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Apostila2014 parte 1

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Academic year: 2021

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(1)Centro Universitário Central Paulista. Curso – NUTRIÇÃO Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária Profa. Maria Sylvia Carvalho de Barros ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do Curso de Nutrição do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 2014.

(2) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros. PLANO DE ENSINO Curso: Nutrição – Diurno/Noturno Disciplina: LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS E VIGILÂNCIA SANITÁRIA (CH: 40 h) Professor(es): MARIA SYLVIA CARVALHO DE BARROS Ementa da Disciplina: Evolução histórica e funcional da legislação de alimentos no mundo e no Brasil, Instituições responsáveis pela regulação da produção, comercialização e consumo de alimentos, Codex Alimentarius, OMC - Organização Mundial do Comércio, Mercosul, Vigilância Sanitária, Códigos Sanitários, Leis e Normas vigentes. Objetivos: Identificar as estruturas regulatórias de produção, comercialização e consumo de alimentos no Brasil e no Mundo; Conhecer o Codex Alimentarius, os mecanismos de atualização e a participação do Brasil e as instituições nacionais, continentais e mundiais de regulação de alimentos; Identificar as leis e normas relativas a alimentos vigentes no país e conhecer o disposto em cada uma delas. Conteúdo programático: 1. História da Legislação de alimentos e sanitária no Mundo e no Brasil 2. Estruturas regulatórias de produção, comercialização e consumo de alimentos; 3. Codex alimentarius; 4. OMC - Organização Mundial do Comércio; 5. Mercosul; 6. Códigos Sanitários; 7. Vigilância Sanitária; 8. Legislação de Alimentos no Brasil. Metodologia: Aulas expositivas, Filmes, Seminários de Texto, Estudos Dirigidos Critério de Avaliação: Provas e Apresentação de Seminários Peso(s) referente(s) à(s) prova(s): P1: 35% , P2: 35% Peso(s) referente(s) ao(s) trabalho(s): T1: 30% BIBLIOGRAFIAS Básica: - BOULOS, M.E.M. E BUNHO, R.M. Guia de leis e normas para profissionais e empresas de alimentos. São Paulo, Varela, 1999. - MADEIRA, M. e FERÃO,M.E.M. Alimentos conforme a lei. São Paulo, Manole, 2003. - BRASIL. ANVISA - Alimentos, Legislação. Disponível em < http://www.anvisa.gov.br/alimentos/legis/index.htm> Complementar: - FAO.WHO. Codex Alimentarius. Disponível em http://www.codexalimentarius.net/web/index_en.jsp BRASIL. Legislação Agrícola Federal - Sistema SISLEGIS. Disponível em < http://oc4j.agricultura.gov.br/agrolegis/do/consultaLei?op=list&back=>. ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 2.

(3) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros. CRONOGRAMA DA DISCIPLINA ÉTICA PROFISSIONAL Diurno. Conteúdo. 10/02. Apresentação da Disciplina. 17/02. Introdução à Legislação. 24/02. Continuação. 03/03. FERIADO – Carnaval. 10/03. História da Legislação de alimentos e sanitária no Mundo e no Brasil. 17/03. Estruturas regulatórias de produção, comercialização e consumo de alimentos. 24/03. Codex alimentarius. 31/03. Código e Vigilância Sanitária. 07/04. PROVA 1. 14/04. Legislação de Alimentos. 21/04. FERIADO – Tiradentes. 28/04. Legislação de Alimentos. 05/05. Legislação de Alimentos. 12/05. Legislação de Alimentos. 19/05. Legislação de Alimentos. 26/05. Seminários. 02/06. Seminários. 09/06. PROVA 2. 16/06. SUB. 23/06. Revisão de notas. 30/06. Avaliação da disciplina. ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 3.

(4) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros. Legislação de Alimentos I – Introdução Por viver em sociedade, a ação de um homem interfere na vida de outros homens, provocando, consequentemente, a reação dos seus semelhantes. Para que essa interferência de condutas tivesse um sentido construtivo, foi necessária a criação de regras capazes de preservar a paz no convívio social. Assim nasceu o Direito. Nasceu da necessidade de se estabelecer um conjunto de regras que dessem certa ordem à vida em sociedade. Também foi necessária a organização da sociedade, em instituições que devem assumir funções claras e distintas de gestão do estado e da sociedade. Cada país pode estabelecer um tipo diferente de organização do estado. O Brasil é uma república federativa constitucional presidencialista. O tipo de governo no Brasil é a República Federativa, constituída por 26 Estados, 1 Distrito Federal e 5565 Municípios. São três os níveis de governo – o federal (União), os estaduais e os municipais. O Distrito Federal abriga Brasília, a capital nacional. Organização do Estado brasileiro = três Poderes: Poder Executivo O Poder Executivo tem a função de governar o povo e administrar os interesses públicos, de acordo as leis previstas na Constituição Federal. O chefe do Executivo tem o dever de sustentar a integridade e a independência do Brasil, apresentar um plano de governo com programas prioritários, projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento. Cabe ao Poder Executivo executar as leis elaboradas pelo Poder Legislativo, mas o Presidente da República também pode iniciar esse processo (projetos de leis, projetos de emendas à Constituição e medidas provisórias). Governadores de Estado e Prefeitos têm funções semelhantes, no âmbito de seu nível de governo. No nível FEDERAL, o Chefe do Poder Executivo (que acumula as funções de chefe de Estado e chefe de Governo) é o Presidente da República, auxiliado por seu Gabinete de Ministros e Secretários. É eleito pelo voto direto, exerce o mandato por 4 anos, com possibilidade de uma reeleição em sequência. No nível ESTADUAL, o Chefe do Poder Executivo é o Governador de Estado, auxiliado por seus Secretários de Estado. No nível MUNICIPAL, o Chefe do Poder Executivo é o Prefeito Municipal, auxiliado por seus Secretários Municipais (ou Diretores). Poder Legislativo No nível FEDERAL, o Poder Legislativo, representado pelo Congresso Nacional, é exercido pela Câmara de Deputados e pelo Senado (bicameral). Cada estado da União é representado por três Senadores da República, eleitos em votação majoritária e as cadeiras na Câmara de Deputados são divididas de acordo com a população de cada estado, sendo os deputados eleitos por votação proporcional. O mandato dos Senadores é de 8 anos, e a cada quatro anos há uma eleição, por meio da qual são renovados 1/3 e 2/3 da Câmara, alternadamente. O mandato dos Deputados Federais é de quatro anos. Cabe ao Congresso legislar sobre todas as questões de interesse nacional e de competência da União. Além disso, é o Congresso que dispõe sobre vários assuntos ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 4.

