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A filosofia para crianças e arte uma perspectiva filosófica para o pensar educativo

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Academic year: 2021

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A FILOSOFIA PARA CRIANÇAS E ARTE UMA PERSPECTIVA FILOSÓFICA PARA O PENSAR EDUCATIVO

DIEGO GRECCO PEREIRA

Graduando na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, cursando 8º semestre do curso de Licenciatura em Filosofia. Pesquisador no projeto de pesquisa “O Ensino de Filosofia em Amargosa e no Vale do Jiquiriça”, pelo PIBIC/Cnpq e pesquisador no projeto de pesquisa “ Astronomia e Inclusão” pelo PIBID/Cnpq. E-mail digreccoufrb2010@gmail.com

JOSIVANE MARIA DOS SANTOS DE JESUS

Graduanda na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, cursando 8º semestre do curso de Licenciatura em Filosofia. Email: Josy_dyca@hotmail.com

PRISCILA ANDRADE DAMASCENO

Graduanda na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, cursando 8º semestre do curso de Licenciatura em Filosofia. Pesquisadora no projeto de pesquisa “ Filosofia e Historia” pelo PIBID/Cnpq. E-mail priscila.black@hotmail.com

Introdução

Atualmente no Brasil e no mundo, buscam-se pessoas crítica e inovadora, aberta a novidades para que com isso façam transfor-mações em determinadas situações desesperadora, por exemplo: guerras, atentados, pobreza e etc. É pensando sobre esses proble-mas, que entra a participação das crianças. Sua curiosidade em querer descobrir novas experiências, através da fase dos “porquês”, faz com quer conheçam mais.

O professor e filosofo norte-americano e educador Matthew Lipmann criou em 1960 o Programa Filosofia para crianças, que aos poucos constitui um novo paradigma de educação: uma pra-tica reflexiva e investigativa, após o filósofo em questão perceber que nas universidades pelo qual ensinava as disciplinas filosóficas havia certo desinteresse e uma maneira diferente dos estudantes se perceberem no âmbito educacional pela qual vivenciavam agora, por isso pensou através de seus escritos a importância da filosofia e que o ensino de filosofia seria melhor e mais atrativo se começasse bem antes do ensino médio ou se já que nas series iniciais fossem abordadas a filosofia nos fundamentais I e II proporcionando aos

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estudantes um movimento continuo entre filosofia e o mundo real pelo qual vivenciavam todos os dias dentro e fora do âmbito escolar.

A filosofia e arte são apresentadas desde milênios que con-templam a busca pela comunicação desde olhar até a fala é no berço da filosofia que podemos contemplar a arte, a idéia da beleza, os conceitos. A filosofia desde o ocidente propõe reflexões, fundamen-tos, temas perguntas, a respeito dos seres e a filosofia contribuem para o período de produção de pensamento, por exemplo, o que o belo? Tudo que é arte é belo? Desta maneira metodologias que trabalhe o olhar da arte e da filosofia no âmbito educacional para as crianças, podemos nos aproximar a possibilidade do pensar. O principal objetivo dessa pesquisa é desvendar essa problemática e, se possível, e como o estudo da filosofia pode dialogar com a fase da criança para tal intento seguimos a teoria que Lipmann propõe. A filosofia para crianças tem como objetivo tentar levar a prática filo-sófica para as crianças de modo que elas filosofem e compreendam de forma prática e metodológica para que possam ser problemati-zadas. Nesse sentido questionaremos, será que a criança é capaz de filosofar e de que forma os educadores podem contribuir para a reflexão filosófica? Através desses questionamentos buscaremos soluções para obtermos algumas respostas para essas inquietações através das leituras dos livros de Matthew Lipman.

Filosofia, crianças e arte uma reflexão filosófica

Para pensar nisso o que melhor auxiliar a vida das crianças no estudo de filosofia do que abusar da sua criatividade utilizando dos jogos corporais e faciais dessa forma trazendo a impulsividade das crianças sobre o brincar e de aceitar compor qualquer papel que for desempenhar tendo um pensamento destemido e corajoso para vivenciar fatos na sua vida toda. Por isso é importante introdu-zir desde cedo também à arte no seu cotidiano como, por exemplo: contar histórias antes de dormir de forma teatral e fazer também

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com que a criança participe tendo uma integração e uma brincadei-ra particular em família proporcionando bom humor e desempe-nho em qualquer outra atividade que não seja somente no âmbito familiar, tudo isso qualquer forma de arte pode proporcionar ao ser que antes não sabia lidar com o intelecto aprender a trabalhar sua cultura e alguns elementos vistos no seu papel como cidadão mes-mo sendo apenas crianças é sempre bom aprender desde cedo as coisas importantes e necessárias para ter uma boa vida.

