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Fluxo de caixa como ferramenta de controle e tomada de decisões aplicável a empresas comerciais optantes pelo Simples Nacional: um estudo de caso em uma microempresa do setor de autopeças.

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA- UEPB CENTRO DE CIÊNCIAS HUNAMAS E EXATAS- CCHE CAMPUS VI – POETA PINTO DO MONTEIRO CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS. JANE D’ARK DE MELO LEITE. FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE CONTROLE E TOMADA DE DECISÕES APLICÁVEL A EMPRESAS COMERCIAIS OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL: um estudo de caso em uma microempresa do setor de autopeças.. MONTEIRO 2016.

(2) JANE D’ARK DE MELO LEITE. FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE CONTROLE E TOMADA DE DECISÕES APLICÁVEL A EMPRESAS COMERCIAIS OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL: um estudo de caso em uma microempresa do setor de autopeças.. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual da Paraíba – Campus VI – Poeta Pinto do Monteiro, como requisito para a qualificação do título de Bacharel em Ciências Contábeis. Área de concentração: Ciências Contábeis. Orientador: Prof. Me. Gilberto Franco de Lima Júnior.. MONTEIRO 2016.

(3) L533f. Leite, Jane D'ark de Melo. Fluxo de caixa como ferramenta de controle e tomada de decisões aplicável a empresas comerciais optantes pelo Simples Nacional [manuscrito] : um estudo de caso em uma microempresa do setor de autopeças / Jane D'ark de Melo Leite. - 2016. 63 p. : il. color. Digitado. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em CIÊNCIAS CONTÁBEIS) - Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Ciências Humanas e Exatas, 2016. "Orientação: Prof. Me. Gilberto Franco de Lima Júnior, Departamento de CIÊNCIAS CONTÁBEIS". 1. Fluxo de Caixa. 2. Simples Nacional. 3. Contabilidade no processo decisório.4. Setor de autopeças. I. Título. 21. ed. CDD 657.48.

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(5) À minha família, que me dá suporte e apoio nas minhas decisões e me incentivou na realização desse sonho. “Tudo posso naquele que me fortalece.”.

(6) AGRADECIMENTOS. Em primeiro lugar agradeço a Deus, por ter me possibilitado chegar até aqui, muitas vezes passando por situações adversas e provações que, com certeza, foram bem planejadas por ele para que eu pudesse aprender com elas e crescer intelectualmente e espiritualmente. Tenho convicção que tudo que acontece nas nossas vidas tem o dedo dele e dos seus intercessores, e que embora algumas coisas nos deixem tristes, há sempre um lado bom, o que nos faz mudar e nos tornar pessoas melhores, mais sensíveis com relação aos que nos cercam e com a vida. Agradeço a minha mãe Mª Aparecida, minha avó Doraci e meu avô Crispino que sempre me mostraram um caminho cheio de aprendizagem, crescimento e evolução pessoal que resolvi trilhar. Agradeço a minha irmã Dandara por todo suporte e amor concedido na trajetória de minha vida, obrigada pelo incentivo. Aos irmãos que ganhei durante esse tempo: Damiana Santiago, Keila Amador, Wendel Reis, Glória Mércia, Iara Almeida, Antonielle Chalega, Marta Verônica, Luciene Guerra, Maíra, Marcio, Vandileide e J. Thiago, obrigada pelo apoio na conclusão deste curso que tornou minha vida mais rica de oportunidades para o meu crescimento em todos os sentidos e na realização deste sonho. Agradecer também a meu eterno mestre e amigo José Anchieta Barros (in memoriam) que me deu a oportunidade de seguir minha carreira e trilha um caminho que será de vitorias, pois sei que tenho um paizão lá no céu torcendo por mim. Em fim, agradeço a todos que contribuíram direta ou indiretamente, auxiliando-me com material de apoio, bibliografias e sugestões, amigos, amigas, professores por todos os ensinamentos e trocas de experiências ao longo dessa caminha, em especial ao meu orientador Me. Gilberto Franco que se empenhou em me auxiliar nesse fim de jornada acadêmica, aos colegas que se aproximaram do meu caminho e que seguem junto ou em outras direções. Todos foram importantes, sem exceção. Obrigada!.

(7) “A contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. Todas as movimentações possíveis de mensuração monetária são registradas pela contabilidade, que, em seguida, resume os dados registrados em forma de relatórios e os entrega aos interessados em conhecer a situação da empresa.” Marion (1998, p. 24)..

(8) RESUMO O presente estudo possui como temática o fluxo de caixa como ferramenta de controle e tomada de decisões aplicável a empresas comerciais optantes pelo Simples Nacional: um estudo de caso em uma microempresa do setor de autopeças. Teve como problemática, averiguar qual a utilidade que o fluxo de caixa apresenta como ferramenta de controle para tomada de decisões. Teve como objetivo geral identificar qual a utilidade que o fluxo de caixa tem como ferramenta de controle para tomada de decisões aplicável a empresas comerciais optantes pelo simples nacional. E como objetivos específicos: evidenciar a importância da Demonstração do Fluxo de Caixa - DFC para o controle e tomada decisões gerenciais; analisar os dados coletados através do estudo das demonstrações contábeis da empresa; identificar a real utilização da DFC na empresa analisada, mostrando as possíveis decisões gerenciais. Para concretização de tais objetivos, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, descritiva e estudo de caso em uma microempresa do setor de autopeças localizada no Cariri Paraibano. No tocante à abordagem do problema se classifica como quali - quantitativa. Dentre as técnicas utilizadas podemos mencionar a elaboração da DFC pelo método direto, com base nos documentos fornecidos pela empresa, para posterior analise das informações através de alguns indicadores. Como resultado, os dados revelam que a empresa possui uma boa geração de caixa operacional que lhe proporciona manter suas atividades, remunerar seu sócio sem ter a necessidade de recorrer a fontes externas de financiamentos e auxiliar no processo decisório. Por fim, que é possível através desta ferramenta obter informações gerenciais e informações estratégicas no tocante a geração de caixa, equivalente de caixa, imobilização de recursos e rentabilidade. Palavras-Chave: Fluxo de Caixa. Demonstração do Fluxo de Caixa. Tomada de decisões..

(9) ABSTRACT The present work has as a subject the cash flow as a tool of control and applicable decision making to commercial companies opting for simple national: a case study in a microenterprise in the auto parts sector. With the overall goal of which derives the identifying problem what the use of cash flow has as a control tool for decision-making. The global aim is identify the utility that the cash flow has as a control tool for decision-making applicable to commercial enterprises opting for simple national. And as specific objectives: to highlight the importance of the Cash Flow Statement - CFS for control and making management decisions; to analyze the collected data through the study of the company’s financial statements; to identify the actual use of the CFS in the analyzed company, showing the possible management decisions. To achieve these objectives, an exploratory research, descriptive and case study on a micro-enterprise in the auto parts industry located in the Cariri Paraibano. Regarding the problem of the approach is classified as quali-quantitative. Among the used techniques we can mention the development of CFS by the direct method, based on the documents provided by the company for further analysis of the information through some indicators. As a result, the data show that the company has a good operating cash flow that provide it keeping its activities, pay your partner without having to resort to external sources of financing and assist in decision making. Finally, it is possible through this tool obtain management information and strategic information regarding to the generation of cash, cash equivalents, resource immobilization and profitability. Key words: Cash flow. Cash Flow Statement. Decision-making..

