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Análise do Parque Buenos Aires como equipamento de lazer da

cidade de São Paulo

Analysis of Buenos Aires Park as a leisure equipment of Sao Paulo city

Carla de Oliveira Adão car_la_813@hotmail.com Orientador: Brenno Vitorino Costa

RESUMO: Cidades conhecidas e reconhecidas mundialmente, por sua cultura, por sua beleza ou por sua importância econômica, como é o caso de São Paulo, abrigam inúmeros parques urbanos como alternativa de lazer dentro de um cotidiano agitado, que a própria cidade impõe. Esta pesquisa teve o propósito de analisar o Parque Buenos Aires, localizado no centro de São Paulo em um bairro característico por seus moradores. Foram aplicados 100 questionários com frequentadores que, após analisados quantitativa e qualitativamente mostraram problemas pontuais aos quais foram oferecidos algumas propostas de melhoria, além de verificar que o Parque efetivamente se caracteriza como opção de lazer aos seus frequentadores. Palavras-chave: Parques urbanos; lazer; perfil do visitante; São Paulo.

ABSTRACT: In famous cities worldly known and recognized by their culture, beauty, or importance as Sao Paulo, there are many urbans park as a leisure alternative inside an hectic daily imposed by the own city. This research had as purpose to analyze especially Buenos Aires Park, being localized in Sao Paulo centre in an area characterized by the dwellers. Were applied one hundred questionnaires to regulars, that after analyzed quantitatively and qualitatively was observed punctual problems and was offered some purposes to improves the park, besides verify that the Park is characterized effectively as a leisure option for their regulars.

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1. Introdução

Parques urbanos em grandes cidades consideradas metrópoles (cidades centrais, importantes na economia, na cultura, na política e em outros setores, de grandes áreas urbanas), tanto no Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza) como em outras partes do mundo (Nova York, Paris, Londres), são essenciais para o lazer, para momentos de descanso e para o entretenimento de seus freqüentadores.

A população das grandes cidades muitas vezes não possui fácil acesso à opções de lazer em contato com a natureza, como praias, rios e fazendas, dentre outras; O parque urbano acaba sendo uma das poucas alternativas de lazer nesse sentido.

Na cidade de São Paulo, um exemplo da oferta de parques urbanos, que podem proporcionar lazer em meio à correria e poluição, é o Parque Buenos Aires, localizado na região central do município, no bairro de Higienópolis.

Especificamente sobre o Parque Buenos Aires, este trabalho teve como objetivos analisar as opiniões dos freqüentadores do parque e a importância deste equipamento de lazer no cotidiano dos mesmos; identificou-se o perfil dos freqüentadores do parque e atividades realizadas no local. Para alcançar os objetivos propostos, foi realizada uma coleta de dados quantitativos e qualitativos através da aplicação de 100 questionários (ver Apêndice) com frequentadores do parque podendo assim propor, ao final do trabalho, melhorias para potencializar o lazer e a estrutura do parque.

Os motivos que levaram à escolha deste local como objeto de estudo foram: a proximidade do parque com a residência da autora e os anos que a autora reside no bairro justificando assim sua assídua freqüência no local. A autora, assim como outros freqüentadores do parque vai ao local para a realização de diversas atividades e constata, tanto como freqüentadora como estudante do local, pontos positivos e negativos que o objeto de estudo possui.

Como bases para o estudo no decorrer do trabalho foram desenvolvidos itens acerca da história dos parques urbanos no Brasil e especificamente em São Paulo, do bairro Higienópolis e da inauguração do Parque Buenos Aires. Para detalhar a infraestrutura do parque e descrever sua gestão foram realizadas observações

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diretas com levantamento fotográfico e entrevistas semiestruturadas com funcionários e gestores com a finalidade de conhecer ações já realizadas, em andamento e/ou projetos, além de mais informações sobre os freqüentadores e o funcionamento das instalações.

2. Lazer e qualidade de vida

Desde os operários que trabalhavam nas fábricas, durante a Revolução Industrial (meados do século XVIII ao início do século XIX) que tinham que cumprir uma carga de trabalho exaustiva em péssimas condições, até os dias atuais, com os executivos dos grandes centros urbanos, que assumem grandes responsabilidades e muitas vezes levam o trabalho para casa, o lazer não se apresentava como prioridade. Para analisar como o lazer se formou e se tornou essencial na vida das pessoas, deve-se saber primeiramente o que realmente é o lazer.

O lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou, ainda para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais. (DUMAZEDIER, 2001, p.34)

A partir da definição acima, pode-se observar que o lazer pode ser uma forma de aliviar o estresse que o cotidiano (trabalhar, estudar, cuidar dos filhos e tarefas domésticas, dentre outros elementos) traz para as pessoas.

Analisando as três funções do lazer (DUMAZEDIER, 2001) pode-se ver como se compõe o lazer: a função de descanso permite a recuperação das atividades do cotidiano, especialmente nas grandes cidades, em que tanto a atividade de trabalhar, devido à cobrança para produzir cada vez mais, como o ato de ir e vir do trabalho, devido ao trânsito e à distância, são tarefas exaustivas que aumentam a necessidade de um tempo para descansar, e isso se mostra tanto em cargos operacionais (operário) como em cargos superiores (chefes ou donos das indústrias). A segunda função é de divertimento, recreação e entretenimento, permitindo a libertação das monótonas atividades diárias; esta libertação pode resultar em atividades, que vão além do repousar, como até viagens, esportes, cinema e teatro (mudança de lugar, estilo e atividades fictícias). A terceira dessas funções do lazer, a de desenvolvimento, permite a prática de atividades para um desenvolvimento pessoal: usar o tempo livre, o tempo do lazer, como uma forma de

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aprimorar a si mesmo através das informações que a mídia transmite. Essas atividades pessoais, se praticadas por muitas vezes, podem influenciar na vida pessoal e social, refletidas nas novas ações, nos novos pensamentos inovadores de cada um (aprendizado voluntário). Para Dumazedier (2001), lazer não é apenas descansar, repousar e se divertir, mas também produzir algo, se desenvolver.

O lazer é classificado, segundo Marcellino (2006) em seis grupos de interesses: sociais, artísticos, intelectuais, físicos, turísticos e os manuais. Sendo assim, o mesmo deveria ser visto por completo, através da prática de exercícios para o corpo e para a mente, atividades manuais como o artesanato, conhecimento de novos costumes e ampliação da vida social. No entanto, isso não chega a se tornar realidade, pois as pessoas se concentram somente em uma única atividade de interesse no seu tempo livre, como só ir ao cinema ou só ler, por não terem ou quererem contato com outras atividades. Esta classificação ajuda a entender o que o lazer engloba e quais são as opções existentes; mesmo que todos os seis grupos estejam interligados entre si, podem-se ver as características predominantes em cada opção.

Mesmo o lazer sendo importante, a carga horária exigida no trabalho torna o tempo dedicado ao lazer restrito, e a necessidade de descansar não corresponde ao tempo que se tem para esse descanso. Neste sentido, pode-se recuperar a idéia de Krippendorf (2003, p.36) de que “A possibilidade de sair, de viajar reveste-se de uma grande importância. Afinal, o cotidiano só será suportável se pudermos escapar do mesmo, sem o que, perderemos o equilíbrio e adoeceremos”.

Segundo o mesmo autor (2003), as pessoas procuram o repouso necessário fora do lugar onde vivem, pois não encontram em suas cidades opções de relaxamento ou lazer. São grandes cidades focadas no crescimento dos negócios e que estão cada vez mais sendo urbanizadas, chegando a invadir o campo (meio rural) com empreendimentos diversos. Crescem, assim, as ações para salvar espaços naturais através da criação de novos equipamentos de lazer, como os parques urbanos.

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O parque surge como uma alternativa no cotidiano das pessoas, minimizando a urbanização intensa e o ritmo industrial de trabalho que os grandes centros urbanos impõem à população.

Nos últimos 40 anos, a preocupação acerca dos espaços naturais no meio urbano aumentou muito, e novas idéias para manter os elementos culturais e naturais existentes no mundo surgiram (KLIASS, 1993). Para entender quando um espaço é considerado parque urbano, a mesma autora (1993, p.19) explica “Os parques urbanos são espaços públicos com dimensões significativas e predominância de elementos naturais, principalmente cobertura vegetal, destinados à recreação.”

Nos séculos XIX e XX, a elite brasileira, influenciada pelos europeus, utilizava os parques para admirar uma natureza que foi recriada no meio de cidades cada vez mais populosas; eram espaços que todos podiam usufruir, mostrando assim que por trás de estereótipos do que é um parque (um espaço extenso cortado por um lago transposto por uma ponte com bosques ao redor ou um gramado envolvido por prédios muito altos) há a verdadeira função do parque: lazer da população urbana. Com o aumento da população e da urbanização, cada vez mais os parques são necessários como uma opção de lazer, mas ao mesmo tempo, cada vez menores devido à falta de espaço. Com o passar do tempo os passeios da elite somente para contemplação dos espaços verdes cederam espaço para outras práticas como conservação da natureza e prática de esportes (MACEDO; SAKATA, 2002).