(5) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros administrativos, por determinação expressa da constituição, como aprovar a declaração de guerra e a celebração da paz, autorizar o presidente e o vice-presidente a ausentarem do País por mais de 15 dias, aprovar ou suspender o estado de defesa, o estado de sítio e a intervenção federal e fiscalizar os atos do Poder Executivo. No nível ESTADUAL, O órgão legislativo é a Assembleia Legislativa, é unicameral composta de representantes eleitos para um período de quatro anos. O processo legislativo segue o esquema federal, com as devidas adaptações. No nível MUNICIPAL, o poder é exercido pela Câmara de Vereadores. Estes são eleitos pelo povo, para um mandato consecutivo de 4 anos, seguindo as normas gerais das constituições federal e estadual. O processo legislativo municipal segue as linhas gerais dos níveis federal e estadual, com as devidas adaptações. Poder Judiciário Sua função típica é a função jurisdicional, também chamada jurisdição. Trata-se do poder-dever e da prerrogativa de compor os conflitos de interesses em cada caso concreto, através de um processo judicial, com a aplicação de normas gerais e abstratas. O Poder Judiciário do Brasil esta dividido em quatro áreas jurisdicionais: justiça comum, justiça do trabalho, justiça eleitoral e justiça militar. Cada uma dessas áreas jurídicas é organizada no Brasil em duas entrâncias (comarca) e uma instância superior, colegiadas por Tribunais superiores compostos por ministros. O Supremo Tribunal Federal conta com 11 ministros apontados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado. É a instância máxima do poder judiciário, e suas decisões versam sobre questões pertinentes ao direito constitucional. A justiça comum tem como órgão máximo da união o Superior Tribunal de Justiça. Abaixo dessa corte, existe os tribunais regionais federais como instituição de segunda entrância, e em cada estado existem juízes federais que formam os órgãos de primeira entrância. Na justiça federal, são julgadas matérias de direito público relativas a união. As matérias de direito privado são julgadas na justiça estadual tendo como órgão máximo os Tribunais de Justiça. A justiça estadual também é responsável pelo julgamento das matérias de direito público relativos aos órgãos da administração pública do estado a que faz parte. A Constituição Federal determina que os estados organizem a sua Justiça Estadual, observando os princípios constitucionais federais. Como regra geral, a Justiça Estadual compõe-se de duas instâncias, o Tribunal de Justiça (TJ), composto por Desembargadores e os Juízes Estaduais (conjunto dos Juízes de Direito). A justiça do Trabalho tem como órgão máximo da união o Tribunal Superior do Trabalho, a justiça eleitoral tem como órgão máximo da união o Tribunal Superior Eleitoral, a justiça militar tem como órgão máximo da união o Superior Tribunal Militar e os Tribunais Federais Regionais, cujos juízes ocupam o cargo em caráter vitalício. O Tribunal do Júri é o único órgão judicial com participação popular, em que a população, representada pelos sete jurados, julga os seus semelhantes nos crimes contra a vida (homicídio, infanticídio, aborto, instigação e auxílio ao suicídio). O Juiz de Direito preside a sessão, mas o ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 5.

(6) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros julgamento compete aos jurados (compete ao juiz fixar a pena em caso de condenação ou declarar a absolvição). A decisão sobre a absolvição ou condenação do réu é exclusiva dos jurados. Direito O Direito é, então, o conjunto de regras obrigatórias que disciplinam a convivência social humana. Essas regras obrigatórias serão chamadas de normas jurídicas, que são elementos fundamentais para a constituição e existência do Direito. A palavra lei indica um preceito de ordem geral, ditado pela autoridade competente, para atender às exigências do bem comum. A lei obriga a todos, e a ninguém é reconhecido o direito de não cumpri-la, pretextando ignorá-la. Lei – É a norma jurídica produzida pelo Poder Legislativo. É uma norma jurídica escrita, de caráter geral e obrigatório. É da essência da lei ser escrita, pois sua obrigatoriedade ocorre a partir de sua publicação. É geral porque é um preceito, uma regra de conduta social comum a todas as pessoas. É obrigatória porque dotada de sanção coercitiva, isto é, capaz de compelir as pessoas a cumpri-la. É a mais importante das formas de expressão do Direito. Leis ordinárias - São as leis comuns. São formuladas pelo Congresso Nacional (na área federal ), pela Assembleia Legislativa (na área estadual) ou pela Câmara de Vereadores ( na área municipal ). Decretos - São normas que explicam as leis ordinárias. Resoluções - são normas que detalham a lei e o decreto, tendo em vista amplas situações. Medidas provisórias - São normas com força de lei publicadas pelo Presidente da República, em caso de relevância e urgência. Precisam ser submetidas de imediato ao Congresso Nacional. No Brasil existem inúmeras normas jurídicas regulando os mais diversos setores do Direito. Para um equilíbrio, é necessária a integração de um sistema hierarquicamente organizado.. Normas constitucionais - Ocupam o grau mais elevado da hierarquia das normas jurídicas. Todas as demais devem subordinar-se às normas da Constituição Federal, isto é, não podem contrariar os preceitos constitucionais. Quando contrariam, são inconstitucionais.. ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 6.