(10) LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Evolução da Contabilidade............................................................................... 22 Quadro 2 - Modelos Contábeis Vigentes no Brasil.............................................................33.

(11) LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Nascimento de empresas por ano..................................................................... 25 Gráfico 2 - Regime tributário das MPE’s............................................................................26.

(12) LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Tabela 2 – Tabela 3 – Tabela 4 – Tabela 5 – Tabela 6 – Tabela 7 – Tabela 8 – Tabela 9 –. Demonstração dos Fluxos de Caixa pelo Método Direto................................ 37 Demonstração dos Fluxos de Caixa pelo Método Indireto............................. 40 Indicadores...................................................................................................... 43 Demonstração do Fluxo de Caixa Direto........................................................ 44 Balanço Patrimonial.........................................................................................45 Informações Coletadas.................................................................................... 46 Índice de Cobertura de Dívidas com Caixa..................................................... 46 Índice de Qualidade do Resultado.................................................................. 47 Índice de Retorno sobre o Patrimônio Líquido............................................... 47.

(13) LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS. ANEEL ANS ANTT BACEN CFC CMN CNC CPC 03(R2). Agência Nacional de Energia Elétrica Agência Nacional de Saúde Suplementar Assessoria Nacional ao Transporte Terrestre Banco Central do Brasil Conselho Federal de Contabilidade Conselho Monetário Nacional Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo Pronunciamento Técnico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade. Demonstração dos Fluxos de Caixa.. Pronunciamento Técnico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC 26(R1) Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade. Apresentação das Demonstrações Contábeis. CSLL Contribuição Social sobre Lucro Liquido CVM Comissão de Valores Mobiliários DFC Demonstração de Fluxo de Caixa DRE Demonstração de Resultado do Exercício DOAR Demonstrações de origens e aplicações de recursos EI Empresário Individual EIRELI Empresa Individual de Responsabilidade Limitada EPP Empresa de Pequeno Porte FCI FCI - Fluxo de Caixa Investimentos CFC FCF- Fluxo de Caixa Financeiro FCO FCO - Fluxo de Caixa Operacional IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil IBTP Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação IR Imposto de Renda LTDA Sociedade Limitada ME Microempresa MEIs Microempreendedores Individuais MPE’s Micro e Pequenas Empresas NBC TG03(R2) Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas Normas e Procedimentos de Contabilidade NPC SEBRAE Serviço de Apoio ás Pequenas e Médias Empresas SIMPLES SUSEP S/A. Sistema Simplificado de Recolhimento de Impostos Federais Superintendência de Seguros Privados Sociedade Anônima.

(14) SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 14 1.1 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 16 1.1.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................ 16 1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................... 16 1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 16 1.3 METODOLOGIA DA PESQUISA .................................................................................... 18 1.3.1 QUANTO AOS OBJETIVOS ......................................................................................... 18 1.3.2 QUANTO AOS PROCEDIMENTOS ............................................................................. 19 1.3.3 QUANTO À ABORDAGEM.......................................................................................... 19 1.3.4 QUANTO AO MÉTODO ............................................................................................... 20 1.3.5 QUANTO AOS PROCEDIMENTOS DA COLETA DOCUMENTAL ........................ 21 2 REFERÊNCIAL TEORICO .............................................................................................. 21 2.1 ABORDAGEM HISTÓRICA ............................................................................................ 22 2.2 INTERPRETAÇÃO TÉCNICA GERAL - ITG 1.000 PARA MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE. ....................................................................................... 23 2.3 PARTICIPAÇÃO DAS MPES NA ECONOMIA BRASILEIRA ..................................... 24 2.4 GESTÃO ECONÔMICA E FINANCEIRA DAS MPES .................................................. 27 2.5 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA .................................................................. 28 2.5.1 FINALIDADES, OBJETIVOS E CONCEITOS DA DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA ............................................................................................................................... 29 2.5.2 LEGISLAÇÕES SOBRE DEMONSTRAÇÕES DE FLUXOS DE CAIXA ................. 31 2.5.3 COMITÊ. DE. PRONUNCIAMENTOS. CONTÁBEIS. PRONUNCIAMENTO. TÉCNICO – CPC 03 (R2) ........................................................................................................ 32 2.5.4 MÉTODO DIRETO ........................................................................................................ 37 2.5.5 MÉTODO INDIRETO .................................................................................................... 39 2.5.6 PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS NA ANÁLISE DA DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA. ....................................................................... 41 3 ESTUDO DE CASO ............................................................................................................ 43 3.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ANALISADA .......................................................... 43 3.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS ....................................................................................... 46 4 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 50 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 52.

(15) ANEXOS ................................................................................................................................. 55.

(16) 14. 1. INTRODUÇÃO. Diante do atual cenário global a contabilidade é um importante instrumento que visa demonstrar a situação patrimonial das entidades para tomada de decisão de usuários internos e externos. A evolução da Ciência Contábil tornou-se indispensável à administração empresarial moderna que precisa ser eficiente e eficaz demanda por práticas de gestão, baseadas na informação contábil para a tomada de suas decisões. A contabilidade, segundo Marion (2003, p.23) “é o instrumento que auxilia a administração a tomar decisões, com a coleta de todos os dados econômicos, mensurandoos monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem para a tomada de decisão”, logo, pode-se dizer que a contabilidade é um instrumento importante para o controle das atividades e do gerenciamento de caixa das empresas, impactando assim, na continuidade das mesmas. Padoveze (2007, p. 29) define a contabilidade como “sistema de informações que controla o patrimônio de uma entidade”. Nesse contexto a ciência contábil, através de suas demonstrações irá mediar e avaliar o patrimônio e os resultados auferidos pela Administração da entidade durante determinado período. O desafio maior está reservado às pequenas empresas, que tem um alto índice de mortalidade. Gitman (2002, p. 12) diz que “uma empresa pode ser lucrativa e mesmo assim fracassar, devido a um insuficiente fluxo de caixa para satisfazer suas obrigações nas datas de vencimento”. Diante disso, a gestão das pequenas empresas passam a ser de interesse não só dos pequenos empreendedores, mas também de seus usuários externos. Há que se introduzir em larga escala a cultura do planejamento, do orçamento e do controle interno nas MPE’s. Pois, não havendo planejamento e controle, não há um eficaz processo decisório nessas empresas, e sem um bom processo decisório as empresas entram em colapso. Assim, a informação contábil é vital para a sobrevivência dessas entidades, porque é através dela que se identifica a situação econômica e financeira da empresa, essencial para a tomada de decisões. Tendo em vista essas necessidades das MPE’s pode-se dizer que, ter um bom planejamento de caixa é extremamente importante, pois, reduz significativamente o risco de.

