INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE SOLDAGEM PROCESSO DE SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO
Prof.: M.Sc. Antonio Fernando de Carvalho Mota Engenheiro Mecânico e Metalúrgico
Soldagem com eletrodos revestidos (SMAW)
Historico:Inglaterra, 1885, Nikolas Bernardos e Stanislav Olszewsky
registraram a primeira patente de um processo de soldagem, baseado em um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo de carvão e a peça a ser soldada.
Em 1890, N.G. Slavianoff (Russia) e Charles Coffin (EUA)
desenvolveram, independentemente, a soldagem com eletrodo metálico nu.
Suecia, 1904, Oscar Kjellberg melhora o processo através de eletrodos revestidos com cal. Com isso, se consegue uma melhor abertura e maior estabilidade do arco.
Antes do descobrimento da soldagem existiam peças que eram unidas por rebites até mesmo em embarcações de grande porte como por exemplo o Titanic.
Sistema para soldagem a arco com eletrodo de Carvão de acordo com a patente de Bernados
Existem diversas definições sobre este assunto, porém a
mais recomendável é a estabelecida pela American
Welding Society – AWS.
Soldagem é o processo de união de materiais usado para
obter a coalescência localizada de metais e não-metais,
produzida por aquecimento até uma temperatura adequada,
com ou sem a utilização de pressão e/ou material adicional.
CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE SOLDAGEM
SOLDAGEM POR FUSÃO
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A FONTE DE CALOR
REAÇÃO QUÍMICA ARCO ELÉTRICO
SOLDAGEM OXI-GÁS ELETRODO REVESTIDO TIG
MIG / MAG
ARCO SUBMERSO
É um condutor metálico que permite a passagem de
corrente elétrica. É constituído por um núcleo metálico
chamado alma, envolvido por um revestimento composto
de materiais orgânicos e/ou minerais.
A soldagem a arco elétrico com eletrodo revestido (Shielded Metal Arc Welding – SMAW), também é conhecida como soldagem manual a arco elétrico. É realizada com o calor de um arco elétrico mantido entre duas partes metálicas, a extremidade de um eletrodo metálico revestido e a peça de trabalho/metal base.
O calor produzido pelo arco elétrico é suficiente para fundir o metal de base, a alma do eletrodo e o revestimento.
Quando as gotas de metal fundido são transferidas através do arco para a poça de fusão, são protegidas da atmosfera pelos gases produzidos
durante a decomposição do revestimento.
A escória líquida flutua em direção à superfície da poça de fusão, onde protege o metal de solda da atmosfera durante a solidificação.
Eletrodo Revestido
CARACTERÍSTICAS:
O processo de soldagem com eletrodo revestido é o mais amplamente utilizado. Possui a maior flexibilidade entre todos os processos de soldagem uma vez que a maioria dos metais pode ser unida ou revestida pela soldagem.
Existe uma grande variedade de eletrodos revestidos, facilmente encontrados no mercado, cada eletrodo contendo no seu revestimento a capacidade de produzir os próprios gases de proteção dispensando o suprimento adicional de gases, necessário em outros processos de soldagem.
Eletrodos revestidos podem ser usado em todas as posições (plana, vertical, horizontal, sobre cabeça), como em praticamente todas as espessuras de metal de base e em áreas de acesso limitado. Também é usado para revestimentos duros, corte e goivagem.
É mais simples em termos de necessidades de equipamentos com custo do investimento relativamente baixo.
Vantagens:
- Processo de Soldagem de baixo investimento;
- Não há necessidade suprimento de gases;
- Flexibilidade de aplicação;
- Grande variedade de consumíveis;
- Equipamentos podem ser usados também para outros
processos.
Desvantagens:
- Baixa produtividade;
- Necessidade de cuidados especiais com os eletrodos;
- Volume de gases e fumos gerados no processo
APLICAÇÕES:
A soldagem com eletrodo revestido é usada na fabricação e
montagem de diferentes equipamentos e estruturas, tanto em oficinas como no campo, sendo particularmente interessante neste último
caso.
Pode ser usada em grande número de materiais, como aços baixo
carbono, baixa liga, média liga e alta liga, aço inoxidável, ferro fundido, alumínio, cobre, níquel e ligas destes.