(7) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros Normas complementares - São as leis que complementam o texto constitucional. A lei complementar deve estar devidamente prevista na Constituição. Isso significa que a Constituição declara, expressamente, que determinada matéria deve ser regulada por lei complementar. Normas ordinárias - São as normas elaboradas pelo poder Legislativo em sua função típica de legislar. Exemplo: Código Penal. Normas regulamentares - São os regulamentos estabelecidos pelas autoridades administrativas do Executivo em desenvolvimento da lei. Exemplo: portaria e decreto. Normas individuais - São as normas que representam a aplicação concreta das demais normas do Direito à conduta social das pessoas. Exemplo: contrato, regulamentos internos. Constituição - É a declaração da vontade política de um povo, manifestada por meio de seus representantes. Declaração solene expressa mediante um conjunto de normas jurídicas superiores a todas as outras e que estabelece os direitos e deveres fundamentais das pessoas, entidades, governos.. II - Evolução Histórica • Desde o início da civilização, os povos se preocupam com a segurança dos alimentos e medicamentos.. Antigüidade • Evidências históricas escritas de que autoridades administrativas editavam regras para. proteger os consumidores de práticas desonestas no comércio de alimentos • Assírios - descrição do método a ser usado para determinar os pesos corretos e as. medidas para grãos alimentares – Egípcios - papiros egípcios prescrevendo o rótulo a ser colocado em certos alimentos – Grécia – Em Atenas eram inspecionados cerveja e vinhos para verificação da pureza e sanidade – Império Romano - sistema de controle de alimentos estatal bem-organizado para proteger os consumidores de fraude ou de produtos ruins.. Idade Média (476 a 1453) • A primeira lei inglesa relacionada aos alimentos data de 1202, quando o Rei John da. •. Inglaterra proclamou o “Assize” do Pão (Estatuto, Padrão do Pão, Cerveja e do Lucro do Padeiro), que regulou o preço, peso, e qualidade do pão e da cerveja fabricados e vendidos nas cidades, aldeias, e pequenos vilarejos, proibindo a adulteração. Previa punições para os que não cumprissem e foi reeditado várias vezes, ao longo dos séculos seguintes. Autoridades municipais – Preocupação com a qualidade da água necessária para beber e cozinhar – Água provinha de rios ou de poços nas cidades (Fontes) – Solicitava-se que os cidadãos não lançassem animais mortos ou refugos na correnteza – Cuidados para evitar a poluição – Regulamentos e penalidades severas (base dos códigos sanitários). ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 7.

(8) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros. • Remoção do lixo – Desafio importante – Difícil solução – Abundância de refugos – Criação de animais nas casas – Ruas sujas. • Grande número de regulamentos e éditos • Criação de matadouros municipais • Vida Urbana – – Concentração em torno da Praça do Mercado – Política, Comércio, Religião, Arte – Venda de todos os tipo de produtos Alimentos Roupas, calçados Cerâmica Artigos de couro Autoridades Municipais – Preocupação em manter a Praça do Mercado limpa – Crença difusa de que focos de doenças poderiam surgir rapidamente em locais de venda de alimentos – Policiamento da Praça e proteção dos consumidores contra a venda de alimentos adulterados ou deteriorados Medidas e Regulamentos para proteção do consumidor em várias cidades. Medidas baseadas em observações empíricas e em teorias médicas originárias do saber da Antiguidade Clássica. Não havia conhecimento científico que sustentasse as decisões sobre proteção à saúde. Exemplos de Regulamentos: – Florença – mercados deveriam estar limpos ao anoitecer (livres de ossos e outros restos) – Toda noite de quinta e vésperas de feriados religiosos, deviam ser retirados mesas, bancos e barracas para limpeza geral – Proibição de lançar refugos a menos de 800 metros do mercado – Sanções rígidas para quem transgredisse as regras. Na Europa, países individualmente votaram leis relativas à qualidade e segurança de ovos, salsichas, queijo, cerveja, vinho e pão. Alguns destes estatutos antigos ainda existem hoje Grande preocupação com o consumidor nativo, mas pouca com o estrangeiro Exemplos de Regulamentos referentes a alimentos: – Augsburgo, 1276 – ordena venda de carne suspeita em uma bancada especial – Basiléia, séc. XIII – ordena venda de restos de peixe em bancada especial, com outros alimentos de qualidade inferior, para estrangeiros – Zurique, 1319 – ordena que peixeiros deveriam se livrar, ao anoitecer, de peixe morto que não tivessem conseguido negociar. • • • •. •. • • • •. • • • •. ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 8.

(9) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros. – Florença – proíbe venda, às segundas-feiras, de carnes postas à venda no sábado precedente. – Estrasburgo, 1435 – ordena envio de carne de animais doentes para hospitais.. Idade Moderna (1453 a 1789) • Início do Período = Preocupação aumenta com a Higiene das Cidades – Os habitantes tinham o dever de deixar as ruas limpas – Proibiam-se açougueiros e peixeiros de jogar sobras nas sarjetas ou em quaisquer. cursos d’água nos quais a cidade pudesse se abastecer – Crescimento urbano e desenvolvimento – fontes de água insuficientes (abastecimento externo) – Reservatórios coletivos, de onde a população retirava a água • Descobrimentos – Novo Mundo – América do Norte e América Hispânica • Mais ou menos as mesmas condições da Europa • Condições do abastecimento – Quando chegava ao consumidor, a água já estava mais ou menos poluída – Paris, séc. XVII – água do rio Sena considerada perniciosa para estrangeiros ( e população local) – queixa: disenteria – Manchester, 1756 – Proibiu a prática de se afogarem gatos e cachorros e de se lavar roupas no reservatório. • Final do Período = Cidades do séc. XVIII eram insalubres, sujas e impregnadas de odores nauseantes • Ruas e vielas eram sujas e comumente arremessavam-se pelas portas e janelas, água de esgoto e refugos domésticos • A partir de 1760, Londres e outras cidades desenvolveram e efetivaram esquemas para melhoramentos públicos • Melhorias e avanços no suprimento de água – – Instalação e trocas de encanamentos, filtração – Invenção das latrinas (no início, era excentricidade) – Uso da água corrente para carrear excrementos (esgoto) • Brasil – Colônia (antes de 1808) – principal preocupação era o abastecimento de alimentos • Agricultura de exportação • “Exclusivo Metropolitano”(importações) – Escassa oferta de alimentos produzidos no país e altos preços dos importados • Escassez de alimentos - Causas: – Naturais (secas, pragas, imprevistos climáticos) – Concorrência – agricultura de subsistência e de exportação – Mercado mais lucrativo, desestimulando o mercado local – Obstáculos institucionais para a comercialização de gêneros (custos, impostos, burocracia) • Câmaras Municipais da principais cidades tinham funcionário (almotacé) para fiscalização de pesos e medidas, preços, higiene dos alimentos vendidos. ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 9.