(17) 15 insolvências das empresas. Esse planejamento se dará através dos relatórios fornecidos pela contabilidade a partir de suas demonstrações contábeis. De acordo com o pronunciamento técnico (CPC 26 R1, p.5) “O objetivo das demonstrações contábeis é o de proporcionar informação acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas”. Essas demonstrações relataram informações aos usuários sobre fatos registrados pela empresa e refletem a saúde da entidade, bem como sinalizam ao gestor sobre o passado, presente e futuro desta no ambiente econômico. Nesse estudo nos deteremos à Demonstração do Fluxo de Caixa- DFC. Iudícibus e Marion (2002, p.218) afirmam que a DFC “demonstra a origem e a aplicação de todo o dinheiro que transitou pelo caixa em um determinado período e o resultado desse fluxo”. A DFC é um instrumento que auxilia a gestão da empresa em seu planejamento e controle das decisões e evidencia as entradas e saídas de valores monetários. Segundo Alvísio e Arend (2013, p. 116) a DFC “deve apresentar os fluxos de caixa durante o período, classificados por atividades operacionais, de investimentos e de financiamento, da forma mais apropriada a seus negócios.” Assim permitindo mostrar de forma direta ou indireta as mudanças que tiveram reflexo no caixa a partir da movimentação ocorrida em todas as atividades. O presente trabalho tem como problemática de pesquisa, verificar qual a utilidade que o fluxo de caixa tem como ferramenta de controle para tomada de decisões aplicável a empresas comerciais optantes pelo simples nacional? Desse modo a pesquisa almeja responder, quais os procedimentos e ferramentas mais adequadas podem ser aplicados para que o pequeno empresário tenha uma contabilidade completa e eficiente, com demonstrações contábeis que sirvam de base para gerar informações a administração das MPE’s. Esse trabalho utilizou-se da bibliografia existente sobre o assunto; evidenciando a importância da DFC para o controle e tomada de decisões gerenciais; apontando a empresa selecionada para a realização da pesquisa, onde serão analisados os dados coletados através do estudo das demonstrações contábeis da empresa; buscando identificar a real utilização da DFC na empresa analisada, mostrando as possíveis decisões gerenciais, através da análise de seus indicadores..

(18) 16 1.1. OBJETIVOS. 1.1.1 OBJETIVO GERAL. Identificar qual a utilidade que o fluxo de caixa tem como ferramenta de controle para tomada de decisões aplicável a empresas comerciais optantes pelo simples nacional.. 1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS. • Evidenciar a importância da DFC para o controle e tomada decisões gerenciais; • Analisar os dados coletados através do estudo das demonstrações contábeis da empresa. • Identificar a real utilização da DFC na empresa analisada, mostrando as possíveis decisões gerenciais.. 1.2. JUSTIFICATIVA. É evidente que a era da informação provocou várias mudanças nas organizações, sendo elas decorrentes das inovações tecnológicas e das exigências sociais e de mercado. De acordo com GIL (2002, p. 19) “nossa sociedade mundial, cada vez mais dependente da tecnologia, necessita da qualidade do trabalho do ser humano, considerado por seu talento intelectual, para continuidade da caminhada com foco na melhoria dos negócios”. Portanto, as inovações e transformações fazem com que as instituições focalizem cada vez mais em seus objetivos, missões, metas, funções e finalidades para que possam se manter no mercado e busquem novas tecnologias operacionais, que permitam a administração vislumbrar perspectivas futuras para a organização. Essa necessidade de assegurar a continuidade das entidades também se reproduz e repercute na preocupação com a qualidade, produção e inovação resultante do conhecimento no trabalho operacional..

(19) 17 Para uma boa gestão é necessário a utilização de ferramentas gerenciais, operacionais de Fluxo de Caixa, entre outros, que visam orientar e planejar os recursos disponíveis a partir da criação de cenários. Com isso, torna-se possível a identificação de necessidades ou oportunidades, para a aplicação dos excedentes de caixa em áreas rentáveis da empresa ou em investimentos estruturais. A razão da escolha deste tema justifica-se a partir da necessidade em evidenciar a importância da demonstração dos fluxos de caixa como ferramenta essencial no processo decisório das micro e pequenas empresas. Uma vez que esta poderá se programar através do fluxo de caixa para efetuar suas compras e gastos. Neste sentido, Crepaldi (2008, p. 119) diz que “A Demonstração dos Fluxos de Caixa mostra as origens e aplicações de caixa, que é a base para a avaliação da situação financeira da empresa e sua capacidade de pagamento das obrigações”. O Fluxo de Caixa é e deve ser visto como um instrumento de apoio às gestões dos negócios, ressaltando-se que este instrumento pode ser associado aos demais demonstrativos financeiros, quando da necessidade de exigências maiores de análises das demonstrações contábeis, observando-se ainda os padrões de confiabilidade. Sá (2009, p. 11) declara que “o fluxo de caixa é o método de captura e registro dos fatos e valores que provoquem alterações no saldo de caixa e sua apresentação em relatórios estruturados, de forma a permitir sua compreensão e análise”. Podemos dizer que o fluxo de caixa é a ferramenta gerencial financeira mais importante, pois, sua interpretação auxiliará o empresário, gerente ou responsável pelo setor financeiro, nas tomadas de decisões, isso ocorrerá através de um controle sistêmico de informações de movimentação de entradas e saídas de dinheiro na organização, considerando sempre um período determinado. Esse trabalho apresenta importantes dimensões a cerca das transformações ocorridas no perfil da sociedade, exigindo o redimensionamento nos modelos alternativos de administração, esse comportamento social têm evidenciado o fortalecimento da contabilidade na administração das organizações modernas. Ainda, o trabalho busca contribuir para o desempenho de profissionais que atuam/ou que pretendem atuar no setor contábil, e que a partir deste, obtenham conhecimento para auxiliar as organizações dos resultados através da utilização da DFC. Espera-se contribuir com a academia, sociedade e demais usuários da informação contábil. Por fim almeja-se que esta pesquisa seja utilizada para o desenvolvimento da ciência contábil a partir do aprofundamento e aplicação da amostra relacionada ao tema em questão..

(20) 18 O presente estudo está limitado quanto aos resultados obtidos, pois trata-se de um estudo de caso, podendo os resultados serem aplicados somente na empresa em estudo, porém podendo serem utilizados os métodos aqui explorando em outras empresas. Outra limitação que pode-se apontar está relacionada ao período de análise da DFC, no qual fica restrito aos anos de 2011 a 2015.. 1.3. METODOLOGIA DA PESQUISA. O objetivo fundamental de uma pesquisa científica consiste na geração e aprofundamento do conhecimento sobre a realidade que nos cerca, que pode resultar na resolução de graves problemas enfrentados, na melhoria do processo produtivo e de criação de riquezas e, enfim, do bem-estar da humanidade. Vejamos a seguir a tipologia da pesquisa.. 1.3.1 QUANTO AOS OBJETIVOS. A pesquisa classifica-se, quanto aos objetivos, como descritiva, pois buscou descrever a identificação da real utilização da DFC na empresa analisada no Município de Sumé - PB, mostrando as possíveis decisões gerencias que poderão ser aplicadas na mesma. Para BARROS (2007, p. 84) “Nesse tipo de pesquisa, não há a interferência do pesquisador, isto é, ele descreve o objeto de pesquisa”. Por ser uma pesquisa bastante específica, podemos afirmar que ela assume a forma de um estudo de caso, sempre em consonância com outras fontes que darão base ao assunto abordado. Esta pesquisa também está inserida no método exploratório, que de acordo com VERGARA (2003, p. 46) “é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Por essa natureza de sondagem, não comporta hipóteses que, todavia, poderão surgir durante ou ao final da pesquisa.”. Pois é através desse método que será realizado um levantamento de dados, buscando apresentar e discutir novos dados com relação utilidade que o fluxo de caixa tem como ferramenta de controle para tomada de decisões gerenciais na empresa. Portanto a partir da exposição desses dados busca-se orientar as organizações a.

