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CARDOSO_Análise da resistência à compressão de latossolo amarelo com resíduo de vidro

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RODRIGO FERNANDES CARDOSO

ANÁLISE DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DE LATOSSOLO

AMARELO COM RESÍDUO DE VIDRO

Sinop

2017/1

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RODRIGO FERNANDES CARDOSO

ANÁLISE DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DE LATOSSOLO

AMARELO COM RESÍDUO DE VIDRO

Projeto de Pesquisa apresentado à Banca Examinadora do Curso de Engenharia Civil – UNEMAT, Campus Universitário de Sinop-MT, como pré-requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: André Luiz Machado

Sinop

2017/1

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1. Título: Análise Da Resistência À Compressão De Latossolo Amarelo Com

Resíduo De Vidro

2. Tema: 3.01.00.00-3: Engenharia Civil

3. Delimitação do Tema: 3.01.03.03-7: Mecânicas dos Solos 4. Proponente (s): Rodrigo Fernandes Cardoso

5. Orientador (a): André Luiz Machado

6. Estabelecimento de Ensino: Universidade do Estado de Mato Grosso

7. Público Alvo: Alunos de Engenharia Civil e Profissionais da Área de

Engenharia.

8. Localização: UNEMAT, Avenida dos Ingás, n° 3001; Jardim Imperial,

Sinop/MT; CEP 78555-000.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 3 2 PROBLEMÁTICA ... 5 3 JUSTIFICATIVA... 6 4 OBJETIVOS ... 7 4.1 OBJETIVO GERAL ... 7 4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 7 5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 8 5.1 O SOLO ... 8 5.2 VIDRO ... 9 5.3 CIMENTO PORTLAND ... 9

5.4 TIPOS DE MELHORAMENTO DO SOLO ... 10

5.4.1 Estabilização mecânica ... 10 5.4.2 Estabilização granulométrica ... 10 5.4.3 Estabilização química ... 10 5.4.3.1 Solo cimento ... 11 5.4.3.2 Solo cal ... 12 6 METODOLOGIA ... 13 6.1 DADOS INICIAIS... 13 6.2 ENSAIOS DE LABORATÓRIO ... 13 6.2.1 Análise granulométrica ... 13 6.2.2 Limites de consistência ... 14 6.2.2.1 Limite de Liquidez ... 14 6.2.2.2 Limite de Plasticidade ... 15 6.2.3 Umidade ótima ... 16

6.2.4 Resistência à compressão simples ... 17

6.3 CARACTERIZAÇÃO DO SOLO E OBTENÇAO DO TEOR DE RESIDUO 17 6.4 DOSAGEM DO CIMENTO E MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA ... 18

7 CRONOGRAMA ... 20

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1 INTRODUÇÃO

O solo sempre foi utilizado na construção civil devido ao fato de estar presente em toda a superfície terrestre e esta servir de base para as construções. Além disso, o solo é utilizado para aterros, e na confecção de casas, tanto integralmente quanto na combinação com pedras.

De acordo com a empresa LAPIN, a primeira utilização de material composto por solo e um aglomerante que se tem conhecimento, é de aproximadamente 10 mil anos na construção da cidade de Jericó. Segundo Abiko (1980), em 1915 foi utilizado pela primeira vez uma mistura contendo solo e cimento Portland, na pavimentação de uma rua nos Estados Unidos.

Tendo em vista o avanço tecnológico, houve a necessidade de estudos aprofundados a respeito do material, porém, suas propriedades ainda são analisadas, geralmente, de forma empírica ou semi-empirica (LAMBE E WHITMAN, 1979). Isso se dá devido a simplicidade desses métodos e o custo neles envolvidos. Porém, esses métodos possuem limitações e modelam o comportamento do solo de forma aproximada.

Em obras de pavimentação, com frequência o solo do local não tem as características adequadas para atender os critérios de projeto (ALMEIRA et al, 2000). Dito isto, tem-se a necessidade da melhoria do solo, sendo que das formas utilizadas atualmente pode-se citar: compactação, estabilização granulométrica, estabilização química e biológica e a estabilização física. Os métodos podem ser utilizados separadamente ou em conjunto (DNIT, 2006).

