CIRURGIA DA
VESÍCULA URINÁRIA
DEFINIÇÃO
• Cistotomia é a incisão cirúrgica na vesícula urinária;
• Cistolitíase – desenvolvimento do cálculo na vesícula urinária;
• Cistolitectomia – Remoção do cálculo na vesícula urinária
CONDUTA PRÉ-OPERATÓRIA
• Cistolitíase, neoplasia e ruptura são as anormalidades mais comuns da vesícula urinária em pequenos animais.
CONDUTA PRÉ-OPERATÓRIA
• A obstrução urinária pode ocorrer se o cálculo se alojar na uretra ou se um tumor obstruir a uretra próximo ao trígono vesical;
• A obstrução ao fluxo urinário pode causar distensão da vesicula urinária, uremia pós-renal e hipercalemia.
CONDUTA PRÉ-OPERATÓRIA
• A ruptura da vesícula urinária ocorre primariamente após trauma por veículo motor, mas também pode ser causada por
necrose da vesícula ou como uma
CONDUTA PRÉ-OPERATÓRIA
• O vazamento urinário para a cavidade abdominal causa uremia, desidratação, hipovolemia, hipercalemia e morte, se não for diagnosticado e tratado.
ANATOMIA CIRÚRGICA
Vesícula Urinária:
- Sua localização depende da quantidade de urina, mas em geral região hipogástrica.
- A V.U é dividida em colo ( conexão com a uretra) e corpo.
TÉCNICA CIRÚRGICA
- Tricotomia da região abdominal
- Assepsia com iodopovidine ou clorexidine sol. Alcool 70%
- Colocação de pano de campo
• Incisão é feita na região do umbigo até o pubis, para o acesso à V.U
- Isolamento da V.U através da colocação de 2 campos
- Colocação de um ponto de ancoragem (apoio) na extremidade cranial da V.U e outro na extremidade caudal
CISTOTOMIA
- A cistotomia deve ser realizada para a remoção de cálculos císticos e uretrais, identificação e biópsias de massas, reparação de ureteres ectópicos ou avaliação de infecção do trato urinário resistente a tratamento.
CISTOTOMIA
• ATENÇÃO na hora da síntese;
• Pois deve-se obter uma oclusão a prova de vazamento da urina e que não promova a formação de cálculos.
CISTOTOMIA
• Esse objetivo tem sido alcançado usando-se um padrão de aposição simples ou de dupla camada ou padrões de sutura invertidas, utilizando material absorvível.
• A penetração luminal é comum em V.U de parede fina, mas não estará associada à formação de cálculos se forem usadas suturas monofilamentosas absorvíveis.
CISTOTOMIA
• Se hemorragia grave pode ser esperada, suturar a mucosa da V.U como uma camada separada (em um padrão de sutura simples contínua) pode diminuir o sangramento pós operatório.
CISTOTOMIA
• COMO FAZER??
• Isolar a vesícula urinária do restante da cavidade abdominal;
• Colocar suturas de sustentação para facilitar a manipulação
CISTOTOMIA
• Fazer a incisão na face dorsal ou ventral da V.U, ao longo dos ureteres e entre os maiores vasos sanguíneos;
• Remover a urina por sucção (caso não seja possível, realizar cistocentese);
• Examinar a mucosa quanto à existência de anormalidades e passar um cateter pela uretra da V.U até a abertura da uretra, para verificar se há obstrução (uma opção é previamente o animal estar sondado)
CISTOTOMIA
• Fechar a V.U usando sutura de padrão simples contínua, seguido por Lembert ou Cushing; • Com material absorvível PQ??
• Se a parede da V.U for fina e ocorrer vazamento, o fechamento da camada dupla pode ser usado, mas isto raramente é necessário.
CISTOTOMIA
• RESUMÃO:
- Esvaziamento da V.U por meio de cistocentese
- Incisão longitudinal sobre a face dorsal da bexiga, em região hipovascularizada com bisturi
- Continuação da incisão com tesoura
- Inspeção da V.U após a retirada dos cálculos
- Passagen de catéter no interior da uretra e lavagem do mesmo com sol. Salina aquecida
CISTECTOMIA
• Indicações: - Neoplasias;
- Algum processo que desvitealizou uma porção da parede
- Até 75 % da V.U pode ser removido
Técnicas para assegurar que
todos os urólitos foram
cirurgicamente removidos da
V.U.