(21) 19 cerca da utilização da DFC, como uma ferramenta fundamental a ser desempenhada pela administração da mesma.. 1.3.2 QUANTO AOS PROCEDIMENTOS. A pesquisa constitui-se como estudo de caso, para SILVA (2008, p. 57) o método do estudo de caso “é um estudo que analisa um ou poucos fatos com profundidade. [...] O objeto a ser pesquisado neste tipo de pesquisa pode ser o indivíduo, a empresa, uma atividade, uma organização ou até mesmo uma situação”. Considerando aqui como objeto de estudo uma empresa comercial, do ramo de autopeças, optante pelo simples nacional, que será o foco da averiguação, onde será desenvolvida a DFC e a análise de seus índices. A pesquisa utilizou-se do levantamento bibliográfico como: consultas em livros, artigos científicos, além de mídia impressa e eletrônica disponível em sites da internet. Por isso é um estudo sistemático realizado a partir de releituras de outros autores com matérias previamente publicados sobre o tema em analise, buscando um melhor entendimento para desenvolvimento do tema abordado. Foi realizado um estudo de caso na empresa ADALBERTO BRAZ ME - BRAZ AUTOPEÇAS, visando recolher dados que auxiliem na explicação do objeto de pesquisa descrito na bibliografia levantada. Ainda quanto aos procedimentos também se constitui como uma pesquisa documental, segundo SILVA (2008, p. 55) “difere da pesquisa bibliográfica por utilizar material que ainda não recebeu tratamento analítico ou que pode ser reelaborado; suas fontes são muito mais diversificadas e dispersas.”, onde ocorreu a investigação de documentos fornecidos pela empresa para elaboração do estudo.. 1.3.3 QUANTO À ABORDAGEM. No que tange à abordagem do problema, pode-se dizer que a pesquisa será tanto quantitativa, quanto qualitativa. Segundo SILVA (2008, p.27) “o investigador quantitativo.

(22) 20 sempre deixa para a sociedade a ideia de melhor qualidade nas suas investigações por utilizarse de técnicas sofisticadas, emprego aprimorado da estatística”. Diante disso a pesquisa caracteriza-se como quantitativa por se utilizar de meios estatísticos para coleta dos dados, transformando opiniões em números, até a análise e o tratamento dos mesmos. No tocante a pesquisa qualitativa Silva (2008, p. 30) diz que: Investigação qualitativa nos remonta ai entendimento de estratégias de investigação que partilham determinadas características, tais como: as questões de investigar não se estabelecem mediante a operacionalização de variáveis, porém se estudam os fenômenos em toda a sua complexidade [...]. SILVA (2008, pa.30).. A pesquisa é considerada qualitativa por fazer uma fundamentação do objeto estudado com base nos levantamentos bibliográficos utilizados para melhor entendimento do tema abordado. Também pode ser assim classificada por trazer uma análise teórica das opiniões fornecidas pelos dados quantitativos recolhidos na pesquisa de campo e transformá-los em informações, em que se possa responder o problema proposto pela pesquisa.. 1.3.4 QUANTO AO MÉTODO. O método é a escolha de procedimentos sistemáticos para a descrição e a explicação do fenômeno a ser estudado. Todavia o estudo tem como método Indutivo, para Freixo (2009, p.95) “O método indutivo defende que na investigação se deve começar por uma observação para que, no final de um processo, se possa elaborar uma teoria [...] o raciocínio indutivo faz -se do particular para o geral.” A pesquisa foi realizada na empresa ADALBERTO BRAZ ME que representam uma parcela especifica do campo, desse modo a analise dessa amostra validará as evidencias para o campo geral desse seguimento. Assim os procedimentos utilizados se assemelham ao método científico que consiste em delimitar um problema, realizar observações e interpretá-las com base nas relações encontradas, fundamentando-se nas teorias existentes..

(23) 21 1.3.5 QUANTO AOS PROCEDIMENTOS DA COLETA DOCUMENTAL. Quanto à coleta de dados ocorreu através do estudo das demonstrações contábeis (balanço patrimonial e demonstração de resultado do exercício – DRE) fornecidas pela empresa, de onde foram coletadas as informações necessárias para elaboração da demonstração do fluxo de caixa- DFC, em seguida foram extraídas informações necessárias para o cálculo e analises dos índices. Para que, assim, pudesse ser respondido os objetivos (geral e específicos) do estudo que é a percepção a cerca da utilização da DFC como ferramenta de fundamental importância para a gestão das empresas. A análise do resultado se dará por meio de exame detalhado de dados presentes na análise da DFC, onde serão interpretados e demonstrados por meio da estatística descritiva. Para GIL (1999, p. 168) “a análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de tal forma que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação.” A pesquisa utilizou-se de recursos do Excel para demonstrações gráficas, em que, os testes estatísticos foram elaborados a partir do uso de planilhas, gráficos, tabela, resumos numéricos, percentagem, com a finalidade de descrever o fenômeno em estudo.. 2. REFERÊNCIAL TEORICO. A presente sessão apresenta o referencial teórico no que tange a demonstração do fluxo de caixa. Para isso as sessões firam dividas em dois momentos: primeiramente foram abordados os aspectos históricos e conceituais a cerca da contabilidade e sua importância para gestão econômica e financeira das Micro e Pequenas empresas no Brasil; em um segundo momento foi feita a contextualização a cerca da demonstração do fluxo de caixa, onde se demonstrou sua importância para tomada de decisões aplicável a empresas comerciais optantes pelo simples nacional, assim, objetivando manter a continuidade de suas atividades..

(24) 22 2.1. ABORDAGEM HISTÓRICA. A Contabilidade é antiga tão quanto à história da humanidade. “Para que se compreenda a Contabilidade, pois, como ramo importante do saber humano que é necessário se faz remontar a suas profundas origens.” (SÁ, 2008, p.21). Nas sociedades primitivas, os controles eram rudimentares e tinham como objetivo simplesmente proteger e assegurar os bens. É visível identificar que essas práticas contábeis rudimentares eram feitas como parte da cultura, ou seja, apenas obedecia à necessidade de controlar suas riquezas. Na antiguidade os homens faziam a contagem de seus rebanhos onde se elaboravam registros, também conhecidos como inventários, que serviam como base de análise para que o homem tivesse conhecimento do tamanho de sua riqueza e as possíveis variações que a mesma sofreria durante determinado tempo. Lima (2006, p.01) defende a contabilidade em quatro etapas da sua evolução, conforme quadro abaixo: Quadro – 1: Evolução da Contabilidade Características Período Período que se inicia com a civilização do homem e vai até 1202 da Era Contabilidade do Mundo Cristã, quando apareceu o Líber Abaci, da autoria Leonardo Fibonaci, o Antigo Pisano. Período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, quando apareceu o Tratactus de Computis 22T Seriptures (Contabilidade por Partidas Contabilidade do Mundo Dobradas) de Frei Luca Pacioli, publicado em 1494; enfatizando que à Medieval teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos, obra que contribui para inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento humano. Período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da Obra “La Contabilidade do Mundo Contabilità Applicatta Alle Amninistrazioni Private e Pubbliche”, da autora de Francesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra Moderno marcante na história da Contabilidade. Contabilidade do Mundo Período que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje. Científico Fonte: Lima 2006.. Não há como dizer exatamente como a contabilidade nasceu ou quem a criou, podendo-se afirmar que um sistema de contabilidade não falta nem mesmo na mais rudimentar das organizações. Porém seu desenvolvimento vem sendo estimulado através das diversas transformações da humanidade. As escolas de pensamento contábil contribuíram bastante com essas transformações através de suas importantes pesquisas..

