ou prejuízo 0, assim como é possível calcular o número de vendas necessário para atingir

o lucro desejado naquele período.

O ponto de equilíbrio possui adaptações para diversas situações que geram diferentes

informações gerenciais. São pontos de equilíbrios distintos que auxiliam no planejamento da

empresa, são eles: Ponto de equilíbrio contábil, ponto de equilibro financeiro e ponto de

equilíbrio econômico.

O ponto de equilibro contábil (PEC) representa o valor ou quantidade mínima que a

empresa necessita vender para que não tenha lucro nem prejuízo.

“O ponto de equilibro contábil em unidades (PEC UN) representa a quantidade mínima

a ser vendida para que o resultado seja zero”. (WERNKE, 2008, p. 50).

(30)

PEC unidade= Custos fixos ($) Margem de contribuição ($) Onde:

PEC = Ponto de equilíbrio contábil

Exemplo: Vendas de 100 unidades no valor de R$ 100,00 cada, onde o custo variável

total foi de R$ 6.000,00. A empresa teve os custos fixos totais no valor de R$ 4.000,00.

Quadro 5 - Cálculo de ponto de equilíbrio contábil em unidade.

(+) Vendas totais (100 x R$ 100,00/unidade) R$ 10.000,00

(-) Custos variáveis totais R$ 6.000,00

(=) Margem de contribuição total (10.000-6000) R$ 4.000,00

(-) Custos fixos mensais R$ 4.000,00

(=) Resultado do período R$ 0,00

Fonte: Adaptado Wernke (2008)

Segundo Wernke (2008. p. 51) “o ponto de equilibro contábil em valor (PEC VALOR)

representa o valor mínimo em (em R$) que deve ser vendido para que a empresa não tenha

prejuízo nem lucro”.

PEC Valor = Custos fixos ($)

Percentual da margem de contribuição (%) Onde:

PEC = Ponto de equilíbrio contábil

Seguindo o mesmo exemplo do quadro 5, elaborado por Wernke (2008, p. 51), o ponto

de equilíbrio em valor é calculado da seguinte forma:

PEC Valor = R$ 4.000,00

(R$ 40,00/R$100,00) = PEC Valor = R$ 10.000,00 Onde:

PEC = Ponto de equilíbrio contábil

O ponto de equilíbrio financeiro (PEF) representa o que a empresa necessita vender para

que não tenha lucro nem prejuízo, assim como outras dividas que ela tenha que saldar no

período como empréstimos e financiamentos desconsiderando os valores da depreciação.

O ponto de equilíbrio financeiro (PEF) corresponde à quantidade que iguala a receita

total com a soma dos gastos que não representam desembolso financeiro para empresa e não

(31)

devem ser considerados gastos relativos a depreciações, amortizações ou exaustões, pois não

são desembolsos, (BRUNI; FAMÁ, 2004).

PEF = Custos fixos ($) - depreciações ($) + empréstimos ($) Margem de contribuição unitária ($)

Onde:

PEF = Ponto de equilíbrio financeiro

Exemplo: Vendas de 100 unidades no valor de 100,00 R$ cada, onde o custo variável

total foi de R$ 6.000,00. A empresa teve os custos fixos totais no valor de R$ 2.000,00,

depreciações no valor de R$ 2.000,00.

Quadro 6 - Cálculo de ponto de equilíbrio financeiro.

(+) Vendas totais (100 x R$ 100,00/unidade) R$ 10.000,00

(-) Custos variáveis totais R$ 6.000,00

(=) Margem de contribuição total (10.000-6000) R$ 4.000,00

(-) Custos fixos mensais R$ 4.000,00

(=) Resultado do período R$ 0,00

Fonte: Adaptado Wernke (2008)

PEF = R$ 2.000,00 + 2.000,00

40,00 = PEF = 100 unidades Onde:

PEF = Ponto de equilíbrio financeiro

O ponto de equilíbrio econômico (PEE) representa o que a empresa vender para que não

tenha lucro nem prejuízo, somando o lucro desejado pelos gestores no período.

De acordo com Crepaldi (2012, p. 136) “o nível de produção e venda em que o lucro

líquido do exercício é predeterminado. Representa a quantidade de vendas necessária para

atingir determinado lucro”.

PEF = Custos fixos ($) + Lucro desejado Margem de contribuição unitária ($) Onde:

PEF = Ponto de equilíbrio financeiro

Exemplo: Vendas de 500 unidades no valor de 100,00 R$ cada, onde o custo variável

total foi de R$ 6.000,00. A empresa teve os custos fixos totais no valor de R$ 2.000,00 e os

gestores desejam um lucro mínimo de R$ 12.000.