(10) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros. • Leis para melhorar abastecimento – obrigava proprietários a plantar área mínima de mandioca (principal alimento dos pobres da cidade), caso – Usassem terra imprópria para a cana com o plantio de anis e gengibre – Tivessem um número específico de escravos. Idade Contemporânea (1789 até atualidade) • Início dos anos 1800s – inventado o enlatando. • Metade dos anos1800s – São transportadas primeiras bananas. das regiões dos trópicos para a Europa – As primeiras leis gerais sobre alimentos são adotadas e são estabelecidas agências responsáveis • Final de 1800s – Uma era nova de transporte de alimentos a longa distância é introduzida em pelas primeiras remessas internacionais de carne congelada da Austrália e Nova Zelândia para o Reino Unido. • PREOCUPAÇÕES de COMÉRCIO – Desenvolvimento espontâneo e independente de leis e padrões sobre alimentos por. países diferentes leva ao surgimento inevitável de diferentes padrões – Associações de comércio que foram formadas como uma reação a tais barreiras pressionaram os governos para harmonizar seus vários padrões de alimentos, para facilitar o comércio de alimentos seguros de uma qualidade definida • Início 1900s – Associações de comércio de alimentos tentam facilitar comércio mundial pelo uso de padrões harmonizados. • Brasil Império (depois de 1808) – Aumento da relevância da questão do abastecimento – Fiscalização de alimentos (saber médico) • Provedor-Mor de Saúde fala da necessidade de “combater...o mal estado das. carnes, peixes, farinha, vinhos, vinagres e azeites e de controlar o comércio, os matadouros, os açougues e criar um curral para o gado a ser abatido nas cidades”. Vigilância Sanitária Originou-se na Europa dos séculos XVII e XVIII e no Brasil dos séculos XVIII e XIX, Noção de "polícia sanitária “que tinha como função regulamentar o exercício da profissão, combater o charlatanismo e exercer o saneamento da cidade, fiscalizar as embarcações, os cemitérios e o comércio de alimentos, com o objetivo de vigiar a cidade para evitar a propagação das doenças”. • A polícia sanitária, que é a prática mais antiga da saúde pública, surge na época em que vigorava a "teoria dos miasmas". • BASE CIENTÍFICA – Química de alimentos ganha credibilidade • •. ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 10.

(11) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros – Determinação da " pureza " de um alimento passou a estar principalmente baseada. nos parâmetros químicos de composição – Na segunda metade do século XIX surgem as primeiras leis gerais sobre alimentos – Os sistemas de controle de alimentos básicos substituem o simples monitoramento – Desenvolvidos métodos fidedignos para testar a adulteração de alimentos. • Sugestões de sites: – The Food Timeline - http://www.gti.net/mocolib1/kid/food.html – Food Reference - http://www.foodreference.com/ . Food History Resources http://homecooking.about.com/cs/foodhistory. III - Panorama Internacional, Continental e Nacional das Estruturas Regulatórias de Produção, Comercialização e Consumo de Alimentos Na segunda metade do Séc. XIX, foram aprovadas as primeiras leis alimentares de caráter geral, implantados os sistemas básicos de controle dos alimentos para vigiar seu cumprimento. COMEÇO DO SÉC. XX - Associações relacionadas com o comércio de alimentos buscam facilita-lo mediante a utilização de normas harmonizadas. 1903 - A Federación Internacional de Lechería (FIL) elabora normas internacionais para o leite e os produtos lácteos. (A FIL desempenhará mais adiante uma importante função catalizadora na concepção da Comissão do Codex Alimentarius.) 1945 - É criada a FAO, com funções que abarcam a nutrição e as normas alimentares internacionais correspondentes. 1948 - É criada a OMS, com funções que abarcam a saúde humana e, em particular, o mandato para estabelecer normas alimentares. 1949 - Argentina propõe um código alimentar para a América Latina, o Código Latinoamericano de Alimentos. Informe da primeira reunião do Comite Misto FAO/OMS de Expertos em Nutrição, 1950 «Os regulamentos alimentares dos diferentes países são, com freqüência, divergentes e contraditórios. A legislação que regula a conservação, a nomenclatura e as normas alimentares aceitáveis podem variar consideravelmente de um país a outro. Freqüentemente se introduzem novas legislações que não estão baseadas em conhecimentos científicos e pode ocorrer o caso de que sejam levados em conta apenas os princípios nutricionais na formulação das regulamentações.». As Organizações Internacionais Há diversas organizações envolvidas no trabalho internacional dos padrões de alimentos. As mais conhecidas são: ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 11.

(12) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros. FAO – Food and Agriculture Organization Fundada em outubro de 1945 Objetivos: elevar os níveis de nutrição e qualidade de vida, melhorar a produtividade da agricultura e melhorar a condição de populações rurais. Maior agência autônoma dentro do sistema das Nações Unidas. WHO – World Health Organization (OMS) É a Instituição com autoridade de direção e de coordenação no trabalho internacional da saúde, cujo objetivo é "a realização por todos os povos do nível o mais elevado possível da saúde”. Responsabilidades: ajudar governos a estruturar serviços de saúde; estabelecer e manter serviços administrativos e técnicos que podem ser solicitados, inclusive serviços epidemiológicos e estatísticos; estimular a erradicação de epidemias, endemias e outras doenças; promover a boa nutrição, a sanidade, as boas condições de funcionamento e os outros aspectos da higiene ambiental; propor convenções internacionais e acordos em matérias da saúde; desenvolver padrões internacionais para os produtos alimentícios, biológicos e farmacêuticos; e ajudar a manter a opinião pública informada todo o mundo em matérias da saúde. WTO – World Trade Organization (OMC) A Organização Mundial do Comércio foi criada em 1995. Uma das mais novas organizações internacionais, é a sucessora do Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT) estabelecido no início da Segunda Guerra Mundial. Últimos 50 anos = comércio de mundo. Exportações de mercadorias ~ 6% anualmente. Comércio total 1997 = 14 vezes > 1950. O GATT e a WTO = sistema forte de negociações Série de “rodadas”de negociações de comércio. As primeiras rodadas trataram principalmente das reduções de tarifas, anti-dumping, etc. OPAS – Organização Panamericana de Saúde Organismo internacional de saúde pública. Missão: orientar os esforços estratégicos de colaboração entre os Estados Membros e outros parceiros no sentido de promover a eqüidade na saúde, combater doenças, melhorar a qualidade de vida e elevar a expectativa de vida dos povos das Américas. USDA – United States Department of Agriculture Missão: Liderança nas questões sobre alimentos, na agricultura, em recursos naturais e nos assuntos relacionados, baseadas na política pública sadia, na melhor ciência disponível e na gerência eficiente. Food, Nutrition, and Consumer Services assegura o acesso às dietas saudáveis para todos os americanos. Com ajuda em alimento e educação alimentar para consumidores, o FNCS incentiva consumidores fazer escolhas saudáveis. ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 12.