O solo estabilizado ou melhorado, pode ser utilizado em fundações, na composição de pavimento e na fabricação de tijolos de solo-cimento. Com a disseminação dos estudos, buscou-se alternativas para os produtos existentes no mercado devido ao fato de serem de custo relativamente alto. Uma alternativa encontrada foi a utilização de resíduos substituindo parcialmente ou integralmente alguns materiais utilizados.

O vidro por sua vez, é um material artificial formado pela soma de sílica ou dióxido de silício (SiO2), barrilha ou soda (carbonato de sódio – Na2CO3) e calcário

(carbonato de cálcio – CaCO3), expostos a temperaturas em torno de 1500° C

(FOGAÇA). Atualmente o vidro é um material amplamente utilizado na construção civil, servindo principalmente na utilização de aberturas como janelas e portas.

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Dito isto, o presente trabalho busca realizar a estabilização granulométrica no solo a partir da adição de vidro, com a finalidade de reduzir os teores de cimento na mistura, e analisar a resistência a compressão antes e depois da estabilização.

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2 PROBLEMÁTICA

O vidro é um material abundante e fácil de se encontrar em lixos domésticos e industriais, porém, a destinação dada a ele nem sempre é feita de forma correta.

Segundo Teixeira (2006), a região de Sinop-MT apresenta um solo, em grande parte argiloso, sendo ele ruim quando utilizado na fabricação de tijolos de solo cimento. Na estabilização química com adição de cimento, a interação do cimento com solos argilosos não é satisfatória, comparando com solos arenosos. A estabilização granulométrica feita para adequar o solo para a mistura solo-cimento, utiliza material de jazida, apresentando custo relativamente elevado e gerando impacto ambiental.

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3 JUSTIFICATIVA

O solo é um material heterogêneo, tanto visto de forma específica (nos horizontes), quanto de forma generalizada (diferenças do solo de um local para o outro). Além de heterogêneo, é um material pouco resistente, comparado a outros materiais na construção civil, e é de extrema importância para o ramo.

O solo possui parâmetros mínimos, por norma, para ser utilizado nos devidos fins, e também possui limitações para cada fim especificamente. Geralmente, esses parâmetros não são alcançados com o solo in natura, e devido a isso, utilizam formas de melhorá-lo afim de conseguir esses parâmetros.

O vidro é um material bastante comum na indústria, e nem sempre é feito o devido descarte do produto. Em 2007, apenas 49% do material era destinado a reciclagem (ABIVIDRO, 2013). Além disso, o vidro é um material de lenta deterioração. Busca-se agregar o vidro ao solo, afim de melhorar suas propriedades e com isso diminuir a quantidade de cimento utilizada na mistura solo cimento. A AASHTO recomenda que, para solos argilosos (A-7) utilize-se teores mais altos, em torno de 13%, enquanto que para solos arenosos (A-1) utilize-se teores menores, em torno de 5%.

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4 OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL

Analisar a resistência a compressão não confinada de corpos de prova cilíndricos de amostras de solo cimento e solo cimento com adição de resíduo de vidro.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Caracterizar o solo puro e com adição de resíduo de vidro, através da curva granulométrica, limites de consistência, umidade ótima e massa especifica aparente seca.

 Realizar a dosagem de cimento para a amostra de solo puro.

 Observar se houve ganho de resistência a compressão na mistura final de solo-vidro-cimento.

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5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

5.1 O SOLO

Segundo a ABNT (1995) o solo é o resultado da decomposição das rochas, por meios físicos ou químicos, o qual pode conter matéria orgânica ou não. De acordo com Nogami et al (2000), o solo é um material natural não consolidado, ou seja, os grãos podem ser separados por processos mecânicos e hidráulicos com relativa facilidade, utilizando maquinas comuns de terraplanagem como a pá carregadeira, por exemplo. O solo está sempre presente na construção civil, sendo utilizado como base para as construções ou mesmo como material de construção.

É um material muito variável e, por este motivo, é inviável a qualificação de um solo em toda a sua extensão. Porém, os solos recebem classificações específicas, dependendo da sua utilização e da área de conhecimento que se quer abranger. Na engenharia civil, os solos são classificados a partir de parâmetros obtidos através de ensaios de laboratório e em campo.