(25) 23 Cientificamente o estudo contábil na visão de Sá (2002, p. 46) “visa conhecer as relações que existem entre os fenômenos patrimoniais observados e busca conhecer como tais relações se estabelecem”. Desse modo pode-se dizer que a contabilidade tem como objeto de estudo o Patrimônio das Entidades. Seu objetivo é permitir o estudo e o controle dos fatos decorrentes da gestão do patrimônio, tendo como finalidade gerar informações econômicas e financeiras. A contabilidade é essencial para a evolução e sucesso empresarial, ela está diretamente relacionada com o desempenho da empresa, isso porque a contabilidade serve como um instrumento informacional para que os gestores tomem a decisão que maximize os resultados positivos. Diante disso pode-se dizer que o sistema de informação contábil se encarrega pelo registro de todas as ocorrências realizadas pela empresa e é através da elaboração de suas demonstrações contábeis que os gestores terão subsídios para tomada de decisões diante das informações que serão geradas. Segundo IBRACON NPC nº27 “um conjunto completo de demonstrações contábeis inclui os seguintes componentes: balanço patrimonial; demonstração do resultado; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, podendo ser substituído pela demonstração das mutações do patrimônio líquido; demonstração dos fluxos de caixa; demonstração do valor adicionado, se divulgada pela entidade; e notas explicativas, incluindo a descrição das práticas contábeis.” A história da contabilidade no Brasil se destacou com muita importância, na década de 70, nesta época a contabilidade se destacava a partir da obrigatoriedade das companhias abertas em terem suas demonstrações contábeis padronizadas quanto à sua estrutura. Diante desse novo cenário de padronização contabilidade vejamos a seguir a como a aplicação da mesma deverá ocorrer, segundo a legislação das Micro e Pequenas EmpresasMPEs a ITG 1.000.. 2.2. INTERPRETAÇÃO TÉCNICA GERAL - ITG 1.000 PARA MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE.. O Conselho Federal de Contabilidade, o no disposto na alínea “f” do art. 6º do Decreto Lei n.º 9.295/46, alterado pela Lei n.º 12.249/10. Em seu art. 1º aprovar a Interpretação.

(26) 24 Técnica Geral - ITG 1000 – Modelo Contábil para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. A ITG 1000 tem como objetivo proporcionar um tratamento diferenciado para as microempresas e empresas de pequeno porte, visando à simplificação da escrituração e da geração de demonstrações contábeis. A simplificação não possibilita o entendimento de que este grupo de empresas esteja desobrigado à manutenção de escrituração contábil. No que tange a ITG 1.000 propõe que alcance é aplicável somente às entidades definidas como “Microempresa e Empresa de Pequeno Porte”. Entende-se como “Microempresa e Empresa de Pequeno Porte” a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada ou o empresário a que se refere o art. 966 da Lei n.º 10.406/02, que tenha auferido, no ano calendário anterior, receita bruta anual até os limites previstos nos incisos I e II do Art. 3º da Lei Complementar n.º 123/06. A adoção dessa Interpretação não desobriga a microempresa e a empresa de pequeno porte a manutenção de escrituração contábil uniforme dos seus atos e fatos administrativos que provocaram, ou possam vir a provocar, alteração do seu patrimônio. Quanto a suas escriturações as receitas, as despesas e os custos do período da entidade devem ser escriturados contabilmente, de acordo com o regime de competência. Os lançamentos contábeis no Livro Diário devem ser feitos diariamente. É permitido, contudo, que os lançamentos sejam feitos ao final de cada mês, desde que tenham como suporte os livros ou outros registros auxiliares escriturados A elaboração do conjunto completo das demonstrações contábeis são a demonstração dos fluxos de caixa, a demonstração do resultado abrangente e a demonstração das mutações do patrimônio líquido, apesar de não serem obrigatórias para as MPEs, é estimulada pelo Conselho Federal de Contabilidade. Diante disso, vejamos a seguir a participação das MPEs na economia brasileira.. 2.3. PARTICIPAÇÃO DAS MPES NA ECONOMIA BRASILEIRA. Segundo dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBTP), através de uma ferramenta por eles desenvolvida chamada Empresômetro, o atual perfil Empresarial Brasileiro é de aproximadamente 18.751.197 milhões de MPEs ativas..

(27) 25 Sabe-se que no Brasil as empresas podem ser classificadas como: Microempresa (ME); Microempreendedores Individuais (MEIs); Empresa de Pequeno Porte (EPP); Sociedade Limitada (LTDA); Sociedade Anônima (S/A); Empresário Individual (EI) e Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI). Segundo Luiz Barreto, presidente do SEBRAE “O ano de 2014 foi muito positivo para os pequenos negócios. Apenas entre os meses de janeiro e novembro do ano foram criadas aproximadamente 1,3 milhão de empresas.” Gráfico -1: Nascimento de Empresas no Brasil por ano. Diante dos dados fornecidos acima pode-se dizer que o Brasil ganhou cerca de 1.865.183 novos empreendimentos no ano de 2014. Sendo que 72,0% foram de Microempreendedores Individuais (MEIs), 10,2% Empresas Individuais, 12,2% Sociedades Limitadas e 5,6% de outras naturezas jurídicas, de acordo com dados coletados pelo o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas. Percebe-se que com o passar dos anos o país ganha novas empresas em relação aos anos anteriores, exceto em 2011 e 2012 onde houver uma redução de 99,5%. Já no ano de 2015 surgiram 1.963.952 novos empreendimentos no país, número maior de nascimentos de empresas em relação aos períodos de 2010 á 2012. Já nos primeiros meses de 2016 pode-se dizer que já nasceram 34,36% referente ao montante de 2015. Atualmente, segundo Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) “as MPEs ativas representam 90,7% das empresas ativas no Brasil.” Assim as pequenas empresas assumem um papel fundamental no desenvolvimento econômico brasileiro, pois este segmento tem demonstrado um crescimento dinâmico, mesmo durante épocas de crise. Como se sabe as empresas brasileiras utilizam-se do regime de tributação que melhor se enquadre a saúde financeira de sua empresa, são eles lucro presumido (é uma forma de.