Com a arte refletimos sobre diversos temas de uma socieda-de como, por exemplo: ética e cidadania, saúsocieda-de do corpo, agir com o outro, organização e entender o papel que é adquirido por cada um em uma sociedade para que com isso proponha até uma sociedade mais justa e tranquila para refletir no que dizem que criança será a mudança para o futuro mais próximo. Filosofia para crianças faz com que as crianças com a sua curiosidade e criatividade transfor-me as suas ideias mais reais e possíveis de serem praticadas em qualquer ambiente formal ou não formal da educação, da maneira com que eles mais gostam e se habilitam, ou seja, se divertindo atra-vés de brincadeiras que despertem os movimentos cognitivos. Na arte podem imaginar que estão brincando também, pois nas suas brincadeiras com os amigos ou sozinho eles sempre desempenham vários papeis como, por exemplo: brincadeira de médico, de casa, de comidinha e etc. na arte continuam desta mesma forma só que de uma maneira mais técnica e padrão da maneira como qualquer brincadeira é vivenciada.

Quando o professor de filosofia possibilita ao estudante não somente ficar o ouvindo expor o assunto, mas a interagir também e propor mudanças ou opiniões na aula de determinado tema. Fazen-do com que o estudante tenha o pensamento mais critico e inova-dor sobre diversas perspectivas onde percebemos que no decorrer do tempo houve diversos outros subtemas para algo mais amplo a ser visto. Muitas pessoas não acreditam na possibilidade de crian-ças filosofarem, pois acreditam que essas criaturas não têm o

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pen-samento adequado para estudarem o penpen-samento dos filósofos dados como os mais famosos por ter um pensamento retrógado ao pensamento dos adultos outros imaginam que a idade emocional da criança ainda não serve para a filosofia lançar um tópico para as crianças. Assim se faz presente a arte, arte é algo que faz com que as pessoas demonstrem algo que sempre ficou no interior e somen-te com a arsomen-te fica desinibido e colocar para fora todas as vidas es-condidas, ou seja, todos os personagens pelo qual tinham coragem de ser mais não poderiam desempenhar na sociedade como, por exemplo: um médico, um advogado, um animal entre outras coisas. A filosofia para crianças e seu contexto no mundo

A partir da década de 1960, em Nova York, Matthew Lip-mann começa seus primeiros trabalhos com filosofia para crianças através de suas novelas filosóficas, com uma vontade de comprovar que a disciplina filosofia era para todos os públicos. Quanto a nós brasileiros a filosofia para criança foi implantada com a sua segui-dora Catherine Young Silva, na cidade de São Paulo em 1985 fun-dando o Centro Brasileiro de filosofia para crianças (CBFC). E com isso nos deparamos com a seguinte pergunta: será que a filosofia para as crianças, ajudaria no fortalecimento das discussões sobre temas antes feitos somente pelos adultos? A filosofia no Brasil aos poucos vem ganhando força e com essa força várias questões estão sendo solucionadas para quem resolve praticar as leituras filosófi-cas e o ato de filosofar. Mas, antes de a filosofia chegar ao Brasil, lá fora já possuía os seus méritos.

Alguns pesquisadores da área de filosofia para crianças, e o próprio Lipmann comprovam que podem aprender sim e melhor ainda pelo método que as crianças mais gostam: por meio de brin-cadeiras, princípios e discussões com as crianças, vinculado ao con-texto social vigente. Mostrando assim que filosofia não é só para a modalidade, Ensino Médio, mas também todas as faixas etárias.

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É o que explica Lipmann na seguinte comparação entre crianças e filósofos. Segundo Lipmann:

A capacidade de se maravilhar com o mundo. Os filósofos levam esta capacidade de maravilhamento às últimas con-sequências, descobrindo e investigando os problemas da experiência humana. As crianças ficam intrigadas com os mesmos conceitos problemáticos, ou seja, colocam-se ques-tões sobre a verdade, as regras, a justiça, a realidade, a bon-dade, a amizade. (LIPMANN, 1995).

Nesse processo as crianças, como estudantes, podem ter o pensamento diferente, sabendo entender as situações no cotidiano dos adultos e no seu próprio cotidiano, como, por exemplo: falar so-bre paz, amor, justiça, família, classes sociais entre outras coisas. Um exemplo de filosofia para crianças já foi abordada na televisão no canal cultura, da TV Cultura de São Paulo, nos anos de 1991 e 1992 uma criação de Flávio de Sousa. Nesse programa retratava a histó-ria de um garoto chamado Lucas, que ganhou um gravador quando tinha dez anos, ele inventou uma emissora de rádio de brincadeira, onde discutia temas que os adultos não conseguiam explicar através da sua imaginação, desvendando assim todos os segredos e mos-trando que ele era capaz de aprender de um modo diferente.