- Durante a cirurgia: sondagem e lavagem uretral;
CICATRIZAÇÃO DA V.U E DA
URETRA
• Comparada com outros órgãos, a V.U se recupera rapidamente, atingindo 100% do vigor tecidual normal em cerca de 14 a 21 dias.
• A completa reepitelização da V.U ocorre em 30 dias.
CICATRIZAÇÃO DA BEXIGA
E DA URETRA
• A uretra pode cicatrizar por regeneração de mucosa uretral em até 07 dias;
• O extravasamento urinário (particularmente se infectada) retarda a recuperação do tecido lesado e promove fibrose periuretral e estreitamento
MATERIAL DE SUTURA E
INSTRUMENTOS ESPECIAIS
• PDS • MAXON • DEXON • VICRYL • MONOCRYLMATERIAL DE SUTURA E
INSTRUMENTOS ESPECIAIS
• Suturas não absorvíveis devem ser evitadas na V.U ou na uretra, porque elas promovem a
AVALIAÇÃO E CUIDADOS
PÓS-OPERATÓRIOS
• A emissão de urina deve ser cuidadosamente monitorada após a cirurgia uretral para detectar obstrução causada por tecidos edemaciados, fibrose ou necrose.
AVALIAÇÃO E CUIDADOS
PÓS-OPERATÓRIOS
• Após a remoção da obstrução urinária, deve ser mantida fluidoterapia intravenosa até cessar a diurese pós-obstrutiva;
AVALIAÇÃO E CUIDADOS
PÓS-OPERATÓRIOS
• Os eletrólitos devem ser monitorados (particularmente potássio), porque a hipocalemia pode ocorrer secundariamente à diurese ou ao tratamento médico da hipercalemia.
AVALIAÇÃO E CUIDADOS
PÓS-OPERATÓRIOS
• Os pacientes devem ser monitorados para dores no pós-operatório e analgésicos devem ser usados.
• Colares elizabethanos devem ser utilizados; • Observar Hemorragias;
AVALIAÇÃO E CUIDADOS
PÓS-OPERATÓRIOS
• A V.U deve ser mantida vazia, por compressão manual ou por cateterismo, até que o paciente possa urinar normalmente;
AVALIAÇÃO E CUIDADOS
PÓS-OPERATÓRIOS
• Em gatos com uretrostomia devem ser usados papéis para forrar o chão, em vez de camas (infecção);
• Realizar culturas de urina para verificar possível infecção do trato urinário;
COMPLICAÇÕES
• Formação de estenoses e vazamento urinário; • Cateteres permanentes podem permitir
infecção bacteriana ascendente por causa da fibrose e estenose;
CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS
SOBRE IDADE
• Os animais mais velhos podem ter disfunção renal ou cardíaca preexistente e, devem ser monitorados muito de perto.
• Os animais jovens, podem ter uretras muito pequenas, tornando difícil o reparo cirúrgico de transecções completas.
CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS
SOBRE IDADE
• Os animais mais velhos podem ter disfunção renal ou cardíaca preexistente e, devem ser monitorados muito de perto.
• Os animais jovens, podem ter uretras muito pequenas, tornando difícil o reparo cirúrgico de transecções completas.
CÁLCULOS URETRAIS E
VESICAIS
• Definições:
• Quando a urina se torna supersaturada com sais dissolvidos, estes podem precipitar para formar cristais (Cristalúria)
• Se os cristais não forem excretados, eles podem se agregar em concreções sólidas conhecidas como cálculos.
CÁLCULOS URETRAIS E
VESICAIS
• A urolítiase é um termo que se refere ao fato de haver cálculos urinários ou urólitos (rins, ureter, V.U ou uretra);
• Cistolitíase se refere ao desenvolvimento de cálculos da vesícula urinária.
CONSIDERAÇÕES GERAIS E
FISOPATOLOGIA CLÍNICA
RELEVANTE
• A maioria dos urólitos caninos é encontrada na V.U ou na uretra;
• Cálculos de estruvita (fosfato de amônio e magnésio) e de oxalato são os mais comuns em cães, seguidos pelo urato, silicato, cistina e tipos mistos.