(13) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros. FDA – Food and Drug Administration Responsável por proteger a saúde pública assegurando a segurança, a eficácia e a segurança de drogas humanas e veterinárias, de produtos biológicos, de dispositivos médicos, dos alimentos, de cosméticos e de produtos que se emitem a radiação.. No Brasil ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária MISSÃO. "Proteger e promover a saúde da população garantindo a segurança sanitária de produtos e serviços e participando da construção de seu acesso". VALORES Conhecimento como fonte da ação Transparência Cooperação Responsabilização A Agência Nacional de Vigilância Sanitária foi criada pela Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999. É uma autarquia sob regime especial, ou seja, uma agência reguladora caracterizada pela independência administrativa, estabilidade de seus dirigentes durante o período de mandato e autonomia financeira. A gestão da Anvisa é responsabilidade de uma Diretoria Colegiada, composta por cinco membros. Na estrutura da Administração Pública Federal, a Agência está vinculada ao Ministério da Saúde, sendo que este relacionamento é regulado por Contrato de Gestão. A finalidade institucional da Agência é promover a proteção da saúde da população por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados. Além disso, a Agência exerce o controle de portos, aeroportos e fronteiras e a interlocução junto ao Ministério das Relações Exteriores e instituições estrangeiras para tratar de assuntos internacionais na área de vigilância sanitária. MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Missão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Promover o Desenvolvimento Sustentável e a Competitividade do Agronegócio em Benefício da Sociedade Brasileira. Estimular o aumento da produção agropecuária e o desenvolvimento do agronegócio, com o objetivo de atender o consumo interno e formar excedentes para exportação. Para cumprir sua missão, o Mapa formula e executa políticas para o desenvolvimento do agronegócio, integrando aspectos mercadológicos, tecnológicos, científicos, organizacionais e ambientais, para atendimento dos consumidores brasileiros e do mercado internacional. A atuação do ministério baseia-se na busca de sanidade animal e vegetal, da organização da cadeia produtiva do agronegócio, da modernização da política agrícola, do incentivo às exportações, do uso sustentável dos recursos naturais e do bem-estar social. ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 13.

(14) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros. MAPA – Infra-estrutura - Formada pelas áreas de • política agrícola (produção, comercialização, abastecimento, armazenagem e indicadores de preços mínimos), produção e fomento agropecuário; • mercado, comercialização e abastecimento agropecuário; • informação agrícola, defesa sanitária (animal e vegetal); • fiscalização dos insumos agropecuários; • classificação e inspeção de produtos de origem animal e vegetal; • pesquisa tecnológica, agrometeorologia, cooperativismo e associativismo rural; • eletrificação rural; • assistência técnica e extensão rural. MERCOSUL – O Mercosul (em português: Mercado Comum do Sul, castelhano: Mercado Común del Sur, Mercosur) é a União Aduaneira (livre comércio intrazona e política comercial comum) de cinco países da América do Sul. Em sua formação original o bloco era composto por quatro países: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Desde 2006, a Venezuela também pertence ao Mercosul. MERCOSUL A República Argentina, a República Federativa do Brasil, a República do Paraguai e a República Oriental do Uruguai assinaram em 26 de março de 1991 o Tratado de Assunção, criando o Mercado Comum do Sul, MERCOSUL. Os Estados Partes do MERCOSUL compartilham uma comunhão de valores que encontra expressão nas sociedades democráticas, pluralistas, defensoras das liberdades fundamentais, dos direitos humanos, da proteção do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável, incluindo seu compromisso com a consolidação da democracia, a segurança jurídica, o combate à pobreza e o desenvolvimento econômico e social com eqüidade. MERCOSUL - Objetivo O objetivo primordial do Tratado de Assunção é a integração dos Estados Partes, por meio da livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos, do estabelecimento de uma tarifa externa comum e da adoção de uma política comercial comum, da coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais e da harmonização de legislações nas áreas pertinentes, para alcançar o fortalecimento do processo de integração. A zona de livre comércio e a união aduaneira constituem passos intermediários para alcançar um mercado único que gere um maior crescimento de suas economias, aproveitando o efeito multiplicador da especialização, das economias de escala e do maior poder de negociação do bloco.. CONUMER – Comitê de Nutricionistas do MERCOSUL ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 14.

(15) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros. Regulamentação dos nutricionistas no Mercosul é prioridade (21/12/2007) Fonte: CFN O Mercado Comum do Sul (Mercosul) vai priorizar a discussão sobre a profissão de nutricionista no bloco no que diz respeito a registro, formação profissional e trânsito dos nutricionistas nos países-membros. A decisão foi tomada pelo Subgrupo de Trabalho do setor de saúde da entidade (SGT-11), na última reunião realizada em outubro, em Montevidéu. A medida foi sugerida pela Associação Uruguaia de Dietistas e Nutricionistas (AUDYN). De acordo com a Associação, as discussões sobre a profissão já estavam avançadas dentro do Comitê de Nutricionistas no Mercosul (Conumer), que se reúne desde 1996, e é composto por instituições representativas da área. O Brasil é representado no Conumer pelo Conselho Federal de Nutricionista (CFN). Uma das pioneiras na busca pela regulamentação dos profissionais no Mercosul foi a nutricionista Vera Barros de Leça Pereira, cuja atuação foi reconhecida pelo CFN, em sua última reunião plenária. CONUMER - Objetivos Estabelecer na área de alimentação e nutrição, objetivos comuns que apontem o desenvolvimento econômico e social da população dos países integrantes. Criar espaços nos níveis político e institucional para a discussão dos resultados alcançados nos encontros. Promover o intercâmbio profissional com vistas ao livre trânsito dos nutricionistas. Definir os princípios ativos comuns. Analisar a temática no processo de integração dos nutricionistas – Mercosul Estabelecer pautas para um Código de Ética. Delinear requisitos profissionais e legais para a livre movimentação dos profissionais. Organizar critérios sobre aplicação da Legislação de Alimentos. Atividades do profissional licenciado em Nutrição Lei do exercício profissional Apresentação da tabela de composição química dos alimentos Diagnóstico e guias alimentares Rótulos nutricionais Participação do nutricionista em Vigilância Sanitária Definição das diretrizes curriculares. Definição das competências e atribuições dos profissionais. Reforçar a solicitação para inclusão oficial do CONUMER no MERCOSUL. Proposta para iniciar discussão sobre boas práticas e qualidades de serviços. Elaboração de documento conjunto sobre diretrizes curriculares. Proposta de criação de cursos de pós-graduação em nível de especialização com ênfase em Educação a Distância. Estudar as condições necessárias para o trânsito e intercâmbio profissional Aprofundar o estudo e as condições necessárias para o exercício da profissão em cada País. Definir conteúdos para a regulamentação do exercício profissional no âmbito jurídico, político e administrativo. Discutir a forma de desenvolvimento das atividades nas diferentes áreas de atuação. ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 15.