Depois de dois anos no ar teve sua continuação mais somen-te com cinco episódios, as quais foram passadas na Rede Globo de televisões. Pensando nesse seriado, Lucas é como um dos persona-gens criados por Lipmann. Entre eles, Pimpa, que passa por diver-sos problemas para entender determinadas situações e problemas que acontecem como no dia-a-dia como, por exemplo: A primeira relação amorosa. E logo após de a criança ler uma das novelas fi-losóficas e poder observar que aquele personagem é de sua idade, vai querer refletir da mesma forma que foi resolvido determinado problema. Essas histórias são chamadas de novelas filosóficas que auxiliam os professores e alunos, sobre a maneira correta de filo-sofar com as crianças de faixa etária com média de 5 a 12 anos de

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idade e séries do ensino fundamental I e II nas escolas particula-res e publicas, criando assim uma pedagogia formada, inovadora e bem a frente do seu tempo, criando rodas de discussões e reflexões intituladas por Lipmann como uma Comunidade de Investigação. Para se entender melhor sobre a temática, Lipmann em seu estudo selecionou quatro habilidades:

a) Habilidades de raciocínio: inferir, comparar, identificar seme-lhanças e diferenças, contrastar, dar razões, definir, aplicar cri-térios, detectar pressupostos, ambiguidades, contradições, etc. b) Habilidades de investigação: observar, problematizar, formar hipóteses, verificar, provar, mesurar, descrever, sintetizar, con-cluir, etc.

c) Habilidades de formação de conceitos: estabelecer relações de parte-todo / meio-fim / causa-consequências, definir, genera-lizar, etc.

d) Habilidades de interpretação ou tradução: parafrasear, narrar, descrever, interpretar, perceber implicações.

É possível crianças estudarem e aprenderem os estudos fi-losóficos, como o próprio autor demonstra em seus estudos, des-mistificando o pensamento retrogrado de algumas pessoas que acham que isso nunca será possível, pois as crianças são inocentes e incapazes de pensar sobre determinados assuntos que giram em torno do universo adulto. Tudo começa com apenas uma palavra, uma pergunta, o por quê? Todas as crianças têm costume de per-guntar sobre qualquer coisa o tempo inteiro. A filosofia não é muito diferente, todos tende a se perguntar ou questionar sobre algo. Isso não quer dizer que as crianças filosofam quando faz essa pergunta, ao contrario, elas apenas usam o método investigativo para chegar alguma resposta, coincidentemente o que todos fazem.

Toda criança é curiosa, percebe coisas que adultos nunca ti-vera percebido, adoram histórias e contos. O mito da caverna uma

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obra grandiosa da filosofia clássica de Platão permite mostrar vá-rios aspectos a respeitos de diversos assuntos, entre eles a prisão, não a mesma que estamos acostumados a ouvir, prisão essa que todos estão sujeitos a se submeterem. A educação infantil pode não compreender que forma é essa, mas a história mostrada através de vídeo prende a atenção dos alunos e da um sentido norteador, os mesmos pode não ver o sentido filosófico, porém narra todo o conto com um novo olhar e pontos talvez ainda não muito discu-tidos. Segundo um comentário de Ghiraldelli Jr em seu blog, com uma nota: Filosofia para crianças? Ele deixa claro uma possibilida-de para essa inovadora ipossibilida-deia.

Um filósofo é alguém que conhece sistemas éticos e noções de estética; ora, não é difícil para ele elaborar problemas nesse campo que podem ser entendidos pelas crianças. E mesmo questões metafísicas, em especial as que lidam com os temas sobre Deus e nós, linguagem e mundo, mente e cé-rebro e outras similares podem ser adaptados para a curio-sidade infantil. (GHIRALDELLI, 2008)

Até nas obras mais conhecidas como nos livros de Monteiro Lobato, Histórias da Disney, e diversos desenhos televisível, o pro-fessor pode fazer um leque aos temas de filosofia. Uma das melho-res maneiras de ensinar a uma criança é usar os meios que elas, mas gostam intercalando com o que o professor quer passar, ou seja, o que mais diverte as crianças e chamam sua atenção junta-mente com assuntos diversos.O educador pode ter dificuldade por não ter habilidade com a área, não ter formação em licenciatura de filosofia, todavia, o importante e ter uma paideía e saber o signifi-cado de Sofia, em outras palavras, sabedoria. Saber ensinar é uma dádiva quando se gosta e tem amor, a filosofia é amor à sabedoria.

