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Aula dia 08/02/2011

NOÇÕES PRELIMINARES

1. Interesse: É a posição favorável de uma pessoa (natural, jurídica ou formal) à satisfação de uma necessidade sua (Amaral Santos).

1.2 interesse individual: a razão está entre a pessoa e o bem, conforme as necessidades da pessoa, individualmente considerada (Amaral Santos).

interesse coletivo: a razão está entre a pessoa e o bem, mas apreciadas as necessidades da pessoa em relação às necessidades idênticas do grupo social (Amaral Santos).

1.3 sujeito do interesse: a pessoa (natural, jurídica ou formal). 1.4 objeto do interesse: o bem da vida.

2. Conflito intersubjetivo de interesses.

Quando surge:

2.1 relação do homem com a natureza: inferioridade do homem frente às adversidades naturais;

2.2 necessidade de convívio em grupo: os bens teriam que ser suficientes para atendimento das necessidades de todos os membros do grupo;

2.3 desequilíbrio entre as necessidades de cada indivíduo e a quantidade de bens disponíveis: surgimento dos conflitos de interesses, gerando desarmonia social;

2.4 meios de solução para os conflitos de interesses

: 2.4.1 violência: meio mais primitivo. Dura enquanto o mais forte possuir força para impor a sua vontade ao mais fraco.

2.4.4 composição arbitral: escolha de um terceiro para solucionar o problema. Dura enquanto durar o respeito dos envolvidos no conflito ao terceiro que arbitrou a solução.

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2.4.5 composição autoritativa: o Estado chamou a si o poder de solucionar os problemas juridicamente relevantes, garantindo, com a força, se necessário, a definitividade da solução, por ele, Estado, imposta ao conflito.

2.5 necessidade de criação prévia de normas gerais e abstratas, para fins de regulamentar o acesso aos bens da vida. Aqui surge o direito objetivo.

3. Direito objetivo.

É o sistema de normas destinadas a disciplinar a conduta do indivíduo na sociedade. Esse sistema de normas, que corresponde ao direito objetivo, regula os conflitos de interesses (Amaral Santos).

4. Relação jurídica.

4.1 as duas faces do conflito de interesses.

a) interesse subordinante ou juridicamente protegido.

É aquele que conta com a proteção do direito objetivo (Amaral Santos).

b) interesse juridicamente subordinado.

É aquele que, por não contar com a proteção do direito objetivo, deve respeitar o interesse subordinante (Amaral Santos).

4.3 conceito de relação jurídica.

É o conflito de interesses regulado pelo Direito (Amaral Santos).

4.4 sujeitos da relação jurídica: as pessoas (físicas, jurídicas ou formais) que estão envolvidas no conflito de interesses.

4.5 objeto da relação jurídica: o bem da vida que é disputado pelos sujeitos da relação jurídica.

5. Sanções.

São as medidas estabelecidas pelo Direito como conseqüência da desobediência às normas de direito objetivo que contêm um comando cogente (Amaral Santos).

6. Obrigação.

É a subordinação de um interesse a outro. Corresponde à situação jurídica passiva (Amaral Santos).

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7. Direito subjetivo.

É o poder atribuído à vontade do titular do interesse juridicamente protegido de fazer atuar a sanção ou mesmo uma medida preventiva, a fim de que se realize a subordinação de interesse de outrem ao seu (Amaral Santos).

8. Pretensão.

É a exigência da subordinação do interesse de outrem ao próprio (Amaral Santos). Essa pretensão pode, ou não, encontrar resistência daquele de quem se exige a subordinação.

9. Lide.

É o conflito de interesses regulado pelo Direito e qualificado por uma pretensão resistida (Amaral Santos).

10. Processo.

É o instrumento que se põe à disposição do Estado para que ele possa compor a lide (Amaral Santos).

11. O PJ e a sua função: a função jurisdicional.

A função jurisdicional é uma das manifestações da soberania do Estado. Consiste no poder de atuar o direito objetivo nos casos ocorrentes (Amaral Santos).

12. As normas voltadas para a composição autoritativa dos conflitos: normas jurídicas específicas (as normas processuais, as normas procedimentais e as normas de organização judiciária).

As normas processuais são as normas jurídicas especificamente voltadas para o disciplinamento do exercício da atividade jurisdicional.

De sua vez, entendido o procedimento como sendo o modo por que se movem os atos no processo, as normas procedimentais são aquelas voltadas para regrar o como proceder para se alcançar o objetivo do processo.

Finalmente as normas de organização judiciária são aquelas que pertinem ao campo do autogoverno da magistratura na sua

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12.1 competência legislativa.

12.1.1 para a elaboração das normas processuais: privativa da União (CF, art. 22, I);

12.1.2 para a elaboração das normas procedimentais: concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal (CF, art. 24, XI, e seus '' 11 a 41). Por óbvio, as normas procedimentais elaboradas pelos Estados e pelo Distrito Federal têm aplicação limitada aos lindes territoriais da respectiva Unidade da Federação;

12.1.3 para a elaboração das normas de organização judiciária: da União, dos Estados e do Distrito Federal, relativamente à estruturação orgânico- funcional do Poder Judiciário respectivo. 12.2 objeto de regulação das normas processuais: a atividade do Estado-Juiz.

Em razão do objeto de sua regulação (uma atividade estatal soberana), as normas processuais são, em regra, cogentes e, apenas excepcionalmente, são dispositivas (Luiz Fux).

13. O Direito Processual Civil.

13.1 conceito.

Direito Processual Civil é o ramo da ciência jurídica que trata do complexo das normas reguladoras do exercício da jurisdição civil (Amaral Santos).

13.2 natureza pública do direito processual civil: é o instrumento criado pelo Estado para servir à atividade jurisdicional.

13.3 principais princípios gerais (Theodoro Júnior):

DEVIDO PROCESSO LEGAL. IMPARCIALIDADE.

Inseparável da atividade jurisdicional. Garantia de justiça para as partes.

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Pressuposto para que a relação processual se instaure validamente.

Para assegurar a imparcialidade: - há vedações (CF,95,§um), - há garantias (CF, 95)

- não pode haver tribunal de exceção (5, 37)

Juiz Natural: pré-constituído pela CF e por lei e com competência para julgar o conflito de interesses a ele submetido (art.5, 33).

CONTRADITÓRIO. 5, 55

Efetiva oportunidade das partes formarem o convencimento do juiz Partes expõem suas razões.

É garantia fundamental da justiça.