O parque urbano permite a convivência de diversos tipos de pessoas, com diferentes culturas e classes sociais, além do ser humano poder conviver com a natureza e animais. (SÃO PAULO, 2010, p.15).

Até o início do século XX não havia a preocupação em relação ao lazer nos centros urbanos do Brasil, pois havia no país rios e imensas áreas de terra que cortavam as cidades como opções de lazer de seus moradores (esportes e banhos). Porém, com o tempo, foram desaparecendo, poluídos, dando lugar aos parques, uma necessidade social. Os primeiros parques urbanos do Brasil foram criados no Rio de Janeiro, no século XIX (1822), por ser a capital do país e por ter recebido a Corte Portuguesa. A cidade passou por modificações em sua estrutura urbana, sendo o Campo de Santana (1873), o Passeio Público (1783) e o Jardim Botânico (1808), os primeiros parques da cidade. (MACEDO; SAKATA, 2002)

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Segundo Macedo e Sakata (2002), a criação de mais parques no Brasil se concretizou em 1960, voltados não só para a elite brasileira, mas também para a população em geral.

Já em São Paulo, os parques se iniciaram conforme a cidade foi se tornando um importante centro urbano economicamente. Eles foram criados de diversas formas, tendo como principal criador os poderes municipal e estadual, além de alguns terem tido o investimento da iniciativa privada. Adiante, parques surgiram pela ocupação de áreas abandonadas, como o Ibirapuera, e algumas áreas que possuíam um cenário paisagístico de qualidade foram compradas para virarem parques. O primeiro parque municipal foi o Horto Botânico, criado a partir de um aviso régio no século XVIII, no bairro Guaré (hoje Luz), que em 1825 foi aberto como parque público. Com a urbanização, no início de 1930 a cidade de São Paulo possuía sete parques urbanos (978.227m²), dentre eles: Jardim da Luz, Praça da República, Parque do Trianon, Jardim da Aclimação, Praça Buenos Aires, Parque Dom Pedro II e Parque da Água Branca. (KLIASS, 1993)

Atualmente, 60 parques municipais estão abertos à visitação em São Paulo, um número que parece grande em termos quantitativos, mas é insuficiente para cobrir toda a extensão da cidade e prover lazer gratuito à totalidade da população. (SÃO PAULO, 2010)

4. O Parque Buenos Aires

4.1 Higienópolis

Segundo Homem (1980), o bairro Higienópolis, onde se localiza o Parque Buenos Aires, na parte alta da região Centro Oeste do município de São Paulo, entre os bairros Santa Cecília, Consolação e Pacaembu, se destaca pela elegância que apresenta devido ao tipo de classe social que lá reside. Os inúmeros prédios se chocam com os casarões antigos dos grandes fazendeiros de café que lá moravam e que trouxeram riqueza para a região.

Ao avançar por aquelas ruas, o visitante se defrontava com um dos bairros residenciais mais bonitos de São Paulo, orgulho da cidade, incluído nos guias turísticos como passeio obrigatório e dos mais aprazíveis que a capital oferecia no começo do século e até mesmo no período da II Grande Guerra. (HOMEM, p.16)

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No fim do século XIX, o café trouxe para a capital paulista privilégios, por estar no caminho do transporte (ferrovia) da mercadoria para as outras cidades, se tornando pólo de redistribuição cafeeira e mais tarde uma cidade industrial. Este crescimento possibilitou uma cidade com uma ótima infraestrutura urbana (luz, água, sistema de esgotos, etc.) além de atrair uma crescente população, entre ela um número expressivo de imigrantes (mão de obra), que buscavam a possibilidade de riqueza. Em 1881, em torno do centro da cidade (localizado nos limites dos Vales do Tamanduateí e do Anhangabaú - região onde se fundou a cidade) residiam as famílias paulistas mais prestigiadas e importantes com suas chácaras e sítios auto-sustentáreis. (HOMEM, 1980)

Porém esta ocupação foi se alterando conforme o comércio se expandia no centro da cidade, fazendo com que as famílias da elite paulista se movessem para a Zona Oeste da cidade. E para suprir o crescimento demográfico (1870) da época, houve a divisão dos terrenos em lotes. Os proprietários das terras perceberam que essa atividade valorizaria seus terrenos; sendo assim, para incentivar esta prática, a Prefeitura Municipal de São Paulo criou iniciativas para o crescimento da região isentando de impostos os proprietários das terras. O ramo imobiliário estava em destaque na época. Martinho Burchard e Victor Nothmann (comerciantes alemães) contribuíram muito para o crescimento da região adquirindo grandes lotes nomeados Boulevard Burchard (futuro Higienópolis) em 1890. (HOMEM, 1980)

