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Organização Técnica e Pedagógica do Trabalho da Classe Para os Esportes Coletivos

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Academic year: 2021

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Capítulo VI

Organização técnica e pedagógica do trabalho

da classe para os esportes coletivos

O estudo precedente sobre a organiza-ção técnica e pedagógica do trabalho para as atividades individuais terá sufi-ciente flexibilidade e a liberdade de es-pírito da concepção geral do nosso tra-balho. Para facilitá-lo e simplificá-lo, temos o seguinte:

Na classe, a escolha dos esportes cole-tivos é feita em função das condições de trabalho específicas de cada estabe-lecimento (área livre, salões ...). da du-ração dos ciclos de trabalho e das pri-oridades esportivas atribuídas às dife-rentes categorias das classes.

Essa escolha é planejada para todo o ano escolar pelo Conselho de Professo-res de Educação Física do estabeleci-mento.

Do ponto-de-vista pedagógico, a evo-lução na direção de melhores equipes de esportes coletivos: basquetebol. handebol, voleibol, futebol, water-pólo... e de revezamento ou natação é feita por etapas em três períodos.

Primeiro período:

Equipes de classe

(Heterogêneo dentro das equipes da c/asse)

No primeiro período, o esporte coletivo escolhido para iniciar o ano escolar (va-mos supor que tenha sido handebol) terá as equipes formadas pelos alunos e pro-fessor dentro das equipes de classe (Atenção, não se deve fazer confusão entre equipes de classe e equipe de tal ou qual esporte coletivo.)

Sendo assim, iniciamos o ano escolar com handebol para as classes de

alu-nos de onze-doze aalu-nos. Os encontros colocarão em confronto as equipes he-terogêneas I. II. III, IV da classe e cada equipe jogará três vezes.

Cada equipe deverá ter desde o começo: • seu capitão (assistente de equipe de

classe ou um aluno escolhido por seus companheiros);

• seu árbitro;

• seu juiz de gol e seu juiz lateral, que serão substituídos por outros a cada partida.

Em cada equipe de classe, como as do Primeiro Período, os jogadores são de valores diferentes.

Essa é a concepção das formações he-terogêneas que utilizamos, às vezes, com finalidade educativa (abnegação da par-te dos mais forpar-tes; ajuda e incentivo aos menos dotados...).

O período de observação vai permitir a revelação rápida dos alunos mais bem dotados para o esporte escolhido. A duração desse primeiro período é va-riável. Ela é função das categorias de classes de ensino geral (Matemática, 73

(2)

Jogos

Resultados {gols marcados)

x I IV x II x IV x IV x x II

Total de gols marcados Classificação por equipes

Classificação por clube

A classificação pode ser feita tanto por clubes como por equipes

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Línguas...) e do conhecimento que por-ventura se tenha dos alunos quanto ao esporte coletivo praticado.

Durante esse período (heterogêneo), os alunos rapidamente tomam consciên-cia das grandes diferenças que há entre eles. Constatam, a cada vez que se joga. que aqueles que monopolizam a posse de bola são os melhores, enquanto os outros (em maior número) são mais fi-gurantes do que propriamente jogado-res. Como progredir nessas condições, visto que os elementos em confronto são de valores tão diferentes?

Alguns conseguem desenvolver a ati-vidade com facilidade, ao passo que ou-tros se desencorajam e abandonam a luta por causa da dificuldade.

Prosseguir desta maneira será absolu-tamente antieducativo mas. para come-çar, esse período é indispensável para precisamente fazer sentir aos alunos a necessidade de grupamentos mais ho-mogêneos.

A divisão por grupamentos mais homo-gêneos será facilmente aceita pelos alunos, pois eles sentiram a necessida-de necessida-dela, ou seja, essa seleção não foi im-posta prematuramente, o que seria con-siderado parcial e injusto pelos alunos.

Segundo período: Interclubes

(Homogêneo dentro do Clube)

É nessa segunda fase que a noção de clube intervém definitivamente.

Depois do tempo suficiente para a ob-servação dos alunos no primeiro perío-do, o que permite aos alunos ter exata noção das suas capacidades como handebolistas, o professor e os jogado-res estabelecem a composição de duas novas equipes dentro de cada um dos clubes A e B da classe.

Assim, os melhores jogadores de hande-bol das equipes I e II da classe vão for-mar a equipe primeira de handebol do clube A.

Os outros jogadores não classificados nessa equipe formarão a equipe segun-da de handebol do mesmo clube A. 0 mesmo processo será feito no clube B, que terá também equipe primeira e equi-pe segunda de handebol.