Diferentes combinações de metais dissimilares também podem ser soldadas com eletrodo revestido.
Metais de baixo ponto de fusão como chumbo, estanho e zinco e metais muito refratários ou muito reativos, como o titânio, zircônio, molibdênio e nióbio não são soldáveis por este processo.
Definição:
A soldagem com eletrodos revestidos e o processo de soldagem com arco, em que a união é produzida pelo calor do arco criado entre um eletrodo revestido e a peca a soldar.
Soldagem com eletrodos revestidos
Shielded Metal Arc Welding (SMAW)
Prof. Dr. João Batista Fogagnolo
•
APLICAÇÕES:
•
Soldagem de produção, manutenção e soldagem no
campo
•
Soldagem de aço carbono e ligado
•
Soldagem de ferro fundido
•
Soldagem de alumínio, níquel e suas ligas
REVISÃO DE ELETROTÉCNICA
Lei de Ohm
V = R I
V ( V ol ts ) I (Amperes) α tg α = R
Lei de Ohm
V = R I ou I = V/RLEI DE OHM
onde:
•Q é o calor gerado por uma corrente constante percorrendo uma
determinada resistência elétrica por determinado tempo.
•I é a corrente elétrica que percorre o condutor com determinada resistência R. •R é a resistência elétrica do condutor.
•t é a duração ou espaço de tempo em que a corrente elétrica percorreu ao condutor
EFEITO JOULE
Q = I
2.R.t
Potência dissipada
P = V.I =R.I
2=
Q
/t
Potência [watt] = calor [joule]
Saída em Onda Senoidal de Fonte de CA tradicional Bifásica
Transição de Energia Zero
C
o
rr
en
te
Perda de Energia no tempo de mudança entre Ciclos Positivo e
Negativo, Menor Energia de Arco e Eficiência Elétrica.
Energia Energia
Corrente Alternada Monofásica Corrente Alternada Trifásica
Corrente Alternada na Indústria Corrente Alternada na rede pública
TENSÃO DE ALIMENTAÇÃO
R S T N
220V 380V linha monofásica linha trifásica
Tensão de Fase (Fase – Neutro)
Tensão de Linha (Fase – Fase)
Onda Quadrada Híbrida em CA da Fonte Miller Summit Arc
Frequência e Tempo de permanência na Polaridade, ajustáveis
Mais Energia de Arco devido a rápida mudança entre
Ciclos Positivo e Negativo e Maior Eficiência
Elétrica.
C
o
rr
en
te
+ Energia + EnergiaRápida mudança entre ciclos
+
_
Fonte com Saída em Corrente Continua
SUMMIT ARC
substitui com Vantagens a Fonte
e Controle tradicional em Corrente Continua.
+
0
100% do Calor Gerado pelo Arco é aplicado no Metal de Base
possibilitando excelente penetração mas, na maioria das aplicações, desnecessária ou excessiva e causa uma grande ZAC.
Ao operar em Velocidades elevadas ocasiona Sopro Magnético do Arco. Também limita o uso quando se opta pelo sistema TWIN-ARC.
C
o
rr
en
Eletrodo (-) polaridade direta (1/3 do calor)
Eletrodo (+) polaridade inversa
(2/3 do calor)
SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO (Shielded Metal Arc Welding – SMAW)
A soldagem é realizada com o calor de um arco elétrico mantido entre a extremidade de um
30
FORÇA ELETROMAGNÉTICA
(Porque a soldagem MIG/MAG é usualmente na polaridade reversa?)
(+)
Gota Força de pinçamento(-)
Gota Força de pinçamentoFonte: Prof. Dr. Sérgio Duarte Brandi da USP
sen l I B Fem . . .ARCO ELÉTRICO
A queda de tensão ao longo de um arco elétrico não é uniforme, existindo quedas abruptas de tensão junto aos eletrodos (ânodo e cátodo) que, para metais podem atingir entre cerca de 1 e15 V (figura 6.1).
(1 a 10 V)
(1 e 15 V)
Regiões de Queda: Cátodo 108 V/m Ânodo 106-107 V/m.