Dialética processual. Audiência bilateral.

Autor apresente a tese. Réu apresenta a antítese. Juiz forma a síntese.

Como se dá ciência: citação, intimação e notificação. Não tem exceção.

Contraditório antecipado. Contraditório diferido. AMPLA DEFESA. 5, 55

Utilização pelas partes dos meios e recursos legais para a defesa de seus interesses

Ex: juiz indefere uma prova pertinente (cerceamento) FUNDAMENTAÇÃO. 93, IX

Motivação explícita dos atos decisórios.

Garantia às partes das razões do convencimento do juiz (persuasão racional)

Porque o juiz decidiu daquela forma.

Demonstração do raciocínio lógico-jurídico Exceção: júri popular.

PUBLICIDADE. 5, 60

Forma de controle da atividade jurisdicional. Os atos judiciais são públicos

Garantia de lisura do procedimento.

Exceção: art.155: interesse social ou defesa da intimidade; júri. CELERIDADE PROCESSUAL. 5, 78

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Emenda constitucional 45/2004

Desdobramento: celeridade da tramitação e razoabilidade na duração do processo

É norma de eficácia limitada: lei ordinária ou complementar explicitar.

DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. Juízes mais experientes.

Evitar erro judiciários.

PRINCIPIOS INTERNOS DO PROCESSO CIVIL AÇÃO E DISPONIBILIDADE.

Poder jurisdicional é inerte. Depende de provocação. Processo civil destina-se a compor litígios privados. Litígios privados, em regra são disponíveis.

Disponibilidade: poder de abrir mão de seus interesses. Autor pode ajuizar, pode desistir.

No processo civil (art.2, 128, 262).

Exceções: juiz pode mandar dar início a processo de inventário. VERDADE FORMAL.

Os interesses são privados. O juiz mantem-se inerte. Diferente do processo penal. Autor prova os fatos constitutivos.

O réu prova os fatos extintivos, impeditivos e modificativos. Uns entendem que o juiz não pode ficar inerte,

Devendo buscar a decisão justa. LEALDADE PROCESSUAL.

Partes devem trata-se com urbanidade e atuar com boa-fé. Urbanidade: art.15 – juiz manda riscar expressões injuriosas Boa-fé: art.16 a 18.

Todos que participam do processo (art.14), exceto o advogado. ORALIDADE.

Vantagem: contato direto do juiz com as partes. Julgamento justo. Só existe no rito do juizado especial.

Características: vinculação da pessoa física do juiz, concentração dos atos numa audiência e irrecorribilidade das decisões.

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ECONOMIA PROCESSUAL.

Os atos do processo devem ser praticados de forma menos onerosa para as partes

O processo é de resultados. Aproveitar atos já realizados. Abrandar as formalidades.

Chegar até a sentença com um mínimo de atividade processual. Ex: indeferimento da inicial, julgamento antecipado, conexão, litisconsórcio

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Aula 10/02

CAPITULO VII – DOS RECURSOS (ART.496 e ss DO CPC).

Teoria Geral dos Recursos.

Conceito: remédio voluntário e idôneo a disposição da parte

sucumbente, subjetivando a reforma, invalidação, esclarecimento ou a integração da decisão judicial. É um ônus processual e não uma obrigação, uma vez que é de apresentação facultativa da parte prejudicada.

Pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público.

O recurso de ofício do artigo 475 do CPC não é tecnicamente um recurso, pois nele não há inconformismo. É meio voluntário, pois é ato da parte, o juiz não pode recorrer. É, ao mesmo tempo, um direito e um ônus.

É meio impugnativo dentro de um mesmo processo. O exercício do recurso provoca a continuação do processo, não gerando um novo processo.

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Invalidar é desconstituir, decretar a nulidade de uma decisão.

Quando o órgão ad quem decreta a invalidade, deve determinar o retorno dos autos ao Juízo a quo, para que ele profira uma nova decisão. O órgão ad quem não pode prosseguir no julgamento, sob pena de supressão de instância.

Reformar é inverter o resultado do julgamento. A regra é que

o acórdão, mesmo quando mantém a sentença, a substitui.

Integrar é completar. Consiste em fazer com que a decisão

seja reeditada. O órgão esclarece o que havia dito com obscuridade, omissão ou contradição.

PRINCÍPIOS:

Princípio do duplo grau de jurisdição: submeter o

conhecimento da causa a dois órgãos jurisdicionais, sendo o segundo hierarquicamente superior ao primeiro. Juiz é ser humano e passível de cometer erros.

Taxatividade: os recursos existentes estão taxativamente

previstos em lei federal.

Unirrecorribilidade: em regra, contra cada decisão

impugnada há somente um recurso cabível.

Fungibilidade: é o recebimento de um recurso por outro.

Essa regra não está prevista expressamente no Código de Processo Civil; a jurisprudência a reconhece. Requisitos: Inocorrência de erro grosseiro (inescusável), dúvida objetiva

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acerca do cabimento do recurso, ausência de má-fé por parte do recorrente.

Dispositivo: recurso é iniciativa da parte, que delimita o

âmbito de seu inconformismo.

Pressupostos de Admissibilidade dos Recursos

Os recursos, como a própria ação, estão sujeitos a um duplo Juízo: Juízo de admissibilidade e um Juízo de mérito.

No Juízo de admissibilidade estão situados os pressupostos recursais, que são análogos às condições da ação e aos pressupostos processuais.

No Juízo de mérito, haverá a apreciação da pretensão recursal, podendo ocorrer o provimento ou o improvimento do recurso.

Os pressupostos processuais dividem-se em:

pressupostos objetivos: cabimento, tempestividade, regularidade formal, inexistência de fato impeditivo ou extintivo;

pressupostos subjetivos: interesse processual e

legitimidade.

Pressupostos Objetivos

1-Cabimento

É o Princípio da Taxatividade ou Tipicidade dos Recursos. O recurso cabível é o previsto em lei. Além de previsão legal, há

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a necessidade de se usar o recurso adequado. Ex: sentenças são apeláveis; decisões interlocutórias (ato pelo qual o juiz decide uma questão incidente sem pôr fim ao processo) são agraváveis.

Despachos de mero expediente (destinam-se a dar impulso ao processo) são irrecorríveis; eles não têm conteúdo decisório.

2-Tempestividade

Consiste na observância do prazo para interpor o ato. Prazo é o lapso temporal previsto pela lei para a prática de determinado ato.