Na alfabetização a criança pode compreender a filosofia, pode não ser com esse mesmo nome, mas a prática sim. Como se comportar no meio social, ou seja, em sala de aula com seus cole-gas de classe, entender e fazer uso da ética, respeitar o próximo,

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entre outros assuntos que nesse período é passado para a criança. Sem contar que há outras disciplinas que os possam interagir com diversos assuntos. Na matemática temos a curiosidade em relação aos números, conjuntos e outros, e que poucos sabem que muitas coisas que aprendemos nessa área foi descoberta por filósofos, e isso não é discutido em sala de aula, a química e física não é dife-rente. A criança apenas não conhece nesses termos, pois ainda é imaturo para determinadas ações, mas se a escola começar a dis-cutir com frequência, com certeza a imaturidade passará para um bom aprendizado.

As crianças têm uma grande facilidade de aprender tudo que ver e ouve, é nessa idade que deveria transmitir os diversos co-nhecimentos possíveis, não somente nas escolas particulares como o inglês, mas em toda a rede pública. Como o assunto é inovador, parece que é algo impossível, por que não pensar na possibilidade já que o momento é propicio novas reformas estão acontecendo. Como deverá estruturar-se o ensino de filosofia? A filosofia não deve transmitir conhecimentos feitos mais impõe questionamen-tos, debates capaz de ministrar conceitos esclarecedores, o profes-sor ensina o aluno, conduz através do interrogatório que faz o aluno descobrir a conclusão. A primeira condição do professor seja ele e filosofia ou de física é desde ao entrar ou ao sair da sala despertar ao aluno hábitos de espírito a criticidade, explicar conhecimentos em que os alunos já tenham uma experiência prévia, por exemplo, os cientistas não precisam saber filosofia para dedicar a investiga-ção é preciso mostrar que será uma experiência de conhecimentos vários e diferentes.

A importância de filosofia e arte na formação educacional da criança A arte em geral, mas aqui especificando: o teatro tem a ca-pacidade como já foi de fazer com que as crianças adquiram pen-samentos e comportamentos sociais. É através do papel

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desempe-nhado pela criança no palco que ele estuda as características do personagem na sociedade como, por exemplo: a ética dentro de uma formação social. Já no ensino de filosofia para crianças no Bra-sil nem sempre é preciso somente utiliza se o livro dos filósofos devemos ir alem a procura de outros meios que esta na cultura dos estudantes, pois com novas descobertas, esses métodos serão mais atrativos, inovador deixando as pessoas não só nas leituras, mas algo a ser debatido entre todos, tornando assim uma parte formal e a outra lúdica. Como o filósofo Nietzche que metaforicamente no li-vro Origem a tragédia utilizava as características dos deuses Apolo e Dionísio para explicar o surgimento da tragédia, deuses esse di-ferente mas que no final juntos formavam algo tido como perfeito.

Apolo, como é o deus de todas as faculdades criadoras de formas, é também o deus da adivinhação. Ele que, desde a origem, é a “aparição” radiosa, a divindade da luz, reina também sobre a aparência, plena de beleza, do mundo inte-rior da imaginação. Dionísio era o deus do vinho, pois pos-suía os conhecimentos e segredos do plantio e colheita da uva. Possuía os segredos da produção do vinho. Era também associado às festas e atividades relacionadas ao prazer ma-terial (NIETZSCHE, 2008, p. 21-22).

Através dessa metáfora que Nietzche traz em sua obra o que pode ser comparado também ao pensar no desenvolver de ensino de filosofia para crianças que para muitas pessoas é algo impossí-vel. Com isso a filosofia é como Apolo e as artes Cênicas como Dio-nísio juntando os dois itens com as crianças torna-se algo inovador, próprio e completo para o âmbito educacional e principalmente na formação social e pessoal, pois possui a consciência corporal. Paulo Freire: educação bancária e educação problematizadora e a filosofia

O ensino de filosofia nos tempos atuais pode ser comparado com a crítica que Paulo Freire fazia a educação conservadora e ao