Segundo a mesma autora (1980), o bairro foi fundado no final do século XIX (1894). Higienópolis, “cidade ou lugar de higiene”, devido à sua localização em um ponto alto da cidade com um clima agradável de serra se fundou a partir de duas etapas: loteamento das terras principalmente dos comerciantes alemães e ocupação dos terrenos próximos ao bairro Santa Cecília pela aristocracia paulista que traziam destaque para o bairro, destacando-se três nomes: D. Maria Antônia da Silva Ramos, D.Veridiana Valéria da Silva Prado e D. Maria Angélica Souza Queiroz Aguiar de Barros. Ressaltam-se os palacetes e casarões que deram origem ao colégio Mackenzie, inaugurado em 1889 (HOMEM, 1980).

Traços europeus moldavam a cidade; a alta burguesia, principalmente estrangeiros europeus, se instalou no bairro influenciando todos com sua cultura refinada. Entretanto, a partir de 1930 o bairro foi perdendo suas características: a

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classe média, composta por artesãos, pequenos comerciantes e técnicos, ganhava espaço no bairro. (HOMEM, 1980)

Falecimento de personalidades importantes, saídas de algumas famílias para bairros mais afastados, ou divisão de fortunas entre herdeiros foram alguns dos acontecimentos que alteraram a vida do Bairro e as funções de alguns palacetes que, quando não permaneceram fechados por certo tempo, transformaram-se em escolas, pensões e até em cortiços (HOMEM, 1080, p.150 e 151).

Após 1950, a aristocracia que ocupava o bairro foi usada como atrativo para a venda de residências em arranha-céus cada vez maiores. A facilidade que o bairro oferece, com seus diversos serviços de comércio, restaurantes, transportes, fácil acesso ao centro de São Paulo, dentre outros, foram itens que atraíram muitas pessoas para Higienópolis. E mesmo após 1970, o bairro ainda era procurado para moradia, modificando ainda mais o perfil desses moradores, incluindo famílias não pertencentes à elite paulista. (HOMEM, 1980)

Os judeus que vieram do Bom Retiro em 1960 também se tornaram presentes com suas sinagogas e escolas instaladas no bairro. Higienópolis é visto por seus moradores como um ótimo lugar para se morar, onde os serviços e o lazer são de fácil alcance, um lugar em que se pode caminhar em um clima agradável, em um terreno elevado livre de enchentes. Este orgulho (bairrismo) exagerado de se viver neste bairro não é visto com simpatia por outros moradores paulistanos (ANABUKI, 2001).

Este orgulho e cuidado com o bairro também foi visto em empreendimentos recentes, como o Shopping Pátio Higienópolis, inaugurado em 1999. Os moradores não eram a favor da implantação do shopping devido à característica residencial que o bairro possui e com o receio de descaracterizar o perfil de freqüentadores do bairro com novas pessoas que freqüentariam o lugar. Entretanto, com o tempo, a maioria dos moradores aceitou e compõem o grupo de freqüentadores mais assíduos atualmente. Em 2010 o shopping se expandiu com novas lojas e modernidade, e para isso houve a compra de uma parte do terreno do casarão vizinho, construído em 1920 pelo barão do café Carlos Leôncio de Magalhães (1875-1931) e tombado pelo Patrimônio Histórico, e que foi a leilão em 2005. Esta expansão teve a preocupação de conservar a arquitetura do patrimônio, que se encontra em fase de restauro. (ROMANI, 2010).

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Pode-se ver assim a importância da história, da arquitetura e o prestígio que o bairro Higienópolis, onde se localiza o Parque Buenos Aires, reflete na cidade de São Paulo.

4.2 Parque Buenos Aires

No ano de 1912, a Prefeitura Municipal de São Paulo adquiriu a área (terrenos de Germaine Lucie Burchard, herdeira de Martinho Burchard) onde nasceria o Parque Buenos Aires. Foi nomeada primeiramente de Praça Higienópolis e, um ano depois, nomeada como Praça Buenos Aires. Com um espelho d’água na parte inferior, próximo à Avenida Angélica, um mirante que foi construído em sua elevação central e diversas esculturas pelos jardins, o parque foi projetado pelo arquiteto paisagista francês Bouvard. Após quatro anos da inauguração se deu a colocação de um telescópio no mirante, tornando-se um dos primeiros observatórios da cidade (HOMEM, 1980).