A contagem do prazo se dá pela exclusão do dia inicial e inclusão do dia final; os prazos não se suspendem, nem se interrompem pela superveniência de feriados; os prazos somente se suspendem nas férias, exceto naquelas causas que têm curso nas férias.

ATENÇAO: Regras especiais.

A) se ocorrer a morte da parte ou do advogado, ou causa de força maior no curso do prazo recursal, haverá a integral devolução do prazo, ou seja, a interrupção do prazo;

B) o termo inicial do prazo recursal está condicionado à cientificação da parte: o prazo começa a fluir da leitura da sentença em audiência, desde que as partes tenham sido intimadas para a audiência; ou quando a sentença não for

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prolatada em audiência, o prazo começa a fluir a partir da intimação das partes na pessoa de seus advogados;

C) conta-se o prazo a partir da publicação da súmula do acórdão no Diário Oficial.

3- Regularidade formal ou procedimental

Requisitos do recurso:

a)Fundamentos da impugnação: os fundamentos devem ser

apresentados no ato da interposição do recurso.

b)Pedido: O pedido é que vai dar a extensão do efeito

devolutivo do recurso; vigora a regra de que tanto se devolve ao Tribunal, quanto se impugna.

c)Preparo: consiste no recolhimento de custas ou taxa

judiciária exigida. O art. 511 do CPC exige que a prova do preparo seja feita no ato da interposição do recurso. O parágrafo 2º admite a complementação do depósito

O preparo é dispensado para o MP, a Fazenda Pública e para outras pessoas que gozem de isenção legal. Ex.: pessoas que gozam do benefício da justiça gratuita.

DESERÇÃO: Não sendo efetuado o preparo de maneira tempestiva e regular, o recurso é denominado deserto. Pode ser declarada pelo Juízo a quo.

A deserção poderá ser relevada pelo Juízo, se a parte provar justo impedimento.

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4- Inexistência de fato impeditivo:

Renúncia e Desistência: renúncia é um ato de

disponibilidade do recurso que ainda não foi interposto pela parte. A desistência é um ato de disponibilidade do recurso já interposto. A renúncia e a desistência podem ser expressas ou tácitas: expressa (resulta de uma manifestação expressa das partes); tácita (são aquelas que decorrem de uma conduta incompatível com a vontade de recorrer; ocorre quando a parte dá cumprimento à decisão sem nenhuma ressalva - preclusão lógica do direito de recorrer).

Tanto a desistência quanto a renúncia independem de anuência da parte adversária.

Se houver desistência da apelação, ela transita em julgado. Depois da sentença, não há mais como desistir da ação, só sendo possível desistir do recurso, pois a desistência da ação se dá apenas em 1.º grau.

A desistência e renúncia não necessitam da anuência dos litisconsortes, mas as conseqüências sobre os demais litisconsortes que não recorreram dependerão da natureza do litisconsórcio.

Pressupostos Subjetivos

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Interesse significa sucumbência (derrota). Ocorre quando a parte tem uma frustração de expectativa dentro do processo, podendo obter uma situação mais vantajosa.

No Processo Civil, não há interesse para se alterar a motivação da sentença, quando essa for favorável.

A sucumbência pode ser recíproca, isto é, autor e réu podem ser vencidos e vencedores ao mesmo tempo. Havendo sucumbência recíproca, cada parte deve opor seu recurso autonomamente.

2-Legitimidade

Legitimadas para recorrer são as partes: todo aquele que se encontra em contraditório com o juiz.

Terceiro prejudicado pode recorrer: é todo aquele que não é parte, que não integra uma dada relação jurídica perante o juiz.

O MP também pode recorrer, pois tem legitimidade quando é parte ou quando é fiscal da lei.

O artigo 509: em caso de litisconsórcio, o recurso interposto por um litisconsorte a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos seus interesses.

Efeitos dos Recursos Impedir a preclusão

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A decisão não se torna imutável. Em se tratando de sentença, impede a coisa julgada. Libera a competência do órgão ad quem.

Efeito Devolutivo

Devolve ao Tribunal o conhecimento da matéria impugnada. Ocorre a transferência da matéria impugnada ao órgão ad quem. O recebimento do recurso apenas no efeito devolutivo enseja a execução provisória da decisão recorrida.

Efeito Suspensivo

Quando esse efeito existe, a interposição do recurso impede a produção dos efeitos da decisão recorrida. A suspensividade é a regra no recurso de apelação.

Remessa necessária: em certas ações verifica-se o duplo

grau de jurisdição obrigatório. Nestas ocasiões, o próprio juiz prolator da decisão, de ofício, determina o encaminhamento da mesma para a revisão do órgão superior (art.475).

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Aula 15/02

RECURSOS EM ESPÉCIE

APELAÇÃO:

É o recurso cabível contra a sentença.

Deve ser interposta perante o Juízo a quo (órgão que proferiu a sentença). É ele quem realiza o primeiro controle de admissibilidade do recurso, que pode ser positivo ou negativo. Sendo positivo o juízo de admissibilidade realizado no órgão a quo, a apelação é recebida. Se negativo, denega-se a apelação.

Recebendo a apelação, o juiz deve declarar os efeitos em que ele a recebe, não havendo discricionariedade em relação a esses efeitos. Mesmo que o juízo seja positivo, o apelado, em contra-razões, pode alegar a falta de alguns dos pressupostos de admissibilidade, podendo o juiz voltar atrás, convolando o juízo positivo em negativo.

O juízo negativo ocorre quando o juiz não admite o processamento da apelação. Dá-se por meio de uma decisão interlocutória. Caberá agravo de instrumento, pois se fosse retido não haveria como fazer subir a apelação para conhecer do agravo retido.

O juízo positivo do órgão a quo é irrecorrível, pois o órgão ad quem não está vinculado à admissibilidade de 1.º grau, que será objeto de preliminar no Tribunal.

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O juiz deve prover os efeitos. A parte da decisão que regula os efeitos é recorrível por meio de agravo de instrumento.

2.1. Efeitos do Recurso de Apelação

Em regra, a apelação tem duplo efeito, devolutivo e suspensivo. Somente nas hipóteses taxativamente previstas pela lei terá exclusivamente efeito devolutivo (art.520 – comentaremos a seguir)

Nos Juizados, embora seja usual utilizar o termo recurso de apelação, em verdade trata-se de recurso inominado, por força do art. 41 da Lei 9099/95.