(32)

Quadro 7 - Cálculo de ponto de equilíbrio econômico

(+) Vendas totais (500 x R$ 100,00/unidade) R$ 50.000,00

(-) Custos variáveis totais R$ 30.000,00

(=) Margem de contribuição total (50.000-30000) R$ 20.000,00

(-) Custos fixos mensais R$ 8.000,00

(=) Resultado do período R$ 12.000,00

Fonte: Adaptado Wernke (2008)

PEE = 8.000 + 12.000

40 = PEE = 500 unidades Onde:

PEF = Ponto de equilíbrio econômico

Os benefícios do ponto de equilíbrio segundo Wernke (2008, p. 55):

a) Alteração do mix de vendas, tendo em vista o comportamento do mercado; b) Alteração de políticas de vendas com relação a lançamentos de novos produtos; c) Definição do mix de produtos, do nível de produção e preço do produto;

d) Responde a perguntas que exigem respostas rápidas, tais como: Quantas unidades de produto devem ser vendidas para se obter determinado montante de lucro? Qual a influência de um desconto promocional nos preços de venda? O que acontecerá com o lucro se o preço de venda aumentar ou diminuir? O que acontecerá com o ponto de equilibro se determinada matéria prima aumentar 20% e não tiver condições de ser repassada nos preços dos produtos? Um aumento nos custos fixos (Por exemplo: salários) terá qual influência nos resultados da empresa?

e) Útil ao planejamento e controle de vendas e resultados etc.

Os pontos de equilíbrio contábil, econômico e financeiro geram informações gerenciais

de grande utilidade, pois auxilia na gestão e gera indicadores do mínimo de atividade que a

empresa deve operar para pagar seus custos, assim como gera indicadores para analisar e

reavaliar o seu mix de vendas, podendo fundamentar as decisões tomadas com mais firmeza.

2.3.5 Margem de segurança

A margem de segurança (MS) é uma ferramenta gerencial que gera informações acerca

de que o volume de vendas superou a quantidade no ponto de equilíbrio e que as vendas podem

cair sem que haja prejuízo.

De acordo com Crepaldi (2012, p. 138) “a margem de segurança é um indicador de risco

que aponta a quantidade que as vendas podem cair antes de se ter prejuízo”.

Acrescendo, Wernke (2008) diz que “a margem de segurança (MS) pode ser expressa

quantitativamente, em unidades físicas ou monetárias, ou sob a forma de percentual.

(33)

b) MS em unidades = Vendas Efetivas em unidades – Vendas em unidades no ponto de equilíbrio c) MS em percentual (%) = Margem de segurança ($)

Total de vendas ($)

a) MS em valor ($) = Vendas Efetivas ($) – Vendas no ponto de equilíbrio ($)

b) MS em unidades = Vendas Efetivas em unidades – Vendas em unidades no ponto de equilíbrio c) MS em percentual (%) = Margem de segurança ($)

Total de vendas ($)

Onde: MS = Margem de segurança

Exemplo: O ponto de equilíbrio é de R$ 4.000,00 e as vendas efetivas foram de R$

5.000,00.

MS em Valor ($) = 5.000,00 ($) - 4000,00 ($) = R$ 1.000,00 Onde:

MS = Margem de segurança

Exemplo: O ponto de equilíbrio é de 800 unidades e as vendas foram de 980 unidades.

MS em Unidades = 980 – 800 = 180 unidades. Onde:

MS = Margem de segurança

Exemplo: A margem de segurança é de R$ 1.000,00 e as vendas efetivas foram no valor

de R$ 5. 000,00.

MS em percentual (%) = 1.000,00 ($)

5.000,00 ($) = 0,20 x 100 = 20% Onde:

MS = Margem de segurança

A margem de segurança é uma ferramenta gerencial de grande importância, pois gera

informações sobre a progressão de vendas e quanto falta para atingir o lucro desejado, assim

como observar e analisar os produtos que compõem o resultado da empresa.

2.4 ROTATIVIDADE DE ESTOQUES

Em todos os segmentos do mercado comercial, a gestão de estoques tem grande

importância, considerando a quantidade de recursos de capital de giro que as mercadorias

estocadas requerem.

(34)

De acordo com Bomfim; Passarelli (2008, p. 89) diz que “estoques nessas empresas se

limitam, em geral, ao estoque de produtos destinados a comercialização e ao estoque de

materiais diversos ou auxiliares, que referindo-se a itens adquiridos prontos, tem seu custo

disponível nos documentos de aquisição”.

Uma possibilidade de otimizar o desempenho de empresas comercias neste aspecto é

definir uma política de estocagem que abranja os levantamentos dos prazos médios de

estocagem (em dias) das mercadorias e o cálculo do custo financeiro de manter tal quantidade

de mercadoria estocada. Com isso o gestor pode contar com informações valiosas para decidir

a manutenção do volume de estoques na empresa, (WERNKE, 2011).