O Parque Buenos Aires possui uma relação formal e independente com o entorno em que está localizado. Mesmo sendo de pequeno porte e com uma quantidade pequena de equipamentos de lazer, foi denominado “parque” em 1987 devido à discrepância de opiniões entre especialistas em equipamentos de lazer em meios urbanos e o poder público quanto à classificação do equipamento. O parque esteve presente na época dos palacetes e casarões e até hoje se apresenta em meio à verticalização da cidade de São Paulo (MACEDO; SAKATA, 2002).

Segundo Macedo e Sakata (2002.p.178), o parque possui um “traçado eclético com um cenário romântico, árvores exuberantes e recantos com grandes gramados e esculturas”.

4.3 Infraestrutura e visão dos gestores

Localizado na Avenida Angélica, altura do número 1500, no bairro de Higienópolis, o Parque Buenos Aires ocupa uma área de 25.000 m² que, mesmo sendo uma área pequena comparado com outros parques da cidade de São Paulo, é classificado como um parque municipal. Sobre esta questão da dimensão,

[...] o papel dos parques no Brasil é abrangente, e sua definição, nem sempre precisa. Muitas vezes espaços de lazer de pequeno porte, 10 mil m² ou um pouco mais, são denominados parques apenas porque são cercados, contêm instalações de lazer e alguma vegetação. (MACEDO; SAKATA, 2002.p.14.)

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A figura abaixo mostra a localização do Parque e as vias que o circundam.

Figura 1: Mapa da Localização

Fonte: SÃO PAULO, 2010

O Parque está equipado com um playground, cercado para cães, aparelhos de exercícios, espelho d’água, sanitários, administração e, no mesmo espaço, uma Escola Municipal de Ensino Infantil Monteiro Lobato. Há ainda diversas esculturas de concreto, sendo elas, segundo Homem (1980) e Monumentos (2008):

- “Veado Atacado” e “Leão Atacado” feitas pela empresa Fondries D’Art Du Val D’Cane (França -1833)

- “Hércules e o Leão”, localizada no centro do espelho d’água, autoria de S. Silencis (1682)

- “Firmiano de Morais Pinto, busto do ex-prefeito de São Paulo presente na revolução de 1924, de autoria de Luiz Morrone (1947)

- “Bernardino Rivadávia” pensador e o maior dos generais na revolução da independência argentina, de autoria de J.C. Oliva Navarro (1945)

- “Mãe”, escultura de Caetano Fraccaroli, como uma homenagem à todas as mães venceu um concurso nacional sobre esse tema (1964)

- “Milon de Crotona” de Pierre Puget

- “Tango”, presente do Consulado Geral da República Argentina para a cidade, do artista plástico Roberto Vivas (1995)

Segundo a administradora do Parque, Eliana de Andrade, que está em gestão há um ano e meio, ocorrem no parque diversos eventos como uma exposição de arte e meio ambiente anual chamada “Ox – Ocupação Oxigênio” – instalações

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urbanas em parques públicos, que em 2011 teve sua terceira edição, com o tema sustentabilidade. Realizada no dia 18 de setembro (aniversário do Parque), entre 12 e 18 artistas colaboraram com obras interativas e apresentações teatrais.

Além dessa exposição há eventos menores como aniversários de crianças, noivas que utilizam o parque como cenário para fotos de casamento, aulas de Tai Chi Chuan com professores voluntários e aulas de jardinagem, todos mediante autorização da administração do parque.

Para os moradores terem maior participação no planejamento e gerenciamento do parque existe o Conselho Gestor dos Moradores, a partir de inscrições na própria administração do local, fazendo com que os próprios moradores possam participar identificando problemas pontuais e melhorias do mesmo.

Um problema freqüente, segundo a administradora, é a ocupação do parque por moradores de rua (sem-teto) que estão cada vez mais ocupando o bairro de Higienópolis, passando o dia no parque. Iniciativas são aplicadas, porém não surtem o efeito desejado: educadores do projeto Atenção Urbana abordam os sem-teto na tentativa de levá-los para o Cras (Centro de Referência de Assistência Social), em que recebem tratamento médico, capacitação, documentos e retorno à família, porém a maioria nega o atendimento. Além deste projeto, a Igreja Santa Teresinha, próxima ao local, ajuda levando comida para eles.

As propostas elaboradas pelo Conselho Gestor, segundo a administradora, são encaminhadas à prefeitura para futura aprovação, mas não há rapidez no atendimento das mesmas.