Recurso de Apelação é cabível:

a) Contra sentença em procedimento ordinário; b) Contra sentença em procedimento sumário;

c) Contra sentença em processo de jurisdição voluntária; d) Contra sentença em processo de jurisdição contenciosa; e) Contra sentença em ações cautelares;

f) Contra decisão final em incidente de impugnação ao pedido de Justiça

Gratuita (art. 17 da Lei 1060/90)

g) Contra decisão final em impugnação ao pedido de cumprimento de

sentença”com extinção da execução (art. 475-M, § 3º)

h) Contra sentença proferida em Mandado de Segurança decidido em 1º

grau

A apelação tem também o efeito translativo, ou seja, ficam transferidas ao Tribunal pela apelação as questões anteriores à sentença acerca das

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quais não tenha ocorrido a preclusão (condições da ação e pressupostos processuais, ainda que não tenham sido objeto de decisão).

Na apelação, por força dos efeitos devolutivo e translativo, é vedada a

reformatio in pejus (reforma para pior). O Tribunal não pode agravar a

situação de quem recorreu, favorecendo a situação de quem não recorreu. Pelo efeito devolutivo, não ficam transferidas ao Tribunal questões de fato não propostas em 1.º grau, salvo caso de força maior. Quando a apelação for recebida só no efeito devolutivo, cabe ao vencedor promover a execução provisória.

OBSERVAÇOES:

1) A quem é dirigida? Ao Juiz de 1º grau;

2) O que deve conter? Nome e qualificação das partes, fundamentos de fato e de direito e o pedido de nova decisão (art. 514);

3) Pode ser interposta por fax? Sim, desde que o original seja apresentado em 5 dias contados imediatamente após a remessa do fax (lei 9800/99);

4) O que objetiva? Pode objetivar a reforma ou invalidação da sentença; 5) Qual o prazo? 15 dias (art. 508);

6) Quais os efeitos em que a apelação pode ser recebida? Devolutivo e suspensivo.

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8) Qual a extensão do efeito devolutivo? A apelação pode ser total ou parcial, tudo dependendo da impugnação que pode atingir toda a sentença ou apenas parte dela.

9) Como se mede a extensão do efeito devolutivo? É limitada pelo pedido do recorrente;

10)Como se mede a profundidade do efeito devolutivo? Fixada a extensão do objeto do recurso pelo requerimento formulado pela parte apelante, todas as questões suscitadas no processo que podem interferir assim em seu acolhimento como em sua rejeição terão de ser levadas em conta pelo tribunal (art. 515, § 1º).

11)Em quais processos o recurso de apelação será recebido no

efeito suspensivo?

O efeito suspensivo é regra geral. Contudo, nas hipóteses dos incisos I a VII do art. 520 do CPC, o recurso será ordinariamente recebido somente no efeito devolutivo.São elas: I - homologar a divisão ou a demarcação; II condenar à prestação de alimentos; IV decidir o processo cautelar; V -rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes; VI - julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem. VII – confirmar a antecipação dos efeitos da tutela;

12) É possível obter efeito suspensivo a um recuso que

ordinariamente não o tem?

Sim, desde que a sentença, ao produzir efeitos, possa resultar lesão grave e de difícil reparação e desde que seja relevante a fundamentação do recurso interposto (art.558).

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13)Contra a decisão que indevidamente recebe o recurso de

apelação no efeito

suspensivo cabe qual recurso? Agravo de instrumento, na forma do

art. 522.

14)A apelação pode ter função rescisória? Não, não pode desempenhar o papel rescisório de eventuais capítulos da sentença já transitados em julgado e que não tenham sido objeto de impugnação. 15) Em que hipótese pode se aplicada a regra do § 3º do art. 515? Desde que satisfeitos dois requisitos: (i) se a causa versar questão exclusivamente de direito; (ii) se estiver em condições de imediato julgamento.

16) É possível a aplicação do § 3º do art. 515 do CPC se existir

questão de fato que já estiver suficientemente provada por documentos? Não, sob pena de usurpar o primeiro grau de jurisdição.

Contudo, a doutrina não é unânime neste tema pois há quem defenda que o § 3º pode ser aplicado nesta hipótese.

17)É possível argüir fato novo na apelação? Sim, ante ao disposto no art. 517 e 462 do CPC.

22)É possível a reformatio in pejus na apelação? Não, embora não exista dispositivo que a proíba, em verdade essa vedação decorre do sistema (art. 2º, 128 e 460 do CPC).

23)Pode o juiz, ao receber o recurso, excluir matérias novas ao

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apelação? Não, a atuação do juiz limita-se em receber ou não o recurso.

Deve se ater apenas aos pressupostos de admissibilidade e não ao mérito, que, como estudado, é sempre decidido pelo órgão ad quem. 24)Em que hipótese pode o juiz não receber o recurso de apelação? O juiz não receberá o recurso de apelação quando a sentença estiver em conformidade com súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal.

25) Em que situações o TJ pode decretar a deserção? Quando o preparo não for recolhido no ato de interposição do recurso ou quando o preparo for realizado a menor e a parte não proceder a complementação no prazo de 5 dias na forma do art.511.

26)Qual o prazo para contra-razões? 15 dias

27)Quem já votou pode modificar seu voto? Sim, até o encerramento do julgamento

28) Em que ordem as matérias são votadas? As preliminares têm que ser votadas em

primeiro lugar e separadamente. Depois se vota o mérito.

29)É possível decidir monocraticamente um recurso de apelação? Sim, na forma

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30)Cabe sustentação oral em apelação? Sim, pelo tempo de 15 minutos para cada uma das partes. Primeiro fala o advogado do recorrente, depois o advogado do recorrido.

AGRAVO.

Há seis modalidades de agravo e para finalidades diferentes:

(i) de instrumento (art. 522);

(ii) retido (art. 522);

(iii) contra decisão que rejeita liminarmente os embargos infringentes

(art. 532);

(iv) contra decisão que não admite recurso especial ou recurso

extraordinário (art. 544);

(v) contra decisão que nega ou dá provimento de plano a recurso (art. 557, § 1º).

(vi) agravo regimental no STJ e STF.

Quando é cabível: nas decisões proferidas na(o):

a) impugnação ao valor da causa; b) exceção de incompetência relativa; c) exceção de suspeição;

d) incidente de argüição de falsidade documental; e) Liquidação de sentença (art. 475-H)

f) Impugnação ao pedido de cumprimento de sentença sem extinção da execução

(art. 475-M, § 3º) Espécies

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1) de instrumento – art.522: Cabível contra as decisões interlocutórias

suscetíveis de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida;

1) Qual o prazo? 10 dias

2) Pode ser interposto pelo correio? Sim, pode.