Figura 6.1 - Distribuição de potencial em um arco e suas regiões:
(a) Zona de Queda Catódica,
(b) Coluna do Arco (Coluna de Plasma) e (c) Zona de Queda Anódica (esquemático)
32
Partes do arco elétrico:
Mancha catódica (0,05%) = polaridade (-) = queda de 6 V em 12 V (50%) = campo
elétrico: 5.105 a 5.107 V/m
Coluna de Plasma (94,95%) = eletricamente neutro = queda de 2 V em 12 V (17%)
Mancha anódica (5,0%) = polaridade (+) = queda de 4 V em 12 V (33%) = campo elétrico:
5.104 V/m (+) + + + + + ++ + + + e e e e e e e e e e e e e eeeee e e e ee eeeee Me Ar+ Me+ Ar+ Ar Ar e e e e e e e e e Mancha Anódica Coluna do Plasma (-) Mancha Catódica Gás 10-2 a 10-4 Comprimento (mm) Tensão (V) 10-1 5 12 6 8
ELETRODO REVESTIDO
01/27/2021 33
POLARIDADE DIRETA : Eletrodo (-) e Peça (+)
POLARIDADE INVERSA: Eletrodo (+) e Peça (-)
2/3 do calor está na parte que recebe o bombardeio de elétrons, pólo (+)
Técnicas para a abertura do arco
Quanto menor o comprimento do arco (afastamento)
maior a corrente e menor a tensão
h1 h2
h1 h2
SOLDAGEM MANUAL
250 h2 h1 T en sã o V Corrente A 0 80 A VCaracterísticas estática da Fonte (Tipo tombante)
Características estática do Arco (Curva do soldador)
h1 h2
TRANSFORMADOR
PS = PP
VP X IP = VS X IS IS = VP X IP
VS
Potência Disponível no Secundário = Potência Absorvida no Primário
Potência Elétrica = Tensão (V) x Corrente (I)
80V 6V
Vp/Vs = Is/Ip = Np/Ns = ds/dp
Vp = Voltagem no primário; Vs = Voltagem no secundário Ip = Corrente no primário
Np = Espiras no primário
FATOR DE POTÊNCIA
A energia reativa, medida em kVArh, não realiza trabalho efetivo, mas é
necessária e consumida na geração do campo eletromagnético responsável pelo funcionamento de motores, transformadores e geradores.
A energia ativa, medida em kWh, é a que realmente produz as tarefas, isto é, faz os motores e os transformadores funcionarem.
A composição destas duas formas de energia resulta na energia aparente ou total. Fator de potência = Energia ativa = cos
Energia aparente ou total
Dicão, o fator de potência
mínimo no Brasil é 0,92 Indutivo Potên cia ap arente (kVa ) Potência reativa (kvar) Potência ativa (kW)
BOBINA AUTOMOTIVA
A corrente flui da bateria pelo enrolamento principal da bobina.
A corrente da bobina principal pode ser
subitamente interrompida pelos platinados, ou por um dispositivo de estado sólido na ignição
eletrônica.
Se você acha que a bobina se parece com um
eletroímã, você está certo. Porém ela é também um indutor. A chave para o que ocorre na operação da bobina está naquilo que acontece quando o
circuito é interrompido abruptamente pelo
platinado. O campo magnético da bobina principal cessa rapidamente. A bobina secundária é
engolfada por um campo magnético potente e em alteração. Este campo induz uma corrente nas bobinas - uma corrente de alta tensão (de até 100.000 volts) devido ao número de voltas no enrolamento secundário. A bobina secundária fornece essa tensão para o distribuidor por meio de um cabo de alta tensão muito bem isolado
Os distribuidores com platinado mais antigos possuem outra seção na metade inferior do distribuidor - esta seção é
responsável por interromper a corrente para a bobina. O terminal negativo da bobina é conectado ao platinado.
DISTRIBUIDORES
AVALIAÇÃO
QUAIS AS FUNÇÕES
DOS REVESTIMENTOS?
Os revestimentos apresentam diversas funções, que
podem ser classificadas nos seguintes grupos:
Como já dito, em trabalhos com corrente alternada, utilizando-se um eletrodo sem revestimento e sem nenhum outro tipo de proteção, é impossível estabelecer um arco elétrico.
Porém, graças à ação ionizante dos silicatos contidos no revestimento, a passagem da corrente alternada é consideravelmente facilitada entre o eletrodo e a peça à soldar.