Com relação a sua origem, o solo pode ser classificado em 2 grandes grupos: solos residuais e solos transportados. Segundo Vargas (1977), Solo Residual é “o solo tem sua origem imediata ou remota na decomposição das rochas pela ação das intempéries [...] aquele que permanece no local da rocha matriz” e Solo Transportado

é “aquele que após a desagregação das rochas é levado por algum agente (água,

vento ou gravidade) para outros locais”.

O DNER (1994) estabelece que os solos serão identificados por sua textura, plasticidade, consistência ou compacidade, além de propriedades auxiliares como a estrutura, forma dos grãos, cor, cheiro, fiabilidade, presença de outros materiais.

Com relação a sua textura ou granulometria, o solo pode conter frações referentes a suas faixas granulométricas, dentre elas: Pedregulho, areia (fina e grossa), silte e argila. Segundo o DNIT (2006):

- Pedregulho é a fração que passa na peneira de 3” e é retira na peneira de 2,00mm (n°10);

- Areia é a fração que passa na peneira de 2,00mm (n°10) e é retira na peneira de 0,075mm (n°200), sendo que:

- Areia grossa é a fração compreendida entre as peneiras de 2,00mm (n° 10) e 0,42mm (n°40);

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- Areia fina é a fração compreendida entre as peneiras de 0,42mm (n°40) e 0,075mm (n°200);

- Silte é a fração de grãos entre a peneira de 0,075mm (n°200) e 0,005mm; - Argila é a fração dos grãos com tamanho abaixo de 0,005mm.

O solo pode ser classificado de diversas formas, levando em conta diversos fatores, dentre eles tem a classificação TRB (Transportation Reserach Board). Esta classificação leva em consideração a granulometria, limite de liquidez, índice de plasticidade e o índice de grupo. A partir dela, o solo recebe indicações para seu uso e recomendações para melhorias, uma delas é a porcentagem recomendada de cimento para a mistura de solo-cimento (DNIT, 2006).

5.2 VIDRO

Por definição, resíduo é qualquer material que sobra após uma ação ou processo produtivo, podendo ser sólido, liquido ou gasoso. Devido à ideia de desenvolvimento sustentável, os resíduos têm cada vez mais ganhando espaço no mercado, pelo fato de muitos não serem degradáveis (VALE et al, 2007).

Segundo Bauer (1994), “o vidro não é verdadeiramente um sólido, nem um

líquido, pois quando é executada uma análise com raios X neste não se encontram ordenamentos atômicos regulares semelhantes aos outros sólidos”. O vidro é um material artificial, rígido, geralmente incolor, fabricado por meio da fusão a altas temperaturas de silícios e carbonatos.

Seus primeiros registros datam de 5000 a.C., quando mercadores fenícios descobriram acidentalmente o material ao acenderem fogueiras na praia, sobre a qual estavam apoiados blocos de nitratos de sódio (RECICLOTECA). Atualmente, o vidro é produzido para diversos fins em larga escala por todo o mundo, podendo ou não conter aditivos em sua composição.

Segundo a ABRELPE (2012), em entrevista do IBGE em 2012 a 401 municípios no Brasil, cerca de 1.357.484 toneladas de vidro por ano vão para o lixo. De acordo com a ABIVIDRO (2013), em 2007, cerca de 49% do material foi destinado a reciclagem.

5.3 CIMENTO PORTLAND

O Cimento Portland é composto, em grande parte, por Clínquer, resultado da moagem, mistura e queima de calcário e argila, podendo ainda conter adições,

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incrementadas na fase de moagem, como escórias de alto-forno, materiais pozolânicos ou materiais carbonáticos (ABCP, 2002).

O Cimento Portland é um pó fino com propriedades aglomerantes, aglutinantes ou ligantes, que endurece sob ação da água, e tem esse nome devido à semelhança com a pedra de Portland, tanto em cor como dureza, que era comumente utilizada para a construção em uma ilha ao sul da Inglaterra, pais onde foi criado e patenteado no século 19 (ABCP, 2002).