3) O que deve conter? I - a exposição do fato e do direito; II - as razões do pedido de reforma da decisão; III - o nome e o endereço completo dos advogados, constantes do processo. (art. 524) IV – Deve ser instruído, obrigatoriamente, com cópia das procurações das partes, cópia da decisão agravada, cópia da certidão de intimação da decisão agravada, cópia das peças necessárias ao conhecimento da controvérsia; que devem estar autenticadas ou devem ser declaradas autenticas pelo advogado (art. 544 do CPC por analogia);

4) Depende de preparo? Sim, depende de preparo; 5) A quem é dirigido? dirigido diretamente ao Tribunal

6) Em quais efeitos pode ser recebido? Ordinariamente, no efeito devolutivo. Excepcionalmente pode ser deferido o efeito suspensivo normal ou ativo, ou ainda a antecipação da tutela recursal.

7) Em quais hipóteses se admite a atribuição de efeito suspensivo? O relator poderá, a requerimento do agravante, nos casos de prisão civil,

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adjudicação, remição de bens, levantamento de dinheiro sem caução idônea e em outros casos dos quais possa resultar lesão grave e de difícil reparação, sendo relevante a fundamentação, suspender o cumprimento da decisão até o pronunciamento definitivo da turma ou câmara. (art. 558) 8) Quais as possíveis condutas do relator ao receber o agravo de

instrumento?

I – dar ou negar seguimento de plano (art. 557);

II - converter o agravo de instrumento em agravo retido;

III – receber o recurso; atribuir efeito suspensivo ou deferir, em antecipação de tutela, a pretensão recursal; determinar a intimação da parte para apresentar contra-razões; determinar a intimação do Juiz de 1º grau para prestar informações;

IV – receber o recurso; não atribuir efeito suspensivo ou indeferir a antecipação da tutela recursal; determinar a intimação da parte para apresentar contra-razões; determinar a intimação do Juiz de 1º grau para prestar informações;

10)Deve ser escrito? Sim, deve 11)Admite sustentação oral? Não

12)Admite retratação? Sim, na forma do art. 529

13) O que é a petição do art. 526? É petição da qual o recorrente deve se valer para informar ao juiz a quo a interposição do recurso para possibilitar a sua retratação, bem assim que preste informações.

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14) Qual a conseqüência do descumprimento da regra do art. 526? Não conhecimento do recurso. O descumprimento deve ser argüido e provado pelo recorrido.

15)É obrigatória a utilização da modalidade de instrumento em quais

hipóteses?

Contra as decisões relativas aos efeitos em que a apelação é recebida; contra as decisões que indeferem o processamento a apelação; contra as decisões que acolhem ou rejeitam os incidentes de impugnação ao valor da causa; contra as decisões que acolhem ou rejeitam os incidentes de argüição de falsidade de documento; contra as decisões proferidas no processo de execução;

16)Qual o prazo para contra-razões? 10 dias

17)Nas contra-razões o recorrido pode juntar documentos? Sim, pode na forma do art. 523, V do CPC.

18)Estando pendente de julgamento agravo de instrumento e for

proferida a sentença, o que acontecerá com o agravo? Se for

interposto recurso de apelação ele será julgado normalmente e antes da apelação na forma do art. 559 do CPC. Caso contrário, a considerável parte da doutrina que entende que o agravo estará prejudicado porque terá se formado a coisa julgada.

2) retido: Cabível contra as decisões interlocutórias não suscetíveis de

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1)Qual o prazo? 10 dias ou imediatamente contra decisões proferidas em audiência;

2)Depende de preparo? Não, não depende de preparo;

3)A quem é dirigido? É dirigido ao Juiz de 1º grau, isto é, ao próprio prolator da decisão agravada, pois é interposto nos próprios autos. Contudo, se não houver retratação será julgado pelo Tribunal de Justiça ou TRF, conforme o caso.

4)Depende de pauta para julgamento? Será julgado com a apelação, logo, depende de pauta porque a apelação depende de pauta.

5) Deve ser escrito? Pode ser escrito ou oral. Se for oral, será reduzido a termo.

6)O que deve conter?

I - a exposição do fato e do direito;

II - as razões do pedido de reforma da decisão;

7)Qual a formalidade deve ser cumprida para que seja conhecido? Não se conhecerá do agravo se a parte não requerer expressamente, nas razões ou na resposta da apelação, sua apreciação pelo Tribunal (art. 523,§ 3º). Em outras palavras, deve ser ratificado na razões de apelação ou nas contra-razões sob pena de, no silêncio, se entender que houve desistência tácita do recurso.

8)Admite sustentação oral? Não, mas como será julgado com a apelação é possível discorrer sobre ele oralmente.

(27)

9)Admite retratação? Sim, na forma do art. 523, § 2º do CPC.

10) É obrigatória a utilização da modalidade retida em quais

hipóteses? Contra as decisões proferidas na audiência de instrução e

julgamento e das posteriores à sentença e contra as decisões interlocutórias não-suscetíveis de causar a parte lesão grave e de difícil reparação.

11)Qual o prazo para contra-razões? 10 dias ou imediatamente para os agravos retidos interpostos em audiência de instrução e julgamento.

12)Estando pendente de julgamento agravo retido e for proferida a

sentença, o

que acontecerá com o agravo? Se for interposto recurso de apelação

ele será

julgado normalmente. Caso contrário, estará prejudicado.

3) do art. 557: cabível contra a decisão que nega seguimento ou dá

provimento de plano a apelação ou a agravo de instrumento; 1)Qual o prazo? 5 dias

2)O que deve conter? I - a exposição do fato e do direito; II - as razões do pedido de reforma da decisão;

(28)

4)A quem é dirigido? Dirigido diretamente ao próprio relator, ou seja, ao prolator da decisão agravada.

5)Em quais efeitos pode ser recebido? Apenas no efeito devolutivo. 6)Quais as possíveis condutas do relator ao receber o agravo do art.

557? I –retratar-se; II – colocar o recurso em mesa para julgamento pela

turma.

7)Depende de pauta para julgamento? Não, será sempre decidido na sessão imediatamente seguinte a interposição independentemente de pauta.

8)Deve ser escrito? Sim, deve 9)Admite sustentação oral? Não. 10)Admite retratação? Sim

11)Qual o prazo para contra-razões? Não há contra-razões.