Temos, a partir desse primeiro grupa-mento:

- duas equipes primeiras; - duas equipes segundas.

A partir daí teremos os jogos interclubes, quer dizer:

- o clube A contra o clube B;

- as duas equipes primeiras, entre elas: - as duas equipes segundas entre eh?

Interclubes Handebo Clubes Equipes

/

Resultados

O

0

5 a 4

! 1

1 a 3

O

0

6 gols 2o •+•6 Total 7— Classificação 7 gols 1o

Figura 6.2 Segundo período - Interclubes

(4)

Esses grupamentos vão permitir encon-tros bem mais equilibrados e interessan-tes para os alunos do que aqueles do primeiro período.

0 clube vencedor será aquele que mar-car mais gols.

0 resultado da equipe segunda terá a mesma importância do jogo da equipe primeira.

Temos aí um ponto muito importante do ponto de vista psicológico. Cada aluno dará o melhor de si mesmo, dentro de um nível que é o seu e em que ele pode expressar-se plenamente e sem com-plexo.

0 professor alternará judiciosamente sessões de treinamento e sessões de competição.

Durante as sessões de treinamento, o professor, depois dos comentários críti-cos dos alunos, proporá a cada um dos grupos:

- as duas equipes fortes de um lado; - as duas equipes menos fortes do

outro.

Os exercícios técnicos e pedagógicos serão adaptados às suas possibilidades do momento.

Nós ímergimos, assim, no espírito de trabalho por grupos tal como é desen-volvido no capítulo V, "Organização téc-nica e pedagógica do trabalho para as atividades individuais".

Essa homogeneidade dos grupos será um fator de progresso. Para superarem a equipe adversária de mesmo nível, os jogadores mais atentos aproveitarão ao máximo os conselhos técnicos e a orga-nização coletiva para tentar melhorar o rendimento das suas equipes.

A motivação agora é completa.

Esse segundo período também é variá-vel quanto à duração.

Ele é extremamente importante, tanto do ponto-de-vista técnico quanto ao que concerne ao comportamento dos joga-dores dentro da equipe e do jogo

Terceiro período: Formação das

divisões

É o momento de união de todos os alu-nos da classe.

Assim, os dois clubes se associam para constituir, dentro de uma ordem de va-lores, as equipes que defenderão a honra da classe nos campeonatos interclasses do estabelecimento, nos encontros in-terestabelecimentos e outros torneios amistosos por divisões.

A formação das equipes é trabalho con-junto entre os alunos e professor.

As equipes primeiras e segundas de handebol da classe são constituídas pe-los jogadores da equipe primeira de ca-da um dos clubes: A e B.

Os melhores logadores formarão a equi-pe I de handebol da classe que entrara para a primeira divisão.

Os outros jogadores entrarão para a equipe II de handebol da classe que par-ticipará da segunda divisão.

Figura 6.3 Terceiro período - Formação das

(5)

As equipes terceira e quarta de handebol da classe serão formadas pelos jogado-res da equipe segunda dos dois clubes: A e B.

Como no caso precedente, os melhores jogadores da equipe segunda de cada um dos clubes formarão a equipe III de handebol da classe que entrará para a terceira divisão.

Os outros jogadores formarão a equipe IV de handebol da classe que entrará para a quarta divisão.

Durante esse terceiro período de curta duração serão alternados competição e treinamento na espera dos campeona-tos interc/asses por divisão do estabe-lecimento

Estando estabelecida a diferença de va-lor entre as quatro equipes, o professor deverá procurar o meio de motivar seus alunos, para manter o interesse nas sessões de competição.

Oferecemos a seguir três exercícios de motivação (exemplos para as equipes da classe agrupadas por divisões).

Primeiro exercício:

Encontros interdivisões da classe

Fm uma ou duas sessões de competi-ção, conforme o tempo disponível, o pro-fessor fará com que as equipes joguem na seguinte ordem:

equipe de I a divisão contra a equipe de 2 a divisão;

equipe de 3a divisão contra a equipe de 4a divisão;

equipe de 2a divisão contra a equipe de 3 3 divisão;

equipe de 1a divisão contra a equipe de 4a divisão;

equipe de 2a divisão contra a equipe de 4 a divisão;

equipe de 7.3 divisão contra a equipe de 3a divisão.

O tempo será o mesmo para todos os jogos.

O professor levará em conta o saldo de gols que separa cada equipe com rela-ção a cada uma das outras três.