5. Análise das condições de visitação do Parque Buenos Aires

5.1 Pesquisa com freqüentadores

Conforme dito anteriormente, o Parque Buenos Aires (originalmente denominado como praça) se encontra entre os parques mais antigos de São Paulo, tendo assim sua importância na história da cidade. Com o objetivo de identificar o perfil destes freqüentadores, as atividades que são praticadas por eles no Parque e, principalmente, suas perspectivas sobre o local, foi feita uma pesquisa de campo analisando a infraestrutura do parque, com aplicação de 100 questionários a

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pessoas maiores de 18 anos. Com o mesmo propósito, entrevistou-se a gestora do Parque, utilizando-se de um formulário com questões semi-abertas.

O formulário de pesquisa foi aplicado entre os meses de novembro e dezembro de 2011 (08, 10, 22, 24 e 27/11 e 04/12), em dias úteis e finais de semana.

Os principais resultados da pesquisa estão explicitados nos quadros abaixo:

Quadro 1 – Resultados da pesquisa referente ao perfil dos entrevistados

63% são mulheres e 37% são homens.

Dos entrevistados 16% tem idade entre 18 a 30 anos, 19% entre 30 a 41 anos, 20% entre 41 a 50 anos, 23% entre 51 a 60 anos e 22% tem mais de 60 anos.

46% dos respondentes possuem uma renda de até cinco salários mínimos, 38% ganham entre cinco e dez salários mínimos, 11% entre 10 e 20 salários mínimos e 5% acima de 20 salários mínimos.

O grau de instrução varia entre o 1° grau completo (12%), 2° grau completo (45%), universitário completo (25%), universitário incompleto (8%) e 10% correspondentes aos demais níveis de escolaridade.

Quadro 2 – Resultados da pesquisa com os visitantes do Parque Buenos Aires

47% dos entrevistados moram em bairros próximos ao Parque (27% em Higienópolis, 12% em Santa Cecília, 8% na Consolação) e os demais 53% estão distribuídos entre outros bairros ou municípios da Grande São Paulo, em ordem da maior para a menor incidência, Campos Elíseos, Embu das Artes, São Miguel Paulista, Guarulhos, Taboão da Serra, Itaim Paulista e Butantã, dentre outros.

75% dos entrevistados vão sozinhos ao Parque.

45% dos freqüentadores vão ao Parque para correr ou caminhar, 25% vão ao parque para ler, 20% vão passear com o cachorro e, como outra opção, 18% vão ao parque para descansar; 17% afirmaram praticar duas atividades no Parque.

42% freqüentam o local diariamente, 21% freqüentam semanalmente, 18% de uma a quatro vezes ao mês, 12% estava no parque pela primeira vez e 7% mensalmente.

Perguntados sobre os aspectos do parque, 66% disseram que a Infraestrutura está boa, já no aspecto Limpeza, 56% disseram que o parque recebe uma boa limpeza, no aspecto

Segurança, 55% disseram ter uma boa segurança no parque e 85% disseram que a Sinalização em todo o parque é boa.

44% dos freqüentadores disseram que os Sanitários do parque estão em estado regular e 12 % disseram nunca ter utilizado este equipamento.

Das Atividades Oferecidas citadas acima, 51% disseram que são boas e 11 % desconhecem a existência das mesmas.

Questionados sobre a visitação a outros parques além do Parque Buenos Aires, 51% disseram que não costumam visitar outros parques, 18% também visitam o Parque Ibirapuera e 12% o Parque da Água Branca.

Com relação à importância que os entrevistados dão ao Parque no seu cotidiano, 53% responderam que ele é importante, 34% muito importante e 12% disseram não ter

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Analisando o perfil dos entrevistados, pode-se constatar que a maioria são mulheres (63%), fato que pode ser justificado pela maior disponibilidade para responder a pesquisa quando solicitadas. Com um perfil característico: muitos são residentes do bairro por motivo de trabalho, como babás, domésticas, seguranças ou motoristas, além disso, quase metade dos entrevistados (46%) tem renda de até 5 salários mínimos, mostrando que os freqüentadores entrevistados não representam somente a elite paulista.

Após analisar qual o perfil dos entrevistados, pode-se analisar o parque no cotidiano dessas pessoas. Percebe-se que a freqüência de retorno tem íntima relação com o fato de praticamente a metade dos respondentes residirem no próprio bairro ou em bairros vizinhos ao Parque. Outro dado que justifica a freqüência é a forma como conheceram o Parque, que também tem a ver com a vizinhança: moram próximos (38%), indicação de amigos que moram próximos (31%) e até mesmo por trabalharem próximo ao mesmo (28%).