Assim, a presença do revestimento no eletrodo permitirá:
A utilização de tensões em vazio baixas, mesmo em trabalhos com corrente alternada (40 a 80 V), possibilitando assim uma redução do consumo de energia no primário e um considerável aumento da
segurança do soldador e,
A continuidade e consequentemente a estabilidade do arco.
Durante a fusão dos eletrodos ocorre em sua extremidade uma depressão que chamamos de cratera.
A profundidade desta cratera tem influência direta sobre a facilidade de utilização do eletrodo, sobre as dimensões das gotas e a viscosidade da escória.
Um eletrodo de boa qualidade deve apresentar a cratera mais profunda e as gotas mais finas.
Além disto, a cratera servirá também para guiar as gotas do metal fundido como pode ser visto na Figura ao lado - Influência da profundidade da
cratera na utilização do eletrodo.
SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO - SMAW
A deep weld showing the buildup
sequence of eight individual weld beads.
SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO
• VANTAGENS E LIMITAÇÕES:
• Equipamento simples, portátil e barato • Não necessita fluxos ou gases externos
• Pouco sensível à presença de correntes de ar (trabalho no campo) • Processo muito versátil em termos de materiais soldáveis
• Facilidade de atingir áreas de acesso restrito • Produtividade relativamente baixa
Eletrodo Revestido (Shielded Metal Arc Welding – SMAW)
Polaridade direta (CC-): Maior taxa de fusão do eletrodo Polaridade inversa (CC+): Maior penetração
Corrente alternada (CA): Menor sopro magnético
CC- CC+ CA
A corrente de soldagem é o principal fator no controle do volume da poça fusão e da penetração no metal de base; deste modo, o volume e a largura da poça de fusão, bem como a penetração, tendem a aumentar quando o valor da corrente aumenta A posição de soldagem também é um fator a considerar quando se quer determinar a intensidade de corrente. Assim, para as posições vertical e sobre-cabeça é
melhor trabalhar com correntes menores, enquanto que para a posição plana é preferível o valor máximo para o eletrodo.
EQUIPAMENTOS DE SOLDAGEM
O equipamento consiste de uma fonte de energia, cabos de
ligação, um porta eletrodo, um grampo (conector de terra), e o eletrodo.
Fonte de Energia
O suprimento de energia pode ser tanto corrente alternada
(transformadores) como corrente contínua (geradores ou retificadores) com eletrodo negativo (polaridade
direta), ou corrente contínua com eletrodo positivo (polaridade inversa),dep endendo das exigências de serviço. O tipo de corrente e a sua polaridade afetam a forma e as dimensões da poça de fusão, a estabilidade do arco elétrico e o modo de transferência do metal de adição.
Corrente contínua - Polaridade direta (CC-): eletrodo ligado ao pólo negativo. Com essa
configuração produz-se uma maior taxa de fusão do eletrodo, associada a uma menor profundidade de penetração.
Corrente contínua - Polaridade inversa (CC+): eletrodo positivo e a peça negativa. Com
essa configuração, maiores penetrações e menores taxas de fusão do eletrodo são obtidas.
Corrente alternada (CA) - a polaridade alterna a cada inversão da corrente. Com este tipo
de configuração, a geometria do cordão será intermediária àquela obtida em CC+ e CC-.
Fonte de Energia cont.
Eletrodo (-) polaridade direta (1/3 do calor) Eletrodo (+) polaridade inversa (2/3 do calor)
Definição:
Consumíveis são todos os materiais
empregados na
deposição
ou
proteção
da solda, tais
como eletrodos revestidos, varetas, arames sólidos e
tubulares, fluxos, gases e anéis consumíveis.
EFEITO DA CONCENTRICIDADE DO REVESTIMENTO
67
A taxa de deposição de um determinado eletrodo revestido influencia substancialmente o custo total do metal de solda depositado.
A taxa de deposição é a massa de metal de solda depositado por unidade de tempo (de arco aberto).
TAXAS DE DEPOSIÇÃO DE ELETRODOS
A eficiência de deposição de um determinado eletrodo revestido também tem seu efeito nos custos da soldagem.
Na soldagem com eletrodos revestidos parte da massa do eletrodo é perdida como escória, respingos, fumos, gases e pontas.