Tabela 6.1

Classe

Divisões Resultados Saldo de

jogos gols gols

Dl x Dll 4 x 2 Dll +2 Dlll x DtV 3 x 1 DIV +2 Dll x Dlll 6 x 3 Dlll +3 Dl x DIV 9 x 2 DIV +7 Dll x DIV 7 x 2 DIV +5 01 x.DIII 8 x 3 01(1 +5

Mesmo em outras sessões de competi-ção, as equipes encontrar-se-ão nova-mente na mesma ordem.

O professor poderá, baseado no princí-pio de "saldo de gols", dar os gols ne-cessários para equiparar as equipes in-feriores às superiores.

Considerando-se os resultados do qua-dro anterior, o saldo será o seguinte: 2 gols de vantagem para a equipe de 2adivisão contra a de 1a divisão; 2 gols de vantagem para a equipe de 4a divisão contra a de 3a divisão; 3 gols de vantagem para a equipe de 3a divisão contra a de 2a divisão; 7 gols de vantagem para a equipe de 4a divisão contra a de 1a divisão; 5 gols de vantagem para a equipe de 4a divisão contra a de 2 a divisão; 5 gols de vantagem para a equipe de 3a divisão contra a de 1a divisão. Se, em cada jogo, a equipe vencedora real é aquela que marca mais gols, neste exercício de motivação a equipe vence-dora moral será aquela que totalizar o maior número de gols (a soma dos gols conquistados durante o jogo somados aos gols do "saldo"). Exemplo:

(6)

Tabela 6.2

Resultados

-Competição Equipes , , Classificação real moral observações

1 ,a 1 .a divisão 4 x 2 4 x 2 1a divisão vencedora normal vence a

2.a divisão

2 a 4 x 3 4 x 5 2 a divisão vencedora moral

(3 gols marcados mais 2 gols de "saldo" = 5 gols)

3.a 4 x 2 4 x 4 Empate

(2 a divisão: 2 gols marcados

mais 2 gols de "saldo" = 4 gols)

Segundo exercício de motivação

Trata-se de reduzir a diferença existente entre uma equipe perdedora durante a primeira competição, dando-lhe a opor-tunidade de ser declarada moralmente a vencedora.

A equipe vencedora no placar é, natural-mente, a vencedora real do encontro.

Terceiro exercício de motivação

As equipes de 7 a e 2 a divisões jogam

entre elas, mas são formadas da seguin-te maneira:

- os três atacantes da equipe de Ia

di-visão passam para a equipe de 2 a

divisão;

- os três atacantes da equipe de 2 a

divisão passam para a equipe de 7 a

divisão.

Tabela 6.3 Uma equipe de 7 a divisão contra uma equipe de 2 a divisão: handebol.

Competição Resultados Classificação — observações 1. 3.* 4.a Equjpe de 1. divisão venceu de 5 x 3 Equipe de Va divisão venceu de 5 x 2 Equipe de 1 3 divisão venceu de 5 x 3 Equipe de 1a divisão venceu de 5 x 4 Equipe de 1 divisão venceu de 5 x 6

1. divisão vencedora normal

I a divisão é a vencedora

total, pois aumentou a diferença da primeira competição. Empate. A diferença de gols foi a mesma da primeira competição.

A t .a divisão é a vencedora real. A 2 a divisão é a vencedora moral,

pois conseguiu reduzir a

diferença com relação ao I o jogo

A 2 .a divisão é, naturalmente, a vencedora total.

(7)

* ©

O

©

H © /

©

©~

©

-© í

^y

©

Figura 6.4 Terceiro exercício de motivação.

Isso faz com que os atacantes de Ia di-visão encontrem como adversários pro-visórios a sua própria defesa.

Os goleiros mudarão de equipe no se-gundo tempo de jogo.

Tal procedimento será repetido entre as equipes de 3a e 4a divisões.

Esses três exercícios dados como exem-plo nos parecem suficientes para de-monstrar o espírito dessas formas de competição.

Por outro lado, o professor não deve preocupar-se em ter uma contabilidade minuciosa; os próprios alunos controla-rão os resultados. Eles guardam perfei-tamente, de uma sessão para outra, de quantos gols ganharam ou perderam de tal ou qual equipe.

Até esse ponto, tudo se passa no interior da classe e podemos perceber uma vez mais em que medida a c/asse é verda-deiramente a célula de base da organiza-ção do ensino e deve ser o ponto de par-tida do sentido pedagógico e da mo-tivação.

Corrida de revezamento por

divisões

Quanto à "corrida de revezamento" por divisões, o procedimento é exatamente o mesmo utilizado para os esportes cole-tivos, dentro de cada um dos níveis da classe.