(16) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros. IV - Codex Alimentarius = Código alimentar - referência mundial para os consumidores, produtores e elaboradores de alimentos, organismos nacionais de controle dos alimentos e comercio alimentar internacional. O Codex Alimentarius é um fórum internacional de normalização de alimentos estabelecido pela Organização das Nações Unidas através da FAO (Food and Agriculture Organization) e OMS (Organização Mundial de Saúde), criado em 1963, com a finalidade de proteger a saúde dos consumidores e assegurar práticas eqüitativas no comércio regional e internacional de alimentos. As normas Codex abrangem os principais alimentos, sejam estes processados, semiprocessados ou crus, também abrange substância/produtos que são usadas para a elaboração dos alimentos, na medida em que seja necessário para alcançar os principais objetivos do Codex. As diretrizes Codex referem-se aos aspectos de higiene e propriedades nutricionais dos alimentos, abrangendo, código de prática e normas de: aditivos alimentares, pesticidas e resíduos de medicamentos veterinários, substâncias contaminantes, rotulagem, classificação, métodos de amostragem e análise de riscos. Desde a sua criação, o Codex gerou investigações científicas sobre os alimentos e contribuiu para que aumentasse consideravelmente a consciência da comunidade internacional acerca de temas fundamentais, como a qualidade e inocuidade dos alimentos e a saúde pública.. Normas - justificadas cientificamente e constituem pontos de referencia para medidas e regulamentos alimentares nacionais. 1961 = primeiras medidas para estabelecer um Codex Alimentarius Comissão do Codex Alimentarius = órgão encarregado da elaboração. Origens do Codex Alimentarius – Império austro-húngaro, 1897 a 1922, coleção de normas e descrições de produtos para grande variedade de alimentos com o título de Codex Alimentarius Austriacus. Mesmo sem força jurídica, foi utilizado como referencia pelos tribunais para determinar normas de identificação para certos alimentos. O nome do Codex Alimentarius atual deriva do código austríaco. O sistema do Codex: a FAO, a OMS e a Comissão do Codex Alimentarius: Estatutos = fundamentos jurídico de trabalho da Comissão contém os conceitos em que se baseiam e as razões de sua criação. Regimento da Comissão = descreve e configura os procedimentos de trabalho apropriados para um organismo intergovernamental. Comissão = se reúne cada dois anos, alternadamente na Sede da FAO em Roma e na Sede da OMS em Genebra.. ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 16.

(17) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros. Representação = ocorre em nível de país. Delegações nacionais encabeçadas por oficiais superiores designados por seus governos. Podem incluir representantes da industria, de organizações de consumidores e de instituições acadêmicas. Outras organizações governamentais e ONGs internacionais = observadores. Mesmo como observadores, tradicionalmente a Comissão do Codex Alimentarius permite que eles exponham seus pontos de vista em todas as etapas, salvo na decisão final, prerrogativa exclusiva dos Estados Membros. Estatutos da Comissão do Codex Alimentarius – Definem funções e objetivos do trabalho da Comissão. O Codex Alimentarius é uma coleção de padrões, de códigos de práticas, de guias e de outras recomendações. Alguns dos textos são muito gerais e alguns são muito específicos. Alguns tratam das exigências detalhadas relacionadas a um alimento ou a um grupo dos alimentos; outros tratam da operação e da gerência de processos de produção ou da operação de sistemas reguladores de governos para a segurança do alimento e a proteção de consumidor. Revisão das normas do Codex. Sempre que necessário para garantir concordância com os conhecimentos científicos do momento. Os volumes contém Princípios Gerais, Normas Gerais, Definições, Códigos, Normas para Produtos, Métodos e recomendações. Publicados em espanhol, francês e inglês, acesso a normas na World Wide Web e em CDROM (links no site do Ministério da Agricultura ou no próprio site do Codex – www.codexalimentarius.org). ÓRGÃOS AUXILIARES A estrutura de direção do Codex Alimentarius é composta por 3 órgãos: Comissão do Codex Alimentarius - CAC, órgão máximo do Programa Conjunto FAO/OMS, com representação de todos os países membros, sendo a instância que aprova as normas Codex e a sua direção é composta de 1 Presidente e 3 vice-presidentes; uma Secretaria FAO/OMS, que tem como finalidade fornecer apoio operacional à Comissão e a seus órgãos auxiliares em todo o procedimento de elaboração das normas; e um Comitê Executivo, ao qual compete implementar as decisões da Comissão e atuar em seu nome nos períodos entre suas reuniões. Possui, ainda, 2 órgãos assessores: JECFA (Grupo FAO/OMS de peritos sobre Aditivos e Contaminantes) e o JMPR (Grupo FAO/OMS de peritos sobre Resíduos de Pesticidas). Tem como órgãos auxiliares 27 Comitês, distribuídos da seguinte maneira: •. 09 Comitês de Assuntos Gerais. ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 17.

(18) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros • • •. 09 Comitês de Produtos 03 Forças Tarefas 06 Comitês Regionais de Coordenação. Comitês de Assuntos Gerais • • • • • • • • •. Comitê Codex sobre Resíduos de Pesticidas - CCPR Comitê Codex sobre Sistemas de Inspeção e Certificação da Importação e Exportação de Alimentos - CCFICS Comitê Codex sobre Resíduos de Drogas Veterinários em Animais - CCRVDF Comitê Codex sobre Nutrição e Alimentos para Dietas Especiais - CCNFSDU Comitê Codex sobre Rotulagem de Alimentos - CCFL Comitê Codex sobre Métodos de Análise e Amostragem - CCMAS Comitê Codex sobre Princípios Gerais - CCGP Comitê Codex sobre Aditivos e Contaminantes Alimentares - CCFAC Comitê Codex sobre Higiene de Alimentos - CCFH. Comitês de Produtos • • • • • • • • •. Comitê Codex sobre Frutas e Hortaliças Processadas - CCPFV Comitê Codex sobre Óleos e Gorduras - CCFO Comitê Codex sobre Frutas e Hortaliças Frescas - CCFFV Comitê Codex sobre Produtos de Cacau e Chocolate - CCCPC Comitê Codex sobre Pescado e Produtos da Pesca - CCFFP Comitê Codex sobre Açúcares - CCS Comitê Codex sobre Leite e Produtos Lácteos - CCMMP Comitê Codex sobre Higiene da Carne - CCMH Comitê Codex sobre Cereais, Legumes e Leguminosas - CCCPL. Forças Tarefas • • •. Força Tarefa sobre Alimentos Obtidos por meio de Biotecnologia - FBT Força Tarefa sobre Alimentação Animal - AF Força Tarefa sobre Sucos de Frutas e Hortaliças - FVJ. Comitês Regionais de Coordenação • • • • • •. Comitê Coordenador do Codex para a Ásia - CCÁSIA Comitê Coordenador do Codex para a Europa - CCEURO Comitê Coordenador do Codex para o Oriente Próximo - CCNE Comitê Coordenador do Codex para a África - CCÁFRICA Comitê Coordenador do Codex para a América Latina e o Caribe - CCLAC Comitê Coordenador do Codex para a América do Norte e Pacífico Sul Ocidental CCNASWP ACEITAÇÃO DAS NORMAS DO CODEX PELOS ESTADOS MEMBROS. ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 18.