Eficiência de deposição (%) = massa do metal depositado x 100 massa total do eletrodo
Recomendações de parâmetros de soldagem para os eletrodos revestidos OK® para a soldagem de aços carbono
Eficiência de deposição de eletrodos revestidos para aços carbono
CONSUMÍVEIS DE SOLDAGEM
•
Classificação AWS
E = Eletrodo para soldagem a arco elétrico
R = Vareta para soldagem a gás
B = Metal de adição para brasagem
F = Fluxo para arco submerso
ER = Indica possibilidade de aplicação como
CONSUMÍVEIS - ELETRODOS
O eletrodo, no processo de soldagem com eletrodo revestido, tem várias funções importantes.
Ele estabelece o arco e fornece o metal de adição para a solda.
O revestimento do eletrodo também tem funções importantes na soldagem. Didaticamente podemos classificá-las em funções elétricas, físicas e
metalúrgicas.
1 – A letra E designa um eletrodo.
2 – Dígitos (2 ou 3) indicam o limite de resistência do metal da solda, em Ksi (1 ksi = 1000 PSI). 1MPa = 145 lbf/pol2(PSI).
3 – Posição de soldagem (1, 2 ou 4).
4 – Tipo de corrente e tipo de revestimento (0 a 8). 5 – Composição química do metal depositado.
3° Este dígito indica as posições em que o eletrodo
pode ser empregado com resultados satisfatórios
ELETRODO POSIÇÃO DE SOLDAGEM
EXX1X Todas
EXX2X Horizontal (apenas para solda em ângulo) e plana
EXX3X Plana
EXX4X Vertical descendente, plana, horizontal e sobre-cabeça
CLASSIFICAÇÃO DOS CONSUMÍVEIS
Eletrodo Limite de Resistência x 1000psi Posições de Soldagem
E -70 1 0
Tipo de Revestimento e Corrente4° DÍGITO 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Tipo de corrente CC+ CC+ CA CC-CA CA CC+ CC-CA CC+ CC-CC+ CA CC+ CA CC-CA CC+ Tipo de arco INTENSO
c/salpico INTENSO s/salpicoMÉDIO LEVE LEVE MÉDIO MÉDIO LEVE LEVE
PENETRAÇÃO GRANDE GRANDE MÉDIA FRACA MÉDIA MÉDIA MÉDIA GRANDE MÉDIA
REVESTIMENTO E ESCÓRIA Xx10 celulósico com Silicato de Na Xx20 Óxido de Ferro (FeO) Xx30 Óxido de Ferro (FeO) celulósico com Silicato de K TiO2 e Silicato de Na TiO2 e Silicato de K (rutílico) TiO2 , Silicatos, Pó de ferro 20%, Escória espessa Calcáreo , Silicato de Na TiO2 , Calcáreo, Silicato de K Óxido de Ferro (FeO), Silicato de Na, Pó de ferro, Escória de fácil eliminação Calcáreo, TiO2, Silicatos, Pó de ferro: 20 a 40% TEOR DE
HIDROGÊNIO ELEVADO20ml/100g ELEVADO20ml/100g MODERADO15ml/100g MODERADO15ml/100g MODERADO15ml/100g BAIXO2ml/100g BAIXO2ml/100g MODERADO15ml/100g BAIXO2ml/100g
5
ELETRODO BÁSICO UTILIZADO EM SOLDAGEM DE GRANDE RESPONSABILIDADE COMO ESFERAS, CONSTRUÇÃO NAVAL, OFF SHORE E OUTROS
AWS E 6013
O revestimento é;
a) Celulósico
b) Rutílico
c) Básico.
AVALIAÇÃO
CONSUMÍVEIS
Um eletrodo revestido é constituído por uma vareta
metálica, com diâmetro entre 1,5 e 8 mm e o seu
comprimento está entre 23 e 45cm, recoberta por uma
camada de fluxo (revestimento).
A composição do revestimento determina as
características operacionais dos eletrodos e influencia
a composição química e propriedades mecânicas da
solda efetuada.