(28) 26 tributação simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de renda- IR e da contribuição social sobre o lucro líquido- CSLL das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do lucro real.), lucro real (significa o próprio lucro tributável, para fins da legislação do imposto de renda, distinto do lucro líquido apurado contabilmente.) e o simples nacional (que é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006). Com as mudanças aprovadas no Congresso no mês de agosto de 2014, o Supersimples passou a ser universal e a atender aos setores de Comércio, Indústria, Construção Civil e Serviços. Apenas pouquíssimas atividades bastante específicas, como a produção de bebidas alcoólicas e de cigarros, ficaram de fora. A universalização do Supersimples estendeu os benefícios do regime simplificado de tributação às atividades de natureza intelectual, que fazem parte do setor de Serviços. Agora, o único critério para adesão das empresas passa a ser o faturamento, de no máximo R$ 3,6 milhões por ano. O resultado dessa ação é que mais de 140 atividades, como por exemplo, medicina, advocacia, engenharia, consultoria, corretagem e fisioterapia, poderão optar pelo sistema de tributação que unifica oito impostos e que pode reduzir essa cobrança em até 40%, a depender do caso. Gráfico – 2: Regime Tributário das MPEs. Essa mudança favoreceu para que aos pequenos empreendedores migrassem de regime tributário, como pode-se ver no gráfico acima o atual cenário das MPEs ativas no Brasil em que as empresas optantes pelo Simples Nacional representam 31%. Nessa perspectiva se faz necessário o gerenciamento econômico e financeiro das MPEs, conforme verificaremos a seguir..

(29) 27 2.4. GESTÃO ECONÔMICA E FINANCEIRA DAS MPES. A gestão financeira é um elemento importante para o crescimento e desenvolvimento de toda empresa. Por meio dela é possível aumentar os lucros, controlar os fluxos de entrada e saída de caixa e ainda ter uma previsão da quantidade de recursos financeiros disponíveis na empresa. Pelas suas peculiaridades, as micros e pequenas empresas (MPE’s) têm maiores dificuldades que as grandes empresas em vários aspectos, tais como administração e gerenciamento, políticas de preços e de prazos, precariedade de barganha, etc. Por outro lado, têm pontos positivos, como, por exemplo, menor grau de complexidade e políticas governamentais tributárias mais favoráveis. A pequena empresa precisa melhorar o seu perfil de gestão, ou seja, precisa sair de uma gestão amadora para a desejada gestão competente e competitiva. É preciso uma melhora nas gestões das empresas pequenas. Não que não haja boas gestões entre as pequenas empresas. Mas, a realidade nos aponta que é preciso melhorar muito. Uma das grandes dificuldades dos empresários das micro e pequenas empresas é exercer uma gestão econômica e financeira eficiente, onde eles possam tomar decisões para alavancar o crescimento da empresa. A tomada de decisão é poder escolher entre alternativas competitivas o que é melhor para a organização. É nesse momento que a contabilidade tem como forte característica saber tratar e apresentar de maneira clara, resumida e operacional dados esparsos contidos nos registros de contabilidade, desse modo, auxiliando no planejamento e no controle gerencial para tomada de decisões, apontando quais objetivos e métodos a gestão deverá cumprir, evidenciando a maximização da riqueza da empresa. A conjuntura econômica faz com que as empresas busquem ferramentas que auxiliem na gestão financeira e assim elas possam manter-se no mercado de forma competitiva. Contudo, não é possível manter uma gestão econômica e financeira eficiente se não tiver um bom planejamento que permita um controle dos recursos financeiros, seus ingressos e desembolsos. É evidente que a contabilidade é a ciência que permite através de suas técnicas, manter o controle permanente do Patrimônio. Estudando, registrando e interpretando os fatos financeiros e econômicos que afetam a situação patrimonial de determinada pessoa, física ou jurídica, apresentando resultados através de demonstrações contábeis e relatórios específicos para determinadas finalidades. Diante disso, a contabilidade pretende servir de orientação ou.

(30) 28 base de referência para todo tipo de decisões internas na empresa dentro de um horizonte temporal de curto ou longo prazo. Buscando o acompanhamento permanente de seus resultados, de maneira a avaliar seu desempenho, bem como proceder aos ajustes e correções necessários. Um dos principais instrumentos de controle gerencial utilizados pela contabilidade é a demonstração do fluxo de caixa. Através dele é possível avaliar se a empresa é autossuficiente no financiamento do seu giro, bem como prever sua capacidade de expansão com recursos próprios. Dessa forma, a DFC apresenta-se como um dos instrumentos mais eficazes na gestão econômica e financeira das empresas, permitindo ao administrador planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar seus recursos para um determinado período, influenciando o processo de tomada de decisão. Nesse contexto, o fluxo de caixa possibilita ao gestor programar e acompanhar as entradas e as saídas de recursos financeiros, de forma que a empresa possa operar de acordo com os objetivos e as metas determinadas, a curto e a longo prazo (a curto prazo para gerenciar o capital de giro e a longo prazo para fins de investimentos). Vejamos a seguir a fundamentação a secar da DFC.. 2.5. DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA. Pela legislação societária a demonstração dos fluxos de caixa não fazia parte das demonstrações financeiras obrigatórias pelo art. 176 da Lei 6.404/76, mas algumas empresas apresentavam de forma complementar devido sua demanda ser maior internacionalmente, após a publicação da Lei 11.638/07, esta demonstração passou a fazer parte das demonstrações financeiras obrigatórias no Brasil, substituindo a DOAR (demonstrações de origens e aplicações de recursos) que mesmo sendo rica em informações ela e uma demonstração de difícil compreensão para os investidores que atuam nos mercados de capitais, e o motivo da substituição e a fácil compreensão da DFC em linguagem padronizada, assim sendo essa demonstração abre portas para investimentos estrangeiros. A demonstração fluxo de caixa pode ser entendida como um instrumento de gestão financeira que projeta para períodos futuros todas as entradas e as saídas de recursos financeiros da empresa, indicando como será o saldo de caixa para o período projetado..

(31) 29 É considerada de fácil elaboração para as empresas que possuem os controles financeiros bem organizados, e deve ser utilizado para o controle e como instrumento para tomada de decisões. Este demonstrativo deve ser considerado como uma estrutura flexível, no qual o empresário possa inserir informações de entradas e saídas conforme as necessidades da empresa. Com as informações do Fluxo de Caixa, permite que o empresário elabore a estrutura gerencial de resultados, a análise de sensibilidade, calcular a rentabilidade, a lucratividade, o ponto de equilíbrio e o prazo de retorno do investimento. O objetivo é verificar a saúde financeira do negócio a partir de análise e obter uma resposta clara sobre as possibilidades de sucesso do investimento e do estágio atual da empresa. Diante disso a seguir será esboçado possíveis conceitos, objetivos e finalidades da DFC.. 2.5.1 FINALIDADES, OBJETIVOS E CONCEITOS DA DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA. A finalidade principal de um fluxo de caixa é demonstrar como as entidades geram e aplicam os seus recursos de caixas ou equivalentes à caixa. Desta maneira a DFC irá controlar os fluxos de entradas e saídas de dinheiro, a fim de proporcionar uma melhor gestão dos recursos gerados, mostrando de forma transparente as operações, servindo como uma ferramenta de fiscalização, evitando assim, possíveis desvios financeiros. Cordeiro (2009, p. 21) relata que: “o fluxo de caixa é o principal instrumento da gestão financeira que planeja, controla e analisa as receitas, as despesas e os investimentos, considerando determinado período projetado”. Nesta mesma perspectiva, a DFC consiste em uma representação gráfica e cronológica de ingressos e desembolsos de recursos monetários, permitindo assim às empresas executarem suas programações financeiras e operacionais, planejadas e projetadas em determinado período. As entidades precisam dos recursos de caixa para efetuar suas operações, pagar suas obrigações e prover um retorno para seus investidores, e, é isso que os usuários estão interessados em conhecer. Regra geral, a entidade elabora a DFC para evidenciar o “Fluxo de Caixa Realizado” e o “Fluxo de Caixa Projetado. Azevedo (2009, p.20).