(19) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros. Harmonização das Normas Alimentares - condição prévia para proteger a Saúde dos consumidores, para facilitar ao máximo o comércio internacional. Só é possível quando todos os países adotam as mesmas normas. Nos Princípios Gerais do Codex Alimentarius se especificam os modos em que os Estados Membros podem «aceitar» as normas do Codex. As formas de aceitação variam ligeiramente, segundo se trate de uma norma para produtos, de uma norma geral ou de limites para resíduos de praguicidas ou de medicamentos veterinários ou para aditivos alimentares. Sem dúvida, em geral as formas de aceitação propostas são a aceitação completa, a aceitação com exceções especificadas e a livre distribuição. As modalidades de aceitação estão claramente definidas nos Princípios Gerais e sua idoneidade é objeto de exame pelo Comitê do Codex sobre Princípios Gerais à luz da experiência. 1985 - Assembléia Geral das Nações Unidas define Diretrizes para a proteção do consumidor, publicadas em 1986. (Alimentos são uma das três esferas prioritárias de interesse essencial para a Saúde dos consumidores e se menciona expressamente o Codex Alimentarius como o ponto de referência para a proteção dos consumidores no que concerne aos alimentos). Código de Ética para o Comercio Internacional de Alimentos - estímulos para que os comerciantes de alimentos adotem voluntariamente normas éticas como forma importante de proteger a Saúde dos consumidores e promover práticas eqüitativas no comércio alimentar. O Codex e a ciência Atividades do Codex baseiam-se em fundamentos científicos. Contribuição de experts e especialistas de grande variedade de disciplinas científicas. Ponto de convergência para todas as investigações científicas. Comissão - centro internacional para o intercambio de informação científica sobre alimentos. Estímulo a atividades nos âmbitos da química, tecnologia e microbiologia dos alimentos, a micologia, os resíduos de praguicidas e de medicamentos veterinários, etc. Colaboração entre cientistas, laboratórios, institutos e universidades dos Estados Membros e comitês mistos FAO/OMS de experts.. O BRASIL E O CODEX ALIMENTARIUS O Comitê do Codex Alimentarius do Brasil - CCAB é composto por 14 membros de órgãos do governo, das indústrias e de defesa do consumidor, a saber: INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, MRE – Ministério das Relações Exteriores, MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia, MS – Ministério da Saúde, MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, MF – Minsitério da Fazenda, MJ/DPC – Min. Da Justiça (Dep. Proteção ao Consumidor), MDIC/SECEX – Minist. Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secret. Comércio Extarior), ABIA – Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos, ABNT – Associação BRasileria de Normas Técnicas, CNI – ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 19.

(20) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros. Confederação Nacional da Indústria, CNA – Confederação Nacional da Agricultura, CNC – Confederação Nacional do Comércio e IDEC – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. Possui uma estrutura de Grupos Técnicos para acompanhamento de cada Comitê do Codex, à semelhança da estrutura do Programa Conjunto FAO/OMS de normas alimentares, que são coordenados pelos membros do CCAB e abertos à participação da sociedade. O CCAB tem como principais finalidades a participação, em representação do País, nos Comitês internacionais do Codex Alimentarius e a defesa dos interesses nacionais, bem como a utilização das Normas Codex como referência para a elaboração e atualização da legislação e regulamentação nacional de alimentos. A Coordenação e a Secretaria Executiva do CCAB são exercidas pelo Inmetro, sendo o Ministério das Relações Exteriores o Ponto de Contato do Comitê Brasileiro com a Comissão do Codex Alimentarius.. Antes das reuniões dos comitês do Codex, o CCAB discute e elabora o posicionamento da delegação brasileira com base no que foi discutido nas reuniões dos Grupos Técnicos - GTs específicos referente aos documentos a serem analisados nas reuniões internacionais dos comitês. Depois das reuniões nos Comitês do Codex, a delegação brasileira apresenta, as informações referentes a participação, em reuniões no CCAB, além de informar aos setores interessados as decisões tomadas nos referidos comitês. As coordenações dos Grupos Técnicos do CCAB está estabelecida da seguinte forma: • • • • • •. GT1 - Sucos de Frutas - MAPA; GT2 - Cereais, Legumes e Leguminosas - MAPA; GT3 - Higiene da Carne - MAPA; GT4 - Peixes e Produtos da Pesca - MAPA; GT5 - Leite e Produtos Lácteos - MAPA; GT6 - Águas Minerais Naturais - ANVISA (Extinto);. ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 20.