Devido a sua ampla utilização na construção civil e devido ao impacto da mesma na economia, o cimento Portland é um dos materiais mais consumidos no mundo. Na construção civil é conhecido apenas por cimento.

5.4 TIPOS DE MELHORAMENTO DO SOLO

5.4.1 Estabilização mecânica

A estabilização mecânica consiste simplesmente em compactar o solo, a qual pode ser definida como o processo de diminuição dos vazios do solo através de uma força mecânica. O processo é feito afim de aumentar a resistência a compressão do solo, diminuição da permeabilidade menor compressibilidade. A condição ideal para a compactação do solo é o ponto da curva de compactação compreendendo a umidade ótima e o peso especifico aparente seco máximo (TRINDADE et al, 2008).

5.4.2 Estabilização granulométrica

É utilizada quando um solo não apresenta comportamento satisfatório, não possuindo as proporções aceitáveis em sua granulometria (WALLAU, 2004). Realiza-se a adição de outro material no solo ao qual Realiza-se quer estabilizar, essa adição pode ser um solo de granulometria especifica, ou outros materiais como a brita, até que se tenha a curva granulométrica de um solo bem graduado (CAPUTO, 1987).

5.4.3 Estabilização química

A estabilização química, quando utilizada em solos granulares, busca melhorar a resistência ao cisalhamento do solo através da adição de ligante nos pontos de contato entre grãos. Já em solos argilosos, a adição química provoca dispersão ou floculação das partículas (GOULARTE e PEDREIRA, 2009).

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5.4.3.1 Solo cimento

Segundo o DNIT (2006), define-se “solo cimento” a mistura correspondente de 6% a 10% de cimento em relação ao solo; define-se “solo estabilizado com cimento” a mistura correspondente de 4% a 6% de cimento em relação ao solo; define-se “solo melhorado com cimento” a mistura correspondente de 2% a 4% de cimento em relação ao solo. A melhora das propriedades se dá devido à cimentação, e sua principal função é ganho de resistência e melhoria na resposta à ação da água.

Com a hidratação do cimento, temos os silicatos hidratados de cálcio, os aluminatos hidratados de cálcio e a cal hidratada. Em solos granulares, a estabilização ocorre devido a força de adesão das partículas provocadas pela cimentação, onde os silicatos e os aluminatos de cálcio ligam-se as partículas de solo, conferindo maior resistência a mistura (DNIT, 2006; ABCP, 2002).

O solo-cimento é o resultado da mistura homogênea de solo, cimento Portland e água em proporções adequadas, após sofrer compactação e cura (SBRT, 2006). O solo utilizado pode ser qualquer um, desde que não contenha material orgânico suficiente para afetar a mistura. Pode-se ainda conter adições em sua composição, afim de melhorar suas propriedades.

Friozi e Crispim (2012), analisaram a resistência à compressão não confinada de corpos de prova cilíndricos de um solo da região de Sinop-MT (classificação TRB A-2-4) estabilizado com cimento em teores de 2%, 4% e 6%. Na ruptura aos 7 dias, verificou-se um ganho significativo de resistência para todos os teores, mesmo não atendendo as especificações para uso de pavimentação. Concluiu-se que o teor mais adequado para o solo foi de 4%, trazendo ganho de resistência elevada com menor quantidade de aditivo.

Na mistura, procura-se o solo ao qual irá necessitar a menor quantidade de cimento, sendo os solos mais indicados os arenosos bem graduados com pouca quantidade de areia e argila. As porcentagens de areia, argila e silte que o solo deve conter variam de acordo com cada autor, porém estão na margem de 1/5 de argila e silte e 4/5 de areia (PINTO, 1980; PCA, 1969; ABCP, 1996). Solos argilosos podem ser corrigidos com adição de solos arenosos ou até mesmo areia (FERRAZ, 2004). A quantidade de cimento varia de acordo com a necessidade de cada solo, porém a ABCP (2002) recomenda adições em torno de 6% a 10% do peso do solo.

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O solo-cimento pode ser utilizado de diversas formas, como, por exemplo, em camadas de pavimento de rodovia, tijolos para alvenaria, paredes monolíticas, pisos e barragens.