A maioria dos freqüentadores vai ao parque sozinho, fato relacionado com as atividades mais praticadas que são: correr ou caminhar, ler e descansar, que efetivamente tem um caráter mais individual, reforçando a importância diária que o parque possui, como mostra o gráfico acima.

Solicitados a avaliarem quesitos diversos do Parque, a maioria respondeu “Bom” em quase todos os quesitos, a não ser sobre os sanitários, em que 44 % dos freqüentadores disseram estar “Regular”. O Parque tem importância ou muita importância para o cotidiano de 87% dos entrevistados, sendo assim um equipamento que deve ser bem conservado e mantido no local.

Como sugestões, a maioria pediu uma maior limpeza e maior segurança, além de melhoria no playground, nos aparelhos de exercícios e destaque maior para as esculturas.

5.2 Visitas in loco

Observou-se muitos freqüentadores praticando atividades físicas (caminhada ou corrida), passeando com cachorros ou crianças ou lendo. A presença de idosos e babás é predominante, principalmente durante a semana. Nos três primeiros dias de pesquisa não se avistou uma empresa de segurança ou limpeza (empresas terceirizadas contratadas pela prefeitura de São Paulo), justificando assim a opinião

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dos freqüentadores em relação à limpeza e a segurança. Questionou-se a respeito junto à administração, que explicou que os contratos das empresas haviam expirado e os serviços continuariam a ser prestados no mês seguinte (Dezembro), fato que se constatou no quarto dia de visita.

A figura acima mostra a preocupação com os cães que são visitantes freqüentes do Parque. Ao fundo está a escultura “Hércules e o Leão”, localizada no centro do espelho d’água. Note-se que parte da área gramada, destinada ao descanso e lazer dos freqüentadores, estava fechada para manutenção durante toda a visitação como pode ser visto no lado esquerdo da foto.

O parque possui também programas ambientais, como a reciclagem, retratados nas Figuras 2 e 3.

Figura 1: Bebedouro para cachorros

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Figura 2: Sistema de Reciclagem

Fonte: Acervo próprio

Figura 3: Depósito de garrafas e potes com óleo usado em frituras

Fonte: Acervo próprio

Figura 4: Banco do Parque

Fonte: Acervo próprio

A figura acima mostra a falta de limpeza em um dos bancos do parque, fato constatado também na opinião de seus frequentadores. Uma entrevista isolada que pode ser mencionada foi a realizada com um senhor que freqüenta diariamente o Parque; ele alegou que a esposa não vai ao local devido à sujeira e a presença constante de moradores de rua. Afirmou que a instalação do supermercado “Dia” em uma das ruas onde se localiza o Parque foi um dos motivos que atraiu os novos visitantes, os moradores de rua.

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6. Considerações Finais

Através das pesquisas, observa-se que o Parque Buenos Aires influencia o cotidiano das pessoas que o frequentam, mostrando-se um equipamento essencial na região. Se hoje os parques urbanos são considerados refúgios de residentes de cidades grandes, pôde-se constatar isto no local estudado. Através da pesquisa verificou-se que os freqüentadores do Parque, além de praticarem atividades físicas, vão ao local para descansar, uma das principais funções do lazer.

Pôde-se ver que o Parque não apresenta aspectos negativos que eventualmente o desqualifique. Alguns dos problemas apontados são a presença de moradores de rua, a falta de limpeza e falta de conhecimento dos freqüentadores a respeito das atividades oferecidas no local. A partir destes aspectos a autora propõe uma maior divulgação das atividades, uma maior fiscalização dos seguranças com relação à presença de moradores de rua e uma maior atenção à limpeza diária, no Parque como um todo.

Por outro lado, a existência de diversas atividades, a oportunidade de participar do Conselho Gestor de Moradores e os equipamentos de lazer para todas as faixas etárias são considerados aspectos positivos, e eventualmente podem ser ações / instalações que podem ser ampliadas e melhoradas como a realização de mais atividades e uma melhor infraestrutura como a iluminação noturna.

Finalmente, constatou-se que o Parque Buenos Aires atende às necessidades de seus freqüentadores, bastando aprimorar alguns pontos. É, definitivamente, um equipamento de lazer e assim é entendido por seus frequentadores. A autora considera o estado atual do parque uma conquista de seus moradores por se preocuparem com a história do mesmo e sua importância para o bairro onde residem e por terem um maior poder aquisitivo conseqüentemente um maior grau de instrução que não permite que o parque se encontre em um estado degrade. Estes moradores vêem o Parque como um equipamento importante em seu cotidiano, mostrando assim a importância que o mesmo representa para um bairro marcante e peculiar na história de São Paulo.