(32) 30 O Fluxo de Caixa Realizado são as movimentações reais de todas as entradas e saídas de recursos financeiros, a partir do caixa ou equivalentes a caixa, em um determinando período. Enquanto o Fluxo de Caixa Projetado insere-se na projeção de orçamento da entidade, em que são retratadas as receitas e despesas de um determinado período, permitindo assim a identificação de insuficiências ou excessos de recursos no período projetado, bem como, propicia informações quanto à necessidade de investimentos, financiamentos ou aplicação de possíveis excessos. Permitindo assim, o planejamento das obrigações perante os credores, diante de uma realidade financeira para determinado período. A DFC é composta dos fluxos de caixa provenientes das atividades operacionais, de investimento e de financiamento, visando fornecer ao usuário informações históricas de caixa e equivalentes de uma entidade e para fins de planejamento financeiro. As informações dos Demonstrativos do Fluxo de Caixa, principalmente quando analisados em conjunto com as demais demonstrações financeiras, podem permitir que investidores, credores e outros usuários avaliem: a) a capacidade de gerar futuros fluxos positivos de caixa; b) a capacidade de honrar compromissos, pagar dividendos e retornar empréstimos obtidos; c) a liquidez, solvência e flexibilidade financeira; d) a taxa de conversão de lucro em caixa; e) a performance operacional de diferentes empresas, por eliminar os efeitos de distintos tratamentos contábeis para as mesmas transações e eventos; f) o grau de precisão das estimativas passadas de fluxos futuros de caixa; g) os efeitos, sobre a posição da empresa, das transações de investimentos e de financiamentos etc. FIPECAFI (2010, p.567). O Fluxo de Caixa prevalece como uma ferramenta utilizada pelos usuários da contabilidade, com o objetivo de ressaltar os somatórios de entrada ou ingressos e de desembolsos ou saídas de um valor monetário em determinado momento, obtendo como resultado se irá ocorrer excedente ou escassez de caixa, de acordo com as perspectiva desejada pela empresa. Desta maneira é preciso um controle do fluxo de caixa para que a entidade tenha liquidez para honrar os seus compromissos, mesmo estando em uma situação econômica estável. O gestor deverá possuir uma visão ampla e sistêmica da empresa, principalmente no que se refere a uma gestão dos recebimentos e pagamentos, para prever e provisionar os gastos futuros, relacionando-os com a liquidez e os recebíveis de hoje. Desta maneira, o fluxo de caixa é parte integrante do planejamento, orçamento e controle empresarial. O objetivo primário da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é prover informações relevantes sobre os pagamentos e recebimentos, em dinheiro, de uma empresa, ocorridos durante um determinado período, e com isso ajudar os usuários.

(33) 31 das demonstrações contábeis na análise da capacidade da entidade de gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como suas necessidades para utilizar esses fluxos de caixa. FIPECAFI (2010, p.567). O principal objetivo da Demonstração dos Fluxos de Caixa é de oferecer aos usuários informações relevantes sobre as movimentações de entradas e saídas de caixa de uma entidade em um determinado período ou exercício, no sentido de evidenciar e tornar transparente a situação financeira da entidade. As informações históricas sobre os fluxos de caixa são diariamente utilizadas como um referencial do valor, época e grau de segurança dos fluxos de caixa futuros. São úteis para verificar a exatidão das avaliações feitas, no passado, dos fluxos de caixa futuros, assim como para examinar a relação entre lucratividade e os fluxos de caixa líquidos e o impacto de variações de preços. Uma demonstração de fluxos de caixa, quando usada em conjunto com as demais demonstrações contábeis, proporciona informações que habilitam os usuários avaliar: as mudanças nos ativos líquidos de uma entidade; sua estrutura financeira (inclusive sua liquidez e solvência); e sua capacidade para alterar os valores e prazos dos fluxos de caixa, a fim de adaptá-los às mudanças nas circunstâncias e oportunidades. Azevedo (2009, p. 20).. Desta maneira a demonstração de fluxo de caixa também melhora a comparabilidade dos relatórios de desempenho operacional para diferentes entidades, porque atenua os efeitos decorrentes do uso de diferentes tratamentos contábeis para as mesmas transações e eventos. Vejamos a seguir a legislação a secar da DFC.. 2.5.2 LEGISLAÇÕES SOBRE DEMONSTRAÇÕES DE FLUXOS DE CAIXA. altera o artigo 176 inciso IV e. Lei 11.638 de 28 de dezembro de 2007 – artigo 1. parágrafo 6º e artigo 188 inciso I. Obrigatoriedade da apresentação a partir de 2008. Dispensa da para as companhias fechadas com patrimônio líquido inferior a: R$ 2 milhões de reais na data do balanço. Era opcional até 2007, baseada nos conceitos de caixa ou equivalentes. A Deliberação CVM 547/2008 (revogada), atualmente regida pela Deliberação CVM Nº 641/2010 aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 03 (R2) – Pronunciamento Técnico do Comitê de Pronunciamentos. Contábeis. Correlação. às. Normas. Internacionais. de. Contabilidade, que trata da Demonstração do Fluxo de Caixa. O Pronunciamento foi.

(34) 32 elaborado a partir do IAS 7 (Normas Internacionais de Contabilidade) – Statement of Cash Flows (BV2010), emitido pelo IASB- International Accounting Standards Board (Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade) e sua aplicação, no julgamento do Comitê, produz reflexos contábeis que estão em conformidade com o documento editado pelo IASB em 03 de setembro de 2010. Demais reguladores: CFC (Conselho Federal de Contabilidade) – NBC TG 03 (R2) – Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas; BACEN/CMN (Banco Central do Brasil/Conselho Monetário Nacional) – Resolução CMN nº 3.604/08; ANS(Agência Nacional de Saúde Suplementar) – Resolução Normativa nº 322/13 Anexo I; SUSEP (Superintendência de Seguros Privados ) – Circular nº 483/14 Anexo IV; ANEEL 9 Agência Nacional de Energia Elétrica) – Resolução Normativa 605/14; ANTT (Assessoria Nacional ao Transporte Terrestre) – Resolução 3.847 e 3.848/12. Vejamos o que diz o CPC 03 sobre a DFC.. 2.5.3 COMITÊ. DE. PRONUNCIAMENTOS. CONTÁBEIS. PRONUNCIAMENTO. TÉCNICO – CPC 03 (R2). O objetivo deste Pronunciamento Técnico é requerer a prestação de informações acerca das alterações históricas de caixa e equivalentes de caixa da entidade por meio de demonstração dos fluxos de caixa que classifique os fluxos de caixa do período por atividades operacionais, de investimento e de financiamento. (CPC 03IAS 7-IASB – BV2010, p.113). Percebe-se que esse CPC almeja disponibilizar informações que sejam relevantes, como, pagamentos (origem) e recebimentos (aplicações), em dinheiro de um determinado período. Assim buscando apresentar o Resultado do Fluxo Financeiro. No que tange o COC 03 propõe que seu alcance “A entidade deve elaborar a demonstração dos fluxos de caixa de acordo com os requisitos deste Pronunciamento Técnico e deve apresentá-la como parte integrante das suas demonstrações contábeis apresentadas ao final de cada período.” Para melhor compreensão a cerca do alcance do CPC 03 vamos verificar o quadro abaixo:.