5.4.3.2 Solo cal

É proveniente da mistura de solo, cal e água. Sua principal função é aumentar a trabalhabilidade do solo, geralmente sendo utilizado em solos moles de granulometria pequena (DNIT, 2006). Os aspectos de utilização da cal são parecidos com os do cimento, sendo eles: estabilização de solo do subleito; estabilização de solo da base; solo-cal; solo melhorado com cal; modificação de solos pela adição de cal.

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6 METODOLOGIA

6.1 DADOS INICIAIS

O trabalho será desenvolvido no município de Sinop-MT. Os ensaios de granulometria, limites de consistência, ensaio de proctor normal, e o ensaios de compressão simples serão realizados na UNEMAT, campus de Sinop-MT.

Será utilizado latossolo amarelo, comum na região, coletado no município de Sinop-MT, peneirado e separado de possíveis impurezas que possa conter.

O cimento utilizado será obtido no município de Sinop-MT, sendo ele o CP II-Z-32 conforme NBR 11578, pelo fato de se adequar de maneira satisfatória para a obtenção do solo-cimento. Além disso, o cimento Portland composto (CP II) é o mais utilizado, correspondendo a cerca de 75% da produção brasileira, sendo facilmente encontrado. O cimento será peneirado para retirar possíveis impurezas.

O resíduo de vidro utilizado será obtido no município de Sinop-MT. O material será fragmentado, de forma que seja utilizado material passante na peneira n° 10 e retido na peneira n° 40.

A água utilizada será coletada no município de Sinop-MT, sendo que essa deverá ser livre de impurezas.

6.2 ENSAIOS DE LABORATÓRIO

6.2.1 Análise granulométrica

A análise granulométrica é feita a partir curva de distribuição granulométrica. A curva granulométrica é feita com os valores obtidos através do ensaio granulométrico, onde verifica-se a porcentagem que passa, em peso, para cada faixa especificada de tamanho de partícula. O ensaio granulométrico pode ser feito por peneiramento, sedimentação, ou a mistura dos dois.

O ensaio granulométrico por peneiramento consiste na preparação do solo, que é feita para dispersar as partículas, quebrando qualquer torrão de solo que tenha na amostra, e assim, o material que é retido nas peneiras seja apenas os que possuem diâmetro maior do que o da peneira em questão.

Após a preparação da amostra, o material é passado em peneiras, o que é retido em cada peneira é lavado, de modo que não possua material de diâmetro inferior que tenha sido retido por qualquer motivo, e depois seco em estufa. Cada amostra, referente ao solo retido em peneira é pesado, e comparado à massa total

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seca do solo utilizado no ensaio, tendo assim, valores referentes em porcentagens que serão utilizados na curva granulométrica.

O ensaio deve ser executado seguindo a NBR 7181:1984.

6.2.2 Limites de consistência

O solo possui diferentes estados de consistência, dependendo da quantidade de água presente nele. Entre um estado e outro, temos os limites de consistência, sendo eles o Limite de Contração, Limite de Plasticidade e Limite de Liquidez.

Os parâmetros a serem obtidos são o Limite de Liquidez e o Limite de Plasticidade.

6.2.2.1 Limite de Liquidez

O limite de liquidez é um ponto que marca a passagem do solo do estado plástico para o estado liquido, e é definido pelo teor de umidade do solo necessária para a ocorrência desse fenômeno. O ensaio feito para a obtenção do limite de liquidez é feito com o Aparelho de Casagrande.

O ensaio consiste na adição de água na amostra de solo e na mistura até que se tenha uma pasta homogênea. Coloca-se a amostra no aparelho de Casagrande e a divide em duas partes no sentido longitudinal, com o auxílio de um cinzel. Realiza-se o teste até que a ranhura tenha Realiza-se fechado e as duas partes do solo Realiza-se encontrem, conforme Figura 1. É anotado o número de golpes para que a ranhura na amostra se feche. Logo, é retirado uma parte para a determinação da umidade da amostra. Adiciona-se água em pequenas quantidades e repete-se o procedimento por pelo menos 6 vezes.

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Figura 1 – Aspecto da ranhura Fonte: Adaptado de ABNT (1984).