12)Onde é interposto? É interposto nos próprios autos, isto é, no próprio recurso denegado ou provido de plano.

4) de instrumento contra a decisão que nega seguimento a recurso especial ou

extraordinário:

(29)

2)O que deve conter? I - a exposição do fato e do direito; II - as razões do pedido de

reforma da decisão; III - será instruído com as peças apresentadas pelas partes, devendo constar obrigatoriamente, sob pena de não conhecimento, cópias do acórdão recorrido, da certidão da respectiva intimação, da petição de interposição do recurso denegado, das contra-razões, da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado. 3)As cópias devem ser autenticadas? Sim, devem ser autenticadas ou declaradas autenticas pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal.

4)Depende de preparo? Não, não depende de preparo (art. 544,§ 2º); 5)A quem é dirigido? Ao Presidente do Tribunal de origem (art. 544,§ 2º); Diferentemente do que o agravo de instrumento comum, este recurso é interposto no Tribunal local, que, por sua vez, após determinar a intimação do agravado, o remete às instâncias superiores para processamento do recurso;

6)Qual a atribuição do Presidente do Tribunal local? Intimar a parte contrária para apresentar contra-razões e depois, apresentadas ou não as contra-razões, remeter os autos para o Superior Tribunal de Justiça. 7)Em quais efeitos pode ser recebido? Apenas no efeito devolutivo. 8)Deve ser escrito? Sim, deve

(30)

9)Admite sustentação oral? Não 10)Admite retratação? Não.

11)Qual o prazo para contra-razões? 10 dias

12) Nas contra-razões o recorrido pode juntar documentos? Sim 13) É necessária (pelo recorrente) a interposição de agravo de instrumento contra

decisão que admite parcial seguimento a recurso especial? Não.

Súmula 528 do STF e Súmula 292 do STF

5) agravo regimental no STJ ou STF:

1)Qual o prazo? 5 dias

2)O que deve conter? I - a exposição do fato e do direito; II - as razões do pedido de reforma da decisão;

3)Pode ser interposta por fax? Sim, desde que o original seja apresentado em 5 dias contados imediatamente após a remessa do fax (lei 9800/99);

4)Depende de preparo? Não, não depende de preparo;

5)quem é dirigido? Dirigido diretamente ao próprio relator, ou seja, ao prolator da decisão agravada.

6)Em quais efeitos pode ser recebido? Apenas no efeito devolutivo. 7)Quais as possíveis condutas do relator ao receber o agravo

regimental? I – retratar-se; II – colocar o recurso em mesa para

julgamento pela turma.

8)depende de pauta para julgamento? Não, será sempre decidido na sessão imediatamente seguinte a interposição independentemente de pauta.

9)Deve ser escrito? Sim, deve 10)Admite sustentação oral? Não.

(31)

11)Admite retratação? Sim

12)Qual o prazo para contra-razões? Não há contra-razões.

13)Onde é interposto? É interposto nos próprios autos, isto é, no próprio recurso denegado;

6) do art. 532 (decisão que não admite embargos infringentes):

1)Qual o prazo? 5 dias

2)O que deve conter? I - a exposição do fato e do direito; II - as razões do pedido de reforma da decisão;

3)Depende de preparo? Não, não depende de preparo;

4)A quem é dirigido? Dirigido diretamente ao próprio relator, ou seja, ao prolator da decisão agravada.

5)Em quais efeitos pode ser recebido? Apenas no efeito devolutivo. 6)Quais as possíveis condutas do relator ao receber o agravo

regimental? I –retratar-se; II – colocar o recurso em mesa para

julgamento pela turma.

7)Depende de pauta para julgamento? Não, será sempre decidido na sessão imediatamente seguinte a interposição independentemente de pauta.

8)Deve ser escrito? Sim, deve 9)Admite sustentação oral? Não. 10)Admite retratação? Sim

11)Qual o prazo para contra-razões? Não há contra-razões.

12)Onde é interposto? É interposto nos próprios autos, isto é, no próprio recurso denegado;

(32)

REGRAS PARA JULGAMENTO, PELOS ÓRGÃOS COLEGIADOS, DA APELAÇÃO E DO AGRAVO

O julgamento dos recursos de apelação e de agravo pelos órgãos colegiados dos tribunais também foi regulamentado na Lei n. 10.352/01. Assim, disciplina o novo texto do artigo 555 o julgamento dos recursos, por ao menos três juízes do órgão responsável, seja este órgão câmara, turma, grupos de câmaras e etc, geralmente composto por cinco membros.

Prevê ainda, como forma de prevenir a conflitância de julgados, dentro de um mesmo tribunal, atendendo ao princípio da harmonia dos julgados, a possibilidade de o relator pedir seja o julgamento realizado pelo órgão maior previsto no regimento, que por sua vez, dependerá de reconhecimento pelo órgão maior da relevante questão de direito constante do recurso, capaz de tornar conveniente a composição ou prevenção de divergência no tribunal.

Por fim, o artigo prevê a possibilidade de qualquer julgador, da câmara ou turma, ou dos órgãos maiores, quando incumbido do julgamento, pedir vista por uma sessão, caso não esteja habilitado a proferir seu voto, como forma de garantir segurança no julgamento pela autoridade judicial de segunda instância. Abaixo, encontra-se transcrito o texto do artigo 555 do diploma processual civil, para melhor entendimento:

“Art. 555

No julgamento de apelação ou de agravo, a decisão será tomada, na câmara ou turma, pelo voto de 3 (três) juízes.

(33)

§. 1.º Ocorrendo relevante questão de direito, que faça conveniente prevenir ou compor divergência entre câmaras ou turmas do tribunal, poderá o relator propor seja o recurso julgado pelo órgão colegiado que o regimento indicar; reconhecendo o interesse público na assunção de competência, esse órgão colegiado julgará o recurso.

§. 2.º A qualquer juiz integrante do órgão julgador é facultado pedir vista por uma sessão, se não estiver habilitado a proferir imediatamente o seu voto (NR).

(34)

Aulla 17/02

AGRAVO.

Há seis modalidades de agravo e para finalidades diferentes:

(i) de instrumento (art. 522);

(ii) retido (art. 522);

(iii) contra decisão que rejeita liminarmente os embargos infringentes

(art. 532);

(iv) contra decisão que não admite recurso especial ou recurso

extraordinário (art. 544);

(v) contra decisão que nega ou dá provimento de plano a recurso (art. 557, § 1º).