CONSUMÍVEIS DE SOLDAGEM
•
Eletrodo Revestido
–
Composição: Alma metálica + revestimento
–
Alma: Aço de baixo de carbono,
efervescente
–
Revestimento: Contém elementos para
estabilização do arco, desoxidantes,
ALÉM DESSAS FUNÇÕES, O REVESTIMENTO SERVE AINDA PARA:
Realizar ou possibilitar reações de refino metalúrgico (desoxidação, dessulfuração, etc.);
Formar uma camada de escória protetora;
Facilitar a remoção de escória e controlar suas propriedades físicas e químicas;
Facilitar a soldagem nas diversas posições;
Dissolver óxidos e contaminações na superfície da junta;
Reduzir o nível de respingos e fumos;
Diminuir a velocidade de resfriamento da solda;
Possibilitar o uso de diferentes tipos de corrente e polaridade;
CONSUMÍVEIS DE SOLDAGEM
Eletrodo Revestido
–
Funções do revestimento:
• Elétrica – Abertura e estabilidade do arco (Silicato de sódio e potássio). Isolamento elétrico.
• Física – Formação de fumos mais densos que o ar
para proteção de gases atmosféricos (H2, N2 e O2). Formação de escória que protege o cordão da
oxidação atmosférica. Controla taxa de resfriamento da solda
• Metalúrgica – Refinar a estrutura do metal
depositado, retirando as impurezas em forma de escória. Prover elementos de liga.
TIPOS DE REVESTIMENTOS
Revestimento oxidante – revestimento normalmente
espesso, composto principalmente de óxido de ferro e
manganês. Produz escória espessa, compacta e
facilmente destacável. Possibilita a inclusão de óxido, mas
produz cordão de belo aspecto. Só é usado para soldas
sem responsabilidade. Recomenda-se utilizar CC+ ou CA.
Obtém-se pequena penetração.
TIPOS DE REVESTIMENTOS
Revestimento ácido – revestimento médio ou espesso;
produz uma escória abundante e de muito fácil remoção à
base de óxido de ferro , óxido de manganês e sílica. Só é
indicado para a posição plana. Recomenda-se utilizar CC-
ou CA. Obtém-se média penetração.
Observação:
Os revestimentos oxidante e ácido não são muito utilizados
hoje em dia.
TIPOS DE REVESTIMENTOS
Revestimento rutílico – revestimento com grande
quantidade de rutilo (TiO
2). Pode-se soldar em todas as
posições. Pela sua versatilidade é chamado de eletrodo
universal. Produz escória espessa, compacta, facilmente
destacável e cordões de bom aspecto. Pode-se usar
qualquer tipo de corrente e polaridade. Obtém-se média ou
pequena penetração.
TIPOS DE REVESTIMENTOS
Revestimento básico – revestimento espesso, contendo
grande quantidade de carbonato de cálcio. Produz pouca
escória e com aspecto vítreo.
O metal depositado possui muito boas características
mecânicas.
É aplicado em soldagem de grande responsabilidade, de
grandes espessuras e em estruturas rígidas, por possuir
mínimo risco de fissuração a frio e a quente.
É um revestimento de baixo teor de hidrogênio e por isso
altamente higroscópico (facilidade de absorver umidade).
Trabalha-se com CC+ ou CA.
TIPOS DE REVESTIMENTOS
Revestimento celulósico – revestimento que contém
grandes quantidades de substâncias orgânicas
combustíveis; produz grande quantidade de gases
protetores e pouca escória.
Produzem-se muitos salpico e a solda apresenta mau
aspecto.
Recomenda-se trabalhar com CC+, sendo, que em alguns
tipos pode-se usar CA.
Obtém-se alta penetração e bastante utilizada para passe
de raiz, na soldagem fora de posição e na soldagem de
tubulações.
CONSUMÍVEIS DE SOLDAGEM
•
Eletrodo Revestido
–
Tipos de revestimento
• Ácido – Constituído principalmente por óxido de
ferro e elementos escorificantes. Pode ter pó de ferro o que aumenta o rendimento.
• Celulósico – Constituído de matérias orgânicas
sobretudo celulose. Alto hidrogênio. Alta penetração. Utilizado soldagem de gasodutos.
• Rutílico – Componente principal o dióxido de titânio, conhecido como “rutilo”. Indicado para juntas com grande abertura. Baixa penetração.
• Básico – Componentes principais são o carbonato
de cálcio e a fluorita. Elementos desoxidantes e dessulfurizantes diminuem teor de impurezas na solda. Baixo hidrogênio. Corrente inversa (CC+).