Acrescendo Wernke (2011, p. 175) diz que “o conhecimento do prazo médio de

estocagem (PME) de cada mercadoria armazenada possibilita ao gestor uma comparação deste

prazo com o de entrega dos fornecedores”. A fórmula do prazo médio de estocagem se dá da

seguinte maneira:

PEE = Estoque atual

Quantidade vendida x Dias úteis Onde:

PEE = Ponto de equilíbrio econômico

No quadro 8 apresenta-se um exemplo de cálculo de estoque pelo método do preço

médio ponderado móvel:

Quadro 8 - Cálculo de estoque pelo método PMPM

PRODUTOS Estoque Atual (unidades) (A) Vendas médias (unid./mês) (B) Dia médio de estocagem e=[A/B] x 22 dias de expediente Custo de compra unitário ($) (C) Valor total em estoque ($) D = (A x C) Cerveja 600ml 1.200 911 28,97 2,55 3.060,00 Água mineral 500ml 450 398 24,87 0,98 441 Refrigerante 600ml 680 408 36,66 1,48 1.006,40 Refrigerante 2L 290 115 55,47 2,44 707,6 Totais 2.620 - - - 5.215,00

Fonte: Adaptado Wernke (2008)

No quadro 8 é possível verificar o cálculo do prazo médio de estocagem (PME) aplicado

em alguns produtos, assim como seu valor total em estoque. Ou seja, divide-se o estoque atual

pela quantidade vendida no período e com o resultado da divisão se multiplica pelo número de

dias úteis trabalhados pela empresa. O resultado mostra o prazo médio de estocagem de cada

produto. Utilizando o exemplo do produto cerveja 600ml, a empresa possuía 1.200 unidades ao

(35)

seu custo unitário de R$ 2,55, totalizando R$ 3.060,00 em estoque e tem como média de vendas

de 911 por mês, a empresa trabalhou 22 dias úteis no mês, o que equivaleu a 28,97 dias em

estoque.

Considerando todos estes fatores, fica claro que o controle da rotatividade de estoques

é vital para o funcionamento da empresa, assim como controlar a quantidade em estoque para

não ficar sem produtos para comercializar, assim como não acumular muitas mercadorias

estocadas correndo o risco de perdas por vencimento de produtos. Assim como monitorar a

quantidade de capital investido no seu estoque.

2.5 INDICADORES GERENCIAIS DE CUSTOS NA TOMADA DE DECISÃO

A contabilidade gerencial é essencial para qualquer entidade que planeja crescer e

ganhar mais mercado. Tem como foco principal auxiliar os gestores gerando informações

chaves para a tomada de decisão e para sempre estar um passo à frente do mercado.

2.5.1 Ponto de fechamento

O ponto de fechamento se refere ao nível de atividade no qual as receitas operacionais

se igualam aos custos que geram desembolsos.

De acordo com Wernke (2008, p. 157) “o ponto de fechamento também pode ser

definido como o volume de operações com o qual a entidade, embora operando com prejuízos,

consegue igualar os ingressos e desembolsos financeiros. O intervalo entre o ponto de equilibro

e ponto de fechamento é denominado área de insolvência”.

Acrescendo, o ponto de fechamento representa aquele ponto acima do qual não é

vantajoso para a empresa o encerramento temporário de suas atividades. Pois ao considerar

empresas que estão sujeitas a fortes sazonalidades podem pensar em fechar temporariamente

na época de baixas vendas e assim eliminar parte de seus custos fixos. Ao considerar o

fechamento temporário a melhor ferramenta gerencial seria o ponto de fechamento. Mas para

estudar o fechamento definitivo da empresa, a ferramenta gerencial que mais se adequa para

gerar tal informação seria o ponto de equilibro econômico, (BORNIA ,2010).

(36)

PF unidades = Custos fixos não elimináveis Margem de contribuição unitária ($) Onde:

PF = Ponto de fechamento

Exemplo: A empresa comercializa roupas e possui um setor que a venda principal é no

verão, supondo que a empresa venda produtos de mesma margem de contribuição de R$ 1,00

por unidade. Os custos fixos são R$ 2.000,00 do qual R$ 1.500,00 não são elimináveis com o

fechamento do setor (salários de pessoas, encargos sociais, etc.) e R$ 500,00 são elimináveis

com o fechamento do setor.

PF unidades = 1.500,00

1,00 = 1.500 unidades Onde:

PF = Ponto de fechamento

Ou seja, se no verão a empresa vender 1.500 unidades deste setor, a margem de

contribuição pagará todos os custos fixos elimináveis, e se vender mais ele ajudara a cobrir

parte dos custos fixos não-elimináveis. Se a empresa não atingir as 1.500 unidades, o setor

operará com prejuízo e a margem de contribuição gerada por este setor não irá quitar todas os

custos fixos gerados por ele.

Considerando estes fatores, o ponto de fechamento é uma ferramenta importante para

verificar se a comercialização de tal produto realmente traz resultado para a empresa, pois

mesmo o setor não tendo muitas vendas, ele ainda pode contribuir para o pagamento dos custos

fixos de outros setores.

2.5.2 Venda média ou nota fiscal média

A venda média é utilizada quando fornecedores oferecem novos produtos aos

vendedores e com preços superiores aos demais no mix oferecido. É utilizado para decidir se

vale a pena adquirir tal produto.

De acordo com Wernke (2008, p. 159) “esta técnica consiste em calcular a venda média

por cliente por meio da divisão do valor mensal de vendas pelo número de clientes atendidos”.

A equação para calcular a venda média é a seguinte:

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