(vi) agravo regimental no STJ e STF.

Quando é cabível: nas decisões proferidas na(o):

a) impugnação ao valor da causa; b) exceção de incompetência relativa; c) exceção de suspeição;

d) incidente de argüição de falsidade documental; e) Liquidação de sentença (art. 475-H)

f) Impugnação ao pedido de cumprimento de sentença sem extinção da execução

(art. 475-M, § 3º) Espécies

1) de instrumento – art.522: Cabível contra as decisões interlocutórias

(35)

como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida;

1) Qual o prazo? 10 dias

2) Pode ser interposto pelo correio? Sim, pode.

3) O que deve conter? I - a exposição do fato e do direito; II - as razões do pedido de reforma da decisão; III - o nome e o endereço completo dos advogados, constantes do processo. (art. 524) IV – Deve ser instruído, obrigatoriamente, com cópia das procurações das partes, cópia da decisão agravada, cópia da certidão de intimação da decisão agravada, cópia das peças necessárias ao conhecimento da controvérsia; que devem estar autenticadas ou devem ser declaradas autenticas pelo advogado (art. 544 do CPC por analogia);

4) Depende de preparo? Sim, depende de preparo; 5) A quem é dirigido? dirigido diretamente ao Tribunal

6) Em quais efeitos pode ser recebido? Ordinariamente, no efeito devolutivo. Excepcionalmente pode ser deferido o efeito suspensivo normal ou ativo, ou ainda a antecipação da tutela recursal.

7) Em quais hipóteses se admite a atribuição de efeito suspensivo? O relator poderá, a requerimento do agravante, nos casos de prisão civil, adjudicação, remição de bens, levantamento de dinheiro sem caução idônea e em outros casos dos quais possa resultar lesão grave e de difícil

(36)

reparação, sendo relevante a fundamentação, suspender o cumprimento da decisão até o pronunciamento definitivo da turma ou câmara. (art. 558) 8) Quais as possíveis condutas do relator ao receber o agravo de

instrumento?

I – dar ou negar seguimento de plano (art. 557);

II - converter o agravo de instrumento em agravo retido;

III – receber o recurso; atribuir efeito suspensivo ou deferir, em antecipação de tutela, a pretensão recursal; determinar a intimação da parte para apresentar contra-razões; determinar a intimação do Juiz de 1º grau para prestar informações;

IV – receber o recurso; não atribuir efeito suspensivo ou indeferir a antecipação da tutela recursal; determinar a intimação da parte para apresentar contra-razões; determinar a intimação do Juiz de 1º grau para prestar informações;

10)Deve ser escrito? Sim, deve 11)Admite sustentação oral? Não

12)Admite retratação? Sim, na forma do art. 529

13) O que é a petição do art. 526? É petição da qual o recorrente deve se valer para informar ao juiz a quo a interposição do recurso para possibilitar a sua retratação, bem assim que preste informações.

14) Qual a conseqüência do descumprimento da regra do art. 526? Não conhecimento do recurso. O descumprimento deve ser argüido e provado pelo recorrido.

(37)

15)É obrigatória a utilização da modalidade de instrumento em quais

hipóteses?

Contra as decisões relativas aos efeitos em que a apelação é recebida; contra as decisões que indeferem o processamento a apelação; contra as decisões que acolhem ou rejeitam os incidentes de impugnação ao valor da causa; contra as decisões que acolhem ou rejeitam os incidentes de argüição de falsidade de documento; contra as decisões proferidas no processo de execução;

16)Qual o prazo para contra-razões? 10 dias

17)Nas contra-razões o recorrido pode juntar documentos? Sim, pode na forma do art. 523, V do CPC.

18)Estando pendente de julgamento agravo de instrumento e for

proferida a sentença, o que acontecerá com o agravo? Se for

interposto recurso de apelação ele será julgado normalmente e antes da apelação na forma do art. 559 do CPC. Caso contrário, a considerável parte da doutrina que entende que o agravo estará prejudicado porque terá se formado a coisa julgada.

2) retido: Cabível contra as decisões interlocutórias não suscetíveis de

causar à parte lesão grave e de difícil reparação;

1)Qual o prazo? 10 dias ou imediatamente contra decisões proferidas em audiência;

(38)

3)A quem é dirigido? É dirigido ao Juiz de 1º grau, isto é, ao próprio prolator da decisão agravada, pois é interposto nos próprios autos. Contudo, se não houver retratação será julgado pelo Tribunal de Justiça ou TRF, conforme o caso.

4)Depende de pauta para julgamento? Será julgado com a apelação, logo, depende de pauta porque a apelação depende de pauta.

5) Deve ser escrito? Pode ser escrito ou oral. Se for oral, será reduzido a termo.

6)O que deve conter?

I - a exposição do fato e do direito;

II - as razões do pedido de reforma da decisão;

7)Qual a formalidade deve ser cumprida para que seja conhecido? Não se conhecerá do agravo se a parte não requerer expressamente, nas razões ou na resposta da apelação, sua apreciação pelo Tribunal (art. 523,§ 3º). Em outras palavras, deve ser ratificado na razões de apelação ou nas contra-razões sob pena de, no silêncio, se entender que houve desistência tácita do recurso.

8)Admite sustentação oral? Não, mas como será julgado com a apelação é possível discorrer sobre ele oralmente.

(39)

10) É obrigatória a utilização da modalidade retida em quais

hipóteses? Contra as decisões proferidas na audiência de instrução e

julgamento e das posteriores à sentença e contra as decisões interlocutórias não-suscetíveis de causar a parte lesão grave e de difícil reparação.

11)Qual o prazo para contra-razões? 10 dias ou imediatamente para os agravos retidos interpostos em audiência de instrução e julgamento.

12)Estando pendente de julgamento agravo retido e for proferida a

sentença, o

que acontecerá com o agravo? Se for interposto recurso de apelação

ele será

julgado normalmente. Caso contrário, estará prejudicado.

3) do art. 557: cabível contra a decisão que nega seguimento ou dá

provimento de plano a apelação ou a agravo de instrumento; 1)Qual o prazo? 5 dias

2)O que deve conter? I - a exposição do fato e do direito; II - as razões do pedido de reforma da decisão;

3)Depende de preparo? Não, não depende de preparo;

4)A quem é dirigido? Dirigido diretamente ao próprio relator, ou seja, ao prolator da decisão agravada.