CONSUMÍVEIS DE SOLDAGEM
•
Inspeção Visual e dimensional
–
Embalagem
Embalagem plástica com facilidade de
abertura, fechamento e alça para transporte
A lata é um excelente container para acondicionamento com barreira a umidade, mas traz outros sérios problemas
CONSUMÍVEIS DE SOLDAGEM
•
Manuseio, Armazenagem Secagem e
Manutenção da secagem
•
TEMPERATURAS
–
Ressecagem de eletrodos baixo hidrogênio
(E7018)
•
350ºC ± 50 ºC por 1 hora
–
Estufa de conservação (manutenção)
•
Não inferior a 150ºC
–
Estufa portátil
•
80 a 150ºC
Obs.: Ressecagem somente para os eletrodos retirados da embalagem. Manutenção após a ressecagem ou embalagem fechada.
Almoxarifado 20-30ºC Embalagem aberta Embalagem fechada 150ºC 300/350ºC 2h Forno de ressecagem Forno de conservação Estufa do soldador 100ºC 4h
CONSUMÍVEIS DE SOLDAGEM
•
Manuseio, Armazenagem, Secagem e Manutenção da
secagem
•
ESTUFA DE ARMAZENAMENTO
–
Pode ser um compartimento fechado do almoxarifado
–
Conter aquecedores elétricos e ventiladores
–
Manter temperatura 5ºC acima da ambiente – mínimo
20ºC
CONSUMÍVEIS DE SOLDAGEM
• Manuseio, Armazenagem Secagem e Manutenção da secagem
CONSUMÍVEIS DE SOLDAGEM
•
Manuseio, Armazenagem Secagem e Manutenção da secagem
•
ESTUFA DE MANUTENÇÃO DA SECAGEM –
TEMPERATURA ATÉ 200ºC
FORNO PROFISSIONAL DE CONVECÇÃO EM AÇO INOXIDÁVEL
CONSUMÍVEIS DE SOLDAGEM
•
Manuseio, Armazenagem Secagem e Manutenção da secagem
•
ESTUFA PORTÁTIL
– Deve dispor de:
• Sistema de aquecimento por resistência elétrica • Manter temperatura de 80 a 150ºC
Recomendações de parâmetros de soldagem para os eletrodos revestidos OK® para a soldagem de aços carbono
A SOLDAGEM EQUIVALE A UMA MINI ACIARIA
Adição de Ferro-Liga: Fe-Mo, Fe-Mn, Fe-Cr, Fe-Ni
ACIARIA
FORNO ELÉTRICO
SOLDAGEM
CARACTERÍSTICAS
:
TAXA DE DEPOSIÇÃO: 1 a 5 kg/h
ESPESSURAS SOLDADAS: > 2mm a 200mm POSIÇÕES: Todas (depende do revestimento) TIPOS DE JUNTAS: Todas
DILUIÇÃO: de 25 a 35%
FAIXA DE CORRENTE: 60 a 300 A
SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO
CONSUMÍVEIS:
- Eletrodo de 1,6 a 6 mm de diâmetro. - Revestimento de 1 a 5 mm de
espessura
LIMITAÇÕES:
- Lento devido à baixa taxa de deposição e necessidade de remoção de escória.
Segurança na Soldagem
PICADEIRA ESCOVA DE ARAME EPI.S: Capacete Aventais Mangas PolainasEquipamentos assessórios:
Picadeira: espécie de martelo em que um dos lados termina em ponta e o outro em forma de talhadeira. Serve para retirar a escoria e os respingos.
Escova de fios: serva para a limpeza do cordão de solda.
Equipamentos de proteção individual: luvas, aventais, máscaras, botas de
segurança, perneira e gorro.
Segurança na Soldagem
Instalação centralizada para captação de poluentes. Fonte: Nederman do Brasil
Filtro mecânico de papel filtrante e filtro eletrostático móvel
A empresa foi fundada por Philip Nederman na Suécia em 1944. Foi
pioneira no desenvolvimento de soluções para o controle da poluição do ar em processos industriais, protegendo a saúde dos trabalhadores e
melhorando seu local de trabalho.
atendimento@nederman.com.br
Nederman do Brasil Produtos de Exaustão Ltda.