Após feitos os procedimentos, os valores de umidade e número de golpes são colocados em um gráfico, sendo que o eixo da ordenada representa o número de golpes em escala logarítmica, e a abcissa representa a umidade em escala aritmética. É traçado uma reta entre os pontos, e o limite de liquidez é a umidade referente ao número de golpes igual a 25.

O ensaio deve ser executado seguindo a NBR 6459:1984.

6.2.2.2 Limite de Plasticidade

O limite de plasticidade é um ponto que marca a passagem do solo do semi-sólido para o estado plástico, e é definido pelo teor de umidade do solo necessária para a ocorrência desse fenômeno.

O ensaio consiste na adição de água na amostra do solo e na mistura, até que se tenha uma mistura homogênea. Retira-se cerca de 10g da amostra e forma-se uma pequena bola, então é aferido pressão com a mão de modo a se formar um cilindro de 3mm de diâmetro e 100mm de comprimento. Se o cilindro se romper antes de atingir 3mm, é amassado e acrescentado mais água.

Para cada cilindro de 3mm é determinado seu teor de umidade, e após pelo menos 3 amostras, o limite de plasticidade é a umidade obtida pela média aritmética da umidade das 3 amostras, desde que nenhum dos valores venha a divergir mais do que 5% da média obtida.

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6.2.3 Umidade ótima

A umidade ótima de um solo representa a umidade em que o solo apresenta maior valor referente à massa especifica aparente seca. O parâmetro é obtido através do ensaio de compactação de Proctor Normal.

O ensaio consiste na adição de água na amostra e na mistura até que se tenha um material homogêneo. Coloca-se o solo por camadas em um cilindro metálico, de dimensões conhecidas, de modo que cada camada seja compactada com a ajuda de um soquete até que o cilindro seja preenchido. Após a compactação, pesa-se o cilindro com o solo para a obtenção do peso úmido do solo, e também é retirada uma amostra para a determinação da umidade.

Repete-se o procedimento até que se tenha pelo menos 5 valores de peso úmido e umidade. Através dos valores de peso úmido, volume e umidade do solo, temos a massa especifica aparente seca. Os valores obtidos são postos em um gráfico, mostrado na figura 2, onde o eixo das ordenadas representa a umidade e o eixo das abcissas representa a massa especifica, ambos em escala aritmética. O gráfico é representado por uma curva, e a umidade ótima é o valor da umidade onde o valor de massa especifica alcança seu maior número:

Figura 2 – Curva típica de compactação Fonte: ABNT (1992).

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O ensaio deve ser executado seguindo a NBR 7182:1986.

6.2.4 Resistência à compressão simples

O ensaio de compressão axial é o mais comum atualmente na engenharia civil, devido a sua simplicidade, e do resultado obtido ser de grande importância para o meio, podendo obter resultados de forma analítica ou empírica, que seriam obtidos por outros testes mais complexos. Outro fator importante, é o fato de que a resistência à compressão seja a principal propriedade do concreto, sendo classificado por ela.

O ensaio deve ser executado seguindo a NBR 12025:2012.

6.3 CARACTERIZAÇÃO DO SOLO E OBTENÇAO DO TEOR DE

RESIDUO

O procedimento será realizado conforme o fluxograma a seguir:

O solo será preparado, e nele serão feitos os ensaios de limite de liquidez, limite de plasticidade, ensaio granulométrico e ensaio de proctor normal. Feitos os ensaios, será realizada a classificação TRB do solo, seguindo a metodologia descrita pela AASHTO (American Association of State Highway and Transportation Officials) e utilizando a Tabela 1.

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Tabela 1 – Classificação TRB

Fonte: DNIT (2006)

Para obtenção do vidro na faixa granulométrica adequada, após o material ser fragmentado, será realizado ensaio granulométrico utilizando as peneiras de n° 10 e de n° 40, e o material retido na última, será o utilizado.

O vidro será misturado ao solo em teores em massa crescentes. Para todos os teores serão feitos os ensaios de caracterização do solo descritos acima e será realizada a classificação TRB para cada teor de vidro. Serão utilizados teores, os quais levarem a uma diferente classificação TRB.