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Referências Bibliográficas

ANABUKI, Maria Manuel de Castro. Um bairro chamado Higienópolis: a história contada por crianças. São Paulo: Carlitos de Educação Infantil, 2001.

DUMAZEDIER, Joffre. Lazer e Cultura Popular. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2001. HOMEM, Maria Cecília Naclério. Higienópolis: grandeza e decadência de um bairro paulistano. São Paulo: Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal da Cultura do Município de São Paulo, 1980.

KLIASS, Rosa Grená. Parques Urbanos de São Paulo. São Paulo: Pini, 1993.

KRIPPENDORF, Jost. Sociologia do Turismo: para uma nova compreensão do lazer e das viagens. São Paulo: Aleph, 2003.

MACEDO, Silvio Soares; SAKATA, Francine G. Parques Urbanos no Brasil. 2.ed. São Paulo: EDUSP. 2002.

MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudos do Lazer: uma introdução. 4.ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2006.

MARTINS SOBRINHO, Eduardo Jorge; RIBEIRO, Mônica Cristina Ribeiro. Novas áreas verdes para São Paulo. In: WHATELY, Marussia et al (Orgs.). Parques Urbanos Municipais de São Paulo: subsídios para gestão. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2008.

MONUMENTOS de São Paulo. Disponível em: <http://www.monumentos.art.br>. Acesso em: 01 jan. 2012.

ROMANI, Giovani. Shopping Pátio Higienópolis inaugura nova ala com sessenta lojas. São Paulo, 2010. Disponível em: <http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2191/shopping-patio-higienopolis-inaugura-lojas>. Acesso em: 14 dez.2011.

SÃO PAULO (Município). Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Guia dos parques municipais de São Paulo volume 2. São Paulo: Prefeitura Municipal de São Paulo, 2010. Shopping Pátio Higienópolis. Disponível em: <http://www.patiohigienopolis.com.br/>. Acesso em: 13 dez. 2011.

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7. Apêndice – Questionário Aplicado Coordenadoria de Turismo e Hospitalidade Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo

Bom dia. Boa tarde.

Meu nome é __________________. Estamos realizando uma pesquisa com os freqüentadores do Parque Buenos Aires - Higienópolis para conhecermos a sua opinião sobre este equipamento de lazer. Posso contar com a sua colaboração?

Obrigado(a). Entrevistador:_________________ Data: ________________________ 1. Onde reside? Cidade: _____________________ Bairro:____________________ 2. Faixa etária ( ) de 18 a 30 anos ( ) de 31 a 40 anos ( ) de 41 a 50 anos ( ) de 51 a 60 anos ( ) mais de 60 anos

3. Qual seu grau de instrução? a. Primeiro grau completo b. Primeiro grau incompleto c. Segundo grau completo d. Segundo grau incompleto e. Universitário completo f. Universitário incompleto g. Pós-Graduação completa

4. Sexo

( ) Masculino ( ) Feminino

5. Com que freqüência você vem ao parque? a. Semanalmente

b. Mensalmente c. Primeira vez

d. De uma a quatro vezes ao mês e. Todos os dias

6. Que atividades você costuma realizar no parque? (até 2 opções) a. Correr ou caminhar

b. Ler

c. Passear com cachorro(s) d. Passear com criança(s)

e. Outra:_____________________________

7. Como você conheceu o parque? a. Mora próximo ao parque b. Internet

c. Indicação de amigos d. Jornal ou revista

e. Outras:_____________________________

8. Avalie os seguintes aspectos do parque:

Péssimo (P)/ Ruim (R)/ Regular (Re)/ Bom (B)/ Ótimo (O) (P) (R) (Re) (B) (O) a. Infraestrutura ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) b. Sanitários ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) c. Limpeza ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) d. Segurança ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) e. Sinalização ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) f. Atividades ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

9. Qual a importância do parque no seu cotidiano? a. Muito importante

b. Importante c. Sem Importância

10. Costuma visitar outros parques? a. Não

b. Sim.Qual?___________________

11. Com quem costuma vir ao parque? a. Sozinho

b. Acompanhado. Com quem? ________________

12. Você tem sugestões para melhoria do parque?

__________________________________________________________ 13. Qual sua renda familiar?

a. Até 5 Salários Mínimos

b. Entre 5 Salários Mínimos e 10 Salários Mínimos c. Entre 10 Salários Mínimos e 20 Salários Mínimos d. Acima de 20 Salários Mínimos

*Salário Mínimo – R$545,00 –

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Referências

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