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seu currículo escolar da sua época da qual ele intitulava como uma “educação bancária”, essa educação bancária é aquela em que o professor dono de todo o seu conhecimento e o aluno como se fosse algo vazio e adaptado a receber esse conhecimento de modo a que guarde decore esse conhecimento de forma que o aluno de formar alguma possa duvidar desse conhecimento ofertado. Assim Frei-re entende que esse conhecimento não vai ser válido, pois ele só irá decorar sem saber o verdadeiro sentido daquela palavra e sem compreender porque foi usada determinada palavra. Freire com seu pensamento inovador e depois de refletir sobre a educação que teve e a educação que existia no Brasil lança um novo tipo de educa-ção menos tecnicista e mais aberta aos alunos a essa educaeduca-ção ele dar o nome de educação “problematizadora”. A educação problema-tizadora é aquela onde o professor não é dono do conhecimento e não só tem a função ativa da proposta de educação e nem o aluno como mente fazia só fazendo o papel de receber o conhecimento como função passiva, ou seja, ambos estão em constante aprendiza-do e ensinamento fazenaprendiza-do com que o aluno e o professor aprendam juntos no constante diálogo dando voz e vez ao aluno também.

Freire explica:

Na visão bancária da educação, o saber é uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber. Doação que se funda numa das manifestações instrumentais da ideolo-gia da opressão. [...] O educador, que aliena a ignorância, se mantém em posições fixas, invariáveis. Será sempre o que sabe, enquanto os educandos serão sempre os que não sa-bem. A rigidez dessas posições nega a educação e o conheci-mento como processo de busca. ( FREIE, 2005, p.67)

Mas com o contrario da educação tradicional Freire tenta desmontar uma barreira de não aceitação dessa forma de educa-ção tradicionalista, reformulando conceitos e montando estraté-gias constrói uma educação inovadora que é dada o nome por ele de “Educação problematizadora” o estudante não é somente um

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integrante passivo de conhecimento, mas poderá ser um ser ativo de conhecimento não sendo só aquele que recebe o saber criando assim um debate professor-aluno, porem não se devem ter garan-tias de êxito nessa educação. No entanto pode haver modificações mais acessíveis a nossa realidade com as dificuldades existentes e com perspectivas inusitadas apenas sonhadas. Da mesma forma se explica:

Na prática problematizadora, educador e educando se edu-cam numa união comum mediatizados pelo mundo, através do diálogo, O educando, ao invés de passivo, passam a se-rem investigadores reflexivos e críticos, pois, quanto mais se problematizam, mais se sentirão desafiados e aptos a res-ponder aos desafios. (FREIRE, 2005)

Com isso fica aceito se fazer filosofia para crianças e imple-mentar para que as crianças possam filosofar tem que ser além das práticas do sistema, mas com a ajuda do professor auxiliando o alu-no a cada passo dado sendo o ajudante de descobridor de saberes fazendo com que as novelas filosóficas de Lipman e as estratégias de ensino de Freire não fiquem só no papel e mesmo que não apli-quem as mesmas façam de certo modo com que recebam improvi-sações na busca de um próprio conhecimento ou melhor um conhe-cer próprio das coisas.

Considerações finais

Conseguir que o estudante reflita sobre conhecimentos cien-tíficos aprendidos compete, pois o professor de filosofia a tarefa de ajudar ao aluno não só explicitar a ontologia e a gnosiologia, mas tomar consciência de uma importante descoberta de que a reali-dade deve ser sensorial. O diálogo na didática da filosofia tem por objetivo conduzir o aluno à reflexão pessoal dos problemas e levar ao significado de cada uma das questões em estudo, dialogar é du-vidar, analisar é sistematizar mostrar conhecimento feito por isso

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mesmo não construído pelo aluno que não aprende mais se limitar a meter na cabeça noções não ainda assimiladas, elabora uma sín-tese para discutir em sala de aula servindo para isso o diálogo que deixa de ser passado pelo concerto e passa ser fatos para o abstrato de definições.

Enfim proposta de educação para Lipmann não é um mero treino de habilidades, o que ele propõe é um diálogo, uma conversa, é o pensar sobre os diversos temas. É importante que o educador conheça a habilidade de seus pensamentos, que saiba apreciar as habilidades dos seus educando. Os conteúdos programáticos são de muito valia, pois não se pode pensar sem o conteúdo, a formação humana, o que não pode é deixar acontecer que sejam apresenta-dos conteúapresenta-dos, apenas para que os alunos tomem como ciências. Referências bibliográficas

LIPMAN, Matthew. O Pensar na Educação. Tradução de Ann Mary Fighiera Perpétuo- Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.

GHIRALDELLI, Paulo Jr. Filosofia para crianças? Disponível em: http://ghiraldelli.wordpress.com/2008/07/10/filosofia-para--criancas/. Acesso em: 04 Janeiro 2014.

NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Origem da tragédia. São Paulo: Centauro, 2004.

Referências

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