A distância a ser percorrida e o número de corredores por equipes podem ser variáveis em função:

• do comprimento da pista ou do ter-reno demarcado;

• da idade dos alunos; • do grau de preparação:

Quanto mais jovens os alunos, mais cur-tas as distâncias. As equipes de primeira, segunda, terceira, quarta. quinta divisão...

são formadas a partir de uma seleção feita em função dos tempos consegui-dos na distância escolhida.

A equipe que disputará os campeona-tos de primeira divisão será composta pelos alunos da classe que tiveram os melhores tempos em velocidade pura. A equipe que disputará o campeonato de segunda divisão será formada pelos alunos que conseguiram os resultados seguintes, assim sucessivamente até a última equipe da classe.

Formação das divisões do revezamento O longo ciclo de trabalho "corrida de revezamento" por equipes de classes e dentro dos dois Clubes A e B da classe está terminado (ver capítulo 5, "Organi-zação técnica e pedagógica do trabalho

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para as atividades individuais"); a última fase consiste na formação das equipes

por divisões de revezamento.

Essas divisões devem ser formadés al-gumas semanas antes dos campeona-tos internos do estabelecimento, a fim de propiciar a sincronização e a melhora da passagem do bastão entre os corre-dores das equipes.

Exemplo para uma classe:

• classe de meninos; • quarenta alunos; • idade: de 11 a 12 anos;

• nível: A (segundo nossa convenção); • revezamento: 6 x 50 m;

• pista: trezentos metros; • balizas: quatro;

• seleção: todos os alunos são subme-tidos a uma corrida de velocidade de sessenta metros.

O teste deve ser realizado dentro das melhores condições psicológicas pos-síveis. Não se deve hesitar em refazer uma corrida, quando a saída for malsu-cedida.

Não se deve levar em conta o desem-penho de um aluno, se ele foi atrapalha-do durante o percurso (alguém atraves-sou a pista ou algum companheiro in-vadiu a sua raia).

A consideração do indivíduo como ser humano sempre deve prevalecer.

Resultados dos testes (exemplo). O corredor mais rápido realizou o per-curso de 6 0 m em 9" 4/10 e o menos

rápido em 11" 7/10. Entre esses dois t e m -pos estará situada toda a hierarquia de valores dos quarenta alunos da classe.

Formação das equipes

As equipes são em número de cinco, compostas de seis corredores mais dois. Assim são oito e m cada divisão. Em uma classe de quarenta alunos te-remos:

Tabela 6 4

Equipes Divisões Tempos 5 1.a 9"4a 9"8

(seis corredores 2 a 9 " 9 a 10"2

mais 2 3 a 10"3a 10"6

por equipe) 4 a 10"7 a 1 1 "

5 a 11"1 a 11"4

Se prevemos apenas seis elementos para cada equipe, acontece freqüente-mente que um m e m b r o da equipe pode faltar no dia da competição ou m e s m o durante as sessões de treinamento. O aluno pode estar doente, fatigado ou em má forma ou, ainda, ter de se ausen-tar por motivos independentes da sua vontade.

Por isso, os dois corredores suplemen-tares para as equipes são indispensá-veis à constância e à unidade da equipe de revezamento.

Além disso, os dois corredores são membros efetivos da equipe e têm o m e s m o valor dos outros seis.

Eles entram normalmente na equipe (em rodízio c o m alunos de t e m p o semelhan-te), tanto nos treinamentos c o m o no dia da competição em que as equipes terão as "séries" e a final para correr.

Esse não é o caso de se retirar o melhor corredor de uma equipe de divisão in-ferior para completar a equipe. Tal

de-cisão destruiria, de u m m o m e n t o para outro, t o d o o longo trabalho, o equilí-brio e a unidade da equipe, em favor de uma outra.

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Seria u m grave erro psicológico. Os alu-nos da equipe sacrificada, diminuída, não compreenderiam tal situação e na-turalmente ficariam revoltados contra o que considerariam u m ato de injustiça. Nesse caso. a contra-educação seria flagrante e lamentável.

Enfim, todos os componentes de uma equipe sentem os seus resultados, quer sejam de satisfação, quer sejam decep-cionantes.

Os méritos e recompensas são atribuí-dos não somente aos seis corredores, mas aos oito alunos que, conjuntamen-te, f o r m a m a equipe de revezamento.

Exercício de motivação - corrida de revezamento por divisões

Tomemos, c o m o exemplo, nossa classe que tem cinco equipes de revezamento c o m seis corredores (mais dois) cada uma, c o m a tarefa de correr cinco vezes cinqüenta metros.