CONSIDERAÇÕES GERAIS E
FISOPATOLOGIA CLÍNICA
RELEVANTE
• A maioria dos urólitos caninos é encontrada na bexiga ou na uretra;
• Cálculos de estruvita (fosfato de amônio e magnésio) e de oxalato são os mais comuns em cães, seguidos pelo urato, silicato, cistina e tipos mistos.
CONSIDERAÇÕES GERAIS E
FISOPATOLOGIA CLÍNICA
RELEVANTE
• Estruvita:
• Infecção com bactérias produtoras de urease – convertem uréia em amônia e dióxido de carbono – alcalinizam a urina – diminuem a solubilidade da estruvita.
CONSIDERAÇÕES GERAIS E
FISOPATOLOGIA CLÍNICA
RELEVANTE
• Oxalato de cálcio:
• Hipercalcemia e hipercalciúria
• Cães que recebem alimentos enlatados em maior quantidade de carboidrato, foram considerados com maior risco de formação de urólitos de oxalatado de cálcio.
PREDISPOSIÇÃO
• Os cálculos de estruvita são mais comuns nas cadelas do que nos cães machos, porque elas geralmente têm mais infecções do trato urinário; • Entretanto a obstrução uretral por cálculos é mais
comum nos machos;
• Cálculos de estruvita frequentemente estão associados à infecção.
PREDISPOSIÇÃO
• Os sinais clínicos de infecção do trato urinário (p. ex. hematúria, polaciúria e estrangúria) são comuns em cães com cálculos císticos ou uretrais.
• Ocasionalmente a V.U se rompe e causa uroabdome.
EXAME FÍSICO
• A parede da vesícula urinária frequentemente está espessada e os cálculos por si só, ocasionalmente são palpáveis;
• Sinais consistentes com infecção do trato urinário podem ser notados;
• Dor abdominal, anorexia, vômito e/ou depressão podem ser notados se ocorrer obstrução do trato urinário.
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
• O exame radiográfico abdominal e/ou ultrassonografia estão indicados para qualquer animal com urolítiase;
• Além de definir o número e localização dos cálculos vesicais e uretrais, os procedimentos podem indicar a presença de cálculos no rim e/ou ureter.
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
• Urólitos contendo cálcio são os mais radiopacos, enquanto os urólitos de cistina e uratos são menos radiopacos;
• Os cálculos de estruvita são normalmente radiopacos e em geral observados no exame radiográfico.
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
• A ultrassonografia pode ser usada para identificar cálculos e avaliar os rins e ureteres;
• A cistografia/uretrografia de duplo contraste é provavelmente o método mais sensível para encontrar cálculos (ainda melhor que o ultrassom).
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Os urólitos devem ser considerados em qualquer animal que apresente:
• Infecção crônica do trato urinário,
• Hematúria, • Estrangúria, • Polaciúria,
• Uropatia obstrutiva ou incontinência urinária,
• Outros diagnósticos diferenciais incluem a neoplasia e a inflamação granulomatosa.
CONDUTA MÉDICA
• A uro-hidropulsão pode ser usada para propelir cálculos uretrais de volta para a V.U tanto em cães machos quanto em fêmeas;
• O esvaziamento por uro-hidropropulsão pode remover pequenos cistólitos;
• Um cateter é colocado na uretra distal ao cálculo, e salina estéril ou uma combinação de salina estéril e mistura de lubrificante aquoso na proporção 1:1 (Lubafax – lubrificante cirurgico);
CONDUTA MÉDICA
• É injetada enquanto a uretra é ocluída entre o cálculo e a bexiga por um dedo no reto (ou na vagina da fêmea),
• Uma vez dilatada a uretra, o dedo deve ser retirado, permitindo que o cálculo seja deslocado para dentro da bexiga;
CONDUTA MÉDICA
• É injetada enquanto a uretra é ocluída entre o cálculo e a bexiga por um dedo no reto (ou na vagina da fêmea),
• Uma vez dilatada a uretra, o dedo deve ser retirado, permitindo que o cálculo seja deslocado para dentro da bexiga;