MUNITORAMENTO/ AUTOMAÇÃO DO PROCESSO COM ELETRODO REVESTIDO DEVER DE CASA
EXERCÍCIO 1
Quais as descontinuidades inerentes do processo
de soldagem com eletrodo revestido?
Quais os principais processos de fusão que
utilizam o arco elétrico como fonte de calor e são
utilizados pela indústria metal mecânica?
METROLOGIA
OBRIGADO
SOLDADORES
• 1- Porosidade – de um modo geral é causado pelo emprego de técnicas incorretas, pela utilização do metal de base sem limpeza
adequada ou por eletrodo úmido. A porosidade agrupada ocorre, às vezes, na abertura e fechamento do arco. A técnica de soldagem com um pequeno passe a ré, logo após começar a operação de soldagem, permite ao soldador refundir a área de início do cordão, liberando o gás deste e evitar assim este tipo de descontinuidade. A porosidade
vermiforme ocorre geralmente pelo uso de eletrodo úmido.
• 2- Inclusões – são provocadas pela manipulação inadequada do eletrodo e pela limpeza deficiente entre passes. É um problema
previsível, no caso de projeto inadequado no que se refere ao acesso à junta a ser soldada.
DESCONTINUIDADES INDUZIDAS PELO PROCESSO
•
3- Falta de Fusão – resulta de uma técnica de
soldagem inadequada: soldagem rápida ou lenta
demais, preparação inadequada da junta ou do material,
projeto inadequado, corrente baixa demais.
•
4- Falta de Penetração – resulta de uma técnica de
soldagem inadequada: soldagem rápida ou lenta
demais, preparação inadequada da junta ou do material,
projeto inadequado, corrente baixa demais e eletrodo
com diâmetro grande demais.
•
5- Mordedura, Concavidades e Sobreposição – são
devidas a erros do soldador.
DESCONTINUIDADES INDUZIDAS PELO PROCESSO
•
6- Trinca Interlamelar – ocorre, quando o metal de
base, não suportando trações elevadas, geradas pela
contração da solda, na direção da espessura, trinca-se
em forma de degraus, situados em planos paralelos à
direção de laminação.
•
7- Trincas na Garganta e trincas na Raiz – quando
aparecem, demandam, para serem evitadas, mudanças
na técnica de soldagem ou troca de materiais.
•
8- Trincas na Margem e Trincas Sob Cordão –
devidas a fissuração à frio.
Quais os principais processos de fusão que
utilizam o arco elétrico como fonte de calor e são
utilizados pela indústria metal mecânica?
Resposta:
• Soldagem com eletrodos revestidos (SMAW)
• Soldagem TIG (GTAW)
• Soldagem TIG (GTAW)
• Soldagem MIG MAG (GMAW)
• Soldagem com arame tubular (FCAW)
• Soldagem a arco submerso (SAW)
Platinado
FUSCA – PEÇAS DE MUSEU
Distribuidor
Sistema de ignição e
VELA DE IGNIÇÃO
A vela é bem simples em teoria: ela força o arco elétrico por uma abertura, como um raio. A eletricidade deve ter uma tensão muito alta para atravessar a abertura e criar uma boa centelha. A tensão em uma vela pode estar entre 40 mil e 100 mil volts
VELA DE IGNIÇÃO
As velas utilizam um inserto cerâmico para isolar a alta tensão no eletrodo, assegurando que a centelha ocorra na ponta do eletrodo e não em outro lugar da vela. Esse inserto ajuda também a queimar os depósitos. A cerâmica não é boa condutora de calor, de modo que o material fica muito quente durante a operação. Este calor ajuda a queimar os depósitos no eletrodo
A vela deve possuir uma passagem isolada para que essa tensão atravesse o eletrodo, onde
poderá saltar entre a folga e, a partir daí, ser conduzida para o bloco do motor e aterrada. Ela também deve ser capaz de suportar altas
temperaturas e pressões dentro do cilindro e deve ser projetada de modo que não se
VELA DE IGNIÇÃO
Alguns carros necessitam de uma vela quente. Esse tipo de vela é projetado com inserto cerâmico que possui uma área de contato ainda menor com a parte metálica da vela. Isto reduz a transferência de calor da cerâmica, fazendo-a funcionar ainda mais quente e queimar ainda mais os depósitos. As velas frias são projetadas com uma área de contato maior e,