(35) 33. Quadro- 2: Modelos contábeis vigentes no Brasil. Fonte: Legislação Contábil.. Verificando o alcance podemos observar no quadro acima o “Conjunto Completo”, que compreende as grandes empresas, é obrigatório a elaboração e apresentação da DFC. Vejamos o que diz a lei Nº 11.638/07 em seu art. 176: Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar com base nas escriturações as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício. I – balanço patrimonial; II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III – demonstração do resultado do exercício; IV – demonstração dos fluxos de caixa; e V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.. O artigo trata que nessas demonstrações devem constar os resultados gerencias das entidades realizadas em um determinado período de tempo, onde serão fornecidas informações de seus ativos, passivos e patrimônio líquido, bem como, de suas receitas, despesas, ganhos e perdas; e fluxo financeiro (fluxos de caixa). Dentro do exposto podemos verificar que para as MPEs a NBC TG 1.000 traz como obrigatória a divulgada a DFC. Porém, existe um contraponto na lei, Art. 176 da Lei Nº 11.638/07 § 6º “A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa.” Em relação as “Demais Sociedades Limitadas”, ou seja, aquelas não enquadradas como de grande porte, estão dispensadas da confecção da DFC. Diante disso, a elaboração da DFC é importante independentemente de sua obrigatoriedade ou não, pois, ela é uma ferramenta da contabilidade que proporcionam aos.

(36) 34 usuários avaliar a capacidade da entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, e as, necessidades da entidade de utilizar esses fluxos de caixa. Quanto à estrutura do Fluxo de Caixa verificamos que segundo a lei Nº 11.638/07 em seu art. 188: [...] I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos: a) das operações; b) dos financiamentos; e c) dos investimentos;. Segundo o CPC 03, “as atividades Operacionais são explicadas pelas receitas e gastos decorrentes da industrialização, comercialização ou prestação de serviços da empresa. Estas atividades têm ligação com o capital circulante líquido da empresa.” Ou seja, são as principais atividades geradoras de receita da entidade, que indicaram qual a contribuição das operações ao caixa da empresa. As principais entradas e saídas de disponibilidades decorrentes dessas atividades são, entradas de caixa: recebimentos de vendas à vista e de títulos representativos de vendas a prazo; recebimentos de receitas financeiras provenientes de aplicações no mercado financeiro, dividendos de participações acionárias em outras empresas, outros recebimentos como indenizações de seguros, sentenças judiciais favoráveis etc; e saídas de caixa: pagamentos a fornecedores por compras à vista e de títulos representativos de compras a prazo, pagamentos de impostos, contribuições e taxas, pagamentos de encargos financeiros de empréstimos e financiamentos etc. Esse fluxo descreve basicamente as transações registradas na Demonstração de Resultado do Exercício (DRE). Uma relação às atividades de Investimento a norma define “os gastos efetuados no realizável a longo prazo, em investimentos, no imobilizado ou no intangível, bem como as entradas por venda dos ativos registrados nos referidos subgrupos de contas.” Como o próprio pronunciamento cita, são as aquisições e vendas de ativos de longo prazo e investimentos. Nesta abordagem são consideradas entradas de caixa: recebimentos pela venda de títulos de aplicações de longo prazo (investimentos) e participações acionárias, de imobilizados etc; e saídas de caixa: aquisições de títulos de longo prazo para investimentos, desembolsos para participação acionária em outras companhias, compras a vista de bens imobilizados etc. Por fim, essa atividade tem como finalidade gerar receitas e fluxos de caixa no futuro. “As atividades de Financiamento são os recursos obtidos do Passivo Não Circulante e do Patrimônio Líquido. Devem ser incluídos aqui os empréstimos e financiamentos de curto.

(37) 35 prazo. As saídas correspondem à amortização destas dívidas e os valores pagos aos acionistas a título de dividendos, distribuição de lucros.” São aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e endividamento da entidade. Nesta abordagem são consideradas entradas de caixa: captações no mercado através de emissões de títulos de dívida, integralização de ações emitidas etc; já para as saídas de caixa: pagamentos de dividendos e juros sobre o capital próprio aos acionistas, amortização de empréstimos e financiamentos (pagamentos do valor principal) etc. Enfim, essa atividade evidencia os impactos financeiros referente a transações com Sócios e/ou Terceiros. O Pronunciamento Técnico também trata das transações de fluxo de caixa em moeda estrangeira; juros e dividendos; e imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido. Conforme verificamos a seguir de modo detalhado: Fluxos de caixa em moeda estrangeira: “Os fluxos de caixa advindos de transações em moeda estrangeira devem ser registrados na moeda funcional da entidade pela aplicação, ao montante em moeda estrangeira, das taxas de câmbio entre a moeda funcional e a moeda estrangeira observadas na data da ocorrência do fluxo de caixa. Ganhos e perdas não realizados resultantes de mudanças nas taxas de câmbio de moedas estrangeiras não são fluxos de caixa. Todavia, o efeito das mudanças nas taxas de câmbio sobre o caixa e equivalentes de caixa, mantidos ou devidos em moeda estrangeira, é apresentado na demonstração dos fluxos de caixa, a fim de conciliar o caixa e equivalentes de caixa no começo e no fim do período. Esse valor é apresentado separadamente dos fluxos de caixa das atividades operacionais, de investimento e de financiamento e inclui as diferenças, se existirem, caso tais fluxos de caixa tivessem sido divulgados às taxas de câmbio do fim do período.” Como podemos verificar todas as transações oriundas de modas estrangeiras deveram ser registradas em moeda nacional (em real, no caso do Brasil), convertendo-se o montante em moeda estrangeira a taxa cambial na data de cada fluxo de caixa (recebimentos e pagamentos). Juros e dividendos: “os fluxos de caixa referentes a juros, dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos e pagos devem ser apresentados separadamente. Cada um deles deve ser classificado de maneira consistente, de período a período, como decorrentes de atividades operacionais, de investimento ou de financiamento. O montante total dos juros pagos durante o período é divulgado na demonstração dos fluxos de caixa, quer tenha sido reconhecido como despesa na demonstração do resultado,.

Referências

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