6.4 DOSAGEM DO CIMENTO E MOLDAGEM DOS CORPOS DE

PROVA

A dosagem de cimento será feita conforme a classificação TRB da AASHTO, a qual foi obtida no item anterior, utilizando os valores presentes na Tabela 2. O teor de cimento a ser utilizado é referente à classificação do solo sem adição de vidro.

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Tabela 2 – Teores de cimento sugeridos

Classificação (AASHTO-TRB) Teor de cimento em massa (%)

A-1-A 5 A-1-B 6 A-2 7 A-3 9 A-4 10 A-5 10 A-6 12 A-7 13

Fonte: Adaptado de DNIT (2006)

Para cada teor de vidro adotado, incluindo teor de 0%, será feito o ensaio de compactação, seguindo a NBR 12023:1992, utilizando o teor de cimento obtido, para a obtenção da umidade ótima e massa especifica aparente seca máxima.

Para cada teor de vidro obtido anteriormente, incluindo teor de 0%, será feito um lote. Cada lote conterá 12 corpos de prova contendo cimento (solo-cimento ou solo-vidro-cimento), e 3 corpos de prova sem cimento (solo ou solo-vidro). Os corpos de prova serão moldados na umidade ótima pra cada caso (obtida nos ensaios de caracterização) e compactado na energia normal.

Serão utilizados corpos de prova cilíndricos, e serão moldados conforme a NBR 12024:1992. Será realizada cura em câmera úmida no período de 7 dias corridos após a moldagem dos corpos de prova. Posteriormente, os corpos de prova serão levados a ruptura por compressão simples não confinada.

Serão analisados: classificação TRB obtida para cada teor de vidro; resistência à compressão do solo-cimento com vidro em comparação ao solo-cimento sem vidro; diferença do incremento (negativo ou positivo) de resistência na adição de cimento, com relação às amostras de solo puro e com vidro.

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7 CRONOGRAMA

Atividades/Data 2017 2018

AGO SET OUT NOV DEZ JAN Pesquisa bibliográfica

complementar Obtenção dos materiais e

fragmentação do vidro Ensaios de caracterização

do solo

Preparação dos lotes Ensaio de compressão Análise dos resultados Escrita do artigo Revisão e formatação Entrega do artigo científico Defesa em banca

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8 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

ABIKO, A. K. Tecnologias apropriadas: tijolos e paredes monolíticas de solo-cimento. 1980. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica da USP, São Paulo, 1980. 115p.

ABIVIDRO. Associação Técnica Brasileira das Industrias Automáticas de Vidro, 2013. Disponivel em: <http://www.abividro.org.br/reciclagem-abividro/reciclagem-no-brasil>. Acesso em: 18 jun. 2017.

ABRELPE. Panorama dos resíduos sólidos no brasil. São Paulo, 2012. p. 116.

ALMEIDA, F.F.M., BRITO NEVES, B.B., CARNEIRO, C.D.R. 2000. The originand

evolution of the South American Platform. Earth ScienceReviews, 50:77-111.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Dosagem das misturas de

solo-cimento – normas de dosagem. São Paulo: ABCP, Estudo Técnico ET-35,

1986. 51p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Guia básico de utilização

do cimento portland. 7.ed. São Paulo, 2002. 28p. (BT-106)

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6457 – Amostras de

solo: Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização. Rio

de Janeiro: ABNT, 1986. 9p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6459 – Solo:

Determinação do Limite de Liquidez. Rio de Janeiro: ABNT, 1984. 6p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6502 – Rochas e solos. Rio de Janeiro: ABNT, 1995. 18p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7180 – Solo:

Determinação do Limite de Plasticidade. Rio de Janeiro: ABNT, 1984. 3p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7181 – Solo: Análise

granulométrica. Rio de Janeiro: ABNT, 1984. 13p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12023 - Solo-cimento:

Ensaio de Compactação. Rio de Janeiro: ABNT, 1992. 6p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12024 - Solo-cimento:

Moldagem e Cura de Corpos de Prova Cilíndrico. Rio de Janeiro: ABNT, 1992. 5p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12025 – Ensaio de

Compressão Simples de Corpos de Prova Cilíndricos. Rio de Janeiro: ABNT,

2012. 4p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11578 – Cimento

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