(40)

5)Em quais efeitos pode ser recebido? Apenas no efeito devolutivo. 6)Quais as possíveis condutas do relator ao receber o agravo do art.

557? I –retratar-se; II – colocar o recurso em mesa para julgamento pela

turma.

7)Depende de pauta para julgamento? Não, será sempre decidido na sessão imediatamente seguinte a interposição independentemente de pauta.

8)Deve ser escrito? Sim, deve 9)Admite sustentação oral? Não. 10)Admite retratação? Sim

11)Qual o prazo para contra-razões? Não há contra-razões.

12)Onde é interposto? É interposto nos próprios autos, isto é, no próprio recurso denegado ou provido de plano.

4) de instrumento contra a decisão que nega seguimento a recurso especial ou

extraordinário:

1)Qual o prazo? 10 dias

2)O que deve conter? I - a exposição do fato e do direito; II - as razões do pedido de

(41)

reforma da decisão; III - será instruído com as peças apresentadas pelas partes, devendo constar obrigatoriamente, sob pena de não conhecimento, cópias do acórdão recorrido, da certidão da respectiva intimação, da petição de interposição do recurso denegado, das contra-razões, da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado. 3)As cópias devem ser autenticadas? Sim, devem ser autenticadas ou declaradas autenticas pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal.

4)Depende de preparo? Não, não depende de preparo (art. 544,§ 2º); 5)A quem é dirigido? Ao Presidente do Tribunal de origem (art. 544,§ 2º); Diferentemente do que o agravo de instrumento comum, este recurso é interposto no Tribunal local, que, por sua vez, após determinar a intimação do agravado, o remete às instâncias superiores para processamento do recurso;

6)Qual a atribuição do Presidente do Tribunal local? Intimar a parte contrária para apresentar contra-razões e depois, apresentadas ou não as contra-razões, remeter os autos para o Superior Tribunal de Justiça. 7)Em quais efeitos pode ser recebido? Apenas no efeito devolutivo. 8)Deve ser escrito? Sim, deve

9)Admite sustentação oral? Não 10)Admite retratação? Não.

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11)Qual o prazo para contra-razões? 10 dias

12) Nas contra-razões o recorrido pode juntar documentos? Sim 13) É necessária (pelo recorrente) a interposição de agravo de instrumento contra

decisão que admite parcial seguimento a recurso especial? Não.

Súmula 528 do STF e Súmula 292 do STF

5) agravo regimental no STJ ou STF:

1)Qual o prazo? 5 dias

2)O que deve conter? I - a exposição do fato e do direito; II - as razões do pedido de reforma da decisão;

3)Pode ser interposta por fax? Sim, desde que o original seja apresentado em 5 dias contados imediatamente após a remessa do fax (lei 9800/99);

4)Depende de preparo? Não, não depende de preparo;

5)quem é dirigido? Dirigido diretamente ao próprio relator, ou seja, ao prolator da decisão agravada.

6)Em quais efeitos pode ser recebido? Apenas no efeito devolutivo. 7)Quais as possíveis condutas do relator ao receber o agravo

regimental? I – retratar-se; II – colocar o recurso em mesa para

julgamento pela turma.

8)depende de pauta para julgamento? Não, será sempre decidido na sessão imediatamente seguinte a interposição independentemente de pauta.

9)Deve ser escrito? Sim, deve 10)Admite sustentação oral? Não. 11)Admite retratação? Sim

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13)Onde é interposto? É interposto nos próprios autos, isto é, no próprio recurso denegado;

6) do art. 532 (decisão que não admite embargos infringentes):

1)Qual o prazo? 5 dias

2)O que deve conter? I - a exposição do fato e do direito; II - as razões do pedido de reforma da decisão;

3)Depende de preparo? Não, não depende de preparo;

4)A quem é dirigido? Dirigido diretamente ao próprio relator, ou seja, ao prolator da decisão agravada.

5)Em quais efeitos pode ser recebido? Apenas no efeito devolutivo. 6)Quais as possíveis condutas do relator ao receber o agravo

regimental? I –retratar-se; II – colocar o recurso em mesa para

julgamento pela turma.

7)Depende de pauta para julgamento? Não, será sempre decidido na sessão imediatamente seguinte a interposição independentemente de pauta.

8)Deve ser escrito? Sim, deve 9)Admite sustentação oral? Não. 10)Admite retratação? Sim

11)Qual o prazo para contra-razões? Não há contra-razões.

12)Onde é interposto? É interposto nos próprios autos, isto é, no próprio recurso denegado;

REGRAS PARA JULGAMENTO, PELOS ÓRGÃOS COLEGIADOS, DA APELAÇÃO E DO AGRAVO

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O julgamento dos recursos de apelação e de agravo pelos órgãos colegiados dos tribunais também foi regulamentado na Lei n. 10.352/01. Assim, disciplina o novo texto do artigo 555 o julgamento dos recursos, por ao menos três juízes do órgão responsável, seja este órgão câmara, turma, grupos de câmaras e etc, geralmente composto por cinco membros.

Prevê ainda, como forma de prevenir a conflitância de julgados, dentro de um mesmo tribunal, atendendo ao princípio da harmonia dos julgados, a possibilidade de o relator pedir seja o julgamento realizado pelo órgão maior previsto no regimento, que por sua vez, dependerá de reconhecimento pelo órgão maior da relevante questão de direito constante do recurso, capaz de tornar conveniente a composição ou prevenção de divergência no tribunal.

Por fim, o artigo prevê a possibilidade de qualquer julgador, da câmara ou turma, ou dos órgãos maiores, quando incumbido do julgamento, pedir vista por uma sessão, caso não esteja habilitado a proferir seu voto, como forma de garantir segurança no julgamento pela autoridade judicial de segunda instância. Abaixo, encontra-se transcrito o texto do artigo 555 do diploma processual civil, para melhor entendimento:

“Art. 555

No julgamento de apelação ou de agravo, a decisão será tomada, na câmara ou turma, pelo voto de 3 (três) juízes. §. 1.º Ocorrendo relevante questão de direito, que faça conveniente prevenir ou compor divergência entre

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câmaras ou turmas do tribunal, poderá o relator propor seja o recurso julgado pelo órgão colegiado que o regimento indicar; reconhecendo o interesse público na assunção de competência, esse órgão colegiado julgará o recurso.

§. 2.º A qualquer juiz integrante do órgão julgador é facultado pedir vista por uma sessão, se não estiver habilitado a proferir imediatamente o seu voto (NR).

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