Essas equipes, formadas por valores na ordem hierárquica, em todas as corri-das, terão esta correspondência:

• a equipe de Ia divisão será sempre a

classe 1a;

• a equipe de 2 a divisão será sempre a

classe 2 a;

• a equipe de 3a divisão será sempre a

classe 3";

• a equipe de 4 a divisão será sempre a

classe 4 a;

• a equipe de 5a divisão será sempre a

classe última.

se admitirmos que a corrida se desen-volva normalmente, sem incidentes téc-nicos (perda do bastão, desqualificação por desrespeito ao Regulamento, à s c o n -venções ou a queda de um corredor). Isso sem lembrar que, colocando-se^em confronto sempre as mesmas equipes, para algumas nunca haverá progresso, pois a luta de igual para igual nunca será possível.

A equipe mais forte, sempre a vencedo-ra, não envidará um esforço total, por-que, m e s m o que cometa algumas falhas ou não se esforce muito, vencerá. O treinamento não encorajará os alunos a um trabalho sério para melhorar os detalhes técnicos.

Assim, nunca chegaremos às reais pos-sibilidades dos alunos.

Com relação às equipes inferiores, sem-pre perdedoras, só podemos esperar uma atitude de desinteresse e indolên-cia, visto que essas equipes estarão sem-pre condenadas à derrota.

As condições e situações de encoraja-mento ao esforço são nulas e não tere-mos nenhuma experiência de progresso ou de prazer.

O exercício

Apresentamos c o m o exemplo um pro-cedimento suscetível de motivar o in-teresse, assegurar o progresso e que dará uma possibilidade de vitória a cada uma das equipes de 1 .*, 2 a. 3 a, 4 .a ou 5 a divisão

Primeira fase (primeira competição) Dividir as equipes em duas séries para correr. Para isso, efetuar o sorteio que será realizado pelos capitães das equipes. Em princípio, o corredor mais veloz é o capitão de sua equipe, é ele quem realiza a chegada da corrida, fazendo o último percurso e registrando, de memória, o tempo conseguido por sua equipe.

Nessa primeira corrida não é a ordem de chegada que conta, mas unicamente a procura de um melhor tempo para cada equipe.

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Resultados

Resultados dos tempos conseguidos na primeira corrida de revezamento 6 x 50 metros: • equipe de Ja divisão: 48"; • equipe de 2a divisão: 5 1 " ; • equipe de 3 a divisão: 53"; « equipe de 4 a divisão: 57"; • equipe de 5 a divisão: 59".

Segunda fase (segunda competição}. Se considerarmos o que foi determina-do pelo sorteio, para corrida da primeira série, pelas

• equipes de 2a. 4a e 5a divisões; 9 equipes de 7 3 e 3a divisões, esse sorteio será mantido para a segun-da competição. Assim, na segunsegun-da cor-rida, as partidas levarão em conta as di-ferenças, ou seja, as equipes não parti-rão mais ao mesmo tempo, mas com a diferença de tempo registrada durante a primeira corrida.

Ordem de partidas

Levando-se em consideração as dife-' renças de tempo existentes entre as equipes na primeira série, teremos:

• a equipe de 5a divisão partirá primei-ro, a comando do juiz de partida;

é a equipe de 4a divisão partirá a seguir, dois segundos após;

• a equipe de 2. a divisão partirá em ter-ceiro lugar, oito segundos após a partida da 5.8 divisão (que saiu primeiro).

Na segunda série teremos:

• a equipe de 3a divisão partirá a co-mando;

• a equipe de 1a divisão partirá cinco segundos depois.

Se a corrida se desenvolve normalmen-te, os três últimos corredores das equi-pes da primeira série atingirão a linha de chegada quase ao mesmo tempo. O mesmo acontecerá com as equipes da segunda série.

Assim daremos a chance de vitória à equipe que melhor se aplicar, que tiver a mais perfeita passagem do bastão e que der o melhor de si mesma.

Mais uma vez constataremos quanto a motivação é importante para dar satis-fação a todos os alunos, qualquer que seja o seu nível, sempre favorecendo o desejo de progresso e provocando pra-zer e alegria.

Tabela 6.5 Diferença de tempo entre as equipes

Divisões Tempos Diferenças entre Diferença da equipe realizados as equipes de 1a divisão

1 * 4 8 " 0 0

2 a 5 1 " 3" 3"

3 a' 53" 2" 5"

4 a 57" 4 " 9"

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