(21) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros • • • • • • • • • • • • • • • • • •. GT7 - Aditivos e Contaminantes Alimentares - ANVISA; GT8 - Higiene de Alimentos - ANVISA; GT9 - Resíduos de Pesticidas - MAPA; GT10 - Nutrição e Alimentos para Dietas Especiais - ANVISA; GT11 - Proteínas Vegetais - ANVISA (Extinto); GT12 - Métodos de Análise e Amostragem - ANVISA; GT13 - Óleos e Gordura Vegetal - ANVISA; GT14 - Açúcares - MAPA; GT15 - Frutas e Hortaliças Processadas - MAPA; GT16 - Frutas e Hortaliças Frescas - MAPA; GT17 - Cacau e Chocolate - ANVISA; GT18 - Resíduos de Drogas Veterinárias em Alimentos - MAPA; GT19 - Princípios Gerais - INMETRO; GT20 - Rotulagem de Alimentos - ANVISA; GT21 - Regional para América Latina e Caribe - MRE; GT22 - Importação e Exportação de Alimentos, Certificação e Inspeção - INMETRO; GT23 - Alimentos Derivados de Biotecnologia - MCT; GT24 - Alimentação Animal - MAPA.. O BRASIL NO CODEX • COORDENADOR DO CCLAC NO PERÍODO DE JULHO/91 A JULHO/95 • REPRESENTANTE GEOGRÁFICO PARA AMÉRICA LATINA E O CARIBE NO COMITÊ EXECUTIVO NO PERÍODO DE JULHO/95 A JULHO/2003 • COORDENADOR DO GRUPO INTERGOVERNAMENTAL SOBRE SUCOS DE FRUTAS E HORTALIÇAS NO PERÍODO DE JULHO/99 A JULHO/2005. Código e Vigilância Sanitária V - CÓDIGO E VIGILÂNCIA SANITÁRIA • Código = Coleção de leis. Conjunto metódico e sistemático de disposições legais relativas a um assunto ou a um ramo do direito.. • Sanitário = Relativo à saúde ou à higiene. • Competência Estadual/Municipal. Código Sanitário Estado S. Paulo •. Lei Estadual 10.083, de 23/9/1998 - Dispõe sobre o novo Código Sanitário do Estado.. •. Parágrafos 3, 4 e 5 do art. 63 da Lei 10083, de 16.10.99 - partes vetadas pelo Senhor Governador do Estado e mantidas pela Assembléia Legislativa, do projeto que se transformou na Lei nº 10.083, de 23 de setembro de 1998, que dispõe sobre o Código Sanitário do Estado.. ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 21.

(22) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros •. Lei 10.145, de 23.12.98 - Altera a Lei nº 10.083, de 23 de Setembro de 1998, que dispõe sobre o Código Sanitário do Estado.. • Princípios Gerais . Código atende princípios expressos nas Constituições Federal e Estadual, nas Leis Orgânicas de Saúde, no Código de Defesa do Consumidor e no Código de Saúde do Estado de São Paulo, baseando-se nos preceitos da descentralização, participação da sociedade, articulação intra e interinstitucional, publicidade e privacidade. • Objeto, Campo de Ação e Metodologia. Os princípios expressos no Código disporão sobre proteção, promoção e preservação da saúde, no que se refere às atividades de interesse à saúde e meio ambiente, nele incluído o do trabalho.. • Promoção, Proteção e Preservação da Saúde  Saúde e Meio Ambiente  Saúde e Trabalho  Produtos e Substâncias de Interesse à Saúde  Estabelecimentos de Saúde  Procedimentos Administrativos. Vigilância Sanitária •. A vigilância sanitária originou-se na Europa dos séculos XVII e XVIII e no Brasil dos séculos XVIII e XIX. •. Surgimento da noção de "polícia sanitária", que tinha como função regulamentar o exercício de profissões, combater o charlatanismo e exercer o saneamento da cidade, fiscalizar as embarcações, os cemitérios e o comércio de alimentos, com o objetivo de vigiar a cidade para evitar a propagação das doenças.. Definição •. "Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: . . I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.". O Campo de Abrangência da Vigilância Sanitária I - Bens e serviços de saúde – ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 22.

(23) UNICEP – Curso de NUTRIÇÃO – Disciplina – Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária - Profa. Maria Sylvia C. de Barros. 1. As tecnologias de alimentos, referentes aos métodos e processos de produção de alimentos 2. As tecnologias de beleza, limpeza e higiene, relativas aos métodos e processos de produção de cosméticos, perfumes, produtos de higiene pessoal e saneantes domissanitários. 3. As tecnologias de produção industrial e agrícola, referentes à produção de outros bens necessários à vida do ser humano, como produtos agrícolas, químicos, drogas veterinárias, etc. 4. As tecnologias médicas, que interferem diretamente no corpo humano, na busca da cura da doença, alívio ou equilíbrio da saúde, e compreendem medicamentos, soros, vacinas, equipamentos médico-hospitalares, cuidados médicos e cirúrgicos e suas organizações de atenção à saúde, seja no atendimento direto ao paciente, seja no suporte diagnóstico, terapêutico e na prevenção ou apoio educacional. 5. As tecnologias do lazer, alusivas aos processos e espaços onde se exercem atividades não-médicas, mas que interferem na saúde dos usuários, como centros esportivos, cabeleireiros, barbeiros, manicuros, pedicuros, institutos de beleza, espaços culturais, clubes, hotéis, etc. 6. As tecnologias da educação e convivência, referentes aos processos e espaços de produção, englobando escolas, creches, asilos, orfanatos, presídios, cujas condições das aglomerações humanas interferem na sua saúde. II - Meio ambiente 1. O meio natural, correspondente a água, ar, solo e atmosfera - construção de sistemas de abastecimento de água potável para o consumo humano, proteção de mananciais, controle da poluição, a proteção do solo, o controle dos sistemas de esgoto sanitário e dos resíduos sólidos, entre outros, visando à proteção dos recursos naturais e à garantia do equilíbrio ecológico e conseqüentemente da saúde humana. 2. O meio construído, referente às edificações e formas do uso e parcelamento do solo. Aqui o controle sanitário é exercido sobre as tecnologias utilizadas na construção das edificações humanas (casas, edifícios, indústrias, estabelecimentos comerciais, etc.) e a forma de parcelamento do solo no ambiente urbano e rural; sobre os meios de locomoção e toda a infra-estrutura urbana e de serviços; sobre o ruído urbano e outros fatores, no sentido de prevenir acidentes, danos individuais e coletivos e proteger o meio ambiente. 3. O ambiente de trabalho, relativo às condições dos locais de trabalho, geralmente resultantes de modelos de processos produtivos de alto risco ao ser humano. O controle sanitário se dirige a esse ambiente, onde freqüentemente encontra cidadãos que são obrigados a dedicar grande parte de seu tempo ao trabalho em condições desagradáveis, em ambientes fechados e insalubres, em processos repetitivos, competitivos e sob pressão, o que altera e põe em risco a saúde física e psicológica e a vida dos indivíduos e da comunidade.. ATENÇÃO - Material destinado ao uso exclusivo nas atividades da disciplina de Legislação de Alimentos e Vigilância Sanitária do UNICEP. Não deve e não pode ser divulgado, publicado, citado ou postado, especialmente na internet, sem a expressa autorização da autora.. 23.

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